pastoral da acolhida
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ORGANIZAÇÃO - IMPLANTAÇÃO - MANUTENÇÃOTRANSCRIPT
Editora A Partilha2013
PASTORAL DA ACOLHIDA
ORGANIZAÇÃO - IMPLANTAÇÃO - MANUTENÇÃO
SUMÁRIOIntrodução .......................................................................... 5
Organização ...................................................................... 8
Implantação .................................................................... 21
Manutenção ..................................................................... 27
Conclusão ......................................................................... 56
Apêndices ......................................................................... 59
Referências Bibliográficas ............................................... 62
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INTRODUÇÃOPor isso, acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória de Deus. Rm 15,7
A Igreja, por sua missão, é dinâmica. Desde sua origem, ela assumiu a atitude de ir ao encontro: “Como o Pai me en-viou, eu também vos envio” (Jo 20,21). O anúncio da Boa Nova não permite acomodações. Assim, a Igreja se inova e renova em métodos e linguagem, sem jamais perder a essên-cia da evangelização: a Boa Nova.
Esta prática – de ir ao encontro – exige o esforço de com-preender o outro em sua realidade e fazer-se compreender. A forma de anunciar a Boa Nova não é a mesma para crianças e adultos. A Boa Nova, sim, é a mesma. O modo de anunciá-la recebe tratamento especial para que ela seja mais facilmen-te compreendida, acolhida, compartilhada.
Ao longo dos anos surgiram as pastorais, formadas por agentes com dons e carismas específicos, a serviço de gru-pos com características e necessidades diferentes. Uma des-sas pastorais é a da Acolhida, assunto deste livro, que chega para ser um apoio ao trabalho missionário que já é realizado em muitas paróquias.
Uma primeira consideração sobre a Pastoral da Acolhida diz respeito ao importante auxílio que ela presta às outras pastorais, sobretudo na formação cristã. Mesmo com atri-buições específicas, a Pastoral da Acolhida existe também para ser apoio à ação evangelizadora da Igreja.
Diz o Catecismo da Igreja Católica:
“Desde o tempo dos Apóstolos que tor-nar-se cristão requer um caminho e
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uma iniciação com diversas etapas. Este itinerário pode ser percorrido rá-pida ou lentamente. Mas deverá sem-pre incluir certos elementos essenciais: o anúncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho que implica a conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à comunhão eucarística.” (CIC 1229).
A acolhida é da natureza do anúncio. A iniciação cristã acontece a partir do acolhimento. Para entender melhor a compreensão acerca da identidade cristã em nossos dias, é preciso recorrer a alguns conceitos. Um deles é o termo apóstolo, que significa ‘enviado’. Jesus nos envia para dar-mos continuidade à sua Missão salvífica. É, então, da na-tureza dos apóstolos, a acolhida, pois Jesus é o mestre do acolhimento. O papa Francisco, quando veio ao Brasil, disse: “Como é bom ser bem acolhido, com amor, generosidade e alegria”. Somos instigados a promover este mesmo senti-mento em todas as pessoas que vem celebrar conosco em nossas paróquias.
Ao nos identificarmos com a proposta de Jesus, somos chamados a evangelizar. Num primeiro momento esse tra-balho, pessoal ou comunitário, requer uma atenção que pas-sa pela dimensão do acolhimento. Catequizar é fazer ecoar o que se vive e experimenta em comunidade, na sociedade.
Para que haja eco é preciso que se tenha um ambiente fa-vorável a ele. Contudo, mergulhados numa cultura de hosti-lidade, o número de pessoas que não se sentem atraídas pela Boa Nova é crescente, e isso, se deve, muitas vezes, ao fato de não serem acolhidas devidamente. A hostilidade também encontrou espaço no seio de nossas comunidades e precisa ser combatida.
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Não são poucas as lacunas sobre a acolhida. Esta carência é assunto entre leigos, entre membros do clero, e que não podemos deixar de observar a ação de Deus nisso. Deus sus-cita ações transformadoras para nossas paróquias e comuni-dades. Este livro intenta refletir sobre as diferentes áreas em que a pastoral poderá atuar nas dioceses, paróquias e comu-nidades. Para tanto, dividimos este trabalho em três etapas:
Organizar – Implantar – Manter
O Espírito Santo, que move a Igreja, sopra nesta direção: que toda a Igreja seja acolhedora; que um grupo de pessoas com carisma e vocação de acolhida, se organize para resgatar os ensinamentos e a vivência da Ágape cristã. O Magistério da Igreja é rico em nos orientar e exortar sobre a acolhida.
Para este trabalho, orientamo-nos pela Sagrada Escritu-ra, fonte de toda missão; Catecismo da Igreja Católica; Do-cumento de Aparecida (2007); Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e também pelos valiosos ensinamentos recebidos da comunidade de fé. Desejamos à equipe um bom estudo e ocasião favorável de partilha.
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