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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 26 JANEIRO 2017 | N.º 575 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Após negociações entre a Câmara Municipal de Santo Tirso e a Indaqua, os valores da tarifa vo- Tarifa da água vai baixar em abril lumétrica variável vão descer 11% para os primeiros três escalões a partir de abril. DESTAQUE | PÁG.S 4 E 5 Desportivo das Aves cimenta o seu lugar na zona de subida O empate frente ao FC Porto “B” não comprometeu as aspirações do Aves que com a vitória frente ao V. Guima- rães “B” se aproximou do líder e a alargou para quinze pontos a distân- cia para o terceiro classificado. PÁG. 16 O olhar sociológico sobre a juventude CINEMA | DINIS E DANIEL MACHADO Regressam a Guimarães os dias da dança DANÇA | FESTIVAL GUIDANCE CULTURA | PÁGINA 13 CULTURA | PÁGINA 14 DIREITOS RESERVADOS PÁGINA 10 Diva Martins e Vasco Moreira vencem Modatirso 2017

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Page 1: PÁGINA 10 entre · projeto musical e deu-lhes voz. A pri- ... quatro quartos duplos, piscina, court de ténis, sauna e jacuzzi. Depois de funcionar como residência particular,

entreMARGENSBIMENSÁRIO | 26 JANEIRO 2017 | N.º 575 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

Após negociações entre a CâmaraMunicipal de Santo Tirso e aIndaqua, os valores da tarifa vo-

Tarifa da água vaibaixar em abril

lumétrica variável vão descer 11%para os primeiros três escalões apartir de abril. DESTAQUE | PÁG.S 4 E 5

Desportivo das Avescimenta o seulugar na zona de subidaO empate frente ao FC Porto “B” nãocomprometeu as aspirações do Avesque com a vitória frente ao V. Guima-

rães “B” se aproximou do líder e aalargou para quinze pontos a distân-cia para o terceiro classificado. PÁG. 16

O olharsociológico sobrea juventude

CINEMA | DINIS E DANIEL MACHADO

Regressam aGuimarãesos dias da dança

DANÇA | FESTIVAL GUIDANCE

CULTURA | PÁGINA 13CULTURA | PÁGINA 14

DIREITOS RESERVADOS

PÁGINA 10

Diva Martinse VascoMoreiravencemModatirso2017

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||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Falta pouco tempo para que “Sur-realistic Pillow” comemore 50 anos.Foi em fevereiro de 1967 que saiude São Francisco para o mundo. Ra-pidamente se tornou num símbolodo Verão do Amor e de uma gera-ção focada numa contracultura cujoepicentro se transformou numa re-volução hippie.

Recém-chegada aos JeffersonAirplane, Grace Slick, contribuiu comas duas músicas mais fulgurantes doálbum e do próprio grupo america-no: “Somebody To Love” e “White Rab-bit”. Trouxe ambas do seu anteriorprojeto musical e deu-lhes voz. A pri-meira aproxima-se do hard rock, en-caixando-se, contudo, nos restan-tes elementos de folk psicadélico; asegunda, escrita por ela, baseia-se nouniverso fantasioso de Lewis Caroll,“Alice no País das Maravilhas”. Comreferências a alucinogénios (“pills”,“smoking caterpillar” ou “kind ofmushroom”), flui num crescendo qua-se apoteótico. Os nove temas que so-bram ficam noutro patamar, com uma

distância considerável para os doisgrandes êxitos. Todas as faixas sãode curta duração, sem ultrapassaremos 4 minutos. A excepção é “Comin’Back to Me”, uma bonita melodia quenos obriga a reflectir. “I saw you, Isaw you comin’ back to me” – canta,com suavidade, Marty Balin, funda-dor e também vocalista da banda.

Manuseando a contracapa, encon-tramos o nome de Jerry Garcia. Oguitarrista dos Grateful Dead apare-ce aqui comicamente creditado comoconselheiro musical e espiritual. Como tempo soube-se que afinal tambémtocou guitarra. Curiosamente, foi a par-tir de uma frase dele que nasceu otítulo deste disco. Após ouvir algumasgravações de estúdio, reagiu com afrase “Sounds like a surrealistic pillow.”Os envolvidos gostaram por permitira interpretação livre. Sim, fica a menteaberta para divagarmos. É claramenteadequado com o espírito da época.

Um exemplar selado da edição ori-ginal foi vendido por 620 dólaresem janeiro de 2015. Nem sei qual émais admirável: esse valor ou o factoda primeira edição inglesa não incluirtrês músicas e as substituir por outrasdo registo de 1966, “Takes Off”. |||||

Nota: por lapso, a imagem que acom-panha o texto públicado na ediçãoanterior, não é do disco “Countdownto Ecstasy” dos Steely Dan, pelo queapresentamos as nossas desculpasaos leitores e ao autor do texto.

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017

No epicentrodo Verãodo Amor

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de janeiro foi o nosso estimado assinante Manuel Fernando

F. Gonçalves residente na rua Sr.a de Fátima, em Vila das Aves.

SANTO TIRSO | LIVROS

AlexandraLucas Coelhovai à BibliotecaMunicipalAlexandra Lucas Coelho é aconvidada para uma palestrana Biblioteca Municipal, no pró-ximo dia 28 de janeiro. O en-contro com a escritora faz-sepelas 15h00, para uma con-versa descontraída sobre livrose a sobre o seu trabalho e obra,iniciativa com vista à dinami-zação de novas leituras e no-vos públicos. Simultaneamente,estará em destaque uma expo-sição bibliográfica da autora.

Alexandra Lucas Coelhonasceu em dezembro de 1967.Estudou teatro e licenciou-se emCiências da Comunicação. Tra-balhou dez anos na rádio, con-tinuando ainda hoje a co-laborar com a RDP. Desde 1998é jornalista no Público. A partirde 2001, viajou várias vezespelo Médio Oriente/Ásia Cen-tral e esteve seis meses em Jeru-salém como correspondente.

O romance “O Meu Aman-te de Domingo” e “Deus-dará”integram a sua já considerávelobra bibliográfica, publicadosrespetivamente em 2014 e2016. |||||

Este sábado, as‘rondas’ peloconcelho andampor Vilarinho

Dentro de portas - “Surrealistic Pillow”

“Recém-chegada aosJefferson Airplane,Grace Slick, contribuiucom as duas músicasmais fulgurantesdo álbum e do própriogrupo americano

Vilarinho é o destino escolhido paraum “Rondas”, que decorre já no pró-ximo sábado, 28 de janeiro. Compartida da Loja Interativa de Turismopelas 10h00, os participantes pode-rão visitar a Igreja de São Miguel e aCasa da Baiona, dois equipamentosde destaque do concelho.

Uma visita guiada que pretendediversificar os “destinos” e partir à des-coberta de edifícios e equipamentosde destaque do concelho é o grandeobjetivo do programa Rondas quedesta vez conduz os participantes pelaIgreja de São Miguel de Vilarinho,monumento classificado como “Imó-vel de Interesse Público” desde 1953.A igreja paroquial de São Miguel deVilarinho revela um estilo românico,possivelmente do século XII, apesar

de ter sofrido já algumas modifica-ções em épocas posteriores. No claus-tro, do qual só restam vestígios, exis-te um arco sólido com um túmulo da-tado do século XIII ou XIV, onde estásepultado o Prior D. João Gonçalves.

Ainda em Vilarinho, os participan-tes são ainda levados a conhecer aBaiona Guest House, unidade dealojamento local. Intimamente ligadaà produção têxtil no Vale do Ave, estaunidade de alojamento conta comquatro quartos duplos, piscina, courtde ténis, sauna e jacuzzi. Depois defuncionar como residência particular,até aos anos 1980, teve já muitasoutras vidas, funcionando agora co-mo guest house (na imagem).

Destinada ao público em geral, ainiciativa tem inscrição gratuita. |||||

IGREJA DE SÃO MIGUEL DE VILARINHO E BAIONAGUEST HOUSE SÃO OS LOCAIS A VISITAR

SANTO TIRSO | VISITAS

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SEXTA, DIA 27 SÁBADO, DIA 28Aguaceiros. Vento fraco.Max. 12º / min. 7º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 14º / min. 14º

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 15º / min. 10º

DOMINGO, DIA 29

ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017| 03

Dra. Lídia LeitePediatriaDra. Ana LanzinhaGinecologiae Obstetrícia

Contactos: 252 874 508 /932 056 797Edifício Torre 2º F -Fontainhas - Vila das Aves

ENTREMARGENS

Assine edivulgue

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

SANTO TIRSO | MÚSICA

Promovida pela Câmara Munici-pal de Santo Tirso com o objetivode divulgar as bandas do conce-lho, a “Noite Tirsense” está de re-gresso ao Centro Cultural Muni-cipal de Vila das Aves, já no pró-ximo dia 27 de janeiro. Os “GinFizz” atuam pelas 21h30, e são abanda protagonista de um espe-táculo que promete muito rock.

Os Gin Fizz são uma bandarock de Santo Tirso, cujo repertó-rio é constituído por músicas ori-ginais cantadas em português, ins-piradas em diversos estilos musi-cais, mas com uma influênciamarcante dos anos 80 e 90.

A banda é formada por CarlosLima, na voz e guitarra; Carlos Jor-ge, na guitarra e voz; Hugo Mar-ques, no baixo e voz e JoséRodrigues na bateria. O concertodesta sexta-feira dos “Gin Fizz”tem entrada livre. |||||

O rock dosGin Fizzem mais umaNoite Tirsense

VILA DAS AVES | MÚSICA

SEXTA, ÀS 21H30, NOCENTRO CULTURAL

Com um historial que remonta a 1816,a Banda de Música de Riba de Aveatua no próximo sábado na Fábricade Santo Thyrso. O concerto, com en-trada livre, está marcado para as21h30 e integra a Semana de SantoTirso; iniciativa organizada pela respe-tiva União de Freguesias que visa ho-

Banda de Músicade Riba de Aveatua na Fabrica deSanto ThyrsoCONCERTO INTEGRA A SEMANA DE HOMENAGEM AO MÁR-TIR TIRSO. NO DOMINGO, OUTRO DOS DESTAQUESDO PROGRAMA COM O ESPETÁCULO “NÓS DE DANÇA”.

menagear o mártir Tirso através darealização de um conjunto de ações,na sua maioria de natureza cultural,que se prolongarão até dia 3 do pró-ximo mês de fevereiro.

Este sábado, as iniciativas come-çam às 9h30, com o hastear das ban-deiras, na sede da União de Fregue-sias, inaugurando-se, pelas 11h00,as obras de requalificação da rua daEncosta. Pelas 14 horas, terá lugar a5.ª jornada da Liga Toupeira sendo,quatro horas mais tarde, celebradaMissa Solene na Igreja Matriz. Às21h30, o já referido concerto pelaBanda de Música de Riba de Ave.

Com duzentos anos de históriaa Banda de Música de Riba deAve iniciou a sua atividade, não coma designação atual mas sim com oque viria a ser uma junção, por voltada década de 20, entre duas ban-das daquela época que eram a Ban-da dos Conceições e a Banda doTojão que viria a denominar-se “Ban-da dos Conceições e do Tojão”.

Por volta de 1900, o industrial Nar-ciso Ferreira decidiu passar a custearo agrupamento musical, que passoua denominar-se: “Banda das Fábricasde Riba de Ave”, até ao ano de 1949.Um ano depois, quando se dá a fun-

dação dos bombeiros da localidadeesta passou a denominar-se “Bandados Bombeiros Voluntários de Ribade Ave” mas que na prática nada ti-nham em comum, sendo regida peloCap. Biscaia, da Inf. N.º6 no Porto.

Numa altura de crise onde se dáo fenómeno da emigração a Bandaperde grande quantidade de músi-cos e vê-se forçada a parar um ano.Surge então em 1968, com a desig-nação de “Sociedade Artística Musi-cal de Riba de Ave e Banda dos B. V.de Riba de Ave”, sob a batuta do pro-fessor António Brito.

Presentemente, a designação daBanda é Associação Cultural Bandade Música de Riba de Ave. Ao longodos anos a sua atividade desenvolveu-se a abrilhantar romarias em todo opaís mas mais frequentemente no nor-te de Portugal, zona de grandes tradi-ções nos famosos despiques musicais.

No domingo, outro dos grandesmomentos da Semana de Santo Tirsoe, mais uma vez, na Fábrica de SantoThyrso, ou seja o espetáculo “Nósde Dança – As Tradições Portugue-sas”. Um espetáculo das escolas dedança da União de Freguesias cominício marcado para as 16 horas. Aentrada é livre. ||||||

COM DUZENTOS ANOS DEHISTÓRIA, BANDA DE MÚSICA DERIBA DE AVE ATUA ESTE SÁBADONA FÁBRICA DE SANTO THYRSO.É ÀS 21H30. ENTRADA LIVRE

Sol de inverno,tarde sai e cedo vai

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04 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017

DESTAQUECONCELHO | ÁGUA

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

||||| TEXTO E FOTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

A decisão sobre a manutenção dospreços em relação ao ano anteriorsurgiu da negociação da autarquiade Santo Tirso com a nova equipade gestão da Indaqua, empresa quedetém a concessão na maioria doterritório do concelho.

Em conferência de imprensa Joa-quim Couto, presidente da CâmaraMunicipal de Santo Tirso, afirmou queeste “protocolo que a câmara vai as-sinar com a Indaqua resultou de umamplo diálogo entre as instituiçõesque envolveu também o municípioda Trofa. Teve um desfecho positivo,porque entretanto o acionista princi-pal da Indaqua também mudou mui-to recentemente e isso proporcionouesta conclusão”.

Relativamente à redução das tarifasvolumétricas variáveis para o primeiro,segundo e terceiro escalão em 11%

APÓS NEGOCIAÇÕES ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTOTIRSO E A INDAQUA, OS VALORES DA TARIFA VOLUMÉTRICAVARIÁVEL VÃO DESCER 11% PARA OS PRIMEIROS TRÊSESCALÕES A PARTIR DE ABRIL, SENDO QUE O TARIFÁRIO EMJANEIRO SE MANTERÁ INALTERADO RELATIVAMENTE A 2016.

Tarifa daágua vaibaixar em abril

e em 3% para o quarto escalão e não-domésticos, só é possível devido àsaúde financeira da autarquia. A di-minuição dos preços sairá diretamen-te dos cofres da câmara municipal,duzentos mil euros anuais do Orça-mento Municipal.

Para o presidente, esta trata-se “de uma medida universal, que atingetodos os consumidores, mas tem umamaior prevalência nas famílias comrendimentos médios”. No caso con-creto de um agregado familiar com-posto por dois adultos e duas crian-ças, com um consumo médio mensalde vinte metros cúbicos de água, aredução da tarifa variável atinge umvalor de quase cinquenta euros porano. Joaquim Couto enaltece aindaque apenas foi possível avançar paraesta redução dos preços por umaquestão de rigor na gestão financei-ra do orçamento da câmara. “As con-tas estão equilibradas e já não inspi-

ram cuidados”, adiantou o autarca.A autarquia justifica esta medida

como mais uma que faz parte de umapanóplia de medidas direcionadas aaliviar o orçamento das famílias. Esta,em especial, é transversal a toda apopulação do concelho cliente da In-daqua e direcionada à classe médiae às micro e pequenas empresas.

Para além da redução direta no pre-ço das faturas, o executivo municipalcontinua a negociar a introdução deuma tarifa social e tarifas para famíli-as numerosas que, segundo diversasinstâncias reguladoras, são afetadaspor um preço desregulado e não pro-porcional ao consumo de água.

“Este diálogo vai continuar. Fica-mos na expectativa que o Governo,anterior ou este, fizesse algo em re-lação à uniformização do tarifário daágua a nível nacional de modo jus-to, o que não aconteceu”, explicouJoaquim Couto, acrescentando que“a introdução da tarifa social e tam-bém da correção no tarifário para asfamílias numerosas é essencial equi-librar o preço per capita em relação afamílias com poucas pessoas. O quenão acontece no atual tarifário.Quanto maior é o consumo maior opreço por pessoa, o que me pareceinjusto para as famílias numerosas.”

Num contexto nacional em quenos últimos anos o setor da água temsofrido profundas alterações, que nemsempre funcionam em função da de-fesa dos interesses das populações,a Câmara de Santo Tirso decidiu to-mar uma medida que é um sinal po-lítico para mais justiça social queafetará cerca de catorze mil consumi-dores em todos os escalões afetados.

Deste modo, a fatura com os no-vos preços da água deverá chegaraos consumidores no início de maio,referente ao mês de abril. Até março,a tarifa manter-se-á igual à de 2016.De acordo com o novo tarifário, osmunícipes que pertencem ao primei-ro escalão (zero e cinco metros cúbi-cos), segundo escalão (seis e 12 me-

tros cúbicos), e terceiro escalão (16 a25 metros cúbicos), sofrem uma re-dução mensal no consumo de águade 11 por cento. No caso do quartoescalão e último escalão (consumode mais de 25 metros cúbicos), queenvolve também as empresas, o de-créscimo mensal é de três por cento.No concelho de Santo Tirso, ao con-trário de outros municípios, a insta-lação do ramal até vinte metros e docontador são gratuitos.

A ÁGUA E OS SOUNDBITESNo passado mês de novembro a As-sociação Portuguesa de Famílias Nu-merosas divulgou um estudo sobreos concelhos com a água mais carado país, onde Santo Tirso apareciano topo da tabela a par da Trofa, con-celhos com concessões à Indaqua.

Este resultado levou a reações ime-

NA IMAGEM, JOAQUIM COUTO,PRESIDENTE DA CÂMARA DESANTO TIRSO, NA CONFERÊN-CIA DE IMPRENSA SOBRE ADESCIDA DAS TARIFAS DE ÁGUA

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MACHADO & LOBÃO, LDA.

Telefone: 252 872 305 | Fax: 252 941 681 | Rua António Abreu Machado -4795-034 Vila das Aves | [email protected]

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ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 05

diatas por parte da oposição e doexecutivo de Joaquim Couto. Em co-municado, a concelhia do PSD/SantoTirso afirmava que “o valor cobradoem Santo Tirso não tem paralelo noterritório nacional, provando ser ine-xistente qualquer política de apoio àsfamílias por parte da Câmara Muni-cipal de Santo Tirso”, sublinhandoainda que este relatório vem “des-mascarar” a propaganda do executi-vo de que o preço da água não éaumentado há três anos, já que issosó acontece porque o valor já é omais elevado a nível nacional.

Por outro lado, Joaquim Couto re-agiu aos resultados do estudo e aocomunicado da oposição num arti-go de opinião no Jornal de Notícias,intitulado, precisamente “A água e ossoundbites” onde coloca em causacientificidade e o oportunismo do es-

E sobre o lixo,como vai ser?||||| ||||| ||||| ||||| ||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

A decisão de subsidiar as tarifasda água fornecida pela Indaqua eassim baixar os custos aos muní-cipes é surpreendente porque oesperável, face ao propalado abai-xamento de custos de recolha deresíduos sólidos, seria o abaixa-mento das respetivas tarifas. Defacto, como já foi referido anteri-ormente neste jornal, a câmaramunicipal deu conta de poupan-ças substanciais neste domíniocom o contrato que firmou há cer-ca de um ano com a Ecorede, nasequência de concurso públicointernacional.

Será que, por prudência, o exe-cutivo camarário espera as deci-sões definitivas dos tribunais re-lativas ao pedido de anulação daadjudicação à Ecorede e de reava-liação das outras propostas con-correntes, com exclusão da pro-posta da mesma Ecorede, para de-pois decidir das tarifas?

É uma hipótese que se afiguraplausível, até porque já há trêsdecisões desfavoráveis à Câmara eà Ecorede neste processo. A deci-são do Tribunal Central Adminis-trativo do Norte, que já foi torna-da pública, considera improceden-te o recurso relativamente à deci-são do Tribunal de Penafiel deexclusão da Ecorede por “violaçãode um aspeto de execução do con-trato não submetida à concorrên-cia” (a empresa propôs-se fazerapenas uma vez por mês a limpezade parte dos arruamento de Viladas Aves, em vez de duas como exi-gia o caderno de encargos). O re-

curso impugnava também a deci-são que considerava não justifica-dos, na proposta da Ecorede, “ospreços anormalmente baixos” poresta apresentados e ainda a pre-tensão da câmara de que fosseusada a possibilidade de afastar oefeito anulatório da decisão judi-cial. Isto é: defende a câmara que,devia o tribunal determinar a ma-nutenção do contrato efetuadoporque, ponderados os interessespúblicos e privados em presença ea “gravidade da ofensa geradorado vício procedimental em causa”,a anulação se revela desproporci-onada e contrária à boa fé, nãotendo em conta a poupança obtidae os perigos de haver “interregnosna prestação do serviço e inquietu-de na população”. Os três juízes

tudo enquanto relatório técnico e in-dependente. “O foco destes estudosé exclusivamente a tarifa em vigor,levando-se ao absurdo exemplos deuma família média composta por 10pessoas.” Para o autarca, as assimetriasao nível da rede de água “vêm dosanos 90 e da construção da rede pú-blica de água domiciliária” nos mu-nicípios, em especial da “impossibili-dade de alguns em se candidatarema fundos comunitários”. Com esta im-possibilidade a “opção foi conces-sionar a privados” esse investimento,naquilo a que se chamou o “princí-pio do utilizador-pagador”. O presi-dente da Câmara recorda ainda que“os municípios portugueses, não to-dos, têm uma dívida de 650 milhõesde euros à Águas de Portugal”, co-brando tarifas mais baixas porque “nãopagam ao fornecedor.” |||||

A redução das tarifasvolumétricas variáveispara o primeiro, se-gundo e terceiro esca-lão em 11% e em 3%para o quarto escalãoe não-domésticos, só épossível devido à saúdefinanceira daautarquia.

A diminuição dospreços sairádiretamente dos cofresda câmara municipal,duzentos mil eurosanuais do OrçamentoMunicipal.

do Tribunal Central Administrati-vo do Norte que assinam a senten-ça consideraram improcedentes osfundamentos desta impugnação,deixando claro que “no que res-peita ao interesse público da con-tinuidade da prestação dos servi-ços” por motivo da anulação docontrato, “o possível recurso a con-tratos temporários (...) permite con-siderar pouco provável a descon-tinuidade na prestação dos serviçosem causa”. A Câmara Municipal re-correu desta decisão para o Supre-mo Tribunal Administrativo. |||||

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06 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017

OPINIAO

O ano de 2017 começa por encer-rar um ciclo da nossa vida democrá-tica com o desaparecimento do “pa-triarca” que personificou o próprioregime “pluripartidário do pós- 25de Abril”: o dr. Mário Soares (MS) foiesse Homem que concitou um am-plo consenso político em volta do le-gado e do magistério político e cívi-co que nos deixou. Graças à sua esta-tura, ao seu talento estratégico e à suacoragem, o novo regime em transi-ção movediça para um novo horizon-te de descolonização, de democraciae desenvolvimento, conseguiu conso-lidar-se num quadro coerente e está-vel e assumir um estatuto consisten-te no contexto das democraciaseuropeias a que MS incansavelmen-te nos fez aceder, com a integraçãoplena na CEE/ UE no 1º de janeirode 1986, já lá vão 31 anos. Eis-nospois chegados à maioridade do novoRegime com a despedida, com todasas Honras de Estado a um verdadei-ro “pai espiritual”. MS acabou por serreconhecido como o farol que ilumi-nou o nosso futuro e, por isso mes-mo, o país lhe tributou um sincero“muito obrigado Mário Soares”, umobrigado que nada tem de mórbido,de orfandade e de perda exaspera-da, porque ficou enriquecido com estapassagem de testemunho.

Aves emMovimento - 2017

Tudo é uma questão de perspetiva. Seestamos no cimo de uma colina temos,necessariamente, sobre o que nos rodeia,uma visão diferente dos que estão nasua base. Além disso, também o conhe-cimento que temos das coisas, as vivên-cias que acumulamos, condicionam, ain-da, o entendimento que temos do quevemos e vivemos. (“Assim que tiverdes o en-tendimento das cousas, assim tereis o entendi-mento dos meus versos” já dizia Camões.)

Portanto, quando eu falo do que acon-tece ou aconteceu à minha volta, sou,naturalmente, emissora de uma mensa-gem que apreendi na medida daquiloque sou, do que sei e do que não sei. Di-to isto, fica claro que as minhas palavrassão a expressão do entendimento quetenho das coisas. Respeito as opiniõesalheias e tento entendê-las, estando ounão de acordo, apreciando sobretudo, aqualidade da argumentação e da escrita,a clareza da linguagem. Do exposto resul-ta ainda que, se ouso publicar as minhasopiniões, deverei ser, também, recetiva aeventuais críticas que possam gerar.

Sendo o Homem um ser social, a in-formação/comunicação é fundamental.Os novos meios, a poderosa internet, per-mitem o acesso de um número excecio-nal de pessoas, a uma velocidadeexcecional, o que é bom, claro, mas tornamais urgente o aviso velho: “A pedra ati-rada e a palavra dita não se podem re-cuperar”… todo o cuidado é pouco…

Por outro lado, é uma perturbante evi-dência outra consequência desta globalabundância de mensagens: o surgimentode novas artes e novos artistas da inter-pretação, gestão, manipulação e interpre-tação do que foi dito ou escrito.

Ocorre-me, neste contexto, AlmeidaGarrett e a divertida conclusão de que,afinal, já foi tudo dito:

“ Se estou contente, querida,com a imensa ternura

Que me vem do teu amor?Oh, não, falta-me a vida,Sucumbe-me a alma à ventura,O excesso de gozo é dor!”

Comuni-cação I

PERSPETIVAS

E, se ao longo de quase meio sé-culo deste período histórico, muitosde nós cumprimos também uma se-gunda adolescência democrática deaprendizagem de novos valores eposturas que não eram as que vigo-raram no regime de ditadura em quenascemos e crescemos, eis-nos tam-bém confrontados com um declínio,o de uma caminhada inexorável paraa passagem de testemunho às gera-ções mais novas e nem sempre sou-bemos fazê-lo com inteligência e cla-rividência. Recentemente, vimos res-surgir a Associação Avense, a AA78, que muitos de nós, no períodorevolucionário em curso, ajudamosa formatar em ordem a uma culturade cidadania e de vivência de ativida-des culturais, de entretenimento e devida saudável na nossa comunidadeavense num ambiente de gestão eparticipação democrática sem precon-ceitos de classe ou exclusão fossepor que motivos fosse. Esta associa-ção perdurou com altos e baixos, pelomenos ao longo de mais de duasdécadas, acabando por fazer tambémum percurso de transição para asmãos de dirigentes mais jovens, como apoio do Instituto da Juventude eCentros infor-jovens, apostados eminiciar e desenvolver um processo deformação para as novas tecnologias,a informática e as novas formas decomunicação que tornaram a globali-zação possível; foi já sob este signotecnológico e com fortes apoios insti-tucionais que a AA 78 conseguiuconstruir um novo edifício, o “Cubodas Artes”, no topo nascente do que

viria a ser o Centro Cultural de Viladas Aves mas, infelizmente, a atividadeda AA 78 esmoreceu em mãos tãojovens e ainda em fase de formaçãouniversitária, e, por falta de mobiliza-ção e de liderança, entrou num vaziodiretivo que, só passados estes anos,por um golpe de rins desta mesmageração entretanto mais amadurecida,se conseguiu ultrapassar esta crise eaparecer com um novo élan. Uma dasconsequências visíveis desta investidaé a recuperação do Cubo das Artes,que entretanto, devido a infiltraçõesde humidade ao longo de anos dedesocupação, foi necessário recupe-rar com uma impermeabilização dotelhado e pinturas interiores Espera-mos sinceramente que, pondo mãosà obra e recuperando o que virá aser a sua sede de trabalho, os novosdirigentes possam dar início a umanova dinâmica cultural e associativaconsentânea com a matriz estatutáriaque foi a sua na fundação mas, ajus-tada aos interesses e aspirações cul-turais das novas gerações de avensesque queiram aderir.

A última observação reservo-a paraesta aventura “editorial” que se cha-ma “Jornal Entre Margens” e queneste ano celebra 30 anos inin-terruptos de publicação fazendo deleo jornal local que mais tempo per-maneceu ao serviço desta terra e dassuas gentes, bem como das freguesi-as ribeirinhas circunvizinhas. Surgiucomo filho legítimo da CooperativaCultural de Entre-os-Aves que fun-damos em 1983 e sobre o seu “pa-trocínio” o consolidamos, muito gra-ças a um núcleo duro de fundado-res, que, neste momento, ponderamse este modelo “patrocinador” seráo mais adequado para os desafiosque a imprensa local e regional lhecoloca. O rejuvenescimento que seexige para que o jornal Entre Mar-gens possa atingir a maioridade, paraalém do seu título de “filiação” e doenvelhecimento e caducidade dosseus fundadores, vai mesmo ter quepassar por uma fórmula mais prag-mática e economicamente mais ou-sada de olhar para o futuro. O deba-te está lançado e vamos necessitarde colaboradores à altura dos no-vos desafios, sejam cooperantes ounão, fundadores ou refundadores. |||||

Luís Américo FernandesO DIRETOR

M.ª Assunção Lino

“Recentemente,vimos ressurgir aAssociaçãoAvense, a AA 78,que muitos denós, no períodorevolucionárioem curso, ajuda-mos a formatarem ordem a umacultura de cida-dania e devivência deatividades cultu-rais, de entrete-nimento e devida saudávelnum ambientede gestão e parti-cipação demo-crática sem pre-conceitos declasse ou exclu-são fosse por quemotivos fosse.”

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CARTOON // VAMOS A VER...

ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 07

“Fiquei especialmente chocado com a aparente indiferençarelativamente à morte de Mário Soares por uma partesignificativa da minha geração, o que ajuda mais uma veza desmistificar o título de «a mais qualificada de sempre»”.HUGO RAJÃO

Mário Sores foi, em Portugal, uma dasfiguras mais preponderantes do sé-culo XX e sem dúvida o maior políti-co do pós-revolução. Sem pretendercometer a grosseria, comum a algunsvultos sinistros, de exultar o 25 denovembro em detrimento do 25 deabril, seria, no entanto, ingênuo, nomínimo, julgar que a queda de umregime totalitário, embora absoluta-mente fundamental, conduz, por sisó, ao natural brotar da democraciae do progresso. Como a História nosmostra, olhem o exemplo da Revolu-ção Cubana, está longe de ser assim.Por cada configuração institucionalque se dilui, é possível imaginar umapanóplia de outras tantas para lhedar lugar. No caso português, ao lon-go de um processo revolucionáriocujas posições assumidas estavam,como é sabido, longe de convergir, atransição para uma democracia libe-ral de estilo europeu, consolidadaposteriormente com a adesão à CEE,que dura até hoje, deveu-se, em gran-de medida a Mário Soares. Daí o

Mário Soares, a indiferençada minha geração

epíteto, atribuído com inteira justiça,de pai da democracia. “Não o fez sozi-nho”, tenho lido em alguns caixas decomentário do Facebook. Com certe-za que não, nenhum momento fulcralda História depende, e ainda bem, deuma personalidade só. Mas dizê-lo,na tentativa de diminuir a sua impor-tância, é uma pura manifestação demá fé tão válida como constatar queMartin Luther King teve companhiaaté Washington, que Mandela não foium lobo solitário no derrube do Apar-theid, ou que Churchill sem os seussoldados jamais teria ganho a guer-ra. Soares é o grande protagonista edeve, portanto, sem descurar os de-mais, ser agraciado nessa proporção.

Por isso mesmo, fiquei especial-mente chocado com a aparente indi-ferença relativamente à sua morte poruma parte significativa da minha ge-ração (nasci em 1991) o que, na mi-nha opinião, ajuda mais uma vez adesmistificar o título de «a mais qua-lificada de sempre». Se por um ladoé inegável o número massivo de gra-duados, por outro nota-se, em mui-tos casos, uma profunda ignorânciapor tudo o mais que ultrapassa os li-mites da respetiva área de formação.Ou seja, cada um domina um deter-minado ramo técnico/científico e esgo-ta a sua identidade no cumprimentoda função que lhe é destinada, renun-ciando assim a cultivar os instrumen-

tos necessários para tecer um olharcrítico sobre si e sobre o mundo. Con-forma-se, portanto, ao lugar que pres-supõe ser o seu, num gesto de resis-tência a toda e qualquer mediação. Éa lógica de um Homem para cadalugar que tanto o Estado Novo quan-to o capitalismo moderno, por estra-nha que pareça a afinidade, partilham,correspondendo, num certo sentido,ao que o filósofo Jacques Rancièredenomina por «estado policial dosensível». Uma lógica cujo sucessode reprodução é, entre outras coisas,reforçado pelo desprezo progressivo,dentro da sociedade civil, que quer acultura quer as humanidades têmsido alvo. Subsequentemente, há umainteriorização das liberdades básicasenquanto fruto da ordem natural dascoisas e, portanto, impossível de re-troceder, que transcende a constru-ção e a vontade humana, análogoaos fenómenos da física ou da biolo-gia, substancializado no conceitoobscuro de «realidade». Assim sen-do, a política afigura-se despicienda,uma maçada burocrática a cargo du-ma classe de administradores (tecno-cratas) desfasada do resto dos comunsmortais. Curiosamente, de novo, umaaceção muito próxima da de Salazar.

Foi precisamente esta lógica queMário Soares combateu toda a vida.Da minha parte, um eterno obrigado!||||| [email protected]

Nos dias que correm, a rapi-dez com que um rumor apare-ce e se espalha tem crescidoexponencialmente.

Por um lado, a informaçãoviaja mais rápido do que nunca,por outro, sendo seres com umacrescente necessidade de en-tretenimento, procuramos as in-formações mais suculentas, maissurpreendentes, aquelas quepodemos comentar com os ou-tros. Assim sendo, não é estra-nho que se veja um novo “es-cândalo” a cada nova semana.

Esta seria uma situação ino-fensiva, não fosse pela nossa Na-tureza teimosa. Os falsos rumo-res aparecem e dissipam-se numpiscar de olhos. Contudo, dei-xam para trás danos permanen-tes. Não precisamos de olhar maislonge do que as eleições: surgeum boato sobre um candidato e,confirmado ou não, tem imedia-tamente um impacto negativo.

É por teimosia que os danosficam depois do rumor terminar.Voltar atrás e mudar uma opi-nião é um exercício demasiadocomplicado para o ser humano.Admitir que estamos errados, atémesmo a nós próprios, é, por ve-zes, semelhante a arrancarmosparte do nosso corpo.

Tudo isto se agrava, claro,pela preguiça e indisposiçãopara procurar informação. Pre-ferimos ser desinformados, masacreditar naquilo do que dize-mos, do que sermos contradita-dos. Por isso, usam-se os rumo-res, que fazem uso desta teimo-sia, desta forma de ver o mun-do a preto e branco, em quenós temos que estar certos eos outros estão errados. E, mes-mo que lutemos contra isto, onosso subconsciente não nosdeixa ganhar a 100%. ||||||

A caminho de outras eleições autár-quicas, agendadas para final desteano, já se pode dizer que Vila dasAves pouco ou nada beneficiou domandato desta Câmara e respetivaJunta de Freguesia, alegando sempre[os seus responsáveis] a falta de ver-bas para cumprir promessas, prejudi-cando, assim, quem por cá vive. Osimpostos são pagos em grande quan-tidade, mormente o IMI que renda àCâmara Municipal um balúrdio dedinheiro do qual não se fala, masque o povo sente na pele tendo emconta a forma como são distribuídostais impostos.

Pois, mas Vila das Aves está, ape-nas, e para já, com o primeiro lançode obra da rua Silva Araújo, deven-do o restante, talvez, fazer-se lá maispara o final do mandato, como for-ma de cumprir tal empreendimento.Pouco mais do que isto foi feito, anão ser uns pequenos arranjos, depouca importância. Assim vamos an-dando, mas Vila das Aves merecemais, tratando-se da segunda maiorfreguesia do concelho.

Posso considerar que Câmara Mu-nicipal e Junta de Freguesia do man-dato anterior mostraram maior servi-ço; as obras estão à vista de todos.Como estamos em democracia nin-guém leve a mal que há que fazermudanças, para melhor. O povo équem mais ordena! A junta alega quenão há verbas para mais e, assim otempo vai passando, e as promessasficam em águas de castanha. Espere-mos que as novas eleições autárqui-cas nos tragam outro modelo degovernação, com novas caras, cien-tes de que, com certeza, farão me-lhor! ||||| JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ DEDEDEDEDE BRITBRITBRITBRITBRITOOOOO GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

O Poderdo Rumor

Tiago GrossoHugo Rajão

Vila das Avesparada no espaçoe no tempo

CARTA AO DIRETOR

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08 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017

ATUALIDADE

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A intervenção que contempla a cons-trução de uma paragem de autocar-ros coberta, bem como a criação de

A paragemprometidaestá concluídaA LUTA DE VÁRIOS ANOS DOS ESTUDANTES FEZ-SE FINALMENTEOUVIR E A CÂMARA MUNICIPAL CONCLUIU O PROJETO DEQUARENTA E CINCO MIL EUROS QUE PRETENDEOFERECER MAIS CONFORTO À COMUNIDADE ESCOLAR.

e a própria direção da escola alertaram-nos para a dificuldade que havia aquinos transportes sobretudo durante oinverno, por causa do mau tempo,mas também da facilidade em fazerum pequeno arruamento com umabrigo coletivo para que houvessemaior conforto”, contou na ocasiãoo presidente da Câmara Municpal.

Num evento com forte participa-ção da comunidade escolar e ondetambém marcaram presença a verea-dora com pelouro da Educação, AnaMaria Ferreira, a presidente da Juntade Freguesia de Vila das Aves, Elisa-bete Faria, o diretor do agrupamentode escolas D. Afonso Henriques, RuiSousa, reiterou que “uma escola commais de vinte anos não ter uma pa-ragem para os seus alunos era umavergonha”, sublinhando ainda que“quem conhece esta zona, em espe-cial às 8h30 e às 13h20 percebeque isto vem libertar muito trânsito.”

Já o atual presidente da Associaçãode Estudantes, André Fernandes, des-taca que vale a pena lutar, afirmandoque “a paragem de autocarros foi umaprioridade para a associação porquefoi uma prioridade dos estudantes.”

A obra servirá assim a comunida-de escolar da Escola Secundária D.Afonso Henriques e melhorará a cir-culação do trânsito na zona, paraalém criar novas condições para osestudantes apanharem os transpor-tes escolares. Nas palavras do autarca,“a presença dos alunos aqui é razãosuficiente para demonstrar a satisfa-ção deles pelo facto de terem reivin-dicado uma obra, embora pequenaque está executada.” |||||

uma nova faixa de circulação em fren-te à escola secundária, é uma velhareclamação dos alunos. Ao longodas décadas, desde que a Escola Se-cundária de Vila das Aves foi aqui

implementada que se reclamava poruma intervenção deste tipo para su-prir os problemas existentes.

A solução foi ganhando mais for-ça durante os últimos três anos comesforços mais concertados e viáveispor parte das várias associações deestudantes, que se expressaram dire-tamente ao presidente da câmaranuma visita à escola e apresentaram,eles próprios, um projeto que resol-veria os problemas.

No evento que serviu para marcara abertura ao trânsito, Joaquim Couto,presidente da Câmara Municipal deSanto Tirso, enalteceu a capacidadede resolução de problemas da co-munidade escolar, mostrando-se sa-tisfeito pela participação dos alunos,naquilo que para a câmara munici-pal é uma “pequena intervenção queresolve grandes problemas.”

“Há dois anos atrás, em visita àescola, a Associação de Estudantes

A paragem de autocar-ros foi uma prioridadepara a associaçãoporque foi uma prio-ridade dos estudantes.”ANDRÉ FERNANDES

VILA DAS AVES | ESCOLA SECUNDÁRIA

NA IMAGEM, RUI SOUSA, ELISABETEFARIA, ANA MARIA FERREIRA,JOAQUIM COUTO E ANDRÉ FERNANDES

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www.ortoneves.pt

Para toda a gente é a Ponte, a ponte que deu origem aos lugaresda Ponte, um em cada margem, tendo o lugar da Ponte deseguida dado origem, entre outras coisas, à Escola da Ponte...

ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 09

De acordo com os dados doInstituto de Emprego e Forma-ção Profissional (IEFP), SantoTirso tinha em novembro pas-sado quatro mil e trezentas pes-soas registadas, um númeroque representa uma descidade 36% nos últimos três anos.

Segundo Joaquim Couto,presidente da Câmara Muni-cipal de Santo Tirso, os nú-meros são motivo de satisfa-ção, tendo em conta que oatual executivo estabeleceucomo um dos pilares da suaação política o emprego e oinvestimento.

Nas palavras do autarca,“Santo Tirso continua a serexemplo no que toca à desci-da da taxa de desemprego,comparativamente com a mé-dia nacional”, sublinhandoainda que “estes dados sãodemonstrativos da capacida-

O NÚMERO DE INSCRITOS NO CENTRO DEEMPREGO DE SANTO TIRSO ENTRE JANEIRO ENOVEMBRO DE 2016 DECRESCEU 12%

Taxa dedesemprego volta adescer no concelho

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Tanto para os habitantes de Vila das Avescomo para os de Negrelos é a Ponte, semoutro nome ou atributo. Poderíamos cha-mar-lhe a Ponte Velha, mas sendo a ou-tra a Ponte Nova (apesar dos seus maisde 150 anos) e aparecendo sempre comesta designação completa, quando se falasó na Ponte não há confusão. Confusãoseria chamar-lhe Ponte de Negrelos por-que este é o nome da muito mais antigaponte que liga Lordelo/Moreira de Có-negos a S. Martinho do Campo. Podiaser, então, Ponte de S. Tomé mas deixariaa outra margem a pedir que fosse de S.Miguel. Mais razoável seria então a Pon-te do Espírito Santo, pela capela que “pro-tege” a entrada do lado sul. Muito em-bora a capela tivesse tido, anteriormente,como patrono S. Lázaro.

Mas, para toda a gente é a Ponte, aponte que deu origem aos lugares daPonte, um em cada margem, tendo o lu-

O PRAZO DE EXECUÇÃO É DE 180 DIAS E O CUSTO DE CERCA DE 350 MIL EUROS

gar da Ponte de seguida dado origem,entre outras coisas, à Escola da Ponte aqual, tendo mudado de margem, nem porisso precisou de mudar de nome nemde projeto (“Fazer a Ponte”), um sinal deque a ponte une mais do que separa.

Pois a Câmara Municipal vai refazer aponte, isto é, requalificá-la para servir me-lhor nas condições atuais de tráfego auto-móvel e pedonal. É ideia que já deve levarbem mais que uma dezena de anos nosplanos da autarquia e que parece estar,finalmente, destinada a ser concretizada.De acordo com informação obtida peloEntre Margens a obra foi posta a con-curso no final de dezembro passado comum valor de base de cerca de 357 mileuros e para execução num prazo de 180dias a partir da celebração do contratocom a empresa que vencer o concurso.

O projeto contempla o alargamentopara que passe a haver uma faixa de ro-dagem de 5,5 metros de largura e umpasseio de 1,5 metros e a demolição do

prédio existente na entrada do lado deNegrelos). Serão aproveitados os cubosde granito existentes na repavimentação.Como resultado da intervenção, tanto otrânsito automóvel como o de peões fi-carão facilitados com o novo perfil dotabuleiro da ponte e, espera-se, que nocaso dos peões, a melhoria das condi-ções de circulação resulte também do pro-longamento do passeio até à estradanacional, o que, ao que parece, está ga-rantido no projeto.

Aguarda-se com alguma expetativaque o arranque das obras seja anuncia-do, até porque, o estado de conservaçãoda ponte é lamentável, com árvores e ar-bustos a cresceram nas juntas das pe-dras que constituem o arco. Por outro, aperspetiva da realização das obras, a cur-to prazo, para resolver o cruzamento doBarreiro exige uma alternativa funcional.E esta ponte, alargada para possibilitar apassagem de dois veículos a par, seráuma alternativa razoável. ||||||

de das nossas empresas cria-rem riqueza e novos postosde trabalho, resultado tam-bém de um pacote de medi-das amigas das empresas quea Câmara tem implementado”.

As políticas de incentivodirigidas ao tecido empresa-rial local, com vista à atraçãode novos investimentos e aocrescimento das empresas jáinstaladas no município, sãojá avaliadas em mais de novemilhões de euros, distribuí-dos pelos projetos empresa-riais sediados no concelho.

Os dados oficiais, apresen-tados pelo IEFP e pela Comis-são de Coordenação e De-senvolvimento Regional doNorte, mostram a tendênciaestrutural de que Santo Tirsocontinua a ser um exemplono que toca à descida da taxade desemprego. |||||

MUNICÍPIO | DESEMPREGO

Obras na Ponte sobre o rioVizela: concurso já decorreu

MUNICÍPIO | VILA DAS AVES E S. TOMÉ DE NEGRELOS

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10 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017

ATUALIDADE

SANTO TIRSO | FÁBRICA DE SANTO THYRSO ACOLHEU EDIÇÃO DE 2017 DO MODATIRSO

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Com um processo de seleção queenvolveu todas as escolas do conce-lho, vinte jovens foram escolhidospara a grande final do Modatirso quedecorreu no passado sábado, 21 dejaneiro e preencheu a Fábrica de San-to Thyrso com cerca de três mil pes-soas. O evento apresentado por AnaViriato trouxe à cidade de Santo Tirsonomes como Elsa Barreto, FredericoMartins, Ana Sousa, Katty Xiomara,Júlio Magalhães, Manuel Serrão ouClaudia Jacques para encontrarem

Luzes, Câmaras e Passerelle! no ModatirsoO EVENTO JUNTOU VÁRIOS NOMES SONANTES DA MODA NACIONAL NA FÁBRICA DE SANTO THYRSO EM BUSCA DENOVOS TALENTOS NO MUNICÍPIO. DIVA MARTINS E VASCO MOREIRA FORAM OS GRANDES VENCEDORES.

jovens promessas da moda nacional.O júri de vinte e dois elementos

coroou Diva Martins e Vasco Moreiracomo casal vencedor. Antes, já umavotação online, via facebook e o pú-blico presente através de mensagemde telemóvel tinham participado naescolha dos três casais finalistas doconcurso promovido em parceria coma agência ONE Models.

Os vinte finalistas desfilaram napasserelle da “Fábrica” por três ocasi-ões, com coleções dos jovens criado-res Eduardo Amorim, Carolina Ma-chado e Pedro Neto, e da espanholaAry de Rey numa espécie de presta-ção de provas perante um júri atento.

O evento funcionou como um es-paço criativo de interligação entre vá-rios tipos de expressão artística - amoda, música, dança, com uma lin-guagem visual e cenográfica bem de-senvolvida, que usava imagens e sím-bolos do passado para tentar expri-mir uma essência mais contemporâ-nea. O vídeo que abriu a gala é exem-plo disso mesmo, pretendendo fazera ponte entre ícones de tempos idoscom os jovens ali presentes.

Para Joaquim Couto, presidente da

Câmara Municipal de Santo Tirso emembro do júri, “Santo Tirso está namoda e este foi um excelente espe-táculo, tivemos um júri de luxo paraalém do público que acorreu em mas-sa.” De acordo com o autarca, o Mo-datirso tem três objetivos fundamen-tais. “O primeiro é abrir novas perspeti-vas profissionais para estes jovens,que em outras circunstâncias não te-riam acesso. Em segundo lugar, pro-mover o estilismo, a moda e o têxtilque é um dos principais negócios donosso município. Por último, estimu-lar o civismo, a participação e a desen-voltura dos jovens que nem sempre

na escola e nos seus habitats sociaisconseguem desenvolver.”

Os grandes vencedores, Diva Mar-tins e Vasco Moreira, treze e quinzeanos respetivamente, mostraram-sesurpreendidos e “sem palavras paradescrever a sensação” ao ouvirem osseus nomes anunciados no final danoite. Contudo, enquanto Vasco Mo-reira admitiu que o “interesse pela mo-da é recente e ainda está a crescer”,Diva Martins confessava que “ser mo-delo é algo que sempre ambicionei.”Ambos desejam que este reconheci-mento lhes permita abrir novas portasdentro do mundo da moda para queno futuro quem sabe, conseguir cons-truir uma carreira. “É importante nuncadesistir, continuar sempre a sonhar e alutar”, enaltecia felicíssima a vencedora

“É evidente que (o Modatirso) éum evento que traz um conjunto desinergias que são benéficas para omunicípio, nomeadamente a nível doemprego qualificado” sublinhou Joa-quim Couto afirmando ainda que ainiciativa veio para ficar, embora es-teja em consideração alterar a datapara que no futuro passe a realizar-se no verão e ao ar livre. |||||

OS GRANDES VENCEDORES DAEDIÇÃO DE 2017 DOMODATIRSO, DIVA MARTINS EVASCO MOREIRA, DE TREZE EQUINZE ANOS RESPETIVAMENTEFOTO: CMST

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ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 11

Esta sexta-feira, o auditório Eng. Eu-rico de Melo acolhe a palestra “Can-cro com Humor”. A iniciativa, cominício marcado para as 21h00 e en-trada livre, é “um testemunho irreve-rente, humorístico e real da sobrevi-vente Marine Antunes”, sublinha aorganização. Segunda a mesma fon-te, “Marine Antunes apresenta umanova forma de falar sobre o cancro,utilizando o humor como instrumentode comunicação. Uma visão verda-deira que defende a possibilidade deser-se feliz no caos!”

Este evento dirige-se aos sobrevi-ventes e doentes que se identificamcom as palavras e histórias da Marine,aos cuidadores que aprendem comolidar com um doente oncológico, à co-munidade médica e a todos os interes-sados em contactar com uma sobrevi-vente do cancro, na primeira pessoa. ||||||

S. TOMÉ DE NEGRELOS | ASSOCIATIVISMO

A Associação Recreativa de Negrelos, para lá da atividadequotidiana na sua sede, possui uma equipa de futsalsénior que compete na divisão de honra da associação defutebol do Porto e uma formação de atletismo de veteranos.

Associação Recreativade Negreloscelebra 80 anos

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A Associação Recreativa de Negrelosé uma coletividade datada de 1937,com o desígnio de Tuna Orquestrade São Tomé de Negrelos até queem 1966 foram aprovados os atuaisestatutos e renomeada. Para além dacomponente musical inerente à sua

O EVENTO QUE MARCARÁ O ANIVERSÁRIO REALIZAR-SE-ÁNO DIA 28 DE JANEIRO NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO. O PRO-GRAMA DAS FESTIVIDADES CONTARÁ COM ATUAÇÕES DEINÊS COUTINHO, RUTE LOPES E FILIPA MARTINS EAPRESENTAÇÃO DE ALEXANDRA SILVA DA RÁDIO SANTO TIRSO

génese, a associação já deteve de-baixo do deu guarda-chuva ao lon-go dos seus muitos anos de históriauma vertente dramática, há muitoabandonada e inativa e desportiva.As memórias de todas as transfor-mações que a associação foi sofren-do estão orgulhosamente expostasnas paredes da sede. Dos troféus

conquistados, a fotografias dos atle-tas que representaram as suas cores,bem como instrumentos utilizadospela antiga tuna.

Hoje, a Associação Recreativa deNegrelos, para lá da atividade quoti-diana na sua sede, possui uma equi-pa de futsal sénior que compete nadivisão de honra da associação defutebol do Porto e uma formação deatletismo de veteranos.

As festividades de celebração dooctogésimo aniversário decorrem apartir das 21:30 e têm o apoio daCâmara Municipal de Santo Tirso eda Junta de Freguesia de São Toméde Negrelos. |||||

PALESTRA

Falar docancrocom humor

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CULTURA12 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017

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VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

Regressam aGuimarãesos dias da dança

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Tânia Carvalho, um dos nomes maisimportantes da dança contemporâneaportuguesa, sempre teve no CentroCultural Vila Flor (CCVF), em Guima-rães, um palco privilegiado para mos-trar o seu trabalho. Sem ele, a norte,o seu discurso coreográfico não era,de todo, conhecido. “A Tecedura doCaos”, por exemplo, que apresentouem estreia nacional em 2015 no en-cerramento do GUIdance - FestivalInternacional de Dança Contempo-rânea, ficará na memória de muitoscomo um dos mais belos momentosdo certame, ao qual regressa, agoracomo coreógrafa em destaque.

Nesta 7ª edição, Tânia Carvalhoapresenta-se em dose dupla: faz aestreia absoluta de “Captado pelaIntuição”, um solo que é “um hinoao ato criativo e à força da interpre-tação” (dia 4, às 21h30) e apresen-ta ainda uma remontagem de “DeMim Não Posso Fugir, Paciência!”, peçade 2008 que explora os movimen-tos que um pianista deveria apren-der de modo a interpretar a música,

ENTRE ESTREIAS ABSOLUTAS E ESTREIAS NACIONAIS SEFAZ A EDIÇÃO SETE DO GUIDANCE (2 A 11 DE FEVEREIRO)QUE MOSTRA PELA PRIMEIRA VEZ EM PORTUGALO TRABALHO DO COREÓGRAFO RUSSELL MALIPHANT

GUIMARÃES | FESTIVAL DE DANÇA CONTEMPORÂNEA numa relação de interdependênciacom a dança (dia 8, às 21h30, Plata-forma das Artes).

Mas o GUIdance, que começa jáno dia 2 de fevereiro, traz outras es-treias e outros regressos. É o caso deLuís Guerra, ‘velho’ cúmplice, enquan-to intérprete de Tânia Carvalho, que,traz ao grande auditório do CCVF “ATundra” (dia 9, às 21h30) e que háum ano mostrava neste mesmo festi-val a peça “Nevoeiro”. Outro regres-sa é o do sueco Jefta van Dintherque apresenta em estreia nacional apeça “This is Concrete”, num traba-lho a meias com Thiago Granato.“Aqui, os corpos de dois homens em-brenham-se incessantemente, esba-tendo as fronteiras um do outro, con-vidando o público a passar tempocom algo incerto”.

Mas um dos imperdíveis desta-ques da edição número sete do GUI-dance é o da estreia em Portugal docoreógrafo Russell Maliphant que, nas-cido no Canada desenvolveu desdecedo o seu trabalho em Inglaterra.Maliphant faz as honras de abertura

do festival com “Conceal | Reveal” (dia2, 21h30, CCVF); espetáculo que étambém uma celebração do trabalhodo coreografo com o icónico desig-ner de luz Michael Hulls e que con-densa criações recentes e um clássi-co da companhia de Maliphant.

No encerramento do festival, dia11, “Speak low if you speak love”(21h30, CCVF), de Wim Vandekey-bus, que chega ao GUIdance tam-bém em jeito celebratório pelos 30anos da sua conceituada companhia.Com este espetáculo, reafirma-se arelação de grande cumplicidade en-tre o coreógrafo belga e o músicoMauro Pawlowski. “Speak low if youspeak love”, refere-se em comunica-do de imprensa, “não é uma ópera,nem um musical, mas antes uma com-binação irrequieta de música experi-mental e tradição clássica em que otema central é o amor”.

Entre um e outro espetáculo, desta-que: para a apresentação no dia 3de “Autointitulado” de João dos San-tos Martins (nome a ter seriamente emconta) e Cyriaque Villemaux (21h30,

CCVF), de novo às voltas com as me-mórias da dança; para a estreia, nodia 4 de “Adorabilis” de Jonas & Lan-der (18h00, Plataforma das Artes); epara a peça “A importância de ser(des)necessário” da dupla Ana Jeza-bel e António Torres (dia 11, 18h30,Plataforma das Artes).

À semelhança das edições ante-riores, o festival apresenta um cartazde atividades paralelas que aproxi-marão público, artistas, escolas e pen-sadores. Há masterclasses com Rus-sell Maliphant e Nuhacet Guerra daCompanhia ‘Ultima Vez’ de WimVandekeybus, conversas pós-espetá-culo, sessões para escolas e debates.Mais informação em: www.ccvf.pt |||||

Nome maior da dançacontemporânea,Russell Maliphantestreia-se em Portugal,dia 2 de fevereiro,no âmbito da sétimaedição do GUIdance

“CONCEAL | REVEAL” DO COREÓ-GRAFO RUSSELL MALIPHANT E ODESIGNER DE LUZ MICHAEL HULLS(DIREITOS RESERVADOS).

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ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 13

VILA DAS AVES | CINEMA

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“Sentir os Ombros”, “A Minha Paisa-gem Não Existe” e “Terra Nuclear” vi-vem do mundo que as envolve, de umuniverso de ambientes sociais queDaniel e Dinis observaram e viverammuito proximamente. São históriasdeles, muito pessoais, mas tambémpor isso transversais. Jovens de umtempo e de um local. A geração ‘à rasca’como muitos chamaram, os filhos daausteridade, perdidos na nostalgia detempos passados e de futuro incerto.“Os três filmes têm esse ponto emcomum, uma certa nostalgia pela ju-ventude”, confessa Daniel Leal Ma-chado, “recordam o passado porqueera um tempo muito mais livre e commenos problemas, do que aqueles queestamos a passar hoje em dia.”

Segundo o mais velho da dupla,estes filmes são nostálgicos porque“refletem o nosso contexto social querem Portugal, quer fora. É impossívelnão falar de nostalgia quando abor-damos conceitos como a emigraçãoe o desemprego. É a base de tudo.”

Dinis, o mais jovem, assinala que“Sentir os Ombros” e Terra Nuclear”são duas faces da mesma moeda. “Oprimeiro fala de um jovem que nem

estuda, nem trabalha e então tem quefazer algo, porque está farto de serdependente da mãe, decidindo fazeruma aula de ioga. Por um lado elequer ser adulto, por outro o pensa-mento dele ainda é muito imaturo.”

Se nessa curta o protagonista pro-cura trabalho cá dentro em “Terra Nu-clear” a personagem central vê-seobrigado a emigrar, naquele caso pa-ra a Suíça. “Nós decidimos abordar aquestão da emigração, especificamen-te da emigração jovem. Quisemosmostrar como é ir para outro país,enfrentar coisas novas, mesmo quan-do ainda não se é muito maduro.Por exemplo. Quando logo no pri-meiro dia de trabalho ele se atrasa.”

“Terra Nuclear” é claramente o pro-jeto com mais ambição que a duplade realizadores avense apresentou.Não só em termos de ideias, mas anível da produção e da execução doprojeto. Como em todos os seus fil-mes, aproveitaram as pessoas e oscenários que os rodeavam e, em via-gem à Suíça para visitar a tia recém-emigrada (e uma câmara recém-com-prada), foram à procura da históriano local, onde estas histórias são vivi-das diariamente. Filmaram os cenári-os invernais, despojados e austeros,

e os seres que os habitam. Nas pala-vras de Dinis Leal Machado, aquelaspessoas “acabaram por entrar no fil-me e ser uma componente muito fortee dar humanidade à história.”

O caso de “A Minha PaisagemNão Existe” é diferente. Como os pró-prios afirmam, este projeto é a adap-tação de um trabalho fotográfico, pon-tuado por uma narração expressivaque discorre sobre momentos e me-mórias perdidas pelo processo decrescimento. “É um slideshow de ima-gens que reflete sobre o passado, ainfância e a evolução da paisagem eaquilo que é a ausência de fotogra-fia sobre uma fase da nossa vida.Tentar chegar lá, reconstruir e estartudo diferente.”

Para ambos, a presença da salacheia no CCVA para ver os seus tra-balhos é uma surpresa que os deixaextremamente satisfeitos. “Tanta gen-te para ver cinema na Vila das Aves”,afirmam orgulhosos. Contudo, a en-chente é ainda mais especial devidoao modo como tentam envolver e re-tratar uma “comunidade” nos seusprojetos. “Ver toda esta gente é mui-to positivo, porque muitos dos queaqui estiveram são pessoas que nosajudaram durante o processo, a quem

O olhar sociológico sobre a juventudeCOM O AUDITÓRIO DO CENTRO CULTURAL VILA DAS AVES (CCVA) REPLETO, OS IRMÃOS DANIEL E DINIS LEAL MACHADOAPRESENTARAM TRÊS CURTAS-METRAGENS SOBRE O MUNDO QUE OS RODEIA E OS DESAFIOS QUE SE LHE IMPÕEM.

nós nunca pagamos, e mesmo assimcontinuaram a ajudar-nos. É a opor-tunidade de reconhecer publicamenteo trabalho dessas pessoas.”

“Sentir os Ombros”, “A Minha Pai-sagem Não Existe” e “Terra Nuclear”,exibidos no centro Cultural, são a ex-pressão artística de uma atmosferapsicossocial, o real transformado emconto ficcional, que extrai significa-dos próprios dos seus referentes. “Es-tes são filmes onde demos muito denós, da nossa vida pessoal, da expe-riência. A inspiração veio de dentro,daquilo que vivemos, dos nossosamigos e do que nos rodeia.” Filmar omundo com olhar próprio. |||||

Dois factos a reter das curtas deDinis e Daniel Leal Machado pro-jetadas no Centro Cultural Mu-nicipal de Vila das Aves: primei-ro, Daniel Leal Machado é umabela e forte presença no grandeecrã; segundo, Ismael Silva é me-recedor de que o vejamos, comurgência, no teatro. E mais umdado importante: a curta “A Mi-nha Paisagem Não Existe” é umbelo e frágil poema de amor deDinis Leal Machado às imagens.Com esse corajoso e pessoalís-simo slideshow devolveu a umaplateia inteira nestes dias de pre-domínio das imagens, precisa-mente, a capacidade de as ver. |||||TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO (NA

FOTO, DINISDINISDINISDINISDINIS LEALLEALLEALLEALLEAL MMMMMAAAAACHADOCHADOCHADOCHADOCHADO)

ODE ÀS IMAGENS

“DINIS E LEAL MACHADO

Ver toda esta gente é muito positivo, porque muitos dos que aquiestiveram são pessoas que nos ajudaram durante o processo, aquem nós nunca pagamos, e mesmo assim continuaram a ajudar-nos.”

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ATUALIDADE

ASSEMBLEIA GERALORDINÁRIACONVOCATÓRIA

RANCHO FOLCLÓRICOS. TIAGO DEREBORDÕES

Ao abrigo dos estatutos desta coletividade, convoco todos os sóciosefetivos para uma assembleia geral ordinária, a realizar no dia 11 deFevereiro de 2017, pelas 21 horas, na sede do Rancho Folclórico S.Tiago de Rebordões, sita no Largo Delfina Fernandes, nº 85, emRebordões, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Leitura da ata da assembleia anterior;2. Apresentação para aprovação do relatório de contas do anotransato;3. Apresentação do plano de atividades para 2017;4. Outros assuntos de interesse.

Se à hora marcada não estiverem presentes a maior parte dos associ-ados a assembleia geral terá início trinta minutos depois, com qual-quer número de presentes.

Rebordões, 20 de Janeiro de 2017A Presidente da Assembleia GeralLudovina Silva

BOA CAPACIDADE DE TRABALHO / EXPERIÊNCIAMÍNIMA DE 5 ANOS

PROFUNDO CONHECIMENTO DO SECTOR TÊXTILE VESTUÁRIO (CONFECÇÃO)

PROFICIÊNCIA EM TODAS AS MÁQUINAS INDUSTRIAISDE CONFECÇÃO

MOTIVAÇÃO, ESPÍRITO DE INICIATIVA, SENTIDODE RESPONSABILIDADE E DINAMISMO

FACILIDADE DE TRABALHO EM EQUIPA E GOSTOPOR DESAFIOS

REMUNERAÇÃO COMPATÍVEL COM CAPACIDADEE EXPERIÊNCIA EVIDENCIADAS

BOAS CONDIÇÕES DE TRABALHO

INTEGRAÇÃO NUMA ORGANIZAÇÃO SÓLIDA EDINÂMICA

REMETER A SUA CANDIDATURA, ACOMPANHADA DECV E FOTO, PARA E-MAIL//[email protected]

GANHE UM ALMOÇOPARA 2 PESSOAS

NO RESTAURANTE:

Tenha asua

assinaturaem dia e

Estrelado Monte

OS DOENTES ONCOLÓGICOS DE SANTO TIRSO VÃO PASSAR A USUFRUIRDE CONSULTAS DE ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO GRATUITAS. AMEDIDA ESTÁ INSERIDA NO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE E RESULTA DEUM PROTOCOLO ASSINADO ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTOTIRSO E A LIGA PORTUGUESA CONTRA O CANCRO – NÚCLEO NORTE.

Nas palavras de Joaquim Couto estamedida é “uma nova resposta na áreada saúde para a população do con-celho.” Relevando a importância des-te acordo o presidente da atarquiaassinala que “infelizmente, o cancroé uma doença generalizada, e tam-bém ao nível autárquico tudo deveser feito para ajudar no seu trata-mento e prevenção. É isso que es-

Câmara cria resposta deapoio psicológicopara doentes com cancro

tamos a fazer, pois esta consulta nãoexistia no nosso Município, e permi-tirá aos doentes do concelho ummelhor acompanhamento.”

Por outro lado, acrescentou Joa-quim Couto, este tipo de consulta lo-calizada em Santo Tirso permitirá queaos doentes oncológicos residentes noconcelho e aos seus familiares “deixemde ter que se deslocar à cidade do Por-

lhorar, direta ou indiretamente, o mo-mento que o doente atravessa”.

“Este gabinete é fundamental, eespero que através do exemplo queo presidente da Câmara deu, hajamuito mais municípios que possam daro seu contributo de apoio ao doen-te oncológico”, elogiou Vítor Veloso.

Os doentes oncológicos do Mu-nicípio que necessitem deste tipo deconsulta serão encaminhados pelasentidades ligadas à saúde, parceirasdo Plano Municipal de Saúde, no-meadamente o Hospital Médio Avee o Agrupamento de Centro de Saú-de de Santo Tirso. |||||

MUNICÍPIO | SAÚDE to para usufruir deste tipo de serviço.”O Gabinete de Apoio Psico-

oncológico funciona nos serviços deAção Social da Câmara de SantoTirso, com consultas de psicoterapialideradas por técnicos especializadosda Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Vítor Veloso, presidente do Nú-cleo Norte da Liga Portuguesa Con-tra o Cancro, sublinhou a importân-cia deste apoio: “É importante pensarque, num agregado familiar, quandouma das pessoas tem cancro, há umagrande instabilidade nas famílias. Sepudermos ajudar a estabilizar as famí-lias, com certeza vamos conseguir me-

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obras do cineteatro de Santo Tirso?Atirar um palpite é um exercício pou-co sério quando está em jogo umassunto tão importante. O problemado cineteatro não foi criado no últimoano ou nos últimos três anos. Comofacilmente se percebe, em causa estáum investimento avultado. Apesar detudo, prefiro que só se prometa aqui-lo que é possível cumprir, em vez dese andar a criar expetativas na popu-lação do concelho, como já aconte-ceu no passado.

ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 15

INQUERITO´́́́́

Natural da freguesia de S. Martinhodo Campo, Sofia Andrade, 28 anos,é licenciada na área da saúde pela Esco-la Superior de Saúde do Vale do Ave.

Desde 2012, faz parte dos órgãoslocais do Partido Socialista, integran-do a Comissão Política Concelhia.

Nas ultimas eleições autárquicas,foi eleita nas listas do Partido Socia-lista vogal do executivo da agora de-nominada Junta de Freguesia de VilaNova do Campo.

Atualmente, é presidente da Ju-ventude Socialista de Santo Tirso emembro da Comissão Nacional daJuventude Socialista.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Da praia.

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Gostava de ver casa cheia nas inici-ativas que lá têm lugar. Julgo que háuma tendência, sempre mais fácil, paracriticar e reclamar pela falta de qual-quer coisa, quando, na verdade, to-dos nós devíamos fazer um maioresforço para participar na vida da co-munidade, das mais variadas formas,nomeadamente valorizando o que énosso e, no caso concreto, envolver-mo-nos mais na diversificada progra-mação cultural que o Centro Cultu-ral Municipal de Vila das Aves ofere-ce. Cumprido este requisito, então,sim, estamos em condições de criti-car e reclamar. Com legitimidade.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?Se foram prometidas, é porque sãoimportantes para o desenvolvimentodo concelho. Não posso sentir faltade todas porque a realidade mostraque muitas já foram concretizadas emuitas estão em curso, como consta-ta quem anda pelo concelho.

Qual o seu palpite para o início das

INQUÉRITO A SOFIA ANDRADE, PRESIDENTE DAJUVENTUDE SOCIALISTA DE SANTO TIRSO

Faria um abaixo-assinadopara retirar Donald Trump dapresidência dos EUA

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para…Não teria nenhum gosto especial emser presidente de Câmara apenas porum dia. Como diz a sabedoria popu-lar, o caminho faz-se caminhando. Odesenvolvimento e o progresso são fru-to de um trabalho contínuo. Não é deum dia para o outro que se melhoraa qualidade de vida das pessoas.

A Casa de chá, no Parque D. Maria IIdá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Nem uma coisa, nem outra. Ficar-me-ia por um sumo de laranja natural.A vitamina C, principalmente nestaépoca do ano, faz bem à saúde.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…Em que as redes sociais eram sinó-nimo de proximidade e não de iso-lamento.

Eu faria um abaixo-assinado para…Retirar o Donald Trump da presidên-cia dos EUA.

Onde se comem os melhores jesuí-tas?Indiscutivelmente, em Santo Tirso.

Eu pagava para…Ver um concerto de Xutos e Ponta-pés em Santo Tirso.

Em que década vai o PSD conquistara Câmara de Santo Tirso?Se for pelas propostas e ideias que tempara o concelho, dificilmente o PSDalguma vez conquistará a Câmara deSanto Tirso. Alguém conhece umaproposta do PSD para Santo Tirso?Eu não conheço. E eu sou daquelaspessoas que acreditam mais nosprojetos políticos dos partidos do quena propaganda ou no culto da ima-gem no momento de confiar o meuvoto a alguém.

Com quem é que nunca iria à bola(ou à missa)?Com os críticos de bancada. Com aque-les que em nada contribuem para odesenvolvimento da comunidade e,não contentes com isso, ainda criti-cam. Acho que o serão não seria mui-to agradável, na missa ou na bola.

Com quem é que gostava de se coli-gar?Com todos aqueles que têm vontadede trabalhar e contribuir para o de-senvolvimento da comunidade.

Quantas vezes já esteve em Rabada?

Não sei de cor quantas vezes já esti-ve no agora batizado Parque Munici-pal Sara Moreira.

Depois do Parque da Rabada, do ri-beiro do Matadouro e do AmieiroGalego, que outro nome lhe ocorrepara um novo parque no concelho?Parque Metropolitano de MonteCórdova.

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Por princípio, gosto de levar tudo atéao fim.

A quem dava com um pau de selfie?Àqueles que se escondem atrás deperfis falsos nas redes sociais paradizer mal, difamar e lançar suspeitas.Àqueles que não têm a coragem dedar a cara por uma ideia, por umacrítica ou por uma discordância.

Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan-ta festa?Santo Tirso é cada vez mais um conce-lho amigo dos jovens. Ainda há umcaminho que tem de ser percorrido,mas, hoje em dia, os jovens já nãotêm que ir para outros concelhos parase divertirem ou terem acesso a inicia-tivas diferenciadoras sob o ponto devista cultural e desportivo. Aliás, o quese constata é que são os jovens deoutros concelhos que começam a virpara cá. O que é francamente positi-vo, sob todos os pontos de vista, no-meadamente para o comércio local.

A quem oferecia uma medalha demérito?Aos jovens. Àqueles que preferem sairde casa para participar na causa pú-blica. Àqueles que querem participarna vida da comunidade, livres deagendas e interesses particulares.Àqueles que têm pensamento pró-prio, ainda que por vezes possa seridealista ou romântico, porque, comodiz o poeta António Gedeão, é osonho que comanda a vida. |||||

“Dava comum pau deselfie aosque se es-condematrás deperfis falsosnas redessociais paradizer mal,difamar elançar sus-peitas.”SOFIA ANDRADE

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16 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017

DESPORTO2ª LIGA DE FUTEBOL - CDAVES, FUTEBOL SAD

17 - SPORTING B 26

18 - AC VISEU 26

19 - FAFE 25

20 - LEIXÕES 23

21 - FREAMUNDE 22

22 - OLHANENSE 13

FUTEBOL // DISTRITAIS

09 - COVA DA PIEDADE 32

10 - V. GUIMARÃES B 30

11 - FAMALICÃO 28

12 - GIL VICENTE 28

13 - SPORTING COVILHÃ 28

15 - UNIÃO MADEIRA 28

14 - FC PORTO B 28

2716 - VIZELA

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P01 - PORTIMONENSE 56

02 - CD AVES 52

03 - ACADÉMICA 37

04 - SANTA CLARA 36

05 - PENAFIEL 35

07 - BENFICA B 34

06 - VARZIM 34

3308 - BRAGA B

Invencível, oDesportivo cimentao seu lugar nazona de subida

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FOTOS. VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Em Vila Nova de Gaia, em jogo refe-rente à primeira jornada da segundavolta, o CD Aves empatou a zero numjogo disputadíssimo, frente a um adver-sário extremamente combativo ondevaleu Quim a defender uma grandepenalidade a meio do segundo tem-po, mantendo o resultado inalterado.

O Desportivo até entrou melhorna partida, dando a ideia que o jogose poderia resolver rapidamente. Aequipa avense foi muito pressionantee aproveitou a passividade contráriapara criar várias oportunidades duranteo primeiro tempo, que foram sendodesperdiçadas consecutivamente.

Na segunda parte, o FC Porto “B”acordou para a partida e equilibrouo encontro, adormecendo o ritmo dejogo, não permitindo que o Aves con-trolasse a posse de bola como tantogosta de fazer. Mesmo assim foi oDesportivo a dispor da primeira gran-

O EMPATE FRENTE AO FC PORTO “B” NÃO COMPROMETEUAS ASPIRAÇÕES DA EQUIPA DE IVO VIEIRA QUE COM AVITÓRIA FRENTE AO V. GUIMARÃES “B” SE APROXIMOU DOLÍDER PORTIMONENSE E A ALARGOU PARA QUINZEPONTOS A DISTÂNCIA PARA O TERCEIRO CLASSIFICADO.

Vieira chegou depois do golo da van-tagem. O Vitória “B” veio à procura doempate com tudo e o CD Aves per-deu totalmente o controlo do jogo,sobretudo no último quarto de hora.Mais uma vez, Quim segurou o re-sultado com duas intervenções degrande nível, sobretudo em tempo dedescontos. Uma frente a João Cor-reia, isolado, outra a um livre diretoà entrada da área.

No final da partida, Vítor Campelosconsiderou que o empate seria o re-sultado mais justo, tendo em conta aprodução da equipa do Vitória nasegunda parte. O treinador dos bêsconcedeu que durante a primeiraparte a sua equipa “não conseguiuexplanar o seu futebol”. Segundo otécnico, “entrámos muito bem na se-gunda parte, mas acabamos por so-frer um golo numa infelicidade quan-do estávamos por cima do jogo.”

Já Ivo Vieira considera que o re-sultado é justíssimo. O treinador doCD Aves afirmou que respeita a opi-nião do treinador adversário, masque “a equipa que faz mais golosmerece o resultado.” Para o técnicoavense, o resultado podia ter ficadofeito durante os primeiros 30 minu-tos onde a sua equipa foi “nitida-mente” superior ao Vitória, criandotrês ou quatro situações de golo fla-grantes. “Ganhámos justamente poraquilo que fizemos na primeira par-te”, concluiu Ivo Vieira.

Na próxima jornada o CD Avesdesloca-se a Vizela para defrontar aequipa local, no próximo sábado, dia28, às 15 horas. |||||

de oportunidade da segunda meta-de, com Guedes a ver o seu remateser parado em cima da linha de golo.Ao minuto 70, Romaric faz falta so-bre Galeno dentro da grande área e éassinalado penalti a favor dos azuise brancos. Chamado a converter, Vare-la atirou rasteiro para uma excelenteintervenção de Quim. Aos 76 minutosmais uma oportunidade para o Porto“B” e mais uma vez Quim a parar umremate de Varela. O CD Aves respon-deu quatro minutos mais tarde comum cabeceamento ao poste de Pedró.

O jogo chegou ao fim com umempate que se justifica sobretudo peladisputada segunda metade, na qualvaleu à equipa de Vila das Aves aexperiência e qualidade de Quim.

Na partida referente à 23ª Jor-nada do campeonato, o Desportivoregressava a casa depois de dois jo-gos fora consecutivos e não perdeutempo a colocar o V. Guimarães “B”em sentido. A equipa avense entroua todo o gás e logo aos 3 minutos, nasequência de uma jogada de Guedespela direita, Pedró cabeceia para umagrande defesa de Miguel Oliveira. Aominuto 8, novamente Pedró, que destavez atirou ao poste da baliza vitoriana.Os primeiros trinta minutos do CDAves foram totalmente dominadorescom várias oportunidades claras degolo que podiam ter sentenciado apartida rapidamente.

No últimos quinze minutos da pri-meira parte o Vitória “B” começou areagir, algo que transitou para a se-gunda parte. Logo ao reatar da parti-da, minuto 48 a equipa da cidade

berço vê um golo anulado por forade jogo, que demonstrava a maioragressividade com que tinham regres-sado dos balneários.

Contudo, o CD Aves chega ao 1-0 aos 56 minutos. Guedes, depoisde uma recuperação de bola provi-dencial a meio campo é servido poruma rápida jogada de envolvimentoentre Balogun e Tarcísio que faz opasse decisivo para o camisola setefinalizar com um remate colocado.

O problema dos pupilos de Ivo

IMAGEM, EM CIMA, DAVITÓRIA DO AVES NOJOGO DO ÚLTIMODOMINGO COM OVITÓRIA B. EM BAIXO,O EMPATE COM O FCPORTO B

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ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 17

SORTES DIFERENTES NO ARRANQUE DA SEGUNDAFASE DO CAMPEONATO REGIONAL DA ASSOCIAÇÃOVOLEIBOL DO PORTO (AVP). AS SENIORESDERROTARAM POR 3-1 O CD INSTITUTOPOLITÉCNICO DO PORTO, ENQUANTO AS JUNIORESFORAM DERROTADAS POR 3-0 PELO AAS MAMEDE.

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Com pavilhão repleto, a jogar emcasa, as atletas seniores continu-am a sua caminhada invencívelque se estende agora à segundafase da competição. A equipa doDesportivo entrou com tudo no pri-meiro set, lideradas pela capitã VeraAssunção e pelo poder de fogoofensivo de Micaela Teixeira. Oparcial não deixou quaisquer dúvi-das, 25-13 para as atletas da casa.

A segunda partida contou ou-tra história. As forasteiras apro-veitaram os inúmeros erros nascoberturas defensivas, em espe-cial ao bloco, para dispararem nomarcador e deixarem as jogado-ras da casa desorientadas, semsaberem muito bem o que lhes es-tava a acontecer. O parcial de 18-25 não transparece as dificulda-des do Aves perante a avalancheque as submergiu durante gran-de parte do segundo set.

O terceiro set trouxe uma equi-pa mais concentrada e segura desi, corrigindo praticamente todosos erros que as tinham afunda-do na partida anterior. Após uminício de set equilibrado, as atle-tas avenses dispararam nomarcador para nunca mais olha-rem para trás, fechando o set como parcial de 25-15.

O quarto set foi mais do mes-mo, demonstrando toda a supe-rioridade técnica da equipa deVila das Aves, especialmente nocapítulo ofensivo, estabelecendoo resultado final com o parcialde 25-19.

No que diz respeito à equipajúnior a tarefa mostrou-se bem

FUTEBOL - CAMPEONATOPORTUGAL PRIO SÉRIE B

Tranquilos no que diz respeito à dis-puta do play-off de despromoção,Trofense e S. Martinho defrontaram-se no campo do primeiro, na antepe-núltima jornada deste campeonato.

Os da Trofa foram mais eficientese garantiram a vitória por três bolas aduas. Já no fim de semana transato,na disputa da penúltima jornada, oTrofense goleou o Moncorvo e o S.Martinho bateu o Felgueiras por umabola a zero, o que pode ter dado cabodas expetativas dos forasteiros de par-ticipação no play-off de promoção.

O Amarante terá provavelmentea companhia do Maritimo B nessadisputa da promoção. No último jogodesta fase o S. Martinho vai defron-tar o Gandra e o Felgueiras, obrigadoa ganhar para manter esperança naeventual derrota do Marítimo, defron-ta o Trofense num jogo que será, pro-vavelmente, de desilusão para am-bos pelo falhanço no acesso à dis-puta do acesso à segunda liga. |||||

Trofense, semcrise de golos,vence S.Martinho

FUTEBOL | SUB -19

Apesar da derrota no derradeirojogo, no campo do Vizela, os junioresA (sub-19) do Clube Desportivo dasAves garantiram o acesso à fase depromoção ao campeonato nacionalda primeira divisão. Este “play-off” serádisputado em duas séries de seis clu-bes cada, sendo promovidos os trêsprimeiros de cada série. Parece possí-vel, ao Desportivo das Aves, face ao

À medida que se aproxima o finaldesta fase do campeonato da divi-são de elite da Associação de Fute-bol do Porto, começa-se a destacar-se o trio candidato ao “play-off” desubida, a disputar com os três primei-ros classificados da outra série. Sãoeles o Aves B, O Tirsense e o Rebor-dosa, que se perfilam para lutar como Canelas (líder destacado) e, prova-velmente, o SC Rio Tinto e ainda oMaia ou o Valadares.

A segunda equipa do Desportivodas Aves somou os seis pontos emdisputa nas duas jornadas mais re-centes, tendo vencido em S. Pedro daCova por uma bola a zero e derrota-do em casa o vizinho Vilarinho por trêsbolas a uma. Estes resultados permi-

FUTEBOL – DIVISÃO DE ELITE PRO-NACIONAL

Aves B lidera trio decandidatos ao‘play-off’ de subidaTIRSENSE – AVES DA PRÓXIMA JORNADA VAI DEFINIR LIDE-RANÇA: TIRSENSE SERÁ PRIMEIRO SE VENCER. RE-BORDOSA PODE VOLTAR A LIDERAR, EM CASO DE EMPATE.

Segunda fasearranca comresultados distintos

tiram ao Aves B retomar a liderançacom vantagem de apenas um pontosobre o Tirsense e o Rebordosa, já quea equipa de Santo Tirso também obte-ve duas vitórias mas os de Rebordosacederam um empate em Paredes.

A próxima jornada traz, no do-mingo, o regresso de um “derby”concelhio, um Tirsense-Aves que vaidefinir a liderança. No caso de vitó-ria dos “jesuítas” será sua a lideran-ça, o Aves reforçá-la-á se vencer. Nocaso de empate, será o Rebordosa,caso vença o Sobrado, a subir ao topoda grelha classificativa.

O Vilarinho, mercê das derrotascom Tirsense e Aves B, não somouquaisquer pontos e encontra-se napenúltima posição da tabela. |||||

“nome” dos outros candidatos, alcan-çar finalmente uma posição na pri-meira divisão de juniores. De facto,Fafe, Boavista e Tondela têm a historiale podem integrar a mesma série, masos outros nomes não parecem serde molde a limitar, à partida, as pos-sibilidades dos atletas de Vila dasAves. |||||| FFFFFOOOOOTTTTTOOOOO: tudo sobre o Desportivodas Aves, no Facebook

Juniores do Aves disputamfase de promoção

mais complicada. A jogar tambémem casa, mas contra uma equipabem mais experiente, a formaçãodo Desportivo perdeu por 3-0(16-25; 22-25; 16-25) contraa AAS Mamede.

Os parciais algo desequilibra-dos, em especial no primeiro e tercei-ro sets não contam toda a históriade um encontro onde as atletasavenses mostraram que já não es-tão assim tão longe das favoritas.

Contra um adversário que co-meteu poucos erros, a vontade eperseverança da equipa do CDAves não foi suficiente para levarde vencida uma formação queconta nos seus quadros comquatro internacionais portugue-sas sub-20. Este é um resultadoque pode servir como lição emotivação para encarar os próxi-mos adversários.

Este fim de semana a equipajúnior defronta o Porto Vólei, sá-bado às 19h na cidade invicta,enquanto a formação sénior sedesloca a Vila Nova de Gaia parao encontro com o CA Madalenano domingo às 17 horas. ||||||

VOLEIVOL CD AVES

Os parciais algodesequilibrados, emespecial no primeiroe terceiro sets nãocontam toda a histó-ria de um encontroonde as atletasavenses mostraramque já não estãoassim tão longe dasfavoritas.

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EM ANALISE18 | ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

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NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

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LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, PAULO R. SILVA, LUDOVINA SILVA,

ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES,

PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ADÉLIO CASTRO, CATARINA

GONÇALVES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS/DISTRIBUIÇÃO E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 575 - 26 JANEIRO 2017

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA E ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Uma conversa sobre o que faz do jorna-lismo, jornalismo. Sobre como a profis-são é encarada por quem a vive, uns hámais tempo que outros. Entre um estagiá-rio e uma profissional. De igual para igual.Em conversa livre.

PAULO Desde que existe jornalismo quese fala em crise no jornalismo. É intrín-seco a uma profissão que vive do com-bate constante entre poder e contrapoder.Ocupa um posicionamento que deve ser-vir um lado, mas é sustentado pelo outro,num equilíbrio frágil que se quer intan-gível. Uma equação difícil de resolver.

É verdade que o advento do mundodigital e do acesso universal à informa-ção trouxe desafios e dificuldades aosseus modelos de negócio. Também éverdade que a web 2.0, redes sociais eafins, colocaram o jornalista numa posi-ção complicada de definir e encontrarfinalidade para o seu trabalho.

Todavia, os jornalistas também se po-dem culpar a si próprios. Porque cederamao facilitismo. Das soft news, aos fait divers.Passaram a colocar-se a si mesmos nashistórias como forma de projeção pesso-

ENTRE AS MARGENSDO CONGRESSO:NÓS, JORNALISTASO CONGRESSO DE JORNALISTAS DOS PASSADOS DIAS 12 A 15 DE JANEIRO FOI OPRETEXTO PARA UMA CONVERSA ENTRE OS JORNALISTAS DA CASA SOBREPASSADO, PRESENTE E FUTURO DA PROFISSÃO. OS DESAFIOS DO DIA-A-DIA.

al, extinguiram as linhas entre notícia eopinião. Cultivaram relações incestuosascom fontes e instituições. Por isso, quan-do se fala da perda de credibilidade dojornalismo e dos jornalistas, talvez se devaolhar para razões de cariz endógeno àprofissão.

No que diz respeito à imprensa regio-nal. Quais são os seus principais desafios?

ELSA A questão da imprensa regional é,claramente, mais abrangente do que pos-sa, à partida, parecer. Em primeiro lugar énecessário perceber que é um jornalismodebaixo de constrangimentos gravíssimoshá anos e que, com o tempo, só têm vin-do a ser mais sufocado. A dificuldadeem encontrar investidores publicitários alongo prazo é uma realidade e tem duasconsequências imediatas. Por um lado criadependência económica dos poderes ins-talados o que, em muitos casos, põe emcausa a própria liberdade de imprensa e,por outro, diminui o número de jornalis-tas qualificados ao serviço das publica-ções. De mão dada caminha o descrédi-to e desvalorização do jornalismo regio-nal que é visto, por muitos, como poucoprofissional, pouco rigoroso e agarradoao passado. A ideia não podia ser mais

ELSA CARVALHO EPAULO R. SILVA SÃOJORNALISTAS NOJORNAL ENTREMARGENS DESDE2012 E 2016,RESPETIVAMENTE

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ENTRE MARGENS | 26 JANEIRO 2017 | 19

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

RECEBA EM QUALQUER PARTE DO MUNDO AMULETOS DE PROTE-ÇÃO CONTRA A INVEJA, MAU OLHADO E ENERGIAS NEGATIVAS.

errada. Faz-se hoje em Portugal muitobom Jornalismo Regional, com jornalis-tas profissionais e vontade de se desco-lar das agendas oficiais e pensar fora dacaixa. Se isso é ou não bem aceite pelaopinião pública já é outra questão, masjulgar o todo pelas partes é um erro crasso.A verdade é que, localmente, são os jor-nais regionais que acompanham a pri-meira linha das histórias, que dão segui-mento aos assuntos e que os leitoresprocuram para perceber, na génese, o quese passa na região onde vivem. Não per-ceber isso não está relacionado com umacrise ao nível do jornalismo, mas ao ní-vel das mentalidades.

PAULO O facto é que não somos umpaís com uma tradição forte ao nível daimprensa. Regional ou outra. E tal, ajudaa explicar a indiferença perante um direi-to que as comunidades deviam proteger– o ato de contar as suas próprias histó-rias e de se verem representadas. Vincu-lar os acontecimentos ao devir histórico.

Contudo, os constrangimentos daatuação da imprensa regional devem-sesobretudo a um contexto económico-fi-nanceiro que coloca limites muito restri-tos ao tipo de trabalho que é possívelconcretizar. Porque os leitores e as comu-nidades exigem que o jornal esteja emtodo lado, que represente as vidas decada um, seja contrapoder, todavia issotorna-se muito complicado quando asredações têm um ou dois jornalistas quese têm que desdobrar em mil e uma tare-fas. Não faltam ideias. Não falta qualida-de. Falta massa humana.

Por outro lado, as restrições económi-cas contribuem para a promiscuidade en-tre fontes institucionais e os meios decomunicação. Nestas relações, o poder,formal e simbólico, está todo de um lado,obrigando os jornais, consciente ou in-conscientemente, a uma posição de ver-dadeiros “pés de microfone” que servemapenas como plataforma de divulgaçãosem filtro da mensagem.

ELSA Nunca fui uma daquelas pessoasque afirmou toda a vida querer ser jor-

nalista e não tenho bem noção de quan-do a profissão se tornou a única opçãoque queria ponderar. O que é facto éque em determinado ponto da vida per-cebi que nada fazia mais sentido. E abra-cei a visão romantizada do jornalismoque os filmes nos habituaram a conhe-cer. O caso watergate, a possibilidade deser repórter de guerra, a vontade enor-me de mudar o mundo, fazer coisas boaspelas pessoas e ter um papel ativo e inter-ventivo fizeram o meu coração bater maisrápido. Como eu, muitos seguiram e con-tinuam a seguir esta vontade que tem,acreditem, muito pouco de racional. Serjornalista é viver com horários trocados,sem vida social, com o cansaço escondi-do atrás do corretor de olheiras e é serfeliz assim, na maior parte dos dias. Oproblema é seguir jornalismo pelas ra-zões erradas, pela fama ou exclusivamentepelas portas que se podem abrir quandose trabalha de perto de entidades compoder. E daí advém, mais uma vez, a faltade reconhecimento pela imprensa regio-nal, porque todos queremos ser grandes,reconhecidos e o jornalismo local parecesempre pouco para encher as nossas me-didas. Não condeno. Todos nós já pen-samos algo semelhante pelo menos umavez, mas de entre todos os problemas quea profissão atravessa, é também impor-tante referir este. A imprensa regional éuma escola como nenhuma outra pelaqual passamos enquanto profissionais.Dá-nos traquejo, estaleca, desenrasque. En-sina-nos que é possível fazer muito e di-ferente com pouco. E sim, as críticas se-rão sempre mais abundantes que os elogi-os ao trabalho que se vai levando a cabo.Mas jornalismo é levar as estórias às pes-soas, não uma questão de vaidade.

PAULO: Fazer este trabalho é perceberque nunca vamos satisfazer toda a gen-te. É necessário destreza mental, flexibili-dade psicológica e aprender a fazer umaseparação clara entre o que vale ou nãoter em consideração. Sobretudo com asatuais condições laborais que se vivemna maioria dos meios de comunicação.É um trabalho mais solitário do que à

primeira vista possa parecer, que exigemuito daqueles que fazem disto vida.

É algo que se faz para os outros, paraas comunidades, para as pessoas. Nun-ca para nós. Ou pelo menos devia serassim.

ELSA Tive, em 2014, a possibilidade deestar presente, em trabalho, no Festivaldo Novo Jornalismo que aconteceu noconcelho e a intervenção que mais memarcou foi a de Joaquim Furtado. Peloentusiasmo com que falou de todos osmomentos que passou na profissão, mes-mo os mais difíceis, e acima de tudo pelaforma clara como olha para a profissãoatualmente. Utilizei, na altura, uma dassuas frases para o título da reportagemque assinei: “o futuro continuará a nãoviver sem a profissão de jornalista”. Masuma das mais marcantes foi também ade que “os tempos estão ameaçadorespara o jornalismo”. Estão. Quem está naprofissão sente isso diariamente. Seja pelaprecariedade, pelo desemprego, pela fal-ta de estabilidade, pelos salários muitasvezes indignos e também porque ser-sebom no que se faz há muito deixou deser um fator para manter o emprego. Hámedo no jornalismo, também, e autocen-sura e falta de espírito crítico. Pensar efazer coisas fora da caixa não é algo tãobem aceite assim pela opinião pública e,sejamos sinceros, sem vendas não há jor-nal que sobreviva. E não é por acaso quetantos jornalistas deixam de lado anosao serviço da profissão. Porque há sem-pre um dia em que todas as exigênciassão de mais quando o retorno não che-ga. Porque não há como manter uma vidaestável quando 11,6% recebe menos de500 euros por mês, 7% nem sequer re-cebe 300 euros e 57,3% recebe menosde 1000 euros (segundo estudo apre-sentado no Congresso de jornalistas).Problema é, também, o trabalho levado acabo por quem, exercendo a profissão,não possui carteira de jornalista. Mas sim,em 2017, os tempos continuam ameaça-dores para o jornalismo, e isso não sig-nifica, nem acredito que algum dia signi-ficará, a extinção da profissão. |||||

A imprensa regi-onal é umaescola comonenhuma outrapela qual passa-mos enquantoprofissionais.Dá-nos traquejo,estaleca,desenrasque.Ensina-nos que épossível fazermuito e diferentecom pouco.”

Os jornalistaspassaram a colo-car-se a si mes-mos nas históriascomo forma deprojeção pessoal,extinguiram aslinhas entrenotícia e opi-nião. Cultivaramrelações incestuo-sas com fontes einstituições.

As críticas serãosempre maisabundantes queos elogios aotrabalho que sevai levando acabo. Mas jorna-lismo é levaras estórias àspessoas, nãouma questão devaidade.”

Não somos umpaís com umatradição forte aonível da impren-sa. Regional ououtra. E tal,ajuda a explicara indiferençaperante umdireito que ascomunidadesdeviam proteger– o ato de contaras suas própriashistórias e de severem representa-das.

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A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

09 de fevereiro

AKV E A.R.C.D. NEGRELENSENO TORNEIO DE VILA DAS AVES

XXIII GRANDE TORNEIO DO KARATE DE VILADAS AVES (XV INTERNACIONAL)

O Karaté Shotokan Vila das Avesorganizou, com o apoio da Câma-ra Municipal de Santo Tirso, o seuXXIII torneio anual de karaté (o XVinternacional e o IV Torneio Presi-dente João Salgado) que decorreuno passado dia 21 no PavilhãoDesportivo Municipal.

Esta grandiosa competição con-tou com a participação de 1035atletas de 102 clubes de todo país(incluindo as ilhas) e de 5 paísesestrangeiros e foi mais um momen-to importante tanto para o karaténacional como para o comércio lo-cal, esgotando praticamente as dor-midas na cidade e dando grandemovimento na restauração.

Para além dos atletas referidosestiveram também presentes 95 ár-bitros, juízes e oficiais de mesa, bemcomo 2 médicos e 4 bombeiros,aos quais a organização agradeceo seu importante e valioso traba-lho, prestado de forma graciosa.

Os atletas do Karaté ShotokanVila das Aves subiram ao pódioquatro vezes: Emma Barros obteveo 1º lugar kumite iniciados femini-no (menos de 40kg), Lea Barros

KARATECAS AVENSES CONQUISTAM 4 MEDALHASNO SEU TORNEIO REALIZADO NOPAVILHÃO MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

Mais de milatletas emTorneio de Karaté

kumite cadete feminino (menos de47kg) e Ana Pinto 1º lugar kumitesenior feminino (menos de 61kg). André Lobo obteve o 1º lugar kataTrissomia 21, prova que recebeu umforte apoio do público. Foi gratifi-cante ver a satisfação dos atletascom este problema que estiveramna prova, ficando assim mais umavez demonstrado que o karaté podeser praticado por todos.

O Torneio Presidente João Sal-gado foi conquistado pelo Luxem-burgo que venceu na final o ClubeKaraté da Maia.

A Federação Nacional Karate Por-tugal e o Centro Português de Kara-té prestaram uma significativa ajudaa nível logístico.

Na entrega de prémios estive-ram presentes o Vereador do Des-porto da Câmara Municipal, JoséPedro Machado, o Presidente da Fe-deração Nacional Karaté Portugal,Carlos Silva, o Presidente do KSViladas Aves, Adélio Brandão e Joa-quim Lima e José Teixeira.

Um resumo alargado desta com-petição vai se transmitido na RTP2, em data a designar. ||||||

A Associação de Karaté de Vilarinho (AKV) e a Associação R.C.D. Negre-lense estiveram também presentes no Pavilhão Municipal com BrunoRibeiro em kumite juvenil (menos de 50kg), Pedro Mendes em kumitejuvenil (maios de 50kg), Mariana Faria em kumite cadete (mais de54kg), Rui Faria em kumite sénior (mais de 84kg) e Bruno Fernandesem kata e kumite júnior (menos de 68kg). Participaram ainda AnaMonteiro como treinadora e José Monteiro como árbitro. Todos osatletas tiveram uma boa participação, representando bem as associa-ções, o que não foi, contudo, suficiente para alcançar o pódio, à exce-ção de Rui Faria que se classificou em 3º lugar na sua prova. PedroMendes e Bruno Fernandes, perderam na repescagem que lhes dariaacesso ao pódio. |||||||||||||||||||||||||

Decorreu no passado sábado umacerimónia de imposição de crachásde ouro a dois elementos do corpoativo dos bombeiros vermelhos: osegundo comandante Firmino Netoe o Chefe Mário Rufino. Por motivode limite de idade deixam de fazerparte do corpo ativo, passando aoquadro de honra da corporação. En-tre os presentes na cerimónia desta-que para o Presidente da Câmara Mu-nicipal, o Presidente da Liga de Bom-beiros, o Presidente da Federação deBombeiros do Porto, o Segundo Coman-dante Distrital, o Provedor dos Bom-beiros, vereadores e presidentes de vá-rias associações de bombeiros. Presen-te também a deputada Andreia Neto.

O crachá de ouro é homenagemda Liga de Bombeiros Portugueses efoi também atribuída aos dois bom-beiros a Medalha de Mérito Distritalda Federação dos Bombeiros. Recor-de-se ainda que o segundo coman-dante Firmino Neto recebeu um votode louvor da Câmara de Santo Tirsona reunião pública de outubro, con-forme oportunamente anunciado.Para Asuil Dinis, presidente da Asso-ciação Humanitária dos BombeirosVoluntários de Santo Tirso esta é umahomenagem inédita que evidenciouque os nossos bombeiros não sãodepreciados na sua generosidade. ||||||

SANTO TIRSO |BOMBEIROSVOLUNTÁRIOS DE SANTOTIRSO

Imposição decrachás de ouroRECONHECIMENTO DECERCA DE 50 ANOS DEDEDICAÇÃO DE FIRMINONETO E MÁRIO REGOAOS BOMBEIROS VER-MELHOS DE SANTO TIRSO