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79
OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS NOVEMBRO 2015

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Page 1: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

NOVEMBRO 2015

Page 2: Overview do Sistema Bancário Português

NOVEMBRO 2015 OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

ÍNDICE I. Caracterização do Setor Bancário Português

II. Importância do Setor Bancário na Economia

III. Atividade de Crédito

IV. Financiamento

V. Solvabilidade

VI. Regimes de Recapitalização Pública e de Concessão de Garantias pelo Estado a favor das Instituições de Crédito

VII. Rentabilidade

Anexo 1: Enquadramento Macroeconómico

Anexo 2: Metodologia

Page 3: Overview do Sistema Bancário Português

NOVEMBRO 2015

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

I. Caracterização do Setor Bancário Português

Page 4: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Fonte: APB, Banco de Portugal, ECB, INE. *Dados referentes a junho de 2015 ** Dados referentes a dezembro de 2015

159 Instituições de crédito*

• 67 Bancos;

• 88 Caixas de Crédito Agrícola Mutuo;

• 4 Caixas Económicas.

Subsidiárias*

•5.127 em Portugal;

•198 na atividade internacional.

Empregados*

• 50.110 em Portugal;

•1.226 na atividade internacional.

Sistemas de pagamento**

•16.650 ATMs;

•12.517 Multibanco ATMs;

•237.751 POS.

NOVEMBRO 2015

SETOR BANCÁRIO PORTUGUÊS (I/III)

4

Page 5: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Fonte: Banco de Portugal

Depósitos

Crédito a clientes

Ativos

Rácio Common

Equity Tier 1 (CET1 )

Rácio de Solvabilidade

total

NOVEMBRO 2015

Principais Indicadores a setembro de 2015

SETOR BANCÁRIO PORTUGUÊS (II/III)

5

12,5% 11,6%

€414,1 mil milhões

€261,5 mil milhões

€250,9 mil milhões

Page 6: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

SETOR BANCÁRIO PORTUGUÊS (III/III)

Desenvolvimentos Recentes (junho a setembro de 2015)

• Os ativos totais do setor registaram uma contração de 2,1% no trimestre, acumulando uma queda de 3,5% no ano. O volume de crédito caiu 1% no trimestre e 2,4% em 2015.

• As condições de oferta de crédito permaneceram praticamente inalteradas no trimestre. A procura de crédito aumentou no crédito ao consumo e à habitação, e manteve-se inalterada no segmento de Sociedades não Financeiras.

• Os depósitos do setor não monetário cresceram 0,5% no trimestre e permaneceram praticamente inalterados no cômputo anual, mantendo-se como a principal fonte de financiamento dos bancos portugueses.

• O volume de operações de cedência de liquidez do BCE ao setor bancário português continuou em queda (-9,4% no trimestre e -25% face ao período homólogo).

• Os ativos ponderados pelo risco seguiram a tendência decrescente dos últimos anos.

• Os bancos portugueses continuaram a cumprir os rácios mínimos de capital, revelando um rácio de Common Equity Tier 1 (11,6%) confortavelmente acima do mínimo exigido de 7%.

NOVEMBRO 2015 6

Page 7: Overview do Sistema Bancário Português

NOVEMBRO 2015

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

II. Importância do Setor Bancário na Economia

Page 8: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Contrariamente ao ocorrido na área do Euro, o crescimento dos ativos dos bancos portugueses manteve-se após a crise financeira de 2008-2010, invertendo-se apenas na sequência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF).

NOVEMBRO 2015

Evolução dos ativos totais do setor bancário (Dez. 2005=100)

80

90

100

110

120

130

140

150

160

170

Dez-05 Jun-06 Dez-06 Jun-07 Dez-07 Jun-08 Dez-08 Jun-09 Dez-09 Jun-10 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Jun-12 Dez-12 Jun-13 Dez-13 Jun-14 Dez-14 Jun-15

Índice

Portugal Área do Euro

Média das taxas de crescimento anuais (vh%)

(2005- 2008) Portugal = 9,5%

Área do Euro = 11,1%

Média das taxas de crescimento anuais

(vh%) (2009 - Abr11) Portugal = 8,7%

Área do Euro = 1,8%

Média das taxas de crescimento anuais (vh%)

(Mai11 - Set15) Portugal = -3,9%

Área do Euro = -0,3%

Fonte: BCE

8

Mai. 11 Mai. 12 Set. 15

571.771 M€ 583.088 M€ 452.727 M€

Portugal

32.100.661 M€ 34.853.757 M€ 31.139.195 M€

Área do Euro

-3,0% -20,8%

Page 9: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

358,0%

236,6%

391,7%

310,3% 321,9% 332,2% 321,1% 310,6%

227,6%

925,9%

369,9%

248,9%

383,5%

274,1% 267,6% 267,2% 280,9% 271,1%

222,1%

582,4%

Holanda Itália França Bélgica Alemanha Áustria Espanha Portugal Grécia Irlanda

O redimensionamento do setor bancário verificou-se não só em Portugal, mas também na maioria dos países da área do Euro.

Fonte: BCE, Eurostat

NOVEMBRO 2015

8,4% 5,9% 4,5%

-2,9% -6,1%

-10,1% -14,3% -16,1%

-22,8%

-29,3%

Holanda Itália França Bélgica Alemanha Áustria Espanha Portugal Grécia Irlanda

Variação do ativo total entre 2010 e 2014

Ativo total/PIB (2010)

Ativo total/PIB (2014)

A contração do ativo total

do setor bancário

contribuiu para a

redução do seu peso no

PIB do respetivo

país.

9

Ativo total sobre o PIB* e variação do ativo total (2010 a 2014)

* Produto Interno Bruto (nominal).

Ativo total / PIB (2010)

Ativo total / PIB (2014)

Page 10: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O setor bancário português tem um papel importante na economia. Não obstante, o peso dos seus ativos no PIB nacional tem vindo a diminuir desde o início do PAEF.

Fonte: BCE

Ativos totais do setor bancário em proporção do PIB, em Portugal e na área do Euro

NOVEMBRO 2015

Portugal

271%

Área do euro

310%

100%

150%

200%

250%

300%

350%

400%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Apesar do decréscimo dos ativos dos bancos portugueses entre 2011 e 2013, a diminuição do PIB nacional no mesmo período conduziu a que o rácio Ativos Totais / PIB, atingisse valores próximos dos da área do Euro. Contudo, a contração adicional do ativo

bancário, e a recuperação dos indicadores macroeconómicos em 2014 fizeram com que o peso do setor bancário no PIB diminuísse nesse ano.

10

Page 11: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O processo de desalavancagem dos bancos portugueses refletiu-se numa redução da sua exposição internacional. Créditos e responsabilidades do sector bancário português junto de entidades internacionais*

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

200.000

Mar-05 Abr-06 Mai-07 Jun-08 Jul-09 Ago-10 Set-11 Out-12 Nov-13 Dez-14

M€

NOVEMBRO 2015

Fonte: Bank for International Settlements

11

Outros 31%

Polónia 17%

Espanha 14%

Angola 12%

Holanda 10%

Itália 6%

Moçambique 5%

França 5%

Exposição por país (Março 2015)

* Definida como créditos e responsabilidades de grupos bancários nacionais, em base consolidada e excluindo exposição intra-grupo, junto de entidades internacionais, incluindo créditos e depósitos com outros bancos, créditos a entidades não bancárias e títulos de dívida. Exclui derivados e outros instrumentos de transferência de risco.

Page 12: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Em Portugal, a contribuição das atividades de serviços financeiros para o Valor Acrescentado Bruto nacional situa-se acima dos valores da área do Euro.

VAB* das atividades de serviços financeiros em proporção do VAB total, em Portugal e noutros países da União Europeia (2012)

0% 2% 4% 6% 8% 10% 12%

Alemanha

Espanha

França

Grécia

Área do Euro

Itália

Portugal

Reino Unido

Irlanda

Atividades de serviços financeiros (excepto seguros e fundos de pensões)

Seguros, fundos de pensões e actividades auxiliares de serviços financeiros

NOVEMBRO 2015

Em Portugal, as atividades de serviços financeiros (exceto seguros e fundos de

pensões e incluindo as desenvolvidas pelo Banco de Portugal) contribuem para

aproximadamente 4,4% do Valor Acrescentado Bruto do país, em 2012. Este valor é

relativamente elevado quando comparado com outros países da área do Euro.

12

Fonte: Eurostat, INE, Central Statistics Office Ireland

*Valor Acrescentado Bruto, a preços correntes.

Page 13: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

30%

33%

35%

38%

40%

43%

45%

14%

15%

16%

17%

18%

19%

20%

21%

Dez-09 Mai-10 Out-10 Mar-11 Ago-11 Jan-12 Jun-12 Nov-12 Abr-13 Set-13 Fev-14 Jul-14 Dez-14 Mai-15

Pe

so d

as e

xpo

rtaç

õe

s n

o P

IB (

%)

Pe

so d

o c

réd

ito

a e

mp

resa

s e

xpo

rtad

ora

s (%

)

Peso crédito empresas exportadoras Peso das Exportações no PIB (dir.)

Fonte: INE, Banco de Portugal

O aumento do peso das exportações no PIB acompanhou a tendência de maior intensidade de concessão de crédito a empresas exportadoras pelo setor bancário nacional.

Peso das exportações no PIB e peso do crédito a empresas exportadoras (%)

NOVEMBRO 2015 13

O peso do crédito a empresas exportadoras evidenciou um acréscimo pronunciado,

entre 2010 e a atualidade, período em que passou de uma representatividade de

14,5% para 20,4% do total dos empréstimos a sociedades não financeiras.

Page 14: Overview do Sistema Bancário Português

NOVEMBRO 2015

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

III. Atividade de Crédito

Page 15: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O comportamento do ativo total em 2014 foi maioritariamente explicado pela contração do crédito, assim como da carteira de títulos.

10,2%

10,5% 9,6%

7,9% 7,5%

2,6%

-2,8%

-7,5% -8,9%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Percentagem e pontos percentuais

Outros ativos

Participações

Títulos

Crédito ao exterior

Crédito a outras instituições financeiras

Crédito a particulares, SNFs e Administração Pública

Taxa de Crescimento

Fonte: Banco de Portugal

NOVEMBRO 2015

Contribuição de cada rúbrica do ativo para a variação anual do agregado

15

Page 16: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

49,3%

37,9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Não obstante a contração, o crédito a clientes continua a absorver quase 50% dos ativos totais da banca portuguesa.

Fonte: BCE

Crédito a clientes* em proporção dos ativos totais (Setembro 2015)

Comparativamente a outros países da área do Euro, a atividade dos bancos

portugueses centra-se mais na função de intermediação clássica.

NOVEMBRO 2015

* Crédito ao setor não monetário (saldos brutos em fim de mês).

16

Page 17: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

No período que antecedeu a crise financeira, o volume de crédito revelou uma forte tendência crescente, tanto em Portugal como na área do Euro.

Evolução do crédito* em Portugal e na área do Euro (Dez. 2005=100)

NOVEMBRO 2015

Fonte: BCE

* Crédito ao setor não monetário (saldos brutos em fim de mês).

95

105

115

125

135

145

155

165

Dez-05 Jun-06 Dez-06 Jun-07 Dez-07 Jun-08 Dez-08 Jun-09 Dez-09 Jun-10 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Jun-12 Dez-12 Jun-13 Dez-13 Jun-14 Dez-14 Jun-15

Índice

Portugal Área do Euro

17

Média das taxas de crescimento anuais (vh%) - (2009 - Abr11)

Portugal = 6,2%; Área do Euro = 4,5%

Média das taxas de crescimento anuais (vh%) (Mai11 - Set15)

Portugal = -5,3%; Área do Euro = -0,6%

Mai. 10 Mai. 12 Set. 15

295.313 M€ 275.381 M€ 225.821 M€

Portugal Área do Euro

-4,1% -23,5%

12.357.311 M€ 12.319.235 M€ 11.817.157 M€

Page 18: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O forte peso e a respetiva tendência descendente do crédito à construção e ao imobiliário tem penalizado o comportamento do crédito total a SNF.

NOVEMBRO 2015

Evolução do crédito a Sociedades não financeiras (vh%)

-25%

-15%

-5%

5%

15%

25%

35%

45%

55%

Dez-98 Dez-99 Dez-00 Dez-01 Dez-02 Dez-03 Dez-04 Dez-05 Dez-06 Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Dez-11 Dez-12 Dez-13 Dez-14

Indústria Transformadora Construção Comércio por grosso Imobiliário Total

Em Portugal , no segmento de crédito a SNF, a concessão de crédito encontra-se particularmente penalizada pela dinâmica negativa do crédito aos setores da construção e imobiliário, com um peso superior a 30%. O crédito à indústria transformadora e ao comércio e reparação de veículos regista

variações homólogas praticamente nulas ou marginalmente positivas.

Fonte: BCE

18

Page 19: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

No passado recente, a procura de crédito aumentou e as condições de concessão de crédito tornaram-se mais expansivas.

NOVEMBRO 2015

-50

-30

-10

10

30

50

70

90

Mar-06 Jun-07 Set-08 Dez-09 Mar-11 Jun-12 Set-13 Dez-14

Índice

Sociedades não financeiras

Particulares - Habitação

Particulares - Consumo e outros fins

Índice de difusão - Condições de Oferta de crédito

Fonte: Banco de Portugal (Inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito)

-110

-90

-70

-50

-30

-10

10

30

50

70

Mar-06 Jun-07 Set-08 Dez-09 Mar-11 Jun-12 Set-13 Dez-14

Índice

Sociedades não financeiras

Particulares - Habitação

Particulares - Consumo e outros fins

Índice de difusão - Procura de crédito

19

Condições mais expansivas

Condições mais restritivas

Aumento da procura

Diminuição da procura

Page 20: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O acesso a financiamento constitui cada vez menos uma restrição à atividade das PMEs, em oposição ao comportamento da procura.

NOVEMBRO 2015

Principais contrangimentos das PMEs - Acesso a financiamento

Fonte: BCE

Principais contrangimentos das PMEs - Nível reduzido da procura

20

O acesso a financiamento é cada vez menos uma restrição à atividade das PMEs

A escassa procura constitui uma restrição crescente à atividade

das PMEs

10

15

20

25

30

35

40

Jun-09 Mar-10 Dez-10 Set-11 Jun-12 Mar-13 Dez-13 Set-14 Jun-15

Portugal Área do Euro

7

9

11

13

15

17

19

21

23

Jun-09 Mar-10 Dez-10 Set-11 Jun-12 Mar-13 Dez-13 Set-14 Jun-15

Portugal Área Euro

Page 21: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O nível de endividamento bancário da economia portuguesa tem vindo a decrescer, aproximando-se do contexto europeu.

Rácio Crédito a Clientes* / PIB

Fonte: BCE, Eurostat

0%

50%

100%

150%

200%

250%

Irlanda Espanha Reino Unido Portugal Área do Euro Itália Grécia Alemanha França

% PIB

2007 2010 2012 2014

O processo de desalavancagem seguido pelos bancos portugueses, aliado a uma procura de crédito pouco dinâmica, levou à diminuição de quase 11 pontos percentuais do rácio Crédito a Clientes/ PIB em 2014.

No final de 2014, o crédito a clientes em Portugal representava cerca de 134% do PIB nominal.

Desde 2010, este rácio diminuiu aproximadamente 28 pontos percentuais em Portugal, que compara com a queda de 13 p.p. da área do Euro, no mesmo período.

NOVEMBRO 2015

* Crédito à totalidade do setor não monetário (saldos brutos em fim de mês).

21

2007 - 144%

2010 - 162%

2012 - 154%

2014 - 134%

2007 - 120%

2010 - 129%

2012 - 125%

2014 - 117%

Page 22: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O crédito bancário representa aproximadamente 77% das necessidades de financiamento do setor privado na economia portuguesa.

Crédito bancário em % do total da Dívida e Dívida em % do PIB - Setor Privado* (2007 - set 2015)

Fonte: Banco de Portugal

NOVEMBRO 2015

* Inclui particulares e sociedades não financeiras (saldos brutos em fim de mês).

22

72% 73% 73% 73% 72% 71% 70% 70% 70%

4% 4% 4% 4% 5% 6% 6% 7% 7%

18% 17% 16% 16% 16% 15% 15% 15% 15%

6% 7% 7% 7% 7% 8% 9% 8% 8%

90% 92% 95% 94% 93% 95% 91% 85% 81%

138% 146% 152% 153% 156% 166% 160% 153% 146%

Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Dez-11 Dez-12 Dez-13 Dez-14 Set-15

Empréstimos internos em % Dívida Empréstimos externos em % da Dívida Crédito comercial em % da Dívida

Títulos de dívida em % da Dívida Dívida de particulares em % PIB Dívida de SNF em % PIB

Page 23: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O peso do crédito a particulares e a sociedades não financeiras (SNFs) no PIB em Portugal é significativamente superior ao verificado na generalidade dos países da área do Euro.

Peso do crédito a particulares, sociedades não financeiras e administração pública no PIB*, em Portugal e noutros países da União Europeia (Dezembro 2014)

∑ =

NOVEMBRO 2015

127,8% 121,7% 105,3% 104,1% 103,4% 94% 94% 92,8% 132,7%

70,3% 72,0% 61,7% 51,7% 36,9%

51,4% 51,1% 70,8%

52,5%

52,8% 50,4% 53,8%

42,4% 50,4%

41,7% 30,5%

22,5% 38,4%

9,6% 5,4% 6,2%

11,1% 16,8% 10,2% 12,3%

0,6% 1,9%

Espanha Portugal Grécia Área do Euro Itália França Alemanha Reino Unido Irlanda

Administração pública*

Sociedades não financeiras**

Particulares

23

Fonte: Ameco, BCE

* Inclui apenas crédito (não inclui títulos de dívida pública). ** Inclui empresas públicas.

Page 24: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

Jan-00 Jan-01 Jan-02 Jan-03 Jan-04 Jan-05 Jan-06 Jan-07 Jan-08 Jan-09 Jan-10 Jan-11 Jan-12 Jan-13 Jan-14 Jan-15

Administração Pública Particulares Sociedades não Financeiras

O stock de crédito à economia preserva a tendência decrescente que o tem caracterizado no passado recente, encontrando-se em mínimos desde setembro de 2006.

Fonte: Banco de Portugal

Evolução do volume de crédito* por setor institucional (mil milhões de euros)

NOVEMBRO 2015

* Saldos brutos em fim de mês, inclui apenas crédito. Sociedades não financeiras incluem empresas públicas.

O processo de desalavancagem da economia encontra-se expresso na contração do stock de

crédito entre 2011 e a atualidade.

A crise da dívida soberana, iniciada em Maio de 2010, acentuou as dificuldades no acesso da República Portuguesa ao

financiamento através dos mercados financeiros, levando o recurso ao crédito bancário a crescer de forma significativa.

24

Page 25: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Se o crédito a particulares é maioritariamente para habitação, o crédito a sociedades não financeiras destina-se sobretudo ao setor da construção e do imobiliário.

Crédito* (Setembro 2015)

Crédito a particulares

Fonte: Banco de Portugal

Crédito a sociedades não financeiras

* Crédito aos setores monetário e não monetário, incluindo não residentes (saldos brutos em fim de mês).

Outros fins 8%

Consumo 10%

Habitação 82%

NOVEMBRO 2015

Sociedades não

financeiras 31%

Adm. Pública 4%

Outros 21%

Particulares 44%

Construção e imobiliário

31%

Comércio, alojamento e restauração

20%

Indústria 21% Agricultura,

caça, floresta e pesca

3%

Outros 25%

25

Page 26: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Em Portugal, a proporção do crédito à habitação no total do crédito concedido a particulares tem maior expressão do que na área do Euro.

Fonte: BCE

O peso do crédito ao consumo no total do crédito

concedido a particulares tem vindo a diminuir

tanto em Portugal como na área do Euro. Contudo,

este tipo de crédito é menos

relevante no caso português do que na área do Euro.

Portugal Área do Euro

79,1% 80,5% 82,2%

10,8% 10,9% 9,8%

10,1% 8,6% 8,0%

2007 2010 Set-15

71,7% 71,7% 74,4%

12,4% 12,4% 11,1%

15,9% 15,9% 14,6%

2007 2010 Set-15

Outros fins Consumo Habitação

NOVEMBRO 2015 26

Page 27: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

A evolução dos preços da habitação nos países periféricos do Euro tem tido uma trajetória descendente, mostrando-se menos acentuada em Portugal.

Índice de preços da habitação, em Portugal e noutros países da área do Euro (Dez. 2005=100)

O setor imobiliário

português não foi alvo de boom especulativo no período anterior

à crise, ao contrário do que

aconteceu em Espanha, Irlanda

e Grécia.

Portugal

Espanha

Grécia

Irlanda

Área do Euro

50

60

70

80

90

100

110

120

Dez-05 Set-06 Jun-07 Mar-08 Dez-08 Set-09 Jun-10 Mar-11 Dez-11 Set-12 Jun-13 Mar-14 Dez-14

Índice

NOVEMBRO 2015

Fonte: BCE

27

Page 28: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Em Portugal, a proporção do crédito por setor de atividade encontra-se mais equitativamente distribuída que na área do Euro.

Portugal Área do Euro

Fonte: Banco de Portugal, BCE

18,0% 16,8% 16,4%

15,0% 14,8% 16,0%

30,1% 31,6% 33,2%

14,7% 14,5% 10,0%

22,2% 22,4% 24,4%

2007 2010 Set-15

Outros Comércio, alojamento e restauração Atividades imobiliárias, de consultoria, técnicas e administrativas Construção Agricultura e indústria

19,3% 21,2% 19,3%

18,1% 18,3% 20,1%

21,8% 20,2% 19,8%

23,8% 21,0% 17,1%

17,0% 19,3% 23,7%

2007 2010 Set-15

NOVEMBRO 2015

O peso agregado dos setores da construção e do imobiliário tem

vindo a diminuir desde 2007 em Portugal. Por oposição, na área do

Euro, a proporção destes setores

aumentou até 2012, uma tendência que se inverteu no passado

recente, devido à contração da atividade

no setor da construção.

28

O crédito destinado à agricultura e indústria

tem maior preponderância na

área do Euro do que em Portugal. No

entanto, a quota deste segmento no total do

crédito a SNFs aumentou

significativamente em Portugal nos últimos

anos, aproximando-se dos valores europeus.

Page 29: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

As empresas públicas representam perto de 9% da dívida total das sociedades não financeiras ao setor financeiro residente.

Fonte: Banco de Portugal

Dívida das sociedades não financeiras públicas ao setor financeiro em Portugal*

* Em percentagem dos saldos de empréstimos contraídos e títulos de dívida emitidos por empresas não financeiras face ao setor financeiro residente. O conceito de setor financeiro residente inclui não apenas bancos, mas também outras instituições financeiras.

Em Portugal, a dívida do Setor Empresarial do Estado absorve uma parte significativa do total do financiamento a sociedades

não financeiras. Este valor aumentou substancialmente desde 2009, fruto da crise da dívida soberana. Apesar da redução até 2015, é ainda superior ao verificado no período anterior a 2010.

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Set-15

6,4% 6,6% 7,1%

11,7% 10,7% 11,3% 11,5%

8,9% 8,5%

NOVEMBRO 2015 29

Page 30: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

A dívida das empresas públicas ao setor financeiro residente sob a forma de títulos tem vindo em ganhar importância face aos empréstimos.

Fonte: Banco de Portugal

Dívida das sociedades não financeiras públicas ao setor financeiro em Portugal, por instrumento

NOVEMBRO 2015

68,7%

31,3%

Empréstimos Títulos de dívida

42,3%

57,7%

Set-15

67,9%

32,1%

Dez-07

57,6%

42,4%

Jun-11

30

Page 31: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O diferencial entre as taxas de juro médias dos empréstimos a SNFs em Portugal e na área do Euro aumentou depois do início da crise da dívida soberana. Taxas de juro médias dos empréstimos de instituições financeiras monetárias (stock em balanço) a sociedades não financeiras, em Portugal e na área do Euro

* Obrigação de Referência da área do Euro – Composição variável. Calculada como média ponderada das yields das dívidas soberanas dos países da área do Euro, utilizando os montantes remanescentes em dívida a 10 anos como ponderadores.

NOVEMBRO 2015

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

Dez-05 Jun-06 Dez-06 Jun-07 Dez-07 Jun-08 Dez-08 Jun-09 Dez-09 Jun-10 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Jun-12 Dez-12 Jun-13 Dez-13 Jun-14 Dez-14 Jun-15

%

Portugal

Área do euro

Taxas de juro

Junho 2008 Portugal: 6,29%

Área do Euro: 5,68%

Taxas de juro

Setembro 2015 Portugal : 3,55%

Área do Euro: 2,73%

Yields da Dívida Soberana a 10 anos

Portugal: 4,96% Área do Euro*: 4,81%

Yields da Dívida Soberana a 10 anos

Portugal: 2,39% Área do Euro*: 1,48%

31

Fonte: BCE

Page 32: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

As taxas de juro dos novos empréstimos a SNFs em Portugal aumentaram desde meados de 2009, mas têm vindo a decrescer desde o início de 2012.

Taxas de juro médias dos empréstimos de instituições financeiras monetárias (novas operações) a sociedades não financeiras, em Portugal e na área do Euro

NOVEMBRO 2015

1,5

2,5

3,5

4,5

5,5

6,5

7,5

Dez-05 Jun-06 Dez-06 Jun-07 Dez-07 Jun-08 Dez-08 Jun-09 Dez-09 Jun-10 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Jun-12 Dez-12 Jun-13 Dez-13 Jun-14 Dez-14 Jun-15

%

Portugal

Área do Euro

Setembro 2015 Portugal: 3,55%

Área do Euro: 1,92%

32

Fonte: BCE

Page 33: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

A qualidade do crédito concedido registou uma deterioração desde 2010, com particular destaque nos segmentos de crédito ao consumo e a sociedades não financeiras.

* Inclui o valor total em dívida: i) do crédito que tenha prestações de capital ou juros vencidos há mais de 90 dias; ii) dos créditos reestruturados, cujos pagamentos de capital ou juros, tendo estado vencidos por um período igual ou superior a 90 dias, tenham sido capitalizados, refinanciados ou postecipada a sua data de pagamento, sem que tenham sido adequadamente reforçadas as garantias constituídas ou integralmente pagos pelo devedor os juros e outros encargos vencidos; e iii) do crédito com prestações de capital ou juros vencidos há menos de 90 dias, mas sobre o qual existam evidências que justifiquem a sua classificação com crédito em risco.

5,2%

7,7%

9,8% 10,6%

11,9%

4,3% 5,8% 5,6%

6,1% 5,9%

10,3%

12,2%

15,6% 16,6%

17,0%

5,9%

9,9%

13,8%

16,1%

19,0%

2010 2011 2012 2013 2014 2010 2011 2012 2013 2014 2010 2011 2012 2013 2014 2010 2011 2012 2013 2014

Total Habitação Consumo e outros fins Sociedades não financeiras

Crédito em risco* em % do crédito total correspondente

Fonte: Banco de Portugal

NOVEMBRO 2015 33

Page 34: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Os NPLs evidenciaram uma tendência ascendente generalizada nos países da área do Euro, com particular incidência nos países vulneráveis.

* Inclui o valor total em dívida: i) do crédito que tenha prestações de capital ou juros vencidos há mais de 90 dias; ii) dos créditos reestruturados, cujos pagamentos de capital ou juros, tendo estado vencidos por um período igual ou superior a 90 dias, tenham sido capitalizados, refinanciados ou postecipada a sua data de pagamento, sem que tenham sido adequadamente reforçadas as garantias constituídas ou integralmente pagos pelo devedor os juros e outros encargos vencidos; e iii) do crédito com prestações de capital ou juros vencidos há menos de 90 dias, mas sobre o qual existam evidências que justifiquem a sua classificação com crédito em risco.

O rácio inclui a totalidade do crédito com incumprimento, e não apenas o montante vencido.

Crédito em risco* em % do crédito total correspondente

Fonte: Banco de Portugal

NOVEMBRO 2015 34

2,8% 4,1% 4,7%

6,0% 7,5%

9,4% 8,5%

3,6% 5,1% 5,2%

7,7%

9,8% 10,6% 11,9%

6,3%

9,4% 10,0% 11,7%

13,7%

16,5% 17,3%

4,7% 7,0%

9,1%

14,4%

23,3%

31,9%

34,3%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Espanha Portugal Itália Grécia Área do Euro

Page 35: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

A evolução do crédito vencido deve-se principalmente à deterioração da qualidade do crédito nos setores de Construção e Imobiliário. Crédito vencido* em percentagem do crédito total correspondente

Fonte: Banco de Portugal

NOVEMBRO 2015 35

0,6% 1,1% 1,7% 2,0% 3,2%

5,2% 6,5%

7,8% 9,1%

0,7%

0,9%

1,3%

1,5%

1,9%

2,0%

1,4%

2,1%

2,7%

3,3%

3,7%

0,7%

1,0%

1,1%

1,3%

Total: 1,5% Total: 2,2%

Total: 3,9% Total: 4,1%

Total: 6,0%

Total: 9,4%

Total: 11,8%

Total: 14,4%

Total: 16,4%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Out-15

Construção e Imobiliário Agricultura, Indústria e Elect. gás e saneamento

Comércio, Alojamento e Restauração Consultoria e TIC

Saúde e Outras atividades

Page 36: Overview do Sistema Bancário Português

NOVEMBRO 2015

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

IV. Financiamento

Page 37: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Os depósitos de clientes constituem a fonte mais importante de financiamento dos bancos portugueses.

Comparação da estrutura de financiamento dos bancos portugueses com a de outros países da União Europeia (Setembro 2015)

No contexto europeu, o setor bancário português

detém uma maior proporção de depósitos de clientes na estrutura

de financiamento. Comparativamente aos depósitos de clientes, o

financiamento wholesale assume uma posição

menos relevante.

Fonte: BCE

* Inclui responsabilidades com entidades não residentes na área do Euro, exceto para o Reino Unido em que inclui responsabilidades com não residentes no país.

NOVEMBRO 2015

52% 49% 42% 42%

37% 34% 34% 26%

20%

25% 26%

34% 30%

31% 34%

18% 39%

23%

11% 13% 11%

6% 8%

18%

8%

7%

10%

12% 12% 12% 22% 24%

14%

40%

28%

48%

Espanha Portugal Itália Alemanha Área do Euro Grécia Reino Unido França Irlanda

Depósitos Financiamento wholesale Capital Outros*

37

Page 38: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

A tendência de crescimento dos depósitos da área Euro revelou-se mais estável que a portuguesa.

NOVEMBRO 2015

80

100

120

140

160

180

Dez-05 Jul-06 Fev-07 Set-07 Abr-08 Nov-08 Jun-09 Jan-10 Ago-10 Mar-11 Out-11 Mai-12 Dez-12 Jul-13 Fev-14 Set-14 Abr-15

Índice

Portugal (100 = 155.185 M€)

Área do Euro (100 = 7.386.698 M€)

Média das taxas de crescimento anuais (vh%) (Mai11 - Set15)

Portugal = -0,2%; Área do Euro = 1,9%

Após meados de 2010, os depósitos em Portugal iniciaram uma tendência de crescimento

bastante mais acentuado do que na área do Euro.

Evolução dos depósitos* em Portugal e na área do Euro (Dez. 2005=100)

Fonte: BCE

A tendência crescente inverteu-se a partir de Junho de 2012, altura em que os

depósitos em Portugal caíram mais do que na área do Euro. A queda foi motivada

pelo no segmento de SNF, tendo o segmento de particulares registado um

crescimento no período.

38

* Depósitos do setor não monetário (saldos em fim de período).

Mai. 10 Mai. 12 Set. 15

208.241 M€ 236.799 M€ 220.364 M€

Portugal

10.304.518 M€ 11.027.581 M€ 11.622.462 M€

Área do Euro

+12,8% +5,8%

Page 39: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Após a queda dos depósitos de particulares decorrente da austeridade imposta pelo PAEF em Portugal, estes atingiram o seu valor mais alto de sempre em Junho.

NOVEMBRO 2015

Evolução dos depósitos* em Portugal, por setor institucional (Abr. 2011 = 100)

SNFs

Particulares

Total

80

85

90

95

100

105

110

115

120

Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12 Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14 Abr-14 Jul-14 Out-14 Jan-15 Abr-15 Jul-15

Índice Desde 2012, as SNFs portuguesas têm reduzido o seu montante de depósitos devido às dificuldades financeiras enfrentadas e à necessidade de desalavancagem. Tal originou uma

redução dos depósitos dos bancos portugueses, já que o crescimento sustentado do segmento de particulares não compensou totalmente a queda do segmento das SNFs.

Fonte: Banco de Portugal

* Depósitos do setor não monetário (saldos em fim de período). Inclui emigrantes.

39

Page 40: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

As rentabilidades atrativas dos certificados de aforro estimularam o seu crescimento desde 2013, coincidindo com uma redução das unidades de participação em fundos de investimento.

* Inclui fundos de ações, de obrigações, de tesouraria , do mercado monetário, de poupança reforma, de poupança em ações, de fundos e mistos. Fonte: Banco de Portugal

Taxas de crescimento dos depósitos, unidades de participação em fundos de investimento e certificados de aforro detidos por particulares, em Portugal (vh%)

-60%

-40%

-20%

0%

20%

40%

60%

Dez-05 Jun-06 Dez-06 Jun-07 Dez-07 Jun-08 Dez-08 Jun-09 Dez-09 Jun-10 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Jun-12 Dez-12 Jun-13 Dez-13 Jun-14 Dez-14 Jun-15

Depósitos Unidades de participação dos fundos de investimento* Certificados de aforro e do Tesouro

NOVEMBRO 2015

Em 2011, o crescimento dos depósitos de particulares coincidiu com a diminuição das suas unidades de participação

em fundos de investimento, revelando um efeito de substituição entre produtos com diferentes perfis de risco e

uma preferência por ativos com menor risco associado.

40

Os certificados iniciaram uma queda significativa em Fevereiro de

2015, mês em que o Governo reduziu a taxa de remuneração

destes produtos.

Page 41: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Em Portugal, os depósitos são maioritariamente detidos por particulares e o seu peso tem vindo a aumentar.

Fonte: Banco de Portugal

Evolução dos depósitos* em Portugal, por setor institucional

* Depósitos do setor não monetário (saldos em fim de período).

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

Dez-05 Jun-06 Dez-06 Jun-07 Dez-07 Jun-08 Dez-08 Jun-09 Dez-09 Jun-10 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Jun-12 Dez-12 Jun-13 Dez-13 Jun-14 Dez-14 Jun-15

M€

Administração pública

Instituições financeiras não monetárias

Sociedades não financeiras

Particulares

NOVEMBRO 2015 41

O peso das instituições financeiras não monetárias aumentou

consideravelmente no segundo semestre de 2010 e em 2011, mas

começou a diminuir em 2012.

Page 42: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Os depósitos com maturidade inferior a um ano são os que têm maior expressão, apesar do recente crescimento verificado nos depósitos a prazos mais longos.

Fonte: Banco de Portugal

Evolução dos depósitos* em Portugal, por prazo

* Depósitos do setor não monetário (saldos em fim de período).

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

Dez-05 Jun-06 Dez-06 Jun-07 Dez-07 Jun-08 Dez-08 Jun-09 Dez-09 Jun-10 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Jun-12 Dez-12 Jun-13 Dez-13 Jun-14 Dez-14 Jun-15

M€

A mais de 2 anos

De 1 a 2 anos

Até 1 ano

Responsabilidades à vista

Depósitos com pré-aviso

NOVEMBRO 2015 42

Page 43: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

A diminuição do Rácio de Transformação reflete a desalavancagem que tem vindo a ser realizada pelo sistema bancário português.

Rácio Crédito* / Recursos de Clientes, em base consolidada

NOVEMBRO 2015

115,3%

122,6%

130,7% 134,7% 136,5%

143,5%

152,1%

160,1%

160,3%

161,5%

157,8%

140,2%

127,9%

116,9%

107,2% 106,9%

104,2%

100%

110%

120%

130%

140%

150%

160%

170%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Mar-15 Jun-15 Set-15

Na sequência da aplicação do Programa de Assistência Financeira

(PAEF) em Portugal, o Banco de Portugal recomendou aos oito maiores grupos bancários que reduzissem este rácio para 120% até ao final de 2014.

Fonte: Banco de Portugal

* Crédito líquido de imparidades (inclui créditos titularizados e não desreconhecidos). Saldos em fim de período.

43

Page 44: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O recurso ao financiamento wholesale por parte dos bancos portugueses cresceu a um ritmo bastante superior ao da área do Euro, tendência invertida nos últimos anos.

Evolução do financiamento wholesale*, em Portugal e na área do Euro (Dez. 2005=100)

Fonte: BCE

* O financiamento wholesale inclui os depósitos do setor monetário, títulos de dívida emitidos e fundos do mercado monetário (saldos em fim de período).

NOVEMBRO 2015

70

90

110

130

150

170

190

210

230

250

270

Dez-05 Jun-06 Dez-06 Jun-07 Dez-07 Jun-08 Dez-08 Jun-09 Dez-09 Jun-10 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Jun-12 Dez-12 Jun-13 Dez-13 Jun-14 Dez-14 Jun-15

Índice

Portugal (100 = 83.887 M€)

Área do Euro (100 = 9.382.724 M€)

Média das taxas de crescimento anuais (vh%) (2009 - Abr11)

Portugal = 18,8%; Área do Euro = -1,7%

Média das taxas de crescimento anuais (vh%) (2008 - 2008)

Portugal = 14,7%; Área do Euro = 9,2%

44

O crescimento dos depósitos em Portugal não foi suficiente para

compensar o crescimento dos ativos dos bancos nacionais, conduzindo a

uma maior dependência do financiamento wholesale.

Page 45: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Tanto em Portugal como na área do Euro, os depósitos do setor monetário são a principal componente do financiamento wholesale do setor bancário.

31,7% 44,7% 47,5%

68,0% 55,2% 50,3%

0,3% 0,0% 2,2%

2007 2010 Set-15

Portugal Área do Euro

Fonte: BCE

40,3% 43,1% 40,0%

53,1% 51,4% 54,9%

6,6% 5,5% 5,1%

2007 2010 Set-15

Fundos do mercado monetário Depósitos do sector monetário Títulos de dívida

No entanto, em Portugal, o peso do mercado de

emissão de títulos de dívida aumentou face a

2007. Inclusivamente,

esta fonte de financiamento tem hoje mais expressão para

os bancos portugueses do que para os da área do Euro.

Estrutura do financiamento wholesale, por tipo de instrumento

NOVEMBRO 2015 45

Page 46: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Tanto em Portugal como na área do Euro, os títulos de dívida emitidos pelos bancos são predominantemente de longo prazo.

Fonte: BCE

Portugal Área do Euro

Estrutura dos títulos de dívida, por maturidade na data de emissão (setembro 2015)

NOVEMBRO 2015 46

0,05%

99,95%

7,2%

2,6%

90,3%

Até 1 ano De 1 a dois anos A mais de 2 anos

O peso das emissões de dívida com

maturidade até dois anos tem evidenciado

uma tendência decrescente no

passado recente. O seu peso é apenas residual no contexto

do setor bancário português, o que

contrasta com o nível de representatividade

na área do Euro.

Page 47: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Até 2011, as covered bonds ganharam importância como fonte de financiamento dos bancos portugueses. No entanto, mais recentemente, o montante emitido diminuiu.

34.111

3.825

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

M€

Saldo em fim de período Emissão

Fonte: BCE, European Covered Bond Council, Factbook, 2014

Emissão e saldos de covered bonds em Portugal

Covered bonds por tipo de ativo subjacente (2014)

1,2%

98,8%

Sector público

Habitação

NOVEMBRO 2015 47

No final de 2014, o saldo de covered bonds representava cerca de 7,3% do

financiamento dos bancos portugueses.

Page 48: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Os downgrades do risco da República Portuguesa afectaram negativamente os ratings* dos bancos portugueses.

NOVEMBRO 2015

Evolução dos ratings da República Portuguesa e dos bancos portugueses pela Moody’s, pela S&P e pela Fitch

48

*Em fim de período.

Moody's / S&P / Fitch M SP F M SP F M SP F M SP F M SP F M SP F M SP F M SP F

Aaa / AAA / AAA

Aa1 / AA+ / AA+ l

Aa2 / AA / AA u u lu u

Aa3 / AA- / AA- ll lu l l

A1 / A+ / A+ l llll

llu ll lu u

A2 / A / A l l ll l

A3 / A- / A- ll ll lll

lul

Baa1 / BBB+ / BBB+ l l

Baa2 / BBB / BBB

Baa3 / BBB- / BBB- l u

Ba1 / BB+ / BB+ll

l

ll

lu

ll

lu

ll

luu

ll

luu u u

Ba2 / BB / BBll

lul u lu u l

Ba3 / BB- / BB-ll

lu

ll

l

ll

lu

ll

lll ll l ll ll

B1 / B+ / B+ l l l l ll l

B2 / B / B l

u República Portuguesa

l Bancos Portugueses (CGD, BCP, BPI e BES até 2013)

Nov-152013 20142010 2011 20122008 2009

Page 49: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O volume das operações de cedência de liquidez do BCE aos bancos portugueses tem vindo a descer de forma sustentada desde Junho de 2012.

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

Dez-99 Nov-00 Out-01 Set-02 Ago-03 Jul-04 Jun-05 Mai-06 Abr-07 Mar-08 Fev-09 Jan-10 Dez-10 Nov-11 Out-12 Set-13 Ago-14 Jul-15

M€

Operações de cedência de liquidez do Banco Central Europeu*

Fonte: Banco de Portugal

* Saldos em fim de período.

NOVEMBRO 2015

Dez. 08 10.210 M€ Dez. 09 16.061 M€ Dez. 10 40.899 M€ Mai. 11 47.204 M€ Jun. 12 60.502 M€ Set. 15 25.114 M€

Data M€

+362,3%

-58,5%

49

A carteira de colateral elegível dos bancos portugueses permitiu aumentar a

dependência face ao BCE, suavizando o impacto das restrições no acesso aos

mercados interbancários durante a crise.

Page 50: Overview do Sistema Bancário Português

NOVEMBRO 2015

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

V. Solvabilidade

Page 51: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O nível de risco dos ativos dos bancos portugueses tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos.

Ativos ponderados pelo risco em proporção dos ativos totais* O Rácio Ativos Ponderados pelo Risco / Ativos Totais dos bancos

portugueses sofreu um decréscimo considerável nos últimos anos. Esta tendência

intensificou-se depois do PAEF e reflete uma diminuição do risco médio dos ativos que compõem

o balanço dos bancos portugueses. No primeiro

semestre de 2014 este rácio aumentou ligeiramente, por via

das alterações de cálculo dos RWAs introduzidas pela CRD IV /

CRR, voltando à trajetória descendente no final do mesmo

ano.

66,9% 66,8%

64,0%

61,4%

59,1% 58,5%

56,3% 56,8% 55,8%

57,3%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Jun-14 2014 Jun-15

NOVEMBRO 2015

Fonte: Banco de Portugal

* Os ativos ponderados pelo risco incluem rubricas fora de balanço; Dados em base consolidada.

51

Page 52: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

No entanto, o Rácio Ativos Ponderados pelo Risco sobre o Ativo Total situa-se acima da média da área do Euro.

NOVEMBRO 2015

75% 74% 70%

63% 62% 61% 56%

52% 51% 50% 49%

40% 38% 38% 38% 37% 36% 35% 32% 30%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Ativos ponderados pelo risco em proporção dos ativos totais (Junho 2014)

Fonte: BCE

* Os ativos ponderados pelo risco incluem rubricas fora de balanço. ** Área do Euro com 18 países. *** Os dados para Portugal podem diferir dos apresentados no slide anterior por ligeiras diferenças das metodologias utilizadas pelo Banco de Portugal e pelo BCE.

52

Page 53: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Os ativos totais têm decrescido a uma taxa inferior à dos ativos ponderados pelo risco, fruto da otimização da exposição ao risco por parte dos bancos portugueses.

Evolução dos ativos ponderados pelo risco e dos ativos totais dos bancos portugueses* (Dez. 2007=100)

Fonte: BCE

* Dados dos grupos bancários e bancos domésticos, em base consolidada excluindo a atividade seguradora.

NOVEMBRO 2015

80

85

90

95

100

105

110

115

120

125

Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Dez-11 Dez-12 Dez-13 Dez-14

Índice

Ativos ponderados pelo risco

Ativos totais

Taxas de crescimento Ativos totais = 7,5%

Ativos ponderados pelo risco = 7,3%

53

Novas regras CRD IV / CRR

Page 54: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Os fundos próprios de melhor qualidade dos bancos portugueses, core Tier 1, aumentaram significativamente desde 2009.

Fonte: Banco de Portugal

NOVEMBRO 2015

149,4

121,7 128,2

107,4 107,1

88,90

80

90

100

110

120

130

140

150

2009 2010 2011 2012 2013 Jun-14 2014 Jun-15

Índice

Core Tier 1

Tier 1

Fundos próprios totais

Evolução dos fundos próprios dos bancos portugueses* (Dez. 2009=100)

* Dados dos grupos bancários e bancos domésticos, em base consolidada excluindo a atividade seguradora.

54

Novas regras CRD IV / CRR

Page 55: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Portugal

Área do Euro

Historicamente, os níveis de capital dos bancos portugueses situaram-se sempre acima dos mínimos legais exigidos.

Fonte: BCE

* Dados dos grupos bancários e bancos domésticos, em base consolidada excluindo a atividade seguradora.

O Acordo de Basileia II impunha que o Rácio Tier 1 das instituições financeiras fosse igual ou superior a 4% e que o Rácio de Solvabilidade não fosse inferior a 8%.

O novo quadro regulamentar, adotado no seguimento do Acordo de Basileia III e em vigor desde o início de

2014, foca-se no Rácio Common Equity Tier 1. Em 2014, e de acordo com o Regime transitório CRD IV/CRR, a

exigência passa a ser de 6% para o Rácio Tier 1 e de 8% no que diz respeito ao Rácio de Solvabilidade.

NOVEMBRO 2015

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Jun-15

6,7 6,2 7,5 7,9 8,1

11,0 11,7 11,0 11,3

7,9 8,4

9,9 10,4 10,6 12,1

13,0 13,3 13,7

Rácio Tier 1 (%)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Jun-15

10,3 9,1

10,4 10,2 9,5

12,5 13,2 11,9 12,2

10,2 11,5

12,8 13,1 13,1 14,3

15,5 15,6 16,1 Rácio de Solvabilidade (%)

55

Page 56: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

7,4% 7,9%

8,7%

11,3% 11,5% 11,9% 12,3%

11,3% 11,1% 11,6% 11,6%

Dez-10 Jun-11 Dez-11 Jun-12 Dez-12 Jun-13 Dez-13 Dez-14* Mar-15* Jun-15* Set-15*

A situação de solvabilidade dos bancos portugueses melhorou substancialmente desde 2011, permitindo que o novo Rácio CET 1 se situe confortavelmente acima dos requisitos mínimos.

NOVEMBRO 2015

Rácio Core Tier 1 / Rácio Common Equity Tier 1

Desde o início de 2014, os bancos portugueses têm que

cumprir o novo regime transitório de adequação de

fundos próprios implementado pela CRD IV/CRR, que impõe um Rácio Common Equity Tier (CET) 1 de 7%. Até finais de 2013, os bancos portugueses estavam

obrigados pelo Banco de Portugal a satisfazer um Rácio Core Tier 1 não inferior a 10%.

Fonte: Banco de Portugal

* Rácio CET 1 calculado de acordo com o novo regime transitório estabelecido na CRD IV/CRR.

56

7%

10%

Page 57: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

No passado recente o setor bancário enfrentou novos requisitos regulatórios…

Basileia I

1992

Basileia II

2004

Basileia 2.5

2009

Basileia III

2014

Requisitos de Capital

Requisitos de RWA

Requisitos de

Liquidez

• Definição de Tier 1 e Tier 2 • Requisitos: Tier 1 – 4%; Fundos Próprios – 8%

• Pilar 1 – risco de mercado (alteração introduzida em 1997) • Pilar 1 – Risco de crédito • Requisito: 8%

• Requisitos iguais a Basileia I

• Novo Pilar 1 – risco de crédito • Pilar 2 – ICAAP • Pilar 3 – Disclosures • Requisitos iguais a Basileia I

• Nova definição de capital • Novos buffers • Leverage ratio • Risco sistémico • Risco de contraparte • Requisitos: CET – 4,5%; Tier 1 – 6%; Tier 1 + Tier 2 – 8%

• Liquidity coverage ratio (LCR) • Net stable funding ratio (NSFR)

• Revisões a instrumentos de securitização e trading book

Todos os valores são referentes à implementação integral dos acordos de Basileia. Fonte: BIS, PwC

NOVEMBRO 2015 57

Page 58: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

… com especial foco nos requisitos de capital.

Fonte: APB, Banco de Portugal

Impactos

Reconhecimento de imparidades

adicionais na carteira de crédito

Aumento dos requisitos de

fundos próprios para risco de

crédito

Transferência do Fundo de Pensões

da banca para a Segurança Social

Haircut dívida Grécia

Para além dos novos valores do rácio core Tier 1 a serem cumpridos, existem outros fatores que contribuem para ampliar as necessidades de capital dos bancos portugueses, nomeadamente:

Resultados do Programa

Especial de Inspecções

realizado aos 8 maiores grupos bancários, em 2011, 2012 e 2013. Estas avaliações

visaram validar os dados que suportam o

apuramento da posição de

solvabilidade das instituições

e avaliar a adequação das imparidades.

NOVEMBRO 2015

31.12.2011

Core Tier 1 - 9%

31.12.2012

Core Tier 1 - 10%

31.12.2013

Core Tier 1 - 10%

01.01.2014 CET 1 - 7% Regime transitório CRD IV/CRR

58

Page 59: Overview do Sistema Bancário Português

NOVEMBRO 2015

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

VI. Regimes de Recapitalização Pública e de Concessão de Garantias pelo Estado a favor das Instituições de Crédito

Page 60: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS NOVEMBRO 2015

Cronologia dos regimes de recapitalização pública e de concessão de garantias pessoais pelo Estado a favor das instituições de crédito antes do início do PAEF

Fonte: APB, Comissão Europeia – DGCOMP, Direcção Geral do Tesouro e Finanças

60

Outubro 2008

Maio 2009

Fevereiro 2010

Março 2010

Julho 2010

Janeiro 2011

Regime aprovado até Dezembro de

2009 €20.000 M

Orçamento alterado

€16.000 M

Prorrogação até Junho 2010 Orçamento

alterado € 9.150 M

Prorrogação até Dezembro de

2010

Prorrogação até Junho de 2011

Regime de garantias

Regime aprovado até Novembro de

2009 € 4.000 M

Prorrogação até Junho de 2010

Orçamento alterado

€ 3.000 M*

Prorrogação até Dezembro de

2010

Prorrogação até Junho de 2011

Lei nº 60-A/2008

Lei nº 60-A/2008

Lei nº 3-B/2010 * A utilização de ambos os regimes não pode exceder EUR 9.150 M.

Regime de recapitalização

Page 61: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Cronologia dos regimes de recapitalização pública e de concessão de garantias pessoais pelo Estado a favor das instituições de crédito durante o PAEF

NOVEMBRO 2015 61

Junho 2011

Dez 2011

Maio/Jun 2012

Dez 2012

Agosto 2013

Dez 2013

Prorrogação até Dez

2011 Orçamento

alterado € 35.000 M

Prorrogação até Junho de

2012

Prorrogação até

Dezembro de 2012

Prorrogação até

Dezembro de 2013

Prorrogação até Junho de

2014

Prorrogação até Dez

2013

Prorrogação até Junho de

2013

Prorrogação 31 Dez 2011 Orçamento

alterado € 12.000 M

Prorrogação até Dez

2012

Junho 2014

Prorrogação até

Dezembro de 2014

Regime de recapitalização

Nov 2014

Junho 2015

Prorrogação até Junho de

2014

Prorrogação até

Dezembro de 2014

Lei nº 48/2011 Lei nº 4/2012

Regime de garantias

Fonte: APB, Comissão Europeia – DGCOMP, Direcção Geral do Tesouro e Finanças

Page 62: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Os bancos portugueses ultrapassaram a crise financeira sem apoio estatal em termos de recapitalização…

Até fim de Junho de 2011:

6 bancos (incluindo a CGD) tinham utilizado o regime de garantias;

2 operações no valor de EUR 75 M tinham sido amortizadas (uma em 2009 e outra em 2010);

O montante de garantias em vigor totalizava EUR 4.875 M, que corresponde a 53% do orçamento existente.

Regimes de apoio estatal utilizados até fim de Junho de 2011

EUR 9,15 mil

milhões

EUR 3 mil milhões

* Não foi utilizado por bancos privados. Em Dezembro de 2010, a CGD aumentou o seu capital em EUR 550 M, dos quais EUR 56 M procederam do orçamento do regime de recapitalização.

> EUR 1.000 M 3 operações em 2008

< EUR 1.000 M

> EUR 100 M 2 operações em 2009

< EUR 100 M 1 operação em 2008,

2 operações em 2009

Não foi

utilizado*

Σ= EUR 4,95 mil

milhões

Fonte: APB, Comissão Europeia – DGCOMP, Direcção Geral do Tesouro e Finanças

NOVEMBRO 2015 62

Page 63: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

… entretanto, a crise da dívida pública levou ao aumento da utilização de garantias concedidas pelo Estado.

Desde Julho de 2011:

6 bancos usaram o regime de garantias em novas operações de financiamento;

As novas operações ascenderam a EUR 16.525 M, o correspondente a 47,2% do respectivo orçamento

EUR 35 mil

milhões

Σ= EUR 16,5 mil

milhões

> EUR 1.000 M 10

novas operações

< EUR 1.000 M

> EUR 100 M

3 novas operações

< EUR 100 M 3

novas operações

Utilização do Regime de Garantias desde Julho de 2011

Fonte: APB, Comissão Europeia – DGCOMP, Direcção Geral do Tesouro e Finanças

NOVEMBRO 2015 63

Page 64: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

A utilização do Regime de Recapitalização ocorreu posteriormente, para dar cumprimento às regras impostas pelo Banco de Portugal e pela EBA.

No final de Dezembro de 2014, os bancos que recorreram ao regime de recapitalização já tinham reembolsado EUR 4,025 mil milhões. O montante utilizado à data era de EUR 1,575 mil milhões.

EUR 12 mil

milhões

3 operações entre Junho de 2012 e início de 2013

Utilização do Regime de Recapitalização

Σ= EUR 5,6 mil

milhões*

* Não inclui a recapitalização da CGD, em Junho de 2012, no valor de EUR 1.65 milhões.

Fonte: APB, Comissão Europeia – DGCOMP, Direcção Geral do Tesouro e Finanças

NOVEMBRO 2015

1 empréstimo ao Fundo de Resolução em Agosto de 2014

Σ= EUR 3,9 mil

milhões*

64

Page 65: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

A ajuda estatal utilizada pelos bancos portugueses até 2010 foi de 3% do PIB, subindo para 19% em 2013.

NOVEMBRO 2015

Apoio Estatal ao setor financeiro em percentagem do PIB* 268%

67%

21% 18% 17% 16% 12% 10% 10% 8% 6% 3% 0%

Apoio total sem garantias

Garantias

2008-2010

2008-2013

63% 62%

28% 23%

19% 19% 18% 17% 15% 14% 10% 10% 9%

6% 6% 5%

Recapitalisation Measures Guarantees Asset relief interventions Liquidity measures other than guarantees

214%

65

* Os dados das garantias e das injeções de liquidez são relativos a 2009, quando ocorreu o pico da utilização destes instrumentos na Europa.

Fonte: Comissão Europeia

Page 66: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Comissões de garantia pagas e a pagar pelas instituições de crédito.

Comissões pagas e a pagar anualmente* (Milhões EUR)

* Estimativas.

∑ = EUR 807,4 Milhões

Fonte: APB, Direcção Geral do Tesouro e Finanças

NOVEMBRO 2015

0,0

11,2

45,3

56,6

228,6

211,7

199,2

752,5

30,1

19,2

5,7

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Montante acumulado até 2015

2015

2016

2017

66

Page 67: Overview do Sistema Bancário Português

NOVEMBRO 2015

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

VII.Rentabilidade

Page 68: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

O aumento do risco de crédito em Portugal conduziu ao aumento das imparidades registadas pelos bancos, o que afetou os seus resultados.

8.164 8.863

7.908 7.849 7.946 6.665

5.447 5.620

-1.727

-4.063 -3.522 -3.566

-6.634 -7.262 -6.037

-8.162

4.801

1.585 2.190 2.510

-1.920 -1.647

-3.572

-5.935

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Margem financeira

Imparidades

RAI

Margem financeira, imparidades e resultado antes de impostos (RAI) dos bancos portugueses em base consolidada (M€)

Fonte: Banco de Portugal

8.1648.863

7.908 7.849 7.9466.665

5.447

-1.950

-4.679-3.939 -3.699

-6.900-7.503

-6.947

4.801

1.5852.190 2.510

-1.920 -1.647

-3.572

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Margen de intereses

Provisiones y pérdidas por deterioro

Resultado antes de impuestos

NOVEMBRO 2015

Entre 2011 e 2013, os resultados do setor bancário português foram penalizados não

apenas pelo aumento das imparidades, mas também pela redução da margem financeira. Apesar da estabilização da margem financeira

em 2014, o elevado nível das imparidades continuou a condicionar os resultados dos

bancos nacionais.

68

Page 69: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

A rentabilidade dos ativos bancários portugueses diminuiu ao longo dos últimos anos, não acompanhando o clima da recuperação europeia.

Rentabilidade dos Ativos (ROA - Return on Assets)*

0,8% 0,8%

0,3% 0,4%

0,1% 0,1%

-0,1%

-0,3% -0,5%

-1,7%

-1,5%

-2,0%

-0,1%

0,2%

-0,3%

-0,1%

0,1% 0,1%

-1,0%

0,4% 0,6%

-0,2%

0,3%

-1,6%

0,2% 0,2%

-1,7%

0,4% 0,4%

0,2% 0,2% 0,1%

0,2% 0,1% 0,1%

Grécia Espanha Irlanda Itália França Portugal UE Alemanha Reino Unido

2008 2012

2014 Jun-15 Fonte: BCE

* Dados dos grupos bancários e bancos domésticos, em base consolidada.

NOVEMBRO 2015 69

O ROA e o ROE do setor bancário português foram positivos na 1ª metade de 2015 pela primeira vez desde 2012. A

rentabilidade beneficiou de menores níveis de imparidades e de custos operativos, e de ganhos nas operações financeiras.

Page 70: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Verifica-se um comportamento semelhante ao analisar a rentabilidade dos capitais próprios.

Rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE - Return on Equity)*

13,3% 12,7%

6,9% 4,9%

2,2% 1,2%

-2,8%

-11,4% -12,2%

-30,9%

-25,6% -27,2%

-1,2%

3,4%

-5,0%

-1,5%

1,3% 1,9%

-10,6%

5,7% 7,1%

-3,2%

4,6%

-21,8%

3,0% 2,5% 3,6%

-22,9%

4,8% 4,2%

2,5% 3,8%

1,6% 2,7% 1,5% 1,7%

Grécia Espanha Irlanda Itália França Portugal UE Alemanha Reino Unido

2008 2012

2014 Jun-15 Fonte: BCE

* Dados dos grupos bancários e bancos domésticos, em base consolidada.

NOVEMBRO 2015 70

O ROA e o ROE do setor bancário português foram positivos na 1ª metade de 2015 pela primeira vez

desde 2012. A rentabilidade beneficiou de menores níveis de imparidades e de custos operativos, e de

ganhos nas operações financeiras.

Page 71: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Acresce à reduzida rentabilidade do setor, um nível de custo do capital próprio superior à rentabilidade do capital próprio, o que origina uma situação de destruição de valor.

Return on Equity vs. Cost of Equity*

•Informação de 2015 corresponde ao 1º semestre do ano ** Bancos de Importância Sistémica - Global Systemically Important Banks (G-SIBs) Fonte: APB, Banco de Portugal, Bloomberg

NOVEMBRO 2015 71

-7% -4% -4%

-21% -24%

-26%

-34%

-5%

6,3%

11,6%

-40%

-30%

-20%

-10%

0%

10%

20%

30%

Diferença Return on equity (RoE) Cost of Equity (CoE)

-8%

-5%

-12% -11%

-13% -13%

-9% -7%

4,5%

11,3%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

Diferença Return on equity (RoE) Cost of Equity (CoE)

Portugal União Europeia**

Page 72: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Desde 2011, o Banco de Portugal conduziu várias inspeções aos maiores grupos bancários portugueses afim de avaliar se os mesmos tinham registado um nível de imparidades adequado

Data de referência: 30 Abril 2013 30 Junho 2012 30 Junho 2011

1º Exercício

2º semestre 2011

2º Exercício

2º semestre 2012

3º Exercício

Jun – Jul 2013

Âmbito: Avaliação da carteira de crédito (analisados EUR 93 mil milhões)

Avaliação da carteira de crédito – exposição aos setores da construção e imobiliário em Portugal e em Espanha (analisada 56% da população – EUR 69 mil milhões).

Avaliação da carteira de crédito (EUR 281 mil milhões - 72% a 100% da carteira total de cada banco)

Validação dos requisitos de capital para risco de crédito

Avaliação dos parâmetros e metodologias utilizadas nos exercícios de stress-test.

Resultados: Necessidades de reforço de imparidades: EUR 1,127 mil milhões (reforçados até 30 de Junho de 2013)

Necessidades de reforço de imparidades: EUR 474 M

Necessidades de reforço de imparidades: EUR 596 M

Aumento dos requisitos de capital: 0.6%

Impacto no Rácio Tier 1 ratio: de 9,1% para 8,8%

30 Setembro 2013

4º Exercício

Out 2013 – Mar 2014

12 grupos económico (EUR 9,4 mil milhões)

Necessidades de reforço de imparidades: EUR 1,003 mil milhões

Fonte: Banco de Portugal

NOVEMBRO 2015 72

Page 73: Overview do Sistema Bancário Português

NOVEMBRO 2015

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Anexo 1:

Enquadramento

Macroeconómico

Page 74: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

1,4%

-12%

-10%

-7%

-5%

-2%

1%

3%

6%

8%

Mar-07 Out-07 Mai-08 Dez-08 Jul-09 Fev-10 Set-10 Abr-11 Nov-11 Jun-12 Jan-13 Ago-13 Mar-14 Out-14 Mai-15

Procura interna Exportações líquidas PIB

NOVEMBRO 2015

O PIB da economia portuguesa estabilizou em território positivo ao longo dos últimos dois anos, após uma profunda recessão. No entanto, este permanece 6,4% abaixo do seu nível em 2007.

Apesar do crescimento das exportações, o contributo da procura externa é negativo devido à evolução

das importações, associada ao crescimento da procura interna.

74

Fonte: INE

Crescimento do PIB (contributo por componente %)

Page 75: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

Desde o início do PAEF, a economia registou uma redução da sua necessidade de financiamento face ao exterior. Desde então, atingiu e preservou leituras positivas pela 1ª vez.

NOVEMBRO 2015

1,3%

-14%

-10%

-6%

-2%

2%

6%

Dez-99 Fev-01 Abr-02 Jun-03 Ago-04 Out-05 Dez-06 Fev-08 Abr-09 Jun-10 Ago-11 Out-12 Dez-13 Fev-15

Adm. Pública Famílias Sociedades Financeiras Sociedades não Financeiras Total da Economia

A capacidade de financiamento das Sociedades Financeiras diminuiu de 5,1% para 2,6% entre o 2º e

o 3º trimestres de 2015, refletindo o efeito base associado ao registo da capitalização do Novo

Banco como transferência de capital no 3º trimestre de 2014. O efeito simétrico ditou uma redução da necessidade de financiamento da Adm. Pública.

75

Fonte: INE

Necessidade/Capacidade de financiamento da economia (por setor institucional, em % do PIB)

Page 76: Overview do Sistema Bancário Português

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

A taxa de desemprego revelou uma contração acentuada desde 2013. Esta mantém-se, no entanto, ainda elevada numa perspetiva histórica.

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Número de desempregados (milhares, dir.) Taxa de desemprego (%)

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Fonte: INE

Número de desempregados (em milhares) e Taxa de desemprego (%)

Após atingir um máximo histórico de 17,5% em 2013, a taxa de desemprego encontra-se em declínio, atingindo um

registo de 12,2% no 3º trimestre de 2015

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Anexo 2: Metodologia

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Metodologia

À exceção dos casos em que é explicitamente indicado o contrário, todos os dados de balanço são dados agregados da totalidade do sistema bancário do respectivo país.

Os dados de balanço analisados na presente publicação são maioritariamente em base individual, agregados para a totalidade do sistema bancário.

Na rubrica de balanço do crédito estão incluídos os seguintes instrumentos financeiros:

Empréstimos, certificados de depósito, acordos de recompra, operações de crédito titulado, e créditos vencidos e de cobrança duvidosa.

As análises de solvabilidade são realizadas com base nos dados consolidados das instituições financeiras.

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