os desafios da escola pÚblica paranaense na … · projeto e encaminha-los para a formação dos...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Ficha de Identificação - Produção Didático-pedagógica
Professor PDE/2013
Título A modelagem matemática como um caminho para o ensino de geometria
Autor Ilma Santos da Silva
Disciplina/Área (ingresso no PDE) Matemática
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Vereador Raulino Costacurta – Rua Oswald de Andrade 296 – Jardim Milena
Município da Escola Colombo
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte
Professor Orientador Flávia Dias Ribeiro
Instituição de Ensino Superior UTFPR
Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Educação Física e Arte
Resumo: Sabendo da necessidade de novas perspectivas para o ensino da matemática no ensino básico e considerando que a matemática é vista pelos alunos como uma disciplina de difícil compreensão que leva o aluno na maioria das vezes a aprender pela memorização ou pela repetição de exercícios e não pela compreensão e construção do conhecimento, visa-se por meio dessa Produção Didática desenvolver estratégias que levem o aluno a superar essas dificuldades, conduzindo-o à construção de um conhecimento efetivo. A proposta consiste em abordar conteúdos matemáticos utilizando a Modelagem Matemática que é uma tendência metodológica que propõe uma nova maneira de olhar e ver uma Matemática vinculada a um contexto sócio-cultural-político, que convida o aluno a investigar, discutir e concluir, portanto ela desenvolve habilidades de exploração e compreensão da matemática do cotidiano. As atividades aqui propostas objetivam aprimorar a aprendizagem em sala de aula de maneira significativa. Sua aplicação vai muito além do que ensinar matemática, implica também em formar cidadãos autônomos e críticos, capazes de trabalhar em grupo, tomar decisões diante de diferentes situações, na direção da formação de um sujeito capaz de promover transformações em sua comunidade.
Palavras-chave Geometria; modelagem matemática; aprendizagem significativa.
Formato do Material Didático Caderno Pedagógico
Público Alvo Alunos de 6ºano
APRESENTAÇÃO
A proposta dessa produção didática é explorar a matemática realizando atividades
que favoreçam o alcance de objetivos que a relacione com o meio social e direcione para
uma aprendizagem significativa. Neste sentido, as dificuldades apresentadas no ensino e
aprendizagem de conceitos geométricos podem ser melhores compreendidas através de
um estudo a partir de uma nova tendência metodológica que é a modelagem matemática
a qual leva os alunos em sala de aula a vivenciaram, na prática, situações tiradas do
mundo real. Segundo Bassanezi (2002, p.16), Modelagem Matemática, “consiste na arte
de transformar problemas da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los
interpretando suas soluções na linguagem do mundo real”.
Entende-se que essa é uma abordagem pedagógica que pode ser aplicada nos
diferentes níveis de ensino e em diferentes contextos das diversas áreas do
conhecimento, relacionando conteúdos matemáticos ao cotidiano do aluno promovendo
um ambiente de aprendizagem efetivo e interativo entre os alunos.
Para Biembengut e Hein (2005, pág.12), a “Modelagem Matemática é o processo
que envolve a obtenção de um modelo. Podendo, sob alguns aspectos, ser considerado
um processo artístico, pois para elaborar um modelo, além de conhecimento apurado de
Matemática, o modelador deve ter uma dose significativa de intuição e criatividade para
interpretar o contexto, discernir que conteúdo matemático melhor se adapta e senso
lúdico para jogar com as variáveis envolvidas”.
Torna-se evidente que a aprendizagem significativa acontece de maneira efetiva
quando se estabelece a relação com situações reais de aprendizagem, ou seja,
experiências vividas ou analisadas por aquele que quer aprender. Ao contrário, quando
não se faz essa relação e usam-se situações artificiais de aprendizagem o aluno aprende
por condicionamento ou memorização.
A pergunta central reside em: pode a modelagem matemática se constituir como
um caminho para a aprendizagem significativa da geometria no 6º ano do ensino
fundamental? Para responder a essa questão, apresento esta produção didático -
pedagógica que enquanto pesquisa-ação compreende etapas fundamentais, com um
roteiro de atividades para o ensino de matemática em um ambiente de modelagem
matemática, no qual proponho uma investigação que envolve a quadra esportiva do
Colégio Estadual Vereador Raulino Costacurta localizado no município de Colombo região
metropolitana de Curitiba. As atividades aqui sugeridas abordam conteúdos matemáticos
como: medidas de comprimento, formas geométricas, ângulos, escalas, transformações
de medidas de comprimento, áreas de figuras planas, números e operações. As
atividades estão direcionadas a alunos do sexto (6º) ano do ensino fundamental
distribuídos em pequenos grupos.
O roteiro está dividido em 5 unidades com atividades dentro e fora da sala de aula,
dispondo de uma série de recursos, estratégias e objetivos.
A primeira unidade encontra-se organizada em três fases. Na primeira fase será
feita apresentação do tema gerador através de uma discussão crítica tendo os próprios
alunos como principais agentes do processo. Nessa conversa desencadeia-se a
problemática e a busca da resolução do problema associado à construção dos conceitos
necessários, onde serão relacionados os conteúdos matemáticos que irão ser
trabalhados. Discute-se, também, como será o processo avaliativo durante o
desenvolvimento das atividades. A outra fase destina-se a conhecer ideias acerca de
quadra esportiva, seus elementos e suas medidas que serão obtidas através de
pesquisas dentro do tema e consultas de documentos oficiais que normatizam, regulam e
estabelecem a natureza, o caráter e a forma de construção de uma quadra poliesportiva.
A última fase dessa unidade compreende os procedimentos básicos de uma pesquisa de
campo, de caráter qualitativo mediante estudo de caso, na qual se obtém as definições de
modelo matemático e consequentemente de modelagem matemática.
Na segunda unidade será explorada a noção intuitiva de ponto, reta e plano e
consequentemente as figuras geométricas planas identificadas no desenho da quadra de
maneira a enfatizar as diferentes características encontradas em cada uma delas. Já na
terceira unidade propõe-se estudar áreas de figuras planas em especial a área da quadra
e as áreas das figuras que ali aparece. Na quarta unidade será realizada entrevista,
pesquisa e muitos cálculos numéricos com o intuito de fazer um orçamento de
quantidades e custos dos materiais a ser usado para reforma da quadra, nesse momento
o trabalho dos grupos se intensifica devido a ter que correlacionar medidas, quantidades e
custos. A quinta e ultima unidade objetiva-se como fechamento do trabalho a construção
de maquetes, por meio da qual espera-se que o aluno consiga transformar as medidas
necessárias aplicando noções de escala no processo de confecção.
. ABORDAGEM INICIAL
Pesquisa exploratória: Reconhecendo medidas de uma quadra
poliesportiva (futsal, voleibol, basquetebol e handebol). Medindo
comprimento e superfície.
Problema de investigação: Existe medida padrão para uma quadra esportiva? E uma
quadra poliesportiva (futsal, voleibol, basquetebol e handebol)? A quadra da escola
atende esse padrão?
Conteúdos: Medidas de comprimento
Recursos: A quadra esportiva da escola, a biblioteca, a internet, instrumentos usados
para medir comprimento (trena, metro, fita métrica, paquímetro, etc.), barbante e corda.
Objetivos: Reconhecer e elaborar meios para medir comprimentos; Explorar medidas
retilíneas usando diferentes instrumentos.
Pesquisar as medidas consideradas padrão utilizado na construção de uma quadra
esportiva e comparar essas medidas com as medidas obtidas na quadra da escola.
Orientação para desenvolvimento da atividade:
1º passo
Nesse primeiro momento faz-se necessário conversar com a turma sobre a proposta do
projeto e encaminha-los para a formação dos grupos, os quais deverão permanecer o
mesmo do início ao fim da implementação do projeto. Informar aos grupos sobre a forma
de avaliação, na qual cada grupo deverá montar uma pasta arquivo (portfólio) onde
registrarão todas as atividades realizadas e as devidas conclusões. No portfólio deverão
estar documentadas as produções realizadas pelos próprios alunos, como por exemplo:
textos, desenhos, tarefas, atividades de recorte e colagem, projetos, fotografias,
anotações de atividades, amostras de trabalhos, comentários do aluno e do professor
sobre os trabalhos.
Nesse contexto o portfólio apresentará todas as atividades investigativas e lúdicas
garantindo resguardar todo o desenvolvimento do projeto servindo assim para as devidas
avaliações.
2º passo
Apresentação do vídeo “matemática em toda parte”.
Esse vídeo conduzirá a uma conversa sobre a
presença da matemática na construção civil e relaciona
os conteúdos a serem trabalhados nessa
implementação.
Vídeo encontrado em : http://www.matematica.seed.pr.gov.br/modules/video/arquivoVideos.php
O princípio do portfólio é o de uma pasta, ou álbum, em que se armazenam documentos, papéis ou o que se
queira. Trazido para o âmbito escolar, transforma-se num arquivo organizado, em que se armazena a
produção escolar dos alunos, de modo visível para permitir o acompanhamento do desenvolvimento do
aluno em seu processo de atividade.
Texto adaptado do material: Avaliação em matemática nas séries iniciais. Editora UTPR
matematicaconstrucao.avi
3º passo
Considerando que a quadra é um ambiente que os alunos conhecem bem e gostam de
estar, para iniciar a investigação o professor deve direcioná-los até a mesma para essa
atividade de reconhecimento da situação problema e familiarização com o assunto. Já na
quadra o professor propõe a formação de um circulo de conversa. Levantar questões
como:
Vocês costumam frequentar quadras esportivas?
Será que elas têm sempre a mesma medida?
Vocês têm alguma informação sobre medidas padrão para quadras
esportivas?
No caso da quadra da escola, para qual tipo de esporte ela se destina?
Será que ela atende o padrão de medida utilizado?
4º passo
Na tentativa de sanear as dúvidas surgidas a partir dos questionamentos acima, será
realizada na biblioteca da escola e por meio da internet uma pesquisa exploratória que
consistirá na busca de uma série de dados sobre as dimensões de quadras esportivas, e
seus respectivos esportes, essas informações possibilitará o entendimento do problema
levando os alunos a uma nova reflexão sobre as questões anteriores, conduzindo assim
para a resolução da problemática por meio da linguagem matemática. Nesse momento
faz-se necessário fazer uma abordagem envolvendo medidas de comprimento.
1 Medidas não padronizada de comprimento
Já houve um tempo em que as pessoas utilizam partes do corpo como unidade de medida
o pé, o palmo, a braça, o passo, a polegada e a jarda são unidades não pertencentes ao
sistema métrico decimal, porém são utilizadas em países de língua inglesa. Vamos agora,
examinar algumas.
Pé: é uma unidade de medida de comprimento. Um pé corresponde a doze polegadas, e três pés são uma jarda. Esse sistema de medida é utilizado atualmente no Reino Unido, nos Estados Unidos e, com menor frequência, no Canadá. Mede aproximadamente 30,48 cm
Palmo: é uma medida de comprimento que se obtém com a mão toda aberta, medindo do dedo polegar ao mínimo, cuja distância gira em torno de 22 cm. Um palmo inglês mede nove polegadas ou 22,86 cm.
Braça: é uma antiga medida de comprimento, equivalente a 2,2 metros. Apesar de antiga, atualmente ainda é usada e compreendida por muitos trabalhadores rurais e outras pessoas envolvidas com o meio rural. Ao conjunto de 3.000 braças se dá o nome de légua.
Passo: era uma unidade de medida de comprimento em uso no Império Romano, valendo 5 pés, ou seja, o equivalente a 1,48 metros.
Polegada: é uma unidade de medidas usada, normalmente, nos países de língua inglesa, mas, às vezes, também é utilizada por nós para medir a diagonal da tela da tv, o diâmetro de canos, o comprimento de parafusos, etc. Uma polegada corresponde a aproximadamente 25 mm ou 2,5 cm.
Jarda: é a unidade de comprimento básica nos sistemas de medida utilizados nos Estados Unidos e no Reino Unido. Uma jarda mede aproximadamente 1,44 cm. A jarda foi fixada como a distância
entre o nariz e o polegar com o braço estendido.
Fonte/ figuras http://www.matematica.seed.pr.govbr/modules/galeria/listaEventos.php
Nas medidas de polegadas, é comum o uso de valores como meia polegada, um quarto
de polegada ou um oitavo de polegada.
Uma polegada corresponde a aproximadamente 25 mm ou 2,5 cm
1”= 25 mm ou 1”= 2,5 cm
5º passo
Joãozinho mediu a diagonal da tela de sua tv e verificou que ela tem 105 cm. Use uma
calculadora e indique de quantas polegadas, aproximadamente, é a tv do Joãozinho.
2 Medidas padronizada de comprimento
2.1 Metro
A palavra metro vem do grego métron e significa "o que mede". Foi estabelecido
inicialmente que a medida do metro seria a décima milionésima parte da distância do Pólo
Norte ao Equador, no meridiano que passa por Paris. No Brasil o metro foi adotado
oficialmente em 1928.
6º Passo
Nesse momento vamos construir uma fita métrica com divisões de 1 em 1 centímetro.
E com uso dessa fita podemos fazer algumas medições na sala de aula.
Sistema Métrico Decimal
Desde a antiguidade os povos foram criando suas unidades de medida. Cada um
deles possuía suas próprias unidades-padrão. Com o desenvolvimento do comércio
ficavam cada vez mais difíceis a troca de informações e as negociações com tantas
medidas diferentes. Era necessário que se adotasse um padrão de medida único
para cada grandeza. Foi assim que, em 1791, época da Revolução Francesa, um
grupo de representantes de vários países reuniu-se para discutir a adoção de um
sistema único de medidas. Surgia o sistema métrico decimal.
Texto adaptado do site: www.somatematica.com.br/ fundam/comprimento/comprimento.php
2.2 Múltiplos e submúltiplos do metro
Além da unidade fundamental de comprimento, o metro, existem ainda os seus múltiplos
e submúltiplos, cujos nomes são formados com o uso dos prefixos: quilo, hecto, deca,
deci, centi e mili.
Observe o quadro:
Múltiplos Unidade
Fundamental Submúltiplos
quilômetro hectômetro Decâmetro Metro Decímetro centímetro Milímetro
Km Hm Dam M Dm Cm Mm
1.000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os
submúltiplos, para pequenas distâncias.
Texto adaptado do site www.somatematica.com.br/fundam/comprimento/comprimento.php
7º passo
Ainda pensando nos questionamentos feitos em relação à quadra da escola, e
considerando que os alunos já aprenderam a definição de metro, seus múltiplos e
submúltiplos, encaminhá-los até a quadra da escola para fazer as medições necessárias
e as possíveis suposições, os grupos usarão diferentes instrumentos (fita métrica, trena,
régua, corda, barbante, etc.) que os levarão a diferentes conclusões. Nessa atividade será
feito um esboço da quadra com as devidas medidas.
8º passo
Medir é comparar duas grandezas de mesma espécie, verificando quantas vezes
uma contém a outra (unidade de medida).
Em posse da pesquisa realizada sobre as medidas padrão e do esboço com as medidas
reais da quadra da escola, podem ser respondidas as questões feitas anteriormente e
formular outras como:
A quadra da escola apresenta dimensões (largura e comprimento) maiores ou
menores que o padrão? Quanto?
Considerações finais sobre a atividade: A referida atividade remete-se em modelar o
ensino da matemática no que diz respeito a medidas de comprimento, seus elementos e
características. “Modelar um assunto significa obter uma representação matemática que
permita um estudo coerente do modelo com o real” (SOUZA & PINHEIRO, 2008, p.1).
Avaliando a atividade
Essa atividade será avaliada através da pesquisa realizada, dos registros escritos e do
esboço da quadra que deverão estar organizados no portfólio. As respostas às questões
sugeridas também serão indicativos para a avaliação.
EXPLORANDO FORMAS GEOMÉTRICAS
Problema de investigação: Há diferença do formato da quadra da escola
e de uma quadra padrão? Olhando no desenho da quadra você consegue
identificar outras formas geométricas? Quais?
Conteúdos: Ponto, reta, plano, formas geométricas (retângulo, quadrado, triângulo e
círculo) e seus elementos (lados, ângulo e vértices); escala; transformação de medidas,
representação geométrica (planta baixa) da quadra.
Recursos: cartolina, tesoura, régua, cola, lápis de cor e canetas coloridas.
Objetivos: O aluno deverá ser capaz de reconhecer entre os quadriláteros, os retângulos
e os quadrados, classificar triângulos segundo as medidas dos lados e os ângulos.
Desenho da planta baixa da quadra poliesportiva da escola.
Orientação para desenvolvimento da atividade:
1º passo
Etapa inicial de construção da planta baixa. Serão levantados questionamentos sobre: o
que é necessário para essa construção, onde construir, muito espaço ou pouco espaço,
as relações de tamanho, de medidas e como transformar essas medidas.
No segundo momento os grupos deverão fazer a análise do esboço da quadra, na qual
deverão investigar as representações geométricas comparando o padrão com o da
escola. Iniciam-se as aplicações de conceitos elementares de geometria plana.
Os estudos iniciais sobre Geometria Plana estão relacionados à
Grécia Antiga, também pode ser denominada Geometria Euclidiana em homenagem a
Euclides de Alexandria (360 a.C. - 295 a.C.), grande matemático educado na cidade de
Atenas e frequentador da escola fundamentada nos princípios de Platão. Os princípios
que levaram à elaboração da Geometria Euclidiana eram baseados nos estudos do
ponto, da reta e do plano. O ponto era considerado um elemento que não tinha definição
plausível, a reta era definida como uma sequência infinita de pontos e o plano definido
através da disposição de retas.
As definições teóricas da Geometria de Euclides estão baseadas em axiomas,
postulados, definições e teoremas que estruturam a construção de variadas formas
planas. Os polígonos são representações planas que possuem definições, propriedades
e elementos.
Fonte de consulta: http://www.brasilescola.com/matematica/geometria-plana.htm.
1 Ponto, Reta e Plano
Em Geometria os pontos, as retas e os planos são considerados ideias primitivas sem
definição. Não existe dimensão para um ponto, apenas imagens de ponto, como por
exemplo, um lápis tocando o papel. O mesmo podemos dizer que ocorre com a reta que
não tem espessura, não tem começo e nem fim e é ilimitada nos dois sentidos podendo
ser representada por um pedaço de linha qualquer, já o plano é imaginado sem fronteiras
e ilimitados em todas as direções e é impossível ser representado no papel ou no quadro
de giz, por esse motivo representamos somente uma parte dele.
Representações:
a) os pontos com letras maiúsculas A, B, C,...
b) as retas com letras minúsculas r, s, t,...
c) os planos com letras do alfabeto grego α, β, γ,…
d) assim como dois pontos distintos definem uma reta, pode – se indicar a reta por dois de
seus pontos.
Exemplo:
2 Figuras geométricas planas:
São figuras formadas pela região onde retas se interceptam num mesmo ponto e
no mesmo plano.
2.1 Os Quadriláteros:
São polígonos com 4 lados .
Propriedades: Relação entre os lados e os ângulos, é o que nos permitem
reconhecê- los.
2.2 Os quadriláteros mais comuns são:
Quadrado 4 lados iguais
Retângulo 4 lados iguais 2 a 2
Losango 4 lados iguais
Paralelogramo 4 lados iguais 2 a 2
Trapézio isóscele 2 lados paralelos e 2 lados não
paralelos iguais
2.2 O triângulo
É uma figura geométrica formada por três retas que se encontram duas a duas e não
passam pelo mesmo ponto, formando três lados e três ângulos.
Observando o triângulo podemos identificar alguns de seus elementos:
- Os lados são definidos pelas letras minúsculas a, b e c;
- Os vértices são definidos pelas letras maiúsculas A, B e C.
- A altura é representada pela letra h.
Tipos de triângulos
O triângulo pode ser classificado segundo a medida do seu lado:
Triângulo escaleno: Todos os lados
e todos os ângulos são diferentes.
Triângulos isósceles: dois lados
iguais e os ângulos opostos
a esses lados também são iguais,
sendo um dos ângulos diferente.
Triângulo equilátero: Todos os
lados e ângulos são iguais.
Concluímos que seus ângulos
serão de 60°.
Ângulos
É a região de um plano concebida pelo encontro de duas semirretas que possuem uma
origem em comum, chamada vértice do ângulo. A abertura do ângulo é uma propriedade
invariante e é medida em radianos ou graus.
Os instrumentos usados para medir ângulos são: o esquadro que além de medir ângulos
pode ser usado também para traçar retas paralelas e retas perpendiculares e o
transferidor que são usados para medir ângulos, em graus.
No caso dos quadriláteros, os ângulos internos se apresentam da seguinte forma:
4 ângulos retos
4 ângulos retos
2 ângulos acutângulo e
2 obtusângulo
2 ângulos acutângulo e 2
obtusângulo
2 ângulos acutângulo
2 obtusângulo
2 ângulos acutângulo e 2 obtusângulo
2 ângulos retos, 1 acutângulo e um
obtusângulo
No caso dos triângulos, eles podem ser classificados segundo seus ângulos internos:
Triângulo retângulo: tem um
ângulo que mede 90º.
Triângulo Obtusângulo: tem um
ângulo maior que 90°.
Triângulo Acutângulo: Tem todos
os ângulos menores que 90°.
2º passo
Analisando as linhas que contornam a quadra percebemos que as linhas laterais se
encontram com as linhas de meta, formando alguns elementos essenciais os vértices e os
ângulos. Fale sobre eles.
2.3 A circunferência
É o lugar geométrico de todos os pontos de um plano que estão localizados a uma
mesma distância r de um ponto fixo denominado o centro da circunferência.
Arquivo do autor
3ºpasso
Com os alunos na quadra fazer a demonstração prática do conceito de
circunferência: os alunos em círculo, um ao centro e com uso de uma
corda que será a medida do raio da circunferência, o aluno que está ao
centro segurará uma ponta da corda enquanto a outra ponta irá
passando um a um dos demais alunos.
4º passo
Para dar sequência na construção do desenho é necessário que o aluno entenda o que é
e como aplicar a escala cartográfica e aprenda a transformação de medidas de
comprimento.
Explorando escala cartográfica A escala, em cartografia, é a relação matemática entre as dimensões do objeto no real e as do desenho que o representa em um plano ou um mapa.
Representação de escala
Escala natural: é aquela em que o tamanho físico do objeto representado no plano coincide com a realidade, mantendo o mesmo tamanho e as mesmas características. Portanto na escala natural é necessário uma alta fidelidade de representação do que está sendo reproduzido.
Escala reduzida: é aquela em que a área a ser representada é maior na realidade do que na própria representação. Tal escala é geralmente utilizada em plantas de habitações e mapas físicos de territórios de tamanho extenso onde se faz necessário a redução por motivos práticos.
Escala ampliada: A escala ampliada, por sua vez, é utilizada quando é necessária a representação de detalhes mínimos de uma determinada área, ou seja, a representação deve ser mair do que o tamanho real daquilo que está sendo reproduzido.
Tipos de escala
A escala pode ser apresentada de duas maneiras distintas: escala de
mapeamento (representada por um gráfico); escala numerada (representada por números).
Transformações envolvendo unidades de medidas de comprimento.
Km Hm Dam M Dm Cm Mm
Cada unidade vale 10 vezes a que fica à sua direita
1 cm = 10 mm 1 hm = 10 dam 1 dam = 100 dm (10 x 10)
1mm= 0,1 cm 1 dam = 0,1 hm 1 dm = 0,01 dam
5 º passo
Transforme metros em centímetros e centímetros em metros:
A quadra mede 25,83 m de comprimento, calcule essa medida em centímetro.
E a largura que mede 16,83 m, indique esse valor em centímetros.
Calcule a medida do comprimento do percurso que uma pessoa fará se completar
uma volta na quadra.
6º passo
Finalizando, partindo do esboço para a construção da planta baixa.
Relacionar as figuras geométricas encontradas no desenho da quadra e nomeá-
las.
Identificar os ângulos apresentados no desenho.
Transformar as medidas necessárias para a construção do desenho.
Sempre que somamos, subtraímos, multiplicamos ou dividimos quaisquer valores,
devemos assegurar-nos que se encontra com a mesma unidade de medida.
Por vezes, é necessário converter medidas antes de efetuar os cálculos que
pretendemos.
Fonte: ptwikipedia.org/wiki/Quadraesportiva
Considerações finais sobre a atividade: Essa atividade possibilita ao aluno o registro
de todo o conhecimento adquirido. A produção do desenho pode concretizar tudo o que se
aprendeu e também demonstrar aquilo que ainda não se aprendeu.
Avaliação da atividade: A avaliação será feita através do registro do desenho da planta
baixa da quadra a qual deverá estar dentro da proposta.
Quebra- cabeça de figuras geométricas para estimular a coordenação motora e
composição de formas. Figuras trabalhadas: retângulo, triângulo e quadrado (pode-se
trabalhar também trapézio e paralelogramo).
Orientação para desenvolvimento da atividade:
1º passo
Em uma folha de cartolina medir um retângulo com 16 cm de comprimento por 8 cm de
largura, o qual deverá ser recortada de maneira a obter quatro triângulos.
Procedimento: encontrar o ponto médio de um dos lados de maior medida do retângulo,
em seguida traçar uma reta ligando esse ponto médio aos dois vértices inferiores opostos
a ele, com isso já se tem três triângulos é só recortar, e pra finalizar pega um dos
triângulos menores e encontra o ponto médio da sua base e traça uma reta ligando-o ao
vértice oposto obtendo dois triângulos iguais e recorta - os.
Atividade adaptada do livro Novo Caminho Matemática – 1ª série dos autores Imenes, Jakubo e Lellis –
Editora Scipione, 1997.
2º passo
Partindo da figura inicial até os recortes feito podemos explorar formas geométricas, ponto
médio e simetria. Com esse quebra cabeça pode-se propor os seguintes questionamentos
(em folha digitada):
Junte dois triângulos e forme um quadrado.
Depois, juntando três triângulos forme outro quadrado.
Forme um quadrado com os quatro triângulos.
Existe alguma relação desse quadrado com o retângulo inicial?
Sobreponha os três triângulos menores sobre o maior de maneira a ficarem
alinhados. O que se conclui?
Tente formar outras figuras geométricas.
Considerações finais sobre a atividade: Essa atividade propõe uma investigação com
uso de conteúdos já explorados, desenho e recorte com medidas retilíneas e
reconhecimento de formas e montagem de outras através de sobreposição.
Avaliação da atividade: Serão avaliadas nesta unidade as atividades realizadas, assim
como as discussões e a criatividade do grupo. Em todas as unidades se pede que faça
um relatório escrito para arquivar no portfólio.
ÁREAS DE FIGURAS PLANAS
Problema de investigação – Para que a quadra da escola atenda o
padrão de medida, ela precisa ser aumentada ou reduzida? Em
quantos metros quadrados?
Conteúdos: Áreas do retângulo, quadrado, triângulo e circunferência.
Recursos: trena, régua, barbante, jornais, fita adesiva e folha quadriculada.
Objetivos: - O aluno deverá reconhecer a importância do “metro” como unidade padrão e
entender o metro quadrado como uma superfície que apresenta 1 metro de largura e 1
metro de comprimento. Associar a uma superfície um número que expressa sua medida e
que se denomina área. Determinar as áreas de figuras retangulares, por contagem.
Calcular as áreas do retângulo, do quadrado, do paralelogramo, do triângulo e do
trapézio.
Investigando áreas de figuras planas, tendo como base a área da superfície da quadra.
Orientação para desenvolvimento da atividade:
1º passo
Para iniciarmos essa atividade é importante entender a definição de unidade em relação à
área. Portanto vamos explorar as unidades de área de forma integrada a superfície que
se pretende medir. Considerando que a quadra apresenta forma retangular, é bom saber
que no cálculo de qualquer retângulo ou quadrado podemos seguir o raciocínio abaixo:
Em seguida cada grupo receberá uma malha quadriculada onde deverão registrar as
idéias discutidas acima. Os cálculos de área de superfície serão demonstrados na prática
sendo desenvolvido visualmente pelos próprios alunos com uso de geoplano
2º passo
Cada grupo irá medir e recortar 12 quadradinhos com 1 centímetro de lado e em posse
desses quadradinhos, propor que investiguem as possibilidades para se montar um
retângulo. Assim, na condição de usarmos, obrigatoriamente, os 12 quadradinhos na
construção de cada retângulo terá sempre a área constante de 12 centímetros quadrados
(12 cm²), mudando somente o formato do retângulo. É uma atividade que possibilita seis
respostas diferentes. Questione com os alunos o seguinte:
Quantos retângulos diferentes podem ser construídos com esses
quadradinhos?
Quais são as medidas dos lados de cada retângulo construído?
Qual é a área de cada retângulo construído?
A partir do que você observou é possível construir um quadrado com os
quadradinhos? Justifique.
3º passo
De posse de jornais, propor aos alunos que repitam a atividade anterior, só que agora
recortando quadrados com um 1 metro de lado, de modo que cubra toda a superfície da
quadra (comprimento e largura). Direcionar os alunos até a quadra e pedir que cubram a
superfície da quadra, sempre trabalhando linha e coluna. Depois da atividade já ter sido
realizada levar os alunos a refletir sobre as seguintes questões:
Quantos quadrados foram necessários para cobrir uma linha da quadra?
E uma coluna, quantos precisou?
A quadra toda foi coberta? Quantos quadrados foram necessários?
Como podemos determinar a área total da quadra?
Assim pode-se concluir que:
O número de quadrados obtidos nessa multiplicação (comprimento multiplicado por
largura) é a medida da área.
4º passo
Quando uma quadra é construída para a prática de mais de um esporte, ela recebe o
nome de poliesportiva, porém cada esporte tem uma quadra específica com dimensões
próprias.
Complete o quadro com dados sobre as quadras de:
DIMENSÕES
QUADRA LARGURA COMPRIMENTO ÁREA TOTAL
Futsal
Voleibol
Basquetebol
Handebol
Considerações finais sobre a atividade: Se afirmamos que a superfície da quadra tem
40 metros de comprimento por 20 metros de largura, estamos informando que para esse
lado de 40 metros podemos usar 40 quadrados de 1 metro de lado e sobrepor toda essa
superfície, já para o lado de 20 metros usa-se 20 quadrados do mesmo. E para preencher
a quadra toda serão necessários 800 quadrados iguais a esses, considerando que a
quadra tem 800 metros quadrados (m²) de área. Nessa atividade acredita-se que a
investigação pode potencializar a aprendizagem da geometria possibilitando reflexão e
possível construção de um conhecimento significativo.
Avaliação da atividade: A participação ativa do aluno e as resposta às perguntas
indicadas na atividade será usada como instrumento de avaliação.
Ainda falando sobre áreas e formas de superfícies planas.
Orientação para desenvolvimento da atividade:
1º passo
Para dar sequência na atividade anterior podemos fazer uso de malha quadriculada,
considerando que cada quadradinho tem 1 cm², explorar áreas de figuras planas. Propor
que façam um retângulo usando 13 unidades na
largura e 5 unidades no comprimento. Para o
caso do retângulo, esse é um procedimento bem
simples, já que fica fácil calcularmos a quantidade
de quadradinhos que vai formar a superfície
dessa figura.
2º passo
Em seguida propor que recorte a figura formando um quebra
cabeça e sugerir que montem um quadrado. Deixar que os
alunos discutam nos grupos sobre as possibilidades,
interagindo com os outros grupos e cheguem ao resultado
esperado. .
Considerações finais sobre a atividade:
Nessa atividade somente alguns dos quadradinhos que foram cortados se encaixaram
perfeitamente, outros não tiveram um encaixe perfeito ficando deformados, porém nos
dando a impressão de estarem perfeitos. Essa Imagem nos permite problematizar a
questão da incomensurabilidade. A incomensurabilidade é um termo da matemática que
significa “falta de medida comum”. Observa-se que nesta imagem o retângulo é formado
pelas mesmas figuras que formam o quadrado (dois triângulos congruentes e dois
trapézios congruentes). Porém, em função do modo como essas figuras são organizadas
para formar o retângulo e o quadrado a área e o perímetro do retângulo e do quadrado
são diferentes. No retângulo temos 105 e no quadrado 64 unidades de área. O perímetro
do retângulo é 36 e o quadrado é de 32 unidades.
http://www.matematica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/listaEventos.php
Avaliação da atividade: A avaliação se dará através do registro escrito das conclusões
tiradas ao termino da atividade e uma breve exposição do grupo.
CUSTOS DE REFORMA
Problema de investigação: quais tipos, qual a quantidade e quais os
respectivos custos dos materiais necessários para a suposta reforma
da quadra da escola?
Conteúdos: Medidas, sistema monetário, números e operações.
Recursos: panfletos de propaganda de materiais de construção, trena.
Objetivos: O objetivo desta unidade é que os alunos sejam capazes de calcular a
quantidade de materiais necessária e o custo total da reforma. Espera-se que os alunos
consigam realizar os cálculos (adição, subtração, multiplicação e divisão) propostos.
Entrevista, pesquisa de custos e exploração de cálculos diversos.
Orientação para desenvolvimento da atividade:
1º passo
Em qualquer projeto de reforma devem-se fazer os cálculos da quantidade de materiais e
custos dos mesmos, dessa forma é importante que se realize uma entrevista com um
trabalhador da construção civil para saber quais materiais e que quantidade serão
necessárias para a referida reforma.
Questões destinadas ao entrevistado (trabalhador da construção civil)
Que instrumentos de medida são utilizados na sua profissão?
Como você calcula a quantidade de material necessário (tijolos, areia,
cimento, madeira, cal etc.) para desenvolver sua atividade?
Como você faz a previsão do orçamento do seu serviço? Você utiliza
cálculo?
Para a reforma da quadra da escola quais materiais serão necessários? E
que quantidade?
2º passo
É necessário nesse momento que se faça uma pesquisa de custos em uma loja de
material de construção para saber o custo dos materiais a serem utilizados. Outra forma é
usar panfletos de propagandas de preços para esse fim.
Construção de tabela
Após realizar as pesquisas necessárias, organizar os dados encontrados em uma tabela
para facilitar o desenvolvimento e o entendimento dos cálculos.
A tabela a seguir indica o tipo de material, a quantidade, o valor por unidade e o valor total
dos materiais a serem utilizados:
Tipo de material Quantidade Valor por unidade Valor total
Cimento
Areia
Pedra
Cal
Tinta
Considerações finais sobre a atividade: Essa atividade dá a oportunidade do aluno
vivenciar, descobrir a matemática articulando conhecimento da geometria com o trabalho
desenvolvido na construção civil e o estudo dos números, explorando diversos tipos de
cálculos (cm e cm², m e m²).
Avaliação da atividade: A avaliação será coerente com as atividades desenvolvidas e se
dará através da participação e desempenho do aluno. A entrevista, as pesquisas e as
discussões podem ser indicativas para avaliação, além dos cálculos realizados.
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Construção de maquetes da quadra esportiva da escola, para que se
tenha um material concreto no final como fechamento do trabalho.
Problema de investigação: Como aplicar na construção de maquete
todo o conhecimento adquirido dentro dessa abordagem?
Conteúdos: formas, medidas, transformação de medidas e escalas.
Recursos: papéis coloridos diversos, cartolina, canetas coloridas, régua, tesoura, cola.
Objetivos: Nessa unidade espera-se que os alunos consigam transformar medidas
(metros em centímetros e vice) e aplicar o que entendeu sobre escala na construção das
maquetes.
Construção de maquete
Construção da maquete da quadra, já entram questionamentos sobre a construção civil,
acabamento, etc. Passa-se a utilizar agora alguns conceitos dos sólidos geométricos, ou
seja, utilizando a geometria espacial, mas é claro, utilizando sempre elementos da
construção civil.
Orientação para desenvolvimento da atividade:
1º passo
Inicia-se com uma discussão para escolher o tipo de maquete que irão fazer, em seguida
faz-se necessário definir o valor da escala, considerando que os alunos já tenham se
apropriado desse conteúdo e quais os tipos de materiais que vão ser utilizados nessa
construção.
Perguntas destinadas aos alunos:
Qual a escala utilizada na construção da maquete?
Quais figuras geométricas são identificadas?
Você utilizou de algum instrumento de medir na hora da construção?
Quais cálculos foram utilizados?
Quais são as dimensões que ela apresenta (largura e comprimento)?
Qual a área ocupada por sua maquete?
Qual a relação da maquete com a quadra da escola?
2º passo
No final pretende-se fazer uma mostra dos trabalhos na escola, com apresentação e
exposição oral feita pelos alunos. Os alunos deverão explicar todo o processo matemático
usado na construção da maquete.
Considerações finais sobre a atividade: Nessa atividade articula-se o ensino de
geometria com o estudo de números, medidas e álgebra a fim de tornar a aprendizagem
mais abrangente.
Avaliação da atividade Além dos cálculos realizados, as discussões e a exposição oral podem ser consideradas
para avaliação.
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Este caderno pedagógico relaciona uma série de atividades a serem
desenvolvidas com uso de pesquisa-ação, exploração e compreensão da Matemática no
mundo, possibilitando ao aluno repensar a matemática como parte fundamental em todas
as etapas de uma construção civil e também na vida. Os encaminhamentos previstos
nesse caderno pedagógico podem ser utilizados mesmo com a seleção de outros temas
geradores, advindos da própria realidade em que estão inseridos.
A proposta da modelagem matemática é desenvolver nos alunos a capacidade e
a atitude, tornando-os investigadores, criativos e habilidosos na resolução de problemas,
nesse contexto é preciso que o professor como condutor do processo repense as suas
aulas sempre para não perder o foco.
Uma vez delineada a situação que se pretende investigar, deve ser feita uma
pesquisa sobre o assunto de modo que se proponha um confrontamento do real com o
modelo e o professor como mediador do processo deve ter muito cuidado na hora de
relacionar as atividades a serem trabalhadas para não associá-las somente a conteúdos
de alto nível de abstração e que não possuem ligação com o cotidiano dos alunos.
Alguns autores apresentam uma conceituação informal para modelagem
matemática, sua importância como metodologia alternativa e as etapas pelas quais ela
deve passar, experimentação, abstração, matematização, resolução, validação e
modificação, não necessariamente seguidos nessa ordem. Porém faz-se necessário que
o professor fique atento a cada etapa de investigação.
Um encaminhamento que considerei importante nesse caderno é a questão da
avaliação, onde sugiro a participação do aluno no processo. Para isso proponho o uso do
portfólio nas aulas, além de permitir certa organização do trabalho pedagógico, possibilita
também ao aluno participar de sua própria avaliação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho foi elaborado como parte integrante e complementar de um Projeto
de Implementação Pedagógica com o propósito de trabalhar geometrias, grandezas e
medidas a partir do referencial e orientações da modelagem matemática como processo
de ensino e de aprendizagem. Pensar e discorrer sobre essa proposta possibilitou-me
refletir se as dificuldades encontradas pelos alunos são próprias da matemática ou se é
devido à forma como ela é abordada. A situação atual do ensino exige que o professor
mude sua forma de pensar e de agir quando os resultados não forem satisfatórios, o
professor deve ser habilidoso e se utilizar de ferramentas que favoreçam melhor
compreensão dos conteúdos envolvidos. Toda situação matemática é chamada de
problema e pede uma reflexão e consequentemente uma resposta, o Projeto de
Implementação Pedagógica em questão não é diferente, ele traz um tema que gera uma
problemática e que o Caderno Pedagógico por trazer os conteúdos vinculados ao tema
gerador está dando conta de responder, a proposta desse caderno é produzir significado
para a situação em questão. Abordar o assunto de geometria espacial, grandezas e
medidas segundo as etapas/fases metodológicas indicadas e citadas no Projeto de
Intervenção Pedagógica fará desse caderno pedagógico um material bastante produtivo
considerando que as atividades aqui dispostas exige uma mudança de comportamento
tanto do professor quanto do aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BURAK, Dionísio; ARAGÃO, Rosália Maria Ribeiro de. A modelagem Matemática e relações com a aprendizagem significativa. Curitiba/ Paraná: Crv, 2012. 129 p. DIAS, M. G. A. Modelagem no ensino geometria. Universidade Federal do Recôncavo Baiano: UFRB, 2007. Disponível em: http//www.degraf.ufpr.br/artigos-graphica/modelagem. Acessado em 07/05/2013. GIOVANNI JUNIOR, José Ruy; CASTRUCCI, Benedicto. A conquista da matemática. São Paulo: Ftd, 2009. (6 º ANO).
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http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br - acessado em 09/10/2013
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em 09/10/2013
http://www.somatematica.com.br- acessado em 09/11/2013 http://www.brasilescola.com/matematica/geometria-plana.htm - acessado em
01/12/2013
1- ENTENDENDO O QUE É UMA QUADRA ESPORTIVA
Quadra esportiva é uma área de terreno demarcada e preparada para a realização de
determinadas práticas esportivas, como por exemplo, jogos de basquete, tênis, vôlei,
futsal entre outros. Uma quadra esportiva consiste basicamente de uma superfície plana,
geralmente retangular, delimitada por marcações ou elementos que estabeleçam seus
limites e dos demais componentes para a prática dos esportes a que se destina. Tais
componentes incluem linhas demarcatórias, tabelas, traves, postes, redes, além de
sistema de iluminação, caso a quadra seja instalada em um ambiente fechado ou tenha
uso noturno.
A superfície de uma quadra pode ser recoberta por uma enorme variedade de materiais,
sendo os mais frequentes o cimento, grama, saibro, areia e ainda uma gama crescente de
opções em materiais sintéticos. A escolha do material depende do esporte a que se
destina a quadra, e também dos recursos disponíveis para a construção.
Quando uma quadra é construída para a prática de mais de um esporte, ela recebe o
nome de poliesportiva. Quadras poliesportivas tem sido um importante equipamento
arquitetônico em instalações educacionais ou residenciais, cuja relevância na área social,
de saúde e cidadania tem sido cada vez mais reconhecida.
Fonte:twikipedia.org/wiki/Quadra_esportiva
2- CONHECENDO AS DIMENSÕES DA QUADRA DE FUTSAL
Dimensões
A quadra de jogo será um retângulo com o comprimento de 40 metros e largura de 20
metros. As linhas demarcatórias da quadra, na lateral e no fundo, deverão estar
afastadas 2 (dois) metros de qualquer obstáculo (rede de proteção, tela, grade ou
parede).
A marcação da quadra
Todas as linhas demarcatórias da quadra deverão ser bem visíveis, com 8 (oito)
centímetros de largura.
• As linhas limítrofes de maior comprimento denominam-se linhas laterais e as de menor
comprimento linhas de meta.
• Na metade da quadra será traçada uma linha divisória, de uma extremidade a outra das
linhas laterais, equidistantes às linhas de meta.
• O centro da quadra será demarcado por um pequeno círculo com 10 (dez) centímetros
de raio.
• Ao redor do pequeno círculo será fixado o círculo central da quadra com um raio de 3
(três) metros.
• Nos quatro cantos da quadra, no encontro das linhas laterais com as linhas de meta
serão demarcados ¼ (um quarto) de círculo com 25 centímetros de raio de onde serão
cobrados os arremessos de canto. O raio de 25 centímetros partirá do vértice externo do
ângulo formado pelas linhas lateral e de meta até o extremo externo da nova linha.
• As linhas demarcatórias integram e pertencem à quadra de jogo.
Área de meta
Nas quadras, em cada extremidade da quadra, a 6 (seis) metros de distância de cada
poste de meta haverá um semicírculo perpendicular à linha de meta que se estenderá ao
interior da quadra com um raio de 6 (seis) metros. A parte superior deste semicírculo será
uma linha reta de 3,16 (três metros e dezesseis centímetros), paralela à linha de meta,
entre os postes. A superfície dentro deste semicírculo denomina-se área de meta. As
linhas demarcatórias fazem parte da área de meta.
Metas
No meio de cada área e sobre a linha de meta serão colocadas as metas, formadas por
dois postes verticais separados em 3 (três) metros entre eles (medida interior) e ligados
por um travessão horizontal cuja medida livre interior estará a 2 (dois) metros do solo.
• A largura e espessura dos postes e do travessão serão de 8 (oito) centímetros e quando
roliços terão o diâmetro de 8 (oito) centímetros.
• Os postes e travessão poderão ser confeccionados em madeira, plástico, ferro ou
material similar e pintados de cor contrastante com o fundo da quadra, de preferência que
sejam fixados ao solo. Os postes e travessão deverão ter a mesma largura e espessura.
• Serão colocadas redes por trás das metas e obrigatoriamente presas aos postes,
travessão e ao solo. Deverão estar convenientemente sustentadas e colocadas de modo
a não perturbar ou dificultar a ação do goleiro. As redes serão de corda, em material
resistente e malhas de pequena abertura para não permitir a passagem da bola. As metas
não devem possuir ferro ligando o travessão ao suporte de sustentação.
Construção
O seu piso deverá ser construído de madeira, material sintético ou cimento,
rigorosamente nivelado, sem declives, nem depressões, prevenindo escorregões e
acidente.
Texto extraído de www.futsaldobrasil.com.br/2009/cbfs/quadra.php
3- CONHECENDO A QUADRA ESPORTIVA DO COLÉGIO ESTADUAL
VEREADOR RAULINO COSTACURTA
Fonte: arquivo do autor
A quadra do Colégio Estadual Vereador Raulino Costacurta é uma quadra
adaptada para quatro tipos de esportes (futsal, voleibol, basquetebol e handebol),
portanto é uma quadra poliesportiva, porém apresenta um tamanho menor que o
determinado, se encontra fora das normas e padrões exigidos, sendo que o seu
comprimento é de 25,83 metros e a sua largura é de 16,83 metros. Não é coberta e
devido a exposição ao sol e a chuva tanto o piso como as linhas demarcatórias estão
bastante desgastadas.