os desafios da escola pÚblica paranaense na … · ambiente escolar, que é questão avaliativa....
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Ficha de Identificação - Produção Didático-pedagógica
Professor PDE/2013
Título Leitura e compreensão de enunciados em questões
avaliativas de Língua Portuguesa
Autor Arivana Izabel Stanski Ligeski
Disciplina/Área (ingresso no
PDE)
Língua Portuguesa
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização
Colégio Estadual Luiz Sebastião Baldo
Município da Escola Colombo – PR
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte
Professor Orientador Cleverson Ribas Carneiro
Instituição de Ensino Superior Universidade Federal do Paraná
Relação Interdisciplinar (indicar,
caso haja, as diferentes
disciplinas compreendidas no
trabalho)
Resumo: (descrever a
justificativa, objetivos e
metodologia utilizada. A
informação deverá conter no
A partir do conteúdo estruturante de língua portuguesa, discurso como prática social abordar-se-á nessa unidade didática a leitura como um dos elementos do tripé de linguagem; a compreensão como fator relevante para o entendimento do aluno como ser autônomo do seu conhecimento; o enunciado fundamentado em teóricos que nos subsidiam para a correlação de aprendizagem e uma
máximo 1300 caracteres, ou 200
palavras, fonte Arial ou Times
New Roman, tamanho 12 e
espaçamento simples)
questão polêmica apesar de ser necessária em nosso ambiente escolar, que é questão avaliativa.
O fulcro de nosso material didático é as questões avaliativas, presentes e indispensáveis para o processo de ensino aprendizagem do nosso aluno. O objetivo é investigar as prováveis situações que levam os alunos a terem dificuldade em relação a enunciados de questões avaliativas. Uma das hipóteses prováveis é de que o aluno tenha dificuldade em compreender o enunciado a partir da leitura realizada, a outra hipótese é de que enunciado não seja realizado de modo satisfatório. Com a questão norteadora: qual a melhor maneira de agir para melhorar a leitura e compreensão textual dos alunos promovendo o processo de ensino aprendizagem? O resultado esperado é de que trabalhando com diversos gêneros do discurso, intensifique o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita do aluno, propiciando o processo de ensino-aprendizagem.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Aprendizagem; Avaliação; Leitura; Compreensão;
Enunciados.
Formato do Material Didático Unidade didática pedagógica
Público Alvo (indicar o grupo
para o qual o material didático
foi desenvolvido: professores,
alunos, comunidade...)
Alunos de 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio
Estadual Luiz Sebastião Baldo
UNIDADE DIDÁTICA
APRESENTAÇÃO
Este material é uma Produção Didática Pedagógica, na forma de Unidade
Didática, e tem por principal objetivo o estudo da leitura e compreensão de
enunciados em questões avaliativas.
O tema surge de experiências vivenciadas pela pesquisadora ao longo de
seus sete anos de docência na disciplina de língua portuguesa, e dos seus seis
anos atuando como coordenadora da Coordenação Regional de Tecnologias do
Núcleo Regional de Educação da Área Metropolitana Norte – CRTE AM Norte. Neste
ínterim desempenhei atividades voltadas à formação de professores no uso de
recursos tecnológicos.
Diante deste processo foram observadas situações ancoradas nas médias
de desempenho nas avaliações nacionais que subsidiam o cálculo do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), doravante chamado pela sua
nomenclatura IDEB, que na região metropolitana norte de Curitiba, no ano de 2007,
apresentou um grande número de escolas com baixo índice.
Tendo esse cenário como pano de fundo, este tema chamou a atenção desta
pesquisadora que, por sua vez, pretende aferir de que maneira podemos colaborar
com o processo de ensino aprendizagem de Língua portuguesa em sala de aula.
Gráfico 1 - IDEBs observados em 2005, 2007 e Metas para Escola
Fonte:Site do INEP/MEC
Percebe-se diante ao exposto acima (Gráfico 1) que o Paraná, desde 2005,
vem evoluindo nos resultados do IDEB. Os itens das avaliações nacionais e
internacionais atestam haver dificuldades de diferentes naturezas na aprendizagem
de Matemática e também de Língua Portuguesa, podemos refletir, assim, sobre a
necessidade do governo estar instituindo novamente na matriz curricular1 mais uma
aula de língua portuguesa e matemática, neste ano de 2013, alterando-a de quatro
para cinco aulas semanais. Essa iniciativa é uma maneira de melhorar o
desempenho de nossos alunos, entretanto, há necessidade de um
acompanhamento e aperfeiçoamento dos professores para que a melhoria
realmente aconteça.
Para aferir esses resultados, as políticas públicas aplicam as avaliações de
âmbito nacional e internacional realizado em nosso país como: PISA – Programa
Internacional de Avaliação de Alunos; Enem – Exame Nacional do Ensino Médio,
ENCCEJA – Exame Nacional para Certificação e Competência de Jovens e Adultos;
e a Provinha Brasil.
Nesse material didático estaremos focando a Prova Brasil – a qual é
realizada a cada dois anos em escolas com mais de vinte alunos no ensino
fundamental quinto ano, nono ano do ensino fundamental anos finais, e o terceiro
ano do ensino médio das escolas públicas. As nomenclaturas apresentadas são a
do SAEB – ANEB e ANRESC, cujas siglas doravante utilizaremos.
A necessidade de pesquisar sobre esse tema advém do período em que
trabalhei no núcleo regional de educação da área metropolitana norte, e participei
ativamente para a melhoria do IDEB2 de nosso núcleo; realizei inúmeras visitas
juntamente com os demais integrantes da equipe pedagógica, e a finalidade era
mostrar aos professores, diretores e equipe pedagógica das escolas, a real
necessidade de observar os índices e fazer um trabalho efetivo, a partir dos
descritores apresentados pelo SAEB, para a melhoria da qualidade do ensino
público em nossas escolas.
1 Matriz curricular, estado do Paraná, alterada em 2013 de acordo com discussões ocorridas desde
2011, conforme sítio oficial do estado do Paraná, divulgado em: <http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4077>, acesso em 04/06/2013 2 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, é um indicador criado pelo governo desde 2007,
para aferir a qualidade do ensino das escolas públicas.
Percebeu-se que o professor na sala de aula tem dificuldade em
compreender os índices e principalmente no que se refere aos descritores, os quais,
tem como pressuposto aumentar gradativamente o nível de dificuldades tanto em
Língua Portuguesa quanto em Matemática.
A partir deste conhecimento, o professor poderá perceber em que nível de
leitura compreensiva e interpretativa seu alunado está, e consequentemente, poderá
realizar atividades que promovam e melhore o potencial dos alunos verificando onde
está a falha no processo.
Na sequência, abordaremos a introdução desse material didático, expondo à
justificativa do tema, os objetivos, a questão que norteia assim como as hipóteses que
deram origem a pesquisa.
INTRODUÇÃO
Esta unidade didática tem como objetivo geral verificar como os alunos
compreendem os enunciados de questões avaliativas de Língua Portuguesa, além
de investigar a influência da inserção de questões avaliativas de múltipla escolha,
além das objetivas e subjetivas já praticadas no processo de ensino aprendizagem
em escola pública.
A avaliação atualmente ainda é um desafio para professores e alunos, pois
os baixos desempenhos no ambiente escolar, apontados pelos índices avaliativos
demonstram claramente que algo não está a contento. Dessa forma, este material
didático pretende abordar questões que possam colaborar para a melhoria do
desempenho dos alunos no momento da realização de questões de interpretação e
produção textual.
Durante a ação didática cotidiana na disciplina de Língua Portuguesa na
Educação Básica observou-se a importância de trabalhar com recursos
diferenciados. Por exemplo: abordagens a partir de sítios da internet, de vídeos que
levem a reflexão e a discussão em sala de aula, bem como, a leitura de imagens,
sons, textos desestruturados, poesia e poemas, a fim de promover o processo de
ensino aprendizagem dos alunos de oitavo ano do ensino fundamental que estará
realizando a Prova Brasil no ano de 2015.
Uma das estratégias de ação que já vem sendo realizado no Colégio
Estadual Luiz Sebastião Baldo pelos professores de todas as disciplinas e os
pedagogos é a aplicação de atividades de múltipla escolha em forma de simulado de
todas as disciplinas, propiciando desta maneira o incentivo e a busca pelo interesse
dos alunos, criando o hábito em participar de atividades pertinentes às realizadas
pelos indicadores avaliativos.
A partir dessas experiências em minha prática docente, surgem então
minhas elucubrações sobre o tema “leitura e compreensão de enunciados em
questões avaliativas de língua portuguesa” com a seguinte questão norteadora: qual
a melhor maneira de agir para melhorar a leitura e compreensão textual dos alunos
promovendo o processo de ensino aprendizagem?
A partir desse intuito e interesse, buscou-se em bibliografias fundamentar a
pesquisa e perceber até que ponto nosso aluno, ao realizar esse tipo de atividade
de avaliação de múltipla escolha, processa a aprendizagem.
Portanto, nessa pesquisa pretende-se a partir do objetivo geral verificar
como os alunos compreendem os enunciados de questões avaliativas de Língua
Portuguesa, além de investigar a influência da inserção de questões avaliativas de
múltipla escolha no processo de ensino aprendizagem em escola pública.
Como objetivos específicos elencam-se:
Inserir atividades de múltipla escolha como meio do processo ensino
aprendizagem;
Aplicar por meio de recursos midiáticos, a partir do uso do laboratório
de informática, os simulados disponíveis e diversos testes disponíveis
na web para a aprendizagem do aluno;
Propiciar aos alunos leitura e interpretação textual de diversos
gêneros do discurso, a fim de promover a interação;
A partir dos pressupostos acima, pensou-se em duas hipóteses prováveis: a
de que o aluno tenha dificuldade em compreender o enunciado pela leitura
realizada, e a outra hipótese é de que enunciado não seja realizado de modo
satisfatório, ou seja, contendo ambiguidades e dificultando o processo de ensino-
aprendizagem do aluno.
Além desse formato de múltipla escolha, também serão propostas atividades
como: a leitura interpretativa de imagens, textos, propaganda, placas, poesia,
poemas, entre outros, relatando dessa forma questões que tragam ao nosso aluno
maior diversidade de gêneros textuais, que propiciem o debate, a interação e a
discussão em sala de aula, proporcionando não somente respostas prontas e sem
funcionalidade e mesmidade.
Na sequência passaremos ao referencial teórico de suma importância para a
fundamentação da pesquisa.
REFERENCIAL TEÓRICO
Neste item, abordaremos o referencial teórico utilizado como base para a
execução deste material didático.
Elencando alguns autores que nos subsidiem como Menegassi (2005) com
relação à compreensão; Soares (2005) com relação à leitura, Bakhtin (1997) com
relação ao enunciado, linguagem e dialogismo e gêneros discursivos; Marcuschi
(2008) gêneros e Aires (2010) Luckesi (2003) e Gadotti (1987), no que tange a
avaliação.
Com relação à leitura pode-se citar Soares(2010):
Para Soares (2010) no livro Leitura perspectivas interdisciplinares, afirma que:
...leitura não é um ato solitário; é a interação verbal entre indivíduos, e indivíduos socialmente determinados: o leitor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações com o mundo e com os outros; o autor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações com o mundo e os outros; entre os dois: enunciação; dialogo. (SOARES, 2005, p. 18)
Com relação a enunciados, pode-se citar Bakhtin (1997), Ligeski(2013),
Barros (2011).
Para Bakhtin (1997) em seu livro Estética da criação verbal, afirma que:
“falamos por enunciados e não por orações isoladas e, evidentemente, não por
palavras isoladas” (BAKHTIN, 1997, p. 283).
E ainda segundo Ligeski (2013) “a posição teórica de Bakhtin de que a um
enunciado espera-se uma compreensão responsiva ativa não se verifica, se o aluno
não compreende o que lê”. Ligeski & Guérios,( 2013, p.11)
De acordo com Barros (2011), Bakhtin “concebe o enunciado como matéria
linguística e como contexto enunciativo e afirma ser o enunciado, assim entendido, o
objeto dos estudos da linguagem”
Segundo Bakhtin (1997), “por trás de cada texto está o sistema de
linguagem”. A compreensão desse enunciado implica uma responsividade, ou seja,
o enunciado deve estar atrelado a uma situação em que haja a necessidade de
reflexão e resposta ao tema proposto.
Com relação a compreensão, pode-se citar Bakhtin (1997);Marcuschi (2008)
e Menegassi (2005):
Bakhtin (1997) afirma que a compreensão responsiva do conjunto discursivo
é sempre de índole dialógica. Assim sendo, pode-se considerar que compreender o
enunciado e obter uma resposta dele fará com que o aluno estabeleça uma
transposição entre o enunciado e o resultado que deve obter, ou seja, teremos o
diálogo responsivo entre os dois.
Bakhtin afirma ainda que os gêneros do discurso estão em “todas as esferas
da atividade humana [...] estão sempre relacionadas com a utilização da língua, a
riqueza e a variedade dos gêneros” (BAKHTIN, 1997, p. 279).
De acordo com Marcuschi (2008) em seu livro “Produção textual, Análise
dos Gêneros e compreensão” a língua envolve atividades cognitivas, mas não é um
fenômeno apenas cognitivo, pois o paradoxo que surge quando se toma a língua
como um fenômeno apenas cognitivo é o de não conseguir explicar seu caráter
social.” (MARCUSHI, 2010, p. 60)
Para Menegassi (2005, p.81) a compreensão “é a ponte de sentido que o
leitor cria com o texto lido”
Para Menegassi (1995), as etapas são diferentes, porém interligadas. O
processo começa pela leitura e decodificação da linguagem; na sequência há a
compreensão, que é a capacidade que o aluno tem para entender e captar os
principais tópicos e depreender as significações de palavras novas e fazer
inferências sobre o enunciado. O próximo passo é a interpretação e as ligações dos
conhecimentos que o aluno já possui, extraindo os sentidos e tirando suas
conclusões e considerações. Por último é a retenção, na qual o aluno armazena as
informações na memória de longo prazo.
Os passos são: leitura, decodificação, compreensão, interpretação e
retenção das informações abordadas no texto.
Com relação à avaliação pode-se citar Aires(2010), Luckesi (2003) e Gadotti
(1987):
De acordo com Aires (2010) a avaliação é “Concebida como reflexão,
questionamento acerca da ação, a avaliação é imprescindível ao trabalho
pedagógico escolar como a toda e qualquer prática social. Assim importa afirmar sua
função ontológica, ou seja, sua função constitutiva, de diagnóstico, no sentido de
que ela propicia elementos para a tomada de decisões na direção do aprimoramento
da situação avaliada”.
Para Luckesi (2003, p.11) afirma que historicamente, passamos a denominar
a prática de acompanhamento da avaliação da aprendizagem do educando de
“Avaliação da aprendizagem escolar”, mas, na verdade, continuamos a praticar
“exames”.
O autor ainda afirma que a sala de aula é o lugar onde, em termos de
avaliação, deveria predominar o diagnóstico como recurso de acompanhamento e
reorientação da aprendizagem, em vez de predominarem os exames como recursos
classificatórios. (LUCKESI, 2003, p. 47)
Precisamos ter ciência que somente passando o conteúdo, não
conseguimos aferir se o aluno assimilou-o, para que possamos verificar precisamos
fazer então a avaliação, segundo Gadotti (1987) “seria ingênuo pensar que a
avaliação é apenas um processo técnico. Ela é também uma questão política.
Avaliar pode se constituir num exercício autoritário do poder de julgar ou, ao
contrário, pode se constituir num processo e num projeto em que o avaliador e o
avaliado buscam e sofrem uma mudança qualitativa” (GADOTTI, 1987, p. 7).
No próximo item apresentamos a metodologia abordada para a sequência
deste material didático.
METODOLOGIA
O caminho metodológico seguiu os pressupostos da pesquisa qualitativa, de
pesquisa-ação, com ênfase nos sentidos atribuídos a cada uma das competências
básicas ou transversais e competências e habilidades curriculares da área de língua
portuguesa.
Neste item, procura-se descrever a metodologia utilizada para investigar
como os alunos compreendem os enunciados de questões avaliativas, seja ela de
múltipla escolha ou não.
Há diversos instrumentos avaliativos em nossas escolas como: a produção
de texto, interpretação de texto, trabalhos em grupo, avaliações de múltipla escolha,
as provas (subjetivas e objetivas), nessa unidade didática vamos trabalhar com
atividades de múltipla escolha(objetivas) e subjetivas, abordando temas de estrutura
linguística, utilizadas no contexto escolar, aferindo aquelas que proporcionarão um
melhor processo de ensino aprendizagem.
Devemos pensar que as provas no contexto da escola são importantes e
palpáveis, visto que, é a partir delas que podemos verificar as habilidades
desenvolvidas pelos alunos, bem como a qualidade do ensino.
De acordo com Caldeira (2000, p.122) “a avaliação não é o fim em si
mesmo”, mas sim parte da formação do aluno, que é contínua para a construção de
suas capacidades, o qual permite ao aluno refletir diferentes estratégias para a
execução da atividade solicitada, a execução e interações para chegar ao resultado.
Avaliar é uma maneira de propiciar oportunidades de aprendizagem, para
que a avaliação aconteça satisfatoriamente, precisa-se que o professor amplie o
processo avaliativo com o objetivo de atuar como mediador, colaborando para o
aprendizado do aluno, e este por sua vez, aprende por ser um ser construtor de seu
próprio conhecimento.
Nesta unidade didática, serão abordados os seguintes itens para chegar ao
foco da pesquisa macro que é “Leitura e compreensão de enunciados em questões
avaliativas”.
Enunciados de compreensão de texto de questões avaliativas
de Língua Portuguesa;
Respostas produzidas pelos alunos a partir de situações
problemas em língua portuguesa, a partir de imagens e textos;
Atividades propostas de alguns gêneros textuais;
Mobilizar o aluno a refletir sobre as estruturas linguísticas
presentes nos textos;
De acordo com as diretrizes curriculares do Estado do Paraná:
Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto tais como atividades de revisão, de reestruturação ou refacção do texto, de análise coletiva de um texto selecionado – e sobre outros textos de diversos gêneros (...) O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise (PARANÁ, 2008, p. 37)
No próximo item abordaremos as estratégias de ação, com as atividades
propostas para os alunos de oitavo ano do ensino fundamental.
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
Nas atividades que seguem, abordar-se-á alguns gêneros textuais como:
conto, propaganda, poesia, poema, placas, entre outros.
As atividades têm por intuito trabalhar situações avaliativas, que propicie aos
alunos a reflexão, compreensão, e aprender conceitos como: acentuação gráfica,
pontuação, concordância verbal e nominal, coerência e coesão, o objetivo é
concatenar as atividades com os conceitos linguísticos, e dessa forma, possibilitar
ações diferenciadas, propiciando não só o aluno, mas também ao professor
inovações em relação sua prática avaliativa.
As questões avaliativas serão abordadas no decorrer das atividades, e tem
como premissa, promover a busca do saber, a partir das avaliações realizadas de
forma a promover o processo de ensino aprendizagem.
Fonte: Multimeios
Dicas: Professor lembre seu aluno que cada gênero textual tem
características próprias. Reportagem, notícia informativa, notícia de jornal, uma receita de bolo, que são textos instrucionais, um artigo de opinião, um conto, uma poesia entre outros..., são gêneros que têm forma muito diferente de um poema, não desviam do convencional. Na linguagem poética existe musicalidade, sons repetidos, ritmo marcado. Isto é consequência da liberdade com que podemos “manipular” as palavras.
Esta questão avaliativa tem por objetivo, aferir a habilidade dos alunos com
relação à estrutura linguística, abordando o tema pontuação. O professor pode ir
além da pontuação, trabalhar também a leitura do texto na íntegra que esta em
domínio público.
Inicia-se a aula apresentando o conteúdo de língua portuguesa sobre a
pontuação, pode aproveitar e mostrar um vídeo3 de 23 minutos, sobre Pontuação,
disponível no sítio do youtube, que poderá proporcionar uma aprendizagem
significativa para o aluno sobre esse assunto.
3 Aula 11 – Pontuação. Disponível em:
< http://www.youtube.com/watch?v=IQWPh9G8wc0>. Acesso em 06 dez 2013.
O professor pode estar explanando itens que não ficaram claros, colocando
no quadro de giz, exemplos que possam fazer com que o aluno identifique as
pontuações, após esta interação vamos à questão avaliativa.
Para a resolução desta atividade deve-se reproduzir e entregar uma cópia
do fragmento do texto, “A Carteira” e propor aos alunos que leiam e realizem a
atividade apresentada na sequência.
Atividade 1 – Leitura e pontuação
Duração da atividade 3 aulas de 50 minutos.
Pontue o texto abaixo, retirado do conto “A Carteira”, de Machado de Assis.
Você poderá utilizar os símbolos de pontuação, como: reticências, vírgula, ponto,
ponto e vírgula, interrogação, aspas entre outros.
A Carteira
Mas daí a pouco tirou a outra vez e abriu a com vontade de contar o dinheiro
Contar para quê Era dele Afinal vence-se e contou eram setecentos e trinta mil réis
Honório teve um calafrio Ninguém viu ninguém soube podia ser um lance da
fortuna a sua boa sorte um anjo Honório teve pena de não crer nos anjo Mas
porque não havia de crer neles E voltava ao dinheiro olhava passava-o pelas mãos
depois resolvia o contrário não usar do achado restituí-lo Restituí-lo a quem Tratou
de ver se havia na carteira algum sinal
Se houver um nome uma indicação qualquer não posso utilizar-me do
dinheiro pensou ele
Esquadrinhou os bolsos da carteira Achou carta que não abriu bilhetinhos
dobrados que não leu e por fim um cartão de vista leu o nome era do Gustavo Mas
então a carteira Examinou-a por fora e pareceu-lhe efetivamente do amigo Voltou
ao interior achou mais dous cartões mais três mais cinco Não havia duvidas era
dele
A carteira, Machado de Assis, disponível em : < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000169.pdf>. Acesso em 06 dez 2013
Na sequência da atividade, pedir para que os alunos leiam o texto e
exponham onde foi que colocaram a pontuação, qual foi? Onde? Por quê?
De preferência expor o texto na TV Multimídia4, ou no quadro de giz, para
que os alunos possam visualizar, onde se coloca a pontuação e quais sinais serão
utilizados.
Vamos aproveitar o texto e aguçar o interesse de nosso aluno, instigando-o
a querer ouvir o que aconteceu no início do texto, e para complementar a atividade
pode-se solicitar que o aluno faça um final para a história, após a entrega das
produções, o professor pode fazer a leitura de todo o texto.
Ainda aproveitando o fragmento do texto que retrata uma situação que pode
ocorrer com qualquer um, encontrar um objeto na rua, no caso de Honório foi A
Carteira, questionar os alunos oralmente.
Você já encontrou algum objeto?
Comente como foi?
Peça que os alunos realizem uma produção textual, descrevendo como foi?
O que ele encontrou? Qual objeto? Encontrou o dono? Devolveu? Aqui pode usar a
criatividade e deixar o aluno realize sem qualquer observação. Após deve-se pedir
para que alguns alunos façam a leitura para a turma, e recolher para fazer as
devidas correções, e solicitações de refacção.
Atividade 2 – Poesia
Duração da atividade - 2 aulas de 50 minutos
(Luís Vaz de Camões) SONETO 092 Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança; Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem (se algum houve...) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria,
4 TV Multimídia, nas escolas do Estado do Paraná, todas as salas possuem uma televisão com recursos midiáticos, onde o professor pode levar para a sala de aula, vídeos, sons, imagens, utilizando um pendrive, cartão de memória entre outros que possuam porta USB.
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soia.
Soneto, Luís Vaz de Camões - <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000164.pdf>
A partir deste soneto de Luís Vaz de Camões, pode-se solicitar ao aluno que
faça a leitura e interprete o texto.
Fonte: Multimeios
Interpretar um texto é sinônimo de ser capaz de repetir o que o autor quis dizer. Fazer uma leitura compreensiva, de acordo com Bakhtin (1997, p.290) “toda compreensão é prenhe de resposta”. As sequências mais frequentes de uma interpretação é a leitura do texto seguida de breve análise oral do texto lido; leitura de questionário; apresentação oral das respostas; localização das respostas no texto; e preenchimento por escrito das respostas.
Está atividade será realizada da seguinte forma:
Realizar o processo de interação entre o leitor e o texto, iniciando com os
alunos em uma leitura silenciosa, após alguns minutos, o professor deverá realizar a
leitura da poesia em voz alta, com expressividade, procurando transmitir a emoção
sentida, questioná-los sobre se conhecem quem é Luís Vaz de Camões, se não,
explicar quem foi? Quais suas principais obras? entre outros...
Fonte: Multimeios
Luís Vaz de Camões – Poeta Português, nascido provavelmente em Lisboa aproximadamente em 1524-1580, sua principal obra foi o poema “Os Lusíadas” esta epopeia divide-se em dez cantos repartidos em oitavas, revela os feitos portugueses: suas guerras e grandes navegações. Mais informações a respeito de Luís Vaz de Camões em: <http://www.e-biografias.net/luis_camoes/>
Destacar palavras mais difíceis e expressões, visto que, o texto é de uma
época diferente da nossa. Fazer uma breve interpretação do soneto, de forma
coletiva, e as palavras ou expressões sugeridas são escritos no quadro de giz,
mobilizando todos a uma reflexão, sobre o que é mudar? O que o autor quis
apresentar na 3º estrofe com relação à mudança?
Na sequência será proposta aos alunos a criação de um “Clube da Poesia”,
instigando o interesse pelas mesmas, assim como propiciar a produção de sua
própria poesia, está atividade será exposta no mural da escola, incentivando-os a
produção.
Para buscar o interesse dos alunos, o professor pode providenciar uma
caixa contendo vários temas, solicita que os alunos retirem da caixa uma tira de
papel constando o tema para a elaboração de sua poesia.
Sabe-se que, quando o professor solicita ao aluno a realização uma
produção textual automaticamente os alunos querem saber que tema fazer, assim
realizando o sorteie de seu tema, o aluno se sentirá a vontade para escrevê-lo.
O professor também poderá colocar, além de temas a serem abordados
imagens que os motivem a escrita, e assim a elaboração de seu poema, o fato de
que o poema fique exposto de alguma forma na escola, irá mobilizá-los a realizar
sua poesia de forma a instigá-los a produção com dedicação, para outros lerem, não
só para o professor.
As correções das poesias devem ocorrer na segunda aula, e a refacção das
mesmas serão feitas na terceira aula ou terceiro momento da atividade, na
sequência expõe as poesias no quadro de aviso da escola, ou no mural da sala de
aula.
3 Atividade – Poesias sobre o cotidiano
Duração 2 aulas de 50 minutos – de preferência todos os meses.
Pode-se em outro momento buscar novas poesias, poemas que mobilizem
os alunos, ou seja, selecionar cuidadosamente poesias que versem coisas atingidas
Fonte: multimeios
Dicas: Professor antes de pedir para que os alunos escrevam seu poema, acesse o sítio: <http://projetos.educacional.com.br/paginas/pp/47080001/3854/t132.html>. leia o poema com eles “Eu, Etiqueta” de Carlos Drumond de Andrade, ou por vídeo <http://www.youtube.com/watch?v=Wr5uHxamScE> recitado por Paulo Autran pode ser usado na Tv multimídia. Após solicitar que realizem a atividade abaixo.
pelo sentido, coisas de seu mundo, de sua vida cotidiana, para este fim, propõem-se
o trabalho com o texto abaixo:
O texto Eu, Etiqueta, propicia aos alunos de oitavo ano o interesse por se
tratar de um assunto relevante na vida deles, abordando questões de estereótipos
que a mídia televisiva, radiofônica entre outras procuram mobilizar as pessoas.
Passar o vídeo ou somente o som, do referido poema, ou recitá-lo para a
turma, solicitar que os alunos escolham um dos temas abaixo e produzam seu
poema.
Eu, etiqueta
Eu, moda
Eu, televisão
Eu, escola
Eu, música
Eu, futebol
Eu, adolescente
Eu, família
Entre outros que poderão surgir no momento da apresentação da atividade
ao aluno.
A atividade de produção textual, bem como a apresentação mensal de novos
poemas no quadro de aviso da sala ou da escola, mobilizará a escola como um
todo, porque sempre trocando as poesias, os alunos de outras turmas, com certeza
estarão fazendo a leitura no quadro de avisos, instigando-os a produzir seus textos.
Uma aula será para a exposição do vídeo, leitura, e produção textual.
A segunda aula organizar-se-á a correção, leitura das poesias e refacção
das mesmas, este processo poderá ser entre os alunos, um fará a correção da
poesia do outro, observando alguns detalhes:
Compreensão do mesmo (conseguiu entender);
Escrita (há palavras erradas);
Pontuação;
Acentuação gráfica.
E se os alunos tiverem dificuldades sempre deixar um dicionário para que
possam tirar as dúvidas, ou chamar o professor para auxiliá-lo, neste momento o
professor deverá estar circulando pela sala para verificar como os colegas estão
realizando a correção um dos outro.
Este tipo de atividade em sala promove a interação entre os alunos, bem
como a participação daqueles que não gostam que os outros leiam seus textos.
Atividade 4 – Classes Gramaticais
Duração 2 aula de 50 minutos
Parecem Rochas
Fonte: portal dia-a-diaeducação http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=403&evento=7 Acesso em 18 nov 2013
A partir do poema de Arnaldo Antunes5, realize a leitura silenciosa, após o
professor pode solicitar que um aluno recite o poema, na sequência peça que os
alunos escrevam que sentimento aflora, no momento que ouviu a leitura do poema,
escrevendo os sentimentos em seu caderno, deixar alguns instantes para que eles
possam produzir, após realizar a leitura dos textos de alguns alunos.
Na sequência o professor solicita que os alunos escrevam em seu caderno,
quais são os substantivos encontrados no texto? Quais são os diferentes tipos de
substantivos? Quais os adjetivos encontrados? Exponha em poucas linhas o que
entendeu sobre este texto?
5 se encontra no livro As coisas. Ilustrado por sua filha Rosa, então com 3 anos. Adotado pelo
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), Ministério da Educação (MEC), Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FAE) e Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em 1996. Prêmio Jabuti de Poesia, em 1993.
Atividade 5 – Poemas concretos
Duração 2 aulas de 50 minutos
Fonte: Multimeios
Para saber mais: poemas concretos tipo de poesia iniciada no período do movimento concretista, com uso de recursos expressivos, de acordo com Ferreira “há exatos 50 anos, era lançada no Brasil a poesia concreta,(...) poesia, exposta em cartazes e chamando atenção pelo aspecto visual como as palavras eram organizadas no espaço branco. Os poetas concretos propunham a superação do verso e o uso de novos recursos expressivos conectados com o mundo contemporâneo”. Disponível em 50 anos de poesia concreta, de Camila Diniz Ferreira, http://www.sitedaescola.com/aulas_inovadoras/ju/poesia%20concreta.pdf . E o vídeo Cinco poemas concretos http://www.youtube.com/watch?v=LIhwPPYoMHI. E a arte de entoar
versos. < http://www.youtube.com/watch?v=kU43SH7frhI
O professor pode começar a aula mostrando o vídeo de Harold de Campos
no programa Roda Viva, onde o poeta expõe o que é a poesia concretista.
<http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=0oKlfa0bVWs>. Na sequência o
pode-se discutir sobre o tema abordado pelo vídeo, comentar mais alguns detalhes,
mostrar diversos poemas concretos para os alunos, utilizando a Tv multimídia, e no
decorrer realizar a atividade abaixo, que deve ter sido entregue ao aluno uma cópia,
pedindo para que o aluno observe o poema.
Na sequência fazer o questionamento.
O que consegue visualizar a partir da imagem apresentada, o que este
poema nos revela?
Após solicitar que alguns alunos se prontifiquem a ler sua resposta e
promover a discussão sobre o tipo de gênero apresentado, bem como, a significação
dos poemas concretos.
Na sequência pede-se que os alunos em dupla realizem um poema
concreto, que será colocado no mural da escola.
Fonte: multimeios
Leia mais sobre: Tipos de poemas e de preferência apresentá-los antes das discussões. Poesia e Poemas, atividades disponíveis: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/poesias/index.htm; <http:// www.lusofoniapoetica.com>; <http://www.jornaldepoesia.jor.br>; <http://www.aindamelhor.com/poesia/index.php>; <http://linguagememacao2009.blogspot.com.br/p/listadesitesinteressantessobre.html>.
QUESTÕES AVALIATIVAS
Questões avaliativas tem o predomínio de uma só voz já que é conferida a
ela a interação somente entre o aluno e o enunciado em questão, acatando
passivamente o que está ali imposto pelo enunciado, não promovendo a
possibilidade do aluno interagir, questionar, ou até mesmo perguntar a respeito do
texto lido, suas considerações, suas dúvidas.
Professor a partir deste enunciado da prova Brasil 2011, com o texto As
Amazônias, pretende-se instigar o aluno, a observar que esse é um texto descritivo
abordando o descritor 14, oportunizando que o aluno seja capaz de identificar
referências ou fatos dentro do contexto. De acordo com o SAEB (2008) “Há, neste
item, a intenção de que o aluno identifique uma opinião sobre um fato apresentado.
É importante que ele tenha uma visão global do texto e do que está sendo solicitado
no enunciado do item”. (BRASIL, 2008, p.65)
Atividade 6 – Questões de múltipla escolha
Duração 2 aulas de 50 minutos
As Amazônias
Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a
Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja pela região
não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era
assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas,
cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no
Amazonas.
É água que não acaba mais.
SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.
Fonte: Questões do simulado Prova Brasil 2011
1)No texto, o uso da expressão “água que não acaba mais” (ℓ. 11) revela:
(A) admiração pelo tamanho do rio.
(B) ambição pela riqueza da região.
(C) medo da violência das águas.
(D) surpresa pela localização do rio.
2)O texto trata
(A) da importância econômica do rio Amazonas.
(B) das características da região Amazônica.
(C) de um roteiro turístico da região do Amazonas.
(D) do levantamento da vegetação amazônica.
3)A frase que contém uma opinião é
(A) “cobre mais da metade do território brasileiro”. (ℓ. 3)
(B) “não cansa de admirar as belezas da maior floresta”. (ℓ. 4-5)
(C) “...maior floresta tropical do mundo”. (ℓ. 5-6)
(D) “é Mata contínua [...] cortada pelo Amazonas”. (ℓ. 7-8)
4) a) Explique o motivo de ter escolhido cada uma das alternativas nas 3
questões.
Atividade 7 Questões múltipla escolha
Duração de 1 aula de 50 minutos.
Na sequência vamos trabalhar uma atividade onde o nosso aluno poderá
discutir, analisar, questionar em grupos ou com a mediação do professor, como
chegaria à resposta. O texto apresentado é “Jornal do Rio está fazendo 50 anos”
retirado do simulado Prova Brasil 2009.
Jornal do Rio está fazendo 50 anos
Ousado e investigativo o “Correio do Povo” sempre mostrou numa
linguagem muito clara, tanto com os assuntos da cidade, do país e do mundo, como
também dos municípios do bairro de cada cidadão e leitor.
Fonte: Revista Veja 2001.Prova Brasil 2011, cadernos de atividades Língua Portuguesa
No trecho “Ousado e investigativo o Correio do Povo sempre mostrou numa
linguagem muito clara...” as palavras destacadas qualificam:
a) cidade do Rio de Janeiro.
b) O leitor.
c) O jornal.
d) Os jornalistas.
Esta atividade será realizada em grupo, será entregue a cada aluno uma
cópia do texto.
Na sequência será solicitado que os alunos façam a leitura silenciosa,
respondam a questão em seu caderno, (dez minutos para a feitura da atividade).
Após será solicitado que façam grupos de três alunos, e respondam as
questões propostas:
Questão 1. Quem é o sujeito do texto?
Os integrantes do grupo devem responder e deverá começar a discussão
no grupo, do por que da resposta, se são iguais ou não, o interessante é que um
deles seja o relator e anote as observações realizadas, quando deixamos os alunos
sem um propósito, foge-se do assunto.
Questão 2. Qual é o tema do texto? (realizar o mesmo procedimento sempre
com anotações), se houver necessidade o professor deverá interferir para chegar a
um consenso.
Na sequência os alunos deverão dialogar para verificar se as resposta
coincidem.
O objetivo dessa atividade é verificar até que ponto as respostas são
parecidas dos três integrantes, qual o motivo das respostas serem diferentes,
verificarmos se cada um teve a mesma ideia sobre o mesmo texto. Após as
discussões, o professor pode colocar no quadro ou falar a resposta correta, assim
com as anotações realizadas pede-se que os grupos leiam o que foi discutido sobre
o texto.
Atividade 8 Trabalhando os descritores Prova Brasil
Duração 3 aulas de 50 minutos
A proposta para atividade 8 é levar os alunos ao laboratório de informática e
submetê-los ao simulado do Prova Brasil 2011, que está disponível no sítio6 da
página do MEC.
No laboratório de informática o professor colocará os alunos em contato com
o simulado SAEB/Prova Brasil 2011. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=16640&Itemid=1109>
conduzindo as seguintes atividades:
1) Acesse o ambiente e localize as questões de língua portuguesa 9º ano.
2) Faça a leitura dos textos observando a forma como foram escritos. Essa
linguagem dificulta ou facilita a compreensão dos mesmos?
3) Realize o simulado a partir da leitura e anote na folha entregue
anteriormente pelo professor os resultados obtidos a partir da leitura.
4) Dos textos lidos, escolha um, salve-o em sua pasta e em seguida sublinhe
as expressões que não conhece.
5) Após a leitura e a feitura de cada questão o professor questionará a
respeito das questões avaliativas realizadas:
Qual foi o tema do exercício 1 proposto no simulado, quais foram às
respostas obtidas.
A segunda aula, agora que já levamos nosso aluno para a realização do
simulado Prova Brasil 2011, iremos abordar outra estratégia de ação, entregaremos
uma cópia de alguns textos (Anexo 3) com as questões avaliativas retiradas do
mesmo sítio do simulado, organizaremos grupos de 3 integrantes, os quais poderão
realizar a leitura silenciosa do primeiro texto, cada um escreverá sua opinião com
relação à alternativa que encontrou anotada em uma folha também fornecida pelo
professor, após a folha será entregue ao professor que entregará uma nova folha
para o grupo, o qual deverá indicar um redator que anotará as discussões
realizadas, constando a resposta e as discussões realizadas, todos devem interagir
uns com os outros, expressar sua opinião, o motivo que levou a escolha dessa ou
daquela alternativa.
A atividade poderá ser realizada com diversos textos conforme o (anexo 2).
Na sequência o professor finaliza as discussões, lê o texto em voz alta, e
pergunta à turma qual foi à alternativa escolhida, de preferência por grupos,
6 <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=16640&Itemid=1109>
conforme anotado na folha entregue, após o professor revela a alternativa correta e
instiga os alunos à discussão, e ao relato de cada grupo.
O objetivo da atividade é proporcionar a interação e o diálogo com uma
responsividade ativa, porque todos irão participar.
Está atividade será realizada nas duas aulas restantes, pode ser realizada a
feitura da atividade com os demais textos, o ideal é que os todos os textos sejam
lidos e dados a resposta aos alunos para que eles possam verificar as suas
respostas.
A LEITURA DAS IMAGENS
Atividade 9 – Imagens
Duração de 2 aulas de 50 minutos
A partir da imagem abaixo, vamos solicitar ao nosso aluno que reflita e
elabore situações já vivenciadas em seu cotidiano, após fará um texto, relatando o
sentimento que essa imagem lhe proporcione. O professor deverá fazer debate na
sala com questões provocativas com relação às imagens apresentadas, devem ser
observadas as reações que os alunos esboçam, bem como sua produção escrita.
Fonte: Perfil multimeios SEED. https://plus.google.com/photos/107770552892988893756/albums/5502396184677363313?banner=pwa
Imagem de poluição
Fonte: portal dia-a-dia educação https://plus.google.com/photos/107770552892988893756/albums/5706445405669433713?banner=pwa
Imagem de Pichação
Fonte: Multimeios SEED - 2013 https://plus.google.com/photos/107770552892988893756/albums/5706445405669433713?banner=pwa
Agora, você é o narrador e personagem do texto! Crie um diálogo, em que
você conta um fato que presenciou ou vivenciou. Não esqueça que o diálogo pode
ser com uma pessoa real com nomes fictícios ou pode se inspirar em pessoas reais
que convivem com você. Antes de começar seu poema, realize o planejamento aqui
do que você vai escrever.
Personagem Tempo em que ocorre a narrativa
Espaço onde ocorre à narrativa
Os fatos narrados
Narrador
Situação inicial
Conflito Climax do conflito
Desfecho
Distribua uma cópia para que os alunos possam realizar a narrativa
___________________________ ____________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Atividade 10 Paráfrase
Duração de 1 aula de 50 minutos
Primeiramente passar o conceito do que é parafrasear um texto.
Fonte: multimeios-SEED PR
Na Paráfrase as palavras são mudadas, mas, no entanto a ideia que ele transmite deve ter o mesmo sentido do original. O mesmo pode ocorrer com imagens, fazendo uma intertextualidade. Paródia forma de contrariar ou ridicularizar outros textos. Para saber mais: Pode passar o vídeo aos alunos, disponível no youtube: <http://www.youtube.com/watch?v=TsVllN6x1Rc> e
<http://www.infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase-e-parodia/>
Crie uma paráfrase para cada um dos enunciados abaixo aproveitando para
usar os conectivos.
1. Desculpe o auê, eu não queria magoar você (fragmento Rita Lee)
2. Você não está entendendo quase nada do que eu digo (fragmento
Caetano Veloso)
3. Declaro abertos os trabalhos do X SBEM de Matemática.
4. Direitos humanos para humanos direitos
5. E se a gente fosse dar uma volta?
6. Eu te amo.
7. Vamos tomar um café?
8. Nunca antes na história deste país (Lula)
9. Minha terra tem palmeira,
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias “Canção do Exílio”)
Atividade 11 – Propaganda
Duração de 1 aula de 50 minutos
O objetivo desta atividade e trazer a reflexão dos alunos, a partir de uma
propaganda antiga dos anos 30, bem como, proporcionar que visualizem quais as
diferenças para as propagandas de hoje, pode-se trabalhar com as especificidades
do gênero publicitário e também as mudanças ocorridas na língua portuguesa.
E desenvolver a capacidade de linguagem
No sítio, pode-se fazer download de várias imagens publicitárias e passar
para os alunos na TV multimídia,
Nesta atividade, aproveitaremos para trabalhar os verbos, visto que, no
gênero publicitário os verbos ou ações indicam uma ordem ou comando. Com base
nesta afirmação, análise a propaganda abaixo:
Fonte: multimeios portal dia-a-dia educação http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/1/6carro.jpg
a) Qual a relação entre a imagem e a mensagem que a propaganda
transmite?
b) De forma crítica faça uma análise da propaganda exposta acima.
c) Em grupos de 5 alunos realize uma campanha publicitária, sobre um
produto que deseja vender, lembre-se de utilizar os verbos na forma imperativa,
bem como, elaborar o cartaz com imagens, que subsidiam seu leitor para a
campanha que pretende fazer, pode ser realizado no laboratório de informática,
onde os alunos, além de elaborar a propaganda também podem realizar o slide para
apresentação para os demais alunos da sala, através da Tv multimídia.
Atividade 12 – Gênero Placas
Duração 1 aula de 50 minutos
Imagem de uma placa que contém problemas na escrita, não se enquadrando
na norma padrão da língua portuguesa. As imagens podem ser utilizadas para se
exemplificar o gênero placa bem como, para se fazer uma análise de como o
discurso se estabelece e/ou foi construído. Pode-se ainda discutir o letramento e a
precariedade no uso da norma padrão da língua portuguesa.
Para a realização da atividade o professor pode fazer o download no portal
dia a dia de diversas placas, passar na Tv multimídia, e ir fazendo observações com
os alunos, a partir de erros de grafia, concordância e pontuação.
Abaixo duas imagens para realizar a questão avaliativa.
Na sequência o professor solicita que os alunos refaçam as placas, propiciar
alguns minutos para a reflexão e escrita.
A atividade deve ser elaborada em uma folha de papel sulfite, para que na
sequência apresentem para os demais colegas, se caso, houver erros o professor
pode fazer o seguinte questionamento para a turma, todos concordam com as
alterações realizadas pelo colega? Alguém fez alguma alteração diferente?
Se não houver questões, o professor poderá mostrar formas diferentes de
escrever a mesma placa, sem os erros e com as pontuações devidas, lembrando
que o ideal é fazer a frase no quadro de giz, mostrando os detalhes aos alunos.
Na sequência em uma caixa, coloque inúmeras imagens de diversas placas,
os alunos em dupla, deverão pegar uma imagem e fazer a placa e expor ao grande
grupo.
Outra situação de atividade pode-se pedir que os alunos façam uma placa de
vende-se de algum objeto (casa, terreno, entre outros...), esta atividade privilegia os
conteúdos de concordância, visto que para fazer uma placa de vende-se precisa
seguir algumas regras normativas.
Fonte: Multimeios
Todas as atividades tem por objetivo a reescrita e a interação dos alunos no decorrer das aulas. Reescrita Pode ser Individual ou coletiva. A reescrita só tem significado se os alunos compreendem o seu objetivo, participam ativamente da sua elaboração e percebem a evolução do que escreveram. A atividade de comparação de um rascunho com a sua versão definitiva leva os alunos a perceberem que a refacção é uma necessidade
intrínseca à escrita.
Referências
AIRES, M.C.B. Avaliação do Processo de Ensino-Aprendizagem. Reelaborado Chaves M. E. Curitiba, 2010. BAKHTIN, M; Estética da criação verbal: introdução e tradução do russo Paulo Bezerra; prefácio à edição francesa Tzvetan Todorov. – 4ª Ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2003 BARROS, D.L.P. de, Dialogismo, Polifonia e enunciação, (p.1-10) In Barros D.L. P. de e Fiorin, J. L. (orgs) Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade, São Paulo, EDUSP, 2 ed. 2011
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa: terceiro e quarto
ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Simulado prova Brasil 2011, Língua Portuguesa 8ª série / 9º ano EF – bloco 3, disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16640&Itemid=1109>, acesso em abril de 2013 BRASIL. Portaria n. 931, de 21 de março de 2005. Portaria ministerial que institui o Sistema de Avaliação da Educação Básica, composto pela Prova Brasil (Anresc) e pelo Saeb (Aneb). Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF,
21 mar. 2005. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/prova_brasil_saeb/legislacao/Portaria931_NovoSaeb.pdf. Acesso em 20 out 2013. CALDEIRA, A. M. S. Avaliação e processo de ensino-aprendizagem. Presença Pedagógica , Belo Horizonte, v. 3, p. 53-61, set./out. 1997. Disponível em: <http://www.fecra.edu.br/admin/arquivos/_AVALIACAO.pdf>. Acesso em 06 dez 2013.
KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática
da pesquisa, ed 18º Petrópolis 2000 Vozes LIGESKI, A.I.S. & GUÉRIOS, E. Estudos Sobre Compreensão Textual de Enunciados de Problemas Matemáticos de Alunos do Ensino Fundamental, In:
XI Congresso Nacional de Educação EDUCERE, II Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação – SIRSSE e IV Seminário Internacional sobre Profissionalização Docente – SIPD/Cátedra UNESCO 18., 2013 Curitiba.
MARCUSCHI, L. A. Produção Textual, análise de gêneros e compreensão, São
Paulo: Parábola Editorial, 2008 296p
MENEGASSI, R. J. Compreensão e interpretação, processo de leitura, noções básicas do professor. Maringá: Revista UNIMAR, 1995. p. 85-94
PARANÁ. Caderno de Atividades LÍNGUA PORTUGUESA. Disponível em http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_pedagogicos/ativ_port2.pdf, acesso em 07 nov 2013
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED; 2008.
SOARES, M.B. As condições sociais da leitura: uma reflexão em contraponto,
(18-29), in Zilberman. R & Silva E. T. da.(ORG) LEITURA Perspectivas Interdisciplinares, São Paulo: Ática, 2005.
ANEXOS ANEXO 1 Resposta atividade 1, texto na íntegra:
A Carteira
Mas daí a pouco tirou a outra vez, e abriu a, com vontade de contar o
dinheiro. Contar para quê? Era dele? Afinal vence-se e contou: eram setecentos e
trinta mil réis. Honório teve um calafrio. Ninguém viu, ninguém soube; podia ser um
lance da fortuna, a sua boa sorte, um anjo... Honório teve pena de não crer nos
anjo... Mas porque não havia de crer neles? E voltava ao dinheiro, olhava, passava-
o pelas mãos; depois, resolvia o contrário, não usar do achado, restituí-lo. Restituí-
lo a quem? Tratou de ver se havia na carteira algum sinal.
" Se houver um nome, uma indicação qualquer, não posso utilizar-me do
dinheiro," pensou ele.
Esquadrinhou os bolsos da carteira. Achou cartas, que não abriu,
bilhetinhos dobrados, que não leu, e por fim um cartão de vista; leu o nome; era do
Gustavo. Mas então, a carteira?... Examinou-a por fora, e pareceu-lhe efetivamente
do amigo. Voltou ao interior; achou mais dous cartões, mais três, mais cinco. Não
havia duvidas; era dele.
ANEXO 2 Perfil de compreensão e interpretação de texto do aluno
Seja Criativo: fuja das desculpas manjadas
Entrevista com teens, pais e psicólogos mostram que os adolescentes dizem
sempre a mesma coisa quando voltam tarde de uma festa.
Conheça seis desculpas entre as mais usadas.
Uma sugestão: evite-as.
- Nós tivemos que ajudar uma senhora que estava passando muito mal. Até
o socorro chegar... A gente não podia deixar a pobre velhinha sozinha, não é?
- O pai do amigo que ia me trazer bateu o carro.
Mas não se preocupem, ninguém se machucou!
- Cheguei um minuto depois do ônibus ter partido.
Aí tive de ficar horas esperando uma carona...
- Você acredita que o meu relógio parou e eu nem percebi?
- Mas vocês disseram que hoje eu podia chegar tarde, não se lembram?
- Eu tentei avisar que ia me atrasar, mas o telefone daqui só dava ocupado!
1. De acordo com o texto, os pais não acreditam em:
(A) adolescentes
(B) psicólogos
(C ) pesquisas
(D) desculpas
Prezado Senhor,
. Somos alunos do Colégio Tomé de Souza e temos interesse em assuntos
relacionados a aspectos históricos de nosso país, principalmente os relacionados ao
cotidiano de nossa História, como era o dia a dia das pessoas, como eram as
escolas, a relação entre pais e filhos etc. Vínhamos acompanhando regularmente os
suplementos publicados por esse importante jornal. Mas agora não encontramos
mais os artigos tão interessantes.
Por isso, resolvemos escrever-lhe e solicitar mais matérias a respeito.
3.Tema de interesse dos alunos
(A) cotidiano
(B) escola
(C) História do Brasil
(D) relação entre pais e filhos
O Sapo
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam.
Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda, que o pediu em casamento. O
príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. "Se não vai casar comigo não vai se
casar com ninguém mais!" Olhou fundo nos olhos dele e disse: "Você vai virar um
sapo!" Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo.
Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra, feitiço tinha dito. Sapo. Virou um
sapo.
ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994
4. No trecho "O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava", a
expressão destacada significa que:
A) não deu atenção ao pedido de casamento.
(B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa.
(D) não acreditou na bruxa.
O drama das paixões platônicas na adolescência
Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição.
Por isso, ela precisa conquistá-lo de qualquer maneira.
Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a ganhar o gato do 3º
ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista
na arte da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia –
justo a maior "crânio" da escola.
E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis da
conquista elaboradas pela amiga.
Revista Escola, março 2004, p. 63.
5. Pode-se deduzir do texto que Bruno
(A) chama a atenção das meninas.
(B) é mestre na arte de conquistar.
(C) pode ser conquistado facilmente
(D) tem muitos dotes intelectuais.
Vínculos, as equações da Matemática da vida
Quando você forma um vínculo com alguém, forma uma aliança. Não é à toa
que o uso de alianças é um dos símbolos mais antigos e universais do casamento.
O círculo dá a noção de ligação, de fluxo, de continuidade. Quando se forma
um vínculo, a energia flui. E o vínculo só se mantém vivo se essa energia continuar
fluindo. Essa é a ideia de mutualidade, de troca. Nessa caminhada da vida, ora
andamos de mãos dadas, em sintonia, deixando a energia fluir, ora nos
distanciamos.
Desvios sempre existem. Podemos nos perder em um deles e nos
reencontrar logo adiante. A busca é permanente.
O que não se pode é ficar constantemente fora de sintonia.
Antigamente, dizia-se que as pessoas procuravam se completar através do
outro, buscando sua metade no mundo. A equação era: 1/2 + 1/2 = 1.
"Para eu ser feliz para sempre na vida, tenho que ser a metade do outro".
Naquela loteria do casamento, tirar a sorte grande era achar a sua cara-metade.
Com o passar do tempo, as pessoas foram desenvolvendo um sentido de
individualização maior e a equação mudou. Ficou: 1 + 1 = 1.
"Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira, com todas as minhas qualidades,
meus defeitos, minhas limitações. Vou formar uma unidade com meu companheiro,
que também é um ser inteiro". Mas depois que esses dois seres inteiros se
encontravam, era comum fundirem-se, ficarem grudados num casamento fechado,
tradicional. Anulavam-se mutuamente.
Com a revolução sexual e os movimentos de libertação feminina, o processo
de individuação que vinha acontecendo se radicalizou. E a equação mudou de novo:
1 + 1 = 1 + 1.
Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver os meus problemas, cuidar
da minha própria vida. Você deve fazer o mesmo. Na minha independência total e
autossuficiência absoluta, caso com você, que também é assim". Em nome dessa
independência, no entanto, faltou sintonia, cumplicidade e compromisso afetivo. É a
segunda crise do casamento que acompanhamos nas décadas de 70 e 80.
Atualmente, após todas essas experiências, eu sinto as pessoas procurando
outro tipo de equação: 1 + 1 = 3.
Para a aritmética ela pode não ter lógica, mas faz sentido do ponto de vista
emocional e existencial. Existe você, eu e a nossa relação. O vínculo entre nós é
algo diferente de uma simples somatória de nós dois. Nessa proposta de
casamento, o que é meu, é meu, o que é seu companheiro de uma verdadeira
intimidade. Ser íntimo é ser próximo, é estar estreitamente ligado por laços de
afeição e confiança.
MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. 22. ed. São Paulo: Editora
Gente, 1992, p. 19-21
6. O texto trata PRINCIPALMENTE
(A) da exatidão da matemática da vida.
(B) dos movimentos de libertação feminina.
(C) da loteria do sucesso no casamento.
(D) do casamento no passado e no presente
As Amazônias
Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a
Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja pela região
não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era
assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas,
cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no
Amazonas.
É água que não acaba mais.
SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995
7. O texto trata
(A) da importância econômica do rio Amazonas.
(B) das características da região Amazônica.
(C) de um roteiro turístico da região do Amazonas.
(D) do levantamento da vegetação amazônica.
8.A frase que contém uma opinião é
(A) "cobre mais da metade do território brasileiro"
(B) "não cansa de admirar as belezas da maior floresta"
(C) "...maior floresta tropical do mundo"
TEXTO I
Cinquenta camundongos, alguns dos quais clones de clones, derrubaram os
obstáculos técnicos à clonagem.
Eles foram produzidos por dois cientistas da Universidade do Havaí, num
estudo considerado revolucionário pela revista britânica "Nature", uma das mais
importantes do mundo. (...)
A notícia de que cientistas da Universidade do Havaí desenvolveram uma
técnica eficiente de clonagem fez muitos pesquisadores temerem o uso do método
para clonar seres humanos.
O Globo. Caderno Ciências e Vida. 23 jul. 1998, p. 36.
TEXTO II
Cientistas dos EUA anunciaram a clonagem de 50 ratos a partir de células
de animais adultos, inclusive de alguns já clonados. Seriam os primeiros clones de
clones, segundo estudos publicados na edição de hoje da revista "Nature".
A técnica empregada na pesquisa teria um aproveitamento de embriões – da
fertilização ao nascimento – três vezes maior que a técnica utilizada por
pesquisadores britânicos para gerar a ovelha Dolly.
Folha de S. Paulo. 1º caderno - Mundo. 03 jul. 1998, p. 16.
9. Os dois textos tratam de clonagem. Qual aspecto dessa questão é
tratado apenas no texto I?
(A )A divulgação da clonagem de 50 ratos.
(B )A referência à eficácia da nova técnica de clonagem.
(C )O temor de que seres humanos sejam clonados.
(D) A informação acerca dos pesquisadores envolvidos no projeto
Texto I
A criação segundo os índios Macuxis
No início era assim: água e céu.
Um dia, um Menino caiu na água. O sol quente soltou a pele do Menino. A
pele escorregou e formou a terra. Então, a água dividiu o lugar com a terra.
E o Menino recebeu uma nova pele cor de fogo.
No dia seguinte, o Menino subiu numa árvore.
Provou de todos os frutos. E jogou todas as sementes ao vento. Muitas
sementes caíram no chão. E viraram bichos.
Muitas sementes caíram na água. E viraram peixes. Muitas sementes
continuaram boiando no vento. E viraram pássaros.
No outro dia, o Menino foi nadar. Mergulhou fundo.
E encontrou um peixe ferido. O peixe explodiu. E da explosão surgiu uma
Menina.
O Menino deu a mão para a Menina. E foram andando. E o Menino e a
Menina foram conhecer os quatro cantos da Terra.
Texto II
A criação segundo os negros Nagôs
Olorum. Só existia Olorum. No início, só existia Olorum.
Tudo o mais surgiu depois.
Olorum é o Senhor de todos os seres.
Certa vez, conversando com Oxalá, Olorum pediu:
– Vá preparar o mundo!
E ele foi. Mas Oxalá vivia sozinho e resolveu casar com Odudua. Deste
casamento, nasceram Ganju, a Terra Firme, e Iemanjá, Dona das Águas. De
Iemanjá, muito tempo depois, nasceram os Orixás.
Os Orixás são os protetores do mundo.
BORGES, G. et al. Criação. Belo Horizonte: Terra, 1999.
10.Comparando-se essas duas versões da criação do mundo, constata-se
que
A) a diferença entre elas consiste na relação entre o criador e a criação.
(B) a origem do princípio religioso da criação do mundo é a mesma nas duas
versões
C) as divindades, em cada uma delas, têm diferentes graus de importância.
D) as diferenças são apenas de nomes, em decorrência da diversidade das línguas
originárias.
Simulado Prova Brasil
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=16640&Itemid=1109 >acesso
em 23 maio 2013