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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE
I
MOTIVAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO
Edna Rompava Sloboda1
Gislaine Marinelli Baniski2
Resumo: O presente artigo é resultado do projeto de intervenção PDE 2014, Motivação para oEmpreendedorismo, tendo como objetivo estimular a visão empreendedora em jovens do 4º ano docurso Técnico em Administração Integrado, do Colégio Estadual Dom Alberto Gonçalves, Palmeira -PR. Trata-se de uma pesquisa-ação, pautando-se na pesquisa qualitativa, tendo também comoprocedimento investigativo o estudo de campo, além de revisão bibiográfica constante. Nos dias dehoje, a sociedade necessita de pessoas que promovam transformações e, isso depende do grau decriatividade e inovação, que são algumas características do empreendedor. O empreendedorismo éum tema que possibilita o desenvolvimento do ser humano, bem como o desenvolvimento econômicoe social. A pesquisa procurou analisar se é possível desenvolver um comportamento empreendedor,mediante estímulos do educador perante seus alunos e se é possível ensinar alguém a serempreendedor. Foi proposto uma metodologia voltada para oportunizar o desenvolvimento dehabilidades e atitudes empreendedoras. Pretendeu-se verificar a metodologia ideal para despertar oempreendedorismo. Através do material didático elaborado estrategicamente e a inserção dedeterminadas ações, integrou-se o objetivo de ampliar a visão empreendedora nos alunos, ficandoevidente que o espiríto empreendedor pode ser estimulado através de uma metologia apropriada.
Palavras-chave: Empreendedorismo. Visão Empreendedora. Metodologia Empreendedora.
Abstract: This article is the result of the intervention project PDE 2014 Motivation forEntrepreneurship, aiming to stimulate entrepreneurial vision in young people of the 4th year Technicalongoing Integrated Administration, State College Dom Alberto Gonçalves, Palm - PR. This is an actionresearch, basing on the qualitative research, and also as an investigative procedure the field of study,as well as constant bibiográfica review. Today, society needs people to promote change and itdepends on the degree of creativity and innovation, which are some characteristics of theentrepreneur. Entrepreneurship is a subject that enables the development of human as well aseconomic and social development. The research sought to examine whether it is possible to developentrepreneurial behavior by the educator stimuli before his students and that you can teach someoneto be an entrepreneur. A methodology to create opportunities to develop skills and entrepreneurialattitudes has been proposed. It was intended to verify the ideal methodology to sparkentrepreneurship. Through the teaching material prepared strategically and the inclusion of certainactions, integrated itself the objective of increasing the entrepreneurial vision in students becomingclear that entrepreneurship can be encouraged through an appropriate Methodology.
Keywords: Entrepreneurship. Entrepreneurial vision. Entrepreneurial methodology.
1 Professora disciplinas técnicas – administração, SEED/PR. E-mail: [email protected] Professora Mestre, orientadora do Departamento de Administração da UEPG. E-mail:
1 INTRODUÇÃO
Atualmente a sociedade carece de profissionais capazes de transformar seus
conhecimentos em prestação de serviços eficientes. Nos últimos tempos, devido à
evolução da tecnologia da informação, as mudanças rápidas estão ocorrendo de
forma que exigem conhecimento da informação e, portanto, a qualidade dessas
transformações depende do grau de criatividade e inovação, que são algumas das
características do empreendedor.
O empreendedorismo é uma ferramenta que possibilita despertar e dar vida a
ideias e sonhos, possibilitando o desenvolvimento do ser humano, bem como o
desenvolvimento social e econômico. Mesmo no curso técnico em administração, há
necessidade de desenvolver e trabalhar mais o tema, juntamente com todas as
disciplinas do curso, visando desenvolver nos alunos qualidades de bom
profissional. Acredita-se que é um momento oportuno para os adolescentes que
estão no curso Técnico em Administração, desenvolverem habilidades
empreendedoras.
Através do uso de metodologias apropriadas, o ensino do empreendedorismo
pode despertar a postura de empreendedor. O empreendedorismo chama a atenção
do jovem para o seu sonho e o que ele precisa fazer para transformá-lo em
realidade. Pesquisar e estudar o empreendedorismo no âmbito das metodologias a
serem utilizadas em sala é fundamental para a compreensão da relação existente
entre ambos. Através de uma postura empreendedora, é possível ser protagonista
de sua própria vida, com autonomia, auto-estima, iniciativa, persistência, força e
capacidade para transformar o sonho em realidade.
Uma postura empreendedora proporciona uma visão em todas as dimensões
e não somente para o mercado de trabalho. Inclusive, auxilia na formação de
lideranças, as quais serão agentes de mudanças e de transformação em suas
comunidades.
O empreendedorismo é importante tanto para a vida pessoal, como para a
vida profissional. No entanto, observa-se que o empenho para despertar habilidades
empreendedoras é muito pequeno, frente à importância do assunto. É possível
desenvolver um comportamento empreendedor, mediante estímulos do educador
perante seus alunos? É possível ensinar alguém a ser empreendedor?
O questionamento é com relação à possibilidade de ensinar alguém a ser
empreendedor. Ensinar no sentido de provocar, estimular o desenvolvimento de
características empreendedoras, através de novas formas de trabalhar os
conteúdos, oportunizando um momento e ambiente favorável para pensar sobre o
futuro, ao mesmo tempo, envolvendo-se com soluções de problemas presentes.
O objetivo maior foi o de estimular a visão empreendedora em jovens do
curso Técnico em Administração Integrado, analisando se as disciplinas que
compõem o curso atualmente despertam os alunos para o empreendedorismo,
oportunizando o desenvolvimento de habilidades e atitudes empreendedoras,
apresentando uma proposta de trabalho que potencialize o desenvolvimento de
habilidades empreendedoras, capacitando o jovem para propor e administrar
negócios sustentáveis e preparando profissionais para o mundo do trabalho.
2 EMPREENDEDORISMO
De acordo com Chiavenato (2007), “O termo empreendedor – do francês
entrepeneur – significa aquele que assume riscos e começa algo novo”. É aquela
pessoa que percebe novas oportunidades e atua com agilidade para coloca-las em
prática antes que outros a coloquem.
A palavra entrepeneur, ou empreendedor, surgiu na França entre os séculos
XVII e XVIII. Era utilizada para denominar pessoas ousadas, que estimulavam o
progresso econômico mediante formas inovadoras de pensar e, principalmente, de
realizar seus intentos.
Tsufa (2009) chama atenção para não confundir empreendedorismo com a
definição de empreendedor pelo fato de ambos estarem intimamente interligados.
“Empreendedorismo é a ação, e empreendedor é o agente que pratica a ação.” E
ainda o autor esclarece que um depende do outro, ou seja, “não há empreendedor
sem realização empreendedora, e não há ação empreendedora sem agente
empreendedor.”
O empreendedor visa realizar uma ideia ou projeto pessoal, assumindo riscos,
responsabilidades e sempre procurando inovar. Portanto, pessoas que mesmo sem
fundarem negócios próprios, mas que assumem riscos e são inovadoras, são
pessoas que possuem espírito empreendedor.
Para Dolabela (2011), o empreendedorismo “é um termo que implica uma
forma de ser, uma concepção de mundo, uma forma de se relacionar.” O autor diz
que o empreendedor é um ser insatisfeito, inconformado e, por isso, está sempre em
busca por transformações para ele e para os outros. Ele diz que o empreendedor faz
o seu caminho, não fica esperando que alguém trace o caminho. No empreendedor,
há a crença de que é possível provocar mudanças, transformações. O autor afirma
ainda, que o empreendedor “É protagonista e autor de si mesmo e, principalmente,
da comunidade em que vive.” Portanto, não é só empreendedor quem funda uma
empresa. Qualquer pessoa, em qualquer atividade profissional, é interessante ser
empreendedor. Para Filion (1991) apud Dolabela (2011), “Um empreendedor é uma
pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões.” O empreendedor acaba sendo
interessante tanto do ponto de vista econômico, quanto social, pois tem como
consequência o desenvolvimento de indivíduos, de uma comunidade, de uma
cidade, de uma região, de um país. O empreendedor é o ser que, devido as suas
características, produz o desenvolvimento econômico, e, consequentemente, a
geração de emprego, renda, passando a ideia de sustentabilidade. O
desenvolvimento social acaba sendo uma consequência, resultado de ações
empreendedoras.
Nas definições de empreendedorismo alguns aspectos sempre são citados,
como por exemplo, iniciativa, criatividade, inovação, visão, conhecimento,
autonomia, paixão pelo que faz, utilização de recursos disponíveis de forma criativa,
assume riscos, transforma o ambiente em que vive, socialmente e economicamente.
2.1 Importância do empreendedorismo
Chiavenato (2007), afirma que os empreendedores são figuras
importantíssimas para o desenvolvimento econômico. Através de seu dinamismo,
introduzem transformações em uma economia que muda continuamente,
promovendo o desenvolvimento econômico.
O desenvolvimento econômico depende diretamente de uma educação que
forme a pessoa em sua totalidade. Um depende do outro. O desenvolvimento de
uma localidade necessita do empreendedorismo, pois, depende das pessoas para
transformar, provocar mudanças através de maneiras diferentes de pensar e agir. O
empreendedorismo é muito importante para o desenvolvimento da economia e,
consequentemente, para a criação de novos empregos. O empreendedor é uma
pessoa de visão, que tem ideias próprias e livres, fato que contribui muito para o seu
desenvolvimento e realização pessoal e profissional, contribuindo
consequentemente para com o desenvolvimento econômico e social.
O crescimento econômico sustentável é consequência do grau deempreendedorismo de uma comunidade. As condições ambientaisfavoráveis ao desenvolvimento precisam de empreendedores que asaproveitem e que, através de sua liderança, capacidade e de seu perfil,disparem e coordenem o processo de desenvolvimento, cujas raízes estãosobretudo, em valores culturais, na forma de ver o mundo. O empreendedorcria e aloca valores para indivíduos e para a sociedade, ou seja, éresponsável pela inovação tecnológica e crescimento econômico.(DOLABELA, 2008).
O empreendedorismo é de vital importância para o desenvolvimento e
sucesso de qualquer área a ser explorada e, com o avanço tecnológico, o
empreendedor é uma peça fundamental. O desenvolvimento tecnológico exige
pessoas capazes de fazer a diferença, de provocar mudanças, pessoas que sejam
inovadoras, empreendedoras.
Pesquisas indicam que o empreendedorismo oferece graus elevados derealização pessoal. Por ser a exteriorização do que se passa no âmago deuma pessoa, e por receber o empreendedor com todas as suascaracterísticas pessoais, a atividade empreendedora faz com que trabalho eprazer andem juntos. Talvez seja muito difícil encontrar um empreendedorque queira se aposentar ou que espere ansiosamente pelo fim de semanapara se desvencilhar do trabalho. Não é raro encontrar empreendedoresque tiram poucas férias. (DOLABELA, 2008, p. 24-25).
2.2 Motivação para o empreendedorismo
De acordo com Bernardi (2010), são várias as motivações e razões para
empreender: necessidade de realização, implementação de ideias, independência,
fuga da rotina profissional, maiores responsabilidades e riscos, prova de capacidade,
auto-realização, maior ganho, status, controle da qualidade de vida.
A cada uma das motivações, poderá haver uma série de problemas e
dificuldades, que deverão ser enfrentados até tornar-se um empreendedor de
sucesso.
E ainda para Bernardi (2010), o empreendedorismo pode estar relacionado a
traços da personalidade ou não, sendo que são várias as circunstâncias que dão
origem ao surgimento do empreendedor.
- O empreendedor nato: desde muito cedo, por motivos próprios ou influências
familiares, demonstra traços de personalidade comuns do empreendedor.
- O empreendedor herdeiro: herda da família um negócio e passa a dirigí-lo.
- O funcionário de empresa: é aquele que inicia sua carreira em uma organização e,
em determinado momento, encontra uma oportunidade de negócio.
- Excelentes técnicos: possuidores de experiência no ramo decide iniciar um negócio
próprio.
- Vendedores: entusiasmados pelo desempenho de sua função, como conhecem o
mercado, iniciam negócio próprio.
- Opção ao desemprego: foi obrigado a abrir seu próprio negócio por falta de
alternativa;
- Aposentadoria: com experiência adquirida, e devido à idade precoce, inicia um
negócio próprio.
2.3 Como desenvolver o empreendedorismo
O incentivo ao desenvolvimento de habilidades empreendedoras é um ponto
favorável ao desenvolvimento e a criação de novos inventos. De acordo com
Dornelas (2008),
O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos detempo, principalmente no século XX, quando foi criada a maioria dasinvenções que revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Geralmente,essas invenções são frutos da inovação, de algo inédito ou de uma novavisão de como utilizar coisas já existentes, mas que ninguém antes ousouolhar de outra maneira. Por trás dessas invenções, existem pessoas ouequipes de pessoas com características especiais que são visionárias,questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer eempreendem. Os empreendedores são pessoas diferenciadas, quepossuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não secontentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas eadmiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Uma vezque os empreendedores estão revolucionando o mundo, seucomportamento e o próprio processo empreendedor devem ser estudados eentendidos. (DORNELAS, 2008, p.5).
Figueiredo (2013), chama a atenção para a importância de democratizar o
desenvolvimento da criatividade, oportunizando a todas as crianças e jovens, não
referindo-se a simplesmente formar para o mercado de trabalho.
[...] o meu intuito é contribuir para o debate sobre a formação humana emsua totalidade, considerando que esta se constitui numa trama de relações,isto é, uma educação que estimula e afirma o indivíduo como integral,proativo, talentoso e construtor do saber. Portanto, se essa formaçãorefletisse sobre o mercado e suas necessidades, seria uma consequênciade uma educação que dá suporte, oportuniza e potencializa o ato criador, acrítica e a capacidade de inovar. (FIGUEIREDO, 2013).
Para Dolabela (2008) para se aprender a empreender é necessário um
comportamento pró-ativo do indivíduo, o qual deve querer “aprender a pensar e agir
por conta própria, com criatividade, liderança e visão de futuro, para inovar e ocupar
o seu espaço no mercado, transformando esse ato também em prazer e emoção.”
Rogers (1969) apud Friedlaender (2004), destacam algumas informações
importante:
Assim como para Paulo Freire, a responsabilidade da educação está nopróprio estudante, possuídor das forças de crescimento e auto-avaliação. Aeducação deve estar centrada nele, em vez de centrar-se no professor ouno ensino; o aluno deve ser senhor de sua própria aprendizagem. E a aulanão é o momento em que se deve “despejar” conhecimentos no aluno, nemas provas e exames são os instrumentos que permitirão verificar se oconhecimento continua na cabeça do aluno e se este o guarda do jeito queo professor ensinou. A educação deve ter uma visão do aluno como pessoainteira, com sentimentos e emoções.
Diante da citação acima, fica evidente a necessidade da reflexão por parte do
professor, de sua própria prática pedagógica, utilizando a reflexão como meio que
proporcione uma formação ao aluno preparando-o para um futuro profissional.
Dolabela (2008) diz que “O empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou
seja, empreendedores nascem por influência do meio em que vivem”. Deste ponto
de vista, não se nasce empreendedor e sim, se torna empreendedor através do
convívio com pessoas empreendedoras.
Para transformar gestores em empreendedores, “Não existe uma receita
mágica para essa transformação, mesmo porque estamos tratando de seres
humanos e, portanto complexos. Mas existem valores que impulsionam para os
resultados e para a realização de objetivos.” (BUENO; LEITE; PILATTI, 2004).
Os autores dizem que um dos meios de transformação é através da educação
tradicional. Essa transformação seria através da mudança na maneira de ensinar,
focando no desenvolvimento do indivíduo. Não seria necessário introduzir novos
cursos e sim, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento do
empreendedorismo.
Outra maneira de tornar-se empreendedor, citada pelos autores, seria
aprendendo o comportamento empreendedor. Isso aconteceria tentando na prática,
de forma constante dentro da própria organização.
Para tanto, faz-se necessário um ambiente que proporcione condições para
essa transformação, onde haja a circulação de informações, a oportunização de
circunstâncias que permitam o auto-aprendizado e onde a criatividade possa ser
expressa.
De acordo com as Diretrizes da Educação Profissional (2006), “A produção
das ideias, das representações, da consciência, está intimamente entrelaçada com a
atividade prática dos homens.” Portanto, é oportuno uma nova proposta que vise a
construção de competências e habilidades direcionadas a uma aprendizagem em
que teoria e prática estejam sempre presentes em sala de aula.
A educação profissional procura desenvolver competências comportamentais
interessantes a qualquer ocupação, como é o caso do trabalho em equipe. O
trabalho em equipe é muito requisitado, devido as contribuições proporcionadas pela
diversidade de conhecimentos sendo, portanto, uma exigência profissional e uma
característica de um empreendedor, bem como o saber comunicar-se, estudar
constantemente, ter iniciativa.
O desenvolvimento do empreendedorismo pode ser potencializado pelo
conteúdo e a utilização de técnicas pedagógicas, voltadas para o assunto
empreendedor, funcionando de forma estratégica para estimular a participação do
aluno, não somente para um empreendimento, mas para sua vida profissional.
Dolabela (2003) propõe a aplicação de uma Pedagogia Empreendedora, ou
seja, uma metodologia de ensino que visa o desenvolvimento de competências
individuais e coletivas com o intuito de gerar valor para toda a comunidade, a
capacidade de inovar, de ser autônomo e de buscar a sustentabilidade.
Para Freire (2006), o desafio de quem educa é instigar o pensamento crítico
com base em métodos, dando ao estudante autonomia de pensamento, ensinando a
aprender de uma maneira mais correta, mostrando-lhe a necessidade de pesquisa,
do saber metodológico, despertando sua curiosidade e aguçando o pensamento
crítico.
Dolabela (2008) menciona que, a maioria dos pesquisadores acredita que é
possível as pessoas tornarem-se empreendedoras através de uma metodologia
diferenciada da tradicional. Através do uso de metodologias apropriadas é possível
despertar o empreendedorismo que já existe nas pessoas ou liberar obstáculos que
aprisionam o empreendedorismo ou ainda, impedir que o potencial empreendedor
existente seja aprisionado.
Guimarães (2002) apud Cunha e Steiner (2005), em pesquisas realizadas
identificaram algumas das metodologias de ensino mais comuns utilizadas em
cursos voltados ao empreendedorismo. “O autor verifica que são quatro as
metodologias mais utilizadas: depoimentos de empreendedores, estudos de caso,
desenvolvimento de projetos e desenvolvimento de planos de negócios.”
A constatação de tais metodologias nas atividades pedagógicas de um curso
pode ser um indicativo sobre o desenvolvimento de uma postura empreendedora.
Algumas das habilidades que são necessárias ao empreendedor, seria a
iniciativa, a responsabilidade, a comunicação, a determinação, a solução de
problemas.
Para desenvolver tais habilidades uma das maneiras seria, por exemplo, o
aluno participar de um projeto de consultoria empresarial ou empresa júnior, tendo o
contato com a rotina de uma empresa. Outra maneira seria através da prática do
voluntariado, onde é possível aprender a se comunicar, a se relacionar com pessoas
e a ter iniciativa. O uso da tecnologia, como por exemplo, a utilização de um blog ou
site exige iniciativa, criatividade e é uma forma de desenvolver a habilidade com a
tecnologia. (SEBRAE, 2014).
A educação empreendedora pode ser desenvolvida incluindo o assunto
empreendedorismo no curso técnico, desenvolvendo ações empreendedoras
planejadas, levando o aluno a refletir sobre sua carreira profissional, sobre seu
projeto de vida, desenvolvendo competências empreendedoras, levando o aluno a
ser protagonista de sua vida. (SEBRAE, 2014).
2.4 Empreendedorismo nas escolas
É interessante observar que o empreendedor de sucesso levam consigo uma
característica singular, que é o fato de conhecer como poucos o negócio em que
atua, o que leva tempo e requer experiência. Talvez esse seja um dos motivos que
levam a falência empresas criadas por jovens entusiasmados, mas sem o devido
preparo. (DORNELAS, 2008).
Dolabela (1998) cita as seguintes razões para o ensino do
empreendedorismo: alta taxa de mortalidade precoce das empresas, mudanças nas
relações de trabalho, cultura, desenvolvimento econômico, ética, cidadania.
Leite (2001) apud Ottoboni (2003) destaca que,
uma educação empreendedora requer que os alunos tenham exposiçãosubstancial com a prática e tenham experiência com empreendedorismo e omundo de empreendedores, o que significa dizer que a prática é umelemento importante. A autora ressalta, ainda, que a maioria dos cursos deempreendedorismo oferece mais ênfase no conhecimento ou na informaçãoe pouca ênfase na competência, em métodos de aprendizado individual empequenos grupos como em times de projetos, trocas entre colegas,consultoria entre pares e workshops.
É importante a escola dar muita importância a inovação, a realização de
novos projetos, procurar entender o perfil empreendedor, acolher novas ideias, para
disponibilizar ferramentas visando despertar o espírito empreendedor nos alunos.
Uma das grandes vantagens de abordar o assunto empreendedorismo na escola é a
valorização, o estímulo para o desenvolvimento da pessoa em todas as dimensões.
2.5 Empreendedorismo no jovem
Gomide (2013), fala sobre o jovem empreendedor de hoje. Segundo ele, “o
jovem empreendedor brasileiro é atento à evolução dos negócios como chave para
se destacar no mercado competitivo.” O Brasil mostra-se um país de
empreendedores que vem crescendo. Dados de 2008 apontam que a cada 100
brasileiros, 12 realizam alguma atividade empreendedora. Os brasileiros mostram-se
muito criativos, o que é uma característica muito importante do empreendedor. Por
outro lado, são pouco inovadores. A inovação é importante para o desenvolvimento
de novos produtos. Ao focar o estudante nos princípios fundamentais do
empreendedorismo, podemos despertar jovens empreendedores com chances de
sucesso no mercado.
De acordo com Dornelas (2001) o empreendedor de sucesso apresenta as
seguintes características: são visionários, sabem tomar decisões, sabem explorar ao
máximo as oportunidades, são determinados, dinâmicos, dedicados, otimistas e
apaixonados pelo que fazem, são independentes e constroem o próprio destino, são
líderes e formadores de equipes, são bem relacionados, possuem conhecimento,
assumem riscos calculados, criam valor para a sociedade.
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa-ação, pois os pesquisadores e os participantes
estarão envolvidos no trabalho de pesquisa de modo participativo e cooperativo,
interagindo em função do resultado esperado.
De acordo com Lima (2004, p. 33) a pesquisa ação tem “o propósito de
explicar alguns aspectos da realidade para, assim, ser possível agir/intervir sobre
ela, identificando problemas, formulando, experimentando, avaliando e
aperfeiçoando alternativas de solução, em situação real, com a intenção de
contribuir para o aperfeiçoamento contínuo dessa realidade, objeto de investigação.”
A população alvo do projeto de intervenção foram os alunos do 4º ano do
curso Técnico em Administração Integrado, turno matutino, do Colégio Estadual Dom
Alberto Gonçalves, em Palmeira-Pr. Foram 34 alunos matriculados no curso, que
participaram das aulas de elaboração e análise de projeto, os quais após o trabalho
com técnicas pedagógicas do material didático pedagógico elaborado no PDE, foram
observados e analisados. O objetivo para com os alunos foi proporcionar atividades
de ensino-aprendizagem, para estimular e proporcional o desenvolvimento de
características a um perfil empreendedor.
Quanto a natureza, tratou-se de uma pesquisa aplicada, pois objetivou gerar
conhecimento para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas. Envolve
verdades e interesses locais. (GIL, 2006 p. 43).
Quanto a abordagem utilizada refere-se a uma pesquisa qualitativa,
considerando que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito que não
pode ser traduzido em números.
Com relação aos procedimentos técnicos, foi feito uma pesquisa bibliográfica,
a partir de material já publicado, principalmente em livros, artigos de periódicos e
com material disponibilizado na internet. (GIL, 1999).
Segundo Lakatos; Marconi (1987), a pesquisa bibliográfica trata-se do
levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o
assunto que está sendo pesquisado, em livros, revistas, artigo, jornais, boletins,
monografias, teses, dissertações, com o objetivo de colocar o pesquisador em
contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo.
Também foi feita uma pesquisa de campo, observando e coletando os dados
diretamente no local de ocorrência.
É a pesquisa em que se observa e coleta os dados diretamente no própriolocal em que se deu o fato em estudo, caracterizando-se pelo contato diretocom o mesmo, sem interferência do pesquisador, pois os dados sãoobservados e coletados como tal ocorrem espontaneamente. (LAKATOS;MARCONI, 1996, p.75).
O instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário. Esse questionário foi
objetivo, com instruções visando esclarecer o propósito de sua aplicação e
ressaltando a importância da colaboração do informante e facilitando o
preenchimento. As perguntas do questionário eram fechadas com duas escolhas e
de múltiplas escolhas fechadas, com uma série de respostas possíveis.
Segundo Gil (1999), o questionário pode ser definido “como a técnica de
investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões
apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de
opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas,
etc.”.
O questionário foi aplicado, sendo feita nesta etapa a pesquisa de campo
propriamente dita. Em seguida os dados foram tabulados, apresentados e
analisados, discutidos os resultados e, por fim, a conclusão da análise e dos
resultados obtidos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A aplicação do projeto foi feito com a utilização de um caderno pedagógico
elaborado durante o PDE, em três fases (unidades). Cada fase foi responsável pela
inserção de determinadas estratégias de ação que integraram o objetivo de ampliar
a visão empreendedora dos alunos. A unidade 1 tratou do Empreendedorismo
objetivando compreender e refletir sobre o que é ser empreendedor, sua
importância e suas características. A unidade 2 tratou do Projeto de Vida, tendo
como pretenção levar o aluno a refletir sobre seu futuro, através da elaboração de
um plano de vida pessoal. E a unidade 3, do Plano de negócios especificando sobre
o processo de desenvolvimento de um plano de negócios como uma ferramenta de
grande importância para percorrer o caminho do empreendedorismo.
O projeto de intervenção na escola iniciou-se em março de 2015, quando foi
apresentado e socializado aos alunos do 4º ano do curso Técnico em Administração
sendo as atividades executadas ao longo desse período, para refletir e despertar
para o empreendedorimso. Depois disso, foi realizada pesquisa com esses alunos
sobre as atitudes e percepções que têm em relação ao empreendedorismo.
Os alunos responderam a pesquisa e 100% disseram que após o trabalho
com o caderno pedagógico parou para pensar sobre seus sonhos e sobre o que
pretende ser no futuro e que estariam dispostos a colocar toda a sua energia para
realizar o seu sonho. Os entrevistados também afirmaram que o modo como o
assunto foi desenvolvido em sala chamou a atenção para o assunto, envolveu-os,
levando a refletirem e consequentemente despertando o interesse pelo assunto
empreendedorismo e que as ações realizadas demonstraram a importância de ser
empreendedor na vida pessoal e profissional.
Ficou evidente a importância de usar uma metodologia que desperte para o
empreendedorismo pois, os alunos afirmaram que gostaram das técnica utilizadas,
dinâmica, vídeo, filme, visita técnica, entrevista a um empreendedor, atividades
diversas em sala de aula, projeto de vida, plano de negócios, as quais foram
fundamentais para provocar a motivação para serem empreendedores em vários
sentidos.
Trabalhar o material na disciplina de Elaboração e Análise, promovedo
atividades e demonstrando exemplos de empreendedores, foi uma estratégia
fundamental para potencializar ações que demonstraram a importância de ser
empreendedor na vida pessoal e profissional e despertar os jovens para o
empreendedorismo.
4.1 GTR – Grupo de Trabalho em Rede
Concomitantemente à Implementação do Projeto de Intervenção,
desenvolvemos o Grupo de Trabalho em Rede (GTR), ofertado na modalidade à
distância, na plataforma moodle e que é uma das atividades realizadas pelos
Professores selecionados para o Programa de desenvolvimento Educacional – PDE.
Foi uma oportunidade de apresentar o projeto a um público de educadores mais
amplo, atingindo várias partes do Estado do Paraná. Dele participaram professores
das disciplinas técnicas que trabalham no curso técnico em administração que
fizeram a escolha desse curso com base em resumo publicado (ambiente GTR)
disponibilizado pela Secretaria de Educação do Paraná no segundo semestre, do
ano de dois mil e quinze, com início das atividades no mês de agosto.
Tabela 1 – Professores inscritos e concluíntes do GTR
Turma PDE Inscritos Concluintes2014 20 17
Fonte: Dados do curso GTR 2014.
O GTR – Grupo de Trabalho em Rede foi trabalhado em três módulos, sendo
o primeiro, um aprofundamento teórico maior sobre o tema proposto: motivação para
o empreendedorismo. O segundo módulo tratou do projeto de intervenção
pedagógica na escola e a produção didático-pedagógica, tendo como objetivo
apresentar a proposta de trabalho que propicie uma formação estimuladora da visão
empreendedora, utilizando-se de uma metodologia apropriada, sendo portanto,
oportuno a socialização das produções já elaboradas. O terceiro módulo teve como
objetivo analisar o projeto de intervenção pedagógica na escola.
O grupo de professores cursistas tiveram a oportunidade de conhecer a
proposta de trabalho bem como apresentar suas contribuições. Alguns comentários
dos cursistas:
Professor Cursista 1
“Como já disse anteriormente o material é muito bom, principalmente o projeto de
intervenção pedagógica na escola e a produção didático-pedagógica. O relato da
implementação foi muito esclarecedor e sucinto. Gostei em especial neste módulo
do texto complementar, uma leitura muito atual e oportuna.”
Professor Cursista 2
“Estou trabalhando as atividades do material enviado no Curso de Administração
Integrado. Os estudos de caso são muito valiosos para desenvolver e preparar o
aluno para ser empreendedor.”
Professor Cursista 3
“MUITO BOM, a cada atividade foi possível ter mais consciência sobre a
importância do empreendedorismo no ambiente escolar, bem como encontrar
maneiras de tornar esse conteúdo em prática para o Curso Técnico em
Administração e o Técnico em Agronegócios.”
Professor Cursista 4
“Preciso continuar estudando cada vez mais, pois este é um tema importantíssimo
no cotidiano da escola e o modo como o abordamos, é capaz de produzir efeitos
grandiosos para toda a sociedade.”
Professor Cursista 5
“A minha motivação para participar no GTR 2015 foi o tema elaborado pela
professora Edna. Os temas abordados em todas as atividades foram importantes
para todo o grupo, e que realmente isto irá agregar muito em nosso trabalho dentro
da sala de aula. A participação de muitos professores foi extremamente positiva, a
troca de informações foi ponto alto deste GTR.”
Professor Cursista 6
“A atividade realizada neste módulo serviu como base para novas idéias diante a
instigação e conversação das situações expostas pelos colegas e tutora. Muito das
experiências tomo como caminhada para melhorar meu trabalho, com idéais novas
e de iniciativas de minha parte. Todo o trabalho realizado pela Tutora nos despertam
como base de sermos mais que docentes em sala de aula, mas como exemplos de
empreendedores para nossos alunos, enquanto atividades programadas para nossa
atuação no dia a dia.”
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o trabalho sobre motivação para o empreendedorismo, procurou-se
despertar sobre a necessidade de se formar para o empreendedorismo, por meio da
educação técnica. Ficou evidente que com o uso de uma metodologia apropriada
pode-se despertar o espirito empreendedor sendo esta uma estratégia para
combater o desemprego, constituindo-se, dessa forma em uma ideologia e que, com
o desenvolvimento de suas potencialidades empreendedoras, obter sucesso na vida
profissional e pessoal.
Diante desses resultados, nota-se que não só é possível, mas também
necessária uma nova abordagem metodológica para despertar o espírito
empreendedor. Destacou-se que o interesse dos alunos na proposta surgiu
exatamente por tratar-se de uma proposta não convencional, de aplicação prática. A
consciência dos alunos sobre a importância de ter o espírito empreendeor
certamente transformará também o modo de encarar a vida. Nesse sentido, o
esforço em inserir uma nova metodologia no ensino resultará na busca incessante
por um ensino mais atrativo para os educandos. E com o GTR – Grupo de trabalho
em Rede, foi possível compartilhar o trabalho e analisar juntamente como os
professores cursitas, sendo também um avanço em nossa formação pessoal e
profissional.
A motivação para o empreendedorismo acaba sendo uma maneira de chamar
a atenção dos jovens sobre a importância da educação, respondendo às atuais
demandas do mundo do trabalho que exige uma formação em que o jovem
apresente um perfil pró-ativo e inovador, empreendedor tanto na vida pessoal quanto
profissional.
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