os desafios da escola pÚblica … grandes mudanças nas últimas duas décadas do século xx...

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

¹Professora da Rede Estadual do Paraná. Professora participante do PDE 2013.

²Professora Doutora da UEM. Professora Orientadora do PDE 2013.

A INFORMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES COMO INSTRUMENTO DE

APRENDIZAGEM NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA

Caroline Paola de Mello¹ Alba Krishna Topan Feldman²

Resumo

Este artigo busca descrever e analisar as ações desenvolvidas no projeto “A Informática e suas possibilidades como instrumento de aprendizagem nas aulas de Língua Inglesa”, produzido para o Programa de Desenvolvimento Educacional 2013, aplicado a alunos do 1º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Silvio Vidal, no município de Paranavaí, no 1º semestre de 2014. O projeto teve como objetivo integrar as novas tecnologias ao processo de ensino/aprendizagem em língua inglesa, assim como utilizar os recursos da internet e das novas tecnologias para motivar a aprendizagem dos alunos nas aulas de Língua Inglesa e demonstrar exemplos dos possíveis usos destas para a preparação de aulas de língua estrangeira, que servirão como suporte aos professores da referida disciplina. Para tal, esta Produção Didática apoiou-se nos gêneros textuais, dentro do contexto digital educacional, e nos recursos da internet e das novas tecnologias para motivar a aprendizagem dos alunos nas aulas de Língua Inglesa. O material foi estruturado por atividades variadas, utilizando recursos diversificados que as tecnologias disponibilizam. As aulas permitiram constatar que é possível usar a informática para despertar interesse nas aulas de língua inglesa usando atividades mais interativas assim como os computadores podem ser considerados como novas possibilidades que o professor adiciona à sua prática de ensino, portanto o professor deve preparar-se para o uso eficaz dessa tecnologia. Palavras-chave: Informática. Recurso de aprendizagem. Língua Inglesa.

1 INTRODUÇÃO

Já há algum tempo as escolas públicas do estado do Paraná vêm sendo

equipadas com recursos tecnológicos variados, com o intuito de que a

utilização destes, por professores e alunos, traga melhoria à qualidade do

processo de ensino/aprendizagem. Laboratórios de informática, TVs multimídia,

retroprojetores com telões, notebooks, home theaters, tablets, e tantos outros

equipamentos se tornaram o foco de investimento das autoridades

governamentais, em busca da modernização da educação.

Outro fato notório é o de que recursos tecnológicos de uso pessoal,

como celulares, iphones, ipads, netbooks e internet invadiram o dia a dia das

pessoas, sendo consumidores destes, crianças, desde as mais tenras idades,

jovens, adultos, até idosos, todos se valendo de tais recursos pelos mais

variados motivos.

Podemos dizer que o acesso ao conhecimento e à informação, de forma

rápida, bem como as facilidades que as tecnologias trouxeram para o mundo

do trabalho, têm sido os argumentos mais fortes para a sua aceitação e uso por

bilhões de usuários. Esta “invasão” ocorreu não apenas no ambiente familiar,

mas nas empresas, escolas e instituições de todos os gêneros. Sendo assim,

na era das altas tecnologias, da informatização, é importante que professores

busquem se aperfeiçoar, atualizando-se quanto aos conhecimentos

necessários para a inserção e uso de tais recursos nas salas de aula.

É nesse sentido que este projeto justifica-se, pois por meio dele buscarei

estratégias que promovam a interação entre o ensino de língua inglesa e a

informática, na tentativa de despertar o interesse dos alunos para o processo

de ensino/aprendizagem da referida disciplina. A respeito disto, Dias (2002)

afirma:

Cabe também enfatizar que a ampliação do uso de computadores nas escolas públicas da rede estadual, junto com as possibilidades de conexão em rede por meio da internet, podem abrir espaços de interação, colaboração e pesquisas on-line, de modo a criar novas oportunidades para o aprendizado da língua estrangeira [...] (DIAS, 2002, p.4).

Mais do que pensar no uso das tecnologias no espaço escolar como

apenas um meio de modernizar o ensino, é pensar nelas como uma poderosa

contribuição para o êxito do processo pedagógico. Santos (2008) discutindo

sobre a utilização destes recursos pelo professor, anuncia que “Construir

propostas de trabalho, utilizando os recursos midiáticos hoje existentes deve

ter como fim formar um aluno crítico, que seja capaz de agir e transformar a

realidade.” (SANTOS, 2008, p.5).

Diante deste contexto, meu intuito é buscar alguns recursos na área da

informática, que promovam um ambiente voltado para a interação, colaboração

e autonomia do aluno, dando-lhe a oportunidade de construir o seu próprio

conhecimento nas diversas áreas do saber, integrando os recursos

tecnológicos disponíveis na escola ao processo de ensino/aprendizagem. O

projeto foi implementado em uma escola de Paranavaí no primeiro semestre de

2014.

2 A INFORMÁTICA E SUAS POSSIBILIDADES COMO INSTRUMENTO DE

APRENDIZAGEM

Houve grandes mudanças nas últimas duas décadas do século XX

Estamos na era da informação, graças às transformações tecnológicas

(GADOTTI, 2000). Já Moran (1994, p.1-3) nos informa que a internet está

sendo apontada como a mídia mais promissora desde o advento da televisão.

É preciso considerar, ainda, que os jovens de hoje já estão nascendo

com uma nova cultura, que não é mais a do papel (da escrita), e, sim, a da

cultura digital, que traz uma nova linguagem e uma maneira de viver o mundo.

(Gadotti, 2000, p.5). Por esta razão, é preciso que tenhamos um novo olhar

sobre os nossos alunos.

Em se tratando das tecnologias, voltadas à educação, a instalação dos

laboratórios de informática nas escolas públicas do Paraná, mais

especificamente da internet, oportunizou um avanço significativo à prática do

professor, sendo necessário, todavia, que compreendamos que o simples fato

dos recursos estarem presentes na escola, não viabiliza o seu uso, ainda mais,

de forma que produza os efeitos desejados, ou seja, que sirvam como

ferramentas pedagógicas, ao alcance de professores e alunos.

Pensando nas possibilidades que o computador pode oferecer como

ferramenta pedagógica, a internet pode ser apontada como excelente recurso

de apoio ao processo de ensino/aprendizagem, oportunizando o acesso a

textos, imagens, sons, vídeos, jogos, sites de informação, jogos, aplicativos e

tantos outros materiais.

Ao tratar da internet, ela é um valioso recurso, do qual o professor pode

usufruir para a preparação de atividades interessantes e motivadoras, que

auxiliem o aluno na aquisição do seu conhecimento, e a escola no

cumprimento de uma de suas principais funções, que é ensinar o aluno a

pensar criticamente, como já afirmava Marshall Mcluhan (1974).

É consenso entre os pesquisadores, que os recursos tradicionais

utilizados nas salas de aula já não atraem as crianças e jovens como antes, por

isso, a inserção do computador na educação gerou, e ainda tem gerado, uma

espécie de revolução nas teorias sobre a relação ensino-aprendizagem, no que

concerne à Língua Estrangeira. Na era digital, podemos nos apropriar da

informação de maneira rápida e simultânea pela tecnologia e esta pode ser

usada para reanimar a educação, segundo Nelson Pretto (1996, p.98).

Apesar da limitação dos sites em termos de conteúdo para o ensino da

língua inglesa, o uso dos materiais on-line, juntamente com os materiais

didáticos de sala de aula, traz um aspecto motivador para o aprendizado do

aluno desenvolvendo sua autonomia e chamando a atenção dos professores,

segundo Araujo (2009).

À proporção que a tecnologia vai se desenvolvendo, os materiais para o

ensino de línguas também vão se tornando mais interessantes. Podemos citar,

por exemplo, os livros didáticos eletrônicos, som e vídeo (numa extensão

menor), exercícios com feedback online, tarefas interativas, mecanismos que

permitem a comunicação direta com o professor e com outras pessoas.

Paiva (2001) destaca que, ao ensinar nossos alunos a buscar e

processar informações armazenadas na Web, estaremos contribuindo para

formar cidadãos responsáveis pela construção de seu conhecimento e

preparados para a aprendizagem ao longo da vida.

Ainda de acordo com Paiva:

“[...] a formação continuada é um requisito atual e a autonomia uma característica básica dos aprendizes do século 21. Mas a Web não é apenas um local de se buscar informação. A rede é o local, por excelência, das interações, da colaboração, do compartilhamento [...] (PAIVA, 2001, p. 6).

Por fim, cabe lembrar que Vygotsky (1991, p. 11), em sua visão sócio-

interacionista, afirma que o aluno aprende por meio da interação com outras

pessoas e pelo uso de ferramentas, que favorecem a realização de atividades

que possibilitem seu desenvolvimento cognitivo.

Assim sendo, este projeto visa pesquisar sobre as novas tecnologias de

informação e comunicação (TICs), selecionando aquelas que poderão ser

usadas como ferramentas para a aprendizagem da língua inglesa, no contexto

da escola à qual estou vinculada, considerando os recursos de que ela

disponibiliza.

As Diretrizes Escolares do Estado do Paraná trazem orientações para o

uso de tecnologias educacionais. As diretrizes explicam que por meio da

Internet, “é possível criar espaços denominados ambientes virtuais, onde são

simuladas situações concretas ou aquelas inviáveis no mundo real” (DCE,

2010, p. 33). A secretaria de estado de educação do Estado do Paraná criou

um ambiente virtual de aprendizagem virtual, como bem explica este caderno

de diretrizes escolares “o Portal Dia-a-dia Educação, como ambiente virtual,

disponibiliza recursos para aprendizagem que são produzidos, desenvolvidos,

pesquisados, organizados e publicados pelas equipes da DITEC (Diretoria de

Tecnologias Educacionais) ou por professores da rede estadual de educação

básica, e tem como objetivos: formação docente, atualização, informação,

pesquisa e ensino. É interessante atentar de que um recurso poderá ser

utilizado para mais de um objetivo, uma vez que os mesmos encontram-se

interrelacionados”. No que se refere a recursos para formação docente,

também foram criados o Ambiente Pedagógico Colaborativo (APC) e o

Ambiente e-escola, ambos com acesso via Portal.

O Portal Dia-a-dia Educação também é apresentado como uma fonte de

recursos de atualização, pesquisa e informação para Educadores, Alunos,

Escola e Comunidade, trazendo conteúdos de interesse de cada público.

As diretrizes trazem o tópico Pesquisa Escolar e Internet no qual

afirmam que a mídia web e a mídia audiovisual oportunizaram à escola outras

formas de acesso à informação e, consequentemente, outras formas de

desenvolver pesquisa. Além disso, afirmam que no que se refere à pesquisa

escolar, o mais importante é saber agregar todos os recursos disponíveis a

favor de um trabalho de qualidade.

As Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs) explicam que as

ferramentas de busca, um dos recursos da Internet, permitem ao aluno

encontrar, de forma rápida e eficiente, praticamente tudo o que necessita para

sua pesquisa. Apesar da vastidão do universo de aprendizagens relacionadas à

pesquisa escolar, poucos professores planejam pesquisas voltadas para as

aprendizagens envolvendo o uso das Tecnologias de Informação e

Comunicação (TIC). Não devemos e nem temos condições de impedir o uso da

Internet nas pesquisas escolares. Porém, é necessário utilizá-la de maneira

adequada. É preciso orientar os alunos para o uso dessa ferramenta,

comparando-a a uma grande biblioteca, disponível para a realização de seus

trabalhos.

As DCE afirmam também que a Internet não pode ser considerada

apenas um depósito de informações. E a orientação de pesquisas escolares,

pelos professores, pode promover a emancipação do aluno, possibilitando-o

desenvolver sua criticidade, reflexão e compreensão dos resultados obtidos e

conceitos envolvidos. O acesso à informação por meio das pesquisas via

Internet podem contribuir com a formação integral do aluno, visto que esse

espaço também é um grande ambiente de comunicação.

Segundo os PCNs (1998) o desenvolvimento tecnológico acarretou

inúmeras transformações na sociedade. A tecnologia deve servir para propiciar

a construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, crítica e

criativa por parte de alunos e professores. Devido à grande diversidade

regional e cultural do Brasil, com grandes desigualdades sociais, é impossível

pensar em um modelo único de implantação da informática nas escolas. O

computador vai permitir novas formas de trabalho, possibilitando a criação de

ambientes de aprendizagem em que os alunos possam pesquisar, fazer

antecipações e simulações, confirmar ideais prévias, experimentar, criar

soluções e construir novas formas de representação mental. O computador vai

permitir ainda a interação com outros indivíduos e comunidades através da

Internet.

Para os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) o computador é, ao

mesmo tempo ferramenta e instrumento de mediação. Ferramenta porque

permite ao usuário realizar atividades que, sem ele, seriam muito difíceis, ou

mesmo impossível: construir objetos virtuais, fazer simulações, realizar cálculos

complexos com rapidez e eficiência, editar textos. E é um instrumento de

mediação porque possibilita o estabelecimento de novas relações para a

construção do conhecimento e novas formas de atividade mental. O uso do

computador vai possibilitar a interação e a produção de conhecimento no

espaço e no tempo. O meio informático possibilita diferentes formas de

comunicação, produzindo ou recebendo informações. O computador mais que

simplesmente criar aulas com efeitos especiais, ele vai permitir criar ambientes

de aprendizagem que fazem surgir novas formas de pensar e aprender. Os

alunos têm a oportunidade de tomar iniciativas, de resolver problemas, corrigir

erros e criar soluções. Segundo os PCNs, a tecnologia deve ser usada na

escola para ampliar as opções didáticas do educador, com o objetivo de criar

ambientes de ensino e aprendizagem que favoreçam a postura crítica, a

curiosidade, a observação e principalmente a autonomia do aluno.

3 METODOLOGIA

A forma escolhida para trabalhar esta produção didática foi o caderno

pedagógico que é estruturado por atividades variadas, utilizando recursos

diversificados que as tecnologias disponibilizam. Para a aplicação do projeto

foram utilizadas 02 (duas) aulas semanais, foram desenvolvidas atividades que

usaram recursos diversificados como internet (you tube por exemplo), o

programa power point para elaboração de trabalho pelos alunos, pen drive,

data show, vídeos da internet, e-mail, Google translator, dicionário eletrônico no

celular, enfim atividades que visam o ensino de língua inglesa que exploram a

informática como recurso.

Organizou-se um cronograma de 02 (duas) aulas semanais durante o 1º

trimestre onde foram trabalhadas atividades variadas individuais ou em grupo.

Em primeiro lugar, foi feito um aquecimento onde os alunos tinham que

identificar palavras e expressões ligadas à correspondência e responder

perguntas oralmente para uma reflexão sobre o assunto. Na segunda aula, a

professora exibiu o trailer do filme “Uma carta de amor” e fez perguntas orais

aos alunos. Na sequência foi entregue um texto informativo sobre a “Origem da

correspondência escrita” e organizou os alunos em grupos para que lessem o

texto e após a compreensão das informações, os alunos se dirigissem ao

laboratório de informática e um material para a turma, através de nova

pesquisa e usando a tecnologia para a exposição do trabalho em grupo. Nas

duas aulas seguintes, os alunos fizeram a apresentação de seus trabalhos

sobre a origem da escrita para a turma.

Para trabalhar o gênero E-mail, que é o avanço da comunicação escrita,

foram usadas aproximadamente 11 aulas. A aula começou com alguns

questionamentos orais para os alunos sobre o gênero, para analisar qual era o

conhecimento prévio trazido pelo aluno. Conforme eu ia perguntando, os

alunos iam anotando suas respostas no caderno. Em seguida apresentei

imagens de e-mails e fizemos uma análise da estrutura desse gênero textual.

Juntamente comigo os alunos analisaram o conteúdo dos e-mails, verificando

se era um e-mail pessoal ou comercial e resolveram alguns exercícios escritos

que envolvia análise linguística. Na sequência os alunos assistiram a um vídeo

do you tube referente a substantivos, adjetivos e seus opostos. Na aula

seguinte verifiquei os alunos que tinham e-mail e os levei para o laboratório de

informática para ajudar a criar uma conta de e-mail para os alunos que não

tinham ainda. Foi entregue uma sequência de exercícios envolvendo análise

linguística baseados nos e-mails vistos. Corrigidos os exercícios foi explicada a

gramática sobre o simple present tense para rever algumas estruturas e ajudar

os alunos a fazerem uma descrição pessoal com o tema “Who am I?” para ser

enviada por e-mail para a professora.

Na terceira parte do projeto foi trabalho com Quotes (citações) que

aparecem no Facebook (rede social). Foram usadas umas 03 aulas para isso.

A professora começou com alguns questionamentos escritos aos alunos sobre

o facebook e sobre as quotes. Após socializadas as respostas, foi dada uma

frase de Malcom X para que os alunos traduzissem e fizessem um texto

reflexivo sobre tal frase. Na sequência os alunos que tinham facebook

passaram seus nomes de usuários para a professora para que fossem

trabalhadas algumas Quotes em inglês através da criação de um grupo nesta

rede social, cabe salientar que como no colégio não é permitido o acesso a

redes sociais, esta atividade foi desenvolvida fora do colégio.

A última atividade do projeto cujo tema é “Learning English online” usou

02 aulas, passei uma lista para os alunos de endereços online de atividades

interativas direcionadas ao aprendizado do inglês e conduzi os alunos ao

laboratório de informática para acessarem esses endereços e realizarem as

atividades.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A intervenção pedagógica da referida unidade didática foi implementada

no Colégio Estadual Silvio Vidal com os alunos do 1º ano do ensino médio. Em

fevereiro de 2014, na semana pedagógica, o projeto foi apresentado para

apreciação do corpo docente, equipe diretiva e pedagógica. Posteriormente,

iniciadas as aulas, foi realizada uma exposição oral, direcionada aos alunos do

1º ano, com explicações sobre como seria a aplicação do Caderno

Pedagógico, deixando claro que a informática seria muito utilizada durante as

aulas.

Nas aulas 1, 2 e 3, na parte do levantamento do conhecimento prévio

dos alunos sobre correspondência escrita, foram levantadas palavras como

carta, mensagem, correio, carteiro, cobrança. Porém, devido à pouca idade dos

alunos, percebi que em relação à correspondência, o que mais veio à mente

deles foi a mensagem via celular. Alguns relataram ter visto alguma vez um

cartão postal ou cartas em casa, a maioria citou apenas as correspondências

comerciais. Em relação ao trailer do filme assistido pelos alunos, a maioria

reclamou que não estava entendendo nada do áudio e da legenda em inglês,

pedi então que tentassem identificar um dos meios de comunicação escrita que

aparecia no trailer através das imagens e então houve uma melhora na

participação, e os alunos identificaram a mensagem enviada por garrafa no

mar.

Em relação a leitura do texto informativo entregue aos alunos divididos

em grupos, os alunos fizeram uso do google tradutor e do dicionário eletrônico

pt-en dictionary free (aplicativo baixado da play store com minha ajuda) para

poder compreender o texto. Os alunos gostaram muito de usar o dicionário

eletrônico nos seus celulares, aqueles que tinham o sistema android e acharam

mais prático e rápido do que o dicionário de papel. Ao começarem sua

pesquisa para elaborar uma nova pesquisa sobre os meios de comunicação

escrita, os alunos reclamaram que em alguns computadores do laboratório a

internet não estava conectando ou que estava muito lenta. Houve dias em que

a internet não funcionou atrasando os trabalhos e ao ser solicitado aos alunos

que fizessem pesquisa em casa, muitos afirmaram não ter internet.

Sobre as apresentações montadas pelos grupos, a maioria participou,

menos dois grupos: um disse que não conseguiu salvar os vídeos do youtube

no pendrive e o outro grupo não fez o trabalho pelo que tudo indica por falta de

interesse, pois dei novo prazo para que apresentassem o trabalho e não o

fizeram. Os trabalhos apresentados pelos grupos foram bem diversificados:

alguns fizeram apresentações usando o Powerpoint com textos e imagens,

outros apresentaram vídeos sobre o tema: a maioria fez o solicitado e trouxe

informações interessantes, usando para isso os recursos tecnológicos.

Nestas aulas os alunos aprenderam a usar a tecnologia para aprender

como se deu o desenvolvimento da escrita até desde os tempos mais primitivos

até o e-mail, assim como a usar os recursos do google tradutor, o dicionário

eletrônico e a fazer uma apresentação usando a informática.

Em relação às aulas sobre o gênero E-mail, iniciei questionando os

alunos sobre o que era um E-mail, qual a utilidade, quem tinha, entre outras. A

maioria respondeu que tinha e que usava para acessar o facebook. Um aluno

respondeu que usava para fazer compras no mercado livre ou no site olx.

Alguns responderam que tinham, mas não lembravam a senha, ou seja, quase

ninguém usava como correio eletrônico, para envio e troca de informações,

mas quase que exclusivamente para acessar redes sociais. Mostrei alguns e-

mails com conteúdo variado para os alunos para que eles visualizassem as

várias possibilidades deste gênero textual. Conforme ia mostrando os e-mails

no data show, fui fazendo perguntas sobre a estrutura do e-mail e eles foram

respondendo. Alguns participaram bem e outros não demonstraram interesse,

se mostrando dispersos nessa parte da aula. Na aula seguinte fomos para o

laboratório de informática para que os alunos que tivessem e-mail acessassem

suas contas e os que não tinham criassem uma conta. Ajudei os alunos que

não tinham e-mail a criar uma conta. Alguns conseguiram criar sozinhos,

outros, tive que abrir junto com eles um e-mail. Observei que os que já tinham

conta, a maioria não tinha praticamente nada em sua caixa de entrada, pois só

usava o e-mail para acessar rede social, tanto que alguns nem lembravam

mais a senha e tiveram que abrir outra conta de e-mail. Na sequência expliquei

a gramática sobre o simple present para rever algumas estruturas e ajudar os

alunos a fazer uma descrição pessoal com o tema “Who am I?”, nesta atividade

alguns alunos se mostraram preguiçosos e dispersos no começo, eles fizeram

primeiro um texto em Português e depois converteram para o Inglês, nesta

parte tiveram um pouco de dificuldade, pedi que tentassem fazer primeiro com

o auxílio do dicionário físico ou virtual e depois conferissem algumas frases no

tradutor e me mostrassem para conferir. Corrigi os textos e expliquei que nem

sempre podem confiar no tradutor e que tem que ter consciência que para

aprender precisam tentar fazer a atividade. Outros alunos, a minoria converteu

o texto para o inglês sem maiores dificuldades. Contudo, após a confecção do

texto os alunos tinham que enviá-lo por e-mail para mim, e apenas 4 alunos o

fizeram. Os demais disseram que não tinham internet em casa e que para

enviar de outro lugar era difícil, e há dias o laboratório não funcionava na

escola, devido a uma peça que havia queimado e não havia verba para

manutenção. Desta maneira tive que aceitar as descrições em papel, e aqui

podemos novamente concluir que o laboratório de informática das escolas

precisa de constante manutenção para que funcione adequadamente, o que

não ocorre na prática. Em minha escola, no laboratório há vários computadores

que não acessam a internet e várias máquinas velhas até o monitor da metade

é daqueles de tubo ainda.

Nas aulas sobre o e-mail os alunos foram capazes de aprender a fazer

uma apresentação sobre eles, usando o simple present, contando o seu

cotidiano. Além de aprenderem para o que serve o e-mail, que não serve

apenas para acessar redes sociais, eles precisaram relembrar como se acessa

o e-mail, pois muitos nem se recordavam mais.

No trabalho sobre as Quotes (citações) que aparecem no Facebook,

quando apresentadas as citações selecionadas por mim aos alunos e feita a

tradução em conjunto, foi perguntado para os alunos se já tinham visto

algumas daquelas citações em Português nas redes sociais. Alguns

responderam que sim e ao serem perguntados em que contexto se usava

aquelas citações, alguns participaram, respondendo em voz alta e de pronto e,

enquanto outros apenas comentavam entre si. No geral, a maioria participou

mesmo que timidamente.

Com esta atividade, foi possível desenvolver um pouco mais a reflexão

crítica dos alunos quando eles tiveram que fazer a relação com a tradução das

Quotes e em que situação do cotidiano elas se encaixavam. Os alunos

puderam fazer uma comparação cultural ao analisar as citações nos dois

idiomas.

Na terceira parte do projeto, foram apresentados aos alunos sugestões

de atividades on-line, interativas, direcionadas ao aprendizado do inglês

através do data show e de uma lista confeccionada por mim com uma lista de

endereços online envolvendo as habilidades de Reading, writing e listening.

Fizemos duas tentativas de ir ao laboratório de informática para acessar as

atividades online, contudo a internet não estava funcionando em uma das

vezes devido e em outra a internet estava muito lenta que se o laboratório

fosse utilizado, os computadores da secretaria da escola não funcionavam.

Sendo assim, solicitei aos alunos que acessassem de outro local os endereços

dados para conhecerem e praticarem as atividades online de inglês.

Infelizmente esta é a realidade da escola pública.

5 GTR – Os Participantes do Grupo de Trabalho em Rede e o Projeto

O grupo de Trabalho em Rede faz parte de uma das atividades

obrigatórias do PDE, prevista no Plano Integrado de Formação Continuada do

Programa, com a finalidade de socializar as produções do professor PDE, por

meio da interação deste com os demais docentes da Rede Estadual de Ensino

(PARANÁ – PDE, 2013, p.70). Sendo assim, o projeto de intervenção A

Informática e suas possibilidades como instrumento de aprendizagem nas

aulas de Língua Inglesa foi ofertado como curso pelo GTR, na modalidade à

distância, com início no dia 18/03/14 e término em 06/05/14, com carga horária

de 60 horas, sendo que, como professora PDE/2013, atuei como

mediadora/tutora de 15 participantes. Desta forma, tendo como referência o

material postado pelos professores que participaram de referido curso, farei

uma síntese das discussões e reflexões que foram produzidas neste ambiente

de aprendizagem (AVA).

Selecionei alguns comentários de participantes do GTR para ilustrar esta

análise.

Levantamentos Positivos sobre a temática:

“Achei muito pertinente à abordagem sobre os recursos tecnológicos

atrelados ao processo ensino-aprendizagem. Precisamos repensar a prática

pedagógica no intuito de deixar as aulas mais atrativas e proporcionar ao

educando novas possibilidades. No ensino de língua estrangeira a utilização

das diversas mídias vem certamente contribuir nessa árdua tarefa de ensinar.”

(Professora N.M.O.)

Com razão, o uso dos computadores (internet) por si só não resolverão

os problemas de ensino/aprendizagem da LEM, mas sim tornarão as aulas

mais criativas, interessantes e para isso o professor deve se preparar

previamente buscando atividades que estimulem o estudo da LEM.

“Um dos motivos importantes para ensinar a língua inglesa na escola é

de preparar o aluno para o mercado de trabalho, no qual já exige uma segunda

língua para exercer alguns cargos. Esta língua está presente na internet e em

nossas vidas. A informática contribui para o ensino, não só pela sua presença,

como alguns termos: facebook, e-mail, site, entre outros, mas também como

um meio didático no ensino de língua inglesa nas escolas. Isto é importante,

pois foge do ensino tradicional. Acho que este projeto tem tudo para dar certo.”

(Professora R.T.V.)

Realmente, a informática contribui para a troca de informações sobre a

aula e o desenvolvimento da autonomia do aluno em relação à construção e

reconstrução do seu conhecimento. Os alunos precisam de constantes

motivações para terem mais autonomia na construção crítica dos seus

conhecimentos, aumentando sua visão de mundo e as perspectivas de trabalho

e que isso pode se dar com o uso da informática atrelada à internet. Isto

corrobora com o que a literatura sobre o tema afirma, conforme visto:

Cabe também enfatizar que a ampliação do uso de computadores nas escolas públicas da rede estadual, junto com as possibilidades de conexão em rede por meio da internet, podem abrir espaços de interação, colaboração e pesquisas on-line, de modo a criar novas oportunidades para o aprendizado da língua estrangeira [...] (DIAS, 2002, p.4).

“O projeto é pertinente à problemática apresentada e aponta com

excelência a relevância do uso de tecnologias no ensino de uma língua

estrangeira. Quando participei do PDE em 2007 lembro de Vani Moreira Kenski

que entende a tecnologia como algo a ser utilizado para a transformação do

ambiente tradicional da sala de aula (local, normalmente, desinteressante e

com pouca interação entre alunos e professor), buscando através dela criar um

espaço em que a produção do conhecimento aconteça de forma criativa,

interessante e participativa, de modo que seja possível educador e educando

aprenderem e ensinarem usando imagens (estática e ou em movimento), sons,

formas textuais, e com isso adquirirem os conhecimentos necessários para a

sobrevivência no dia-a-dia em sociedade. E é isso que o presente projeto está

buscando...” (Professora T.E.M.)

Dessa forma, uso da internet, computador e outras tecnologias

proporcionam o uso mais contextualizado e significativo da LEM para nossos

alunos, assim como tornar as aulas mais motivadoras é o grande desafio hoje,

como afirma Vera Menezes de Oliveira e Paiva:

“A cada nova tecnologia, a escola, especialmente no ensino de línguas, busca inserir essa nova ferramenta nas práticas pedagógicas em uma tentativa de melhorar a mediação entre o aprendiz e a língua estrangeira. Assim, o livro ganhou a companhia do som e da imagem, oferecendo input menos artificial.” (PAIVA, p.7)

De fato a integração de recursos tecnológicos como o computador e a

internet contribuem para novas estratégias de ensino aprendizagem. Esses

novos meios digitais como aparelhos de dvd, celulares, mp3 e o computador

em são equipamentos que podem enriquecer o processo de ensino-

aprendizagem de línguas estrangeiras. O uso da tecnologia pode ser usado

para uma melhor abordagem sobre o conteúdo lecionado pelo professor, pois a

aula expositiva não é mais a única forma de aprendizagem existente.

Finalizando com uma das palavras da professora M.A.T., participante do GTR,

o “... uso da tecnologia como ferramenta para professores e alunos vem

adquirindo cada vez mais importância no cenário educacional, pois contribui

para a criação de novas estratégias de ensino-aprendizagem.”

Levantamentos Negativos sobre a temática:

Apesar dos resultados e manifestações positivas, a realidade escolar

demonstra os aspectos negativos sobre o uso de novas tecnologias na escola,

o que também foi apontado pelos professores participantes do GTR:

“Os alunos não têm muito interesse, nós não estamos conseguindo

surpreende-los. Eles "sabem" utilizar os recursos tecnológicos, porém não

usam como ferramenta educacional, utilizam apenas para o lazer. Quando

propomos uma atividade seja no laboratório de informática a mesma precisa

ser bem atrativa, senão eles já se desmotivam..... é uma luta constante.Mas

ainda acredito ser essa a melhor maneira de cativar o aluno, fazer com que ele

se sinta interessado, pois os professores que entendem, utilizam os recursos

tecnológicos ainda são mais valorizados e admirados por não terem parado no

tempo.” (Professora V.S.U.)

Esse comentário revela uma realidade: é preciso buscar a melhor

maneira de trabalhar para desenvolver todas as potencialidades do computador

em favor das aulas de LEM. É necessária uma mudança de atitude por parte

do professor. Como ressalta Paiva, é bem possível que o computador não

chegue para todos, mas é preciso também ter em mente que nem o livro e nem

o computador farão milagres no processo de aprendizagem. O sucesso da

aquisição de uma língua estrangeira depende da inserção do aprendiz em

atividades de prática social da linguagem e, dependendo do uso que se faz da

tecnologia, estaremos apenas levando para a tela os velhos modelos presentes

nos primeiros livros didáticos.

“Realmente, os alunos utilizam os recursos tecnológicos apenas para o

lazer e, quando são instigados a utilizar tais recursos em atividades educativas,

demonstram grande desinteresse pelas mesmas. Como você bem diz,

qualquer atividade proposta, utilizando as novas tecnologias deve ser bastante

atrativa, sob pena de ser tornar um fracasso total. Sem dúvida é uma luta

constante, percebo que os aparatos tecnológicos são muito corriqueiros na vida

dos nossos alunos, porém os mesmos não os utilizam em prol da construção

do conhecimento, pois os jovens os utilizam apenas como instrumentos de

lazer. Realmente, a questão fundamental para o sucesso de qualquer tentativa

de aliar os recursos tecnológicos ao ensino da língua inglesa, reside na

conscientização que os alunos devem ter a respeito da importância do

conhecimento. Está aí o grande desafio a ser enfrentado por todos nós,

diariamente, em nossas salas de aula.” (Professor A.G.D.)

Isso acontece de fato, portanto a metodologia é que é o ponto crucial

para que o uso das novas tecnologias possa ser eficaz para despertar um

maior interesse dos alunos pelas aulas de LEM, que é o foco principal de meu

trabalho. Realmente o uso da informática por si não trará mudanças nas aulas

de LEM se não houver um preparo adequado por parte do professor e

condições mínimas necessárias na escola para isso.

“... os alunos estão cada vez mais desmotivados. Procuro levar curtas,

músicas e outras atividades às aulas, mas parece que nada os agrada. Por

mais que eles sejam tecnológicos, eles querem ver coisas somente do

interesse deles. Mas claro que ainda conseguimos atingir a um grupo seleto.

Realmente, a tecnologia está a todo vapor, mas as escolas ainda estão

ultrapassadas. Precisamos de melhor qualidade para poder colocar em prática

tudo que aprendemos na teoria, mas enquanto isso, vamos adaptando

conforme conseguimos.” (Professora M.T.C.P.)

Atualmente, há dificuldade de participação, disciplina e interesse de

vários alunos, há também necessidade de melhoria do laboratório de

informática, para o uso das tecnologias nas aulas de LEM, para que estas

sejam eficazes e principalmente preparo prévio por parte do professor para que

a metodologia usada em relação ao uso das tecnologias seja eficaz.

“Como adepta ao uso de tecnologias em sala de aula, afirmo que esta

produção didático-pedagógica é aplicável, porém em apenas uma das escolas

onde trabalho, pois a maioria delas não possui acesso wireless à internet o que

inviabilizaria a atividade em que o professor acessa seu Facebook através do

projetor multimídia para criar um grupo fechado e adicionar alunos...”

(Professora T.E.M.)

De fato, problemas com o laboratório de informática como falta de

internet, aparelhos com defeitos prejudicam muitas vezes o uso dos recursos

tecnológicos como instrumento de aprendizagem. Há necessidade de

manutenção frequente e troca de computadores nas escolas. Durante a

aplicação deste projeto, o laboratório de informática não estava funcionando,

outras vezes quando estava funcionando tinha computadores que não se

conectavam com a internet, outros travavam... Estes acontecimentos

desestimularam os alunos a irem ao laboratório e gerou indisciplina. Por outro

lado, o projeto poderia ter despertado mais interesse se aulas tivessem uma

sequência no laboratório de informática, mas, como dito, essa sequência foi

quebrada, devido a problemas de manutenção nos computadores e na internet.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O PDE é um programa muito bom por proporcionar ao professor tempo

para o estudo, seu aperfeiçoamento como profissional de maneira mais

intensiva.

Com os estudos realizados durante o ano de 2013 e a implementação

do projeto de intervenção pedagógica foi possível fazer uma análise da teoria

estudada e aplicação prática da mesma. Em relação ao objetivo geral concluiu-

se que é possível integrar o uso da informática ao processo de ensino-

aprendizagem em língua inglesa, desde que presentes alguns requisitos.

Sabemos que a internet é uma ferramenta que proporciona novas

formas de trabalho da língua inglesa. Ela faz uma ponte entre a escola e o

mundo lá fora e aumenta a comunicação entre a escola, pais e alunos,

tornando as aulas mais interessantes. Os recursos tecnológicos atraem os

alunos e fazem com que eles se sintam mais capazes de aprender sozinhos.

Apesar disso, nós professores devemos trabalhar a consciência ética e

responsável dos alunos em relação ao seu aprendizado quando usarem a

internet. Cito como exemplo o uso do google tradutor, que pode se tornar uma

muleta: as cópias ao fazer pesquisas deixando de lado a leitura e análise do

que está sendo pesquisado são apenas alguns exemplos do mau uso da

internet. A pesquisa na internet pode trazer novidades e possibilidades variadas

em LEM, mas requer tempo para que o professor possa pesquisar e selecionar

as mais adequadas as suas turmas.

Outra reflexão que este artigo nos traz é a do quanto é necessário o

investimento na formação dos professores de língua estrangeira, por parte das

instituições escolares para aproveitarem mais os recursos tecnológicos em

suas aulas e assumirem novos conhecimentos e atitudes.

O lado negativo que foi possível detectar é que a instalação de salas de

informática nas escolas baseou-se pelo que tudo indica na perspectiva que só

faltava o computador para a modernização das escolas e da aprendizagem.

Contudo já faz anos que o que se encontra nas escolas são computadores

quebrados, desatualizados, sucateados e sem nenhuma manutenção.

É fato que a internet e as TICs fazem parte do mundo e da escola

independente da vontade dos professores e das péssimas condições em que

os laboratórios de informática das escolas. E viver sem as tecnologias hoje é

como se tornar um ermitão.

A tecnologia pode tornar as aulas mais dinâmicas sem sombra de dúvida

para nossos alunos que vivem desinteressados devido a vários motivos na sala

de aula e um deles é a falta de dinâmica nas aulas.

Contudo, para que o professor de LEM possa fazer uso desses recursos

tecnológicos na escola e a sala de informática devem se encontrar em

condições físicas de uso. Para isso, o ambiente deve contar com número

adequado de computadores conectados a uma internet de qualidade, com

caixas de som atreladas aos computadores, com impressoras, scanners, fones

de ouvido e webcam, com manutenção de hardware e condições de substituir

peças que podem se estragar naturalmente, como mouses e teclados.

Conclui-se, portanto que a informática pode oferecer várias

possibilidades como instrumento de aprendizagem nas aulas de língua inglesa,

contudo formação do professor e condições materiais na escola não podem

andar desconectadas.

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