OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ/PDE 2014

LUCIANE JORGE MAFTUM

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLALÍNGUA PORTUGUESA VOLTADA PARA EJA E EDUCAÇÃO ESPECIAL:

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO POR MEIO DE RÓTULOS

PONTA GROSSA

2014

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014

Título: LÍNGUA PORTUGUESA VOLTADA PARA EJA E EDUCAÇÃO ESPECIAL: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO POR MEIO DE RÓTULOS

Autor: Luciane Jorge Maftum

Disciplina/Área: Língua Portuguesa/ Educação Especial

Escola de Implementação doProjeto e sua localização:

Escola de Educação Básica na Modalidade daEducação Especial Salomão Andraus.

Rua: Expedicionários, 805 - Centro

Município da escola: Wenceslau Braz

Núcleo Regional de Educação: Wenceslau Braz

Professor Orientador: Prof. Ms. Simone Carvalho do Prado dos Santos

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Ponta Grossa

Relação Interdisciplinar:

Resumo: A presente sequência didática é voltada paraalunos do EJA da Educação Especial da EscolaEspecial Salomão Andraus- APAE deWenceslau Braz, tendo como foco principal aalfabetização e letramento por meio deembalagens e rótulos. Desenvolver um trabalhovoltado para a Alfabetização e Letramentopartindo do conhecimento que os alunos trazemsobre os rótulos em seu dia a dia será muitoimportante para que o aprendizado se efetive.Espera-se que o aluno especial consiga certaautonomia na sociedade letrada em que vive ereconheça rótulos que serão necessários parasua vida dentro e principalmente fora da escola,isso o auxiliará a viver com mais autonomia.Alguns objetivos deverão ser sistematizados aolongo de todo o trabalho para que se obtenhaêxito nas atividades propostas e a personagemNina e sua professora Josefa é que nosconduzirão no desenvolvimento destas;Estimular o reconhecimento de palavrasatravés de rótulos;Possibilitar ao educando comDeficiência Intelectual uma nova forma de

aprendizado da leitura e escrita através de umalinguagem conhecida e utilizada por ele emsua vivência;Utilizar o conhecimento prévio demundo sobre produtos utilizados no cotidianodo educando para reconhecer ou mesmoidentificar a utilidade dos produtos que estáadquirindo.

Palavras-chave: Letramento, rótulo, Educação Especial, EJA

Formato do Material Didático: Sequência Didática

Público: Alunos da EJA com Deficiência Intelectual

APRESENTAÇÃO

A presente sequência didática está relacionada à Educação Especial/ EJA, portanto

atingirá esse público específico e por esta razão as atividades têm a finalidade de maior

assimilação do contexto social em que estão inseridos por meio de rótulos e embalagens..

Além dessa característica o material assume a concepção de letramento, tendo em vista

que o foco principal encontra-se em alunos com um dificuldade intelectual.

Reconhecendo que o gênero discursivo rótulo é complexo, e várias informações

são fornecidas como, por exemplo, valor nutricional, descrição do produto, data de

validade, entre outros, devemos ressaltar que devido às características dos alunos a que

esta sequência didática se destina será explorada somente a identificação do

produto/marca.

A organização da Educação Especial sempre esteve determinada por um critério

básico: a definição de um grupo de sujeitos que, por diferentes razões, não

correspondem à expectativa de normalidade ditada pelos padrões sociais vigentes.

Assim, ao longo da história, ela constitui uma área da educação destinada a apresentar

respostas educativas a alguns alunos, ou seja, àqueles que, supostamente, não

apresentariam possibilidades de aprendizagem no coletivo das classes comuns, que

foram, entre outras denominações estigmatizantes, rotulados como excepcionais,

retardados, deficientes.( DCES's, 2006, p.09).

Ainda citando as Diretrizes Curriculares ”constata-se que a atenção educacional

aos alunos, atualmente denominados com necessidades especiais, esteve motivada por

concepções de atendimento que refletem diferentes paradigmas nas relações da

sociedade com esse segmento populacional.

O extermínio, a separação, o disciplinamento, a medicalização são diferentes

práticas para se relacionar com as pessoas que fogem ao padrão de normalidade,

produzidas no interior de cada grupo social para responder às suas exigências de

existência”. ( DCE's, 2006, P. 17).

Sendo assim, percebemos no uso de embalagens e rótulos uma forma de

letramento que faz parte do cotidiano de nossos alunos em qualquer tempo e situação, o

que possibilita aos mesmos um acesso mais fácil e prático no que tange ao

desenvolvimento com esta forma de alfabetização, o que nos deixa mais a vontade para

desenvolvermos um trabalho pleno e satisfatório.

De acordo com Soares(2004,p.7) comenta que, “(...) no Brasil os conceitos de

alfabetização e letramento se mesclam, se superpõem, frequentemente se confundem,

sendo possível perceber uma progressiva extensão do conceito de alfabetização em

direção ao conceito de letramento: do saber ler e escreverem direção ao ser capaz de

fazer uso da leitura e da escrita”.

Schneuwly e Dolz (2004, p. 81-82) recomendam a teorização de um processo

didático compreendido por três momentos interligados por uma forte interação e em

constante movimento. Tais momentos compreendem os três movimentos do trabalho

didático, sendo: o princípio da legitimidade, considerando os saberes teóricos dos

especialistas; de pertin6encia, respeitando as capacidades dos alunos, finalidades,

objetivos da escola; e de solidarização, isto é, a coerência entre os saberes a partir dos

objetivos visados.

Segundo Bakhtin e Voloshinov (1995, p.95) já defendiam que um “método eficaz e

correto de ensino prático exige que a forma seja assimilada não no sistema abstrato da

língua, isto é, como uma forma sempre idêntica a si mesma, mas na estrutura concreta da

enunciação, como um signo flexível e variável”.

Desta forma desenvolver um trabalho voltado para a Alfabetização e Letramento

partindo do conhecimento que os alunos trazem sobre os rótulos em seu dia a dia será

muito importante para que o aprendizado se efetive, principalmente em se tratando de

educandos do EJA na modalidade de Educação Especial.

Consequentemente a sequência didática será construída da seguinte maneira:

Atividade de leitura, atividade de escrita, atividade de produção oral, desta forma para

uma maior assimilação do conteúdo optou-se por estabelecer um vínculo com uma

personagem fictícia chamada Nina, a qual irá conduzir todas as atividades juntamente

com sua professora D. Josefa, despertando o interesse em um mundo fantasioso e

convidativo para todos os envolvidos.

A sequência didática prevê um total de 32 horas, conforme estabelecido diante das

atividades propostas.

JUSTIFICATIVA

Segundo Soares (1999), Alfabetização e Letramento são considerados dois

aspectos diferentes do contato com a leitura e a escrita: letrar é direcionar a criança,

conduzir e inserir no campo das letras do uso social da leitura e escrita. A alfabetização

compreende a decodificação assimilação dos signos linguísticos. Partindo dessas

considerações, os rótulos, material com o qual se pretende desenvolver este trabalho,

parece muito apropriado, uma vez que faz parte da vivência, do cotidiano desses alunos e

contém elementos de leitura e potencial para desencadear a escrita, desta maneira

podendo contribuir com a alfabetização. Outro aspecto importante é o fato de que o

público alvo do projeto, alunos da EJA na Educação Especial, são alunos diagnosticados,

a maioria deles, com Deficiência Intelectual, desta forma trata-se, de jovens e adultos

analfabetos ou semialfabetizados. O que se espera, nesse contexto, é que o aluno

especial consiga certa autonomia na sociedade letrada em que vive e reconheça rótulos

que serão necessários para sua vida dentro e principalmente fora da escola, isso o

auxiliará a viver com mais autonomia.

A Educação Especial, como integrante dos sistemas educacionais, é modalidade

de educação que compartilha os mesmos pressupostos teóricos e metodológicos

presentes nas diferentes disciplinas dos demais níveis e modalidades de ensino. No

entanto, o desafio da participação e aprendizagem, com qualidade, dos alunos com

necessidades educacionais especiais, seja em escolas regulares, seja em escolas

especiais, exige da escola a prática da flexibilização curricular que se concretiza na

análise da adequação de objetivos propostos, na adoção de metodologias alternativas de

ensino, no uso de recursos humanos, técnicos e materiais específicos, no

redimensionamento do tempo e espaço escolar, entre outros aspectos, para que esses

alunos exerçam o direito de aprender em igualdade de oportunidades e condições. (DCE,

2006, p . 09).

Embasados nestas observações podemos concluir que é possível desenvolver

um trabalho de alfabetização e letramento a partir de rótulos que estão presentes no dia

a dia de nossos alunos da EJA na Educação Especial. Desta forma possibilitar-se-á aos

educandos um contato com eventos e práticas de letramento. Por meio dos rótulos,

também é possível acessar a realidade dos alunos, é perceptível que encontrarão muito

mais facilidade em juntar letras e fazer a leitura – alfabetização - por meio de coisas que

já são conhecidas - letramento. Diante desse pressuposto, vale afirmar que a

alfabetização/letramento torna-se-ia mais compreensível se utilizássemos a vivência que

o aluno já possui através dos rótulos e embalagens.

Etiquetas e embalagens são portadoras de diversos textos que cumprem com a

função de informar sobre o conteúdo de um produto que está sendo adquirido, bem como

sua composição, os cuidados necessários para seu funcionamento e manutenção, data

de sua validade, como se deve usar ou armazenar o produto comprado. Também é

função dos rótulos, mostrar textos escritos curtos, podendo usar imagens ilustrativas.

Compreender esses textos é fundamental para o exercício da cidadania e, se bem

utilizados na alfabetização, podem trazer contribuições importantes também para os

avanços dos alunos.

Para que se obtenha sucesso faz-se necessário estabelecer alguns objetivos que

deverão ser sistematizados ao longo de todo o trabalho para que se obtenha êxito nas

atividades propostas.

• Alfabetizar e letrar por meio de rótulos no contexto de EJA pessoas com

Necessidades Educacionais Especiais.

• Estimular o reconhecimento de rótulos formando palavras por meio e

reconhecendo-as em pequenos textos;

• Possibilitar ao educando com Deficiência Intelectual uma nova forma de

aprendizado da leitura e escrita através de uma linguagem conhecida e utilizada

por ele em sua vivência;

• Identificar as principais informações trazidas nas embalagens e nos rótulos;

• Utilizar o conhecimento prévio de mundo sobre produtos utilizados no cotidiano do

educando para reconhecer ou mesmo identificar a utilidade dos produtos que está

adquirindo.

Apresentação do tema:

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), Alfabetização e

Letramento estão ligados entre si, um faz parte do aprendizado do outro e assim

sucessivamente. Hoje em dia percebemos a questão Letramento, como algo complexo e

multifacetado, ao se pensar no processo de ensino aprendizagem, na escola podemos

definir o letramento como o conjunto de práticas de leitura e produção de textos escritos

que as pessoas realizam por meio do que está exposto na sociedade, nas diferentes

situações do cotidiano, sejam elas formais ou informais.

E é justamente nessa situação que os gêneros textuais aparecem de formas

variadas, e cada um deles com suas próprias características, quanto à sua estrutura

composicional, quanto aos recursos que usa, bem como para as finalidades a que se

destinam que podem também ser variadas em seu contexto, e tudo isso ocorre no espaço

onde esta informação está circulando independentemente de quem irá usá-la e de que

modo.

De acordo com os PCNs:

A experiência com textos variados e de diferentes gêneros é fundamentalpara a constituição de um ambiente de letramento e alfabetização. Aseleção do material escrito, portanto deve estar guiada pela necessidadede iniciar o aluno no contato com os diversos textos e de facilitar os aobservação de práticas sociais de leitura e escrita nas quais suasdiferentes funções e características sejam consideradas. Neste sentido ostextos de literatura, como jornais, revistas, textos publicitários,propagandas, rótulos, entre outros, são modelos que se podem oferecerpara que o aluno aprenda sobre a linguagem que se usa para escrever.Podemos usar variados gêneros textuais para desenvolver a leitura e aescrita de nossos alunos, entre eles podemos citar: receitas culinárias,regras de jogos, textos impressos de embalagens, rótulos de alimentos,anúncios, cartazes, folhetos de lojas e de supermercado contendopromoções variadas, cartões de aniversário e de natal, histórias emquadrinhos, parlendas, canções, poemas , quadrinhas, mitos, lendas,fábulas entre muitos outros gêneros existentes dentro das possibilidadesde letramento e alfabetização (BRASIL,1998,p.58).

Agora, conheça Nina, sua nova companheira, uma menina muito alegre, estudiosa,

adora ajudar seus colegas, muito curiosa, sempre imaginou como seria ficar dentro de

uma embalagem em um supermercado, ouvindo o burburinho das conversas, a correria

das crianças, as mercadorias chegando e os funcionários correndo para arrumar as

prateleiras, ajudar as pessoas que precisam de auxílio para encontrarem um produto,

saber quanto custa, “acho tudo isso incrível”, - dizia ela a sua mãe Dona Aurora.

- _ Mãe você pode imaginar, são tantos rótulos coloridos, embalagens de tamanhos

diversos e preços variados e melhor de tudo, tem para todos os gostos!

- _ Nina já é tarde, respondeu sua mãe. Amanhã você levanta cedo.

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Enquanto dormia, Nina sonhava com o mundo das embalagens, mundo colorido,

cheio de sabores, perfumes, códigos de barra, vindos de diferentes locais do Brasil e do

mundo.

...Nina acorda maravilhada com seu sonho, toma seu café e vai para a escola, toda

animada, pois havia tido várias ideias durante a noite e estava animada para contar para

sua Professora D. Josefa, porém antes de ir a menina recolhe todos os rótulos e

embalagens que possui em casa e também pede para seus coleguinhas que encontra no

caminho da escola levarem . Chegando lá conta a sua Professora suas ideias e sugere

para que construam alguns jogos/brincadeiras usando rótulos/encartes e tudo o que mais

era possível para que o sonho da garota tornasse realidade, logo a professora, animada

com a desenvoltura de Nina reúne todos os amiguinhos de sala e começam um árduo

trabalho onde todos se envolveram.

E desta forma Nina e sua Professora Josefa nos convidam para mergulhar em seu

sonho.

Atividade 1 – Professora Josefa e Nina – O alfabeto de Rótulos

Primeiro Nina e D. Josefa explicam para a turma que irão montar um alfabeto, só

que este alfabeto será montado de forma diferente. Todos ficam eufóricos, e D. Josefa,

tenta estabelecer regras para as atividades. Primeiro ela retoma que é através do

conhecimento do alfabeto que formamos palavrinhas, mas neste momento, todos

estavam ansiosos demais para explicações, pois queriam por em prática as ideias de

Nina. D. Josefa então, decide junto com Nina iniciarem as atividades.

- Todos prestem atenção, vamos montar um alfabeto utilizando rótulos e

embalagens, cada qual com sua respectiva letrinha inicial.

Os pequenos ficaram entretidos por 2 horas, e com o auxílio de Josefa e Nina, tudo

ficou perfeito.

Nina ficou contente com a participação de todos seus amiguinhos na elaboração

do alfabeto, pois ela não esperava tanto empenho. Vejamos como ficou o alfabeto da

turma.

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A professora Josefa nunca imaginou que as ideias da “pequeNina” iriam fazer tanto

sucesso e resolveu por em prática todas elas, Nina desta forma conduziu a todos com a

ajuda de sua professora. E todos embarcam em mais uma atividade, vejamos o que vem

por aí.

Atividade 2 – Formação de palavras utilizando as letrinhas do alfabeto

Após concluírem o alfabeto D. Josefa sugere que formem palavras, é claro que

Nina, mais uma vez sugeriu que usassem embalagens, de preferência recicláveis, pois D.

Josefa sempre falava em consciência ecológica. E não é que deu certo, a “danadinha”,

mais uma vez conseguiu que todos participassem e olhem só o resultado da brincadeira!

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Nina, muito esperta, propôs, aos seus amiguinhos um jogo, pois colocaram cada

letrinha do alfabeto em tampinhas de garrafa pet, mas o que Nina pretendia com isso? -

pois bem, ela mostra um encarte de supermercado e sugere que os amiguinhos busquem

nas tampinhas letrinhas iguais aos produtos escolhidos por ela. “Danadinha essa menina,

hein?”.

Dona Josefa animou-se com a iniciativa de Nina e solicitou que os amiguinhos

transcrevessem em seus cadernos as palavrinhas que formaram, e assim transcorreram 3

horas de pura diversão, pois todos se envolveram na construção do jogo e na transcrição

de palavras, algumas até desconhecidas por eles, após isso D. Josefa explicou a

importância de conhecer as embalagens e os rótulos.

Atividade 3 – Identificando as embalagens e rótulos

Depois de tanta brincadeira, Nina tem uma nova ideia e com a ajuda de sua

professora resolvem iniciarem as atividades.

Professora Josefa solicita que cada um fique com um coleguinha e através do

encarte relatem quais os produtos, embalagens e rótulos que eles mais gostaram, e

também a identificação daqueles mais usados em suas casas. E todos se envolveram de

tal forma que nem perceberam o tempo passar, pois ficaram 3 horas escolhendo seus

produtos preferidos e identificando-os em seus caderninhos, lembrando sempre o alfabeto

e a formação das palavras das atividades anteriores, D. Josefa, estava cada vez mais

maravilhada, pois o que Nina e os outros ainda não haviam percebidos é que eles

estavam aprendendo brincando.

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Todos, embora cansados, estavam animados, mas a fome bateu forte, foi aí que a

“grande” Nina lembrou que sua mãe, Dona Aurora, havia pedido para ela comprar gelatina

porém, como ela estava eufórica para contar a seus amiguinhos o sonho da noite anterior,

esqueceu de entregá-las a mãe. E é claro que mais uma vez a “espertinha” surpreende a

todos. Mostrou a turma as diferentes marcas de gelatina e claro os diversos sabores e

logo Josefa convidou-os a prepará-las para um pequeno lanche. E eis que todos, mais

que depressa toparam, mas como tudo para a Nina e sua professora tem um propósito,

ela explicou que logo após a degustação todos teriam que ajudá-la na construção de mais

algumas atividades. Todos já ficaram curiosos para saber o que mais viria, da pequena

garota prodígio e de sua professora audaciosa. Mas Nina deu uma pausa em suas

brincadeiras para o lanche e Dona Josefa observou a oportunidade e percebeu que todos

ali estavam utilizando alguns rótulos e embalagens e viu a oportunidade de retratar

aquele momento.

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Atividade 4 – Construção de texto/gráfico

Pois bem, explica Dona Josefa e Nina, todos nós após degustarmos os vários

sabores de gelatina, de diferentes marcas, faremos um texto / gráfico relatando qual o

sabor que mais apreciamos. Só não podemos esquecer que utilizamos vários sabores,

uva, limão, cereja, framboesa, tangerina, abacaxi, e claro, não podemos esquecer a de

morango, que particularmente acho que teve mais saída. Nossa! já dei a dica, mas

vamos ver se todos conseguimos montar um gráfico de sabores juntos? Nina e sua

professora atenciosa, conduziram a atividade juntas, e em 3 horas construíram um gráfico

perfeito e puderam contar com a ajuda de todos.

HORA DA DEGUSTAÇÃO!!!

PROFESSOR (A) TIRE UMA FOTO DE SUA TURMA E

COLE NO MURAL

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Agora que todos já estão alimentados, Nina conduz novamente aos jogos e

brincadeiras e desafia seus colegas para mais uma jornada de trabalhos no mundo tão

fantástico dos rótulos e das embalagens. E mais uma vez Dona Josefa adentra no mundo

da garota e a auxilia na condução da atividade.

Atividade 5 – Um joguinho de raciocínio

A menina propõe o seguinte para seus coleguinhas: Um jogo de dominó, mas neste

momento D. Josefa lembra-os que poderão utilizar somente rótulos. Todos ficaram

empolgados, e logo começaram o desenvolvimento do jogo, estavam ansiosos para

concluírem a construção e começarem a se divertir, praticando e desenvolvendo seu

raciocínio através de mais uma das propostas de Nina, e assim, por 2 (duas) horas

ficaram absortos naquele universo maravilhoso.

SERÁ QUE DESCOBRIREMOS O SABOR PREFERIDO DA TURMA???

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Olha só, mais uma vez, Nina e sua professora, conseguiram atingir seus objetivos,

mas a aluna aplicada e a professora dedicada, ainda não estavam satisfeitas e

convenceram todos, para participarem na construção de mais alguns jogos.

Vamos ver como ficaram as ideias.

Atividade 06 – Desafiando a memória

Josefa tinha em sua turma um garotinho muito, mas muito tímido, chamado

Henrique, o mesmo quase não se comunicava com ninguém, a não ser quando solicitado,

e para a surpresa de todos, de repente o menino resolveu montar um jogo da memória, é

claro que também embarcou nas aventuras de Nina e fez como ela solicitou no início, ou

seja todos os jogos e brincadeiras teriam que ter os rótulos, pois ela os amava muito. E

vejamos como foi o desenvolvimento dessa atividade. Entre a construção do jogo e a

execução do mesmo tiveram 2 horas de pura diversão. Então vamos lá, Henrique é que

irá nos apresentar a atividade desta vez, claro que Nina e Dona Josefa estavam juntinhas

com o menino tímido.

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Nina, ao ver a criação de seu colegas, ficou maravilhada, enquanto Dona Josefa

totalmente surpresa com a desenvoltura do menino, e logo começaram o trabalho na

construção de mais e mais jogos, toda a garotada estava empenhada em ajudar Nina a

realizar o seu sonho, e com isso também, estavam aprendendo coisas novas,

deslumbrando um mundo que até aquele momento parecia tão normal e sem graça e a

Professora Josefa aproveitou a animação da garotada para desenvolver todo o contexto

de forma didática, com a finalidade de um aprendizado efetivo. E partiremos desta forma

para a próxima atividade, pois não deixavam-se vencer pelo cansaço.

Atividade 07 – Um jogo de boliche só para descontrair

Todas aquelas emoções davam-lhes energia e a cada novo momento surgia uma

nova brincadeira com os rótulos. Nina, Dona Josefa e toda a turma pareciam não querer

que aquele dia acabasse nunca mais, pois estavam fazendo um sonho tornar-se

realidade. Nisso mais uma ideia surge e logo, logo, é colocado em prática a construção de

mais um jogo. Vejamos qual foi a ideia desta vez, Nina já não aguentava mais de

curiosidade e Dona Josefa agora faz um certo suspense. Até que sua amiguinha

surpreendeu a todos com o “jogo do boliche”, todos ficaram encantados, pois não

imaginavam o que aquela garotinha que senta lá no fundo da sala, não conversa com

quase ninguém era capaz de fazer. Então Nina, mais do que depressa tomou frente ao

jogo e começaram a brincar com o que a menina construiu. Será que alguém é capaz de

adivinhar o que a garotinha fez? E o que ela utilizou? Só não podemos esquecer que tudo

o que Nina propôs tem que ter rótulos ou embalagens. Então, Nina, apresente-nos o jogo

de sua coleguinha, pois ela ficou longas 03 horas trabalhando para que todos pudessem

se divertir.

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Todos adoraram a ideia, pois com a ajuda da professora a coleguinha de Nina

utilizou garrafas recicláveis e com um dos encartes do início das atividades rotulou as

garrafas, com produtos de todos os tipos e marcas, desta forma quem derrubasse a

garrafa que continha o rótulo com o produto mais caro, faria mais pontos, todos adoraram

a ideia e logo partiram para a ação. E imaginem só quem venceu o jogo. Sim, não podia

ser outra, Nina.

Mas seus amiguinhos não poderiam perder a oportunidade de tentar novamente e

mais uma rodada ocorreu, só que desta vez não foi Nina quem ganhou e sim seu amigo.

Todos ainda estavam eufóricos, pois não imaginavam quantas coisas poderiam

desenvolver com embalagens e rótulos e ainda que poderiam aprender brincando.

As ideias continuaram a surgir e a cada nova ideia um novo desenvolvimento de

jogo, as crianças estavam encantadas com todas as possibilidades que nem deram conta

que já estava quase na hora de retornarem para suas casas.

Mas ainda dava tempo de mais uma brincadeira, e decidiram votar entre as ideias

que surgiram: quebra-cabeça, o jogo de perguntas e respostas e o bingo

Os jogos foram apresentados e mais uma atividade foi executada. Dona Josefa

conduziu a atividade desta vez, mas lógico que Nina deu seus palpites, pois menina

amava os rótulos e não poderia ficar de fora. Pois bem, disse a professora Josefa aos

seus alunos:

_ Cada um receberá um rótulo diferente e irá montar um quebra-cabeça em seu

caderninho, pois anotaremos tudo o que for de mais importante sobre o produto que

recebermos. Vamos ver quem irá montar o quebra-cabeça mais criativo? Lembrem-se que

temos agora poucas horas para continuarmos nossas brincadeiras, por isso Nina irá

ajudar a todos.

Atividade 08 – O quebra-cabeça de rótulos.

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Nina foi à loucura, ficou em dúvida entre os jogos, queria jogar todos, mas o tempo

agora esta curto, pois na atividade anterior levaram 03 horas desde a execução e a

diversão.

Professora Josefa, fica impressionada com toda a criatividade da garotada e os

conduz a última atividade. Vejamos qual foi a atividade escolhida por todos!!!

Atividade 09 – A premiação

Sim, decidiram pelo bingo, pois no início das atividades cartelinhas utilizando os

rótulos que trouxeram e não seria justo desfrutarem de um trabalho que levaram 02 horas

para realizar, então sem mais rodeios começaram a jogar, e a garota ainda estava

empolgada, mas neste instante, Nina sentiu uma frustração, pois ainda tinha muitas e

muitas ideias e gostaria de colocá-las em prática com seus amigos, e foi nesse momento

que teve a brilhante ideia de solicitar aos seus colegas atividades extra-classe, as quais

deveriam ser apresentadas no dia seguinte. Todos concordaram, pois conseguiram

aprender muito com as brincadeiras. Nina contou sua ideia a professora, que adorou, e

complementou de forma fantástica.

Vamos ver o que a menina espevitada quer desta vez.

Nina convida seus colegas a uma visita ao supermercado e Josefa esclarece o

seguinte:

_ Antes de irmos temos que fazer uma lista com todos os produtos que conhecemos,

gostamos e utilizamos em nosso dia-a-dia. Vamos ficar pelo menos umas 4 horas para

realizarmos essa atividade, será que todos participariam, vamos imaginar como será

fantástico um passeio desses, pois estaríamos mergulhando no sonho da Nina.

Todos mais do que depressa concordaram com o passeio, e já ficaram imaginando

como será, e torcendo para que o próximo dia chegue o mais rápido possível.

Ao voltar para casa, Nina conta feliz a mãe que

aquele dia ficará em sua memória.

Agora como a Nina, vamos nos preparar para

realizar a construção de vários jogos, utilizando

rótulos e embalagens e vamos nos divertir

aprendendo

Referências utilizadas nesta Sequência

Didática

BAKHTIN, M.;VOLOCHINOV, V. N. Marxismo e Filosofia da linguagem. São Paulo,Hucitec, 203 p, 1995 (1929).

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto/Secretaria de Educação do EnsinoFundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa, vol. 2. Brasília,1997.

DOLZ,J; SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita –elementos para reflexões sobre uma experiência Suíça (Francófona). In: ROJO, R.;CORDEIRO, G.S. Gêneros Orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado deLetras, 2004.

PARANÁ, DCEs- Educação Especial. Curitiba, SEED, 2006.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2004.

SOARES, M.B.. Letramento e alfabetização: As muitas facetas. Revista Brasileira deEducação, 25:p. 5-17, 2004,

Links:

http://fazendoanossafesta.com.br/2011/07/imagens-de-bonecas (Acesso em 28/10/2014)

www.pragentemiuda.org (Acesso em 25/09/2014)

http://cirandinha-vr.blogspot.com.br (Acesso em 25/09/2014)

www.educasempre.com ( Acesso em 27/09/2014)

http://escoladoutorborgesdemedeiros.blogspot.com.br ( Acesso em 27/09/2014)

http://emvjr.blogspot.com.br (Acesso em 03/10/2014)

http://alfabetizacaocefaproponteselacerda.blogspot.com.br ( Acesso em 05/10/2014)

http://espacoeducar-liza.blogspot.com.br/ (Acesso em 05/10/2014)

http://cirandinha-vr.blogspot.com.br (Acesso em 10/10/2014)

http://cantinho-priscila.blogspot.com.br ( Acesso em 13/10/2014)

http://dani-alfabetizacaodivertida.blogspot.com.br (Acesso em 13/10/2014)

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_edespecial.pdf ( Acesso em 18/10/2014)

http://www.dicafatal.com/faca-voce-molduras-para-quadro/ (Acesso em 10/11/2014)

http://baudefiguras.blogspot.com.br/2011/04/figuras-de-meninos-e-meninas-para-artes.ht

ml ( Acesso em 10/11/2014)