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  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

    Paulo Walter SchnorrVice-Presidente de Fiscalizao do CRCRSFortaleza, 14/11/2008

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

    Vice-Presidente de Desenvolvimento ProfissionalContador Eduardo

    Arajo de Azevedo

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

    Objetivos: Apresentar o cenrio para a profisso contbil nos prximos anos, em decorrncia das profundas mudanas em curso, no campo econmico, poltico, social, ambiental e tecnolgico, considerando a viso sistmica de empresa e o papel da contabilidade na preparao e divulgao de informaes financeiras das organizaes empresariais.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Crise econmica preocupa brasileiros que vivem nos EUA

    Jos Luiz de Souza est alarmado. Resolveu vender tudo o que ganhou em 20 anos de trabalho nos Estados Unidos para voltar ao Brasil. Aos 56 anos, diz nunca ter visto uma crise econmica to grave. Ele costumava ganhar pelo menos US$ 2.800 por ms, reformando casas a US$ 36 por hora. Nos melhores anos, chegou a ganhar mais de US$ 5 mil mensais. Agora, est h um ms sem trabalho. Desesperado, foi para a fila dos brasileiros que oferecem sua mo-de-obra por US$ 10 a hora nos shoppings de lojas de material de construo na periferia de Miami, na regio de Pompano Beach. L moram 280 mil brasileiros, uma das maiores comunidades verde-amarelas nos EUA.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Depois de um ms sem servio, Jos Luiz tenta vender seu carro e sua casa de trs quartos, com piscina, em SpringHills, entre Orlando e Tampa. Ele quer o que pagou pela casa - US$ 210 mil -, mas est difcil achar comprador. "Quero voltar. Nunca vi crise igual. Antes eu mandava dinheiro para o Brasil, para o meu futuro. Agora acho que este pas virou um pesadelo", diz o mineiro Jos Luiz.

    Ele no est sozinho. A fuga dos brasileiros, que comeou em meados de 2007, agravou-se no comeo deste ano por trs motivos. Primeiro: a economia americana comea a dar sinais de recesso. Segundo: a polcia da Flrida fez acordo com os fiscais da Imigrao para denunciar imigrantes sem documentos, e os brasileiros andam tendo pesadelos com a ameaa de deportao. Terceiro: ningum mais consegue economizar e mandar dinheiro para a famlia no Brasil.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Nada mais saudvel que uma crise.

    a melhor coisa que pode acontecer.Porque o universo est em constante movimento, em constante evoluo, sempre progredindo. Nada na natureza imvel, at as pedras rolam! Pedra que fica parada cria limo. Os mveis de uma casa no so imveis, porque podem mudar de lugar. E se algo fica muito tempo no mesmo lugar, cria mofo... Ainda que o limo e o mofo sejam tambm formas de vida, e que se pensarmos at podem ser saudveis, pelo menos o mofo deu origem penicilina que salvou a vida de milhes de pessoas, no o ponto que quero chegar.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Os chineses escrevem com o mesmo ideograma tanto "crise" como "oportunidade". formado por dois caracteres diferentes. Um deles, wei, significa "perigo" ou "risco". O segundo, ji, quer dizer "oportunidade", "chance". Expressa a idia de que os momentos de crise contm as sementes de novas oportunidades. Isso significa que as circunstncias favorveis s surgem para quem no tem medo de ousar e se aventurar.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Escreve o professor de Cincia Poltica na USP, Gabriel Cohn: "o risco e a oportunidade se entrelaam to estreitamente e com intervalos to curtos que s h um modo de manter-se tona para aqueles que pretendem beneficiar-se dessa nova dinmica histrica espasmdica, sempre beira da fibrilao. preciso manter-se em movimento, nenhuma pea pode ficar imvel no tabuleiro das economias. E esse tabuleiro assumiu escala planetria."

    Portanto, a crise que gera as mudanas.E nada mais constante que o desenvolvimento. como um motor. Perptuo.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade O mundo exige que todos os cidados

    tenham a noo da perfeita inter-relao dos fatos e da possibilidade dos acontecimentos que atingem a uma comunidade, venham a interferir, em maior ou menor grau, na economia e na vida de outras comunidades. Assim sendo, de todo conveniente

    entender que as foras econmicas mundiais esto concentradas em Blocos Econmicos, como a seguir apresentamos.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade A integrao econmica, bem sucedida, aumentar o desenvolvimento econmico nos pases membros, alm de facilitar as relaes comerciais entre o Mercosul e outros blocos econmicos, como o NAFTAe a Unio Europia. Economistas renomados afirmam que, muito em breve, dentro desta economia globalizada as relaes comerciais no mais acontecero entre pases, mas sim entre blocos econmicos. Participar de um bloco econmico forte de extrema importncia para o Brasil.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade O bloco europeu responsvel por 25% do comrcio mundial e 25% dos postos de trabalho na regio dependem diretamente ou indiretamente do comrcio exterior. O Mercosul muito atraente. a quarta potncia do mundo. As outras trs so os Estados Unidos, a UE e o Japo. O PIB do Mercosul de US$ 2 trilhes. Estamos falando de 260 milhes de pessoas, um mercado que ter um grande crescimento. E onde respondemos por mais da metade dos investimentos estrangeiros. O estoque dos investimentos europeus no Mercosul de 90 bilhes de euros. Falar do futuro dessas economias falar do nosso futuro tambm.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

    A integrao econmica, bem sucedida, aumentaro desenvolvimento econmico nos pases membros, alm de facilitar as relaes comerciais entre o Mercosul e outros blocos econmicos, como o NAFTA e a Unio Europia. Economistas renomados afirmam que, muito em breve, dentro desta economia globalizada as relaes comerciais no mais acontecero entre pases, mas sim entre blocos econmicos. Participar de um bloco econmico forte de extrema importncia para o Brasil.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

    Principais fatores de integrao: 1. Fim da guerra fria 2. Globalizao da economia 3. Forte presena das organizaes

    internacionais no cenrio mundial 4. Fortalecimento do Direito

    Internacional Pblico

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

    Embora ainda existam muitos desafios a serem superados, o Mercosul apresenta um potencial inquestionvel. O bloco representa a mais importante iniciativa de integrao entre os pases da Amrica do Sul, possuindo uma rea total de quase 14 milhes de quilmetros quadrados quatro vezes o tamanho da UE , um mercado potencial de mais de 260 milhes de habitantes e um PIB equivalente a um trilho de dlares. Entre os vrios trunfos do Mercosul est o de possuir as duas bacias hidrogrficas mais caudalosas do planeta: a da Amaznia e a do Prata. Alm do potencial energtico, esta ltima abriga duas importantes hidrovias, a Paran-Paraguai e a Paran-Tiet, artrias vitais para a circulao de bens e a promoo do desenvolvimento econmico regional.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Fatos e mitos sobre os BRIC's O acrstico BRIC, a partir de Brasil, Rssia, ndia e China, tem ganho cada vez mais destaque no cenrio internacional. Ele teria sido utilizado pela primeira vez por analistas da Goldman Sachs em um estudo especulativo sobre o desenvolvimento futuro desses pases. Posteriormente, a mdia se encarregou de dissemin-lo e torn-lo relativamente popular. Permite at mesmo uma analogia com o brick (tijolo ou bloco, em ingls), o que pode ser interpretado no sentido da construo de novos blocos de poder.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Fatos e mitos sobre os BRIC's No sem razo. Se tomarmos o ranking dos dez maiores pases do mundo pelo critrio de PIB (Produto Interno Bruto) por Paridade de Poder de Compra (PPC), vamos encontrar a China em segundo lugar, com um PIB-PPC de US$ 9,4 trilhes, logo aps os EUA, em primeiro. A ndia aparece em quarto lugar, logo aps Japo e Alemanha, com um PIB de US$ 3,6 trilhes. O Brasil ocupa a nona posio, com US$ 1,6 trilho, e a Rssia, com US$ 1,5 trilho, a dcima. Embora o Brasil tenha apresentado um crescimento econmico muito baixo, de apenas 2,5% na mdia anual dos ltimos 25 anos, ainda est entre as dez maiores economias do mundo. O alto crescimento dos trs demais pases, em mdia de 6,5% no mesmo perodo, lhes tem dado um importante diferencial. Eles tambm se destacam pelas elevadas taxas de investimentos. A China, por exemplo investe mais de 40% do PIB. Os demais investem menos que isso, mas acima dos 21% do Brasil.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

    A natureza da contabilidade consiste, basicamente, no confronto entre sacrifcios e realizaes, na qual os sacrifcios so mensurados pelo valor de custo histrico e as realizaes, pelo valor de venda. Rodrigo Fernandes Malaquias Carlos Antonio Pereira Karem Cristina de Sousa Ribeiro. Revista Brasileira de Contabilidade Edio maio/junho 2008, CFC, pg. 53

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

    Um sistema definido como um conjunto de partes ou elementos atuando visando um fim comum. Cada elemento depende do outro. Um sistema fechado um sistema que no se comunica com o ambiente externo, enquanto que um sistema aberto est em contnua interao e troca de energia com o ambiente externo. Os seres vivos e tambm as organizaes pertencem aos sistemas abertos, porque interagem com o ambiente externo, trocando produtos, servios, energia, informao, pressionando e recebendo presses. No entanto, o planeta Terra, nosso ecossistema, est sendo considerado um sistema fechado, pois no pode importar recursos naturais ou biodiversidade, devendo reutilizar, reciclar utilizar to somente o estoque atualmente disponvel: os recursos no renovveis no podem ser repostos. Findo estes, acaba a vida no planeta.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade A Teoria dos Sistemas prope uma viso de que as empresas esto inseridas num mundo sistmico e devem atuar de forma a gerar as melhores condies de qualidade de vida para a sociedade, visando a sustentabilidade a longo prazo de todos os componentes e no somente da empresa. H necessidade de uma viso holstica, sistmica, levando em conta todas as partes de forma integrada e harmnica. Num sistema, todas as partes precisam atuar em limites de faixa varivel, sob pena de entropia (morte) e por isso um sistema no permite a maximizao de um nico componente, como o lucro, mas exige um equilbrio interno e externo, atendendo as necessidades de todos, especialmente as sociais e ambientais. Afinal, as empresas vivem na sociedade, para a sociedade e em funo de todos os stakeholders.Stake: interesse, participao, risco Holder: aquele que

    possui. Como o valor da empresa criado e mantido pelos stakeholders, ento ela deve atender s necessidades deles, sob pena de comprometer a sua prpria sobrevivncia.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade O agigantamento das corporaes e sua crescente influncia na sociedade; a globalizao; a conscientizao crescente da populao fruto da educao e de uma viso holstica e sistmica; a cobrana de ativistas e do mercado; a exigncia dos consumidores; a gesto dos relacionamentos; o crescimento do conhecimento e dos estudos de administrao, entre outros, determinaram a extenso da teoria da agncia para incluir todas as partes interessadas (stakeholders), assim entendidos todos aqueles que de uma forma ou outra afetam e so afetados pela atividade das empresas, como: componentes da cadeia de valor; governo; comunidade internacional; comunidade local, meio ambiente, enfim, todos os habitantes do planeta e at as geraes futuras, que gera um novo conceito de responsabilidade das empresas: a responsabilidade transgeracional, econmica, social e ambiental, baseada no conceito de triple bottom line.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Triple bottom line ou trip da sustentabilidade A imagem do trip perfeita para entender a sustentabilidade. No tripesto contidos os aspectos econmicos, ambientais e sociais, que devem interargir, de forma holstica, para satisfazer o conceito. Pelo parmetro antigo, uma empresa era sustentvel se estivesse economicamente saudvel, ou seja, tivesse um bom patrimnio e um lucro sempre crescente, mesmo que houvesse dvidas. Para um pas, o conceito inclua um vis social. Afinal, o desenvolvimento teria que incluir uma repartio da riqueza gerada pelo crescimento econmico, seja por meio de mais empregos criados, seja por mais servios sociais para a populao em geral. Esse critrio, na maioria das vezes, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) do pas, o que para o novo conceito uma medio limitada. A perna ecolgica do trip trouxe, ento, um problema e uma constatao. Se os empresrios e os governantes no cuidassem do aspecto ambiental podiam ficar em maus lenis sem matria-prima e talvez, sem consumidor, alm do fantasma de contibuir para a destruio do planeta Terra.

    Assim, o triple bottom line ficou tambm conhecido como os 3 Ps (People, Planet and Proift, ou, em portugus, PPL - Pessoas, Planeta e Lucro).

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade People Refere-se ao tratamento do capital humano de uma empresa ou sociedade. Alm de salrios justos e estar adequado legislao trabalhista, preciso pensar em outros aspectos como o bem estar dos seus funcionrios, propiciando, por exemplo, um ambiente de trabalho agradvel, pensando na sade do trabalhador e da sua famlia. Alm disso, imprescindvel ver como a atividade econmica afeta as comunidades ao redor. No adianta, por exemplo, uma mineradora pagar bem seus funcionrios, se ela no presta nenhuma assistncia para as pessoas que so afetadas indiretamente com a explorao como uma comunidade indgena que vizinha do empreendimento e que afetada social, economica e culturalmente pela presena do empreendimento. Nesse item, est contido tambm problemas gerais da sociedade como educao, violncia e at o lazer.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Planet Refere-se ao capital natural de uma empresa ou sociedade. a perna ambiental do trip. Aqui assim como nos outros itens, importante pensar no pequeno, mdio e longo prazo. A princpio, praticamente toda atividade econmica tem impacto ambiental negativo. Nesse aspecto, a empresa ou a sociedade deve pensar nas formas de amenizar esses impactos e compensar o que no possvel amenizar. Assim uma empresa que usa determinada matria-prima deve planejar formas de repor os recursos ou, se no possvel, diminuir o mximo possvel o uso desse material, assim como saber medir a pegada de carbono do seu processo produtivo, que, em outras palavras, quer dizer a quantidade de CO2 emitido pelas suas aes. Alm disso, obviamente, deve ser levado em conta a adequao legislao ambiental e a vrios princpios discutidos atualmente como o Protocolo de Kyoto. Para uma determinada regio geogrfica, o conceito o mesmo e pode ser adequado, por exemplo, com um srio zoneamento econmico da regio.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Profit Trata-se do lucro. No muito difcil entender o que o conceito. resultado econmico positivo de uma empresa. Quando se leva em conta o triple botton line, essa perna do trip deve levar em conta os outros dois aspectos. Ou seja, no adianta lucrar devastando, por exemplo.

    Para segurar o tripAlm dos aspectos listados nos trs Ps, o desenvolvimento sustentvel deve ser pensando por meio de outros aspectos, digamos, mais subjetivos. Trata-se das questes polticas e culturais. Eles so importantes para qualquer tipo de anlise do trip j que leva em conta a premissa de que tudo est interligado. Os aspectos polticos tm a ver com a coerncia entre o que esperado do desenvolvimento sustentvel e a prtica adotada atravs das polticas adotadas seja por uma empresa ou por uma determinada sociedade. Assim, no d para falar em adotar o trip se a empresa, por exemplo, adota uma poltica inflexvel de negociao com os funcionrios ou no acompanha a legislao ambiental condizente.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Estas proposies no recusam nem questionam a legitimidade do retorno dos investidores, mas ponderam que as companhias tambm acumulam ganhos - de que so exemplos a imagem e a reputao corporativa - se atuarem com olhos voltados para questes econmico-financeiras, ambientais e sociais. E podem incorrer em perdas e riscos se desconsiderarem estas questes. Adolf Berle, Andrade e Rosseti (2007) questionam a maximizao do lucro para os acionistas baseado nos argumentos de que os acionistas no suam para merecer os lucros do sistema produtivo e a possibilidade de ganhar o lucro sem trabalhar somente se justifica se a sociedade tambm participar. Com isto, a empresa, uma vez que est inserida dentro de um sistema social maior, no tem o direito de maximizar o lucro dos acionistas, porque isto implicaria em minimizar o benefcio para os demais stakeholders, ali includas as necessidades econmicas, sociais e ambientais. E minimizar as condies sociais e ambientais tem o mesmo efeito de entropia, ou seja, desorganizao ou morte do sistema.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade A economia est inserida no contexto maior e se relaciona com o social e o ambiental de forma complexa. Sua compreenso exige cada vez mais incurso em outras reas, como a sociologia, psicologia, biologia, filosofia, fsica e demais cincias, num processo multidisciplinar. Nesta linha, Morin(2006, p. 88), ao tratar das empresas, diz que ns conhecemos a realidade atravs da informao que temos em nossa mente, sentidos, crebro. A sntese deste enfoque foi assim descrita: Estamos diante de sistemas extremamente complexos onde a parte est no todo e o todo estna parte. Isto verdade para a empresa que tem suas regras de funcionamento e no interior da qual vigoram leis de toda a sociedade.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Uma empresa no seno um sistema aberto onde as partes atuam de forma coordenada visando o fim comum. Desta forma, no seria admissvel a maximizao do benefcio de um nico componente do sistema - o lucro dos acionistas - pois implicaria minimizar o benefcio de todos os demais stakeholders pertencentes ao sistema, incluindo clientes e fornecedores, comprometendo a sobrevivncia do todo (entropia). A empresa deve abrir mo da maximizao do lucro como nica forma de sobrevivncia no longo prazo, e no por questes puramente altrustas. Neste sentido, Borger (2006, p. 27), adotando o conceito de responsividade corporativa (corporate responsiveness) proposto por William Frederick, e dentro de uma viso sistmica, escreve que "as empresas devem responder s demandas sociais para sobreviver, adaptando o comportamento corporativo s necessidades sociais, diferente do conceito de responsabilidade social, cujas razes esto na tica". Observa-se que no mais a tica o fator determinante do comportamento da empresa, mas a necessidade inadivel de adaptao, de homeostase, de evitar a entropia, ou seja, de se manter ajustada ao meio sistmico, sob pena de ser eliminada pelos demais componentes, como um corpo estranho e no ajustado ao fim nico e comum, no caso, o bem-estar econmico e socioambiental.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Breton e Pesqueux (2006, p.12) afirmam que "antecedendo o mandato dado aos gestores pelos acionistas, est o mandato dado ao empreendedor pela sociedade". Destacam, a partir da viso de Davis andBlomstrom (1971) que a corporao , primeiramente, uma instituio social, que utiliza os recursos dados pelos que esto em seu entorno. Zairi e Bashir (2007, p. 43) entendem que o crescente interesse em governana corporativa provm da " mudana no poder; o poder estcaindo nas mos do cliente e de outros stakeholders ativistas (como os acionistas minoritrios), que podem exercer sua escolha.

    Nenhuma empresa melhor do que o seu administrador permite". (Peter Drucker) Em meio a tanta turbulncia do sc. XXI, mais do que nunca, a figura do administrador dentro de qualquer organizao, seja de pequeno, mdio ou grande porte, se tornou imprescindvel.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Alguns acontecimentos recentes: Lei 11.638/2007 Liguagem XBRL SPED (fiscal e contbil) Crise nas Bolsas Mundiais Convergncia aos padres internacionais de

    contabilidade Adoo pelo Brasil da Contabilidade Pblica,

    segundo os critrios adotados pelas IFRs.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Diferenas Internacionais nas Demonstraes Contbeis

    De acordo com Jorge Katsumi Niyama, mestre e doutor em contabilidade, em seu livro Contabilidade Internacional: A contabilidade, por ser uma cincia social aplicada, fortemente influenciada pelo ambiente em que atua. De uma forma geral, valores culturais, tradio histrica, estrutura poltica, econmica e social acabam refletindo nas prticas contbeis de uma nao e, conseqentemente, a evoluo das mesmas pode estar vinculada ao nvel de desenvolvimento econmico de cada pas.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Diferenas...(continuao) A contabilidade considerada a linguagem dos negcios, onde os principais agentes econmicos buscam informaes sobre a performance empresarial e avaliao de riscos para realizar investimentos. Neste sentido, relatrios contbeis sempre so requeridos pelos investidores que desejam mensurar a convenincia e a oportunidade para concretizar seus negcios. Assim sua importncia ultrapassou as fronteiras, deixando de ter utilidade limitada ao campo domstico para servir de instrumento de processo decisrio em nvel internacional. Entretanto, essa linguagem no homognea, pois cada pas tem suas prticas contbeis prprias, significando dizer que o lucro de uma empresa brasileira no seria o mesmo se adotadas prticas contbeis de outros pases, dificultando sua compreenso devido falta de uniformidade.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Diferenas... (continuao) De acordo com Katsumi Niyama as causas das diferenas das Demonstraes Contbeis, podem ser assim resumidas: - Caractersticas, natureza e tipo de sistema legal vigente - Forma de captao de recursos pelas empresas (vinculadas ao mercado de capitais ou ao crdito bancrio) - Nvel de influncia, credibilidade e status da profisso contbil - Vinculao de legislao tributria com a escriturao mercantil - Nvel de qualidade da educao na rea contbil - Existncia de um arcabouo conceitual terico e o nvel de desenvolvimento da teoria contbil ou estrutura conceitualbsica da contabilidade - Estrutura empresarial e tipo de empresas - Outras razes (acidentes, nveis de inflao, etc...)

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Atualmente o Padro Contbil Internacional um composto de regras e interpretaes constitudo por: 08 IFRSs International Financial Reports Standard 41 IASs International Accounting Standard (at 2000) 24 IFRICs- International Financial ReportingInterpretations Committee 34 SICs Standing Interpratation Commitee Padres Internacionais de Demonstraes Financeiras NIIF Normas Internacionais de Informaes Financeiras, traduo livreO IASB International Accounting Standards Board - emitiu um conjunto de normas contbeis denominado IFRS International Financial Reporting Standards que, traduzido, significa: Padres Internacionais de Demonstraes Financeiras.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Quadro Comparativo Padres: Anglo- Saxo Europa Continental FASB IASB EUA e Inglaterra Alemanha e Frana Tradio em pesquisas Demonstraes Contbeis rgos reguladores capazes de influir voltadas aos credores e ao o resto do mundo governo Atendem aos interesses dos investidores No atendem investidores Arrojo Conservadorismo Demonstraes inseridas em um mercado Dualidade de Demonstraes Acionrio forte Contbeis (1 fiscal e 1 para a mercado Prudncia prevalece at sobre da competncia em alguns casos

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade ABRANGNCIA DOS IFRS As normas do IFRS so aplicados a demonstraes contbeis de qualquer empresa comercial, industrial ou financeira, tanto pblica quanto privada. alm de ser aplicvel as demonstraes contbeis separadas de cada empresa e demonstraes contbeis consolidadas. No tratam de aspectos no comerciais nem do setor pblico. rgos reguladores dos EUA e da Europa chegaram a um consenso sobre prazo de unificao. A disputa pela hegemonia entre os dois principais padres contbeis internacionais est com os dias contados. O International Accouting Standards Board (Iasb), rgo com sede em Londres, aprovou um cronograma que estabelece 2010 como o prazo final para dirimir as diferenas entre o International Accounting StandardsCommittee (Iasc), defendido pelo rgo e adotado pela Unio Europia, e o United States Generally Accepted Accounting Principles (US Gaap), que tem como defensora o Financial Accounting Standards Board (Fasb), dos Estados Unidos.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade O conceito de convergncia de Octavio Paz Compreender o conceito de convergncia compreender o Tempo, o Grande Senhor, que se interpe e, ao mesmo tempo, se sobrepe inexorvel ordem de sucesso, de causas e efeitos. A complexidade do Tempo de convergncia reside na assimilao da fuso do antes e do depois em um instante sempre presente. Em outras palavras, a convergncia a percepo individual e instantnea da multiplicidade, da ordem subjacente a desordem do caos ou, parafraseando o poeta da terra do sol, a convergncia reconciliao, na medida em que reintegra tudo que um dia foi separado do Grande Corpo, do Absoluto.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

    A convergncia do nosso atual modelo contbil para o IFRS traz impactos significativos para as reas tecnologia, financeira, organizacional e funcional, envolvendo todos os setores. Podemosdizer que, alm da mudana contbil, estamos falando de uma mudana cultural. impossvel pensar em tamanha mudana sem olhar com cuidado os maiores desafios que teremos at 31/12/2010, data limite publicada no Comunicado n. 14.259, de 10 de maro de 2006 do Banco Central do Brasil, e em 2000 pela CVM (Comisso de Valores Imobilirios), que obriga a convergncia das normas aplicveis s instituies financeiras no Brasil at 2010.

    Podemos dizer que a necessidade de formao e treinamento de mo-de-obra, a dificuldade de interpretao das regras internacionais e o curto prazo para adequao dos demonstrativos contbeis tero alto impacto na implantao do novo modelo nas instituies.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade As conseqncias mais profundas que podemos identificar como decorrncia dos esforos para adaptao ao novo modelo contbil so: Reportes financeirosOramento e gestoTributosEmprstimosQuestes contratuais e legaisGesto de riscosSistemas de Tecnologia da InformaoClculos de passivosIndicadores de performanceTreinamentoRemunerao de executivos Para agilizar e facilitar o processo de convergncia das prticas contbeis mundiais, o IASB emitiu a IFRS 1 First-time Adoption of InternationalFinancial Reporting Standards, que orienta a implantao das novas normas pela primeira vez.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Estrutura conceitual: Os objetivos das demonstraes financeiras: dar informaes sobre a posio financeira, os resultados, e as mudanas na posio financeira de uma entidade, que sejam teis a um grande nmero de usurios (investidores, empregados, fornecedores, clientes, instituies financeiras ou governamentais, agencias de notao e publico) em suas tomadas de deciso. Os pressupostos bsicos: regime de competncia e continuidade. As caractersticas qualitativas das demonstraes financeiras: clareza, relevncia, confiabilidade, comparabilidade, equilbrio entre custo e beneficio na preparao das demonstraes financeiras. Os elementos das demonstraes financeiras: o balano Patrimonial, a demonstrao de resultado, a demonstrao de fluxo de caixa, as notas e as divulgaes incluindo informaes por segmento de negocio.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Segundo a Revista do CRCRS, de outubro 2008, edio 134, pgs. 04 e 05, no dizer de Mrcia Martins Mendes de Luca, um dos principais desafios neste momento refere-se educao dos profissionais da Contabilidade. Faz-se necessria uma convocao geral dos contadores para uma verdadeira mudana de postura, e at mesmo de cultura, diante das normas internacionais, conforme preconiza o IASB. As normas internacionais, nas quais prevalece a orientao de registrar e divulgar a informao contbil priorizando-se a essncia econmica das operaes da empresa sobre a forma, causaro grande impacto na Contabilidade no Brasil. Teremos de aprender a analisar as operaes e atividades das empresas pelo seu aspecto econmico e no sob o aspecto da forma, como consta nos contratos, por exemplo.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Atividades do CPC Os Pronunciamentos Tcnicos emitidos em 12 de outubro de 2008 so: CPC 04 Ativos Intangveis; CPC 06 Operaes de Arrendamento Mercantil; CPC 07 Subvenes e Assistncias Governamentais; CPC 08 Custos de Transao e Prmios na Emisso de Ttulos e Valores Mobilirios; e CPC 09 DVA Demonstrao de Valor Adicionado. Os Pronunciamentos colocados em audincia pblica conjunta CPC/CVM e os prazos so: CPC 10 Pagamentos Baseados em Aes at 04/12; CPC 11 Contratos de Seguros (conjunta com SUSEP) at 20/11; CPC 12 Ajuste a Valor Presente at 04/12; CPC 13 Adoo Inicial da Lei n 11.638/07 at 04/12; CPC 14 Instrumentos Financeiros (fase I) at 25/11; e CPC 15 Combinao de Negcios (fase I) at 04/12. O Pronunciamento CPC 05 Divulgao sobre Partes Relacionadas j passou por audincia pblica e est aguardando divulgao. O Pronunciamento Tcnico sobre Concesses Governamentais e a Orientao sobre Entidades de Incorporao Imobiliria continuam em discusso em um subgrupo de trabalho. Outras minutas sobre temas que devem ser discutidos em 2009 j se encontram em preparao.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Inteligncia Competitiva Empreendedora Como j visto anteriormente, ao falar sobre Sistema, num ambiente competitivo, as empresas no esto isoladas, mas sim inseridas em sistemas maiores (a sociedade como um todo) e com ela interagem. Deste modo, Inteligncia Competitiva o processo organizacional de coleta e anlise sistemtica da informao, disseminada como inteligncia aos usurios, em apoio deciso, nos nveis estratgico e ttico. Inicia com a coleta de dados. Estes dados so transformados em informao que analisada e contextualizada, transformando-se em inteligncia. A partir deste ponto, pode-se projetar o futuro, sabendo-se antes o que ser necessrio fazer, como fazer, utilizando-se de proatividade na tomada de decises. Os dados contbeis extrados da contabilidade so essenciais neste processo, bem como no so exclusivamente para fins legais ou estatsticos, sendo altamente utilizveis pelas ME e EPPs

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade No final dos anos 90 o preo do seguro de vida caiu drasticamente, para espanto geral, j que no havia um motivo bvio para isso. Nenhuma mudana radical nas companhias, nos corretores e em seus segurados ocorreu. O que aconteceu? Na primavera de 1996 o quotesmith.com tornou-se o primeiro de vrios sites a permitir a um cliente comparar, em segundos, o preo dos seguros, de dezenas de companhias diferentes. A Internet aconteceu. A informao um facho de luz, uma vara, um galho, um freio, dependendo de quem a controla e da maneira como o faz. A informao possui tamanho poder que a suposio de t-la, ainda que inverdica, j cria a impresso de competncia. Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner Freakonomics O Lado Oculto e Inesperado de Tudo Que Nos Afeta pp 68/69.

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade O sol nasce para todos. Mas a maioria prefere dormir um pouco mais. - Eno Theodoro Wanke Brasileiro (1929-2001) Trovador e poeta A sorte bate em cada porta uma vez na vida, mas, em muitos casos, a pessoa est se divertindo por a e no a ouve. - Mark Twain Americano (1835-1910)- Escritor, autor de As aventuras de Tom Sawyer Oportunidade dana com aqueles que j esto no salo. - H. Jackson Brown Americano (1940 - ) Escritor, autor de Pequeno manual de instrues para a vida. Quando o vento sopra, voc deve iar sua vela. - Thomas Fuller Ingls (1608-1661) Historiador, clrigo, escritor

  • Oportunidades, Ameaas e Perspectivas para a Contabilidade Fontes de Consulta: A Contabilidade no Mercosul Ed. Atlas 1999 Paulo Moreira da Rosa Contabilidade Internacional Ed. Atlas 2008 Jorge Katsumi Niyama Demonstraes Contbeis no Mercosul Ed. Atlas 2001 Ilse Maria Beuren e Juliana Favero Brando A Livre Circulao de Capitais no Mercosul Ed. Hemus 2003 HelcioKronberg Freakonomics O lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta Ed. Campus 2005 Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner Revista Brasileira de Contabilidade Edio maio/junho 2008, CFC, pg. 53 Sumrio da Comparao das Prticas Contbeis Adotadas no Brasil, com as Normas Internacionais de Contabilidade IFRS, Edio conjunta CFC IBRACON, 01.2006. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul Outubro 2008, edio 134