odisseia em revista - 8

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Edição de Março /2012 - Número 08 www.cpodisseia.com/odisseiaemrevista A imagem do aborigene Pelos Murais de Bonampak

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Odisseia em Revista - 8

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Page 1: Odisseia em Revista - 8

Edição de Março /2012 - Número 08 www.cpodisseia.com/odisseiaemrevista

A imagem do aborigene

Pelos Murais de Bonampak

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CENTRO DE PESQUISAS ODISSEIA

Nossa missão é a democratização do conhecimento e a luta constante pela eman-cipação humana, através da contínua busca de respostas e construções de questiona-mentos que levará a humanidade a um equilíbrio mental, físico e espiritual.

www.cpodisseia.com

Page 3: Odisseia em Revista - 8

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www.gazetavaleparaibana.com

www.culturaonlinebr.org

www.formiguinhasdovale.org

Programa - Novo Astral

Falar sobre a Astrologia de modo es-clarecedor com o intuito de ajudar as pessoas a compreenderem melhor a si mesmas e aos outros, bem como buscar na Astrologia algumas respos-tas para o nosso cotidiano visando uma maior integração do Ser humano com o Cosmos e com a Natureza de forma alegre, educativa e dinâmica.

O programa conterá músicas, bate papos, dicas de filmes e conversas sobre temas atuais, como meio ambi-ente, crises sociais, políticas e econô-micas vistos sob a luz da Astrologia.

http://www.culturaonlinebr.blogspot.com/

http://programanovoastral.blogspot.com/ Nosso Blog

Rádio on line

Page 4: Odisseia em Revista - 8

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A imagem do aborigene por Jonatan Tostes

Página 06

Pelos murais de Bonampak por Raul Marcelo Varella

Página 09

Hipátia de Alexandria por Thiago Abramson

Página 18

O computador quântico por Alexandre Abramson

Página 21

Nesta edição...

A complementaridade entre os signos do zodíaco por Marcio Maia

Página 13

Page 5: Odisseia em Revista - 8

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Caros amigos esta 8º publicação de nossa ODISSEIA EM REVISTA traz assuntos interessantíssimos sobre a nossa América. Temos artigos so-bre os Maias trazendo a todos a maravilhosa cidade de Bonampack com seus magníficos murais que tanto nos revelaram sobre a história dessa in-crível civilização, a revista também vai tratar um assunto de grande relevân-cia sobre os povos da América do Norte caracterizando alguns desses gru-pos de forma bastante clara e objetiva, promovendo ao leitor um passo im-portante para futuras pesquisas sobre a temática.

Outro aspecto que esta edição trata e uma visão seria sobre a astrolo-gia, vinculando informações consistentes e um trabalho pautado na astrono-mia muito consolidado, sem falar no artigo de nosso pesquisador Thiago A-bramson que trata aspectos filosóficos de grande profundidade que tenho certeza que trará a todos profundas reflexões.

E claro como sempre um artigo de fundamental importância sobre tec-nologia que tem por objetivo central trabalhar a questão do computador quântico.

Amigos do CENTRO DE PESQUISAS ODISSEIA, acompanhem mais

essa publicação de nossa revista, realmente ela esta muito interessante e

claro cumprindo o seu papel de levar as pessoas conhecimento de qualida-

de e sempre muito sério e comprometido.

Muita LUZ, Do amigo, Marcelo Lambert

www.marcelolambert.com www.cpodisseia.com

[email protected]

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A imagem do aborigene por Jonatan Tostes

Quando imaginamos um ín-dio norte americano geralmente ligamos a figura dele junto a um belo cavalo, semelhante aos desenhos do pica-pau ou fotos e quadros que ilustram a história destes povos. No en-tanto os cavalos só foram intro-duzidos na cultura destes nati-vos após a chegada do euro-peu no continente (séc. XVI). Os cavalos de origem america-na foram extintos por volta de 10.000 a.C., isto ocorreu devido a catástrofes naturais, crises ambientais e a caça, estas também foram à causa da morte de muitas outras espécies magníficas que hoje só conhecemos através de fósseis, um exemplo seria o tigre dente de sabre, tigre que possuía presas de 30 cm.

Logo grande parte do desenvolvimento dos nativos norte-americanos a-conteceu sem a presença de cavalos, no entanto assim que entraram em contato com este magnífico animal conseguiram se readaptar a ele o utili-zando para diversos fins. As vastas planícies da America do norte coopera-ram para o uso do cavalo e com o tempo produziu o que os pesquisadores chamam de visão romântica do índio norte americano.

Dois pintores foram os princi-pais contribuintes para essa vi-são se propagar pelo mundo Karl Bodmer e George Catlin, como não existia ainda uma no-ção popular de como viviam os norte americanos antes da che-gada do europeu as imagens que eles criaram destes povos no século XIX invadiram o ima-ginário do mundo fazendo com que muitos acreditassem que os nativos sempre viveram monta-dos nos lombos de belos cavalos. Não que isso fosse uma mentira, mas a verdadeira imagem do aborígene norte americano antes do choque cultural não era esta, é um erro esquecemos milhares de anos de História e atribuir uma imagem recente a um povo com uma cultura tão grandiosa.

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A presença tribal era muito forte na A-merica do norte e a cultura destas tribos era repleta de lendas, esta diversidade faz com que se torne difí-cil compreender a to-talidade dos povos que viveram lá, mas não podemos ver eles como algo homogêneo, cada tribo possui características culturais únicas. Um exemplo disto é a cidade de Moundville localizada no sul de Mississipi ela possui cerca de 120 hec-tares e 20 templos, nesta cidade foi encontrada uma pedra com um estra-nho símbolo, um desenho de uma mão com um olho em seu centro. O sig-

nificado deste símbolo é desconheci-do, mais muitos fazem paralelos com símbolos egípcios, estes símbolos e templos nos mostram a diversidade cultural existente em apenas um dos povos nativos e permitem que imagi-nemos a totalidade deles. Cahokia é outra magnífica cidade, ela possui um túmulo de 316 metros de comprimento por 241 metros de lar-gura e 30 metros de altura, este local é conhecido como “Túmulo dos mon-ges”(Monks Mound), provavelmente o lugar de descanso dos membros mais respeitados e honrados da tribo. Um povo que merece destaque entre os nativos americanos são os Hopis, a cultura deles sobrevive até os dias de hoje e estão localizados principal-mente no atual Colorado (E.U.A.), na

cultura Hopi os rituais são extremamente importantes sendo mantidos des-de os tempos mais remotos, na cerimônia os Kachinas, um povo que vive em uma montanha próxima e possui um grau espiritual elevado, colocam mascaras e adentram nas aldeias Hopis executando danças ao redor de fogueiras e das casas, cada ser mascarado representa um espírito de um bondoso antepassado que vem saudar a tribo, eles somam um total de 335 personagens, cada um com uma mascara única formando um magnífi-co ritual. Após abençoarem a vila com a garantia de chuvas e fartas co-lheitas eles retornam a montanha e só regressam no ano seguinte para um novo ritual.

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Professor Jonatan Tostes

Pesquisador do

Centro de Pesquisas Odisseia Para saber mais, acesse: http://ocandelabrodojhon.blogspot.com

As mascaras indígenas sempre chamam a atenção devido o impacto amedrontador que causam em uma primeira olhada, mas a maior parte de-las, por mais que possuam uma aparência que consideramos horripilante, são voltadas para o bem. Geralmente as mascaras tem a intenção de afu-gentar os maus espíritos, por este motivo são tão assustadoras, afinal fo-ram feitas para assustar aqueles que nos assustam.

Os Hopis possuem também grandes mistérios, segundo suas lendas eles são os primeiros povos a surgirem na terra, Hopi na verdade é uma abrevia-ção de Hopituh Shinumu que significa “o povo pacifico”, conta à lenda que e-xistiram outros mundos antes deste, só que eles foram destruídos pelos deu-ses. O primeiro fora destruído por fogo, o segundo por frio e gelo, o terceiro por grandes inundações, neste só sobraram aqueles que foram salvos pela “mulher aranha” que escondeu pessoas em u-ma balsa até as coisas acalmarem e o quarto mundo seria o nosso que segun-do profecias Hopis pode vir a ter nova-mente um fim.

O curioso é que muitas profecias Hopis coincidem com as Maias, In-cas, Astecas e de outros povos, o que novamente demonstra uma estra-nha ligação entre as civilizações afinal cientificamente sabemos da exis-tência de períodos em que o mundo passou por transformações que impli-caram em extermínio geral como a queda de meteoritos na época dos di-nossauros (fogo), eras glaciais (gelo) e muitas narrativas mitológicas falam sobre dilúvios (inundações) onde poucos seres humanos são salvos por barcos ou algo do gênero, estranhas coincidências com a lenda Hopi? tal-vez. Atualmente os Hopis fazem alguns rituais abertos para a população do Colorado e turistas, ver uma sociedade preservando seus costumes de-pois de tanto tempo é algo magnífico para os amantes da História, pois de-monstra que ainda temos alternativas de modos de vida e nosso mundo abarca infinitas possibilidades que podem ser construídas de acordo com nossas escolhas.

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por Raul Varella

Primeiramente é preciso situar o leitor, Bonampak é uma cidade Maia, do período clássico (250 – 900 dC),que esta localizada atualmente na regi-ão de Chiapas, sul do México. Este sítio é conhecido justamente pelos seus murais e a grandiosidade da arte Maia.

Fundamentalmente deve-se pensar que para que haja este es-

plendor todo foi preciso uma gênese, que se inicia por volta de 400

a.C e vai até 200 d C, este período é chamado de Pré-Clássico, onde

há um aumento demográfico significativo, se inicia também uma do-

mesticação dos alimentos principalmente do milho e da caça,com uma

vasta rede de trabalhadores rurais especializados,se consolida uma

divisão do trabalho e hierarquização do mesmo, além de uma concen-

tração da elites em “centros urbanos”. Sendo assim ocorre uma polari-

zação campo-cidade, pois estas cidades são incapazes de produzir

seus próprios alimentos. As cidades mesoamericanas dependiam fun-

damentalmente de redes agrícolas para a manutenção das mesmas

por esse motivo, era preciso uma vasta rede de comércio e agricultu-

ra regional e inter-regional. As bases para a formação do Período

Clássico são: uma clara diferenciação das classes, aumento das redes

de comércio/intercâmbio, a aparição de regimes senhoriais de linha-

gem real, e o nascimento de sistemas de numeração, escrita e calen-

dário complexo, além de consolidar e cristalizar diferenças sociais, e

em algumas regiões há o aparecimento do gigantismo arquitetônico e

artístico.

Bonampak foi fundada

em ainda no século V, trata-

se uma cidade que possui

profundas relações com a

Yaxchilan fundamentalmente

de dependência bélica, o que

será retratado em seus mu-

rais.

Pelos Murais de Bonampak

Sitio arqueológico de Bonampak, vista de frente

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Parte do Mural de Bonampak, nota-se as maracas nas mãos dos ho-

mens, ou seja a utilização da musica dentre os maias. Outro elemento que é

interessante é a cor azul utilizada nas pinturas ,este tom é conhecido den-

tre os estudiosos como Azul-Maia.

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Grande cena do Mural, um conselho de nobres, adornados com peles de ja-guar ( pensando que este animal é o símbolo da realeza Maia, pois remete ao primeiro Rei, deste povo), penas de Quetzal, pássaro sagrado pois co-necta os três mundos ( céu, mundo dos homens e xibalbá – infra-mundo) e novamente a presença do azul. Mas o que é de grande relevância deste trecho do mural são os cativos,

presos de guerra que esta na parte de baixo do mural, que representam, no

final do período clássico houveram diversas guerras dentro do território Mai-

a, e fundamentalmente nas terras baixas onde reside Bonampak, ou seja

como a arte retrata a realidade humana. Outros elementos importantes são

as armas, que quanto mais adornadas, mais decoradas mais representam a

nobreza Maia. Além dos elementos iconográficos, a escrita exposta nesta

obra é pouco desenvolvida, por que esta cidade estava mais voltada à guer-

ra e a arte iconográfica, ou seja, pintura.

Mais um trecho do Mural, e a Guerra, a captura de cativos por nobres. No-

vamente a presença do jaguar, e dos adornos de jade.

Page 12: Odisseia em Revista - 8

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Raul Marcelo Varella Pesquisador do

Centro de Pesquisas Odisseia

O Mural visto de baixo, retratando seus quatro lados de pintura. A arte maia se expressa de várias formas diferentes, seja pela escrita ou pe-

la pintura, o que é fundamental relevância é que o povo Maia, dentro de sua

realidade produziu arte, por que a arte faz parte a vida, é o retrato da mes-

ma.

Expedição Guatemala/Honduras

http://www.cpodisseia.com/guatemala-honduras/index.html

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A complementaridade entre os signos do zodíaco

por Marcio Maia

Olá amigos do Odisseia em revista. Vamos mais uma vez refletir sobre

questões astrológicas e como elas se apresentam sutilmente em nosso coti-

diano.

Falaremos hoje de um assunto bem curioso: A complementaridade en-

tre os signos. Não apenas se os signos combinam ou não, opinião essa en-

tre o senso comum que acaba relegando a astrologia a um campo raso e

estéril, mas sim a complementaridade entre as características peculiares

entre os signos que são opostos no zodíaco.

Comecemos relembrando o significado de zodíaco. Se considerarmos

a Terra como centro do nosso sistema solar teremos a impressão de que o

sol descreve uma trajetória entre o nascer o poente. Essa linha imaginária é

chamada de eclíptica e que apenas nos dias de equinócio, que esse ano se

dará em 20 de março e 22 de setembro, o sol nascerá exatamente no ponto

cardeal leste e irá se por exatamente no ponto cardeal oeste.

Ao longo do ano esses pontos sofrem um deslocamento, mas isso é

assunto para uma próxima edição.

Observando então essa linha imaginária chamada eclíptica podere-

mos perceber que “atrás” desse caminho que o sol aparentemente percorre

existem constelações às quais deram nomes aos signos. Hoje em dia há u-

ma diferença entre o signo e a constelação observada (ver edição anterior).

Nesse caminho do sol, que os gregos deram o nome de zodíaco (roda

de animais), podemos ver os doze signos, cada qual com suas característi-

cas peculiares, algumas genéricas outras bem particulares.

Visualizando o zodíaco encontramos signos opostos como especifica-

dos na tabela a seguir:

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Signo Signo oposto

1 – Áries 7 - Libra

2 – Touro 8 – Escorpião

3 – Gêmeos 9 – Sagitário

4 – Câncer 10 – Capricórnio

5 – Leão 11 – Aquário

6 – Virgem 12 - Peixes

No eixo da complementaridade entre os signos observamos algumas

características contraditórias entre eles, porém, por mais dificuldade que en-

contremos em nos relacionarmos com pessoas de signos opostos, sempre

estaremos atraindo para nosso convívio essas pessoas, pois a complemen-

taridade indica equilíbrio e atração, mesmo que tenhamos focos diferentes

na vida. Energeticamente essa complementaridade traz sentido à nossa vi-

da e, sem percebermos, acabamos sempre conhecendo pessoas que pos-

suem um signo oposto ao nosso ou que em seu mapa esse signo seja ex-

tremamente bem representado mesmo que ela seja de outro signo.

Comecemos então nossa análise.

De forma genérica e mais ampla temos:

Eixo da personalidade – Áries / Libra : Áries é um signo de impulsi-

vidade e ação. Sempre busca através da luta e do conflito alcançar seus ob-

jetivos, muitas vezes de forma agressiva e intensa. Já o seu signo comple-

mentar, que é Libra, busca o equilíbrio e a harmonia evitando sempre o con-

flito buscando sempre uma saída diplomática e inteligente. Áries busca em

Libra a aceitação de sua liderança, um ideal de vida a dois e também o a-

poio ás suas aventuras, já Libra busca em Áries o impulso necessário para

tomar decisões, o apoio de um braço forte e determinado sem precisar ex-

por-se à conflitos.

Page 15: Odisseia em Revista - 8

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Eixo do poder – Touro / Escorpião: Touro é um signo associado ao

mundo físico, à estética e ao conforto. São pessoas que possuem um ro-

mantismo à moda antiga e que prezam a ética e as tradições. Sua preocu-

pação com reservas financeiras e o conforto de seus desejos é muito inten-

so. Escorpião é um signo que envolve sentimentos muito profundos e in-

constantes. Necessita controlar emocionalmente as pessoas ao seu redor e

tem uma paixão intensa por tudo o que o atrai necessitando controlar e do-

minar, muitas vezes através da chantagem emocional. Touro busca em es-

corpião a intensidade das paixões e a compreensão do mundo que não é

físico e sim, emocional, já escorpião busca a estabilidade e a rotina presen-

tes nas pessoas de touro. A segurança é o maior desejo de escorpião.

Eixo do conhecimento – Gêmeos / Sagitário: Gêmeos está associa-

do à comunicação, à lógica e ao pensamento. As pessoas de gêmeos têm

por hábito pensar vários assuntos ao mesmo tempo e enquanto executam

uma tarefa já planejam e providenciam os termos iniciais das próximas a-

ções. Sagitário é um signo ligado aos ideais, à ética e também à busca de

novas culturas e outras formas de pensamento. São idealistas e visionários.

Esses signos se completam através da busca de conhecimento e in-

formação. Gêmeos busca em sagitário o ímpeto de buscar “além de suas

fronteiras” os ideais e a atitude positiva e impulsiva de desvendar novos

mundos, já sagitário encontra um campo fértil para disseminar suas idéias e

plantar seus ideais de vida, compartilhando também a facilidade de comuni-

cação e de trânsito entre várias camadas sociais.

Eixo da estabilidade – Câncer / Capricórnio: Câncer é o signo que mais

se identifica com as tradições e com suas raízes familiares, seu passado e

seus valores tradicionais. Esse signo é extremamente sensível e fraterno

com o intuito de cuidar literalmente daqueles que fazem parte de seu conví-

vio. A irritabilidade é uma das suas características e seu humor acaba sendo

instável.

Page 16: Odisseia em Revista - 8

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Capricórnio é um signo voltado à estruturação e poder. A organização

e o controle fazem parte desse signo caracterizando as pessoas dessa na-

tureza como ótimos supervisores e líderes. A praticidade também é um dos

fatores principais de suas características tornando o capricorniano uma pes-

soa muito rígida em seus valores e ideais de família. A complementaridade

desses signos se dá no campo da segurança. Enquanto Cancer preza valo-

res morais e com o viés emocional, por isso ligado à família e ao passado,

Capricórnio também preza esses valores, porém com ênfase na organiza-

ção e praticidade das relações humanas deixando um pouco de lado senti-

mentos e emoções. Mesmo na oposição de visões sobre o mesmo ponto de

vista existe concordância entre a importância das tradições e de valores so-

ciais.

Eixo da criatividade– Leão / Aquário: Leão é o signo que mais ex-

pressa a criatividade e a emoção inflamada em algumas situações. São

pessoas que lutam por ideais e buscam estar em destaque nas suas ativida-

des. Coisas simples, como comprar pão para o café da manhã tornam-se

uma aventura de prover a família e seus filhos com o alimento obtido pelo

seu esforço.

Aquário é um signo voltado à coletividade também, porém com um en-

foque menos pessoal e mais comunitário possível. É um signo capaz de sa-

crificar vontades pessoais por necessidades do coletivo. A facilidade em se

relacionar com o coletivo atribui a esse sig-

no a capacidade de obter um círculo de a-

mizades muito grande, porém sempre

mantendo sua impessoalidade diante do

todo. A complementaridade se dá na ques-

tão de voltar-se para o mundo de forma a

se destacar seja por suas qualidades

(Leão) ou por sua capacidade de revolucio-

nar o mundo (Aquário).

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Eixo do serviço – Virgem / Peixes: Virgem é um signo ligado ao tra-

balho, à rotina e principalmente à organização. Como característica principal

está o “servir”. É prestativo e sempre se preocupa em cumprir metas e ser

aceito e reconhecido por seu trabalho. Peixes é um signo ligado ao “servir”

também porém de maneira altruísta e humanitária. Por natureza sempre es-

tá constado com os humores dos outros sendo muito suscetível ao meio ex-

terno. Possui uma capacidade de doar-se como nenhum outro a ponto de

esquecer-se de si mesmo. A complementaridade se dá no estar aberto às

pessoas para o trabalho e para o auxílio a todos os momentos. A praticidade

de Virgem por vezes não entende o sentimentalismo de Peixes e vice-versa,

mas a sintonia do estar pronto para o outro é marca primordial entre esses

signos.

Podemos ver que a questão da complementaridade é algo que muitas

vezes não percebemos, até por que não conhecemos o mapa uns dos ou-

tros, mas com um pequeno passo dentro desse mundo astrológico podemos

começar a descobrir a lógica que existe entre essas linguagens chamadas

de signos e nossas relações em todas as esferas de nossa vida em analogi-

a com o posicionamento dos astros. No mínimo é curioso e tenho certeza

que buscar o entendimento desses mecanismos milenares nos leva ao au-

toconhecimento de uma forma ou outra, pois essa é a busca maior de todo

o ser humano.

Um grande abraço a todos vocês e até a próxima edição.

Marcio Maia (Astrólogo e Numerólogo) www.marciomaia.com.br

Pesquisador do Centro de Pesquisas Odisseia

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por Thiago Abramson

Hipátia de Alexandria

Uma das coisas mais tristes do mundo é a intolerância religiosa, pois todas as religiões deveriam estar baseadas no amor e na compaixão. Alguns dos momentos mais negros da humanidade, algumas das guerras mais sangrentas, algumas das torturas mais cruéis existiram exactamente devido à intolerância religiosa. Um desses casos mais vergonhosos de intolerância foi o assassinato de Hipatia de Alexandria. Uma raridade no mundo antigo Hipátia nasceu no Egito no ano 370 D.C., filha de Theon de Alexandria. Muito cedo Hipátia deu provas do seu talento, tornou-se professora e deu aulas de matemática e filosofia na biblioteca de Alexandria, um dos maiores centros de conhecimento do mundo antigo, além de ter viajado para Itália e Atenas para estudar alguns cursos de filosofia. Era considerada uma discursante muito carismática, as suas aulas eram bastante concorridas. Escreveu comentários a obras clássicas de matemáticos Gregos. Manteve-se solteira e declarava-se “casada com a verdade”. O conjunto da sua obra é tido como de relevo, e a sua morte, ocorrida em 415 D.C., trágica. Foi o último dos grandes nomes intelectuais a trabalhar na famosa biblioteca de Alexandria, por volta do ano 400 D.C. foi nomeada bibliotecária mor (directora) da referida biblioteca, sucedendo ao seu pai Theon de Alexandria, um conceituado filósofo, matemático, e astronomo. Foi também a primeira mulher que a história regista como dedicada á matemática. Hipátia de Alexandria nasceu no seio de uma família com forte tradição intelectual. O seu pai Theon de Alexandria já referenciado neste documento como um conceituado, filósofo, matemático, e astrónomo, escreveu uma tese em 11 livros sobre o célebre tratado de “Almagesto” de Ptolomeu, que significa “ O grande tratado”, um tratado de astronomia. Esta obra é uma das mais importantes e influentes da antiguidade clássica. Nela está descrito todo o conhecimento astronómico Babilónico e Grego, nela se basearam a astronomia de Árabes, Indianos, e Europeus, até ao aparecimento da teoria heliocêntrica de Copérnico. No Almagesto, Ptolomeu apresenta um sistema cosmológico geocêntrico, isto é a terra está no centro do Universo e os outros corpos celestes, planetas e estrelas, descrevem órbitas em seu redor. Estas órbitas eram relativamente complicadas resultando de um sistema de epiciclos, ou seja Círculos com centro em outros círculos. Theon de Alexandria realizou ainda uma revisão dos “Elementos” de Euclides, de onde são baseadas as edições mais modernas da obra do conhecido matemático Grego.

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As famílias fundadas sobre este lastro intelectual e de projecção social de Alexandria da sua época costumavam ainda cultuar o ideal Grego da “Mente sã, corpo são” (“men sana in corpore sano”). Com esse lema no pensamento, o pai de Hipátia não mediu esforços para torna-la o “ser humano ideal”, ensinando-lhe matemática e filosofia, e levando-a a fazer um programa de preparação física para lhe assegurar um corpo saudável. Todo esse esforço foi compensador. Quando Hipátia começou a ser retratada a partir do renascimento, o seu rosto ganhou belos traços com um perfil nobre e altivo. Esses traços capturaram de uma certa forma uma projeção positiva que é feita da sua vida e obra, e um certo sentimento de reverência com respeito ao seu fim trágico. No campo da matemática, Hipátia escreveu comentários sobre a “Aritmética” de Diofanto e as “cónicas” de Apolónio, fez investigações sobre a geometria de Euclides, interessou-se pelas ciências aplicadas, inventou um astrolábio e criou, nos ateliês da biblioteca de Alexandria diversos instrumentos de medida, como um nivelador de água, um higrómetro, e um aparelho para destilar água. O quanto se sabe ela interessou-se particularmente pelo estudo dos planos formados pelas intersecções de um cone e pelas curvas decorrentes dessas intersecções, as chamadas intersecções cónicas (hipérboles, parábolas, e elipses). A maior parte da obra escrita por Hipátia perdeu-se no tempo; mas no século XV foi encontrado na biblioteca do Vaticano uma cópia do seu comentário sobre a obra do matemático Grego Diofanto. Devido á sua ambientação cultural e á influência da educação recebida do pai, é certo que Hipátia conheceu e estudou a obra do astrónomo Ptolomeu. A partir de cartas escritas por Sirénius, um dos seus alunos, sabemos hoje que Hipátia dedicou bastante tempo às suas actividades culturais desenvolvendo instrumentos mecânicos, alguns deles já aqui mencionados, utilizados para cálculos astronómicos e localização de astros no céu. Na filosofia Hipátia abraçou a causa neoplatónica (ou “Platonismo”) que na sua época em Alexandria actuava em oposição aos grupos cristãos, fervorosos e actuantes. Ao longo do tempo, o cristianismo, por assim dizer, dominou e até mesmo assimilou o que lhe interessava do neoplatonismo, que na época era considerada uma filosofia pagã; isto aconteceu em Alexandria e por todo o mundo Romano. Disputas religiosas e conflitos entre lideranças de Alexandria, apoiados por correntes religiosas, atraíram a ira dos devotos cristãos contra a “herege” Hipátia. A matemática, e a filosofia eram consideradas a face visível do neoplatonismo na cidade de Alexandria.

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Professor Thiago Abramson Pesquisador do

Centro de Pesquisas Odisseia

Existem várias versões sobre o seu trágico final, todas coerentes entre si, sendo que a mais difundida é a variante registada por Edward Gibbon, no seu livro “O Declínio e a queda do Império Romano”. Nesta versão numa manhã da quaresma de 415 D.C., Hipátia foi atacada na rua, por uma turba de cristãos quando regressava a casa na sua carruagem. A multidão enfurecida arrancou-lhe os cabelos e a roupa, esfolo-a com conchas de ostras, arrancaram-lhe os braços e as pernas, e queimaram-lhe o que sobrou do seu corpo. Atitude de uma verdadeira devoção bárbara. O impacto dramático da morte de Hipátia fez com que no ano em que ocorreu alguns historiadores o interpretassem como o marco do fim do período antigo da matemática Grega. Para outros este desfecho só ocorrerá cerca de 100 anos mais tarde com a morte de Boécio também de uma forma trágica. Entretanto a morte de Hipátia de um certo ponto de vista sinaliza o fim de Alexandria como fonte do centro de maior conhecimento da matemática Grega da antiguidade. A vida, a obra e a morte trágica de Hipátia despertaram a atenção de filósofos, matemáticos, e historiadores que a sucederam. Damáscio, um dos seus antigos alunos, que mais tarde se tornou num crítico severo do seu trabalho, escreveu que ela era “por natureza, mais talentosa e refinada do que o seu pai”. Intelectuais desde Voltaire a Carl Sagan, passando por Bertrand Russel dedicaram-lhe comentários de apreço e reconhecimento. A sua vida foi reconstituída num romance de Charles Kingsley, (“Hypátia, or new foes an old face”. New York: E.P. Dutton, 1907),

http://www.culturaonlinebr.blogspot.com/

Domingo, às 17h programa

“Por dentro da Matrix”

Com Marcelo Lambert e

Alexandre Abramson

Clique no link e conheça a

rádio on line

Page 21: Odisseia em Revista - 8

21

Você sabe o que é um computa-dor quântico, ou o que virá a ser um? Por definição temos que “Um computador quântico é um dispo-sitivo que executa cálculos fazendo u-so direto de propriedades da mecânica quântica, tais como sobreposição e in-terferência.Teoricamente, computadores quânticos podem ser implementados e o mais desenvolvido atualmente tra-balha com poucos qubits de informa-ção. O principal ganho desses compu-tadores é a possibilidade de resolver em tempo eficiente, alguns problemas que na computação clássica levariam tempo impraticável (exponencial no ta-manho da entrada), como por exem-plo, a fatoração em primos de números naturais. A redução do tempo de reso-lução deste problema possibilitaria a quebra da maioria dos sistemas de criptografia usados atualmente. Contu-do, o computador quântico ofereceria um novo esquema de canal mais se-guro.” (fonte: Wikipedia) Mas o que são qubits? Qubits são

a expressão hoje conhecida como os

números binários 0 e 1, que permeiam

toda a nossa base computacional atu-

almente, porém os qubits pode assu-

mir os dois valores ao mesmo tempo.

A essa técnica chamamos de sobrepo-

sição. O maior ganho seria uma maior

quantidade de informações que pode-

ríamos gerar ao mesmo tempo, pois o

computador quântico poderia manipu-

lar muitos conjuntos de qubits em um

curto intervalo de processamento. As-

sim todas as operações desses siste-

mas ocorreriam a nível atômico, ou se-

ja, pela manipulação da excitação de

átomos, pelos spins de prótons e nêu-

trons, ou mesmo de elétrons e pósi-

trons que podem se movimentar a ve-

locidades próxima a da luz. Por esse

motivo, também teríamos a diminuição

do tamanho dos computadores de hoje

em dia, pois usaríamos muito menos

espaço para produzir uma carga pro-

cessada infinitamente maior da que te-

mos hoje.

A grande barreira a ser derrubada

seria como manipular essas moléculas

(ou qubits) de modo que poderíamos

utilizar a mecânica quântica para pro-

cessar dados, pois atualmente a inter-

ferência e o tempo de coerência entre

as partículas, torna o sistema imprati-

cável.

Esta barreira está um pouco mais próxima de ser derrubada depois da notícia de que, neste mês, criaram em laboratório o menor transistor do mun-do feito de átomos de silício (que tam-bém é base para a computação atual) e por um átomo de fósforo, fazendo o papel do próprio transistor, como os que são utilizados na eletrônica clássi-ca. Pode servir, por exemplo, como in-terruptor ou amplificador de um sinal elétrico. Melhor ainda, este transistor atô-mico conservaria uma parte de suas propriedades quânticas, o que abre ca-minho para outras aplicações. A física quântica, em vigor em nível atômico, transgride as regras da física clássica

O Computador Quântico por Alexandre Abramson

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que se aplicam em maior escala. Um conjunto de moléculas formadas a partir desse conceito é chama-

do de “nanofio”.

E foi justamente com essa descoberta que criaram este “nanofio” cons-tituído de quatro átomos de comprimento e um de altura. Este “nanofio” é análogo a um fio de cobre usado em todos os nossos equi-pamentos elétricos, que tem como finalidade transmitir energia de uma pon-ta a outra. Porém, no caso dessa nova descoberta, fizeram a troca de cor-rente em nível atômico, o que nos leva a um próximo passo que seria cons-truir um conjunto dele para interligarmos os “qubits” de forma ordenada. Claro que este experimento está em fase inicial e que muitos anos ain-da serão necessários para uma aplicação prática desse conjunto, porém já é considerado um dos maiores avanços na área da computação atual por podermos aumentar o poder de processamento para um nível ainda impen-sável. Trata-se de uma grande descoberta em um mundo pouco conhecido, o da física quântica, pois segundo as leis que regem esta ciência, um “nanofio” deveria ter, em teoria, uma resistência quase absoluta e impedir que os elétrons circulassem livremente. Novamente, a própria humanidade têm seus paradigmas quebrados, e

esperamos que continue assim.

Alexandre Abramson

Diretor de Tecnologia e Desenvolvimento Do Centro de Pesquisas Odisseia

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