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PRIMEIRO ENCONTRO DE SEMINARISTAS DO EXTERIOR 19 DE MARÇO DE 2016 ATAMI, JAPÃO Tradução – Su no Hikari 1 Objetivo do Encontro de Jovens Ministros e Membros com Masaaki Okada Estou enviando Masaaki como meu representante, diante da difícil situação em que nos encontramos, em que não tenho condições de me reunir frequentemente com jovens ministros e membros, que são o futuro da Igreja Messiânica Mundial, Igreja Izunome. Espero que todos estejam cientes disto ao participar deste encontro. Acredito que não existem diferenças na postura de todos os seres humanos quando servimos a Deus. Creio que haja fatores praticamente iguais nesta nossa postura, independentemente das diferenças de idade; sexo; grau de sabedoria; campo de atuação, tanto nas atividades de difusão como nos trabalhos realizados nos escritórios da sede, apesar de consideramos desigualdades perceptíveis aos olhos humanos no seu conteúdo. Por este motivo, não devemos diferenciar os jovens messiânicos da juventude na sociedade ou entre ministros e funcionários dos escritórios da sede. Creio que nossa postura no servir a Deus como seres que precisam ser educados, voltando nossos próprios sentimentos a Ele, é fundamental. Conto com a colaboração de todos os participantes destes encontros no sentido de transmitir o que cada um pensa e, além disso, escutar o que eu penso através das palavras de Masaaki. Atami, 8 de janeiro de 2016 Líder Espiritual Yoichi Okada Explicação do Encontro – Reverendo Keizo Miura Boa tarde a todos. Agradeço de todo meu coração o precioso tempo que o Sr. Masaaki, filho do Líder Espiritual, disponibilizou para realizarmos hoje este encontro com os seminaristas do exterior. O Sr. Masaaki Okada temse esforçado nos estudos e dedicações próximo a KyoshuSama, podendo ter contato direto com o sentimento do Líder Espiritual como seu

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PRIMEIRO ENCONTRO DE SEMINARISTAS DO EXTERIOR 19 DE MARÇO DE 2016 ATAMI, JAPÃO Tradução – Su no Hikari

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Objetivo do Encontro de Jovens Ministros e Membros com Masaaki Okada

Estou enviando Masaaki como meu representante, diante da difícil situação em que nos encontramos, em que não tenho condições de me reunir frequentemente com jovens ministros e membros, que são o futuro da Igreja Messiânica Mundial, Igreja Izunome. Espero que todos estejam cientes disto ao participar deste encontro.

Acredito que não existem diferenças na postura de todos os seres humanos quando servimos a Deus. Creio que haja fatores praticamente iguais nesta nossa postura, independentemente das diferenças de idade; sexo; grau de sabedoria; campo de atuação, tanto nas atividades de difusão como nos trabalhos realizados nos escritórios da sede, apesar de consideramos desigualdades perceptíveis aos olhos humanos no seu conteúdo.

Por este motivo, não devemos diferenciar os jovens messiânicos da juventude na sociedade ou entre ministros e funcionários dos escritórios da sede. Creio que nossa postura no servir a Deus como seres que precisam ser educados, voltando nossos próprios sentimentos a Ele, é fundamental.

Conto com a colaboração de todos os participantes destes encontros no sentido de transmitir o que cada um pensa e, além disso, escutar o que eu penso através das palavras de Masaaki.

Atami, 8 de janeiro de 2016

Líder Espiritual ‐ Yoichi Okada

Explicação do Encontro – Reverendo Keizo Miura

Boa tarde a todos.

Agradeço de todo meu coração o precioso tempo que o Sr. Masaaki, filho do Líder Espiritual, disponibilizou para realizarmos hoje este encontro com os seminaristas do exterior.

O Sr. Masaaki Okada tem‐se esforçado nos estudos e dedicações próximo a Kyoshu‐Sama, podendo ter contato direto com o sentimento do Líder Espiritual como seu

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assessor. A permissão de realizar este encontro também serve para podermos compartilhar o sentimento de Kyoshu‐Sama, que será transmitido a todos nós.

Devido ao longo período em que viveu no exterior, e também às das experiências adquiridas neste período, ele está sempre atuando com o pensamento voltado para os membros do exterior. O número de messiânicos no exterior ultrapassa em grande escala o número total de membros no Japão. Neste sentido, temos nos esforçado para encontrar a melhor maneira de transmitir a essência do sentimento de Meishu‐Sama, expresso nas palavras de Kyoshu‐Sama, tanto para os messiânicos no Japão como no resto do mundo, sendo que o Sr. Masaaki Okada tem‐se empenhado conosco neste propósito.

Caminhamos nesta jornada trazendo o desejo de “nascer de novo” como filhos de Deus. Através da conversa com o Sr. Masaaki Okada, que busca diariamente aprofundar a compreensão do sentimento e pensamento de Kyoshu‐Sama, espero que todos possam receber muita força para darmos continuidade às nossas dedicações, agarrando com firmeza este sentimento do Líder Espiritual.

Dessa forma, desejo agradecer esta oportunidade extremamente significativa de realizar o presente encontro entre os seminaristas do exterior com o Sr. Masaaki Okada como algo que Meishu‐Sama preparou para cada um de nós.

Gostaria de ler a mensagem que recebemos de Kyoshu‐Sama sobre a realização deste evento.

– Leitura da mensagem em negrito na página anterior –

Muito obrigado.

Esta foi a mensagem de Kyoshu‐Sama. Através deste encontro, espero que nós possamos compartilhar o mesmo aprendizado e oro também para que o sentimento de Meishu‐Sama se concretize dentro de cada um de nós. Muito obrigado.

Saudação de Masaaki Okada

Conforme foi mencionado agora pelo reverendo Miura, este encontro foi preparado por Meishu‐Sama. Sua realização só foi possível graças a ele. Ao mesmo tempo que o presente encontro é uma bênção de Meishu‐Sama, acredito que estamos tendo a permissão de nos encontrarmos aqui, hoje, graças aos alicerces formados pelos pioneiros que serviram na difusão mundial. Por esse motivo, dando muita importância a

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cada um destes alicerces, estas bases, espero poder caminhar com vocês pela jornada da fé que seguiremos nas próximas décadas, já que temos praticamente a mesma faixa etária. Creio que nosso encontro não se limita ao dia de hoje. Espero termos a oportunidade de nos encontrarmos novamente de agora em diante. Sendo assim, desejo que todos conversem franca e abertamente, criando assim laços de confiança entre nós. Conto com a colaboração de todos.

Perguntas dos participantes:

Antecipadamente, os participantes elaboraram perguntas relacionadas aos textos apresentados na 23ª Edição do Acampamento Mundial de Escoteiros (World Scout Jamboree, em inglês), “O que é a Igreja Messiânica Mundial?”, “O Símbolo da Igreja Messiânica Mundial” e “Palavras de Oração”.

Cada um apresentou sua pergunta durante o encontro, relatando também suas impressões.

Perguntas relacionadas ao tema “O que é a Igreja Messiânica Mundial”:

‐ O que precisamos fazer para conseguir praticar o “precisamos nos esforçar conscientemente para direcionar nossos corações a Deus”, que está escrito no texto?

‐ O texto “O que é a Igreja Messiânica Mundial” é muito diferente das explicações que recebemos até hoje e, possivelmente, muitas pessoas terão dificuldade de aceitá‐las. Como podemos nos preparar para uma situação como esta?

‐ Para não termos uma natureza “dupla” no cotidiano, o que podemos fazer para atribuir a Deus tudo o que ocorre em nossas vidas? Tudo no nosso cotidiano será naturalmente colocado em ordem, já que objetivamos nascer de novo como filhos de Deus? Mantendo este objetivo constante, será possível compreender se estamos agindo corretamente, dentro das circunstâncias que surgem à nossa frente (assim como Meishu‐Sama aceitou tudo como a vontade de Deus)?

‐ Nascemos neste mundo para regressar ao Paraíso e nascermos de novo como “um Messias”, tendo Meishu‐Sama como modelo. Objetivamente falando, o que precisamos fazer, qual é o primeiro passo a ser feito em nosso cotidiano?

‐ Por que é que devemos nascer de novo como “um Messias”? Qual é o objetivo é regressar ao Paraíso?

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‐ Objetivamos nascer de novo tendo Meishu‐Sama como modelo. Além disso, quando nasceu de novo, Meishu‐Sama disse que se sentia como um recém‐nascido e teve a sensação física de que havia nascido novamente. Sendo assim, isto significa que nós também teremos alguma sensação semelhante ao “nascer de novo”, ou seja, poderemos perceber este acontecimento?

‐ A palavra “cura” é utilizada no trecho que explica o Johrei. Até hoje, fui orientado a não usar frequentemente esta palavra no Brasil. Isto porque existem casos em que não há cura, o que pode causar algum problema. Gostaria de receber orientações mais detalhadas a este respeito.

Perguntas relacionadas ao tema “O Símbolo da Igreja Messiânica Mundial”:

‐ Gostaria de receber explicações mais detalhadas sobre o trecho “Tudo parte de Deus, e tudo retorna a Ele. Essa é a obra de Criação de Deus”.

‐ Gostaria de receber explicações mais detalhadas com relação ao trecho “Acreditamos que Deus vive dentro de nós, e Sua obra de Criação se desenvolve no interior de cada um de nós, sem interrupção”, principalmente no que diz respeito a “Sua obra de Criação se desenvolve no interior de cada um de nós, sem interrupção”.

‐ Já que o Paraíso existe no interior de cada um de nós, o que precisamos fazer para conseguirmos regressar a ele no nosso cotidiano?

‐ Lendo a versão em português, existe a expressão “tentando nos acolher” na quinta linha de baixo para cima. A palavra “tentando” deixa implícita a possibilidade de “não conseguir”. A humanidade, independentemente do que ocorrer, será acolhida no Paraíso? Gostaria de receber orientações mais detalhadas a este respeito.

‐ “Nós recebemos a vida como Messias, por isso, estamos reconhecendo a existência de Deus ao praticar a Agricultura Natural e, tendo a grande natureza como um modelo, regressar à origem de Deus. Ou seja, poderemos assim nascer de novo”. Posso explicar desta maneira, simples e objetiva, a ligação entre o símbolo da Igreja Messiânica Mundial e a Agricultura Natural?

Perguntas relacionadas ao tema “Palavras de Oração”:

‐ Como podemos praticar as “Palavras de Oração”?

Outras perguntas:

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‐ Como devemos proceder ao nos questionarem o seguinte: “Já que tudo está sendo perdoado por Deus, isso significa que todos aqueles que cometem o mal, como terroristas ou políticos mal‐intencionados, também já foram perdoados? ”

Palavras de Masaaki Okada

Antes de mais nada, desejo agradecer o relato de todos. Também quero agradecer por terem preparado antecipadamente suas perguntas. Muito obrigado. Fiquei realmente maravilhado com cada questão e pude sentir, através delas, o interesse sincero de vocês. Desejo refletir junto com vocês sobre cada uma delas.

Foi questionada a possibilidade de nós também sentirmos alguma sensação física ao nascermos de novo, assim como Meishu‐Sama sentiu, correto? Eu sempre falo sobre isso dando o exemplo de quando eu tinha um cachorro de estimação. Este cachorro já morreu há alguns anos, mas foi durante o período em que eu o criei que reparei no fato de nunca ter prestado muita atenção aos cães. Eu sequer percebia como existem tantos cachorros na cidade de Atami. Foi quando passei a pensar: “Como existem cachorros em Atami!”. Ou seja, este sentimento surgiu em mim somente depois que eu comecei a criar um cachorro de estimação.

Hoje, somos incapazes de compreender ou sentir o que é este “nascer de novo”. Seria algo semelhante ao fato de não reparar que existem cachorros na cidade. Contudo, Meishu‐Sama sentiu isto. Sendo assim, também somos capazes de sentir o mesmo que ele, já que consideramos que ele está vivo em nosso interior, pois isto faz com que esta sensação se faça presente dentro de nós. Por essa razão, devemos “mergulhar de cabeça nisso”, “mergulhar de cabeça em Meishu‐Sama”. Creio que, agindo dessa maneira, possivelmente seremos capazes de sentir algo neste sentido. Por assim dizer, seria algo semelhante à ação de criar um animal de estimação, ou seja, precisamos acreditar que esta sensação que Meishu‐Sama teve já existe dentro de nós. Talvez seja possível perceber alguma sensação semelhante àquela vivenciada por Meishu‐Sama, assim como é possível passar a perceber que existem muitos cachorros na cidade.

Talvez este não seja um exemplo adequado. Entretanto, acabamos deixando de “mergulhar de cabeça em Meishu‐Sama” quando pensamos que cachorros não existem ou que não é necessário criá‐los como animais de estimação. Com esta postura, estamos negando o “nascer de novo” logo de início. Isto significa que somos capazes de encontrar inúmeras razões para não sentir a sensação de “nascer de novo”. Somos especialistas em negar algo. Acabamos construindo dentro de nós mesmos inúmeras razões para negar isto, como, por exemplo, dizer: “Meishu‐Sama é especial e diferente

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de nós” ou “Somente Meishu‐Sama é o Messias”. Entretanto, não achamos que esta forma de pensamento seja uma negação, o que torna tudo ainda mais difícil. Isto porque cometemos o equívoco de considerá‐la como a postura de um ser humilde ou que tem fé. Sendo assim, ao invés de pensar dessa maneira, creio que seja mais importante ter convicção de que esta sensação de nascer de novo já existe dentro de nós.

Gostaria de citar outro exemplo. Copérnico desenvolveu a teoria heliocêntrica em uma época em que todos aceitavam apenas na teoria geocêntrica. Teoria esta que coloca a Terra como um corpo imóvel no centro do universo e considera o Sol como um astro que gira ao seu redor.

Através da teoria heliocêntrica, ele afirmou que o Sol ocupava o centro do universo, sendo que a Terra orbitava ao seu redor. Mesmo escutando isso, nossa sensação real é geocêntrica, não é verdade? Afinal, não sentimos estar em movimentos giratórios, achando que a Terra não tem rotação. É por isso que não percebemos a rotação da Terra. Apesar disso, hoje todos acreditam incondicionalmente na teoria heliocêntrica. Todos creem nela, apesar de não a perceber, porque ela foi comprovada cientificamente. Nossa percepção se limita à teoria geocêntrica. Sendo assim, não existe uma noção que comprove a crença na teoria heliocêntrica. Nós apenas a aceitamos devido à sua comprovação científica.

Portanto, o fato de não percebermos esta sensação do “nascer de novo” é um fator completamente diferente desta sensibilidade realmente existir, apesar da sua grandiosidade. Sendo assim, possivelmente conseguimos perceber a sensação do “nascer de novo”. Antes de mais nada, porém, precisamos acreditar que ela existe. Além disso, creio que podemos desejar vivenciar a mesma sensação de Meishu‐Sama, mas, antes disso, o aceitar que ela existe dentro de nós seria o nosso ponto de partida.

Vale lembrar que expressamos o desejo de saborear a mesma sensação de Meishu‐Sama ou perceber que nós também nascemos de novo. Não obstante, devemos refletir sobre qual foi a sensação física de Meishu‐Sama quando ele nasceu de novo. A primeira delas certamente foi uma forte dor de cabeça. Afinal, ele teve um derrame cerebral. Ele sentiu o Messias durante uma tremenda dor de cabeça. Naturalmente, dentro da nossa maneira de pensar, achamos que sua doença foi totalmente curada, quando ele disse que havia nascido de novo, ou consideramos que ele havia se tornado um ser extraordinário por causa disso. Entretanto, tudo isso ocorreu em meio a uma intensa dor de cabeça, causada pelo derrame cerebral, e ele ascendeu aos Céus no ano seguinte. É por isso que precisamos saber se estamos realmente preparados para aceitar isso, mesmo afirmando: “Quero que Meishu‐Sama se manifeste” ou “Quero

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saborear a sensação do nascer de novo”. Isto porque, ao tomar realmente esta decisão, certamente passaremos por situações rigorosas.

Além disso, pode ser que, quando saborearmos a sensação do nascer de novo, ela não seja como nós desejamos. Seria muito bom se ela fosse algo maravilhoso, mas não é bem assim. Da parte de Deus, existe a possibilidade de Ele aceitar isto com muita severidade.

Neste caso, pode ocorrer como aconteceu Meishu‐Sama, que correu risco de vida. Sendo assim, mesmo dizendo “Quero saborear esta sensação”, a verdadeira decisão de nascer de novo é muito difícil para cada um de nós. Isto porque devemos ter temor a Deus. Levando tudo isso em consideração, certamente não temos outra escolha a não ser aceitar Meishu‐Sama. Isto porque ele superou muitas adversidades por todos nós, seres imperfeitos, vivendo uma vida para nos mostrar o verdadeiro significado do servir a Deus.

Por isso, antes de mais nada, precisamos relatar a Deus nosso desejo de aceitar isso através de Meishu‐Sama. Agindo dessa maneira, acredito que certamente cada um de nós será levado a sentir alguma coisa. Possivelmente, será algo que, mesmo tentando explicar às pessoas, será incompreensível por meio de palavras. Por conseguinte, o importante, antes de mais nada, é acreditar mesmo não tendo alguma sensação ainda e “mergulhar de cabeça” nisso.

Muitas perguntas feitas hoje estão relacionadas ao tema: “Por que Deus é o nosso ponto de partida e por que devemos regressar a Ele?”. O fato de Deus ser o nosso ponto de partida está relacionado a razão de Ele ter criado os seres humanos e ter começado a obra da criação.

Meishu‐Sama nasceu em 23 de dezembro de 1882. Este é o seu primeiro nascimento. Ele viveu toda sua vida e anunciou que havia “nascido de novo” em 5 de junho de 1954. Ou seja, este é o seu segundo nascimento. Resumindo, Meishu‐Sama nasceu duas vezes. São dois nascimentos. Nascer significa a existência de genitores. Os pais de Meishu‐Sama foram os genitores de seu primeiro nascimento. Eles são os pais biológicos de Meishu‐Sama. Então, precisamos refletir sobre quem foi o genitor do seu segundo nascimento, correto? Certamente, não foram os mesmos do seu primeiro nascimento, afinal, os genitores de Meishu‐Sama já não estavam mais neste mundo em 1954. Por isso, temos que pensar sobre foi o genitor do seu segundo nascimento. Uma vez que ele nasceu de novo, existe um genitor. Certamente, este genitor não seria outro a não ser Deus – o Pai espiritual.

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Meishu‐Sama nos ensinou sobre a “Lei de Precedência do Espírito sobre a Matéria”. Antes de mais nada, pensando no campo da “matéria”, todos nós possuímos pais biológicos que são existências materiais. Eu também os tenho. Entretanto, como o “espírito precede a matéria”, os pais biológicos representam esta última. Isto significa que também existem genitores espirituais. Então, quem seria este nosso genitor espiritual? A resposta para esta pergunta não é outra senão Deus.

Neste mundo, existem as mais variadas formas de pensar. Contudo, uma grande parte de nossas vidas, independentemente de sermos homens ou mulheres, certamente está relacionada ao desejo de conhecer o amor da nossa vida, casar e ter filhos com esta pessoa.

Nós pensamos sobre isto apenas na dimensão material. Porém, para dizer a verdade, já que o espírito precede a matéria, também existem pessoas que desejam pensar sobre isto no âmbito espiritual. O fato de pensarmos assim na dimensão material, significa que existe o mesmo pensamento e atitude na dimensão material. Todos nós queremos ter filhos e criá‐los para construirmos um lar feliz, não é verdade? Deus, nosso Pai espiritual, pensa de mesma maneira. Recebemos d’Ele a vida espiritual e Seu maior desejo é conviver conosco como uma família. Foi Meishu‐Sama quem percebeu isto e retornou ao Paraíso, onde o Pai espiritual se encontra, enquanto viveu sobre a superfície da Terra e tornou‐se “um Messias”, ou seja, um filho de Deus. Este é o significado da palavra “Paraíso Terrestre”. Isto porque Meishu‐Sama regressou ao “Paraíso”, apesar de estar vivo na “superfície terrestre”. Sendo assim, participaremos da “Construção do Paraíso Terrestre” ao conseguirmos desejar ser como Meishu‐Sama e nos tornarmos um filho de Deus – um Messias. Afinal, a construção do Paraíso Terrestre consiste no fato de Deus construir um mundo para morar nele conosco. Afinal, Ele se encontra no Paraíso. Em vista disso, creio que devemos aceitar que isto se trata de algo completamente diferente da compreensão que tivemos até hoje sobre “Paraíso Terrestre”.

Voltando ao assunto da pergunta em questão, o nosso “partir” nada mais é do o próprio amor de Deus. Recebemos d’Ele a vida como Seus filhos e, graças ao Seu amor paterno, Ele deseja ser feliz habitando, conosco, em um lar chamado Paraíso. Este é o motivo do nosso “partir”. Entretanto, nós nos esquecemos do nosso Pai espiritual. Afinal, até então, não compreendíamos o significado do “nascer de novo” mencionado por Meishu‐Sama. Desconsiderávamos a necessidade de haver um segundo nascimento. Além disso, queremos até mesmo questionar Meishu‐Sama o significado de nascer de novo.

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Porém, Deus enviou Meishu‐Sama como um modelo, apesar da nossa ignorância. Meishu‐Sama foi enviado por Ele para nos ensinar como devemos viver a vida. Consequentemente, precisamos ser obedientes e reconhecer que havíamos esquecido Deus, o nosso verdadeiro Pai e, sendo assim, aprender com Meishu‐Sama como regressar ao Paraíso, nosso lar espiritual, a cada instante.

Afinal, vivemos uma situação semelhante à daquele que se perdeu após sair de casa. Nós também agimos assim no campo material. Desobedecemos aos nossos pais e brigamos, percebemos isso, mas desobedecemos a Deus, saímos do Paraíso e estamos perdidos até hoje. Entretanto, Deus está dizendo: “Olha, já está na hora de você voltar”. Foi para isso que ele preparou o Messias. Isto porque a palavra Messias significa “senhor da salvação”. Ele está dizendo que irá perdoar o pecado de termos nos afastado de Deus e nos acolherá. Diante disso, regressamos à origem de Deus pelo nome Messias.

Resumindo, o porquê do nosso partir significa a partida para uma vida na Terra através do amor do divino Pai. Sendo assim, creio que a razão do nosso regresso significa retornar ao lar espiritual, para corresponder ao amor paterno como Seus filhos. Meishu‐Sama nos ensinou a palavra Messias para nos transmitir isto.

Deus não é uma existência fictícia. Ele está aqui (apontando o dedo para o centro da testa). É aqui também que se encontra o Paraíso. Creio que este seja o motivo de vocês questionarem durante seus relatos algo semelhante a Deus e Paraíso serem diferentes uns dos outros. Eles são distintos e, ao mesmo tempo, similares. Isto porque Deus se encontra no Paraíso e é nele que Ele espera por todos nós. Mesmo falando “Paraíso”, em outras palavras, seria algo como o nosso lar. Isto pode ser representado por uma igreja.

Nós nos encontramos com o seu responsável ao visitarmos uma igreja. No plano material, visitar uma igreja também significa ir ao encontro do seu responsável. Ou seja, adentrar no Paraíso é o mesmo que ir ao encontro de Deus. Sendo assim, Deus e Paraíso são inseparáveis, apesar de parecem distintos um do outro. Apesar disso, não devemos nos esquecer que, mesmo falando em Paraíso, ele também foi preparado por Deus.

Temos a igreja como o lado material da nossa organização. Ou seja, isto significa que também existe uma igreja no plano espiritual. Por ser espiritual, ela é invisível aos nossos olhos. Portanto, existe uma igreja invisível aos nossos olhos. Ela seria o Paraíso. Creio, pois, que seja melhor termos o seguinte pensamento quando adentramos as portas de uma igreja: “O Paraíso, que é uma igreja invisível aos olhos, existe dentro de mim. Deus é o responsável por esta igreja. Estou regressando a este local.”

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Hoje, também foi questionado sobre o que devemos fazer para regressar ao Paraíso, não é verdade? Certamente, a chave para tal é a nossa entrega total a Deus, mas gostaria de mencionar algo mais sobre este assunto. Para dizer a verdade, eu li o currículo de todos vocês. Nele, existem vários campos para serem preenchidos, como “Hobby”, “Especialidades” e outros mais. Dentre eles, havia um campo para “Pontos Fortes” e outro para “Pontos Fracos”. Teve uma pessoa que, por exemplo, classificou um dos seus pontos fortes como “saber escutar bem os outros”. Dentre os pontos fracos, foram levantados “teimosia”, “tendência em ficar bravo”, dentre outros. Nós consideramos todos estes pontos, sejam fracos ou fortes, como algo que nos pertence, mas tudo isso é manifestado por Deus. Para dizer a verdade, os pontos fracos também são manifestados por Ele, mas achamos que apenas os pontos fortes são manifestados pelo Altíssimo. Pontos como “pensar no próximo” ou “amar outras pessoas”. Entretanto, os pontos ligados às nossas imperfeições, como perder facilmente a calma, também são manifestados por Deus.

Entretanto, consideramos que nossos pontos fortes e fracos nos pertencem, independentemente de eles serem bons ou ruins. Estamos tomando posse de algo que pertence a Deus. Pode ser que muitos de nós comentem: “Este é meu ponto forte e o meu ponto fraco é este”, como que fazendo com que isto seja sempre propriedade nossa. Não devolvemos estes pontos a Deus. Isto significa que nossa real situação é a de um ser que ainda não regressou ao Paraíso. Afinal, temos que devolvê‐los quando formos até o dono da casa (Paraíso), já que tudo pertence a Ele. No entanto, o fato de sentirmos algo, seja um ponto positivo ou negativo, é uma prova de que Deus está nos outorgando estes sentimentos. Isto, é algo que Ele faz com que cada um de nós venha a sentir. Mesmo assim, existem fatores dentro de nós que não queremos devolver, apesar de pertencerem a Deus.

Tomemos um iPad como exemplo. Utilizamos este aparelho como se fosse nosso e, caso alguém nos dissesse, em determinado momento, que o iPad pertence a ele, retrucaríamos dizendo: “Não! Isto me pertence, viu”, não é verdade? Possivelmente esta pessoa também responderia: “Não, isso é propriedade minha” e, no final das contas, afirmaríamos: “De jeito nenhum! Isto é meu. Eu não vou te devolver”. Não aconteceria assim?

De fato, neste exato momento, estamos vivendo uma situação semelhante com relação ao nosso relacionamento com Deus. Recebemos tudo d’Ele. Nossos sentimentos, pensamentos e até mesmo nossa mentalidade. Sequer somos capazes de criar uma folha, muito menos gerar uma flor, não é verdade? Entretanto, Deus é capaz de criar isto facilmente. Nossos sentimentos e pensamentos são criações realmente incríveis. Algo

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que supera facilmente a criação de uma folha ou flor. Dentre tudo o que foi criado por Deus, o sentimento e o pensamento são absolutamente fantásticos. É por isso que algo extremamente fantástico, como o sentimento, o pensamento e a mentalidade foram outorgados por Deus aos seres humanos. Isto também acontece com os pontos fracos e ortes. Por assim dizer, mesmo os pontos que consideramos fracos, como a teimosia, são, na verdade, de nível superior.

Os aparelhos de televisão atuais, como a TV 4K, são incríveis. Os computadores também tiveram uma evolução surpreendente. Nenhum deles, porém, é superior ao nosso sentimento. É por isso que não queremos devolvê‐lo mesmo que nos obriguem a fazê‐lo. Afinal, quem não se oporia caso lhe fosse imposto a devolução de uma televisão caríssima recém comprada?

Não devemos ser inflexíveis. Temos que devolver nosso sentimento a Deus, assim como alguém devolveria uma caneta ou um iPad, dizendo: “Puxa, meus pontos fracos e fortes, meus sentimentos, pensamentos e minha mentalidade pertencem a Deus”.

Entretanto, não somos capazes de devolvê‐los diretamente a Deus. A ação de devolver só pode ser realizada através de um ser puro como Meishu‐Sama. Com isso, pode ser que Deus venha a aceitá‐los. Dificilmente conseguimos recuperar objetos que foram roubados por um ladrão aqui no mundo dos seres humanos. Todavia, isto não acontece quando os devolvemos a Deus. Pelo contrário, recebemos em troca algo ainda melhor.

Por exemplo, aparelhos smartphones evoluem constantemente. Digamos que nosso primeiro smartphone seja iPhone 5s. Pode ser que Deus nos presenteie com um iPhone 6 ao devolvermos a Ele o iPhone 5s. Reconhecendo que isto também Lhe pertence e, evitando tomar posse deste novo smartphone, talvez sejamos constantemente presenteados com um aparelho novo, assim que forem lançados o iPhone 7 e o iPhone 8.

Nunca evoluiremos, porém, se continuarmos afirmando: “Não! Eu gosto do meu iPhone 5s. Estou muito bem com ele. Não vejo a necessidade de devolvê‐lo”. A sociedade está em constante processo de evolução. Uma vez que Deus deseja esta constante evolução, Ele nos diz frequentemente: “Olha, te dou este iPhone 7 quando você quiser”. Assim sendo, não devemos ficar presos à teimosia de continuar dizendo: “Eu prefiro este iPhone 5s”. Creio que não haja outra saída a não ser devolver o iPhone 5s, mas isto exige muita coragem. Afinal, normalmente não queremos devolver o que é nosso a outra pessoa.

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Isto, entretanto, é apenas um exemplo. Naturalmente, podemos continuar usando este iPhone 5s, ou até mesmo outros celulares mais simples como um flip phone comum, até o dia da nossa morte, mas estou me referindo a importância de devolvermos tudo aquilo de que tomamos posse.

Não devemos nos esquecer que a precedência do espírito sobre a matéria é um ponto fundamental. Isto significa que o pensamento e o Sonen são essenciais. Com isso, temos que devolver completamente os nossos pensamentos a Deus, assim como Lhe devolveríamos um iPhone 5s, e afirmar o seguinte em nosso coração: “Tudo o que eu considerei até hoje como um pertence meu, o coração que me faz sentir algo, meus pensamentos e minha mentalidade, pertencem a Deus”. Agindo dessa maneira, seremos contemplados por Ele com novos sentimentos, pensamentos e mentalidade. O acúmulo desta prática fará com que ocorram mudanças na realidade perceptível no campo material, como a mudança de pessoas e situações ao nosso redor. Já que o espírito precede a matéria, todos os fatos do mundo invisível são primordiais.

Os fatos do mundo visível são precedidos por aqueles do mundo invisível. A matéria apenas acompanha o espírito. É por isso que temos a tendência de tomar posse da nossa consciência, algo surpreendente que recebemos, pelo fato de esta ser constituída de sentimento, pensamento e mentalidade. Precisamos, porém, ter coragem. Afinal, devemos devolver tudo isso a Deus através de Meishu‐Sama. Além do mais, isto deve ser também transmitido pela fala. Utilizar nossos pensamentos e palavras para agir assim. Por conseguinte, podemos dizer ou até mesmo mentalizar em nossos corações: “Eu vou devolver”.

Este pensamento e palavras são a resposta para as perguntas: “O que devemos fazer para regressar ao Paraíso?” e “Qual é o primeiro passo para nascermos de novo como ‘um Messias’?”, feitas hoje por alguns de vocês.

Entretanto, isto só é possível quando estamos em condições emocionais, mesmo que digamos: “Eu quero devolver”. Não conseguimos fazer isso quando estamos desempregados ou brigados com alguém. Dentre as perguntas de hoje, foi questionado “o que podemos fazer para voltarmos conscientemente nossos corações para Deus”, não é verdade? Também foram feitas perguntas sobre a prática das “Palavras de Oração” e algumas pessoas relataram que tomaram a decisão de orar desse jeito todas as manhãs perante o altar como forma de praticá‐las. Creio que podemos criar várias oportunidades para proferir esta oração no cotidiano. Infelizmente, deixamos de fazê‐la à medida que nosso estado emocional fica mais estável. Assim sendo, talvez seja muito bom determinar um período do dia para praticar esta oração.

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Além do mais, sentimos ansiedade quando estamos prestes a participar de um encontro como o de hoje, não é verdade? Pensamentos como “Deus, me ajude” surgem naturalmente e creio que Ele nos faz pensar desta maneira. Logo, creio que podemos dizer: “Que eu seja utilizado para que a vontade de Meishu‐Sama se concretize”. Também podemos orar utilizando as “Palavras de Oração”. Afinal, nervosismo e ansiedade são emoções provocadas por Deus conforme Ele atua em nós.

É muito difícil para nós pensar em Deus nos momentos de nervosismo ou quando estamos atarefados. Isto também se passa comigo. Podemos anteceder estes fatos e orar na noite anterior por todos os acontecimentos agendados para o dia seguinte. Afinal, dificilmente conseguimos voltar nossos corações conscientemente a Deus durante as muitas atividades do dia.

Também foi questionado o que significa o fato de a Obra da Criação de Deus acontecer constantemente dentro de cada um de nós. Possivelmente, seja muito difícil compreender isto apenas com a ação de ler estas palavras; mas, para dizer a verdade, não é algo tão difícil como parece.

Por exemplo, existem momentos em que sentimos ódio ou nos deparamos com situações desfavoráveis. Sem contar que, em nosso cotidiano, sempre passamos por ocasiões em que nos dizem palavras horríveis ou sentimos raiva do nosso superior, não é verdade? Os momentos em que nosso coração é invadido pelo sofrimento são oportunidades verdadeiras. Nós nos arrependemos quando algo ruim se sucede por nossa causa e, nestes momentos, pensamos: “Puxa vida! Tudo isso é culpa minha”. Não obstante, este arrependimento não serve para nada.

Afinal, para dizer a verdade, é neste momento que Deus está se manifestando. Sua manifestação não se limita a momentos e situações que alegram os seres humanos.

Achamos que Deus só se manifesta nos bons momentos, como na vitória do nosso time de futebol ou quando presenciamos uma cura com a ministração do Johrei. Entretanto, Deus está realmente atuando nos sofrimentos gerados pela raiva ou tristeza. Nestes momentos, Deus está querendo nos dizer: “Entregue‐me este sentimento”. Estes sentimentos afloram propositalmente para que possamos entregá‐los a Deus. É por isso que estes momentos de dor e sofrimento são, na verdade, oportunidades para pensarmos da seguinte maneira: “Puxa, neste exato momento, a Sua Obra da Criação está acontecendo! Vós estais vos manifestando em mim. Devolvo‐Lhe este sentimento em nome do Messias”. Afinal, o fato de algum sentimento surgir em nosso coração significa que, sem qualquer margem de erro, Deus está se manifestando em cada um de

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nós. Somos educados por nossos pais aqui neste mundo, não é verdade? Os pais dizem aos filhos que eles devem agir de determinada maneira. É desse mesmo modo que Deus, com Seu amor paterno, se manifesta em nossos sentimentos. Oferecemos algum tipo de resistência ao perceber que estamos sendo doutrinados por Deus. Em nosso cotidiano, acabamos julgando outras pessoas e a nós mesmos, dizendo: “Nossa! Como aquela pessoa é má”, “Esta pessoa não é boa” ou “Puxa vida, acabei agindo errado”. Agimos assim apesar de Ele estar vertendo Seu amor em nós como um pai. Nesses momentos, precisamos ter coragem para dar um passo adiante e dizer: “É desta maneira que Sua Obra da Criação está acontecendo. É assim que ela ocorre a cada instante”. Certamente, Deus ficará muito contente com esta atitude nossa.

Entretanto, depois de conseguirmos pensar dessa maneira, o próximo passo seria considerar que, na verdade, a sensação de que estamos vivos é uma prova da atuação de Deus. O fato de sermos seres com consciência, significa que a força e energia de Deus estão se manifestando em nós. Sendo assim, para dizer a verdade, a própria sensação de que estamos vivos é a representação de que a Obra da Criação de Deus está ocorrendo dentro de cada um de nós.

Entretanto, é muito difícil ter consciência disso de uma hora para outra. Por esse motivo, antes de mais nada, devemos pensar da seguinte maneira nos momentos em que sentimos algum sofrimento: “Puxa vida! A Obra da Criação de Deus está se passando dentro de mim! Deus está olhando para mim com muito vigor”. Isto porque Deus deseja que cada um de nós pense dessa maneira.

Com relação ao fato de voltarmos nosso pensamento a Deus, certamente nunca consideramos isso algo tão importante. Pode ser que pensávamos nisso como algo insignificante. Porém, este “pensar” está ligado diretamente à salvação de todos os seres humanos.

Meishu‐Sama nos ensina que somos a condensação de milhares de antepassados. Isto possui dois significados: um deles é o desejo de Deus de querer que cada um de nós volte seu coração para Ele, como mencionei agora há pouco. O outro é que Deus deseja ver os seres humanos pensando da seguinte maneira: “Salve todas as pessoas que aparecem agora neste seu sentimento”. Afinal, como somos a condensação de milhares de antepassados, muitos deles se manifestam em nossos sentimentos com o desejo de serem salvos.

Possivelmente não temos a sensação de termos cometido um delito grave, mas, para os olhos de Deus, nossos ancestrais, antepassados e todos os seres humanos cometeram

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muitos crimes até hoje. Existem muitas pessoas nestas condições dentro do nosso coração neste exato momento. São milhares de pessoas dentro do coração de uma única pessoa.

Nós estamos aqui para salvar estes antepassados e a humanidade. Afinal, viemos à superfície terrestre para servir na obra de salvação da humanidade.

Hoje, um de vocês relatou que acredita estar recebendo testes de Meishu‐Sama para poder evoluir, não é verdade? Certamente, passamos por inúmeras provações enquanto estamos vivos. Passamos por dificuldades e enfrentamos muitos sofrimentos. Não há sombra de dúvidas de que todos esses sofrimentos são certamente provações. Entretanto, para dizer a verdade, essas provações também são uma oportunidade para salvarmos outras pessoas. Por essa razão, não devemos tê‐las apenas como algo que existe para o nosso próprio crescimento.

Todos os acontecimentos, sejam eles uma dificuldade ou algo que se torna um problema perante nossos olhos, são provas de que estamos sendo utilizados por Deus para a salvação destas situações. Hoje, foi questionado se estas dificuldades podem ser superadas com a prática das três colunas da salvação. Isto está correto, mas creio que não seja apenas isso. Uma dificuldade não existe apenas para ser superada, objetivando nosso próprio crescimento. Estamos sendo utilizados na Obra de Salvação em todos os instantes das nossas vidas. Ter consciência disto significa que crescemos até o nível de alguém que salva outras pessoas. Por essa razão, todos nós já estamos participando da construção do Paraíso Terrestre a cada momento. É dessa maneira que somos utilizados por Deus.

Todos nós realizaremos atividades de difusão e teremos um cotidiano familiar em nossas vidas. Dentro de tudo isso, certamente enfrentaremos inúmeros problemas. Naturalmente, teremos que superar estes problemas. Entretanto, antes de mais nada, devemos estar cientes de que estamos vivos aqui para salvar estes sentimentos. “Aqui” também faz menção às nossas reações sentimentais. Nosso sentimento fica em pedaços quando nos deparamos com um problema, não é verdade? Estamos vivos para salvar estes sentimentos. Afinal, existem milhares de antepassados impregnados destes sentimentos que querem ser salvos. Contudo, o que significa esta salvação? Significa que a humanidade já foi perdoada.

Sendo assim, devemos pensar da seguinte maneira nos momentos em que nosso coração fica em pedaços por causa de um problema: “Vós perdoastes este meu sentimento”. Ao pensarmos dessa maneira, nós devemos nos entregar a Deus. Pode ser

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que esta situação ainda não tenha mudado no momento desta entrega. Materialmente falando, este problema ainda não foi solucionado. Mesmo assim, precisamos ter a crença de que Deus já perdoou, salvou e solucionou tudo ao entregar‐Lhe os sentimentos que surgem através de problemas e provações. Esta entrega deve ser feita através de Meishu‐Sama, pelo nome Messias.

Assim sendo, certamente os problemas emergentes na superfície terrestre, que são de natureza material, serão solucionados caso Deus receba nosso pensamento, devido à precedência do espírito sobre a matéria. Afinal, Meishu‐Sama nos ensinou sobre a Lei de Precedência do Espírito sobre a Matéria. Por ser uma regra, certamente é um fenômeno que ocorrerá. Todas as provações, portanto, podem ser consideradas elementos para o nosso próprio crescimento. Mas, creio que, além disso, temos que estar convictos de que estamos sendo utilizados no servir a Deus para a salvação da humanidade.

Em um pensamento costumeiro, consideramos que alguém se torna um ser excepcional ao superar uma provação. Entretanto, não damos importância ao grande número de pessoas que se manifestam em nossos sentimentos objetivando serem salvas.

Elas acabam ficando presas às nossas emoções e, mesmo desejando retornar à origem de Deus, não o conseguem pelo fato de considerarmos que todas as provações e acontecimentos nas nossas vidas são elementos para o nosso próprio crescimento. Ou seja, fazemos com que isto seja apenas um alimento pessoal. Quando nos damos por conta, acabamos adoecendo ou nosso coração acaba caindo na escuridão.

Sendo assim, devemos entregar a Deus diariamente todos aqueles que se reúnem em nossos sentimentos querendo ser salvos antes que isso ocorra. Neste momento, precisamos avisá‐los que iremos devolvê‐los a Deus. Uma vez que somente Ele tem o poder necessário para solucionar estes problemas, certamente os inúmeros problemas serão solucionados através da Sua força. Naturalmente, existem problemas que necessitam de tempo para serem solucionados.

Devemos pensar da seguinte maneira quando nos depararmos com eles: “Existem situações que até mesmo Deus necessita de tempo para solucionar”. Além disso, creio que seja necessário acreditar que Deus já solucionou este problema, mesmo que ele ainda não tenha sido solucionado aqui neste mundo. Afinal, a fé consiste em acreditar em algo que ainda não aconteceu. Crer em um acontecimento que já ocorreu é algo fora dos parâmetros da fé. Logo, a fé também pode ser definida como a crença que tudo está

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solucionado, mesmo que determinada situação ainda não tenha melhorado. Acreditar em algo porque isto já foi comprovado é apenas o primeiro passo a ser tomado. O segundo passo é acreditar em algo mesmo sem a existência de uma prova. Esta é a segunda etapa da fé. Talvez seja esta a razão de os seres humanos exigirem uma prova para acreditar em algo invisível, mas isto não é bom. Afinal, todos nós precisamos evoluir constantemente.

Por assim ser, isto não é algo simples de ocorrer só porque estamos acostumados a acreditar apenas naquilo que vemos. Sendo assim, precisamos ter paciência para conseguir seguir por este caminho da segunda etapa da fé. Afinal, Meishu‐Sama não se curou da hemorragia cerebral, não é verdade? Apesar de ter afirmado que havia nascido de novo e que “um Messias” tinha nascido, isto não significa a presença de uma comprovação, ou seja, a cura total da hemorragia cerebral, não é verdade? No entanto, creio que Meishu‐Sama acreditava piamente em Deus, independentemente da sua cura. Acredito que ele viveu com muita alegria e total esperança em Deus até os últimos momentos que antecederam sua ascensão. Ou seja, a própria vida de Meishu‐Sama é uma mensagem fortíssima para todos nós. Creio que Meishu‐Sama está querendo nos transmitir a seguinte mensagem: “Acreditem, mesmo que a situação não tenha mudado ainda. Acreditem, mesmo sem a existência de uma prova”. Quero seguir este caminho da segunda etapa da fé junto com Meishu‐Sama.

Com relação à pergunta sobre a expressão “tentando nos acolher” no texto sobre o símbolo da Igreja Messiânica Mundial, que foi divulgado na 23ª Edição do Acampamento Mundial de Escoteiros, nele está escrito: “Deus nos concebeu no paraíso e está, agora, tentando nos acolher de volta em Seu paraíso”. Foi questionado se a palavra “tentando” não deixa implícita a possibilidade de Deus não conseguir acolher todos os seres humanos no Paraíso. Acredito que temos esta impressão, ao analisarmos somente o significado desta palavra, pois, mesmo em japonês, ela passa esta impressão. Entretanto, creio que Deus já está nos acolhendo incondicionalmente neste exato instante, independentemente do fato de acreditarmos n’Ele. Todos nós já fomos acolhidos por Ele no Paraíso. Deus está doutrinando a humanidade para podermos nascer de novo no Paraíso. Isto está acontecendo neste exato momento. Cremos ser existências que pertencem à superfície terrestre, mas, para dizer a verdade, todos nós pertencemos ao Paraíso pelo fato de o espírito ser primordial.

Entretanto, existe a possibilidade de nós negarmos isto. Assim sendo, creio que seja melhor considerar que Deus não utiliza expressões precisas ou autoritárias.

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Independentemente da nossa vontade, todos os seres humanos infalivelmente se tornarão filhos de Deus um dia. Isto já foi determinado e um dia acontecerá. Por essa razão, não adianta negar ou tentar fugir para os pontos mais longínquos deste planeta, pois Deus sempre nos trará de volta à Sua origem. Nós já estamos habitando o Paraíso, mas realmente adoramos a vida neste mundo. Deus está vertendo todo o Seu amor sobre nós, querendo nos dizer: “Olhem, vocês já residem comigo aqui no Paraíso, que é o meu lar”.

Entretanto, pode ser que Ele esteja utilizando expressões mais brandas, como “tentando nos acolher”, por achar que alguns seres humanos não aceitem Seu convite. Para dizer a verdade, ao invés de achar que a possibilidade de isto não acontecer está embutida nesta palavra, devemos reconhecer, com mais severidade, que estamos sendo criados e doutrinados por Deus e já fomos acolhidos por Ele no Paraíso. Afinal, este é um caminho único.

Assim sendo, não devemos ser arrogantes ao ponto de adentrarmos sozinhos quando regressarmos ao Paraíso espiritual, à igreja espiritual. Devemos adentrar esta igreja de mãos dadas com muitas pessoas, levando junto conosco todos os antepassados que existem dentro dos nossos sentimentos. Portanto, creio que seja necessário informá‐los, dizendo: “Eu regressei” e adentrar esta igreja espiritual com muitas pessoas com o sentimento de estar representando e guiando milhares de antepassados. Existem muitos guias turísticos que andam sempre na frente do grupo com uma bandeira na mão, não é verdade? É dessa maneira que devemos guiar nossos antepassados dizendo: “Senhoras e senhores, venham por aqui. O Paraíso fica por aqui”. Devemos desenvolver este papel de regressar junto com muitas pessoas à igreja espiritual que existe no nosso interior.

Por conseguinte, em que momentos devemos agir dessa maneira? Devemos pensar dessa maneira quando estamos sofrendo ou nos deparamos com alguma provação. O ideal seria adentrar esta igreja proferindo as seguintes palavras para todos aqueles que se reúnem em nossos sentimentos: “Irei guiá‐los! Venham junto comigo”. Com tamanha determinação, poderíamos até mesmo agarrar pelo pescoço aqueles que ainda estão indecisos. Contudo, agarrem os antepassados com carinho, viram! (risos) Para dizer a verdade, temos que estar determinados ao ponto de ter que “levá‐los na marra”. Isto porque, até mesmo o sentimento de não querer dizer “vamos regressar ao Paraíso” é uma manifestação do medo de se encontrar com o verdadeiro Deus. Entretanto, todos os antepassados querem regressar ao Paraíso. Eles querem ser banhados pela Sua Luz. Por esse motivo, precisamos ter coragem para atravessar a porta desta igreja

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junto com muitas pessoas. Cada um de nós é capaz de realizar algo surpreendente como isto. Cada um de nós, viram! Isto não é realmente maravilhoso?

Para dizer a verdade, é possível que muitas pessoas venham a uma igreja no plano material através do empenho diário para conduzir pessoas à igreja espiritual. Isto também pode estar relacionado a condução de pessoas, ou seja, com o encaminhamento a uma igreja no mundo material. Até hoje, porém, nós sempre demos mais importância ao encaminhamento que se sucede no plano material. A matéria, entretanto, é precedida pelo espírito. Ou seja, está mais do que claro qual deles deve ser o principal, a qual deles devemos dar maior importância. Naturalmente, é o encaminhamento espiritual. Até hoje, priorizávamos apenas o lado material, tratando‐o com mais importância do que o espiritual. Agíamos assim ao afirmarmos que os resultados de encaminhamentos não aumentavam. Creio que chegou o momento em que precisamos mudar este pensamento. Isto significa que, ao considerarmos que a atuação material deste mundo era mais importante, acabávamos considerando todo encaminhamento uma proeza pessoal. No entanto, seremos capazes de dizer as seguintes palavras no caso de darmos mais importância ao encaminhamento à igreja espiritual: “Isto foi possível através da Lei de Precedência do Espírito sobre a Matéria. Agradeço em louvor a Deus, responsável por esta igreja espiritual”. Será que não somos capazes de agir assim quando uma situação como esta acontecer aqui neste mundo? Não adianta louvar a nós mesmos quando atingirmos um resultado concreto. Temos que priorizar o louvar a Deus.

Antes de mais nada, passamos por muitas provações quando nos deparamos com muitas situações ou problemas. Nestes momentos, muitos sentimentos surgem dentro de nós. Sem contar o grande número de antepassados que se reúnem nestes sentimentos, pois Deus faz com que eles atuem desta maneira. Creio, portanto, que seja bom caminhar com a convicção de que temos a missão de conduzir toda humanidade para a igreja espiritual no nosso interior.

Creio que, infalivelmente, presenciaremos uma mudança concreta e visível através do empenho para que isso ocorra. Entretanto, pode ser que isto não aconteça precisamente perante os nossos olhos. Naturalmente, isto pode ocorrer conosco, mas é possível que este resultado apareça em outra igreja. Isto se dá conforme a conveniência de Deus. Devemos, portanto, tomar cuidado para não nos esquecermos qual encaminhamento é o mais importante, o material ou o espiritual. Além do mais, existem pessoas que têm o costume de dizer: “Você não está dando importância ao lado espiritual, por isso não obtém resultados materiais”. Estas palavras correspondem à

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precedência do espírito sobre a matéria, mas estão centralizadas em um pensamento no qual a matéria está precedendo o espírito. Isto é algo que merece atenção especial.

Hoje também foi questionado o porquê de termos de nascer de novo como “um Messias”. Isto ocorre porque já foi programado por Deus, conforme mencionado há pouco.

Tal fato se sucederá, independentemente da nossa aceitação. Afinal, o objetivo principal da criação realizada por Deus é dar a vida a Seus filhos e foi por isso que Ele criou os Céus e a Terra.

Por conseguinte, palavras como “Isto não é necessário” não influenciam em nada. Deus é detentor de toda autoridade e poder, por isso, já fomos obrigatoriamente criados por Ele desta maneira, fazendo com que este fato ocorra neste exato momento. Sendo assim, para dizer a verdade, o ideal seria aceitar com obediência que devemos nascer de novo como “um Messias”. Afinal, estamos sendo criados e doutrinados para isso. Creio que não devemos ficar sempre falando: “Não, eu não quero ser criado por Vós”, já que Deus está querendo mostrar que estamos sendo criados por Ele.

Também foi questionado qual seria a prática concreta para darmos o primeiro passo rumo ao objetivo de nascermos de novo. Para dizer a verdade, a resposta para esta pergunta é tudo o que eu venho dizendo até agora. Entretanto, acredito que a intenção desta pergunta seja saber o que podemos fazer para “nascer de novo” dentro da nossa posição atual. Cada um de nós recebeu uma tarefa a ser cumprida, não é verdade? Creio, portanto, que não temos outra alternativa a não ser nos empenharmos ao máximo para isso.

Entretanto, cada caso deve ser analisado separadamente. Sinto, com isso, ser muito difícil falar agora sobre algo específico. Acho que precisaríamos conversar individualmente para termos uma ideia de alguma opinião mais concreta.

A tarefa que recebemos varia de pessoa para pessoa. Assim sendo, cada um de nós se empenha ao máximo para concretizá‐la. Além do mais, cada pessoa pensa no que ela própria deve empenhar‐se para tal, ou melhor, para conseguir isso. Tendo a minha dedicação como exemplo, atualmente sou responsável pela tradução das palestras de Kyoshu‐Sama para o idioma inglês. Por essa razão, tenho me esforçado para ler diariamente livros em inglês e, na medida do possível, escutar algo em inglês. Em 1950, Meishu‐Sama disse que a doutrina da Igreja Messiânica Mundial se assemelharia bastante à do cristianismo e que este momento já havia chegado. Acredito que

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reconhecer isto seja a minha missão. Procuro, pois, ter contato com a Bíblia, tanto em inglês como no idioma

japonês, enquanto estudo e pratico os Ensinamentos de Meishu‐Sama através das palavras de Kyoshu‐Sama. Por citar muitas passagens bíblicas, é possível que Meishu‐Sama deva ter estudado ela bastante. Todavia, tudo isso varia de pessoa para pessoa.

Portanto, creio que existem inúmeras práticas neste sentido. Elas variam conforme a responsabilidade de cada um. Por assim ser, não temos outra saída a não ser, antes de mais nada, determinar se queremos ou não seguir o exemplo de Meishu‐Sama e nascer de novo como filhos de Deus, tornando‐nos herdeiros do Messias. Este é o primeiro passo a ser dado, além de ser também o primeiro passo objetivo rumo a isto.

Creio que muitas mudanças podem ocorrer após tomarmos esta decisão e dizer: “Agia assim até hoje, mas irei fazer de outra maneira a partir de agora”. Sendo assim, para mim é muito difícil falar concretamente sobre as atividades de cada um de vocês, já que viveram situações diferentes. Por essa razão, não entrarei em detalhes sobre isso agora, mas creio ser importante e até mesmo natural que cada um de vocês se esforce ao máximo dentro da própria posição. Temos que nos empenhar ao máximo, seja no trabalho de difusão, seja no escritório.

Entretanto, em um primeiro plano, nós utilizamos expressões como “real”, “concreto” ou “objetivo”. O que isto significaria? Naturalmente, falamos em algo concreto ou real quando isto está relacionado a ações deste mundo e achamos que as palavras de Kyoshu‐Sama não são propriamente reais ou concretas, não é verdade? Também existem pessoas que falam o seguinte sobre as orientações de Kyoshu‐Sama: “Ele pode falar muitas coisas sobre o mundo do pensamento, mas é necessário pensar na nossa realidade ou em algo que possa ser concretamente realizado.”

A propósito, isto não significa que tudo neste mundo seja real ou concreto. Afinal, o ser humano morre com 70 ou 80 anos de idade. A extinção completa do Sol está prevista para daqui a alguns bilhões de anos, e o planeta Terra também desaparecerá. Isto significa que este mundo não é real. Tudo aquilo que possui forma, desaparece facilmente.

Entretanto, isto não se sucede com o Mundo Espiritual. Ele nunca perecerá por ser uma existência imutável e perfeita. Sendo assim, este Mundo Espiritual invisível aos nossos olhos é muito mais concreto, real e objetivo. O mundo em que vivemos não é concreto. Por mais que consideremos que este mundo é concreto e objetivo, morremos ao levar

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um tiro de uma arma de fogo. Por isso, a superfície terrestre é um mundo totalmente incerto. Nada neste mundo é concreto.

Por esse motivo, creio que o Mundo Espiritual é extremamente importante por ser real, concreto e objetivo, apesar do pensamento ser algo invisível aos nossos olhos. Entretanto, pensamos o contrário. Consideramos que o mundo visível aos olhos é real, objetivo e concreto. Por isso, creio que é muito difícil acreditar e praticar pelo menos um dos Ensinamentos de Meishu‐Sama relacionados à precedência do espírito sobre a matéria em nossas vidas, apesar de parecer algo simples de ser praticado.

Também foi mencionada a dificuldade em diferenciar as atividades religiosas das sociais nos relatos feitos por vocês hoje. A maioria dos messiânicos desfrutam de seus passatempos e momentos com a família. Entretanto, ficamos em dúvida se podemos usufruir deste mundo já que temos uma vida religiosa. Antes de mais nada, creio que não devemos negar as muitas alegrias e diversões que existem neste mundo. Há pessoas que dão outro sentido às diversões mundanas deste mundo e talvez seja melhor tomar cuidado com tal tipo de pessoa. Todavia, não é bem assim que acontece. Creio que Deus permite a satisfação através das diversões deste mundo, caso estas tenham um significado saudável conforme foi relatado hoje.

Naturalmente, podemos viver momentos de descontração com nossos familiares, mesmo que com certo exagero, quando desfrutamos inúmeros passatempos com eles.

Também podemos ser francos ao transmitir nossos desejos a Deus. Acho que podemos dizer o seguinte a Ele: “A melhor coisa é concretizar o Vosso desejo. Mas, eu tenho vontade de fazer tal coisa. Este é o meu desejo. Peço permissão para agir dessa maneira.”

Certamente, cada um de nós tem uma vida religiosa e, por outro lado, também temos uma vida na sociedade. Por esse motivo, acabamos encontrando aqui uma certa diferença entre estas duas maneiras de viver, mas esta desigualdade não existe por parte de Deus. Além do mais, este caminho não é limitado, apesar de ser único. Deus está envolvendo todas as atividades humanas desenvolvidas pelos seres humanos atualmente. Todos os homens, independentemente da crença ou descrença em Deus, estão sendo envolvidos pelo Seu amor, já que nós pertencemos a Ele. Além disso, o grandioso amor de Deus realmente existe dentro de cada ser humano.

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Sendo assim, creio que podemos pensar da seguinte maneira ao nos deparamos com alguém que não percorre o caminho de Deus: “Deus está unificando e perdoando tudo através do Seu amor, criando e educando todos toda humanidade como Seus filhos”.

Assim sendo, não devemos limitar nossas vidas dizendo que estamos apenas seguindo o caminho de Deus. Em outras palavras, creio que não precisamos ser somente “religiosos”. Deus olha imparcialmente para todos os seres humanos, independentemente de nossas crenças, práticas religiosas ou até mesmo se cometemos algum crime.

Devemos, portanto, colocar‐nos como seres livres neste único caminho que leva a Deus, ao invés de achar que existem duas naturezas em nossas vidas. Não devemos limitar o nosso próprio caminho. Ao percorrermos nosso caminho com este sentimento, certamente nós nos depararemos com inúmeros problemas. Acho que precisamos relatar com franqueza a Deus, através de Meishu‐Sama, todos os sentimentos que afloram em cada uma destas situações. Afinal, são os pais aqueles que mais desejam escutar, com toda franqueza, o pensamento dos filhos. Da mesma forma, Deus deseja saber o pensamento sincero de Seus filhos. Contudo, isto não significa que Ele irá corresponder a todos os nossos desejos. Por exemplo, não adianta desejar a vitória do Brasil ou do Japão em uma partida de futebol, pois Deus não tem como atender ao desejo de ambas as torcidas, não é verdade? Bom, o Brasil leva certa vantagem quando se trata de uma partida de futebol.

Talvez um jogo de futebol não seja o exemplo mais adequado, mas fazemos muitos pedidos como querer casar ou conseguir um emprego. Pedimos isto e nos esforçamos do nosso jeito. Contudo, acredito que devemos ter a convicção para dizer, mesmo que tudo não corra conforme nossos desejos: “Deus é o meu verdadeiro Pai. Sou amado e estou sendo guiado por Ele pelo melhor caminho.” Não existe sombra de dúvidas que Ele está nos guiando pelo caminho que levará a uma alegria ainda maior. Afinal, Ele é o nosso verdadeiro Pai. Existem muitas situações em que nossos pais biológicos agem com severidade, mas Deus absolutamente não atua dessa maneira.

Hoje, também foi questionado o porquê de precisarmos objetivar nascer de novo

como filhos de Deus constantemente, não é verdade? Acabamos usando a expressão “objetivar” apenas dentro do plano material. Mas, constatamos que já fomos criados por Ele desta maneira ao analisá‐la pelo ponto de vista de Deus. Somos seres indecisos.

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Mesmo afirmando que nosso objetivo maior é nascer de novo, acabamos nos esquecendo imediatamente disso. Até parece que somos existências que confundem quais são os próprios objetivos. Entretanto, Deus sempre objetivou fazer os seres humanos se tornarem Seus filhos, criando e educando initerruptamente cada um de nós em nosso interior. Isto está ocorrendo agora, neste exato instante. Estamos reunidos hoje, aqui neste lugar, falando sobre os mais variados assuntos. Pode ser que não estamos compreendendo perfeitamente do que cada um deles se trata; mesmo assim, estamos sendo criados e educados por Deus. Portanto, creio que seja apenas necessário reconhecê‐Lo como o nosso verdadeiro Pai. Afinal, reconhecemos quem são os nossos pais apesar de eles serem severos conosco, considerando que estamos sendo disciplinados por eles através deste rigor. Algumas pessoas acabam não reconhecendo isto, não é verdade? Por assim ser, antes de mais nada, precisamos reconhecer que Deus é o nosso verdadeiro Pai. Acho que Ele sentirá a mesma alegria que um pai sente pelo seu filho se agirmos dessa maneira.

Hoje, um de vocês também questionou a respeito da palavra “cura”, empregada em um trecho do texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros, já que havia recebido no Brasil a orientação de não utilizar esta palavra com frequência pelo fato de existirem casos em que não há cura, fator este que pode ser a causa de muitos problemas.

Isto faz parte de um estudo morfossintático desta palavra. No original em japonês, foi utilizada a palavra “iyasu” e, em inglês, “heal”. Ambas possuem um significado amplo, que não consiste apenas na cura de uma doença. Em japonês também se fala “kokoro ga iyasareru” (“aliviar as dores sentimentais”, em tradução livre). Assim sendo, você pode ter levantado esta questão pelo fato de a palavra “cura” em português ter uma tendência mais forte de significar a cura de uma enfermidade, quando comparada ao japonês ou o inglês.

Infelizmente, não tenho certeza disso, por não compreender perfeitamente a língua portuguesa. Ao pensarmos sobre o significado que existe por trás desta palavra, “cura” significa que não existe outro lugar a não ser o Paraíso, onde as dores de uma pessoa serão aliviadas. Para dizer a verdade, aliviar as dores de alguém consiste em um único ponto, que é regressar ao Paraíso junto com muitas pessoas. Entretanto, também existem pessoas cujo este caminho se abre quando sua enfermidade é curada, tomando conhecimento do Paraíso. Por esse motivo, creio que existem inúmeras etapas para isso.

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Com relação ao fato de evitar o uso frequente da palavra “cura”, pois existem casos em que ela não ocorre, podendo gerar algum problema, acho bom este ponto ser orientado dessa maneira no Brasil.

Afinal, geralmente, as experiências de fé relatam a cura de uma doença através do Johrei ou a solução dos mais variados problemas. Os relatos do Brasil não são diferentes, correto? Por conseguinte, acho melhor mudar a maneira como são feitas as experiências de fé ou até mesmo a forma de administração da Igreja caso isto esteja sendo realmente orientado dessa maneira. Por assim ser, creio que sua pergunta seja um assunto de extrema importância por ter relação com toda a Igreja Messiânica Mundial.

Isto porque as experiências de fé divulgadas falam sobre a cura de uma doença com o Johrei. Parece até mesmo uma propaganda publicitária como: “O Johrei cura doenças”. Ou seja, é o mesmo que enviar constantemente uma mensagem contrária às pessoas que não são curadas pelo Johrei ou que são portadoras de uma doença incurável. Isto pode levar algumas pessoas a ter sentimentos como “Não fui curada, mesmo recebendo Johrei” ou “Eu ainda não estou sendo abençoado por Deus”.

No final das contas, precisamos refletir sobre o significado do Johrei. O que Kyoshu‐Sama tem nos orientado é que, na verdade, Deus está ministrando Johrei em cada um de nós e que estamos sendo acolhidos por Ele no Paraíso pelas Suas grandiosas mãos. Além disso, ele está nos orientando que levantamos nossas mãos para ministrar Johrei para podermos nos recordar disto. Ou seja, antes de mais nada, necessitamos reconhecer que estamos recebendo Johrei de Deus.

Entretanto, até hoje, nós ministramos Johrei objetivando a cura de uma doença. Creio que já estamos vivendo uma época em que não seja possível progredir da maneira como foi questionado nas perguntas de hoje. Afinal, Meishu‐Sama não conseguiu curar sua própria enfermidade. Ele também falou em viver até os 120 anos de idade, mas ascendeu ao Mundo Divino com 72 anos. Entretanto, consideramos este fato como algo misterioso que se deu apenas com Meishu‐Sama e, por outro lado, também não seria incorreto afirmar que progredimos até hoje ministrando Johrei apenas para curar doenças. Além do mais, ignoramos pessoas que não obtiveram a cura ao agirmos dessa maneira. Afinal, não existem experiências de fé de pessoas que não foram curadas. Creio que vivemos uma época em que devemos pensar seriamente sobre o significado do Johrei.

Apesar de ser um texto voltado para o Acampamento Mundial de Escoteiros, Kyoshu‐Sama aprovou o seu conteúdo. Nada melhor do que uma explicação simples para as

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pessoas que estão tendo seu primeiro contato com a nossa igreja. Independentemente de sermos um ministro ou um funcionário dos escritórios, cada um de nós não pode apenas achar que o Johrei é a melhor forma para a cura de uma doença. Entretanto, tivemos esta consciência nas últimas décadas. Além do mais, podemos fornecer a seguinte explicação caso venha a ser uma ótima oportunidade para que determinada pessoa conheça a fé messiânica: “Sua doença foi curada para que você conheça a Deus! Ele é o nosso verdadeiro Pai”. Também podemos afirmar isso da seguinte maneira: “Não sou eu quem está levantando a mão perante você. Para dizer a verdade, é Deus quem está estendendo Sua mão dizendo: ‘Regresse ao meu Paraíso’. Certamente, é Deus quem está levantando esta mão”. Pelo menos os ministros e os funcionários precisam explicar dessa maneira.

Assim sendo, creio que devemos pensar sobre o verdadeiro significado do Johrei. Ao falarmos sobre Sonen, existem pessoas extremistas que, infalivelmente, dizem: “Então, isto significa que não precisa mais ministrar Johrei”, negando o Sonen e até mesmo o conteúdo das orientações de Kyoshu‐Sama. Entretanto, até hoje ninguém nunca disse algo como “o Johrei não é mais necessário”.

Eu acredito que Kyoshu‐Sama está enfatizando o que vem a ser o significado do Johrei dentro de uma compreensão ampla dos Ensinamentos de Meishu‐Sama.

Este conteúdo é completamente diferente da compreensão que tivemos até hoje.

Certamente, Kyoshu‐Sama está explicando que nós não tínhamos até hoje a perfeita compreensão sobre o Johrei e os Ensinamentos. Portanto, creio que aceitar o que Kyoshu‐Sama nos orienta a respeito do significado do Johrei, por menor que seja esta aceitação, significa quebrar completamente a compreensão que tivemos até hoje dos Ensinamentos, Meishu‐Sama e o Johrei. Por assim ser, desejo que todos os seminaristas aceitem que existe algo diferente com relação ao passado, buscando compreender o que é antiquado e o que é inédito.

Creio que tudo isto pode ser resumido na aceitação ou não disto tudo. Afinal, sentimentos como “Este é o verdadeiro significado do Johrei nos Ensinamentos de Meishu‐Sama. Isto é diferente do que Kyoshu‐Sama está falando” podem aflorar dentro de cada um de nós.

É por não aceitar isto que existem pessoas extremistas que afirmam: “Então, isto significa que não é mais necessário ministrar Johrei? Todo o caminho que traçamos até hoje e o empenho dos pioneiros foram em vão”. Elas agem dessa maneira porque estão

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disfarçando sua rejeição. Isto porque, caso venham a aceitar, é possível que elas receiem que algumas dúvidas com relação às práticas desenvolvidas atualmente venham a surgir.

O sentimento de querer repelir completamente isto é algo natural. Portanto, conforme mencionei agora há pouco, tudo depende da nossa aceitação. Ou seja, aceitarmos o sentimento que Kyoshu‐Sama está nos orientando ao ministrarmos Johrei. Aceitar o método de ministração do Johrei que Meishu‐Sama realmente queria transmitir. Por conseguinte, creio que a questão levantada hoje dentro das perguntas e relatórios é algo de grande significado.

Hoje, também perguntaram como devemos responder à seguinte pergunta: “Já que tudo está sendo perdoado por Deus, isso significa que todos aqueles que cometem o mal, como os terroristas ou os políticos mal‐intencionados, também já foram perdoados?”. Respondendo de uma maneira simples e direta, a resposta seria “Sim”. Deus deseja salvar a humanidade. Isto significa que Ele não delineou um limite para classificar os seres humanos, determinando quem será salvo e quem não será. No entanto, existem pessoas que afirmam: “Aquela pessoa me tratou de tal maneira. Não vou perdoá‐la até o dia da minha morte”. Antes de mais nada, temos alguma relação com atitudes como o terrorismo ou uma péssima administração política. Afinal, somos a condensação de milhares de antepassados, e a nossa formação física depende deles. Por isso, corremos o risco de não recebermos o perdão de Deus caso estas pessoas não sejam perdoadas.

Entretanto, esta situação é distinta da maneira como devemos tratá‐la. Não adianta dizer às pessoas que ainda estão sofrendo ou tristes por terem passado por situações realmente dolorosas, que aqueles que as fizeram sofrer já foram perdoados. Temos que saber nos colocar no lugar destas pessoas, pensando no que elas devem estar sentindo.

A “Cerimônia Provisória da Comemoração do Nascimento do Messias” foi realizada no dia 15 de junho de 1954. Nesta ocasião, o então presidente da nossa igreja pediu para Meishu‐Sama perdoar todos os pecados da humanidade. Ao ouvir este pedido, Meishu‐Sama balançou a cabeça em sinal de afirmação. Isto significa que ele suplicou pela salvação da humanidade, de todos os seres humanos. Não existem exceções. Sendo assim, naturalmente, todo e qualquer malfeitor também foi perdoado.

Nós não participamos fisicamente desta cerimônia já que ainda não havíamos nascido em 1954. Ao pensarmos desta maneira, isto significa que o pedido de perdão precisa ser renovado todos os anos. Ou seja, alguém teria que pedir para Meishu‐Sama perdoar

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todos os pecados da humanidade todos os anos, todos os dias ou até mesmo a cada instante.

Contudo, certamente estivemos presentes à cerimônia, apesar de não termos nascido ainda quando ela ocorreu.

O fato de Meishu‐Sama ter agido assim apenas uma única vez, significa que este perdão tem efeito até o presente momento. Por isso, o fato de Meishu‐Sama ter dito que havia perdoado os pecados da humanidade, significa que tanto os pecados cometidos pela humanidade antes de 1954, como aqueles cometidos na época de Meishu‐Sama e pelas gerações seguintes, foram todos perdoados. Por esse motivo, devemos tratar com seriedade tudo o que se sucedeu após a Cerimônia Provisória da Comemoração do Nascimento do Messias.

Somos a condensação de milhares de antepassados. Portanto, todos os noticiários são o reflexo da nossa própria postura: sejam notícias relacionadas a atos terroristas ou a crimes violentos. Esta é a nossa própria postura. Cada um de nós é o reflexo da postura de cada um destes criminosos.

Nascemos em uma época de paz, em que todos pensam pacificamente. Por esse motivo, pensamos que não cometemos nenhum tipo de crime. Entretanto, devemos pensar que Deus está querendo que cada um de nós perceba: “Olha, não é bem assim. Você também já foi um criminoso”, quando assistimos aos noticiários envolvendo os atentados do estado islâmico ou até mesmo quando nos deparamos com os mais variados tipos de pessoas.

Afinal, não sabemos quais foram as atitudes dos nossos antepassados, apesar de afirmarmos que somos a condensação deles. Por assim ser, Deus está querendo nos ensinar qual foi a postura destes antepassados, que estão ligados a nós, e a nossa verdadeira postura quando assistimos a noticiários como estes. Ele age assim para nos mostrar que estamos sendo perdoados.

Meishu‐Sama compôs um poema, em estilo tanka, que diz:

Este poema significa que lágrimas escorriam dos olhos de Meishu‐Sama sempre que ele se ajoelhava perante Deus e refletia sobre a própria salvação. Ou seja, Meishu‐Sama

“Incessantes lágrimas correm pelo meu rosto toda vez que me curvo perante

Vós e me recordo que fui salvo por Ti.”

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reconheceu que havia sido um pecador, sentindo profundamente em seu coração que todos os pecados cometidos por ele foram perdoados. Ele reconheceu que tudo isso foi perdoado, apesar de ser uma existência com muitas imperfeições. É por essa razão que ele chorava todas as vezes que orava a Deus.

Será que conseguimos atingir este mesmo estado de espírito de Meishu‐Sama? Talvez consigamos chorar quando algo especial ocorre e pensamos: “Puxa vida! Fui perdoado!”. Entretanto, esta emoção vai‐se enfraquecendo com o passar do tempo. Certamente, porque não temos a total sensação de que nossos pecados foram totalmente perdoados. Por isso, creio que, antes de mais nada, devemos reconhecer e receber o sentimento de Meishu‐Sama expressado neste poema.

Creio que isto seja algo que emana do nosso interior. Por assim ser, não é necessário falar insistentemente a outras pessoas, mesmo que estejamos certos de que a humanidade já foi perdoada. Podemos dizer as seguintes palavras a alguém que abre seu coração, ao contar o que ela sentiu ao enfrentar uma situação difícil: “Nossa! Como deve ter sido difícil para você. Que atitude terrível tiveram para com você”. Entretanto, também existe a possibilidade de podermos nos referir sobre o verdadeiro significado desta situação, caso esta pessoa mostre algum tipo de interesse com o passar dos anos. Pode ser que ela seja realmente salva ao tomar conhecimento desta verdade. Afinal, toda e qualquer pessoa acaba sofrendo por ter que viver em um mundo em que todos julgam eternamente uns aos outros. Entretanto, precisamos ter cuidado com o momento correto para transmitir isto.

Agora, com relação ao fato de os criminosos já terem sido perdoados, isto já se sucedeu. Eles já foram perdoados. Por mais terrível que sejam os nossos atos, Deus já perdoou todas as nossas atitudes, sejam elas passadas, atuais ou futuras. Certamente, alguns de nós devem pensar se isso é realmente verdade, mas o fato de presenciarmos notícias ou nos encontrarmos com malfeitores e criminosos existe justamente para que os seres humanos possam tomar conhecimento de que tudo já foi perdoado. Tudo isso é o reflexo do que realmente somos.

Afinal, estamos vivos no momento presente, não é verdade? Isto significa que mortes foram necessárias para nossa sobrevivência. Basicamente, todos aqueles que foram assassinados nos milhares de anos de história não deixaram descendentes, não é verdade?

Entretanto, nós somos os sobreviventes da história da humanidade. Ou sejam, matamos para nossa sobrevivência. Sobrevivemos e matamos novamente para estarmos vivos

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aqui hoje. Por assim ser, para dizer a verdade, todos nós somos assassinos. É nisto que consiste a nossa existência. Deus deseja que cada um de nós perceba isso. Apesar de nos mostrar isto através de inúmeros noticiários, pensamos que estes não têm relação conosco e colocamos a culpa em outras pessoas. Entretanto, pode ser que Deus nos utilize dessa maneira algum dia. Existe a possibilidade de acabarmos matando alguém, mesmo que esta pessoa tenha feito algo insignificante, devido a uma raiva intensa e incontrolável. Assim sendo, creio que o mais importante seja, antes de mais nada, reconhecer que a postura destes malfeitores, por piores que sejam, refletem o que realmente somos e, ao mesmo tempo, receber o perdão de Deus como representantes da humanidade.

Comentário de um dos seminaristas:

Gostaria de acrescentar uma pergunta relacionada às palavras que acabamos de receber.

Compreendi que é desta maneira que somos levados a refletir sobre nossa própria postura. Todavia, isto acaba dependendo da decisão própria de aceitar isto ou não. Ou seja, isto acabaria dependendo do sentimento desta pessoa. Por exemplo, alguém pode pensar que não precisa fazer a tarefa escolar, mesmo sabendo que será repreendido pelo professor, por achar que um dia será perdoado por isso.

Outra pessoa pode pensar que pode roubar uma bala no supermercado porque, no final das contas, será perdoado. Seguindo a linha de pensamento que nos foi apresentada agora, creio que este tipo de pensamento pode vir à tona em algumas pessoas. Uma vez que todas as pessoas serão perdoadas e o mecanismo para regressarmos ao Paraíso já existe, é possível que este sentimento brote em nossos corações, ou seja, o sentimento que considera possível cometer pequenos crimes ou deslizes. O que podemos fazer com relação a isto?

Basta experimentar roubar uma bala. Pode ser que isto já tenha sido perdoado.

Contudo, não podemos reclamar caso o dono da confeitaria fique bravo e nos esfaqueie, afinal isto também já foi perdoado. Tudo já foi perdoado, por isso, não adianta reclamar depois de sermos esfaqueados.

O mesmo se sucede com a tarefa escolar. Isto também já foi perdoado. Entretanto, certamente perderemos à confiança das pessoas a nossa volta ao agirmos desta maneira. Nossos amigos se afastarão de nós e acabaremos ficando sozinhos.

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Entretanto, nós nos apegamos a Deus quando isto acontece. Muitas vezes, acabamos dizendo algo como: “Puxa vida, eu cometi um erro ao roubar aquela bala. Perdi a confiança de muitas pessoas ao achar que não haveria problema deixar de fazer a tarefa escolar. Cometi um grande erro. Deus, me perdoe, por favor”. É assim que agimos após um roubo ou perdemos a confiança das pessoas ao nosso redor. Também é possível que o perdão seja concedido no momento em que este arrependimento brota em nosso coração.

Assim sendo, perdão e arrependimento formam um conjunto. Creio que sofreremos sérias consequências ao usar a palavra perdão baseados em um ponto de vista pessoal que nos favoreça, ao considerar que tudo já foi perdoado. O verdadeiro perdão é algo extremamente severo, pois consiste não apenas na nossa remissão, como também no ato de redimir outras pessoas.

Creio que as lágrimas derramadas por Meishu‐Sama, como no poema que mencionei agora há pouco, são frutos do seu arrependimento. Quem não se arrependeu, ainda usa a palavra “perdão” apenas como uma forma de se desculpar ou arranjar uma justificativa.

Isto acaba sendo apenas uma atitude superficial, mesmo esta pessoa afirmando que já foi perdoada. Existem muitas pessoas que usam astuciosamente a palavra “perdão”. Por essa razão, acho melhor não ficar atônitos com relação a isto. Certamente, existem punições para os roubos cometidos em nosso mundo. Existem protocolos neste mundo que foram criados por Deus para a preservação da ordem. Assim sendo, naturalmente passaremos por sérios problemas se os desrespeitarmos.

Arrepender‐se é o mesmo que sentir vontade de ser perdoado. Devemos ter coragem para sentar na cadeira dos réus com este sentimento e receber nossa sentença. Seria o mesmo que pensar: “Será que uma pessoa como eu será absolvida? Pode ser que eu pegue pena de morte”. Sendo assim, o fato de Deus – juiz do nosso julgamento – declarar o nosso perdão é algo muito sério. Para dizer a verdade, isto é tão sério que, mesmo agradecendo a Ele por toda a nossa vida, apenas nossa gratidão seria insuficiente.

Sendo assim, antes de mais nada, temos que aceitar o perdão que nos foi concedido por Deus. Este é o nosso primeiro passo. Ainda não estamos reconhecendo que fomos perdoados, enquanto continuarmos pensando da seguinte maneira: “Nossa! Aquela pessoa também foi perdoada?” ou “Até mesmo atitudes como esta são perdoadas?”.

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Precisamos pensar apenas no que se refere a nós mesmos. Se apenas acharmos que somos existências que precisam ser realmente perdoadas, não teremos mais tempo livre para ficar pensando na atitude das pessoas ao nosso redor. Afinal, todas elas estão sendo utilizadas por Deus desta maneira e o porquê disto acontecer é algo que não nos interessa.

Nos Ensinamentos “Não Julgueis” e “Não Julgue”, Meishu‐Sama nos ensina que devemos ser indiferentes ao que se refere aos outros, julgando apenas nossas próprias ações. Isto significa que, antes de mais nada, devemos realmente assistir aos noticiários e observar as pessoas ao nosso redor com o seguinte sentimento: “Puxa vida! Eu cometi um crime terrível! Será que serei perdoado por este pecado? Por favor, meu Deus, me perdoe”.

Pode ser que algumas pessoas pensem que seja fácil desejar o perdão, mas o julgamento de Deus é extremamente severo. Não conseguiremos mais viver perante o peso dos próprios pecados, caso eles sejam julgados conforme a Verdade pregada por Deus.

Nós não temos mais tempo livre para ficar apenas dando importância ao que é feito pelas outras pessoas. Existem muitos seres humanos ao nosso redor. Pessoas que cometem roubos ou assassinatos. Vivemos em um mundo onde os mais espertos prevalecem, um mundo onde temos que proteger desesperadamente tudo o que nos diz respeito. Por essa razão, antes de mais nada, precisamos aceitar o fato de termos sido perdoados e viver nossos dias com intensidade.

Com relação à agricultura natural, agora há pouco um dos seminaristas mencionou que Meishu‐Sama não criou este método agrícola apenas para proporcionar uma alimentação natural. Certamente, isto está correto, mas, em primeiro lugar, devemos compreender que Meishu‐Sama começou a agricultura natural em uma época de escassez alimentar aqui no Japão. A princípio, ele começou a prática da agricultura para garantir o alimento para si próprio e seus familiares. Além disso, no começo das suas atividades, Meishu‐Sama experimentou igualmente o uso de fertilizantes químicos. Entretanto, com o decorrer do tempo, ele adotou a produção sem adubos e o método da agricultura natural, afirmando que seria possível obter uma produção cerca de 50% maior com este método de plantio.

Existem casos em que este resultado foi alcançado, mas também existem situações em que este objetivo não foi alcançado. Ele chegou a dizer que seria possível dobrar ou até mesmo triplicar a produção de alimentos. Entretanto, mesmo praticando a agricultura

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natural nos dias de hoje, existem casos em que este resultado não é atingido. Ouvi dizer que alguns agricultores obtiveram melhores resultados pelo método convencional, mesmo comparando os resultados pessoais com a prática da agricultura convencional.

Assim sendo, existe a possibilidade de questionarem se Meishu‐Sama não foi um mentiroso. Podemos encerrar o assunto desta maneira, mas não é bem assim. Nossa tarefa como fiéis de Meishu‐Sama é procurar saber o significado de ele ter falado com tanta convicção que é possível aumentar a produção de alimentos. Certamente, é muito importante pensar no que precisa ser feito ou como devemos nos esforçar para aumentar a colheita. Entretanto, não podemos nos esquecer que devemos compreender porque Meishu‐Sama obteve esta convicção.

Ao refletir sobre isso, acredito que Meishu‐Sama teve esta convicção por acreditar que, certamente, existia em seu interior um mundo repleto de alimentos. Um mundo onde todos os seres humanos não precisam se preocupar com a falta de comida. Por este motivo, creio que ele afirmou isto por acreditar na constituição primordial deste mundo, em que o aumento da produção é infalível, e também porque sua vida era alicerçada na precedência do espírito sobre a matéria. Dentre as muitas caligrafias escritas por Meishu‐Sama, há uma em que ele expressa isto de forma abundante e maravilhosa. Uma delas é “Imensuráveis bênçãos do Céu”. Contudo, isto não significa que tudo corria bem ao redor de Meishu‐Sama quando ele caligrafou estes ideogramas. Afinal, sua vida foi uma sequência de dificuldades. Mesmo assim, ele escreveu “Imensuráveis bênçãos do Céu”, uma caligrafia composta por ideogramas que expressam palavras de repleta abundância.

Entretanto, nosso pensamento é voltado para a precedência da matéria sobre o espírito, fator que nos faz observar apenas os resultados deste mundo. Isto acaba fazendo com que o ideal de Meishu‐Sama nunca se concretize ou acabemos usando expressões como: “O Paraíso pelo qual Meishu‐Sama ansiou fervorosamente”. Fala‐se na formação de lares com felicidade e prosperidade abundantes, mas acabam deixando isto para depois.

Isto, certamente, é importante. Entretanto, caso não reconheçamos que, antes de mais nada, existe dentro de nós mesmos um mundo felicidade e prosperidade abundantes chamado Paraíso, acabamos perdendo totalmente esta consciência. Meishu‐Sama não ansiou fervorosamente pelo Paraíso Terrestre. Ele se sentiu aliviado por ter convicção absoluta em Deus e na existência deste mundo.

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Sendo assim, o ponto inicial da prática da agricultura natural é acreditar que este mundo abundante já existe dentro de nós. Acreditar nisso por ter sido o motivo pelo qual Meishu‐Sama teve convicção de que um mundo perfeito e maravilhoso, onde tudo é farto, já existia dentro de si. Temos que agir assim, ao invés de alimentar um pensamento alicerçado na precedência da matéria sobre o espírito, que nos leva a falar que o ideal de Meishu‐Sama não foi concretizado ou que vamos nos empenhar intensamente para a concretização do Paraíso Terrestre.

Hoje também foi feita a seguinte pergunta durante os relatórios de vocês: “Podemos dizer que, reconhecemos Deus através da agricultura natural e que somos capazes de nascer de novo, retornando à origem de Deus, já que recebemos a vida como Messias, tendo a grande natureza como modelo?”. Não consigo compreender perfeitamente o significado desta questão, por isso, não posso afirmar que podemos falar desta maneira.

No entanto, nossa consciência é constituída por todas as existências. Não conseguimos nascer de novo sem elas. Por esse motivo, creio que podemos afirmar que adentramos o caminho que nos leva a nascer de novo, quando conseguirmos pensar repetidas vezes, dentro as atividades relacionadas à agricultura natural, da seguinte maneira: “Regressarei ao Paraíso junto com todas as existências que constituem meu sentimento, pensamento, mentalidade e consciência”. Creio que, assim, praticaremos a agricultura natural da salvação, que alegra a tudo o que existe e, quando conseguirmos pensar desta maneira, levaremos a salvação a todas elas também.

Hoje, também foi questionada a possibilidade do texto “O que é a Igreja Messiânica Mundial” não ser aceito com facilidade, já que este difere muito das explicações feitas até hoje. Por esta razão, questionaram como podemos nos preparar para as perguntas feitas neste sentido.

Antes de mais nada, mesmo sendo feito em uma linguagem simples, o conteúdo do texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros é realmente muito sério. A palavra Messias possui um poder muito grande. Isto porque, geralmente, esta palavra já possui uma definição preestabelecida nos países cristãos. Ela é relacionada a Jesus Cristo. Isto significa que os países cristãos, ou seja, a maior parte do planeta, possuem esta cognição.

Mesmo assim, para dizer a verdade, a palavra Messias pertence a Deus e, por esse motivo, não é uma expressão que pode ser limitada a um determinado grupo de pessoas. Ao afirmar que havia nascido de novo, Meishu‐Sama disse que “um Messias” havia

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nascido. Como mencionei agora há pouco, nascemos porque certamente existe um genitor e, por mais pensemos nisso, este não seria outro a não ser Deus. Isto porque não somos capazes de outorgar a própria vida a nós mesmos. Por assim ser, Deus concedeu a vida ao Seu filho dentro de Meishu‐Sama, dando‐lhe o nome “Messias”. É por isso que o nome do filho de Deus, assim como foi escrito no texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros, é “Messias”. Messias significa “ser o filho de Deus”.

Ou seja, estamos declarando que Deus é o nosso Pai ao utilizarmos a palavra Messias. Declarar que somos Seus filhos é o mesmo que esclarecer a existência deste Pai. Sendo assim, o texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros é uma declaração de que Deus é o nosso Pai. Meishu‐Sama disse que havia nascido de novo e o fato de enfatizar isso com a palavra “nascer”, significa que ele está destacando a existência deste genitor. Vendo por este significado, isto também vale para o texto voltado para o Acampamento Mundial de Escoteiros.

É por isso que existem movimentos para impedir a divulgação deste texto. Ou seja, mesmo falando abertamente sobre Deus, geralmente vivemos conforme a conveniência humana. Afinal, sentimo‐nos incomodados quando nosso superior está presente e temos que prestar relatórios constantemente. Até parece que a presença do superior é uma espécie de empecilho ou até mesmo um obstáculo (risos). Entretanto, no final das contas, é melhor que o superior não esteja mesmo presente em determinadas ocasiões. Ficamos felizes quando eles fazem uma viagem de negócios, não é verdade? Pelo visto, vocês concordam com isso, já que estão olhando uns para os outros (risos). Entretanto, isto não ocorre quando nosso superior é uma pessoa atenciosa. No entanto, basta o superior sair do nosso campo de visão para nos sentirmos livres, caso ele seja uma pessoa severa, não é verdade?

Agimos da mesma maneira perante Deus. Afinal, passamos apuros com a Sua presença, já que Ele possui toda autoridade, poder e conhece tudo sobre cada um de nós.

Queremos que Ele esteja sempre fora, como numa viagem de negócios, para que possamos ficar sempre livres. Esta é a postura atual da humanidade.

Sentimos certa inconveniência quando nossos superiores retornam mais cedo de uma viagem de negócios. Chegamos até a pedir para que eles descansem um pouco ou que precisamos de tempo para fazer os preparativos necessários antes do seu regresso. Com o passar do tempo, chegamos à petulância de falar que nosso superior pode descansar tranquilamente por mais tempo, pois o trabalho está sendo produtivo graças às orientações recebidas até então.

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Deus é o nosso verdadeiro superior, e, por isso, nós passamos apuros com a Sua presença. Afinal, não conseguiremos mais dar continuidade aos mais variados assuntos do jeito que bem entendemos. A palavra Messias possui o poder de colocar um ponto final nesta atividade centralizada na conveniência dos seres humanos.

É por isso que surgem inúmeros movimentos para evitar a divulgação do texto do Acampamento Mundial de Escoteiros. Alguns deles são pequenos, como: “Será que isto não vai causar algum problema? Não seria melhor evitar a sua divulgação?”, ou: “Acho melhor não o divulgar em países cristãos”. Acabamos pensando que isto realmente faz sentido, porque, dentro dos nossos corações, achamos melhor continuar vivendo uma vida centralizada em nós mesmos, como fizemos até hoje. Chegamos até mesmo a pensar que este questionamento é coerente.

Mesmo assim, continuarei divulgando este texto, independentemente do que ocorra, porque acredito que estamos ocultando Deus ao esconder o seu conteúdo. Para dizer a verdade, tenho vontade de viver com este texto colado aqui (apontando para própria testa).

Quero continuar declarando que Deus é o nosso Pai. Não me importo em ser atacado ou insultado. Eu não tenho medo disso. Podem falar o que quiserem. Fico ainda mais entusiasmado com críticas ou tentativas de impedir a divulgação deste texto.

Meishu‐Sama também enfrentou muitas dificuldades e, por este motivo, acho que, por outro lado, não haveria motivação para isto sem algumas perseguições como estas. Além do mais, afirmar que apenas Meishu‐Sama é o Messias seria o mesmo que comprar uma briga com o resto do mundo. Afinal, grande parte dos seres humanos considera Jesus como o Messias. Assim sendo, todos acabariam questionado qual deles seria o Messias. Com isso, acabaremos criando uma briga constante com os cristãos. Não podemos agir dessa maneira. Não devemos gerar este tipo de conflito. Afinal, Meishu‐Sama disse que a Igreja Messiânica Mundial teria que agir em concordância com o cristianismo para salvar a humanidade. Perceberemos que o texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros não objetiva uma briga com o resto do mundo ao lermos atentamente seu conteúdo, já que ele afirma que “Messias” é um nome dado à alma que existe dentro de cada um de nós.

Existem pessoas que consideram o conteúdo este texto algo petulante, justamente por afirmar que qualquer pessoa pode ser “um Messias”. Elas também dizem que isto não existe nos Ensinamentos. Entretanto, Meishu‐Sama afirmou que qualquer pessoa pode tornar‐se Cristo ao ingressar na Igreja Messiânica Mundial. Ele tentou divulgar isto em

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periódicos de circulação nacional naquela época. Ele chegou a dizer que o fato de qualquer pessoa tornar‐se um Cristo era um dos atrativos da Igreja Messiânica Mundial. Assim como Meishu‐Sama afirmou, Cristo e Messias significam a mesma coisa. Por isso, creio que não seja correto falar que isto não existe nos Ensinamentos. Muitos alertaram Meishu‐Sama dizendo que muitos periódicos da época questionaram o conteúdo de suas palavras, já que a humanidade sempre fez o maior alarde devido ao aparecimento de um único Cristo, e nossa Igreja estava sendo apontada como insana ao afirmar o surgimento de muitos Messias. Acho interessante o fato do texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros estar passando agora por uma situação semelhante àquela enfrentada por Meishu-Sama. Assim como ele foi atacado ao afirmar que qualquer ser humano pode tornar‐se Cristo, estamos sendo atacados agora por declarar que qualquer pessoa pode se tornar “um Messias”. Por esse motivo, creio que devemos sentir alegria por estarmos traçando um caminho semelhante ao percorrido por Meishu‐Sama, quando somos criticados quanto ao conteúdo do texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros. Nestes momentos, devemos seguir em frente, tendo Meishu‐Sama como nosso escudo protetor.

Quem mais criticou Meishu‐Sama foram os jornalistas do Jornal Asahi, um dos maiores periódicos do Japão. Eles o tacharam de louco e insolente. Não devemos sentir medo das críticas feitas por jornais de grande porte e procurar agir como Meishu‐Sama.

Não seria nada bonito ficar vacilando por ficarmos preocupados com o que a sociedade venha pensar ou falar disso. Falando sobre isso conforme está nos Ensinamentos, ou seja, cada um pode tornar‐se Cristo, faria nossa Igreja ficar com a aparência de uma dissidência do cristianismo e eu creio ser melhor utilizar a palavra “Messias”, já que Meishu‐Sama deu tanta importância a ela.

Todas as expressões utilizadas por Meishu‐Sama em 5 de junho de 1954, como “nascer de novo”, “Rei dos Reis” e “Messias”, são provenientes do cristianismo. Palavras que surgiram dentro da crença judaico‐cristã.

A expressão “nascer de novo” está explicitamente escrita no evangelho de João 3:3, “(...) a menos que nasça de novo, ninguém pode ver o Reino de Deus”. Todavia, pouquíssimas pessoas dão importância ao “nascer de novo”. Elas sequer dão importância a isto mesmo sendo cristãs. É por isso que somo capazes de falar sobre o “nascer de novo” aos cristãos sem maiores problemas. Talvez este também seja o motivo por que Meishu‐Sama afirmou que os católicos poderiam fazer parte da Igreja Messiânica Mundial. Para dizer a verdade, acho que não seja impossível isto ocorrer. Somos capazes de guiar os cristãos, levando‐os a compreender o verdadeiro significado do “nascer de novo”. Vocês

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estão prestes a partir para o mundo. Isto significa que vão dedicar junto a todos os seres humanos para nascermos de novo. Este é um ponto único.

O texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros pode vir a ser útil nessa tarefa de informar a humanidade que recebemos um nome chamado “Messias”. Assim como dizemos “Messias Meishu‐Sama”, podemos chamar uns aos outros de “Messias Fulano”, “Messias Beltrano”, “Messias Sicrano”. Não podemos, porém, sair por aí falando dessa maneira. Entretanto, isto pode vir a acontecer no caso de Deus passar a nos chamar dessa forma. Naturalmente, isto não é tão fácil de ocorrer. Sendo assim, o nascer de novo como filhos de Deus é a verdadeira salvação para os seres humanos. Por assim ser, creio ser este também é o objetivo final e essencial de todas as religiões. Isto já foi determinado, mesmo que muitas religiões ainda não clamem por isso. Acredito que toda a humanidade irá adentrar o caminho que a levará à salvação, através da divulgação do texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros.

Possivelmente, vocês ainda não saborearam a sensação de resistência com relação à divulgação deste texto, mas certamente presenciarão a relutância de muitas pessoas contra o seu conteúdo, quando este texto for realmente divulgado. Isto vem à tona porque fomos iluminados pela Luz. Dizer superficialmente: “Não é melhor parar com isso?” ou “Não seria melhor mudar a forma de se expressar? Acho melhor tirar a palavra Messias”, talvez sejam maneiras amenas de isso ocorrer. Contudo, certamente isso acontecerá. Por essa razão, a divulgação deste texto é algo seríssimo.

Certamente, vocês também serão criticados, caso este texto seja divulgado no futuro e, mesmo que todos venham a enfrentar situações de sofrimento, quero que saibam que eu estou decidido a superar esta situação junto com todos vocês, independentemente do que venha a ocorrer comigo. Assim sendo, por mais que vocês venham a ser contrariados, quero que todos se lembrem que eu acredito nisto e percorrei este caminho junto com todos vocês.

Gostaria de voltar à pergunta que estamos debatendo agora, entretanto, antes de mais nada, temos que estar decididos a continuar divulgando o conteúdo deste texto. Contudo, conforme explanei agora há pouco, existe a possiblidade de sermos contestados com a sua divulgação. Entretanto, devemos aceitar isso como o reflexo da nossa própria postura que recusa Deus e ofertar este sentimento a Ele. Isto porque o aparecimento da Verdade é inconveniente para cada um de nós. Assim sendo, muitos métodos serão utilizados para impedir este texto. Portanto, este tipo de postura que foi iluminada pela Luz, e isso também é um reflexo da nossa própria postura. Naturalmente, aparecerão pessoas que negam o texto, mas, antes de mais nada,

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devemos reconhecer esta atitude como a manifestação da nossa própria postura e oferecê‐la a Deus. Entretanto, devemos estar determinados a divulgá‐lo.

Tudo começa dentro de nós mesmos. Facilmente, as pessoas se oporão ao seu conteúdo quando fizerem qualquer tipo de crítica ou resistência, caso nossa decisão seja superficial. Afinal, o conteúdo deste texto já está sendo muito debatido. Por esse motivo, acho melhor não começar a sua divulgação enquanto não tivermos uma decisão total e verdadeira.

“Messias” é um assunto seriíssimo para toda a humanidade. Isto porque o significado desta palavra é muito forte. Sendo assim, devemos ter total consciência da importância e gravidade da divulgação deste texto. Acho melhor não o divulgar enquanto ainda existirem pessoas que acreditam que ele será retirado logo em seguida. Entretanto, temos que seguir em frente com convicção pois, desta forma, acredito que as portas para um novo mundo certamente se abrirão.

Possivelmente, as próximas décadas serão repletas de muitas situações realmente severas, conforme passarmos a caminhar centralizados na palavra “Messias”. Apesar disso, não existe sombra de dúvidas de que estamos sendo protegidos pelo amor de Deus. Sendo assim, quero seguir em frente junto com todos vocês, alicerçados neste divino amor. Justamente por querer caminhar junto a todos vocês, espero que todos se sintam à vontade para fazer qualquer tipo de pergunta através do Departamento Internacional.

Espero que possamos caminhar juntos dessa maneira por muito tempo.

Agradecimentos do Reverendo Masahiro Kawatani

Muito obrigado, Sr. Masaaki Okada, pelo tempo concedido hoje a todos nós. O Sr. Masaaki Okada conviveu por um longo período no exterior e hoje ele nos transmitiu a essência dos Ensinamentos de Meishu‐Sama e pontos importantíssimos da difusão mundial. Fiquei impressionado com tudo que ouvi hoje e senti que, certamente, Meishu‐Sama está nos informando que devemos superar tudo isso.

Em sua saudação inicial, o Sr. Masaaki Okada falou sobre a importância de agradecermos pelos alicerces da difusão mundial edificados pelos pioneiros. O saudoso Reverendíssimo Testuo Watanabe falou repetidas e repetidas vezes sobre as palavras do seu pai, Reverendíssimo Katsuiti Watanabe, quando visitou as áreas de difusão aqui no Japão. “Eu servirei de todo meu coração a Meishu‐Sama e à Segunda Líder Espiritual.

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Por isso quero que você, Tetsuo, sirva a Terceira e o Quarto Líderes Espirituais”. Sempre que escutava estas palavras, tinha a impressão de que o Reverendíssimo Tetsuo Watanabe possuía uma fé extremamente nobre. Além disso, sentia que ele estava semeando em nós o sentimento de servir o Quarto e Quinto Líderes Espirituais. Também cheguei a pensar se nós seriamos capazes de realizar respeitosa e sublime tarefa.

Entretanto, hoje todos vocês seminaristas tiveram esta grandiosa oportunidade de desde jovens passar momentos de muita alegria com o Sr. Masaaki Okada, que se prepara para se tornar o Quinto Líder Espiritual. Além disso, fomos agraciados com a grandiosa alegria de poder ter contato com as orientações de Kyoshu‐Sama e pontos essenciais dos Ensinamentos de Meishu‐Sama para salvação do mundo, através de dele. Também acredito que recebemos esta permissão para verdadeira concretização das nossas próprias missões.

Sendo assim, espero que todos tenham o dia de hoje como uma nova largada, relatando suas atividades e dificuldades a Kyoshu‐Sama e o Sr. Masaaki Okada através do Departamento Internacional. Espero que todos possam adentrar no ritmo de salvação da Era do Dia para salvação deste mundo.

Muito obrigado a todos pelo dia de hoje.