o rio numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfanno xix rio de janeiro, v> de agosto de...

10
ANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 Semanário Humorístico Illustrado O Rio Nu "~ = NUMERO AVULSO = cd 200 réis cd ¦f -7. ' Redacção, escriptorio c officinas— Rua do Hospício N.218 —-felephone Norte 3515 •Ip üL i |&àifeíf'";—¦l x_.^^-.---*X:-v.;4 i^^--^=-^S*. i \[(\lh 1 0^^^^h . •'''*t,,w-'-'t*^,-;*'*v*-C [_' jsso: sempre que vens para junto cie mim começas a abrir a boea, com somno ! f^ oulpa é tua. Eu cochilo sentado, porque quando vamos para a cama tu não queres que eu durma... f Jb =o ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaçeutico e.chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilís" Vendo-s* oca todas as Pharmaclaa e Drogaria»- C-T *H a ® ¦ú o 1-1 a > o % a © 0 @ •0 •j*íl I M Pi B @ -M •i-Hl <a B Q) m @ 0) .a gjji •d a @ i Ml pfi £ 0i

Upload: others

Post on 04-Jun-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: O Rio Numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 O Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado"~ = NUMERO AVULSO = cd

ANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712

Semanário Humorístico IllustradoO Rio Nu "~

= NUMERO AVULSO =

cd 200 réis cd

¦f -7.Redacção, escriptorio c officinas— Rua do Hospício N.218 —-felephone Norte 3515

•IpüL

i |&àifeíf'" ;—¦ — l

x_.^^-.---*X:-v.;4 i^^--^=-^S*. i

\[(\lh 1 0^^^^h . •'''*t,,w-'-'t*^,-;*'*v*-C

[_' jsso: sempre que vens para junto cie mim começas a abrir a boea, com somno !f^ oulpa é tua. Eu cochilo sentado, porque quando vamos para a cama tu não queres

que eu durma...

f

Jb

=o

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaçeutico e.chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilís"Vendo-s* oca todas as Pharmaclaa e Drogaria»-

C-T*Ha®¦ú

o1-1

a>o%

a©0@•0

•j*ílIMPiB@-M

•i-Hl

<aBQ)m@

0).a

gjji

•da@i

Mlpfi£

0i

Page 2: O Rio Numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 O Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado"~ = NUMERO AVULSO = cd

(-)O UlüNU(-) 12 de Agosto de 1910

c EKlPIEOniEFIiriEZ3 do iT", ,.;

D sondando...

DO

ItIOO ItIO NIFUNDADO EM 1898

ASSIONATURASAnno... 12*000 | Semestre.. 7*000

Exterior: Anno 20*000Numero avulso, 200 réis

Nos Eslados e no interior, 300 réis

Toda a correspondência, se]a deque espect© fôr, deve ser dirigida aogerente desia folha.

8519 (FOTEO

Continua ausente das -lides jornalísticas'o bcatifico Padre Amaro.

O homem, mal se apanhou melhor, entroua praticar abusos e o resultado foi apanharuma perigosa recaída.

Honlem fui vel-o c achei-o mal.A comadre me disse, com um gesto de en- '

fado: Que quer o senhor ? Quando o homemteima numa coisn ha de fazet-a mesmo, nemque chova arroz. O resultado ahi está !

Padre Amaro voltou se, abafando um ai esuspirou :

Cala a boca, filha; a vida è curta e maisvale um gosto do que quatro vinténs !

Imprudente sacerdote: por causa dos seusgostos aqui estou eu dando somno aos leitores.

A época é de exposições. Tivemos a avi-cota e agora funcciona a de cães.

O carioca c para onde a coisa lhe dá.Quando pega uma idéa exnlora-a até o diabodizer basla. A exposição de gallos e gallinhasde raça agradou e,por isso, foi encaixada logono mesmo local a de cães. Si pegar teremos ade touros e vaccas.

Eolhnn que essa havia de ser magnífica.Temos ahi cada exemplar que vale ouro...

O ciou da primeira exposição foi umgallo pelo: qual queriam a belleza de trêsconlos.

Três contos por um gallo ! Ainda si ellepuzesse ovos a gente tinha a esperança de re-cuperar o capital, cobrando-os a cem mil réispor dúzia... Mas como não se descobriu omeio do bicho «desovar» o preço pedido tor-na-se exaggerado.

Três contos por um gallo 1 Menos do queisso ganham os «periquiios» e os «papagaios»do Congresso para terem o trabalho formida-vel de... receber o subsidio no fim do mez.

Parece que se vai regulamentar o joga-A oceasião ê de apertara) e <> governo viu

que o vicio serve para encher o libere dothesouro.

Ha por ahi muita gente contente porquevae passar a fazer a sim feslnha sem risco doauto de flagrante. Mas lambem ha quem estejadando o desespero com a resolução .- são osque matam o bicho deixando que elle viva eprospere occtillamente... aos olhas de Iodos.

Sou pela regulamentação. Acho mesmoque o governo devia crear um registro paratnscrlpção de Ioda a familia zoológica. Sóassim eu inscreveria minha sogra e punha-ana corrente.. .

AFFONSO, o sineiro.

% Galeria Ariislica %lusauins ao-* leNore* t|ll<* (niliailtf:ill:i ile nlijiimiiM estampas tia IIOSMltl-alt-ria Irlisllra. 4' <|iirirani rnsnjilr-Iara cnllvccilo. l|lir«*m iiiisho 0*01*1 p-(orlo *\\i*ícin <'.Y<'iii|ilai'i's ilr (mio**a** iiiiiiH-ros «lo ItIO M (lesilr o ini-cio da pul»IÍi*n<,'rto dessa Caloria, po-detido ser adquiridas sem ail<|inenlo

do preeo.

— Menina não me tentes...Olha que agora já estou curado peloPeitoral de Angico Pelotense e posso te mos-

trar de.que páo se faz a canoa.

Dentro de um sonho que sonhei, sorrindo,Cheio de gnso, de prazeres cheio,Eli vi teu corpo provocante e lindoi; murmurei: — -Eil-o, afinal, achei-o !...B, na anciã de amal-o, assim, dormindo,Corri, nervoso, tremulo e abracei-o...Com gemidos de amor, então, beijei-o,Beljel-o, todo, num delírio Infindo I...No momento, porém, em que a loucuraDessa paixão tão grande e tão impura,Se transformava já num vil peccado,A luz do dia me acordou cantandoE, encablllado, vi que estive amandoAleu travesseiro todo amarrotado !...

D. ANDERETE.

"UMA AVENTURA"

Da Casa Editora Cupido &: C, estabe-leeida na ilha de Venus, acaba de sair áluz uma collecção de vistas illustrandoa narração da aventura do Zé Nabo comunia «illustre cavalheira» que pelo nomeparece ter nascido mesmo para o Zé.

UMA AVENTURA, que é o titulo daobra, está admiravelmente impressa e sóa gravura que illustra a capa é um deli-cioso aperitivo... Vende-se a i.>ooo oexemplar; pelo Correio i.>;oo.

Pedidos a ALFREDO VELLOSO -Rua do Hospicio, 218.

AOUA MOUvE...I

Morava em baixo o frivolo üregorio,morava em cima a pallida Oertrudes;elle 11111 magro rapaz, pobre e simplório,ella loura, um modelo de virtudes.

IINum bello dia o moço apaixonadofalou-lhe do quintal e a deusa lourapoz em fuga o audacioso namorado,mostrando altiva o cabo da vassoura.

111Mas tantas vezes foi üregorio acima,tantas graças, emfim, fez-lhe de baixo,que ella um dia desceu, mudou de clima.

IVEpilogo : a Oertrudes já deu cacho.

SIMPLÓRIO JÚNIOR.

Contam os jornaes que uma senhora can-sada de aturar o marido, ao qual já eslavafarta de illudir, intentou acção de divorcio,allegcmdo —sabem o que.? — incompatibilidadede gênios. O maridinho bateu o pé e nãoassignott o pedido porque — são os jornaesainda que o dizem — não podia viver sem asua «costella*. .

O juiz vai ficar atrapalhado para decidir aacção. E' possível mesmo que a mulherzinhatome um indeferido com Iodas as letras.- Si tal sueceder; ella que não se exaspere evá vivendo como até agora, isto è, dando aomarido as sobras do banquete do amor, Elle éde bom estômago e se contenta com pouco.Dê-lhe sopas e elle não pedirá mais nada.

Acha-se á venda : O magistral Conto Ra-pido N, 19, intitulado — Por traz...

Scenas verdadeiras e... quentes, conta-das por um esovado.

Licor TibainaO melhor purifica-—¦ dor do sangue —

GRANADO & C. - Rua i° de Março, 14

BIBLIOTHECADAS

ALCOVAS GALANTESAcham-se á venda, em nosso escriptorio,

os seguintes livros dessa collecção : Viciosas,Virgens Avariadas e Amor por todos os...

Todos esses livros são muito bem escri-ptos e primorosamente illustrados com pho-togravuras a cores, tiradas do natural.

Preço: 1*000 cada exemplar; pelo Cor-reio, 1*500. A collecção dos três, pelo Cor-reio, 4*000.

Pedidos aALFREDO VELLOSO

Ifiua do Hospicio V 2 18 - Itio de Janeiro

Page 3: O Rio Numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 O Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado"~ = NUMERO AVULSO = cd

12 de Agosto de 191(5 (-) O RIO NU (-) BB= 3 •¦

Pelos Theatpos A^j^m***CD

Tivemos o prazer de receber em nossarcdacção a visita da graciosa e intelllgenteaclriz cantora Medina de Souza, que, gentil-mente, nos veiu trazer os seus delicadoscumprimentos.

Medina de Souza, que é, indiscuti-velmente, unia das primeiras figuras da com-panhia do Éden, de Lisboa, visita-nos destavez encarregada de uma importante missão:a da propaganda da Cruzada da Mulher Por-tugueza.

Que os esforços da digna artista sejamcoroados do melhor êxito, são os volos quefazemos com toda a nossa boa vontade.

tsr Estourou a companhia do TheatroPequeno.

A pobrezinha estava para isso mesmo.Admira-nos até como conseguiu ella

durar tanto I...«ar «Juro pela honra da minha pátria quenão disse mal do Brazil» — foram estas as

palavras do indefectível Carlos Leal, após adelirante ovação de que foi alvo no CarlosGomes, na noite da estréa da Cainpanhia doÉden.

E foi tanta a convicção com que elle fezo juramento, que o povo não teve remédiosinão acredital-o.

«ar A1 porta do Trianon. Commeiitariosde dois espectadores :

Então, o Theatro Pequeno...Morreu, coitadinho! Infelizmente,

também foi victima do micróbio do amor...«a!" O marido da Alice Soares está apai-

xonado por uma das nossas mais detestáveisgabiruas theatraes.

Ahi está a razão porque elle mandou aesposa para Portugal.

«a*- O estouro da companhia do TheatroPequeno agradou.a muita gente, mas muitoespecialmente ao Arouca, que dizia seraquillo «a guarda nacional do Theatro Bia-zileiro...

Espirituoso, não ha duvida!«ar Vale a pena ver-se agora o orgulho

com que pisa nas ruas o indefectível CarlosLeal.

Incharam-o, agora não ha remédio sinãoaguental-o.

«ar Ha no Hotel Nacional uma meza queé chamada pelos nossos artistas «a meza dosrufias.»

Qual será ella, não nos dirão ?«*¦ O Begonlia está com um medonho

ataque de coqueluche.Para ficar bom, d'ora avante vai chupar...

caramelos de leite.«s1 Está provado que o que motivou o

estouro da companhia do Theatro Pequenofoi uma questão de ciúmes entre os directo-res e um actor por causa da adora EniniaPola.

E ainda ha quem diga que as mulheresnão são o diabo !

«ar Para hoje, conseguimos arranjar asseguintes

IroniasVI

C. L.Constava que do BrazilEste actor, em Portugal,Num gesto pouco gentil,Tinha dito muito mal.Aqui chegado, comtudo,Jurou que o consta taludoEra mentira, afinal...Jurou... e 'stá já provadoQue elle foi, na jura, honrado ;Sim... desta vez... foi leal.

HOMEM DE FERRO.

^^ WABCA RldltTUAPA. f*^

Nâo se Impressionem os leitores cem asliquidações (forçadas ou nâo) de umas líintsscisas que querem arranjar dinheiro cmliahindoo publico.A Alfaiataria Guanabara, o in-veucivel 34» não usa absolutamente esse sys-tema de reclame: tudo o que ali sc encontraestá á vista do freguex, e os seus preços eslâotodos marcados nos artigos. E' a norma ado-ptada pelo comnierclo serio, e por isso a Ire-guezia daquelle conhecido estabelecimento 6 amaior dentre Iodas as das casas congêneres.

Enviam-se instrucçôes e ncceilíim-se pedi-dos do interior, dando-se agencia,

¦pireo-yEreiBUCDS

Permlttlu dona Alice que o Cardosouma noite passasse no seu leito.

O moço venturoso,antes mesmo do praso combinado,

risonho e satisfeito,apresentou-se em casa da deidade,

e teve a flicidadede recebido ser com muito agrado.

No preciso momentode estreital-a nos braços com desejo,sente que lhe escasseia qualquer coisa;

mas confessar não ousaaquelle esquecimento,que lhe enche de pejo

e, apagando ligeiro, a lamparina,beijou febricitantea vaporosa amante

que estava linda, explendida, divina !Beijou-a como um louco,envolvendo no beijo

a boca, o collo, os seios cor de neve;mas isso, confessemos, era poucopara acalmar a febre de um desejoe ir mais alem o pobre não se atreve...Ella suspira : «Vamos continua !Alli me tens, sou tua!» —

Elle coca a cabeça... — Está sem veia!—e diz em voz amena :«Contenta-te, pequena,Pois ouve : Quem não pôde irapacéa...

HERODES.

Au Bijou de Ia Mode ¦ Grande depositode calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e esiran-geiro para homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 — Te-lephone 3.660.

"CUL TO DE VENUS"

O romance de maior suecesso publi-cado em rodapé no Rio Nu, depois reuni-do em volume e do qual se esgotaramvarias edições, está de novo impresso.Desta vez, porém, «Culto de Venus» foieditado a capricho, trazendo deliciosasgravuras a illustrarem o texto e uma capamaravilhosamente impressa a tres cores;foi, além disso, cuidadosamente revistopelo próprio autor.

Está á venda a i$ooo o exemplarpelo Correio, 1^500.

Pedidos a ALFREDO VELLOSO —Rua do Hospicio, 218. •

NINHO DE ÁGUIASVI

&. ty. S.

Nasceu... e se não houvesse nascido,teria sido preciso invental-apara dar «inicio»as pompéianas farras.

E' uma violeta pequenina e odorosa, aqual todos os santos adoram. A espigadinhae fina «viuvinha dos chiliques» viveu, 011melhor, vegetou á sombra de esguio e depen-nado «pinheiro». Fez muitas fitas e deumuitas ratas por causa do seu aconduetoradoe amante «bacalháo.»

Tinha mesmo adoração por elle, mas orapaz deu para fintala, para «leval-a naonda» e a «tímida violeta» cambou fora e foiagir de accordo com o seu temperamento...fogoso !

Em primo locam collocou-se sob a pro-tecção de sizudo portuguez, que depois tro-cou por um «marisco» e com elle cavouuma marquize e uma... «mobília de quarto» !

Era do que necessitava a «trefega func-cionaria» Uma vez de chateou montado co-meçou a «cavação», a lula pela vida...alegre!! I

Dizem que ella dá rasgado e no momen-to actuai o seu amant du cceur é S. M. Et-rei... dinheiro !

Não vai mais para amar com o coraçãoporque não rende nada e «elles» ainda que-rem levar algum!

Emquanto ella affirma que foi quemsoltou o P. Pv elle lança aos quatro ventosque foi o primeiro a fugir da «cheirosa flor-zinha» pois delia fartou-se até de... amo-dernados amores I

Foi amiga e companheira inseparável dalucitiante criatura do ré... nato. Chegarammesmo a morar juntos 110 mesmo chateau lápelas bandas de Madureira, onde, dizem,(será verdade? !) cultivaram um lindo e for-moso... roçado ! I!

Apezar das suas 44 ridentes é bem boni-tinha, possuindo uni «palminho de cara» bemseduetor e um corpo esbelto e donairoso !

Affirniam que a «abaixadinha funeciona-ria» é uma cobrinha na «hora de... doer!»

Seja como for e apezar de todos os pe-zares a cheirosa e delicada violeta é aindauma bôa... camaradinha !

WILLIAM.

Tônico JaponezPara perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas: Andra-das, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

Page 4: O Rio Numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 O Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado"~ = NUMERO AVULSO = cd

(-)O RIU NU (—) de Agoslo de 1910 §9>y-

õbcütro ò'0 Mio ttu

(2. Prêmio do Concurso)

O RATINHOMonólogo de Zéantone

Era uma vez um ratinhoDe pello alvo como o arminlio,Que, vaidoso e atrevidinho,Querendo unia noiva achar,Arranjou um calçãozinho,Um collete, um cnsaquinho,Um gcitoso cbapéozinho,Vestiu-se e foi passear.Caminhava direitinhoPelas ruas, o ratinho,Dessa fôrma vestidinhoPara melhor agradar;E si algum animalzinlioEncontrava no caminhoVirava logo o focinhoP'ra não o cumprimentar.

E' que pensava o ratinhoDe pello alvo como o arminlioQue assim tão bem vestidinhoSó elle podia andar...E lá seguia, durinho,Num passo muito certinlio,Envolvido — coitadinho 1 —Numa vaidade sem par 1

Depois de um bom pedacinhoTer caminhado, o ratinho,Sentindo-se cansadinho,Ia p'ra casa voltar,Quando viu num bttraquinhoUma rata de pellinhoTambém como o seu, branquinho,Que para elle estava a olhar.

Approximou se o ratinhoCom elegância e geitinhoE, tirando o cbapéozinho,Depois de muito a saudar,Endireitou o corpinhoE perguntou-lhe, baixinho,Si para seu maridinhoElla o queria acceitar.

Ouvindo-o, um riso escarninhoTeve a rata de pellinhoTambém alvo como o arminlio— Um riso máo, de esmagar...Tão máo, que o pobre ratinho,Tremendo todo inteirinho,Ficou triste, fez beicinhoE começou a chorar.

Chorou muito, o pobrezinho,Encolhendo o narizinhoE á manga do casaquinhoAs lagrimas a enxugar...Chorou... suspirou baixinho...Depois poz o cliapéozinhoE, muito devagarinho,Lá se foi. . . a soluçar.

Desde esse dia o ratinhoDe pello alvo como o arminlio,Muito triste e encolhidinhoComeçou então a andar.E' que o va,idoso bichinhoSentia o coraçãozinhoNo peito seu, com carinho,Pela rata palpitar.

Um mez e tanto o ratinhoAssim triste, encolhidinhoE suspirando baixinho,Andou sem se consolar;'Té que um dia, vestidinhoDe novo de casaquinho,Metteu pernas ao caminhoE a rata foi procurar.

Outra vez no liuraqulnhoA encontrou, e cntflo, baixinho,Na mão tendo o chnpéozlnhb°,Lhe tornou a perguntarSi para seu innrldllllio,A elle, que era um ratinhoElegante e bonlllnho,Quereria ella acceitar.

A rala olhou p'r'o ratinhoCom novo riso escarninho,Mas notaiido-lhe no arzinhoA vaidade a trasbordar,Quiz zombar do pobrezinho,Tornando-o um seu criadinho,E logo disse ao bichinho,Sem tremer, sem hesitar:

—«Si queres, lindo ratinhoVir a ser meu maridinho,Váes agora um servicinhoAqui mesmo me prestar.Tira esse teu calçãozinho,O collete, o casaquinho,E aquelle bello toucinhoQue ali 'stá me vae buscar,»

E a rata, ao parvo ratinho,Apontava um pedacinhoDe appetitoso toucinho,Gordo e branco, de tentar,Que estava lindo, sozinho,Dentro de um armariozinho,Feito assim, tão bonltinho,Para ratos apanhar.

Logo, num prompto, o ratinhoFoi despindo o casaquinho,O collete e o calçãozinho,Para o toucinho ir buscar...Penetrou no armariozinho,Mas apenas no toucinhoPoz o dente — coitadinho ! —Sentiu a porta fechar.

E lá ficou o ratinhoFechado no armariozinho,Ali preso, coitadinho,Sem mais se poder soltar;Emquanto do pobrezinhoA rata de alvo pellinhoRia de um modo escarninho,Inda por cima, a zombar.

Quem, não tendo juizinho,Consente que o amor damniuhoLhe entre no coraçãozinhoE o comece a dominar,Acaba como o ratinhoDe pello alvo como o arminlio.Sem roupa, sem cliapéozinho,E... nada o pôde salvar.

i." ^njra I ,7-t. DOZES ,-^í^ S' f|§|§jjw|nV V ¥«3 \i E ¦l""'mv'-*i---r''— iVflHffin

W.y-- 11 Kpelotas> / • mlI fj^-L H rir. "-S.'1-fl-, aval / | a SSi

Posta Restante

Chimtirrti — Os versos são detestáveis,ou melhor: n que ha de superior un gêneroordinário. Altendcndo a isto mandamos aversalhada toda para a carroclnha da lim-peza publica.

Amadeu — O senhor acha que havendoboa vontade de nossa parte a sua poesiaserá publicada, Veja agora si o que ahi vaivale um caracol:

Teu rosto triste e cor de cobreevita sempre defrontar o meu.Eu não tenho culpa de ser pobreo de guardar no peito um coração que é teu.

Agora que a choldra está em letra deforma confesse que o senhor para verso temtanto geito como nós para o fabrico de ba-nanas.

Arllutr de Sá — Espere mais um pouco.A coisa sairá, garantimos-llic.

Galonnc — Nào é possivel.D. Quixote — Faça coisa melhor e man-

de.Dinas Giestas — Vamos attendel-o.Sinhá Rosa — Procure-nos diariamente,

de 3 ás 4, salvo ás quintas-feiras.Xnpton — O seu conselho não pode ser

acceito porque nos falta espaço.

MONTEIRO, o Carteiro.

Collecção Colorida £8Está á venda a Collecção Golo-

rida, o maior successo da Bibliotheca doRio Nu, trabalho perfeito e caprichado, impresso a cores diversas em superior papelcouché. Intitula-se esse volume

DOIS CONTRA UMAe compõe-se de nove lindíssimas photogra-phias tiradas do natural, representando umamulher que dois apaches obrigam a executar,com elles, differentes scenas de amor.

DOIS CONTRA UMAque é tuna delicia para os olhos e para o es-pirito, pela nitidez e verdade das scenas queepresentar, custará apenas 1J500 cada exem-plar; pelo- Correio, 2J000.

As encommendas, que só serão attendi-das si vierem acompanhadas das respectivasimportâncias, devem ser dirigidas a

ALFREDO VELLOSO — Rua do Hospicio 182

COMO ESTAVA COMO ESTOU

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Nâo ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resinados,influenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &Ç.; Santos, Drog. Colombo.

Page 5: O Rio Numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 O Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado"~ = NUMERO AVULSO = cd

%ANNO II Rio de Janeiro, II - 17 de Agosto de 1910 NUM. 47

O BichinhoSEMANÁRIO DA BICHARIA

_*'"-ar F<ff)154-656 393-595 119-720

407—708 059-960 242-343

A estatística prova que das pessoasque acertam no joguinliq 90% fazem assuas listas consultando as tabellas d'0 Bi-chi nho.

Os bichos atadosLeão, Porco, Pavão,

Cobra, Cavallo e Tigre

ttiii»itic.ii-i.to iio itio \r

i.\i*i:im:v..i:Toda a correspondência deve ser dirigi-

da para a Rua do Hospício n. 218, ao Juqui-nha, palpiteiro mor,

Os bichosXI

CAVALLOTeve origem na Arábia, diz a historia,mas difTundido pelo mundo inteiro,o cavallinho aqui goza a victoriade dominar 110 Rio de Janeiro.

O amador de corridas na memóriatoda a semana o guarda o dia inteiro,p'ra no domingo, ter orgulho e gloriade nelle pôr o seu rico dinheiro.

Puxa um carro com garbo a trote aberto,batendo firme no caminho, esperto,e no hippodromo, cheio de ufania,

Quando é bom só faz feio com patota ¦ ¦ ¦Tem elegância, sabe dar a nota,é o Petronio, emfim, da bicharia.

HERNANI.

CHAPINHA DA ROSINHA

A popular, elegante e aristocráticaRosinha arranjou para este numero acombinação cotuba que ahi vai:

Na berlinda...

Êm

Palpites do Chininha

A chapa do Chininha para as eleiçõesdesta semana é a seguinte :

233-535 789-991 437-939

Â

373-976Leitor, si você precisaver-se livre do padeirovenda a ceroula, a camisa,e empurre todo o dinheironeste heróico cavalheiro.

102-903 429-730 177-379

Estão cotados para breve:

Touro, Borboleta, Leão, Carneiro e Veado

Todo beba tem padrinho,todo leite é baptisado,todo chuva adora o vinho,todo sujeito saradosegue as lições d'0 Bii.Anho.

Ratinha, de Maxambomba, pensa queDezenas prováveis para os os vencedores de agora serão estes:

sete lados: "Tk18-40-58-74-97

Tia Carlota, a conceituada corcundi-nha do Mattoso, nos assegurou que éum caldo fazer a fé esta semana na finaflor que se segue :

723-924 163-364 767—868

371-972 481-783 585-988

449-551 398-499 313-615 . Jogar pelas indicações d'0 B;V/;//;/;d^^ importa em acertar pela certa, ejesman-

chando a escripta do pessoal que banca.jgjP109—311 445-747 626-828

Hontem me disse o Narcizoconvencido, seriamente, '

que p'ra ganhar é precisoler O Bichinho somente.

CORRESPONDÊNCIA

José — Acompanhe a Vacca pelos 4 lados,até sabbado.

Tito Soares — Escrevemos pelo Correio.' Saraiva — Appareça nesta redacção.

JUQUINHA.

llÍ_H

Page 6: O Rio Numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 O Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado"~ = NUMERO AVULSO = cd

Estatística dos bichos premiados no mez de Novembro de 1912Dias ANTIG0 ¦ Num. da sorte MODERNO Centena RIO Centena SALTEADO 2' Prem. 3° Prem. 4o Prem. 5S Prem.

Pavão 15276 Jacaré 358 Pavão 375 Avestruz 907 971 680 716

3Leão 20363 Macaco 068 Gato 955 Gallo 683 143 225 194Coelho 60239 Águia 808 Leão 162 Gato 965 604 920 600Leão 39563 Cavallo 644 Porco 172 Gallo 546 575 945 407Cavallo 8242 Peru 678 Pavão 874 Macaco 233 262 918 981(jato 58856 Porco 570 Porco 771 Cabra 256 953 919 538Macaco 42566 Tigre 585 Peru 577 Leão 698 934 365 290iu -

ío S1^1"0.. 5309 Leao 261 Coelho 440 Cobra 666 128 783 214ia uamello 9830 Cabra 424 Burro 010 Cachorro lll 536 369 853í? Urso 52092 Gallo 252 Macaco 966 Macaco 248 673 790 60214 Tigre 24786 Urso 192 Peru 479 Cavallo 892 905 883 19716 Burro 21111 Macaco 466 Camello 530 Cavallo 841 499 399 049

íl SSÜS Q2?2? Macaco 667 Gato 654 Cachorro 653 334 767 048** -£ouro 2?i?_ Hrso 593 ASuia 805 Cabra 788 006 503 102I? Sf oSSS n°^ S36 Carneiro °28 Peru 845 705 126 953

TaZvn ???rÍ nl10 nSl lf™ 164 Leão 430 159 804 3341% a™£™- ISln? S°br^ S34 Urso 791 Camello 274 744 660 06423 Avestruz 17502 Cavallo 944 Veado 994 Águia 253 396 993 6181% ntr2eÍT° «?o?Ü ~e!° 561 Vacca 50° Burro 550 566 804 361%% SíST*0 SSSoS Sat°- 556 Cavall° 5^1 Porco 385 396 570 25828 SSS HVo nar° lll Bo^oleta 314 Tigre 217 896 407 3389% SíS SS í' ?°?ra ?33 Jacarè 75S Ti&re 918 125 831 509§9 £_™ «443S ^eao 663 Camello 531 Cachorro 208 108 355 209ÓO Peru 65877 Jacaré 259 Borboleta 814 Águia 187 361 427

:

ISq próximo ammtra publicaremos a imfamllm ãm mmm &® ©lâtefe® dl© tx^tà

Page 7: O Rio Numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 O Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado"~ = NUMERO AVULSO = cd

12 de Agosto de IQIC (-) 0 RIO NU (-)

VE1.SOS... PE .VE .SOS...

— Hoje... Ani;iiili;i... depois... Falsas promessas;Cumpridas, sempre mais do que cumpridas..!NAo vou mais nessa oiiilia; náo vou nessasTaes transferencias, sempre cstrunfcridas...

Já treze mãos de esposas, promettidas,Eu tive. Ii, não querendo a coisa ás pressas,Deixei as todas; bem desiIludidas...Saiudo-llies os trunfos ás avessas !..,

Das máximas, talvez sendo a mais certa,Esta : — -10110111 muito escolhe, pouco acerta;Não mais escolho, Eufemia, te asseguro!,..Exhausto, quasi já, de ouvir historias;Não mais acceito «Cartas Promissórias»,Nem mesmo a curto prazo. E'só... no durol...

JOÃO VALJAO.

© @At.ua •lti|)oa<>_(9

Não ha outra que torne a pelle maismacia. Dá ao cabello a côr que se deseja.E' tônico, faz crescer o cabello e extipara caspá. — Ruas: Andradas, 43 a 47 eHospicio, 164 e 166.

® @BIBLIOTHECA

DAS

ALCOVAS GALANTESAcham-se á venda, em nosso escriptorio,

os seguintes livros dessa collecção : Viciosas,Virgens Avariadas e Amor por todos os...

Todos esses livros são muito bem escri-ptos e primorosamente illustrados com piro-togravuras a cores, tiradas do natural.

Preço : 1.000 cada exemplar; pelo Cor-reio, 1Í500. A collecção dos ires, pelo Cor-reio, 4|000.

Pedidos aALFREDO VELLOSO

¦tua <lt> Hospicio X. '-i I 8 - ICio ile Janeiro

DDACOGOSQuinta-feira encontrei azafamado naAvemd.i o meu amigo Indalecio, addido ao

Ministério da Fazenda, na qualidade do 17"oiflclal tia Dlreclorín Encarregada de Vulga-msar o Processo Pratico de Plantar o FelffiOManteiga.

Indalecio estava radiante.Ora, até que emfim o vejo I disse-lheeu,preparando-me para estreital-o nos braços.

Indalecio deu-me um abraço e perguii-tando-me onde ficava a Drogaria OrlandoRangel, mostrou-me uma tira de papel ondese via escripto isto :

Vasclina pura.Óleo de amêndoas doces.Água de flor de laranjeiras.

O' diabo ! Vais te casar então ?H'isso, filho! Ligo-me amanhã, ás 4horas na igreja da üloria a uma inferes-sante menina de 15 annos, ingênua. Ha umafestinha intima, muito intima e si quizeres ir.Não posso filho; não posso.E o Indalecio saiu como doido á procurado Orlando Rangel, onde ia buscar os mate-teriacs belllcos para a festa intima.

PANCRACIO.

Licor TibainaO melhor purifica-— dor do sangue —

GRANADO & C. - Rua Io de Março, _

OT.fi!«Uma senhorita precisa da

protecção occulta de um rapazbonito, para coisa seria».

(Do Correio da Manhã)

Que «desse apoio» de um rapaz bonitonecessite, acredito:

mas que seja, afinal, p'ra coisa seria,confesse que é pilhéria...

A.

69 lisla prompto

Romance sensual

mAcha-se á venda este extraordina-rio romance, que virá augmentara

Bibliotheca d'O Rio Nu, que, como ésabido, se compõe do que de melhorexiste no gênero realista I

O 69 é o melhor estimulantepara os leitores que chegam á idadeem que deveras se aprecia e se dá ojusto valor aquillo que faz as deliciasda mocidade...

O enredo do 69 differe comple-tamente de todos os romances que

Rio Nu tem editado constituindoportanto uma novidade sensacionalpara os apreciadores do gênero... es-cabrosoI

O 69 é emfim um bello romance,com cento e tantas paginas de lei-tura, além de bellas illustrações, eus-tando apenas

$OOfí véhi o exemplar.Pelo Correio, 1S500

Successo garantido!l_ ^

® __Pomada Seccativa de São Lázaro

A única que cura toda e qualquer feridasem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

Romance em um prólogo, quatro ca-pitulos e um epílogo, de Dom Bibas.

PRÓLOGO

Foi numa pittoresca e remota cidade dosertão de Minas,ha uns bons pares de annos,isto é nos ominosos tempos...

A virtuosa e circunispecta dona Ursuladas Mercês, tendo já arrastado por espaço deonze duros mezes o triste e espesso véonegro de viuva, apezar das suas poucas eainda risonhas primaveras, levou o dia intei-ro a chorar com saudades do defunto mari-dinho.

Tão tristemente o fez, íão amarga-mente carpiu a sua desdita que sentiu aocahir da noite umas dores exqtiisitas pelascadeiras.

Pudera 1 Fora tanto o excesso IFez uma ligeira fomentação de óleo

camphorado embebido num panno de flaneilaquente, poz botijas de água morna, mas nãocedendo as dores, pediu afflicta que fos-sem chamar a Vicencia, preta mezinlieira eafamada e que sabia como ninguém exorci-sar e benzer.

Mal recebeu o chamado acudiu a pretacélere, com um raminho de arruda verde na

mão direita e tres caroços de feijão preto naesquerda.

Disse logo que aquillo não parecia máoolhado e, tendo um risinho de escarneo nocanto da boca, trancou-se no quarto com adoente e mandou que esta rezasse

Minha santa Margaridaajudai-me nesta vida

engolindo um caroço de feijão em cada tresvezes que dizia a reza.

No dia seguinte soube a cidade inteiraque a inconsolavel viuvinha, no décimo pri-meiro mez da morte do chorado esposo, deraá luz um rapagão rosado e manhoso.

O petiz era pouco parecido com o defunto,é verdade, mas tinha um par de olhos pretostão lindos, que iguaes só havia em toda aredondeza os do senhor padre Moysés, viga-rio da freguezia.

As línguas ferinas—e havia tantasI—en-traiam logo a dizer mal da rapariga, mas ap-pareceu logo gente entendida para explicarque o fedelho demorara de mais em dar umar de sua graça porque com a rudeza dogolpe a coitadinha da boa dona Ursula ficaramuito fraca...

Trinta dias depois baptizavá-se o rapa-gão, que recebeu o nome de Anacleto e oappellido de Sanclies, sendo para todos oseffeitos registrado como filho ligitimo de

dona Ursula e de seu saudosissimo marido,Sebastião de Paiva Sanclies.

CAPITULO I

O nosso amigo Anacleto mamtnou numarapariga nedia dois annos e cinco mezes,andou de gatinhas sete mezes e só começoua ensaiar os passos,animado ás cadeiras,aostres annos.

Levou cinco annos a comer, beber, sujar,apanhar e dormir.

Comer e dormir era o que elle fazia damelhor vontade, mas o que a mama lhe davacom mais freqüência era pancada, e de rijoporque o raio do pequeno era muito bisbi-Ihoteiro e tinha o somno muito leve...

Aos oito annos foi com muito sacrifíciopara a escola, onde apenas conseguiu — ecomo conseguiu I — soletrar aos dez e ler ocathecismo aos doze.

Nessa idade fugiu da escola e foi pedirao vigário para o ensinar a ajudar a missa.

Foi sachristão aos treze annos, foi vadionão sei quanto tempo e por fim sentindoirresistível pendor para o magistério, abriuum collegio de meninos em um povoado daroça, sob o pomposo titulo de Imperial Col-legio de Nossa Senhora das Mercês.

Depois nunca mais se falou no Anacleto.

(Continua)

Page 8: O Rio Numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 O Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado"~ = NUMERO AVULSO = cd

:0=-í (-)OKIONU(-): de Agosto de 1010

0 Subúrbio na berlinda(m. QUANDO UM .)

•Elle. cuida das feridas e das dores docorpo emquanto -cila. dá de comer a quemtem fome.

Que «almas caridosas» A. e E, são!fl" A «russinha» do endivisado e barri-

gudo A. leva horas Inteiras, diariamente, naiVilIa do Reverendo!"

Será rezando ou fazendo as suas «con-fissões ?.

Se a oxygcnada E. se confessa, quantagente fo... tografada '¦

t& Interessantíssimo um anafado maridoduma joven csmolèr de S. Francisco Xavier.

Quando a sua «cara metade» está exer-cendo a «caridade» e elle sem saber chegade improviso e bate ao portão, ella muitofleiigmaticaniente, chega á janella e diz:

— Ora, meu Amor, não contava comligohoje.

E elle mais fleiigmaticaniente ainda vaicambando fora, deixando desimpedida azona!

Já é ser cor... nocupidamente «conven-cidoü!»

tar Depois que o polytechnico e morenodoutor desappareceu, ella, formosa loira,lançou os seus olhares sobre o «noivo da so-brinha», imaginário titio, pelas circumstan-cias, forjado!

E' um prazer vêl-os. Elle tapeia a more-iiinha», vem esperar o bonde á rua e agoraveremos. Passam bondes,bondes sem fim e ellefirme no «poste» que é em frente á casa«delia !»

«Elle» é noivo de mademoisetle C. e«ella» é esposa de monsieur... C.

Que coincidência I«3" Que pânico se apoderou do Saul, no

dia em que o apanhámos em «flagrante gos-toso» com uma ..easadiiilia» em casa da N...O aconfereniado rapaz agarrou-se com todosos santos e implorou á N. a sua «forte pro-tecção» junto a nós.

—Não é por mim,dizia elle.é pela mulher.Se me sapecam no «O Rio Nu» e junto com-migo ella, eu sou um homem/o.. .tografado!

Não tenha medo, nhô Saul, nós não pu-blicaremos o nome da sua amada zinha, em-bora o saibamos muito bem...

Nós já sabíamos que quem tem eu...ração tem pavor!tt& Gotta á gotta pingam os geleiras. E'a época das neves, dizem Raul... Una e o«homem das loterias.»

— Tú precisas um capotinho, meu amor,para quando formos passear á fabrica.

E emquanto as neves caem as «águias»levantam o vôo!

ist Que planos arrojados tem a «arvoredas boletas !»

Julga-se o loiro-roncôlho o homem maishonrado que o «esburacado telheiro» daCentral cobre. Mas que pretenção! Pelomenos em «trapaças mulheris» o «conversazeppelin» é fértil. No próximo numero come-çaremos a pôr a calva á mostra do itineran-tico e vingativo super-homem.

.rs1 O querido e adorado archer da «Medá» papou outro grande com o cralc do Vamovê.

Mais uma «prova» que torcida de «rabode saia» é um excellente «antídoto» contra aurucubaca I

Nem sabemos como o Domingo Suarezescapou com o Pontct-Canet!

Teria o Cabito escripto na frente do «pe-queno* com a... ponta da caneta? Falta deenergia não foi que o Joaquim é moço e temt grande p'ra burro 1

&® A Thereza, depois que o «bicheiro»garantiu a morada da viuva deu para falarsósinha na sua!

Terá levado «pão no ouvido V»aro .russo banqueiro* derrapou e sen

Pedro foi quem pagou o pato ! Pagou o pa-Io, não, pagou o... «touro !»

Lá se foram cento e sessenta.., barbas!t-ir O Teixeira do 10 de Junho é um re-

finado pirata !O raio do galtcgiiilo arranja uma por

dia! , , ,O que nos diz a isto seu Rodrigues.''

CORRESPONDÊNCIA

F. Q. (S. Francisco Xavier) - Porquenão nos procurou pessoalmente ?

O Nevada continua a ser sapecado e te-mos recebido muitas «conimunicações» sobreelle. Veja a de hoje. Está bem ?

C. M. A. — (Encantado) — Estamos pre-cisando de umas «verdades» sobre o abai-xadinho tenor do fado liró I E' para nós ofo.. ¦ tografarmos.

P. P. (Riachuelo) — Hoje sai a sua«Ella». E' preciso acostumar o «pessoal» dahia agir. ,

Giovanni Tltomazio (Piedade) — Ate a-gora nada. Lembre ao Armando o que nosprometteu.

Barrigudinho (Rocha) — Com muitogosto. Pôde nos remetter que será «dada áluz». Pergunte ao Fausto o que quer de nós.Sim ?

MAS D'AZIL.

CASO COMO MUITOS

Escuta, Aurora, minha doce amante:«SI esta noite eu pular o leu portãopara te ver, tu contas ao marchante?

Ora que idéa ! Não!

Para matar minha vontade immensame arriscarei contente a lal perigo.mas escuta, meu bem, e a recompensa?

Dormes hoje commigo.

Eu receio comttido, uma, armadilhauma sova feroz, de causar dó...A que horas regressa o bigorrilha?

De'madrugada so.

Contando as horas, lubrico, fui eucumprir o promettido, a muito custo,e foi assim que ella me recebeu :

Podes entrar, sem susto.

Cheio de planos para o quarto entrei,sem que meu vulto percebesse alguém;Dormi... mas de manhã isto escutei:

Olha pede-lhe os cem!

Percebi que essa voz vinha de um canto.De trás de um reposteiro, onde escondidoestava — descobri, cheio de espanto —

Teu pratico marido.

JOTA ESSE.

CARTÕES POSTAES \LOTERIAS DA CAPITAL FEDERAL

Temos á venda uma interessante col-lecção de cartões postaes alegres, nítida-mente impressos, representando scenasadmiráveis de gosto e de variedade.

Custa cada collecção, que se compõede io postaes, apenas 2.fiooo; pelo cor-reio, 2.>500.

Pedidos a ALFREDO VELLOSO —Rua do Hospício, 21S.

Sabbado 19 do corrente, ás 3 horas da tarde

100:000*000Por S.fiooo em décimos

Bilhetes a vencia em todas ascasas loterleas

d OS VELHOS TÊM A PALAVRA

A Saúde do Homem"Approvada

pela junta de Hygiene do Parti, formula do pharmaceiilico Benitda Cunha."

"Novo medicamento rccoiislilitinte, que aclita direitamente,produzindo uma reno-vaçiio enérgica, um rejuvenescimento dos nervos." O iinico que cura a impotência."E o paraíso dos velhos". .. porque fa^ reapparecer em pouco lempo a força mais

preciosa que o homem perde, pelo prolongamento da idade ou por outras cousas, semcausar damno â saúde.

Não contém absolutamente "caiilharidas", nem outra substancia animal nociva.

Quem usar "A Saúde do Homem", sente-se mais forte, mais alegre, cessam as íris-le^as, e apparece o augmento das forças physicas e intellecliiacs. Poderoso lonicoestimulante da vitalidade. E' o reslaiirador natural'mente indicado sempre que se lemem vista uma melhora de nutrição e nm levantamento geral das forças e de energiados nervos. "Cura radicalmente: Impotência, nervosismo, falia de memória,terrores iiocturnos, insomnia, anemia, falta de appelile, ue/iraslhcnia, dyspepsia, lym-

phalismo, adynamia, caxecia, beriberi, polluções nocturnas, esgotamentonervoso, fraqueza cerebral, polynevrile, phosphalttría, cansaço etc, ele.

Em toda a convalescença de moléstias graves e de longa duração, como a febrelyphoide, "A Saúde do Homem" não tem substituto, ministrada em pequenas doses

(2) goltas.) Não irrita e nem faliga os órgãos digestivos,assimila-se com facilidade,nutre poderosamente e abre o appetile pela assimilação que prodit^.

Vende-se em Iodas as phannacias—Enviam-se amostras grátis a quem pedir aosúnicos fabricantes — MELLO CUNHA & COMP.—Brejo. Maranhão.

Page 9: O Rio Numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 O Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado"~ = NUMERO AVULSO = cd

12 de Agosto de 19IG a253l <-> ° Rl° NU <-> BS= 7 =

Elles e Elias...(=3

A W6'0 — 0 "Rio Nu" náo lem repórter ai-gum nas zonas para dar ou náo darnotas nesta sccçáo; lodo aquelle que

. se apresentar como tal è um intrujàoe deve ser tratado como merece.

Na zona chiePor mais que fizesse madrigaes o P,

Escovado nada conseguiu da Cecy, no pas-seio nocliirno pela Beira-mar, num domingoá noite.

O gajo, porém, afiirma-nos que pelomenos a segunda collocação ha de conseguir.

«r Apezar do convite, o coronel Pianola,não quer fazer as suas refeições em casa damulata.

Diz que não a quer explorar porqueagora é que a funecionaria está começando avida.

Pianola amigo, conta o caso como foi,sinâo descobrimos tudo!

•w A Arthurina Chaveco já fez as pazescom o Candinlio Gostoso.

Mas que dois caraduras !...irar a Maria Elephante diz que em vista

das coisas andarem ruins, vai abandonar azona e exhibir-se em um circo, para vèr sedessa forma consegue cavar alguns arames.

Vai para a jatila, sim ?...«a- Depois da proposta que lhe fez o

menino Jesus do «Café Colosso», a AugustaPomadinha tomou pose, ficou tout rcmpli desoi mime e respondeu: vai cortar o cabello,limpar as unhas, tomar banho e procura-medepois para termos um teia a teta.

Esse negocio de «teta» com certeza temrelação com o Pomada!

íar Os piratas Goslozo, Cheirozo, Alber-tinho e Cruz Lingüiça, inventaram a mortedo Praça Escovado e foram para a zonacom uma subscripção cavar dinheiro para oenterro e para a grinalda.

Quando a lista já continha 22S400, oPraça appareceu na zona e os gajos deram ofora, indo gastar o arame na Mére Louise.

Nem os camaradas escapam ? Que cava-dores!

«sr O' Jacob, como é que você se sujeitaa dormir debaixo da cama da Thereza Tiçào?

Isso já é desaforo !iw A Cecy deu agora para fazer dis-

cursos ás 4 horas da madrugada no coretodo jardim da Gloria.

Foi assim que o 33 do Hospício começou!!>**¦ E' uma belleza quando chega o au-

tomovel de um salvador da zona Metu de Sá.O Cochadas puxa immediatamente do

lenço e começa a limpar os amarellos doauto.

Porque você não vai fazer esse servici-nlio na garage, hein ?

*® O Dr. Sciencia provou no domingoultimo que está cursando a academia dosbaixos estudos. Arranjou uma feijoada, nos«Excêntricos», acompanhada de gilós.

O Major que secretariou o troço arrumouna panella da feijoada uni enorme pimentãoque ha dias lhe enviaram.

Em feijoada com giló ninguém vence otal Dr. Sciencia !

^ A Angela Fallabosta na noite de sexta-feira ultima, quando abarracou com um vi-ciado, foi apanhada pelo mesmo surrupiando-lhe as pratas que trazia no bolso do collete.

O tnondrongo ficou tão safado que deu-lhe duas taponas e caiu na rua.

Livra I Cuidado com a mão ligeira dessaestrepe!

t3r-A Lina Ferreira continua a não tomarbanho e encrencar-se mais com os vendedoresa prestações.

Tome vergonha, sua zinha !

» A Ernestina Bacia ha dias anda jururiie lastimando.se,Porque você, sua mulata sarará nâo se

suicida ?<W A Thereza pelo moderno e Elisa peloantigo, da casa de rendez-vous do Isaias

(llecco da Carioca 9), anda dizendo que ar-ranjou um bom advogado afim de fazer aaceusaçao ao Bahlatio dos «Fenlanos,» nojulgamento a que em breve elle responderá.

I-' assim mesmo: depois de comer nospratas essa funecionaria costuma a cuspirnos mesmos.

<* Então seu Pedro Sogra já tomou ver-gouha e deixou de fazer plantão em frente acasa da Laurinha?

¦UT O Candinlio Cheirozo anda propa-latido que a Arthurina só se lava com aguade colônia porque tem medo d'agua fria.

Que me dizes, seu Candinlio I...LÍNGUA DE PRATA.

Licor TibainaO melhor purifica-

— dor do sangue —

GRANADO & C. - Rua 1° de Março, 14

EMFIM, SÓS!Pobre filha, suspirou D. Angela, quando

Leouor, gelada e tremula, mais branca doque o véo que lhe cobria o rosto, dirigiu-separa a câmara nupcial, como uma victimaque seguisse para o sacrifício.

O noivo, o ardente Aleixo, acompanha-va-a ancioso; queria elle mesmo tirar-lhe ovéo e as flores cândidas que lhe cobriam ocollo e a loura cabeça, quando D. Angelaadiantou-se commovida e dizendo com umavoz repassada de lagrimas que a deixasseentrar com a filha para despil-a, porque ellecomo homem não entendia daquillo, mas oardente Aleixo oppoz-se :

Perdão, minha sogra, si fosse paravestil-a, muito bem, mas para a despir,creia-me que em tal caso o homem anda commais geito e pressa do que a mulher; tran-quillise-se.

E, sem mais dizer,fechou-se com a lindanoiva.

D. Angela, porém, não se achava comanimo para deixar a porta da câmara esuspirava :

Pobre menina! Tão nova ! Tão inno-cente. Si ella ainda tivesse pratica... masnâo, coitadinha! E' a primeira vez que lheacontece achar-se a sós com um homem IIa e vinha em pontas de pés, a bondosa se-nhora, resando angustiada, quando lhe pa-receti que gemiam no quarto. Estremeceu efoi logo encostar o ouvido á porta, com ocoração aos pulos. Não gemiam, falavam eeram enternecidas falas, por vezes tremulas,intercaladas de beijos.

Has de ser sempre minha, Leonor?Sempre, Aleixo !

Momentos depois — ó momentos an-gustiosos I — a noiva débil sussurrou :

Devagar, Aleixo que assim dóe. Tunão tens geito.Ah! minha nossa senhora ! suspirouD. Angela. Si elle não tem geito não arranjanada.

Espera, Leonor...Assim não. Estás me machucando...Tem paciência, Leonor. Deves com-

prehender que é a primeira vez que me vejoem taes apertos.

E' a primeira vez... Todos dizem omesmo, suspirou D. Angela, lembraiido-sedo seu defunto marido, que tanta falia lhefazia naquelle momento.

Ainda nâo, Leonor ?Qual ITambém está tão apertado...Pudera ! disse baixinho e com orgu-

lho, D. Angela, sem tirar-se da porta.Queres saber? Eu não posso mais...Vou ver meu canivete.

Canivete ? isso não, Aleixo...D. Angela, de olhos csbugalhados, ou-

vindo falar em canivete, atirou-se á portaaos brados:A canivete nâo, seu Aleixo! A cani-

vele, não IE fez tamanho alarido que o moço

acudiu sobresallado. A misera estava apo-pletica, e quando viu o genro mal potide di-zer: — a canivete, não !

Mas, minha sogra, o cordão não cede.Já fiz tudo para desatar o nó e a senhoracomprehende que eu não posso ficar toda anoite ás voltas com o collete de minhamulher, quando tenho mais que fazer...

Corto o cordão e amanhã ou depoistrago outro para substituil-o.

Ah 1 é para cortar o cordão do col-lete?

Para que havia de ser então?Pensei que era para outra coisa. Que

susto !E a bòa senhora foi beber um copo

d'agua para acalmar os nervos excitados.CALIBAN.

Collecção amorosaComposta «ic cinco romanceies editados pelo Rio .V*',a saber: n. 1, Amores de um Frade, pica-resca historia de frei Ignacio, tini santarrno que soubegosnr o que de melhor existe neste unindo — o amor;n. 2, Noite de Noivado, em que são narradasas peripécias ile um noivado em qne n noiva é tãoescovada como o noivo; n, 3 Madame IHinet,deliciosa narrativa ila vida amorosa de uniu mulherviciada, em que ella, afinal não leva a melhor parte...n. 4, Casta Suzanna, extravagante historiade uma donzella, que só deixou de o ser depois dehaver ¦¦rovado o amor por vários modos que nãoconiproniettiani a sua virgindade ; e n. 5, Saxid-wicli !, narração minuciosa de unia recem-casadaque expõe a uma amiga as peripécias das scenas Íntimasque a sujeitou o marido. Qualquer desses volumes, que se vendem juntos ouseparados, á razão de SOO réis cuia um, constiuieuma leitura amena, muito reco m men dada aos eufrn-queridos de todas as idades, não só pela linguagem alta-mente excitante em que elles são escriptos, como tam-liem pelas lindas e sugestivas gravuras que os ornamc que são mesmo de fazer resuscitar um defunto.Os pedidos do Correio, aos quaes devem acompanharmais ,-iOO réis para o porte de cada livro, devem serdirigidos a

Alfredo Velloso > D0 mm »¦2)S_^_ Rio de Janeiro

A collecção completa será enviadaa quem a pedir enviando a V^7/\quantia de 3$SOO (em dinheiro). l~"2=-*-i

com franqueza

Uma senhora viuva aluga asala da frente a um senhor quelhe adiante 15OÍ000.

(Da Gazeta)

Eu bem quizera procural-aporem receio, enormemente,ter de oecupar alem da salaalguma coisa mais da frente.

Page 10: O Rio Numemoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1916_01712.pdfANNO XIX RIO DE JANEIRO, V> DE AGOSTO DE 1916 NUM. 1712 O Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado"~ = NUMERO AVULSO = cd

8 __-=g_ (-) O RIO NU (-) 12 de Agosto dc 1910

§____.

\ x_0j__>. -.-.-.- - ..

B—gg

iMioita d'0 RIO NUDOIS CONTRA UMA — Primorosa série

impressa a cinco cores, pliolographias do na-tural, constituindo um bello volume.

Está á venda. Preço 1*500; pelo Cor-reio, 2*000.

SCENAS DE ALCOVA — Inleressantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1*500;pelo Correio, 2*000.

«69" — Romance de scenas magníficascopiadas do natural, por mão de mestre. Lei-tura attrahente e irresistível.

Preço — 1S000; Pelo Correio 1S500.CULTO DE VENUS — Edição revista e

illustrada, sensacional romance deNumaTel-les, linda capa a três cores, 1*000; pelo Cor-reio 1*500.

UMA AVENTURA — Lindíssima collec-ção de vistas em que se conta a aventura doZé Nabo com uma «senhora» de nome sug-gestivo, 1*000; pelo Correio 1*500.

AMORES DE UM FRADE - (3« edição,n. 1 da «Coílecção Amorosa») — Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO — (n. 2 da «Col-lecção Amorosa«) — Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathtisalém, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET —(n. 3 da «CoílecçãoAmorosa») —Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperiiivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis-

CASTA SUZANNA — (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

SANDWICH — (n. 5 da Coílecção Amo-rosa) — Peripécias interessantes dos primei-ros gosos de uma mulher recem-casada,narradas por ella a uma amiga. Preço 500réis; pelo Correio, 800 réis.

ÁLBUNS DE VISTAS - Coílecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-chi de 1» qualidade e acompanhadas de bei-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados os ns. 2, 4 e 5.Preço de cada um, 1* ; pelo Correio 1*500.

CONTOS RÁPIDOS — Estão pu-blicados os seguintes: N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracia — N. 4, Faz tudo...

N. 5, A Viuva Alegre—N. 6, OMenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amor

N. 9, Dolores—N. 10, FamiliaModerna — N. 11, Na Zona N. 12,O brinquedo — N. 13, O cachorro

N. 14, Roçando N. 15, O Con-solador — N. 10, A Telephonista—N. 17, A Costureira—N. 18, O Mar-chante e N. 19, Por traz...

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um 300 rs., pelo Correio : 500 rs.RIMAS PICANTES — Sonetos de feição

bocageana,escriptos por um poeta iniciado emtodos os segredos do amor.Descripções feitasao vivo e em linguagem que todos entendem.

Preço — 300 rs.; pelo Correio 500 rs.Todos os livros acima citados sao

illustrados com gravuras tiradas donatural.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Três respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

Os pedidos dirigidos ao nosso escriptorio devem vir acompanhadosda respectiva importância, em vales postaes, ordens commerciaes

ou dinheiro e endereçados a

__Vlf_re>clo VellosoRua do Hospício 218 - Rio de Janeiro