o papel dos technology brokers na facilitaÇÃo da … · 2016-08-11 · daniel karrer da cruz ......
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O PAPEL DOS TECHNOLOGY
BROKERS NA FACILITAÇÃO DA
INOVAÇÃO ABERTA: UMA ANÁLISE
DE TIPOS, CARACTERÍSTICAS E
FUNCIONALIDADES MODELO
Paulo Arthur Mauro (ELO Group)
Fernanda Nerva Burmann (ELO Group)
Armando Augusto Clemente (UFRJ)
Rafael Gomes Clemente (ELO Group)
Daniel Karrer da Cruz (ELO Group)
Atualmente, muitas organizações vivem o desafio da mudança de um
modelo fechado para um modelo aberto de inovação. Diante deste
contexto, este artigo apresenta um modelo de negócio que permite às
empresas acelerarem seus processos de busca externa de tecnologia e
conhecimento. Isto ocorre por meio do uso de agentes intermediários
que conectam demandas de tecnologia à suas ofertas, os chamados
technology brokers.Primeiramente, será apresentado um ensaio
sobre a definição de technology broker baseado na literatura e no que
é encontrado no mercado. Em seguida, a partir do levantamento dos
serviços oferecidos pelos brokers, e da análise dos seus respectivos
processos, será definida uma classificação para cada tipo de prática de
acordo com critérios estabelecidos durante este trabalho. Por último,
serão apresentadas funcionalidades modelo para cada tipo de serviço
de brokering determinado anteriormente.
Palavras-chaves: Technology broker, inovação aberta, intermediários
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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1. Introdução
Cada vez mais a inovação vem sendo vem sendo reconhecida como essencial para a
sobrevivência, e como a razão de sucesso de empresas. Isto se explica, pois, como colocado
por Schilling (2008), a introdução de novos produtos em uma determinada indústria gera um
círculo virtuoso de avanços no tipo de tecnologia tratado. Por exemplo, conforme empresas
como a Toyota, Nokia e Sony adotam novas tecnologias e aumentam suas velocidades de
inovação, elas levantam a barra para seus competidores, desencadeando reduções nos ciclos
de desenvolvimento e a introdução mais rápida de novos produtos. (SCHILLING, 2008)
Desta maneira, empresas que não acompanham a velocidade de inovação de seus mercados
não conseguem passar pelas barras cada vez mais altas – podendo ser retiradas destes.
Contudo, vale ressaltar que o surgimento de novos produtos ou serviços não acontece de
forma espontânea, ele é fruto do trabalho estruturado de entidades com processos de Pesquisa
e Desenvolvimento (P&D) e da comercialização de novos produtos. Assim, além da inovação
ser vital para sustentar e prosperar os negócios das companhias, sendo crítica para criar novos
negócios, ela é também um processo difícil de ser gerido.
Todavia, enquanto a inovação é crítica, o processo usual de gerir a inovação parece não
funcionar mais em determinadas indústrias. Enquanto ideias e capitais externos são
abundantes, algumas empresas se sufocam para encontrar e financiar oportunidades internas
de crescimento. (CHESBROUGH, 2003a) A problemática se desenvolve, então, em torno dos
limites da função de Pesquisa e Desenvolvimento trabalhada de maneira exclusivamente
interna nas empresas – o que foi denominado por Chesbrough (2003a) de Inovação Fechada.
Desta forma, considerando-se o risco dos limites da inovação fechada em conjunto com a
analogia das barras colocada por SCHILLING (2008), pode-se concluir que empresas que
atingem um limite de desenvolvimento interno sofrem o risco de não conseguirem atingir o
mesmo patamar de inovação de empresas que de alguma forma romperam estes limites –
sendo, assim, retiradas do mercado.
Figura 1- Fontes de inovação de um sistema
Fonte: Adaptado de SCHILLING (2008)
Assim, uma das maneiras de expandir os limites anteriormente colocados é conectar a função
de P&D interna com o resto do mundo (Figura 1) – formando uma verdadeira rede de
conhecimentos possivelmente aplicados para novos produtos e serviços. A inovação, em sua
forma aberta, deixa de ser, então, uma função apenas interna a empresa e se transforma em
um processo que pode ser realizado por uma rede complexa que engloba firmas,
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universidades, governo, sociedades não lucrativas e indivíduos. Cada parte pode colaborar
com uma peça para fazer com que a novidade seja lançada e o retorno, monetário ou não,
também é dado a cada uma das partes colaboradoras.
O sistema – quando observado como na figura, de maneira estática – pode parecer de
funcionamento simples, apesar dos diversos atores. Entretanto, duas outras problemáticas
advêm quando se possui a colaboração: as estratégias de colaboração, e o locus através do
qual o encontro dos atores pode acontecer. É importante ressaltar a inseparabilidade de ambos
os temas, dado que as estratégias são realizadas em um local virtual. Todavia, o foco deste
artigo será o tratamento da segunda problemática, o locus, que compreende a dificuldade
vivenciada pelas companhias em procurar externamente a(s) tecnologia(s) para o seu negócio,
ou seja, a inexistência de um ponto convergente para negociação de ofertas e demandas pode
dificultar a inovação aberta.
Olhando de maneira mais genérica, para facilitar o encontro de ofertas e demandas quaisquer
– pode existir o papel do broker. O broker é definido como a pessoa contratada para agir
como um agente ou intermediário na realização de contratos ou vendas (EISENMANN &
BROWN, 2001), podendo ser imóveis ou ações de empresas, por exemplo. De maneira mais
específica, para a transação de tecnologias existem os Technology Brokers. Os mesmos têm
como objetivo atender ao principal desafio na adoção do modelo de inovação aberta, a busca
pelas pessoas certas a fim de fomentar, apoiar e coordenar o trabalho colaborativo entre elas.
Os Technology Brokers são, então, agentes que aproximam as entidades colocadas na figura
anterior, buscando conectar demandas a ofertas. Eles atuam na rede, anteriormente colocada
facilitando os relacionamentos e principalmente guiando o foco tanto daqueles que buscam
quanto dos que ofertam. A figura a seguir representa o mesmo paradigma colocado por
Schilling (2008) com a presença de um agente broker.
Figura 2 – Fontes de inovação de um sistema com hub
Fonte: Adaptado de SCHILLING (2008)
A entrada do Technology Broker reduz a necessidade de contatos das empresas, mais
especificamente de suas áreas de P&D, com diversos atores diferentes – uma vez que existe
um nó central na rede. Este nó, por sua vez, gera mais valor quanto maior a quantidade de
conexões que conseguir realizar, e, com a evolução dos meios de comunicação cada vez mais
eficazes, maior a capacidade destes agentes de gerarem valor.
Eisenmann & Brown (2001) explicitam o poder da internet em aumentar a capacidade de
conexões dos brokers colocando que online brokers executam as mesmas funções dos
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anteriores, mas exploram a habilidade da internet de facilitar buscas e comunicações. Um
exemplo simples do poder da Internet na busca de tecnologia são os bancos de patente, que
podem ser vistos por todos.
Apesar do nó central que possibilita, por meio de redes, o acesso a informações espalhadas
sem a necessidade de diversos contatos, Chesbrough (2006) coloca que, mesmo com o auxílio
de intermediários, ainda existem diversos problemas para que a transferência de tecnologia de
fato ocorra e – tal como a necessidade de saber exatamente o que uma tecnologia faz antes de
se estar disposto a pagar por ela. No entanto, uma tecnologia, quando já totalmente aberta,
pode perder seu valor de negociação – pois não existe mais segredo industrial a ser vendido.
Este artigo pretende, então, com o foco no estudo de empresas consideradas technology
brokers no mercado atual, classificar os tipos de brokers existentes, expor suas características,
e chegar a uma crítica sobre as funcionalidades mais adequadas para cada tipo – propondo um
grupo ideal de funcionalidades que aumentariam o valor agregado dos serviços.
2. O Modelo de Negócio dos Technology Brokers
Caso existisse a necessidade de resumir em uma única frase – o modelo de negócios dos
technology brokers consiste em unir uma demanda de tecnologia à sua oferta. Contudo
Christensen, Grossman & Hwang (2009) coloca mais detalhadamente que existem três
modelos de negócio genéricos: lojas de solução, negócios que agregam valor em processos, e
redes facilitadoras.
2.1 Lojas de solução
Estas “lojas” são negócios que são estruturados para diagnosticar e resolver problemas não
estruturados. Empresas de consultoria, agências de propaganda, organizações de pesquisa e
desenvolvimento, e certas empresas que trabalham com leis caem nesta categoria. Lojas de
solução entregam valor primeiramente por meio das pessoas que empregam – experts que
criam de acordo com suas habilidades intuitivas, analíticas e de resolução de problemas para
diagnosticas a causa de problemas complicados. Após o diagnóstico, estes experts
recomendam soluções (...) clientes estão geralmente dispostos a pagar altos preços pelos
serviços dos profissionais das lojas de solução .(CHRISTENSEN, GROSSMAN, & HWANG,
2009)
2.2 Negócios que agregam valor em processos (VAP)
Organizações com modelos de negócio que agregam valor em processos pegam objetos
incompletos ou quebrados e transformam em resultados mais completos de maior valor.
Revendas, restaurantes, fabricantes de automóveis, refinarias de petróleo, e o trabalho de
diversas instituições de ensino são exemplos destes tipos de negócios. Algumas organizações
VAP são altamente eficientes e consistentes, enquanto outras são menos. (...) Procedimentos
do tipo VAP são possíveis apenas após a realização de um diagnóstico definitivo –
frequentemente em uma loja de solução. Quando procedimentos de VAP, tal como estes, são
organizacionalmente separados dos solution shops, custos de overhead caem
dramaticamente.” (CHRISTENSEN, GROSSMAN, & HWANG, 2009)
2.3 Redes Facilitadoras
Existem empresas nas quais pessoas trocam coisas umas com as outras. (...) Neste tipo de
negócio as empresas que obtêm lucro tendem a ser aquelas que facilitam a operação efetiva
das redes. Elas tipicamente ganham dinheiro por meio dos membros ou de taxas de uso.
Waterfront Media e WebMD estão construindo redes facilitadoras para pacientes com
doenças crônicas. Coletando um vasto conjunto de dados de pacientes, eles estão construindo
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a capacidade para pacientes acharem alguém com problemas semelhantes. (CHRISTENSEN,
GROSSMAN, & HWANG, 2009)
Christensen, Grossman & Hwang (2009) também ressaltam que pode existir, durante o
processo de geração de valor, a passagem de um modelo de negócio para o outro, e colocam
que a commoditização do conhecimento possibilita a migração da solução de problemas de
um pequeno grupo de experts para uma população maior de provedores menos custosos que
devem apenas seguir regras. Exemplos disto são a gravação de músicas de qualidade, que
anteriormente só poderiam ser criadas em estúdio e hoje são feitas domesticamente por
músicos amadores, e a criação de desenhos técnicos em três dimensões, que não requerem
mais laboratórios especializados e supercomputadores para criá-los.
Em análise de modelos de negócio, é cabível que as áreas internas de P&D atuem como lojas
de solução, como exemplificado na passagem acima. Entretanto, uma vez que o diagnóstico a
respeito de qual tecnologia precisa-se possuir é realizado, o processo de desenvolvimento
pode ficar mais barato caso haja a migração para outro modelo de negócio, como o de redes
facilitadoras – no caso, os technology brokers, que podem substituir a criação de tecnologias
internamente pela busca destas tecnologias prontas.
Não se pode desconsiderar, contudo, que o modelo de negócio dos technology brokers é
fortemente sujeito à externalidades de rede. Schilling (2008) define que em indústrias
caracterizadas por externalidades de rede o valor dos produtos para os clientes é uma função
não somente dos benefícios e custos embutidos no produto, mas também do valor criado pelo
tamanho da base instalada de usuários e disponibilidade de produtos complementares. A
autora complementa, ainda, que para um produto competir com base em suas utilidades
embutidas, estas devem ser maiores do que os valores combinados das utilidades embutidas
em outros produtos somados do valor de suas bases de cliente e produtos complementares.
Neste âmbito, a Internet impulsiona a formação de redes, possibilitando o alcance a milhões
de usuários potenciais, incluindo usuários de nicho, e facilitando a busca por tecnologias. O
valor destas conexões é compreendido e apropriado por aqueles que realizam operações de
brokering online.
Basicamente, o processo de construção deste estudo se baseou em duas frentes macro com
relação de dependência: Framework e Estudos de Campo. O primeiro se destinou a uma busca
na literatura por artigos científicos que tenham como foco a relação entre empresas e
terceiros. Tal busca teve por objetivo a elaboração de um framework que consolidasse em um
único quadro os mecanismos de interação de conhecimento encontrados e selecionados.
Essa etapa inicial teve como produto um frame que foi utilizado no restante do estudo. Dessa
forma, sua concepção passou não somente pela consolidação das informações pesquisadas na
literatura, mas também por uma avaliação de profissionais que exerçam atividades
relacionadas e tenham, portanto, conhecimento aprofundado sobre o assunto.
Essa avaliação serviu para um aperfeiçoamento e construção de um frame final (ou revisado),
para que este fosse usado nos Estudos de Campo. Já nesta seção, fez-se a aplicação de um
questionário e do próprio frame nas empresas selecionadas, propiciando um entendimento de
sua realidade e seu posicionamento quanto à realização dos mecanismos de interação de
conhecimento mapeados.
3. Metodologia de Análise
A metodologia foi aplicada em 11 empresas consideradas technology brokers e, dentre elas,
destacam-se a AMIRA Internacional, associação independente de companhias mineradoras
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que busca e facilita projetos de pesquisa colaborativos, a P&G que, através de seu portal
Connect+Develop busca por tecnologias externas e comercializa suas patentes e a
Innocentive, portal que ajuda as empresas a encontrar soluções para seus problemas e permite
que desenvolvedores de soluções encontrem demanda para o seu conhecimento.
A metodologia usada para classificar os tipos de online technology brokers e propor melhorias
em suas funcionalidades foi pensada em quatro passos, detalhados nos itens a seguir.
3.1 Identificação dos technology brokers
A identificação dos technology brokers que farão parte do escopo desse estudo, envolve a
classificação na reta ilustrada na Figura 3. Todos os agentes externos que transacionam e, ao
mesmo tempo, participam da construção da tecnologia estão fora do escopo da análise por não
se adequarem a definição de broker.
Por fim, é importante relembrar que nem todos aqueles intermediários que não participam da
construção da tecnologia são considerados technology brokers, Para adequação nesta
classificação é necessário existir a transferência de uma tecnologia, ideia, ou algo semelhante
– e não somente valor.
Figura 3 - Critérios de determinação dos technology brokers
Fonte: Os autores
Esta etapa do estudo determinou de forma sistemática o escopo de estudo dos próximos
passos. Os seguintes tipos de serviços de brokering oferecidos pelas empresas foram
selecionados a partir da análise realizada.
Empresa Brokering realizado
AMIRA Pesquisa iniciada pelas empresas
membro
Pesquisa iniciada pelas instituições de
pesquisa
Pesquisa iniciada pela AMIRA
Battle of Concepts Batlle of Concepts
P&G P&G Needs
P&G Assets
Goldcorp Desafio Red Lake Mine
Innocentive Challengs – RTP
Challenges – eRFP
Challenges – Ideation
Challenges – Theoretical
Innocentive@Work
Innovation Exchange Innovation Challenges
Netflix Desafio Netflix Prize Cinematch
Ninesigma Request for proposals
Serviços Intermediários
P&G + NESTA Desafio P&G + NESTA
Yet2.com Technology Licensing
Technology Acquisition
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YourEncore High-Touch Projects
Comunidades de Inovação
Tabela 1 - Empresa X Tipos de brokering realizados
Fonte: Os autores
3.2 Estudo individual de cada technology broker
A partir do levantamento dos diversos technology brokers presentes no mercado e do estudo
de seus serviços, foi possível identificar que o processo de brokering pode conter desde a
identificação e a articulação do problema que determina a demanda tecnológica, até o controle
da implantação da solução pelo próprio technology broker. O macroprocesso em questão está
retratado na
Figura 4.
Figura 4 - Macroprocesso de brokering
Fonte: Os autores
Após a identificação do problema, o próprio broker pode aconselhar qual o tipo de canal mais
adequado para aquela determinada demanda tecnológica. Após a seleção do canal, pode ser
necessário que o broker estabeleça quebras deste problema em outros de menor complexidade
de forma a tornar o mesmo mais claro e garantir a confidencialidade do seeker. Após essa
etapa, quem está buscando a solução precisa divulgar esta necessidade e, para isso, o
technology broker oferece suporte como questionários bem detalhados para o problema em
questão, ou visitas ao seeker de forma a entender melhor sua demanda e poder encaminhar
para sua rede de provedores / pesquisadores, etc.
Após a divulgação do problema, o technology broker torna-se uma fonte de possíveis
soluções que podem vir da sua rede de provedores / pesquisadores ou de solvers, no caso dos
portais. Através da proximidade com aqueles que buscam a solução, o broker aproxima e
facilita a decisão da que melhor se aplica para um determinado caso. Além disso, o processo
de negociação da transferência de conhecimento e propriedade intelectual entre o seeker e o
solver após a seleção da solução também é responsabilidade do broker. Este é considerado um
dos maiores desafios do macroprocesso da Erro! Fonte de referência não encontrada.. Por
último, o technology broker pode analisar feedbacks de ambas as partes da negociação,
auxiliando na implantação da solução.
Neste passo, cada serviço oferecido pelos diversos brokers levantados no passo 1 será
detalhado dentro do macroprocesso apresentado anteriormente, como desenhado na matriz da
Figura 5.
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Figura 5 - Serviço X Processo de brokering
Fonte: Os autores
3.3 Identificação e classificação dos padrões de technology brokering encontrados
A partir da listagem dos serviços de technology brokering e de sua descrição dentro do
macroprocesso da Figura 5 é possível identificar semelhanças de atividades nos serviços
existentes. O conjunto dessas atividades semelhantes consistiu o que foi chamado de práticas
padrões de technology brokering. Tais práticas de technology brokering são métodos pelos
quais os agentes intermediários podem unir as demandas às ofertas. Estes métodos envolvem
ações diferentes para a transação de tecnologias em estágios de desenvolvimento diversos e
com resultados obtidos distintos.
A partir dos padrões encontrados no passo anterior, foram feitas classificações para cada
prática de technology brokering – tendo em vista que um mesmo ator pode realizar diversas
práticas. A seguir estão listadas as quatro práticas de brokering listadas.
Prática a: Desafios
Modalidade de brokering cujo objetivo principal é a busca por soluções internas ou externas à
fronteira da empresa através do oferecimento, e pagamento obrigatório, de um prêmio para a
melhor solução escolhida. Geralmente, estes desafios são colocados em portais online por sua
capacidade de atingir uma grande quantidade de pesquisadores, cientistas e especialistas que
podem estar espalhados em diversos países do mundo.
Vale ressaltar que muitas vezes as empresas podem criar seu próprio portal de challenging,
principalmente para a criação de grandes desafios com prêmios em altíssimo valor. Elas
podem, também, divulgar seus desafios através de portais especializados em serviços de
technology broker, que vão suportar todos os trâmites para a divulgação do challenge, coleta
de possíveis soluções e pagamento do prêmio. Os Autores entendem que a maior diferença
existente entre utilizar um portal próprio ou terceiro (também ocupado por diversos outros
desafios) é a repercussão que se pode alcançar. Um portal próprio lançado com um alto
prêmio pode atrair maior atenção das massas e da imprensa.
Prática b: Corretagem de Propriedade Intelectual (PI)
Trata-se da modalidade de que tem como objetivo a compra e venda direta de Propriedade
Intelectual, considerados 75% do valor de mercados de muitas organizações. Uma
característica específica deste tipo de prática, é que não acontece a etapa de criação da solução
por parte de quem resolve. O objetivo transacionado é já existente, cabendo assim somente
uma análise de adequação da PI possuída ou ofertada com as necessidades de quem busca.
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A realização do IP brokering, dessa forma, se materializa na venda ou licenciamento da
própria tecnologia, patentes e modelos de utilidade de uma das partes. O apoio do broker
ocorre para a divulgação e negociação das mesmas de forma a evitar o vazamento de
informações - e ajudando a aquisição defensiva ou estratégica de uma tecnologia externa. Em
geral, neste caso, o technology broker pode auxiliar o seu cliente na definição da necessidade
tecnológica, na identificação de possíveis soluções e na preparação de documentos para a
negociação de forma a garantir a confidencialidade das informações.
Prática c: Corretagem de Projetos
A prática de corretagem de projetos é caracterizada pela conexão realizada não diretamente
com a tecnologia pronta para ser aplicada (ou em estágio avançado de desenvolvimento) mas
com outro ator que desenvolverá a tecnologia sob demanda. Esta categoria tangencia o que
pode ser chamado de knowledge brokering, contudo, tratamos aqui não apenas da entrega do
conhecimento, mas da contratação de um projeto, pesquisa ou serviço.
Os projetos ou serviços realizados geralmente possuem um entregável bem definido, e são
caracterizados pela interação constante entre provedor e comprador. Não há nesta prática,
como nos desafios ou request for proposals, um caráter de entrega única – no qual a oferta é
realizada e o comprador aceita ou recusa a compra ou apenas seleciona o melhor.
Por fim, é cabível ressaltar que a contratação destes projetos pode ser útil para diferentes
etapas do funil de desenvolvimento – podendo suprir necessidades de pesquisa de base, ou
levar a soluções de problema em estágio final. Não se pode, todavia, confundir este tipo de
serviço com um serviço de consultoria – dado que o foco colocado não é em quem soluciona
o problema, mas no agente que conecta a necessidade a quem soluciona.
Prática d: Chamada de Propostas
A prática de request for proposal ou Chamada de Propostas envolve, assim como nos
desafios, a exibição de um problema a ser solucionado e a coleta de soluções. Contudo,
existem duas grandes diferenças entre ambas as práticas: a não obrigatoriedade do pagamento
do prêmio e a possibilidade de contato mais extensivo, e não apenas pontual na entrega do
desafio.
Em termos práticos, a empresa que busca a solução divulga em um portal (próprio ou
terceirizado) suas necessidades de solução geralmente acompanhadas por uma breve
descrição do problema ou o que deseja dos solucionadores. Diversas pessoas podem, então,
enviar suas soluções e aguardar a avaliação do solicitante – que pode, ou não, optar por
comprar uma das soluções. Assim como em diversos tipos de transação de tecnologia, um
grande risco aqui encontrado é a segurança da Propriedade Intelectual – caso exista – da
solução oferecida.
De maneira resumida, a Tabela 2 representa as práticas colocadas e suas características:
Desafios Corretagem de PI Corretagem de
Projetos
Chamada de
Propostas
Objeto transacionado Soluções em
diversas áreas do
conhecimento
Propriedade
Intelectual
Projetos e
Pesquisas
Soluções em
diversas áreas do
conhecimento
Grau de interação entre
quem busca e quem oferta
Baixo - apenas nas
diretrizes e entrega
da solução
Médio - possíveis
discussões sobre a
PI a ser
transacionada
Alto - interações
durante o projeto
Médio - possíveis
discussões sobre as
propostas enviadas
Pagamento Obrigatório para a Caso haja escolha Financiamento do Caso haja escolha
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melhor solução de uma PI projeto de uma solução
Período de operação Período limitado
para envio de
propostas
Enquanto houver a
necessidade
Período
determinado do
projeto
Enquanto houver a
necessidade
Propriedade do Broker Próprio ou de
terceiros
Próprio ou de
terceiros
Terceirizado Próprio ou de
terceiros
Solucionadores Qualquer
indivíduo ou grupo
Qualquer
indivíduo ou grupo
que tenha PI
Rede de contatos
do broker ou
solucionadores
ativamente
buscados
Qualquer indivíduo
ou grupo
Solução Existente
anteriormente ou
criada para o
Challenge
PI existente antes
da procura
Contratada como
serviço
Existente
anteriormente,
criada para a
proposta ou
contratada como
serviço
Tabela 2 - Práticas de technology brokering X características
3.4 Proposição de funcionalidades para cada padrão
Enfim, com base no que foi encontrado nas pesquisas, foram propostas funcionalidades
modelo para cada prática de technology brokering. Trata-se de uma primeira visão estruturada
das funcionalidades deste agente intermediário. A tabela que compila essas funcionalidades
encontra-se no Anexo 1.
4. Conclusão
A velocidade de lançamento de produtos cada vez mais alta em diversas indústrias obriga as
empresas a seguirem este ritmo. Aqueles incapazes de acompanhar as novas tecnologias, ou
apenas de seguirem tendências rapidamente mutáveis, podem perder grandes fatias de
mercado ou até mesmo serem retirados do mesmo. Por causa disto, é necessário o
investimento em inovação como um exercício que funcione de maneira estruturada e puxada
pelas necessidades de mercado, e não apenas empurrado pelos momentos “Eureka!” de
grandes gênios.
Esta necessidade é reconhecida pelas empresas, como pode ser comprovado por seus
crescentes investimentos em inovação – como exibido em pesquisas realizadas por grandes
consultorias como a Booz&Company e McKinsey. Contudo, para algumas indústrias, a
dinâmica de inovação é veloz o suficiente para tornar lentos os motores internos das
companhias – suas áreas de P&D internas.
Por isto, CHESBROUGH (2003a) coloca que quando o modelo de inovação fechada passa a
ser incapaz de acompanhar as mudanças tecnológicas, é necessário que as empresas realizem
a pesquisa e desenvolvimento com colaboração externa. Esta abertura pode ser feita de
diversas maneiras, e uma dela é por meio de intermediários, objeto de estudo do artigo
apresentado, os technology brokers.
Estes agentes criam a ponte entre as necessidades tecnológicas das empresas e possíveis
provedores destas tecnologias. Seu papel principal é criar redes que facilitem e reduzam o
trabalho das companhias quando precisam procurar externamente soluções para seus
problemas e empasses de P&D. Os technology brokers, contudo, podem realizar esta ponte de
diversas maneiras, sendo quatro principais identificadas neste trabalho: desafios, corretagem
de propriedade intelectual, corretagem de projetos e chamada de propostas.
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Cada uma destas maneiras, referidas neste trabalho como práticas de technology brokering,
possuem suas características específicas e funcionalidades que podem agregar maior valor ao
serviço prestado. Os Desafios, por exemplo, obrigam o pagamento de um prêmio e devem ser
feitos em portais próprios para melhor divulgação quando envolverem recompensas de grande
valor. A Corretagem de Propriedade Intelectual envolve a transação de patentes e outras PI, e
funciona de maneira mais eficaz se a oferta preceder a demanda. A Corretagem de Projetos
envolve a conexão entre uma necessidade e uma parte que ainda desenvolverá a solução,
gerando maior valor quando o intermediário já possuir uma rede de possíveis solucionadores
especializados no assunto. Por fim, a Chamada de Propostas envolve a exibição de um
problema e o recebimento de propostas de solução, e seu resultado pode ser mais efetivo caso
haja um direcionamento, do broker, para os solucionadores mais ativos em determinadas
áreas do conhecimento.
Logicamente, cada prática de technology brokering e o uso de determinadas funcionalidades
são condicionadas pelo ambiente no qual se executará a transação, assim como pelo objetivo
da mesma. Este trabalho não pretendeu definir de maneira rígida todos os padrões que devem
ser adotados, mas apenas direcionar e propor boas práticas que podem ser adequadas aos
diferentes tipos de corretagem de tecnologia.
Referências
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http://www.amira.com.au/
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CHESBROUGH, H. W. The benefits of "not invented here". S. SILVERSTONE, Entrevistador. Harvard
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P&G Connect+Develop. (s.d.). Connect+Develop. Acesso em Janeiro de 2011, disponível em
Connect+Develop: http://www.pgconnectdevelop.com/
SCHILLING, M. A. Strategic Management of Technological Innovation. 2. ed. Nova Iorque: McGraw Hill,
2008.
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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TAPSCOTT, D., & WILLIAMS, A. D. Wikinomics: how mass collaboration changes everything. 1 ed. Nova
Iorque: Portfolio, 2006
Yet2.com. (s.d.). Yet2.com. Acesso em Janeiro de 2011, disponível em Yet2.com: http://www.yet2.com/
YourEncore. (2011). YourEncore. Acesso em Janeiro de 2011, disponível em YourEncore:
http://www.yourencore.com/
ANEXO
Challenges - Desafios
Intermediários / Serviços
Oferecidos
Funcionalidades Modelo
Battle of Concepts O broker deve auxiliar as empresas na construção das propostas
dos desafios
O direito de uso das propostas enviadas para o desafio deve ser da
empresa que o propõe
O grupo que soluciona os desafios pode ser restrito ou
direcionado dependendo do interesse da empresa. Os valores dos
prêmios devem ser condizentes com o grupo de interesse.
Desafios grandes com prêmios de valor muito elevado devem ser
realizados em portais únicos
Quando houver possibilidade e necessidade, evidências físicas da
solução proposta podem ser requisitadas
Desafios nas quais a solução pode ter sua performance avaliada
podem ser encerrados pelo alcance de uma performance mínima,
e não por prazo temporal
Battle of Concepts
Goldcorp
Desafio Red Lake
Mine
InnoCentive
Challenges – RTP
Challenges Ideation
Challenges –
Theoretical
Innocentive@Work
Netflix
Desafio Netflix Prize
Cinematch
Fonte: Os autores
Tabela 3 - Modelo de funcionalidades para Challenges – Desafios
IP Brokering – Corretagem de Propriedade Intelectual
Intermediários / Serviços
Oferecidos
Funcionalidades Modelo
Connect + Develop Ao contrário de outras práticas, a corretagem de PI pode ser
facilitada caso haja oferta antes da demanda específica – dado
que a busca por uma patente é mais difícil do que a busca por
uma solução genérica.
A exibição de detalhes da patente é necessária para gerar
interesse do comprador, com a cautela da segurança do que é
possuído.
O broker deve auxiliar os clientes na elaboração dos descritivos
de suas patentes para torna-las mais atrativas.
A venda ou licenciamento de pacotes de PIs complementares
pode tornar a compra mais atrativa.
O envio, por parte do broker, de tecnologias selecionadas para
grupos de interesse pode gerar maior uma maior quantidade de
transações.
O broker pode auxiliar as partes em definições de estratégias de
patentes, como patent pooling e defesas de patent trolling.
O broker deve apoiar ambas as partes na transferência da PI
P&G Assets
Yet2.com
Technology
Licensing
Connect + Develop
Fonte: Os autores
Tabela 4 - Modelo de funcionalidades para IP Brokering – Corretagem de Propriedade Intelectual
Project Brokering – Corretagem de Projetos
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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Intermediários / Serviços
Oferecidos
Funcionalidades Modelo
AMIRA Quanto maior a rede com a qual o broker já possui relações e
acordos, maior o valor deste tipo de corretagem.
O broker busca ativamente solucionadores para o problema
colocado, chegando com propostas para o cliente.
Pesquisas ou projetos muito custosos podem ser compartilhados
por diversos compradores diferentes – é papel do broker
viabilizar este tipo de colaboração quando pertinente.
Os projetos e pesquisas podem ser sugeridos tanto pelos
compradores, quanto pelos fornecedores, quanto pelo broker que
pode conhecer bem os negócios e necessidades de seus clientes.
O broker deve auxiliar na definição do escopo do projeto, assim
como de seu cronograma e entregáveis
O controle e acompanhamento do projeto devem ser realizados
pelo intermediário, que reporta o status atual ao cliente.
Pesquisa iniciada
pelas empresas
membro
Pesquisa iniciada
pelas instituições de
pesquisa
Pesquisa iniciada
pela AMIRA
YourEncore
High-Touch Projects
Fonte: Os autores
Tabela 5 – Modelo de funcionalidades para Project Brokering – Corretagem de Projetos
Request for Proposal – Chamada de Propostas
Intermediários / Serviços
Oferecidos
Funcionalidades Modelo
Connect + Develop O broker deve auxiliar as empresas na descrição de suas
necessidades tecnológicas e de solução.
Solvers muito ativos podem se tornar parceiros dos brokers e até
mesmo das empresas clientes, caminhando para outras práticas
como corretagem de projetos.
Os Request for Proposal podem envolver tanto a transação de
uma tecnologia pronta quanto de um serviço a ser prestado. No
caso de serviços, a diferença para os corretores de projetos se dá
pelo fato de que não há busca ativa de solucionadores por parte
do broker. A necessidade de solução é enviada e propostas são
recebidas e selecionadas pela empresa cliente.
O corretor pode apoiar seu cliente na escolha das melhores
soluções propostas
Os Request for Proposals podem ser direcionados não somente a
soluções com necessidade de tecnologia, mas também a
necessidades de mercado. Por exemplo, produtos que tenham
potencial de valor maior do que
US$ 10 milhões.
O broker pode atuar como um filtro intermediário, eliminando
propostas que não atendam aos requerimentos do seu cliente e
reduzindo assim a necessidade de análise posterior
O intermediário pode auxiliar garantindo a propriedade
intelectual das ideias enviadas, aumentando a segurança e
estimulando assim o envio de mais ideias
O broker pode direcionar chamadas específicas para seus solvers
cadastrados mais ativos de acordo como suas especialidades e
áreas de conhecimento
P&G Needs
InnoCentive
Challenges – eRFP
Innovation Exchange
Innovation
Challenges
Nine Sigma
Request for proposals
Serviços
Intermediários
P&G + NESTA
Desafio P&G +
NESTA
Yet2.com
Technology
Acquisition
YourEncore
Comunidades de
Inovação
Fonte: Os autores
Tabela 6 – Modelo de funcionalidades para Request for Proposal – Chamada de Propostas