o mundo em que vivi
TRANSCRIPT
![Page 1: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/1.jpg)
Análise de O Mundo em que vivi
de Ilse Losa
Madalena Fernandes
AEQB – 2014/15
![Page 2: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/2.jpg)
Título da obra: O Mundo em que Vivi
Nome do autor: Ilse Losa
Editora: Afrontamento
Número de páginas: 196
Autor das ilustrações: Gretchen
Wohlwill
Autor do desenho do rosto: Ângela
Melo
A capa do livro é predominantemente
verde, onde está uma menina de
aproximadamente 12 anos com a
fotografia do sítio onde viveu na sua
primeira infância.
![Page 3: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/3.jpg)
“Tio Franz mandou dizer, por carta, que casara e que a mulher se chamava Marie. “Kleina
Oma” queixou-se de que, bem vistas as coisas, não ficou a saber nada, nem sequer se
Marie era judia. A minha mãe pediu informações mais pormenorizadas e o tio Franz
respondeu que não, que Marie não era judia. Que era uma jóia!
- Resposta bem dada!, comentou o pai, e deu uma gargalhada. (...)
A partir do momento em que Marie me pediu que não lhe chamasse tia, mas pelo nome,
afeiçoei-me a ela. Marie morreu. No fim da guerra o seu nome figurou, burocraticamente,
entre os dois mortos em Buchenwald. Como poderei eu esquecê-la?
Como se soubesse das dúvidas que me afligiam, procurava ocasiões para estar a sós
comigo. Viu entrar o sr. Heim e perguntou quem era. Falei-lhe então das lições de Bíblia e
de hebraico que com ele tomávamos e, em seguida, falei do liceu onde frequentemente me
sentia humilhada por ser judia. Não mostrava ter pressa nem impaciência, dava a ideia de
estar à espera das minhas palavras, de ter sede das minhas palavras. De vez em quando
pousava a mão sobre a minha cabeça como se quisesse dizer: “Fala, desabafa. Estou
aberta para te receber, inteirinha, tal como és”. E tudo o que em mim se debatia há tanto
tempo, saía: porque é que eu era diferente da maioria?» Porque é que, desejando ser igual,
quando ouvira o médico Schonberg dizer que baptizara os filhos, não me apetecera fazer o
mesmo? (...) E Marie ouvia, silenciosa.
Mas um dia também me falou de si:
- Eu era pobre, Rose. Passava muitas vezes fome. A fome magoa e eu sofria, chorava.
Torturava-me a ideia de ser diferente das colegas de escola. Perguntava-me: porque é que
não tenho uma casa bonita?”
Ilse Losa, O Mundo em que vivi
Edições Afrontamento. (texto com supressões)
![Page 4: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/4.jpg)
Sinopse da obra
O Mundo em que vivi é um livro de 1943 que fala
de uma jovem judia- Rose - que passou parte da
sua infância com os avós. Esta história conduz-
nos à primeira infância de Rose, nos finais da
primeira guerra mundial.
![Page 5: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/5.jpg)
Um dia, o seu pai vem buscá-
la para ela ir viver com eles
(pais e irmãos).
Inicia-se a segunda guerra
mundial.
Com o nazismo, muitos judeus
acabam nos campos de
concentração. Rose relata-nos
a sua vivência nesses campos.
Ela descreve-nos os rituais da
religião judaica, como por
exemplo "o Passah" , a Páscoa
dos judeus, a qual era passada
em casa dos avós, como
manda a tradição.
Sobressaia, ao longo da obra,
a difícil passagem pela
adolescência até ser adulto.
“Passah”
![Page 6: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/6.jpg)
“…Depois das declamações começaram a dançar a «horra».
Deitando os braços pelos ombros uns dos outros formavam um
círculo, rodavam para a esquerda sempre para a esquerda, alegres
e entusiásticos. Cantaram a comunicativa melodia da «hatikwah», a
canção da «esperança».
Excitada, falei em casa da reunião. Tencionava voltar lá para
aprender a falar em coro, dançar a «horra» e cantar a «hatikwah».
Mas tanto o meu pai como a minha mãe acharam que não, que isso
não me servia. Só me meteria na cabeça a emigração para a
Palestina e eu, como boa alemã, não devia abandonar a pátria a
que pertencia.
Quando falei ao sr. Heim, sorriu um tanto triste:
- Repara, Rose, o meu rapaz também anda com os sionistas e por
isso há discórdia em casa. Ele e a mãe quase que não se falam…”
Excerto do livro de Ilse Losa, O mundo em que vivi (1949)
![Page 7: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/7.jpg)
Obra autobiográfica
Na sua obra, a autora – judia de
nascimento – recorda vivamente
a sua infância, vivida na
Alemanha pré-nazi, com tudo o
que significou, em termos
pessoais e familiares, e a
ascensão de Hitler ao poder.
Esta história é baseada na vida
de Ilse Losa, que teve, tal como
Rose, personagem principal desta
história, de abandonar o seu país,
apenas por ser judia.
![Page 8: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/8.jpg)
O livro está dividido em quatro fases:
a primeira infância, (p 5 a 52)
Rose vive com os avós
paternos numa aldeia. Ela
adora o seu avô Markus e
respeita a avó Ester.
No fim desta fase, ela vai
viver para a casa dos seus
pais (pai “Leo” e mãe
“Selma”), juntamente com
os seus irmãos. A sua vida
muda radicalmente.
![Page 9: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/9.jpg)
a segunda infância, (p. 53 a 138)
Havia falta de amor entre Rose e os
seus pais, tendo em conta que
passou a maioria da sua infância com
os seus avós. Passa a viver na
cidade, onde entra na escola primária
e onde não há discriminação pelo
facto de ser judia.
Já quando entra no Secundário não
se sucede o mesmo, sendo que
começa a perceber como são
tratados os judeus. Começa a sentir
na pele o que é ser discriminado.
Contudo, a sua vida tem também
aspetos positivos: tal como o seu
namoro com Paul, pessoa que a fazia
feliz e que, de certa forma, a protegia.
![Page 10: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/10.jpg)
a adolescência ( p. 139 a 184)
Os seus problemas começaram com a
morte do seu pai, que morreu com cancro.
Rose teve que desistir de tirar um curso. A
sua mãe, não tendo como sustentar três
filhos, teve de vender a sua casa.
Rose vai trabalhar para Berlim, onde
consegue uma colocação modesta numa
companhia de seguros, mantendo viva a
lembrança daquele que foi o seu primeiro
amor, “Paul”. Aceitou esse emprego para
ter uma vida melhor e para a sua mãe não
ter que trabalhar tanto, ajudando-a assim,
a sustentar a família.
Contudo, as crises de inflação, de
desemprego, do assassínio de Rathenau
(ministro judeu), do aumento de influência
e da vitória dos Nazis causam um
distúrbio na sociedade e Rose, por ser
judia, corria risco de vida.
![Page 11: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/11.jpg)
A idade (precocemente)
adulta (página 185 até ao fim )
Dois homens convocam Rose a ir
a um quartel por causa de uma
carta que mandou a Kurt em que
diz que Hitler era mentiroso.
A sua grande sorte foi um oficial
nazi ter simpatizado com ela, por
ser loira e de olhos azuis. Dá-lhe
o prazo de 5 dias para sair do
país, escapando-se assim ao
triste fim dos restantes judeus: o
campo de concentração.
Abandona assim o seu país rumo
a um longo exílio da terra natal e
um tempo de felicidade
ensombrada, com medo de a
matarem ou de a prenderem,
devido ao facto de ser judia.
![Page 12: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/12.jpg)
O livro conta a história de
uma rapariga judia, Rose
Frankfurter - loura e de
olhos azuis, tal como Ilse
Losa.
A primeira infância de Ilse
Losa foi passada com os
avós paternos.
Devido à sua ascendência
judaica, foi perseguida pela
Gestapo e teve de
abandonar o seu país.
Ilse Lieblich (o seu apelido
de solteira) abandonou a
Alemanha. A Gestapo
tivera acesso a uma carta
em que Ilse criticava Hitler.
Abandonou a Alemanha.
Rose vive com os avós
paternos numa aldeia.
Rose, por ser judia,
corria risco de vida.
Dois homens convocam
Rose a ir a um quartel
por causa de uma carta
que mandou a Kurt em
que diz que Hitler era
mentiroso.
Abandonou a Alemanha.
![Page 15: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/15.jpg)
Contextualização histórica
1ª GUERRA – 1914/18 2ª GUERRA – 1939/45
A ação desenrola-se, em termos de tempo entre as duas grandes guerras mundiais.
![Page 16: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/16.jpg)
A narradora, para narrar
parte da sua vida, recorre:
à analepse
“Recordo aquela tarde em que
Paul me imitou fazendo cara
carrancuda: «Porque me
apetece».”
à prolepse
“No fim da guerra o seu nome
figurou, burocraticamente,
entre os dois mortos em
Buchenwald.”
![Page 18: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/18.jpg)
Contextualização geográfica
Alemanha 1918 Alemanha 1945
Em termos de espaço, a ação situa-se na Alemanha.
![Page 20: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/20.jpg)
Personagem principal
Na infância era uma menina "frágil, de
cabelo louro, de feições infantilmente
lisas" que adorava o seu avó.
O crescimento de Rose, foi marcado por
ser uma criança diferente das outras,
pois era judia.
Caracterizava-se pela sua curiosidade,
imaginação, ingenuidade e sensibilidade.
Era uma menina que se fascinava com
coisas simples e banais!
O regime nazi fez sentir o seu peso,
forçando Rose a tornar-se adulta
rapidamente. Ficou uma pessoa mais
triste, que sofria muito pela perda dos
seus entes queridos e começou a ter
mais preocupações e a sentir medo...
![Page 21: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/21.jpg)
Personagens secundárias
Avós,
Pais/irmãos,
Tios/tias,
Paulo
E todas as pessoas que rodeiam
Rose.
![Page 22: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/22.jpg)
“O primeiro dia da escola. A saca às costas, caminhei ao lado da minha
mãe, cheia de curiosidade e de receios. O Sr. Brand, o professor,
distribuía sorrisos animadores aos meninos, que o fitavam com
desconfiança. A barba grisalha e o colarinho engomado davam-lhe um ar
de austeridade, mas os olhos alegres protestavam contra tal impressão.
Começou por nos falar, e doseava serenidade com humor para afugentar
os nossos medos. De todas as escolas por que passei, a de que
verdadeiramente gostei foi a escola primária. Quando o Sr. Brand
tomou nota do meu nome ninguém se virou para mim com sorrisinhos
por soar a judaico, ninguém achou estranho eu responder “israelita” à
pergunta do Sr. Brand à minha religião. Fora a mãe que me
recomendara: “Quando o Sr. Brand te perguntar pela religião, diz-lhe que
és israelita. Soa melhor do que judia”. Eu não concordava, porque
achava “israelita” uma palavra estranha que não parecia pertencer à
minha língua e, por isso, corei de embaraço ao pronunciá-la. E
quando o Sr. Brand quis saber a profissão do meu pai respondi
“negociante de cavalos”. Coisa natural. Muitos alunos eram filhos de
lavradores e conheciam o meu pai. Não me sentia envergonhada daquilo
que eu e o meu pai éramos, como aconteceria mais tarde, no liceu,
quando a minha mãe me recomendou que às perguntas respondesse,
além de “sou israelita”, que o meu pai era “comerciante”.
![Page 24: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/24.jpg)
Classificação quanto à sua participação
• É um narrador participante, pois
participa na história que conta,
uma vez que é a personagem
principal (Rose).
• Rose é narradora autodiegética de
“O Mundo em que Vivi”.
• A ação é narrada na 1ªpessoa.
![Page 25: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/25.jpg)
Classificação do narrador quanto à sua posição
• É um narrador subjetivo, porque
exprime todos os seus sentimentos
e dá opiniões sobre os factos que
narra.
“Eu não concordava, porque achava “israelita”
uma palavra estranha que não parecia pertencer
à minha língua e, por isso, corei de embaraço ao
pronunciá-la.”
![Page 26: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/26.jpg)
“O tempo em que amava Paul parece não ter ligação com o que tinha havido antes e o que
houve depois. [...]
Começou numa tarde de Inverno em que uma colega de nome Waltraut me apresentou
Paul Marten. Subimos, os três, o monte. Olhei de soslaio para o rapaz: era mais alto do que
eu, vestia um casaco claro com gola de astracã. A expressão um tanto infantil acentuava-se
pelos lábios um pouco puxados para a frente como os dos meninos quando amuam. Pousado
sobre o cabelo louro, encaracolado, o boné vermelho dos alunos do último ano do
«gymnasium».
O café, no cimo do monte, estava apinhado de gente e o ar engrossado pelo fumo dos
cigarros. Um trio tocava música, e os criados corriam, atarefados, dum lado para o outro.
Conseguimos uma mesa junto à janela, donde se via a cidade com a cúpula dourada da
catedral e o campanário pontiagudo da igreja gótica. Sentada defronte de Paul apercebi-me
que ele não tirava os olhos de mim. Virei a cabeça para o lado e olhei para fora. Pensei que
decerto me achava feia, e isso arreliava-me.
Waltraut contava coisas várias, mas notei que Paul não escutava.
De repente dirigiu-se-me:
– Em que ano anda?
– Isso interessa-lhe?, repliquei.
– Por que é que me fala dessa maneira?
– Porque me apetece, respondi desabridamente.
Mais tarde, ao evocarmos este primeiro encontro, divertíamo-nos sempre de novo.
Recordo aquela tarde em que Paul me imitou fazendo cara carrancuda: «Porque me
apetece». Era uma tarde de Primavera e as cerejeiras estavam em flor. Tanto nos rimos que
acabámos por nos encostar a uma das árvores e a leve chuva de pétalas brancas, que dela
se desprendeu, cobriu-nos como no Inverno nos cobriam os flocos de neve.”
![Page 27: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/27.jpg)
1. Identifique as personagens que participam na acção e as relações
que se estabelecem entre elas.
2. Descreva as circunstâncias em que a narradora conheceu Paul.
3. Logo no primeiro encontro, Paul sentiu-se atraído pela colega de
Waltraut.
Refira três atitudes da personagem masculina que revelem esse
interesse.
4. «Tanto nos rimos que acabámos por nos encostar a uma das
árvores e a leve chuva de pétalas brancas, que dela se desprendeu,
cobriu-nos como no Inverno nos cobriam os flocos de neve.»
(ll. 23-25)
Identifique um dos recursos de estilo presentes na frase, referindo o
seu efeito expressivo.
5. Dê um título ao texto, fundamentando a sua escolha sem recorrer
apenas a transcrições.
Atividade
![Page 28: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/28.jpg)
Desfecho da obra
Ilse Losa refugiou-se em Portugal, onde casou,
adquirindo assim nacionalidade portuguesa.
Morreu na cidade do Porto no ano de 2006.
Quanto a Rose não se sabe bem, pois o final do
livro é deixado em aberto e, por isso, não se
sabe qual o caminho que acabou por escolher, o
que nos possibilita fantasiar um final ao nosso
gosto.
Temos uma narrativa
aberta.
![Page 29: O mundo em que vivi](https://reader034.vdocuments.mx/reader034/viewer/2022042716/55aca8ba1a28aba27f8b465b/html5/thumbnails/29.jpg)
Ilse Losa nunca se cansou de
escrever «a valorização da
dimensão humana, dos afectos (às
pessoas, aos animais e às coisas), o
elogio da vida, sem esconder a sua
face mais austera e dura, mas
valorizando os pequenos nadas que
a tornam mais suave e mágica».
(Sousa, 2002: 129)