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Edição 125 de O Minuano, revista do Veleiros do Sul de Porto Alegre, RS, Brasil.

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EXPEDIENTEPALAVRA DO COMODORO

EComodoro

Newton Roesch Aerts

Vice-Comodoro EsportivoEduardo Ribas

Vice-Comodoro AdministrativoRicardo Englert

Vice-Comodoro PatrimônioPablo Miguel

Vice-Comodoro SocialEduardo Scheidegger Jr.

Conselho Deliberativo

PresidenteLuiz Gustavo Tarrago de Oliveira

Vice-PresidenteLéo Penter

Diretor da Escola de Vela MinuanoBoris Ostergren

Diretor de Parques e JardinsPablo Miguel

Prefeito da Ilha Chico Manoel Luiz Morandi

Mande e-mail para: [email protected]

O Minuano é uma publicação do clube Veleiros do Sul.

Fones: 55 (51) 3265-1717 3265-1733 / 3265-1592

Endereço: Av.Guaíba, 2941 Vila Assunção Porto Alegre – Brasil

CEP: 91.900-420

E-mails: [email protected] [email protected]

Twitter: @veleirosdosul

Site: www.vds.com.br

Publicação

Editor:Ricardo Pedebos - MTB 5770/RS

Textos e Fotos:Ricardo Pedebos e Ane Meira

Projeto Gráfico e Diagramação:Renato Nunes

Fotolitos e Impressão: Gráfica Calábria

Prezado(a) Associado(a)

Esta é a primeira edição do ano de 2012. Uma série de seis edições com diá-rios de bordo, grandes navegadas e experiências náuticas, com muita informação técnica, sobre a vida do Clube e a presença de novos apoiadores expondo seus produtos.

Decidimos regularizar as edições bimensais pois a vida no Veleiros do Sul, como pode ser acompanhada, tem se tornado bastante dinâmica com atividades intensas na área esportiva, grandes preparos para atividades sociais, mudanças importantes administrativas e em especial, grandes investimentos na manutenção de equipamentos e no patrimônio, sempre pensando no Associado.

Nossa capa demonstra bem o orgulho de sócios do Clube, mesmo morando na Nova Zelândia e agora navegando pelo mundo, de divulgar nosso Clube pelos lugares mais inóspitos, colocando nossa flâmula no ponto mais ao sul dos conti-nentes.

Em nossa rotina diária seguimos o incentivo aos esportes náuticos com a or-ganização e realização de campeonatos, velejaços de fim de tarde (Wet Wednes-day) para integração dos associados, fomento de nossa Escola de Vela Minuano que teve a participação de 200 crianças nos meses de janeiro e fevereiro, e tem contado com uma média de 20 alunos nos cursos de formação.

A integração das atividades náuticas é sempre nossa maior preocupação e es-tamos preparando passeios e ralys náuticos, com a participação de embarcações a motor e a vela.

Convidamos os associados para acompanharem, sempre que possível as ati-vidades sociais que já se iniciaram com a organização de jantares mensais no bar Náutico, tendo sempre a presença de músicos e pratos especiais preparados pelo Barcelos Gastronomia.

Lembramos novamente aos Associados a necessidade da atualização da car-teira social, pois a partir do mês de abril estaremos construindo a nova entrada do Clube, quando o ingresso ocorrerá somente pela carteira com código de barras.

O investimento nos associados tem sido sempre nosso maior foco e como pode ser percebido, temos dado nova vida a locais antes pouco utilizados, bem como beneficiado áreas de uso consagrado, como reforma da Vento Sul, novos calçamentos, píer de atracação na área leste, flutuantes novos, pinturas do Salão Social, entre tantos outros.

Não canso de lembrar que todo o resultado que pode ser visto só é possível com o trabalho de equipe desenvolvido pelos vice-comodoros das áreas espor-tiva, social, administrativa e de patrimônio, bem como do prefeito da ilha Chico Manuel, do diretor de Porto e Sede e em especial dos funcionários, que tem par-ticipado com grande dedicação.

Finalizando, convidamos os Associados a conviver mais frequentemente a vida do Clube.

Bons ventos a todosNewton Aerts

Comodoro

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Mesmo sem terem tido tempo para preparo e treinos, Samuel Albre-

cht e José Peña Távora decidiram representar o Veleiros do Sul na Espanha e terminaram o III Open Nacional de Snipe 2012 em sétimo lugar. Finalizando com 35 pontos a dupla chegou a vencer a última re-gata do campeonato, realizado de 21 a 25 de março, o que mostrou a qualidade dos dois velejadores, que tiveram a sua formação no VDS e hoje se destacam pelo mundo. É o caso de José Peña Távora, o Zezi-nho, que mesmo radicado em Portu-gal leva o VDS consigo e sempre que se atualiza, mantém contato e apoia o clube, seja pelas redes sociais ou pelas notícias levadas pelo pai, José Pinto de Miranda Távora. Já Samuca, capitão do S40 Crioula, trabalha à frente do barco que é um dos maio-res destaques da vela no continente sul-americano, com uma tripulação inteiramente formada pelo VDS. O último dia de competição no Real Club de Regatas de Santiago da Ri-bera, em Murcia, a dupla exibiu a

Dupla do VDS no Open Nacional de Snipe na Espanha

Samuca e Zé na raia espanhola

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sua técnica, como conta Samuca.“Fomos 13º e um 1º, acabamos

em 7º no geral! Uma pena a primei-ra regata, onde um manza espanhol se engatou conosco e acabou com nossa largada. Foi uma regata de re-

cuperação. Mas o saldo é positivo, os melhores do mundo no Snipe es-tavam aqui e depois de muito tem-po sem velejar conseguimos dar tra-balho e fico com vontade de voltar nos próximos eventos da classe.”

O barco Tango, do comandante Alex Luiz, foi o campeão Estadual da classe J/24 de 2011. Na vice-colocação ficou o Iuca, de Cláudio Rus-chel e em terceiro o Diferencial, de Nelson Ilha. As etapas que contaram pontos para o Estadual foram a Copa Cruzeiro, 20º Conesul e Troféu Cayru, todos em 2011, e a Copa Cidade de Por-to Alegre, em março de 2012. No total foram 12 regatas. A tripulação do Tango foi composta por Alex Luiz, Lucas Ostergren, Boris Ostergren, Eduardo Cavalli, Alexandre Mueller, André Pas-sow e Guilherme Roth.

Tango é campeão gaúcho de 2011

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A equipe Tango representou o Clube na Copa México 2012, em Nuevo Vallarta, Nayarit, de 2 a 10 de mar-

ço. A competição internacional é a mais prestigiada da classe J/24 e sempre recebe velejadores de todos os cantos do mundo. O comandante do Tango, Alex Luiz e seus tri-pulantes, André Passow, André Gick e Lucas Ostergren, ficaram na 12ª posição entre 56 barcos. Além deles, o Brasil esteve presen-te com a equipe do carioca Maurício Santa Cruz, o Santinha, que se tornou bicampeã da competição.

“A participação brasileira não podia ter sido melhor. Mais uma vez o Santinha, sa-grou-se campeão. Lembramos que estavam as melhores tripulações do mundo na classe

Tango na Copa México

Tango em ação na raia na glamourosa Copa de J/24

Confraternização brasileira na Copa México

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J24. Alex Luiz e tripulação ficaram em 12º, o que, sem dúvida, representa uma colocação honrosa para o nosso Veleiros do Sul”, disse Plínio Fasolo, que acom-panhou a equipe do VDS.

O comandante Alex Luiz comentou sobre a Copa México:

- O vento nunca impulsionou tanta paixão! Com este slogan, voltamos pela segunda vez a Nayarit, Baia de Banderas, neste país sempre hospitaleiro que é o México, para participar da Regata Copa México 2012, edição Olímpica. Com 56 tripulações inscritas e um ciclo de 10 regatas, este evento provou mais uma vez ser o maior e mais bem organizado do planeta. Destas 56, pelo menos oito equipes eram de profissionais e campe-ões mundiais dos últimos cinco anos. A rede St. Regis de hotéis patrocinou a equipe do Veleiros do Sul, e também contamos com o apoio da própria or-ganização do even to. Plínio Fasolo e As-télio Santos estavam na nossa comitiva. Gostaría mos de ter levado mais gen te! Próxima Copa será em 2014! Velejadores com o galhardete do Clube na Marina de Nayarit

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Copa da Juventude foi realizada entre os dias 29 de fevereiro e 4 de março e teve como sede o Veleiros do Sul. Os campeões asse-guraram as vagas na equipe brasileira que disputará o Mundial da Juventude da ISAF (Federação Internacional de Vela) em Dun Laoghaire, Irlanda, entre os dias 12 e 21 de julho.

Os classificados em cada classe: Hobie Cat 16 - Martin Manzoli Lowy e Kim Vidal de Andrade (SP); 420 masculino - Ricardo Paranhos e Patrick Essle (SP), 420 feminino - Viviam de Alencastro Guimarães e Marce-la Rocha Moura (RJ), 29er - Vladimir Estoup e Breno Alex Osthoff (RJ), RS:X masculino - Yago Honório Carvalho (RJ) e na RX:S femini-no - Wendy Stockler Soares (RJ), Laser Radial masculino - João Pedro de Oliveira (RJ) e na Laser Radial feminino - Maria Cristina Boa-baid (SC). O Yacht Clube de Santo Amaro (SP) foi o clube campeão da Copa.

No penúltimo dia, cinco classes já tinham conhecido os seus campeões por antecipa-ção. Apenas a 420 feminino e a Laser Radial masculino ainda estavam indefinidas. No en-

Equipe Brasileira definida para o Mundial da Juventude 2012

tanto a falta de vento impediu a realização da 10ª regata prevista para o domingo e a Copa da Juventude encerrou com a classificação já estabelecida. As classes foram divididas em duas raias com as comissões de regatas do Veleiros do Sul e Clube dos Jangadeiros.

O Veleiros do Sul participou em três classes, Hobie Cat 16: 2º - Ricardo Welter Lis e João Felipe Kraemer, 420 masculino: 4º - Thiago Ribas Splettstosser e Alan Benkler Willy e 6º - Bryan Matthew Luiz e Gustavo José Balbela de Azambuja, Laser Radial mas-culino: 7º - Philipp Andreas Grochtmann. Para os velejadores do Clube a Copa foi uma novidade e isso refletiu de certa maneira na raia. Ricardo Lis, 15 anos, achou muito inte-ressante a sua participação no Hobie Cat 16. “Essa foi minha estreia como timoneiro em uma competição grande. Faltou experiência, mas é sempre bom correr”, disse o vice-cam-peão que teve como principal adversário a dupla campeã do mundo.

Na classe Laser Radial, Philipp Grocht-mann, 18 anos, conseguiu algumas boas classificações nas regatas, mas foi irregular na

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média dos resultados. “As coisas não deram certo na raia, mas foi um aprendizado correr esta seletiva.” Na classe 420, Bryan Luiz e Gustavo de Azambuja, ambos com 14 anos, apontaram a falta de mais treinos pelo mau desempenho. “Nós velejamos durante duas semanas, mas precisávamos ainda mais. Tí-nhamos pouco conhecimento tático. Na verdade estávamos despreparados.” A outra dupla formada por Thiago Ribas, 15 anos, e Alan Willy, 18 anos, deixou boa impressão na raia com resultados expressivos nas regatas.

“Acho que fomos bem, na verdade en-trei para ter uma ideia da competição. Ainda estou na Optimist e queria correr no leme na 420. Aprovei o barco e pretendo velejar mais com ele, treinar e competir. Tenho ainda ida-de para mais três edições”, avaliou Thiago, 14 anos.

Uma característica da equipe que irá para o Mundial de 2012 é a experiência. A maior parte já disputou a competição no ano passado, na Croácia. As classes 420 mascu-lina e feminina, o Laser Radial masculino e feminino e o Hobie Cat 16 irão pela segunda vez. Apenas a RX:S masculino e feminino e a 29er serão estreantes no Mundial da ISAF.

O gerente técnico da CBVM, Jonatas Gonçalves acompanhou em Porto Alegre o evento e ressaltou a importância da Copa da Juventude para a vela. “Esta competição tem o foco nos jovens. Temos optimistas talen-

A equipe que irá defender o Brasil na Irlanda

Competidores, juízes, dirigentes e membros da comissão de regata reunidos no Veleiros do Sul

tosos que saem da classe e precisam de in-centivo nesta transição. Por isso tanto a Copa como o Mundial visam manter a garotada agregada nas classes juvenis. É também uma orientação da ISAF. A Copa em Porto Alegre foi um sucesso e tivemos todo o apoio da Federação do RS e dos clubes Veleiros do Sul e Jangadeiros”.

A Copa da Juventude teve a participação de 62 velejadores com idade até 19 anos e foi uma promoção da Confederação Brasilei-ra de Vela e Motor (CBVM) e da Federação de Vela do Estado do Rio Grande do Sul (Fe-vers) com a realização dos clubes Veleiros do Sul e dos Jangadeiros.

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Ricardo Lis e João Kraemer

TRIPULAÇÕES DO VDS

PÓDIO DA COPA DA JUVENTUDE

RS: X feminino420 masculino 420 feminino RS: X masculino

29 er Laser Radial masculino Laser Radial feminino

Bryan Luiz e Gustavo Azambuja Thiago Ribas e Alan Willy

Philipp Grochtmann

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barco Crioula, do Veleiros do Sul, come-çou a temporada em ritmo acelerado na classe Soto 40. Neste ano o Crioula Sailing Team comandado por Samuel Albrecht está competindo nas duas costas do continente, Atlântico e Pacífico. O primeiro desafio foi o Circuito Atlântico Sul Rolex Cup, de 16 a 19 de janeiro, em Punta del Este. O Crioula foi o vice-campeão, após uma acirrada disputa com o vencedor Phoenix V/Mitsubishi, de Eduardo Sousa Ramos.

O Circuito Atlântico Sul Rolex Cup teve oito regatas realizadas e a disputa foi mar-cada pela grande atuação dos brasileiros. O campeão, que levou o título por um ponto de diferença, obteve vantagem após um pe-

Equipe do Crioula compete nos circuitos da S40

Crioula na primeira etapa do Circuito Sul-Americano no Chile

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dido de reparação na quarta regata da com-petição. Alexandre Rosa, trimmer do Crioula, comentou a atuação. “Após as duas regatas finais encerramos com um 1º e um 4º. Terí-amos vencido, mas uma reparação dada ao Mitsubishi na quarta regata levou-nos para a vice-colocação”, disse Tandi.

A classe Soto 40 vem se fortalecendo e neste ano ganhou o seu primeiro Circuito Sul-americano. A etapa inicial ocorreu em Algarrobo, Chile, de 8 a 11 de março. O chileno Pisco Sour, de Bernardo Matte, foi o vencedor da etapa, com apenas duas vitórias nas sete regatas disputadas. Se os brasileiros tiveram uma grande atuação no Uruguai, no Chile as coisas não foram boas.

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O barco Lancer Evo, de Eduardo Sousa Ramos, terminou em sétimo lugar, enquan-to o Crioula em 12º. O capitão da equipe, Samuel Albrecht, lamentou o desempenho ao término da etapa: “Fim de campeonato no Chile, ficamos em 12º entre 12 barcos. Ontem (final) dia péssimo pra gente com três regatas horríveis. Semana difícil onde nada deu muito certo por aqui.”

“Em Algarrobo erramos mais nos posicio-namentos das largadas. E ainda tivemos pro-blemas com as regulagens do barco que havia passado por uma reforma antes da competi-ção. Chegamos a obter um segundo lugar na quarta regata, mas depois fomos mal”, disse Geison Mendes, trimmer da vela grande.

A equipe do Crioula é composta pelos velejadores: George Nehm, Renato Plass, Eduardo Plass, Alexandre Rosa, Fabrício Streppel, Diego Garay, Maurício Santa Cruz e Geison Mendes. No Chile o Crioula ainda teve o reforço do navegador italiano Bruni Zirilli, que também integra a Azurra Sailing Team, da Itália.

A segunda etapa do Sul-americano de

Soto 40 também será disputada no Chile, de 12 a 15 de abril. O Brasil recebe as duas eta-pas seguintes, que fazem parte também da Mitsubishi Sailing Cup. A primeira acontece de 21 a 24 de junho, em Ilhabela, e a segun-da, de 9 a 12 de agosto, em Búzios. A última etapa acontece entre 6 e 9 de setembro, em Buenos Aires.

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Viagem a TorresPorto Alegre, 6 horas da manhã.

Com os corações transbordando de ale-gria, tomamos o vapor “Montenegro” que era pequeníssimo para comportar

os muitos passageiros.Ao dar o signal de partida, subimos no

tombadilho, para apreciar a bella paisagem do nosso querido torrão natal. Devido ao frio, nos recolhemos ao salão das senhoras, onde o aspecto não era nada agradavel. – Depois de termos andado por todo o vapor, a procura de um recanto mais convidativo, deparamos com o salão dos homens, no qual se achavam algumas conhecidas, tornando-se a viagem mais divertida. – As 9 horas chegamos ao pha-rol “Itapuan”. A lagoa estava agitadíssima. O nosso “Montenegro” parecia uma casquinha de nos, perdida no imenso oceano. – Pouco a pouco a palestra foi desanimando. Nós nos sentíamos mal, e parecia que o mesmo se dava com quasi todos. Não querendo demonstrar uma á outra o nosso fiasco, pretestamos som-no, e nos deitamos. – Depois d’uma hora de profundo silencio, Maria pergunta à Edith:

- Estás dormindo? – e ella com voz fraca e muito desanimada responde: - Estou...

- Edith levanta-se muito disfarçadamen-te e vai a janella, e Maria erguendo a cabeça depara a pobre amiga aos corcovos. – Não querendo deixal-a perceber que a tinha visto, deita-se suffocada de riso. – Meia hora depois invertem-se os papeis e Edith criando animo, com um risinho de mofa diz: “Quem ri por ul-timo, ri melhor”, e romperam n’uma gargalha-da. Tempos depois a lagôa tornou-se calma.

Hora do almoço, Dona Nena, como sem-pre, disposta e alegre, sentou-se a mesa para saborear o variado menu. Maria, sentindo-se melhor, sentou-se a mesa, mas somente pou-de beliscar um churrasquinho de carneiro. Animou a Edith para que fizesse o mesmo, mas esta nem que viesse o menu mais fino, não arredaria pé onde estava. – Maria insis-tia!

Edith ainda meio amollada deu-lhe umas boas respostas, ouvindo umas risadinhas des-conhecidas ergueu a cabeça e deparou com uns lindos e melancólicos olhos cor de azeito-na. – Encabulada, sentou-se a mesa e fazen-do um “tour de force”, consegue comer um poucochinho. Dali em diante não enjoaram mais e a viagem tornou-se novamente agra-dável. – Ao entrar-mos num canal rodeado de lindas planícies cobertas de viçosa gramma,

Uma viagem a Torres no século passado Por Henrique Sommer Ilha

“Já houve época em que a navegação fluvial e lacustre supria e predo-minava nos transporte de carga e gente. As vias existiam, e ainda existem, bastando alguns retoques para bem funcionarem.

Encontrei, entre os guardados da família, descrição de uma viagem a Torres, registrada por minha tia, Edith Sommer, irmã de minha mãe, Norma Sommer Ilha, em janeiro de 1930, ano em que nasci. O texto começava com o vapor Montenegro saindo do cais de Porto Alegre e percorrendo o Guaíba, lagoas dos Patos e do Casamento e rio Palmares, até a cidade homônima.

No porto de Palmares os passageiros eram transferidos para um trenzi-nho que, em via de bitola estreita, seguia até Conceição do Arroio, a atual Osório, onde pernoitavam. No dia seguinte iniciavam o trecho pelas lago-as litorâneas, ligadas por canais, até chegarem a Itapeva. Dali até Torres, o transporte era de caminhão, carreta ou a pé, conforme as circunstâncias permitiam. Leiam à descrição bem humorada de minha tia, jovem na época, acompanhada de sua colega Maria.“

(Mantivemos a grafia original da carta)

Antigo farol de Torres

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onde viam-se figueiras e outras arvores fron-dosas, não resistimos a tentação de tirar algu-mas photografias.

As 4 horas chegamos a Palmares! Depois de acomodar-mos as malas num trenzinho de boneca, porem muito commodo e asseado, fomos dar uma volta pelos arredores. Ao pas-sarmos pelo armazem do porto, Edith dá, com 2 arqueados, contendo chapéus, tão seus co-nhecidos e abraçando-se a elles poude matar um pouco as saudades (embalagem com cha-péus da fábrica do pai de Edith).

Depois de uma longa hora de espera que pusessem a carga no trensinho, partimos rumo a “Rancho Velho”. O nome lhe foi muito bem dado, pois a não ser uma linda plantação de eucalipto, nada mais tem que ver. Um jovem que ali saltou, precisando andar ainda algu-mas léguas a cavallo , tratou com um mambi-ra, que offereceu-lhe um dizendo que o pingo era excellente, tanto, que custava 200$.000 réis ao trazel-o soltamos uma gostosa garga-lhada pois o bichinho mal se podia ter em pé, de tão velho que era.

Na estação seguinte, “Passinhos”, não no-tamos a demora do trem, devido o apareci-mento de um grupo de gaúchos, que muito nos divertio. Entre esses guascas havia um, que nos chamou logo a attenção pelo seu porte esbelto, a sua linda cor morena e, prin-cipalmente, por aquelles olhos castanhos, que cintilavam como duas estrellas no firmamen-to. Debruçadas nas janellas o fitávamos dis-farçadamente para que elle não percebesse quando um dos seus companheiros, um gaú-cho possante, chamou-lhe a attenção, deixan-do-o assim todo encafifado. Ao dar o signal de partida, queríamos, ainda, comtemplal-o pela ultima vez, quando fomos interrompidas pelo dono dos olhos melancholicos, que era repre-sentante da Casa Bayer, que veio offerecer-nos as folinhas e cafeaspirinas promettidas.

Antes de chegarmos a Conceição do Ar-roio, rodeamos parte da Lagôa dos Barros a margem da qual viam-se lindos rebanhos de ovelhas, cavallos, gado vacum e muitas aves aquáticas, entre as quaes se destacavam uma bellissima garça salmon. O que muito aprecia-mos foi 2 gauchos parando rodeio.

Sem mais novidade chegamos a 7 horas a Conceição , uma pequena villa, bonita pelas lindas montanhas que a ladeiam. Nos hospe-damos no “ Hotel Amaral”, um dos melhores da villa. Quando hoteleiro veio para nos mos-trar os quartos fomos logo dizendo: “Quere-mos bastante boia e bôa pois estamos mor-rendo de fome.”

O pobre homem assustado disparou para a cosinha a dar ordens e pouco tempo depois estava prompto o jantar, que para nós foi um dos mais saborosos. Antes de nos recolhermos fomos dar umas voltas pela villa. Maria encon-trou, logo, 2 colleguinhas do Bom Conselho. Dos edifícios que rodeiam um campinho com

O vapor Montenegro fazia linha para Palmares do Sul

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arvores, que os moradores de lá chamam de praça, destacam-se o futuro Banco Porto Ale-grense, o Hotel Amaral e a velha igrejinha que fica no centro mesmo.

As 4 da madrugada nos levantamos para tomar café, pois o trensinho segui as 5 rumo ao porto. As águas mansas da Lagôa Pinguela espelhavam as enormes montanhas que nos fizeram lembrar a Suissa. As 6 horas partimos rebocadas por um vaporsinho e uma chata. Fomos ao tombadilho, assim, como grande parte dos passageiros, para admirar a passa-gem pelos estreitos canaes. A hora do café, decemos, e como começou a chover ficamos no salão. Um rapaz cego que muito nos diver-tia, tocou bellos sambas, na gaita, acompa-nhados por violão.

Nós não resistimos aos requebros da me-lodia, pusemo-nos a dançar e pouco a pouco aproximaram-se outros pares e assim formou-se o baile, até a hora do almoço. Entrando na Lagôa dos Quadros, que era um perfeito contraste com os estreitos canaes, por sua immensa largura, subimos ao tombadilho e lá cantamos velhas canções gauchas acompa-nhadas ao violão pelo Snr. Bayer. Como co-

meçasse a chover torrencialmente fomos para a cabine do leme, onde o piloto dando algu-mas instrucções a Edith, entregou-lhe o leme. E assim chegamos ao Porto Cornélio.

Munidas d’um guarda chuva fomos ao tombadilho, para dar o ultimo adeus ao nos-so symphatico tocador de violão, que ali fi-cou. Entramos novamente em estreitissimos canaes, cuja passagem tornava-se difficil de-vido as curvas. Ao longe divisava-se 3 botes a vella que pareciam deslisar sobre o campo. O estampido d’uma formidável Mauser, des-carregada por um negrão sobre jacarés, que tomavam banho de sol, nos assustava de vez em quando.

Na Lagôa de Itapeva, aborrecidas por não saber o que fazer, resolvemos começar a des-cripção de nossa viagem. Como não houvesse papel utilisamo-nos da linda folinha, que o Snr. Bayer nos dera. Um official seu companheiro, vendo o pouco caso da offerta disse:”Então, é assim que estão apreciando a folinha que o moço lhes deu de tão bôa vontade?” E assim não percemos o correr do tempo; até que vie-ram nos avisar que estava-mos somente a dez minutos do Porto Estácio.

A primeira pessoa que avistamos neste porto foi o nosso professor de gymnastica, o Snr. Blach. Ficou muito alegre ao ver-nos e nos ajudou a descer, ainda antes de atracar a gasolina, de modo que Dona Nena e Maria puderam reservar 2 lugares no caminhão, que nos devia condusir a Torres, enquanto Edith e o Snr. Luis Pigat, que sempre foi muito gentil para connosco, durante a viagem, tratavam da bagagem, conforme ficara combinado.

Mal acomodados no pequeno Fordsi-nho fisemos troça do Snr. Blach e seus com-panheiros, que seguiam para Itapeva numa carreta. Elle ainda nos desejando uma feliz viagem disse. “De vagar se vae ao longe”. Mal o calhambeque andara 10 minutos, co-meçou a corcovear como um potro mal do-mado. Dona Nena alarmou-se e observou ao, chauffer que o motor andava em 3 vellas. Na subida de Itapeva, como o auto pendes-se muito para um lado, Dona Nena e outras passageiras puseram-se a gritar, pedindo que parasse, mas tal não foi preciso, pois o mo-tor “entregou os pontos”. Todos desceram, deixando o motorista atarantado a examinar a machina, e sentaram-se num rochedo que ficava a beira-mar.

Família Sommer (Edith ao centro) num passeio de canoa em Torres, em 1927

Hotel Picoral recebia os veranistas em Torres

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Como estivesse demorando muito con-certo do motor, Edith foi até lá e vendo que o caminhão não sairia donde estava, tratou com um carroceiro que passava para levar a nossa bagagem ao Hotel Picoral. Communicando-nos o que tinha feito, disse que o melhor era marcharmos até o hotel, se, não quiséssemos pernoitar na praia. E como um bloco carna-valesco, catando alegres canções para que a Dona Nena não notasse o chuvisqueiro, che-gamos a Guarita.

A chuva tornou-se impertinente a escu-ridão aumentava cada vez mais e a estrada coberta d’um barro visguento, que nos fazia escorregar a cada passo, tornava a jornada cô-mica. Dona Nena vinha meio arrastada pelo piloto e pelo Snr. Pigat e furiosa com o Snr. Picoral, por não enviar-nos um auto ao en-contro. Nós dávamos o braço a uma senhora idosa, que se apoiando muito em nós, nos di-fficultava os movimentos. Uma capa que se-gurávamos em forma de tenda, abrigava-nos da chuva. No Hotel Sartori deixamos a pobre velinha, já exhausta.

Depois de uma marcha de 6 kilometros,

O Serviço de Transporte Ferroviários e Lacustres entre Palmares do Sul e Torres foi criado oficialmente pelo decreto nº 2872, de 4 de outubro de 1921, e inaugurado

em 15 de novembro, quando começou a operar o tráfego da estrada de ferro de Pal-mares a Conceição do Arroio (Osório) e o da linha de navegação entre os portos desta localidade e do Estácio, na lagoa Itapeva, situado a cerca de 10 quilômetros de Torres. O serviço transportava a produção da região do litoral Setentrional do Estado e também passageiros e veranistas. Funcionou até 1958. (Informações do livro Navegação Lacustre Osório - Torres, de Marina R. da Silva)

Porto de Palmares do Sul com os trilhos

do trem na década de 1940

chegamos ao hotel como os veteranos da guerra do Paraguay e com um grande trago de caninha, terminou a odisséia de nossa viagem, cheia de peripécias.

FimTorres 10/01/1930

Maria & Edith

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Certa tarde, na praia da Alegria, logo após “anco-rar” o Antares no juncal, com fateixa, falei com dois velejadores do Iate Clube Guaíba que me

haviam visto chegar. Um deles era o Dadá e outro não recordo o nome. Dadá perguntou-me se não queria ex-perimentar velejar num Sharpie 12m2 - era o barco em que estavam. Aceitei na hora. Gostoso vento leste. De-ram-me o timão.

A sensação que experimentei foi tão nova, tão di-ferente e tão maravilhosa que, passados uns sessenta e cinco anos, ainda a recordo. Já no primeiro toque encan-tou-me a suavidade do leme. O Sharpie 12m2, com 6,00 m de comprimento e creio que apenas 1,40 m de boca, era um barco de casco esguio, esbelto. Orçando, vínha-mos os três na borda - sua afilada proa cortava e fendia as ondas sem impacto algum, como se fosse uma faca, e com tal suavidade que me parecia estarmos navegando sobre azeite e não sobre água. Inesquecível!

E a comparação com o meu Antares foi terrível! Mais largo e menos longo, meu barco, com seu casco em V pouco profundo, quando em orça, batia contra as on-das, borrifando-as e estremecendo. Mas havia nisso uma pequena e efêmera compensação de ordem estética: na-queles borrifos, quando navegava contra o sol, surgiam fugidias as cores do arco-íris. Era lindo!

É curioso constatar que atualmente, contemplando velocidade, o projeto de veleiros opta pelo casco de fun-do achatado, desconsiderando, totalmente, o descon-forto que produzido pelo choque e estrépido dos fortes golpes contra as ondas quando em orça fechada.

Aquela pequena experiência com o Sharpie foi tão gostosa e marcante que, duas décadas depois, em Flo-rianópolis, motivado por essas lembranças pretéritas, as-sim, sem mais pensar nas implicações que teria meu ato, comprei um velho Sharpie.

E, pouco depois, patenteou-se um problema: como levá-lo para o Veleiros do Sul? As peculiaridades de como foi feito esse translado, para Porto Alegre, creio que só foi possível por ser nos idos de 1965. Mas isso também já é outra pequena estória.

O cruzeiro do Sharpie “por mar” - Poucas semanas após haver comprado o Sharpie já se havia cristalizado a preocupação com o modo, e consequente despesa, de seu translado de Florianópolis a Porto Alegre. Fui então casualmente informado de que um pequeno cargueiro iria a Porto Alegre. Estava atracado no Estaleiro do 5º Dis-trito Naval, no Continente, na Baía Sul. Evento este ex-

Meu contato com o Sharpie 12m2 Por Lincoln Ganzo de Castro

tremamente raro, pois Florianópolis não é propriamente um porto para tráfego marítimo.

Imediatamente dirigi-me para lá. Subi a bordo e pro-curei o comandante. Não recordo o que me teria leva-do a intuir que o comandante seria uma pessoa de bom humor e apresentei-me como seu colega. Ele, coman-dante daquele cargueiro de aço e eu comandante de um veleirinho de madeira que necessitava levá-lo para Porto Alegre. Expus que o custo do transporte por terra excederia o valor que tinha pago pelo barco e perguntei se poderia fazer-me o grande favor de levá-lo. A soli-dariedade entre “os homens do mar” verificou-se mais uma vez! O comandante compreendeu meu problema e concordou em levar o Sharpie, porém poderia fazê-lo somente como carga de convés, isto é, sem seguro. Acei-tei de imediato.

Fui até minha casa de veraneio e, em curta velejada, levei o barco desde a Praia das Palmeiras, também no Continente, até o trapiche do 5º Distrito Naval. Não te-nho precisa lembrança de como o barco saiu da água e foi para o convés do cargueiro, completo, com madre e cana de leme, mastro, retranca e verga carangueja. Terá sido guinchado pelo próprio cargueiro. E o Sharpie se-guiu, por mar, no convés do navio, a descoberto, direto para o cais de Porto Alegre! Inacreditável!

Já então sócio do Veleiros do Sul fui buscá-lo com o barco socorro do clube. E mais uma vez fez-se a opera-ção, agora em sentido inverso: retirar o barco, com todo seu aparelho, do convés do navio e colocá-lo a flutuar para que, rebocado, seguisse até seu destino final, o han-gar do clube. Inesquecível cortesia!

Definitivamente, tal como o foi, não creio que isso hoje seria possível.

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O Grupo dos Cruzeiristas do Veleiros do Sul voltaram à ativa depois do período de

férias. A turma compareceu ao jantar no salão social na noite de 7 de mar-ço e foi recebida pelo “mãe” José Távora. Da cozinha veio o grande destaque da noite, o recém batizado cruzeirista Rafael Campos, o Badejo, que vestido a caráter de Chef apre-sentou aos convivas pratos saborosos como, Peixe ao molho de Laranja e Camarões, servindo também Tortéi de Abóbora.

Rafael fez questão de destacar o trabalho do chef Joelci, do Barcelos Gastronomia, parabenizando pelo comando impecável da cozinha. Quem compareceu pode se regalar com o jantar. Na reunião teve a tra-

Cruzeiristas retornaram das férias

dição de ler antigas atas do Grupo, da década de 1960, e “O Mãe” fa-zer seus comentários e dar os seus

avisos aos Cruzeiristas. Os encontros da confraria são sempre na primeira quarta-feira de cada mês.

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O MINUANO20

les velejaram bem e conseguiram um título inédito para o barco Don’t Let Me Down. Flávio Quevedo, Jonathan Câmara e André Renard foram os vencedores do Campeonato Brasileiro da classe Soling, disputado entre os dias 10 e 11 e 17 e 18 de março. Na vice-colocação ficou o Diferencial, com Nelson Ilha, Manfredo Flöricke e Felipe Ilha. E em terceiro lugar Guilherme Roth, Carlos Alberto Trein e Roger Lamb.

Estavam presentes 13 tripulações, mas a briga pelo título de 2012 acabou mais con-centrada entre os dois primeiros colocados. Desde o início já havia uma disputa particular entre as equipes pela liderança. Na etapa fi-nal os dois ficaram empatados na pontuação, mas o Don’t Let Me Down velejou melhor, com uma vitória folgada na última regata, ga-rantindo o primeiro título brasileiro da classe para os seus tripulantes.

Don’t Let Me Down venceu o Brasileiro de Soling

“Nós conseguimos uma boa média de pontos na classificação e isso nos ajudou che-gar à vitória. Nosso pior resultado era um 4º lugar que foi descartado. O campeonato foi difícil pelo equilíbrio e principalmente no penúltimo dia, devido ao vento variado na raia,” disse Flávio Quevedo que no Brasileiro deixou sua posição de meio no barco para assumir o leme no lugar do timoneiro titu-lar Cícero Hartmann. O Don’t Let Me Down também foi o campeão da categoria Classic, barcos com fabricação anterior a 1980 e le-vou o Troféu rotativo José Lúcio Glomb.

A equipe do Diferencial vinha num “mano a mano” com o Don’t Let Me Down, chegou a liderar o campeonato no penúlti-mo dia. No entanto ao chegar em sétimo lugar, na sétima regata, acabou sem chan-ce de brigar pela vitória do Brasileiro. “Na ida para raia encalhamos num banco que

Os campeões fecharam com chave de ouro o Brasileiro

E

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CLASSIfICAçãO fINAL DO BrASILEIrO

1º Flávio Quevedo, Jonathan Heit Câmara, André Renard (VDS) pontos - 142º Nelson Horn Ilha, Manfredo Floricke, Felipe Ilha (VDS) 20

3º Guilherme Roth, Carlos Alberto Trein, Roger Lamb (VDS) 234º Marcos Pinto Ribeiro, Frederico Sidou, Lucio Pinto Ribeiro (VDS) 28

5º Fernando Krahe, Leonardo Gomes, Rafael Paglioli (CDJ) 296º Niels Rump, Gustavo Thiesen, Andre Serpa (VDS) 33

7º Kadu Bergenthal, Isaak Radin, Gabriel Nogueira da Graça (VDS) 478º Henrique Horn Ilha, Gustavo Ilha, Eduardo Devilla (RGYC) 59

9º Fabio Pillar, Marcelo Azevedo, João Pedro Beccon (CDJ) 5910º Diego Quevedo, Julio Martini, Carlos Bombardelli (VDS) 65

11º Marcus Silva, Regis Silva, Miguel Petkovickz (VDS) 7312º Eduardo Cavalli, Gustavo Cestari, Ismael Rockett (VDS) 73

13º José Ortega, Paulo L. Ribeiro, Matheus Winck (VDS) 83

CATEgOrIA MASTEr: José Ortega, Paulo L. Ribeiro, Matheus Winck

desconhecíamos naquele local, e ficou uma bola de barro grudada em nossa quilha. Sentimos que o barco não estava rendendo, mas só descobrimos o motivo no intervalo entre as duas regatas finais,” comentou Nel-son Ilha.

Jonathan, Flávio e André com o troféu rotativo José Glomb

Largada da última regata na raia do Guaíba Diferencial lutou, mas terminou na vice-colocação

Turma do campeonato reunida no encerramento

No total foram realizadas oito regatas em duas etapas na raia de Ipanema, no Guaíba. O campeonato foi quase todo de vento de intensidade fraca, em torno dos 7 nós. Parti-ciparam 12 barcos de Porto Alegre e um da cidade de Rio Grande.

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giro pelo Cabo HornA família de navegadores do veleiro Kleiner Bar, do Veleiros do Sul, conta como foi o trecho de sua viagem pelo extremo sul do continente americano.

Por Lúcia ChagasVeleiro Kleiner Bar

O Kleiner Bar com a bandeira do VDS cruzando pelo Horn

A família enfrentou as ondas agitadas do famoso Cabo

ntes de irmos para a Patagônia, tínhamos a intenção de ir até o Cabo Horn e contorná-lo em algum dia calmo. Para fazer isso, primei-ro nós precisávamos ir até Port Williams para conseguir uma “zarpie”, uma permissão para navegar naquela rota. A viagem por volta do cabo é de 150 milhas, mas, sem a necessida-de de pressa, existem dois locais ao sul para ancorar o barco nesse percurso. Um desses locais é Puerto Toro, em Islã Navarino, a 45 milhas do próprio cabo, ponto de parada obrigatório para pessoas que decidem esperar o tempo melhorar antes de seguirem ao sul.

A passagem pelo Cabo Horn é aquele problema clássico das viagens em mar aber-to, só que pior: é um trecho de mar com on-das grandes e vento intenso. Não é necessá-rio dizer que nossa travessia provavelmente não seria um “domingo de vela” agradável. O ponto de ancoragem em Isla Horn não é seguro, e pelo menos uma pessoa da tripula-ção jamais deveria sair do barco no caso da âncora começar a arrastar. Devido a isso, nós precisaríamos de outro barco para nos acom-

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panhar, de modo que uma pessoa ficasse em cada barco dando a chance para o resto da tripulação desembarcar.

Nós discutimos muito se deveríamos ou não ir até lá. Em parceria com o Iron Lady, combinamos de ir juntos se o tempo estives-se bom. Primeiro nós fomos para Caleta Tres

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Mares, lugar que já conhecíamos e gostáva-mos. Fizemos um ótimo churrasco na praia, mas, embora estivesse muito bom, estávamos vestindo roupas quentes demais para a praia.

Depois de duas noites, partimos bem cedo (5h) com a intenção de ir até Caleta Maxwell, que é mais perto e mais a oeste do Cabo Horn. Velejamos para o Sul, passando pela Baia Nassau a 15 nós com vento noro-este. Por volta das 16h, já estávamos entre as ilhotas daquela paisagem, e pudemos chegar ao porto antes das 17h. Não chegamos a en-frentar ventos fortes, mas o Iron Lady, nosso veleiro de apoio, estando uma hora de via-gem atrás de nós, não teve a mesma sorte. Descemos a âncora, e amarramos o barco com dois cabos resistentes. Quando o Iron Lady chegou, a tripulação parou ao lado do nosso Kleiner Bar, e jantamos todos juntos, logo depois de termos providenciado lugares onde passar a noite.

O plano era contornar o Cabo no dia seguinte. Se o tempo estivesse bom, retor-naríamos a Puerto Toro para passar a noite. Deixamos o porto mais ou menos às 8h, com a previsão do tempo indicando um vento de 20 - 25 nós, com rajadas de 30, e ondas de até 3 metros. Quando chegamos ao Sul da ilha o vento já atingia 25 nós, e aumentan-do. Estávamos navegando com o mínimo da vela principal, e muito pouco da genoa. Para equilibrar a distância com o Iron Lady, passa-mos a usar somente a vela principal.

O vento aumentou para 40 nós, e as on-das dobravam de tamanho a cada minuto. Era muito difícil conseguir enxergar o outro barco por completo. Às vezes, só se via o topo do mastro.

Velejamos em volta do Cabo Horn, e batemos muitas fotos. Nós só conseguíamos imaginar o quão complicado e perigoso de-veria ter sido para os marinheiros de antiga-mente passarem por esse lugar. Do mesmo modo, a travessia dessas águas por veleja-dores em competição e em condições bem piores que a nossa agora parece ainda mais incrível e admirável. Chegamos perto da baia onde pudemos ancorar o barco para visitar o Cabo. Só poderíamos ter certeza se era pos-sível ancorar ou não depois de chegar bem perto. Mesmo com o pessoal do Iron Lady preferindo seguir adiante, decidimos ficar. Já estávamos ali, afinal. Deixamos os motores li-gados e Werner ficou no barco enquanto eu fui com as crianças até lá. Depois trocamos de função, e cada um teve a oportunidade de conhecer melhor aquele lugar misterio-

Lúcia, Nina e Lucas com o galhardete do Clube no farol da ilha Horn

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Memorial Albatroz em homenagem aos marinheiros

Werner, Nina, Lúcia e Lucas marcaram a presença do VDS no Club Naval de Yates Micalvi, em Puerto Williams, ilha Navarino, no Canal de Beagle

so. Nina e Lucas estavam começando a ficar um pouco enjoados, mas, depois que come-çamos a contornar o Cabo, eles já estavam bem, e ansiosos para parar na Ilha Horn.

Há uma família morando na ilha. Um casal e dois filhos, um menino de 7 anos, e uma menina de 13. Ian é um oficial da Ma-rinha que já está lá faz um ano, e sua família veio para lhe fazer companhia há apenas dois meses. Ian veio até a praia para nos ajudar a aterrisar. E se eu digo “aterrisar”, é porque havia ondas quebrando incessantemente na-quela praia rochosa. Conseguimos descer sem grandes problemas e incrivelmente secos! Fi-camos caminhando e batendo fotos por ali, mas é preciso dizer que o vento estava tão forte que só caminhar reto já era um desafio. Fomos até o farol para assinar o livro de visi-tantes e marcar o símbolo do Veleiros do Sul, nosso clube náutico. Não tínhamos certeza se conseguiríamos fazer isso, mas estamos or-gulhosos por ter conseguido! Quando volta-mos para o barco, o vento estava ainda mais

*Werner e Lúcia se conheceram na adolescência no Veleiros do Sul e em 1999 foram morar na Nova Zelândia. Em maio 2008 saíram de Auckland com os filhos para uma navegação ao redor do mundo no veleiro Kleiner Bar de 41 pés. Eles passaram pelo Pacífico, ilhas Salomão, Papua Nova Guiné, Austrália, Indonésia, Malásia, Tailândia, Sri Lanka, Maldivas, Oman, Iêmen, na Eritréia, Su-dão e Egito, no Mediterrâneo, Chipre, Turquia, Grécia, Itália, Espanha, Gibral-tar, Ilhas Canárias, Cabo Verde e Brasil. Agora a família está fazendo a viagem de retorno à Nova Zelândia. Acompanhe a viagem e deixe mensagens no blog: http://www.sailblogs.com/member/kleinerbar/

forte, e decidimos que era melhor sair logo dali e procurar um porto seguro. Werner, que tinha ficado no barco, infelizmente não pode visitar a ilha. De toda forma, estávamos mui-to felizes de ter dado a volta no Cabo Horn, foi uma grande conquista para nós. Não era algo extremamente necessário para a nossa viagem, mas estávamos tão perto desse local lendário que queríamos dar uma olhada de perto. Paramos no porto determinado, e jan-tamos junto com a tripulação do Iron Lady para celebrar nossa aventura.

Foi um orgulho para nos podermos ter representado o Veleiros do Sul colocando a sua flâmula no Cabo Horn e também no Club Naval de Yates Micalvi, em Puerto Williams, que é clube náutico mais ao sul do mundo.

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Depois da navegação pelo extremo sul, o Kleiner Bar está seguindo viagem pelo

Canal de Magalhães rumo ao norte com des-tino a Puerto Montt e depois irão mais acima até Valdívia. No percurso a família tem feito pequenas paradas nas caletas dos canais para curtirem a exuberante natureza, geleiras e apreciarem a companhia de baleias e focas.

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Um clima intimista tomou conta do Bar Náutico no brasileiríssimo jantar Antô-

nio Carlos BRASILEIRO de Almeida Jobim realizado pelo Barcelos Gas-tronomia na noite de 15 de março. Com cardápio fabuloso repleto de delícias da culinária tupiniquim o jantar reuniu os associados e ami-gos que prestigiaram a noite. A mú-sica ficou a cargo do cantor Chico Paixão.

Entre as delícias oferecidas no menu de degustação estavam Cal-dinho de Feijão com Borda de Fa-rofa, Escondidinho de Carne Seca, Asinhas de Frango Picante, Chips de Mandioca, Dadinhos de quei-jo coalho a milanesa e muito mais. Conforme os chefs do Barcelos Gastronomia Aline Trevisan e Pedro Barcelos, o projeto é realizar um jantar temático por mês no espaço mais aconchegante do Clube.

Noite Brasileira no Bar Náutico

SOCIAL

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Opticolônia do Veleiros do Sul foi uma opção de lazer nas férias que conquistou as crian-ças neste verão. Durante sete semanas de janeiro a fevereiro, frequentaram em torno de 200 crianças, com idades que variaram dos 4 aos 12 anos. O interesse despertado pela colônia atingiu os pequenos pelo seu caráter lúdico e pedagógico. Boa parte teve pela primeira vez contato com o rio Guaíba e a vela.

Elas experimentaram um leque de ativi-dades, desde a iniciação à vela, passeios de barcos, pescaria, arvorismo, tirolesa, passeio de trilhas e stand-up (prancha) rema-rema e mini-regatas, além de diversas brincadeiras na piscina e no pátio. Aventura e natureza marcaram a Opticolônia.

Porém não foi só lazer, teve também a

Opticolônia fez sucesso neste verão

parte educacional. As crianças assistiram a peças de teatro infantil e palestras. Os te-mas abordados foram à educação no trân-sito, educação ambiental e nutrição infantil, graças à parceria entre o Clube e a EPTC, DMAE, SMAM e Editora Bororó 25.

O trabalho com as crianças teve a cargo da experiente equipe formada pelos profes-sores Cássio Dornelles, Ana Paula do Prato, Bibiana Lopez, Mariana Gliesch (Escola de Vela Minuano) e com o apoio dos marinhei-ros do Clube: Patrick Johnstone, Carlos Car-valho e Mariel Hoch. Conforme o supervisor da colônia, professor Mauro Ferreira, o saldo da temporada foi muito positivo. “O projeto foi bem recebido pelas crianças e pais e o sucesso nos motivou a organização de mais colônias durante o ano”.

Passeios de barco pelo Guaíba e trilhas

na ilha das Pedras Brancas

ACrianças receberam noções de vela e meio ambiente na Colônia Arvorismo e tirolesa no pátio do Clube

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A Escola de Vela Minuano retomou suas atividades na primeira semana de março com algumas novidades.

Embalado pelo entusiasmo nas Opticolônias de verão a aula inaugural teve a presença de 20 crianças na turma de recreação e 18 na Iniciação a Vela Infantil. E no final de março foi realizado o primeiro acantonamento des-sa temporada. A idéia é que eles sejam men-sais. A EVM também está programando um passeio ciclístico e Colônia de Férias intensiva para julho.

Os cursos de vela também já iniciaram suas atividades. A programação para os meses de abril e maio está montada e as inscrições abertas. A Escola de Vela Minuano oferece seus cursos com aulas práticas e teóricas para os alunos adquirirem conhecimentos sobre a arte de velejar numa sequência pedagógica que proporcione um aprendizado de manei-ra fácil e eficiente,

Os cursos são para as categorias infantil, adulto e habilitações da marinha. Os níveis variam, desde a iniciação a vela até os de aperfeiçoamento à regata. A escola possui embarcações seguras das classes monotipos

Cursos de vela e recreação

A parceria entre a Escola de Vela Minuano e a Nautos Indústria Metalúrgica foi renovada em março. O apoio da Nautos à EVM tem contribuído para a manutenção dos barcos destinados ao en-sino da vela com o fornecimento de peças. A Nautos, fundada em 1976, produz ferragens e acessórios para veleiros. Hoje conta com um mix de produtos com mais de 1500 itens e atende desde bar-cos escola (Optimist) até veleiros de 120’ (Mega Yatchs).

Nautos apoia a EVM

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Programação de maio

Cursos a partir do dia 19• Iniciação a Vela Adultos• Iniciação a Vela de Oceano• Iniciação a Vela Infantil• Aperfeiçoamento a Vela Infantil• Iniciação a Regata Infantil

e oceano. Os instrutores possuem boa expe-riência e também são constantemente atuali-zados. Na Escola também frequentam pesso-as não sócias do Clube.

Programação de abril

Cursos a partir do dia 14• Iniciação a Vela Adultos• Iniciação a Vela de Oceano • Iniciação a Vela Infantil• Aperfeiçoamento a Vela Infantil

Mais informações pelos fones: (51) 3275 1733 e 3265 1717Ramal 4 ou email: [email protected]

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PATRIMÔNIO

A manutenção do guincho grande é preventiva e corretiva

Nos últimos dois meses a comodoria deu prossegui-mento a várias obras no

Clube. A área leste foi a que mais recebeu intervenções. A principal foi a construção do píer de concreto de 52 metros que revitalizou aquele espaço e deu mais um opção para os associados atracarem os barcos.

Novo píer na área lesteO píer receberá em abril dois flutu-antes.

O calçamento do trecho que dá acesso ao quiosque do mato e ao novo píer foi concluído no final de fevereiro. Na pavimentação foram utilizados blocos de cimento PAVS e também construída a canalização para o escoamento pluvial. Agora

praticamente toda a parte leste do pátio está pavimentada. No quios-que do mato foi ampliado o cal-çamento com lajes de gres, assim como o trecho do estacionamento até o píer.

Na parte de manutenção foram solucionados os problemas dos vaza-mentos no telhado da sede do Clube com a troca de telhas e consertos das calhas. Por muitos anos as goteiras de água da chuva vinham causando estragos na estrutura do telhado e no forro no salão do restaurante e na entrada social. As telhas quebradas foram substituídas, as partes danifi-cadas da madeira foram arrumadas e o teto da entrada social pintado. A reparação de telhados também se estendeu nos hangares 9, 8 e 5.

No salão da churrasqueira Vento Sul começou a reforma das áreas in-terna e externa. Na parte de dentro os tijolos das paredes foram lixados e receberam tinta seladora de pedra e resina acrílica. O forro também está sendo recuperado e pintado. As janelas e beiradas do telhado foram lixadas e pintadas com tinta base e tinta protecolor UV Imbuia. O Clube também adquiriu uma nova central telefônica. O equipamento Píer receberá dois flutuantes para os barcos atracarem

Área leste está pavimentada

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PATRIMÔNIO

A Secretaria Administrativa do Veleiros do Sul se-gue renovando o banco de dados com fotos e infor-mações dos associados. O trabalho tem por objetivo a confecção das novas carteiras de sócio. No formato de cartão magnético, os novos cartões serão duráveis e práticos. Todos os associados devem comparecer na Secretaria Administrativa do Clube para fazer a atuali-zação de dados e tirar a foto para o documento.

Caso não seja possível comparecer ao Clube, é

O Veleiros do Sul comunica aos comandantes de barcos que é obri-gatório o preenchimento do Aviso de Saída de Embarcação. Eles estão disponíveis impressos na Secretaria Esportiva, na Portaria do Clube e no Hangar 8. A portaria do Clube também está com rádio VHF, canal 68, para receber o comunicado de aviso de saída, caso o formulário não te-nha sido preenchido em terra. O documento também está disponível no menu principal do site do VDS na barra SERVIÇOS.

É importante lembrar que o Aviso é uma obrigatoriedade das Nor-mas da Autoridade Marítima para Amadores - NORMAM 03, capítulo 6, item 603, e que precisará ser cumprida por todos navegadores.Formulários estão em vários pontos no Clube

Aviso de Saída de Embarcação

Confecção da nova carteira socialpermitido enviar foto e dados por e-mail para a atualização. O e-mail deve ser enviado para [email protected] e conter uma foto 3x4 nítida, escaneada em boa resolução, com nome completo do associado, matrícula, endereço, e-mail e telefone.

PABX Siemens Hipath 1150 atende as necessidades de comunicação do Clube e ainda permite a ampliação gradual do sistema, acompanhando o nosso crescimento.

No setor de náutica os guinchos estão sendo reparados. No guincho rápido, próximo à rampa central, o

motor passou por uma reforma. A parte mecânica teve peças substitu-ídas, entre as quais a cremalheira. E também foi consertado um pro-blema elétrico que possivelmente tenha sido decorrente do desgaste do motor. O guincho grande, de 20 toneladas, está recebendo uma ma-

nutenção preventiva e corretiva para estar de acordo com as normas de segurança e proporcionar um servi-ço com garantia aos associados. A empresa contratada para fazer o ser-viço no guincho expedirá um ART – CREA (Anotação de Responsabilida-de Técnica).

Guincho rápido passou por reforma e recebeu reforço Vento Sul está sendo recuperada e pintada

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O Campeonato Brasileiro da Clas-se Laser ocorreu de 19 a 27 de

janeiro na represa da hidrelétrica de Três Marias, a 275 km de Belo Hori-zonte, no Noroeste de Minas Gerais. O Veleiros do Sul participou no Bra-sileiro de Laser Standard com quatro representantes. O melhor classifica-do do grupo foi o Henrique Dias, 7º lugar na geral. Ele obteve duas vitórias nas regatas finais. As demais classificações na Standard foram: 16º - Adrion Santos (2º Pré- master), 25º - Gustavo Zipperer e 57º - Ader Santos. Das 10 regatas programadas em cada classe apenas a metade foi realizada em dois dias devido a falta de vento. No 19º Brasileiro de Laser Radial, Henrique Dias foi vice-cam-peão (1º sênior) e Rodrigo Quevedo 48º. A competição foi de 19 a 22 com a presença de 86 velejadores.

O brasiliense João Ramos foi o campeão no 38º Brasileiro da classe Standard, o catarinense Mario Maz-zaferro, no 19º Brasileiro Radial e o paulista Gabriel Elstrodt ficou com o título no 16º Brasileiro de Laser 4.7.

O Brasileiro Standard teve a par-

Brasileiro de Laser em Minas GeraisHenrique Dias foi vice-campeão na classe Radial

ticipação de 83 velejadores e na 4.7, com 46, de 13 estados. O Campeo-nato Brasileiro da Classe Laser foi a primeira seletiva para os mundiais da International Laser Class Association – ILCA. O Campeonato Brasileiro

da Classe Laser foi organizado pela Associação Brasileira da Classe Laser – ABCL, Prefeitura Municipal de Três Marias e Cemig, que também foi pa-trocinadora do evento juntamente com a Votorantim Metais.

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O Campeonato Centro Sul-Americano da classe Laser foi disputado de 1 º a 10 de março no Yacht Club Argentino, em Buenos Aires. A classificação ge-

Sul-Americano de Laser em Buenos Aires

Henrique Dias

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ral do time do Veleiros do Sul foi: Adrion Santos em 27º lugar, Gustavo Zipperer em 34º e Augusto Moreira em 41º. Adrion sagrou-se campeão na categoria Pré-master e Augusto Moreira, vice-campeão na categoria Master. O título da Laser Standard ficou com argentino Julio Alsogaray e em segundo o brasileiro Bruno Fon-tes, após sete regatas.

Na Laser Radial Henrique Dias (VDS), terminou na 10ª colocação na flotilha ouro. A argentina Ceci-lia Carranza Saroli foi a campeão do Sul-Americano. Henrique também participou na Laser 4.7 e terminou em 12º lugar. A vitória foi da argentina Lucia Falasca. Participaram 161 velejadores no total na Standard, Ra-dial e 4.7 da Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Peru, Uruguai, Venezuela e El Salvador.

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O velejador Thiago Ribas, da Flotilha Minuano, terminou a disputa na terceira colo-

cação no 40º Campeonato Brasilei-ro da Classe Optimist realizado de 15 a 22 de janeiro em Porto Alegre. Ainda pela flotilha do VDS, Gabriel Lopes, que venceu uma regata no último dia do campeonato, ficou em 32º. Tiago Quevedo foi o 49º e Ana Paula Lutz do Canto a 71º colocada. Com 40 pontos perdidos Thiago ficou atrás apenas do campeão Leonardo Lombardi, da Flotilha Naval Charitas (26 pontos), e de Rodrigo Luz (33 pontos) do Iate Clube do Rio de Ja-neiro, que vinha liderando a compe-tição. A catarinense Maria Luiza Rupp (ICSC) foi a campeã no feminino. Comemorando o pódio, Thiago diz que o campeonato foi bom. “Com as condições que tivemos, com ven-to, foi possível mostrar quem veleja bem. Gostei bastante do meu resul-tado, mas também acho que pode-ria ter ido melhor”, despista Thiago. Capitão da Flotilha Minuano, Diego Quevedo conta que as condições de regata estiveram perfeitas e só ajudaram aos mais de 120 barcos que estiveram na raia da Tristeza. “A flotilha foi muito bem, as coloca-ções que obtivemos são um estímulo para melhorá-las. Temos qualida-de, o que vamos buscar agora é a

Flotilha Minuano foi bem no Brasileiro de Optimist

quantidade”, destaca Quevedo que convida os associados a trazerem os seus filhos à Escola de Vela Minuano. Já o técnico da Flotilha Minuano Geison Mendes analisa que no geral o resultado foi melhor que o espe-rado. “O Thiago Ribas velejou muito bem em todo o campeonato e teve apenas um dia que não foi favorável. O Gabriel e o Tiago Quevedo mos-traram na raia o resultado de um ano de empenho, fizeram um grande tra-

O Brasileiro de Optimist teve a participação de 120 velejadores

Thiago recebendo o troféu com a bandeira do VDS

balho. A Ana Paula só não foi melhor porque não se preparou o suficien-te, mas teve um bom desempenho”, aponta.

Na Copa Brasil de Optimist Es-treantes, que antecedeu o Brasileiro, teve apenas duas regatas realizadas das seis programadas, devido às más condições do tempo. O Veleiros do Sul participou da Copa com o veleja-dor Nicolas Mueller que ficou na 32ª colocação.

Flotilha Minuano e pais na abertura do Brasileiro

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ntre tantos outros clubes e destinos foi o Veleiros do Sul o escolhido pela velejadora olímpica da classe Laser Radial Adriana Kos-tiw para realizar seus treinos para os Jogos de Londres. A paulista tem um currículo admi-rável na vela. É oito vezes campeã brasilei-ra, dez vezes campeã paulista e duas vezes campeã sul-americana, tem uma medalha de bronze dos Jogos Pan Americanos de 2007 no Rio e representou o Brasil nas Olimpíadas de Atenas em 2004. Agora treina para a sua segunda Olimpíada.

Adriana morou em Porto Alegre por dois anos. Veio pela primeira vez à cidade em 1998 com a hoje técnica da CBVM Marta Ro-cha, formaram dupla na 470, e desde então criou laços com a cidade. Além dos amigos que fez, tem em Porto Alegre o apoio técni-co necessário para evoluir. Hoje conta com o treinador Geison Mendes Dzioubanov, que se destacou na preparação das atletas do Ma-tch Race.

“Além do grande trabalho que ele fez com as meninas, o Geison é muito didático. Porto Alegre é bacana por isso, há muitas pes-soas que exploram a vela profissionalmente”, afirma Adriana.

A atleta treina diariamente no Núcleo de Vela de Alto Rendimento do Veleiros do Sul, onde dispõe de alojamento e preparação físi-ca. No Clube, encontra a parceria e apoio de amigos que a acompanham no treinamento,

A escolha de uma campeã

como o velejador Henrique Dias, vice-cam-peão sênior no Sul-Americano de Laser radial na Argentina.

“O Clube está sempre movimentado, sempre tem gente. E além da estrutura, tem todo o tipo de serviço por perto, um shop-ping enorme a cinco minutos com tudo à disposição, coisas que dificilmente a gente consegue. Tenho companhia nos treinos, te-nho à disposição o trabalho maravilhoso do preparador físico Ariel de Deus. Sempre digo que quem vem pra cá correr ou treinar preci-sa aproveitar ao máximo”, completa.

Além dos treinos diários de três horas no barco Laser, Adriana também corre e pedala. A intenção é fazer um trabalho físico mais in-tenso. “Quero chegar em Waymouth o mais forte o possível. As condições na Inglaterra são difíceis e desgastam muito o atleta. A dis-tância entre a raia da regata e o Clube é enor-me, cerca de 5 milhas, então é importante ter um bom preparo.

Antes dos Jogos a velejadora ainda trei-nará bastante em Porto Alegre e São Paulo e também disputa competições importantes como o Mundial de Laser Radial na Alema-nha em maio e no Skandia Sail for Gold Re-gatta, em junho, na mesma raia olímpica. Até lá, segue contando com o suporte do Veleiros do Sul, tendo sua base em Porto Alegre, cida-de que se declara admiradora:

“Brinco que o lugar ideal para viver teria a modernidade de São Paulo, a beleza do Rio de Janeiro e as pessoas de Porto Alegre. Ado-ro as pessoas daqui e sou apaixonada pela cidade. Gosto de ir e voltar ao Gasômetro pe-dalando pela orla, da tranquilidade, do clima do Rio Grande do Sul”.

Henrique é um dos parceiros nos treinos

Adriana adora o ambiente do Clube

E

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O MINUANO 33

O Festival de Optimist de 2011 foi uma regata in port devi-do ao vento forte de até 30

nós nas rajadas que sopraram no dia 18 de dezembro no Guaíba. A raia foi montada nas águas abrigadas pelo molhe entre os trapiches da marina. Os competidores foram contornan-do as boias até completarem as três voltas do percurso, acompanhados pela torcida em terra.

O Festival é uma regata de aspec-to único nascido no Veleiros do Sul. Por ser uma competição festiva algu-mas regras são deixadas de lado para dar o clima propício de diversão e brincadeira. Aberto para velejadores de todas as idades, crianças, jovens e adultos e número irrestrito de tripu-lantes, desde que suportado pelo bar-quinho. E como de costume as adap-tações de velas também eram livres.

Participaram 14 barcos, alguns tripulados por duplas de amigos, ir-mãos, pais e filhos. Antônia Gick, 3

anos, ganhou o prêmio Optibaby, por ser a mais jovem do Festival. Ela velejou junto com a irmã Catarina e o pai André. O primeiro a cruzar a linha de chegada foi o ex-optimist Henrique Dias que venceu pela se-gunda vez consecutiva a competi-ção. Na categoria veterano Mário Ri-chter ficou em primeiro, na Estreante

festival de Optimist

rita richterhomenageou

festival de Optimist

rita richterhomenageou

Largada dentro do porto em virtude do vento forte

O percurso da regata foi entre os três trapiches do Clube

Nicolas Mueller e na categoria Escola de Vela, Taís Quevedo.

Nesta edição o evento foi ain-da mais especial, pois prestou uma homenagem a Rita Richter, que de-dicou muitos anos de sua vida para a classe Optimist. A partir de agora passará a se chamar Festival Rita Ri-chter de Optimist.

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O MINUANO34

CLASSIFICAÇãO GERAL

1º Henrique Silva Dias2º Tiago Quevedo e Gabriel Mueller

3º Philipp Grochtmann4º Mário Richter5º Juan Teixeira

6º Rodrigo Quevedo7º Diego Quevedo e Taís Quevedo

8º Ana Roth e Guilherme Roth9º Gabriel Lopes e Nicolas Mueller

10º Roger Lamb11º Lucas Corrêa e Mariana Silva

12º Andre Gick e Catarina Gick e Antônia Gick13º Bryan Luiz e Gustavo Azambuja

14º André Richter

A premiação do Festival foi tam-bém o momento de reconheci-

mento a uma mulher que teve um papel destacado no desenvolvimen-to da vela infanto-juvenil. É impos-sível falar da história da classe Opti-mist, não só do Veleiros do Sul como da flotilha gaúcha, sem mencionar o nome de Rita Richter.

Durante 10 anos ela comandou, incentivou e treinou as crianças da Optimist. Sua trajetória começou ainda antes com a classe Pinguim, na qual trabalhou por sete anos. Rita, hoje com 83 anos, acompanhada

dos filhos e netos recebeu o carinho e o agradecimento dos seus ex-opt-mistas, e alguns com filhos que hoje fazem parte da classe.

O associado Eduardo Secco Hof meister falou em nome do grupo lembrando de quanto ela dedicava seu tempo com as crianças. Mencio-nou alguns episódios como uma ida até Recife de ônibus. “Ela sozinha cuidou de 10 crianças na viagem”. Sempre acompanhou os velejadores pelo Brasil e exterior. Sua atuação também se destacou fora do estado, Rita auxiliou na fundação da classe Optimist em Santa Catarina, colabo-

Ex-optimistas velejaram acompanhados pelos filhos

Rita com a placa em sua homenagem pelos “relevantes serviços prestados à Escola de Vela Minuano e Flotilha Minuano de Optimist”

rou com as flotilhas de São Paulo e Pernambuco.

O vice-comodoro Eduardo Scheidegger entregou uma placa em nome do Veleiros do Sul “pelos rele-vantes serviços prestados a Escola de Vela Minuano e Flotilha Minuano.”

Rita agradeceu e dividiu a ho-menagem com o seu marido já fa-lecido, Bruno, que lhe deu grande incentivo e foi comodoro esportivo do Clube. O dirigente disse que “era um reconhecimento que tardou para ser feito” e também agradeceu a as-sociada Clarissa Reguly pela sugestão da homenagem.

Gerações passadas de Optimistas também vieram dar o seu carinho para a “Mãe Rita”

Homenagem a “mãe rita”

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O MINUANO 35

PREMIAÇãO DO FESTIVAL

Alunos Escola de Vela:1º Taís Quevedo (c), 2º Ana Roth3º Lucas Corrêa

Ex-Optimist: 1º Henrique Dias (campeão geral), 2º Philipp Grochtmann e 3º Juan Teixeira

Melhor torcida: Ana Roth e Tina Roth

Velejador mais Experiente: Mário Richter

Optibaby (velejador mais jovem): Antônia Gick

Melhor Dupla: Gabriel Mueller e Tiago Quevedo

Jumbo: André Richter

Opti Shock (que mais bateu nas boias): Guilherme Roth

Prêmio para velejadora mais charmosa: Catarina Gick

Veteranos: 1º Mário Richter (c), 2º Rodrigo Quevedo e 3º Diego Quevedo

Estreantes: 1º Gabriel Lopes e Nicolas Mueller (d)

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a verdade a tradicional competição de final de ano foi de apenas três horas. A regata largou no dia 17 de dezembro de 2011 em frente ao Veleiros do Sul às 13h05min. Pela metade da tarde a comissão de regatas pre-cisou encurtar a competição por motivo de segurança em consequência do mau tem-po.

A dupla Augusto Moreira e Philipp Gro-chtmann foi a campeã geral do torneio e da classe standard ao completar 10 voltas do percurso triangular às 16h03min30s. Na classe Radial André Passow e Henrique Dias foram os vencedores.

Cada barco contava com dois tripulan-

regata Seis Horas de Laser

tes que se revezaram durante a competi-ção. A troca de timoneiros era obrigatória a cada duas voltas e acontecia em um flutu-ante colocado na orla do Clube e próximo à raia. Durante os momentos de descanso os velejadores aproveitavam o churrasco de espetinhos servidos pelo Clube, isso até a chuva chegar. No começo da tarde o vento foi de direção noroeste e intensidade de 12 nós, mas aumentou com a proximidade do temporal. A Regata Seis Horas teve a parti-cipação de nove duplas do Veleiros do Sul, Clube dos Jangadeiros, SAVA Clube e Rio Grande Yacht Club. A premiação foi reali-zada logo após o término da competição.

Flotilha na montagem de bóia em frente a orla do Clube

N

O MINUANO36

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CLASSE STANDARD1º Augusto Moreira/

Philipp Grochtmann (VDS)2º Eduardo Sokolnik/

Rodrigo Rodrigues (RGYC) 3º Ivandel Lourenço/

Luís Antonio Serrano (SAVA) 4º Bryan Luiz / Gustavo Azambuja (VDS)

CLASSE RADIAL1º André Passow/Henrique Dias (VDS)

2º Antonio Cavalcanti/Andrei Kneip (VDS)3º Gustavo Thiesen/Vilnei Goldmeier (VDS)4º Rodrigo Quevedo/Andre Richter (VDS)5º Ademir Pires/Delmar Meinerz (SAVA)

CATEGORIAS VENCEDORES STANDARD

Master: Ivandel Lourenço/Luís Antonio Serrano

Júnior: Eduardo Sokolnik/Rodrigo Rodrigues

CLASSE RADIAL JúNIOR1º Antonio Cavalcanti/ André Kneip (CDJ)

A turma dos premiados após a competição

Momento da troca, desastrada, de tripulação

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O MINUANO38

Brasileiro de Laser deste ano foi realizado na terra de Guimarães Rosa, na represa de Três Marias, 300 km de Belo Horizonte. O campeonato teve o fantástico patrocínio da CEMIG, empresa energética mineira, Grupo Votorantim e Prefeitura Municipal de Três Marias. Hospedaram, transportaram e abri-garam tripulantes e barcos, e até agregados.

O nome do município vem de um passo de tropas do rio São Francisco, onde numa hospedaria a família tinha três filhas, cujos nomes eram Maria disso, Maria daquilo...

Embora o lago seja de tamanho muito bom, quando se olha da margem parece o Guaíba, visto de Ipanema. Porém, como os patrocinadores não pagaram pelo vento, este não deu as caras no lago por aqueles dias, ou talvez seja sempre assim. A escolha desse lugar onde não existe este esporte, só se jus-tificaria se também fosse feito um programa muito forte para a formação de uma base do esporte da vela naquele longínquo rincão.

Os brasileiros de Laser não são mais como antes, com a diminuição de participantes da classe Standard e o fantástico crescimento da 4.7, o campeonato mais parecia de Optimist, pela enorme quantidade de familiares e trei-nadores. Até as decisões na assembleia da classe era semelhante porque sofria grande influência de pais de velejadores. A própria Comissão de Regatas teve de se esforçar para explicar decisões que nós pouco entendía-mos.

Laser no Sertão Por Boris Ostergren

O campeonato foi dividido em dois eventos: Laser Radial na primeira semana e Laser Standard e 4.7 na segunda. Essa segun-da fase foi tremendamente desafiadora para a CR. Os 4.7 alcançaram os últimos barcos da Standard e os primeiros STD alcançaram os 4.7. A parte técnica sofreu grande risco no evento.

Dos nossos velejadores o grande desta-que foi o Henrique Dias. Ele velejou na Ra-dial e ficou em segundo lugar, e na série se-guinte (Standard) terminou em 7º lugar, onde venceu as duas últimas provas. Adrion San-tos, sofreu devido ao seu peso, na Standard, devido ao tão pouco vento. Contundo esteve sempre no primeiro terço devido a sua gran-de experiência. O Gustavo Zipperer padeceu ainda mais já que o vento em nenhuma rega-ta alcançou 7 nós de intensidade. Ader San-tos, o mais novo da turma na classe, esteve sempre no meio do pelotão.

O vencedor João Ramos, do Distrito Fe-deral, é velejador master, não muito leve, mas experiente em ventos lacustres. Ele deu grande demonstração de competência domi-nando completamente a numerosa flotilha. A divulgação do evento destacou o campeona-to como o primeiro realizado numa cidade do interior do Brasil. Na verdade não foi a primeira vez. No começo da década de 1980 teve um Brasileiro de Laser na cidade de São Lourenço do Sul, à beira da Lagoa dos Patos.

A turma do Veleiros do Sul se preparou para levar o campeonato de 2013 para o Clu-be. Os cartazes que foram afixados antes das regatas começarem, a palestra do Henrique na assembléia e a já conhecida capacidade do VDS nessas organizações não deu chance as outras candidaturas.

OVISãO EM PARALAXE

Foto

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ação

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600 Full - 20072 Volvo D12, 800HP - ID 2879

580 Full - 20042 MAN 800, 800HP - ID 2742

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Atlantis 54 - 20102 Volvo D12 800, 800HP - ID 2621

500 Full - 20012 Megateck, 720HP - ID 2766

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