o dinamismo do mundo rural nos séculos xii
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Reanimação do comércio
Clima de paz
Aumento da produtividade agrícola
e acumulação de excedentes
Crescimento da população
Melhoria dos transportes
Os almocreves tiveram um papel muito importante no comércio. Estes homens vendiam os seus produtos de terra em terra. Também as feiras e mercados passaram a desempenhar um papel muito importante na renovação do comércio interno.
MERCADOS
Tinham uma dimensão apenas local ou regional e realizavam-se com relativa frequência (eram normalmente quinzenais ou mensais).
FEIRAS
Eram, geralmente, anuais, atraindo muitos mercadores. Podiam ter uma dimensão regional, nacional e até internacional. Um dos exemplos mais famosos de feiras de carácter internacional eram as feiras da região de Champagne (França).
Carta de Feira: documento
passado pelo rei, a autorizar a realização da feira num determinado local. Nele estavam os direitos e obrigações dos feirantes.
Carta de feiraEu, Afonso [D.Afonso III], rei de Portugal,considerando a utilidade pública e privadanão só da minha cidade da Guarda, mastambém de todo o reino de Portugal, assimcomo dos moradores dos lugarescircunvizinhos, estabeleci e estabeleçouma feira nessa cidade da Guarda em cadaano com a duração de quinze dias, sendooito antes da festa de S. João Baptista nomês de Junho e oito dias após a mesmafesta. Mandei e mando que nos quinze diasantes da dita festa de S. João e que nosquinze dias seguintes à mesma festa todosos que vierem a essa feira venham emsegurança e em salvo por todo o Reino dePortugal, com todas as coisas emercadorias […].Dado em Santarém por ordem de el-rei […]na era de 1239.
Cit. Por Virgínia Rau, Subsídios para o Estudo das Feiras
Medievais Portuguesas
Feiras medievais portuguesas
Os reis portugueses, sobretudo D. Afonso III e D. Dinis, mostraram grande interesse na criação de feiras.D. Dinis foi mesmo mais longe ao criar as feiras francas, nas quais os feirantes estavam isentos de pagar impostos ao rei.
O crescimento da cidade de Lisboa (sécs. X – XIV)
A expansão comercial levou ao desenvolvimento das cidades. A população urbana aumentou de tal forma que muitas pessoas se estabeleceram fora das muralhas, dando origem a burgos novos. Os seus habitantes eram os burgueses.
A nobreza e o clero portugueses
Senhorios
Laicos ou honras
Pertenciam à nobreza
Eclesiásticos ou coutos
Pertenciam ao clero
Organização concelhia
Concelho – comunidade de habitantes (vizinhos)
de uma povoação, com autonomia administrativa, política e judicial.
Carta de Foral – carta régia ou senhorial que
reconhecia ao concelho o direito de se governar, eleger os seus magistrados e que regulava os direitos e deveres dos habitantes. O documento definia ainda os limites territoriais do concelho.
Habitantes do concelho:-homens-bons (cavaleiros-vilãos, depois da Reconquista), eram os mais ricos e influentes;
-Peões ( agricultores, comerciantes e artífices), eram a maior parte da população concelhia.
Pelourinho de Oliveira do Hospital (símbolo da autonomia concelhia)
A Domus Municipalis era uma espécie de “Câmara Municipal”, onde se reunia a assembleia dos homens-bons do concelho.
Domus Municipalis de Bragança
O fortalecimento do poder real
InquiriçõesInquéritos
destinados a
recuperar as terras
usurpadas pelos
senhores à CoroaConfirmaçõesDocumentos que
comprovam a
legalidade de
doações
anteriores.
Leis de
desamortizaçãoLeis que impediam a
concentração de
terras na posse do
clero.
Beneplácito
régioMedida do rei que
impedia a
circulação de
bulas papais sem
a sua autorização.
Medidas
Áreas e rotas do comércio europeu nos séculos XIII e XIV
Séc. XII – Desenvolvimento
do comércio internacional:
rotas comerciais marítimas e
terrestres
Principais centros de
trocas comerciais:
• Cidades do Norte da
Itália: Génova, Veneza e
Florença;
•Flandres e Mar Báltico:
Bruges e Gand;
• Feiras de Champagne;
• Liga Hanseática
(aliança comercial e
defensiva que integrava
muitas cidades da zona
do mar Báltico)
•Desenvolvem-se novas
técnicas de comércio
(contabilidade e cálculo)
e novos meios de
pagamento (letras de
câmbio e cheques).
• Surgem os cambistas,
que mais tarde se
tornam banqueiros, que
faziam o câmbio das
várias moedas e
concediam empréstimos
em troca do pagamento
de juros).
Lisboa, devido à sua boa
localização geográfica, servia de
intercâmbio e de porto de escala.
Era uma cidade muito apreciada
por mercadores estrangeiros.
Muitos deles escolheram Lisboa
para se fixarem.
De Lisboa também partiam muitos
mercadores para venderem as
suas mercadorias no Norte da
Europa.
Portugal: - exportava vinho, azeite, cortiça , frutos secos e sal. - importava tecidos, metais, armas, madeiras, especiarias, artigos de luxo e cereais.
Apoio dos monarcas portugueses ao comércio:
D. Dinis criou a
Bolsa de
Mercadores, com o
objectivo de
proteger os
comerciantes em
caso de acidente e
perda das
mercadorias
D. Afonso IV
assinou um
tratado de
comércio com a
Inglaterra
D. Fernando
criou a
Companhia das
Naus, que
funcionava
como uma
espécie de
seguradora
marítima