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O Campeonato Carioca começa neste final de semana. E o time de maior torcida não terá seus jogos exibidos pela televisão. Globo e Flamengo não chegaram a um acordo e, a princípio, os jogos que contam com a

participação do time ficarão sem ter exibição em qualquer tipo de mídia, já que os outros clubes que disputam o estadual do Rio posseum acordo com a emissora.

O Flamengo alega que o clube hoje está em uma "nova fase" em relação a 2016, quando havia assinado o contrato com o Grupo Globo para o Carioca. O clube tinha um acordo diferenciado em relação às demais equipes, com menor prazo de duração, mas no valor de R$ 15 milhões anuais, como possuem Botafogo, Flumi-nense e Vasco (os outros times do Estadual dividem entre si R$ 60 milhões). Agora,

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1416 - SEXTA-FEIRA, 17 / JANEIRO / 2020

de reais é o quanto a Globo desembolsa, por temporada, com os direitos de transmissão exclusivos do Campeonato Carioca 120mi

Negócio trava, e Fla não terá TV no Carioca

a diretoria flamenguista exige maior dinheiro do que qualquer outra equipe."A posição da emissora em só renovar o contrato mantendo exatamente as mes-

mas condições comerciais acertadas em 2016, não levando em conta a nova fase do Flamengo e nenhum dos pontos sugeridos pelo clube para uma possível reno-vação, faz com que os jogos de nosso time de futebol profissional no Carioca 2020 não serão transmitidos nos canais abertos da Rede Globo de Televisão, no SportTV em TV Paga e no Canal Premiere em sistema PPV", disse o Flamengo em nota.

A Globo, também em nota, rebateu o clube e afirmou que não fechará negócio com valores diferenciados para o Flamengo em detrimento das outras equipes. A emissora ainda usou o exemplo do Campeonato Brasileiro para justificar a posição.

"O valor pedido pela diretoria do time rubro-negro está muito acima do acerto já feito com os outros clubes e a Federação do Rio de Janeiro. Adotamos cada vez mais modelos com critérios que visam maior equilíbrio e valorizam a meritocracia esportiva e comercial na alocação dos valores, em vez de valores diferenciados que acabam resultando em desigualdade preestabelecida. É um sinal de respeito pelas equipes e pelos torcedores que defendem todas as cores e bandeiras nas arqui-bancadas do Rio de Janeiro. Sem distinção. É a forma de a Globo contribuir para um futebol brasileiro mais equilibrado, mais consistente, que seja bom para todos e não apenas para alguns", dizia parte do comunicado emitido pela emissora.

Na nota, a Globo afirma que ainda tentará um acordo com o Flamengo e diz que prosseguirá normalmente com a cobertura jornalística do clube em suas mídias. A estreia flamenguista contra o Macaé, neste sábado, porém, não terá transmissão.

C O C A - C O L A R E N O VA A P O R T E A O PA I N G A M I N G

N B A 2 K FA R Á S E L E T I VA E M S E U L PA R A L I G A V I R T U A L

O investimento da Coca-Cola no e-Sports ganhou novo capítulo, com a renovação do patrocínio ao paiN Gam-ing, um dos principais times de League of Legends do Brasil. O acordo começa a valer a partir do dia 25, quando tem início a temporada do LoL.

"Estamos muito contentes com essa renovação e ampliação da parceria com a maior equipe da América Latina que é estratégica para a marca estar cada vez mais engajada com o público jovem", diz Yugo Motta, gerente de comunica-ção e marketing da Coca-Cola Brasil.

Para a paiN, a presença do parceiro e de suas ativações ampliam o contato de mais pessoas com o e-Sports.

A NBA e a produrora de games Take-Two farão nos próximos dias 20 e 21, em Seul (Coreia do Sul), a primei-ra seletiva de jogadores para o draft da NBA 2K League, a competição virtual da liga americana de basquete.

Os 20 principais jogadores de NBA 2K da Austrália, Nova Zelândia, China, Coreia do Sul e Filipinas estarão participando do torneio. Representantes da NBA, joga-dores atuais da liga virtual e olheiros escolherão os atletas que participarão do draft para a NBA 2K League 2020.

O P I N I Ã O

Mercado breca o delírio dos dirigentes

O Flamengo alegar que está em "outro nível" para exigir mais dinheiro da televisão na transmissão do Estadual do Rio é uma das maiores piadas recentes produzidas pelas cartolas furadas que ainda estão no futebol.

Usar como argumento ser melhor do que os outros para exigir mais da TV é um contrassenso em relação ao próprio status que o clube diz ter conseguido atingir. Se o Flamengo realmente está em "outro nível", ele precisaria saber que quem determina o valor a ser pago por uma competição não é um time, mas o torneio em si. E, seguin-do essa lógica pura e simples, o Estadual do Rio não justifica nem mesmo os R$ 120 milhões que a Globo já paga atualmente para poder transmitir com exclusividade.

O que o Flamengo quer dizer é mais ou menos que, pelo fato de a casa dele ter sido reformada por dentro, ter sido instalada uma internet de alta velocidade e a fa-

chada ser limpinha, ela vale muito mais do que todas as outras que estão ao seu lado, com os mesmos problemas e defeitos que o bairro em que ele está possui.

Sim, a analogia é tosca. Mas talvez ela funcione para que os dirigentes percebam o quão tosco é usar como argumento "es-tar outro nível" para pedir mais da TV.

O clube realmente se distanciou de seus rivais no Rio de Janeiro. Mas o Fla-mengo ainda segue disputando o Campe-onato Carioca, não a Champions League.

O lado bom da história é que a Globo parece, realmente, disposta a não ceder. Assim como fez com o Palmeiras no Brasileirão, a emissora começa a colocar raciona-lidade na compra de direitos, o que é fundamental para garantir mais equilíbrio den-tro de campo e fazer o trabalho que deveria ser de clubes, federações e confederações.Enquanto a verba de mídia não for mais bem distribuída, o negócio não prospera.

Outro choque de realidade que o futebol parece ter percebido ao longo de 2019 foi o vivido pelo Corinthians no acordo com o banco BMG. O clube anunciou que a meta estabelecida pelo banco é de pagar R$ 3 milhões a cada 100 mil correntistas oriundos do clube. Até agora, em um ano, 30 mil contas Meu Corinthians BMG fo-ram abertas. O resultado é quase 10% daquilo que o clube ousou dizer que consegui-ria abrir rapidamente na entrevista coletiva em que anunciou a parceria, há um ano.

O mercado vai fazendo baixar o delírio de febre dos nossos dirigentes. Como em tudo na vida, quem determina o valor das coisas não é apenas quem venda, mas prin-cipalmente quem compra o produto. O mercado é o choque de realidade do futebol.

Flamengo alegar "outro nível" para

exigir mais da TV é não olhar para o

nível do torneio que ele vai disputar

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

Fórmula 1 terá preliminar com GP só para mulheres

O tenista sérvio Novak Djokovic finalmente receberá o dinheiro que deveria ter sido pago pelo estado do Rio de Janeiro pela disputa de um amistoso contra Gustavo Kuerten no ginásio do Maracanãzinho e a inauguração de quadras na cidade.

O governo do Rio desistiu de recorrer da decisão da Justiça que deu ganho de causa ao sérvio, que não recebeu US$ 650 mil dos US$ 1,1 milhão que foi acordado.

Com isso, após sete anos o sér-vio conseguirá receber pelo trabal-ho que realizou e não foi pago.

Segundo a decisão da Justiça, o Rio terá de pagar, em valores cor-rigidos, R$ 2.993.556,05 ao sérvio, que é hoje o número 2 do mundo.

R I O P E R D E A Ç Ã O E T E R Á D E PA G A R R $ 3 M I PA R A D J O K O V I C

A Ligue 1, organizadora do Campeonato Francês, anunciou um

time de sete embaixadores globais, que terá como missão divulgar o tor-neio em feiras e eventos pelo mundo.

A equipe, que já tinha o brasileiro Edmilson e o marfinense Didier

Drogba, agora conta com os franceses Dehu, Papin, Giuly e Silvestre, além

do português Pauleta. A ideia da Ligue 1 é usar o passsado desses atle-tas com os times da Liga para atrair

novas audiências para o torneio.

L IGUE 1 , DA FRANÇA, MONTA T IME COM SETE EMBAIXADORES

PELO MUNDO

POR REDAÇÃO

Em meio ao processo de reformulação de imagem, a Fór-mula 1 decidiu colocar como evento de abertura uma corrida exclusivamente com pilotos mulheres. A categoria feminina W Series fará parte dos eventos em duas etapas já em 2020: nas corridas realizadas no México e nos Estados Unidos.

A parceria com a Fórmula 1 representará uma expansão no calendário da W Series. Na temporada de 2019, foram seis etapas de corridas só com mulheres. Agora, com as provas que antecederão a categoria mais famosa, serão oito GPs.

A Fórmula 1 não tem separação por gênero, e nada impe-de que mulheres corram ao lado dos homens. Pilotos mulhe-res, no entanto, são raridades, e há mais de duas décadas que não há uma representante feminina nas pistas.

A W Series, por outro lado, tem aberto alguns caminhos. Atualmente, Jamie Chadwick, que é a campeã da categoria, é também piloto de desenvolvimento da Williams.

Em nota divulgada no site oficial da W Series, a CEO da categoria, Catherine Bond Muir, celebrou o ganho comercial que as corridas terão com a parceria com a Fórmula 1.

"O fato de a W Series ser ainda maior e ainda melhor em 2020 tornará o retorno do investimento para nossos futuros parceiros patrocinadores melhor e maior também", afirmou.

No fim de 2019, a W Series anunciou o primeiro patroci-nador, uma parceria com a ROKiT Phones. A companhia já possuía outros acordos no automobilismo, inclusive sendo a principal patrocinadora da equipes Williams na Fórmula 1.

O Corinthians publicou um vídeo em suas redes sociais para incentivar os torcedores a abrirem uma conta na plataforma do clube com o banco BMG. A diferença das outras peças de comunicação do parceiro máster

da equipe é que, dessa vez, houve um número estabelecido como meta, na primei-ra ação de fato transparente do clube para falar sobre o seu patrocinador.

Em filme, o goleiro Cássio afirma: “A cada 100 mil contas abertas, o Timão ganha R$ 3 milhões em bônus”. Nesta semana, a informação já havia sido dita pelo diretor administrativo do time, André Luiz de Oliveira, em sua conta pessoal do Instagram. Nesta quinta-feira (16), o clube usou o dado como peça de comunicação oficial.

Os valores entre Corinthians e BMG causaram controvérsia no último ano, quan-do o contrato foi anunciado. Na ocasião, a equipe falou em R$ 30 milhões pelo contrato, dando a entender que essa seria a quantia anual paga pelo banco.

Na época, a Máquina do Esporte revelou que, na verdade, o valor já adiantava dois anos do contarto, mais bonificações. Por contrato, o BMG paga R$ 12 milhões anuais ao clube, valor inferior à metade do que o Corinthians recebia da Caixa.

Na apresentação do BMG, o presidente do clube, Andrés Sanchez, chegou a afirmar que haveria um “presente” caso o banco conseguisse 200 mil contas pelo aplicativo com a marca do Corinthians. Não foi dito, no entanto, qual seria o valor.

Segundo o site “Meu Timão”, a parceria encerrou 2019 com um número bem abaixo dessa meta, com apenas 30 mil contas abertas na parceria. O patrocínio entre Corinthians e BMG também ganhou um novo capítulo no fim de 2019, quan-do o banco participou diretamente da contratação do meia Luan, por € 5 milhões.

Corinthians revela meta de contas com o BMG

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POR REDAÇÃO