novo decreto flexibiliza algumas atividades, mas …
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R$ 1,00 www.jornaldasalagoas.com.brAlagoas, 21 de abril | Ano 1 | Nº 257 | 2020
NOVO DECRETO FLEXIBILIZA ALGUMAS ATIVIDADES, MAS ENDURECE PARA QUEM VIER A DESCUMPRIR REGRAS
CORONAVÍRUS
Ao contrário do que tinha sugerido em coletiva antes do de-creto, Renan Filho não estendeu a quarentena até o dia 15 de maio. O novo decreto tem como prazo 5 de maio. O Executivo endureceu as medidas sanitárias e reforçou recomendações, mas liberou ativi-dades como bancas de revistas, li-vrarias e lojas de aviamento. Após a pressão do setor produtivo, o
emedebista disse que começará a fazer liberações gradativas, con-forme o estudo dos dados sobre a pandemia em Alagoas. O Estado tem sofrido com as perdas eco-nômicas e demissões. Próximo do dia 5, outras medidas devem ser anunciadas pelo governo estadual e a perspectiva agora muda, já que passa a ser a espera por mais liberações. Página 5
Renan Filho libera parte das modali-dades comerciais, mas reforça me-didas sanitárias como uso de más-caras e fala em aplicação de multas
Tesouro nacionaldesembolsou R$ 51 bilhões no combate à Covid-19
Cresce o descumprimento do isolamento em Maceió
George Santoro: “Desordenação econômica está clara”
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Após manifestações, Bolsonaro diz que STF
e Congresso ficam ‘abertos e transparentes’Contrariando alguns manifestantes apoiadores
de seu governo, que pediam intervenção militar e um novo AI-5, Bolsonaro defendeu que não se pode falar em fechamento de Congresso ou de STF nesse momento. Segundo o presidente, os poderes consti-tucionais precisam estar aberto e transparentes,
pois a democracia precisa ser respeitada. A declara-ção vem depois de uma entrevista em que ele disse que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem levado o país ao caos. A crise política vivenciada no país ganhou um novo patamar depois das manifes-tações no domingo passado. Página 6
V I S I T E N O S S O S I T E : W W W . J O R N A L D A S A LA G O A S . C O M . B R
OPINIÃO
202021 de abril2
Jorge Luiz Borges TinocoDiretor-Executivo
Luis VilarEditor-Geral
Benedito LimaDiagramação
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EXPEDIENTE
No dia de ontem se comemorou 181 anos
do nascimento de Aureliano Cândido de
Tavares Bastos. O pensador e político ala-
goano, lá do século XIX, foi um pioneiro
em muitas lutas nesse país, como a defesa
de um pacto federativo que descentrali-
zasse a nação, dando mais autonomia às
regiões para o desenvolvimento econômi-
co e para evitar muito poder concentrado
nas mãos de um governo federal.
Além dessa pauta, Tavares Bastos foi um
ferrenho defensor de um modelo de edu-
cação pública voltado às potencialidades
de um povo e com foco não apenas na
evolução moral do homem, mas também
de suas aptidões para o empreendedoris-
mo e o desenvolvimento de todas as suas
potencialidades. Bastos defendia as liber-
dades individuais, incluindo aí o pioneiris-
mo também na causa do abolicionismo,
sendo um dos inspiradores de Joaquim
Nabuco.
Suas obras, no período em que escreveu,
deixaram marcas profundas na discus-
são política nacional, como foi o caso de
Cartas do Solitário, que reúne muitas
das ideias que defendeu na tribuna do
que hoje seria o Congresso Nacional, em
1861, como também o livro A Província,
que é seu maior escrito na defesa de
diversos temas que – em sua visão –
fariam do Brasil um país grande. Bastos
foi um gigante do pensamento político.
Um autodidata na Filosofia, demonstrava
um intelectualismo genuíno, que não via
a cultura apenas como um mero adorno,
mas como necessária à produção de boas
ideias e, consequentemente, boas práti-
cas. Assim, se fez doutor em Direito aos
21 anos de idade.
Teve uma vida intelectual intensa, apesar
do precoce falecimento, antes mesmo
de chegar aos 40 anos de idade. Infeliz-
mente, Bastos – que deixou lições para
o futuro – acabou sendo esquecido por
diversas gerações. Não há como discutir
federalismo no Brasil sem ir às suas obras.
O impressionante é como muito de suas
E D I T O R I A L
181 anos de Tavares Bastos… ideias permanecem atuais, como a luta
por uma maior liberdade econômica e
por um Estado que pessasse menos ao
bolso do contribuinte, mas – ao mesmo
tempo – fosse mais eficiente em sua
atividade-fim de prestação de serviços,
sem perder tempo e recursos com
aquilo que não era sua função básica.
Bastos via no Estado um “mal ne-
cessário” e, portanto, que precisava
ter seus poderes tolhidos para que
se preservasse sempre os direitos
naturais do homem e para que elites
dominantes não se tornassem oli-
garquias plutocráticas a corromper
os costumes e tradições de um povo
que, na visão do alagoano, independiam
do poder público, mas se formavam pela
tradição, pelos aspectos regionais, pela
liberdade religiosa e pela herança cultural
passada de família para família. Em outras
palavras, Bastos já antecipava ali um de-
bate que hoje é tão feito e refeito a cada
novo processo eleitoral.
Os 181 anos de Tavares Bastos não de-
veria passar em branco, assim como ne-
nhum dos seus aniversários. Infelizmente,
o resgate de todas as suas obras ainda
não foi feito como deveria, seja por inicia-
tivas privadas ou pelo poder público. No
ano passado, a Assembleia Legislativa do
Estado de Alagoas relançou uma biografia
de Tavares Bastos, mas ainda é muito
pouco, pois a obra acabou ficando restrita
a pequenos círculos, apesar da excelente
inciativa da Mesa Diretora presidida pelo
deputado estadual Marcelo Victor.
Em legislatura passada, a Mesa Diretora
liderada pelo hoje conselheiro, na época
deputado, Fernando Toledo relançou o
livro A Província. Uma nobre iniciativa,
mas que não ganhou a luz como deveria.
Todavia, são duas iniciativas que devem
ser louvadas.
Em um Estado que tem uma Imprensa
Oficial que tem resgatado e publicado
boas obras, seria de fundamental im-
portância que se fizesse o relançamento
do livro A Província de Tavares Bastos
em uma larga escala, que se espalhasse
e se discutisse suas ideias, obviamente
separando aquilo que é datado e que não
mais se aplica, no atual momento. Afinal,
o Brasil ainda carece de discutir des-
centralização, da visão profundamente
municipalista. É, por exemplo, a base do
projeto do atual ministro da Economia,
Paulo Guedes, na busca por rever o atual
pacto federativo.
A ideia posta atualmente carece de maior
debate que, devido à pandemia do co-
ronavírus, não tem como ser feito nesse
momento. Mas, o momento vai chegar
e, interessante seria que, inspirados por
Tavares Bastos, alguns deputados fede-
rais e senadores pudessem compreender
a importância dessas ideias para a defesa
da liberdade tanto individual como de um
corpo social em relação ao poder centra-
lizador, que hoje se concentra na União.
Tavares Bastos é sinônimo de demo-
cracia pujante, e defesa de seu povo, de
reconhecimento do papel das minorias
dentro de uma sociedade, de tolerância
para com o divergente, de sensibilidade
social para com os mais vulneráveis.
Enfim, Tavares Bastos sempre merece ser
revisitado. É um alagoano que faz com
que tenhamos orgulho de sermos desse
solo. Viva Tavares Bastos.
21 de abril 32020
OPINIÃO
O mercado de desenvolvimento humano será um dos segmentos que eu acredito que crescerá nesse período Pós-Covid 19 e tenho um motivo muito simples para acre-ditar nisso: mais do que nunca os empresá-rios e empreendedores precisaram tomar atitudes difíceis que cobrarão seu preço em suas relações.
Pessoas não são números, então se você pensa que existe algum prazer sádico em demitir alguém esteja enganado. Pessoas são a razão das empresas, elas são feitas para elas e por elas. Dito isso, vamos para o segundo ponto que é um pouco mais delicado: demissões acontecerão, isso é certo. Nesse contexto atual elas vão acon-tecer num medida desesperada de perder uma parte e salvar o todo, é como um mé-dico amputando o pé necrosado antes que contamine o corpo. Uma medida abrupta e radical para tentar a sobrevivência.
Quem devemos demitir? A produtivida-de é parâmetro justo, mas não o único. Por isso que acredito que consultores, mento-res e coach’s serão importantes numa série
de medidas estratégicas que empresários e empreendedores terão que tomar num futuro próximo.
Agora vamos para o outro lado, não é em um curso de final de semana que alguém vai ter posse da verdade do univer-so. E sendo sincero alguns profissionais, na vontade de vender mais cursos, tem feito promessas que não serão cumpridas, canibalizando o mercado.
Em minhas consultorias atuo no com-portamental. Quando as consultorias precisam de aspectos contábeis, por exemplo, faço parcerias com pessoas aptas para complementar e entregar aquilo que o contratante necessita.
Críticos mais ferrenhos apelam nor-malmente para a falácia do argumento de autoridade, óbvio que não devemos pedir conselhos jurídicos a um médico, ele não tem o conhecimento para isso, mas talvez você não precise desse suporte. Ótimo! Madre Teresa, Michael Jordan, Tiger Woods, Oprah, Bill Cliton e Bernardinho precisaram.
A Ignorância e o Desenvolvimento Humano
ARTIGO | Luís Antônio Santos*
* É educador, terapeuta holístico e consultor sistêmico
EM ALTA
EM BAIXA
A pressão popular por uma reabertura
gradativa de algumas das atividades econô-micas, com medidas protetivas para fun-
cionários e clientes, foi ouvida pelo governador Renan Filho, que cedeu. Notem que, em coletiva
anterior ao anúncio do decreto, ele falou em endurecer ainda mais e estender o prazo de quarentena até o dia 15 de maio. O decreto,
entretanto, vem com determinações até o dia 5 e com novos pontos comerciais que poderão ser
abertos desde que adotem as medidas sanitárias necessárias. Prevaleceu o bom senso graças aos
reclames do setor produtivo, que mostrou ao governador os números de perdas da economia e do desemprego em massa. Ele precisava ouvir
a voz da razão e o fez. Agora, com base nas novas medidas é monitorar para não errar em passos futuros, sempre no exercício da lógica,
do bom senso, com os dados postos, mas de for-ma transparente. Por sinal, essa tem sido uma das dificuldades, já que o governo de Alagoas
não tem sido exemplar nesse ponto.
Agora, uma coisa é a pressão popular em
busca do bom senso: a reabertura gradativa das atividades econô-
micas amparadas pelos dados da realidade para que o remédio não se
torne pior do que a doença. Essa pressão é sim válida, bem como a busca por transparência
por parte de governadores do país inteiro e prefeitos, pois verbas estão chegando para se
combater a pandemia. A outra é subestimar o perigo e fazer manifestações que ferem a de-
mocracia, com pedidos inoportunos de AI-5 ou intervenção militar. Temos um presidente legi-timamente eleito, assim como um Congresso. Por pior que seja o defeito do Congresso atual ou as críticas ao presidente, a pressão deve ser
feita de forma legítima. Acaba todo mundo tensionando a corda para um lado e o Brasil é quem perde. Bolsonaro acertou, ontem, quan-
do chamou a atenção de um manifestante para parar com essa coisa de fechar instituições. O
presidente poderia ser mais incisivo nisso.
CENA
URBANA
Em Maceió, manifestan-
tes se concentraram em
frente ao quartel do 59º
Batalhão de Infantaria
Motorizada, na Av. Fer-
nandes Lima, pedindo
intervenção militar, fe-
chamento do Congresso
Nacional e do STF, além
do fim da quarentena de-
cretada pelo governador
Renan Filho em Alagoas,
que impede o funciona-
Ira
ce
ma
Fe
rro
mento da maior parte dos
estabelecimentos comer-
ciais entre outros empreen-
dimentos.
Na fiscalização do sábado passado, a PM/AL registrou 25 ocorrên-
cias na região metropolitana da capital alagoana. Segundo a corporação, os flagrantes de descumprimento significam 25% a mais do que a quanti-dade registrada no dia anterior, quando foram registradas 20 ocorrências.
Dos registros, o número de flagrantes de funcionamento irregular de bares, restaurantes, lanchonetes e congêneres soma mais da metade das ocorrên-cias, foram 15 casos. As demais situações foram no comércio, academias, atividade de venda em praias e lagoas, além de templos e igrejas.
Ao todo, foram emprega-dos 734 militares, divididos em 257 viaturas do policiamento ordinário das unidades do Comando de Policiamento da Capital (CPC) e do Programa Força Tarefa, além das unida-
des distribuídas pelo interior do Estado. As equipes estão reali-zando o policiamento ostensivo e ainda serviços destinados ao cumprimento do Decreto governamental, como a restri-ção do transporte rodoviário intermunicipal.
ORIENTAÇÃODurante os flagrantes, a
polícia orienta o fechamento do estabelecimento e pode autuar o proprietário em caso de deso-
bediência. A corporação lembra que é crime previsto no Código Penal a infração de determina-ção do poder público destinada a impedir introdução ou propa-gação de doença contagiosa.
DENÚNCIASSegundo a Polícia Militar, a
população tem cumprido um papel importante, seja ficando em casa ou denunciando por meio dos telefones 190 e 181. A Secretaria de Estado
da Segurança Pública (SSP) salienta que o número 190 é indicado para que as pessoas o utilizem em situações de flagrante, como, por exemplo, um estabelecimento comercial não listado na portaria como serviço essencial e que está atendendo o público normal-mente. Já o Disque Denúncia, o 181, é mais indicado para rece-ber denúncias de ações que foram divulgadas para ocorrer, como um show.
MACEIÓ
Cresce descumprimento às medidas de isolamento em Maceió, afirma PM
Dados divulgados pela Polícia Militar
de Alagoas (PM/AL) mostraram
que o número de ocorrências de
descumprimento ao decreto de
emergência cresceu em Maceió. O decreto
estabelece medidas de distanciamento
social para o combate e enfrentamento ao
novo coronavírus (Covid-19) em
Alagoas.
202021 de abril4
CORONAVÍRUS | Abertura de bares, restaurantes e lanchonetes soma mais da metade das ocorrências
Redação
A pesquisa de Intenção de Consumo das Famí-lias (ICF) realizada em
Maceió pelo Instituto Feco-mércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que, mesmo em meio à pandemia do Covid-19 (coronavírus), houve ligeira alta de 0,8% na variação mensal do consumo, em Maceió.
Embora pequena, a eleva-ção encerra a sequência de quedas registrada no primeiro trimestre. Contudo, o consumo de abril deste ano está 1,9% mais baixo do que no mesmo período do ano passado.
Avaliando os dados do levan-
tamento, o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomér-cio AL), Felippe Rocha atribui, em parte, a ligeira elevação do consumo em tempos de pandemia ao aumento de 4,8% na confiança dos trabalhado-res quanto à manutenção do Emprego Atual. “Podemos entender que o aumento da confiança recai sobre a apro-vação da MP 936, que permite a preservação do emprego e renda dos trabalhadores, por meio da redução da jornada e dos salários, mas com comple-mentação da renda assegurada pelo governo federal. Isso deu maior confiança aos empre-
gado em tempos de quarentena e isolamento social”, explica.
Ainda de acordo com a pesquisa, também aumentou a sensação de melhora em termos de perspectiva profis-sional (0,8%), demonstrando que as pessoas acreditam que, pós-pandemia, a recuperação da atividade econômica será rápida, permitindo aumento de salários e promoções.
Apesar de os maceio-enses elevaram a intenção de consumo e se sentirem mais seguros no emprego, o consumo a prazo teve queda de 0,4%. Porém, o subindicador de nível atual de consumo, compa-rado com o mesmo mês do ano passado, está 0,6% acima. “Essa
sensação se deve ao isolamento social, pois ao irem aos merca-dos e comprarem com o intuito de estocar um volume maior de alimentos e produtos em casa, a impressão de estarem consu-mindo mais aumenta”, observa Felippe.
Com os consumidores em casa, a intenção de adquirir bens de maior valor caiu, justificando a redução nas compras a prazo. Por outro lado, com a queda na demanda, os preços estão caindo e já começam a desper-tar o interesse de alguns consu-midores, elevando, na variação mensal, o consumo de bens duráveis em 1,4%. “Embora possa parecer contraditório, não o é. A economia é cíclica e
rápida. Como a demanda por bens duráveis caiu sensivel-mente, bem como a procura por outros bens, a exemplo de combustíveis, os preços foram retrocedendo e, como conse-quência, o consumo de bens duráveis. Ou seja, enquanto a maior parcela de consumidores tem evitado comprar produtos caros, outra já vê uma oportuni-dade”, explica o economista.
Na avaliação do econo-mista, a perspectiva de consumo deve cair 5% nos próximos meses como conse-quência da redução de renda e do valor do auxílio emergen-cial, que ajudará, mas não aten-derá a todas as necessidades de boa parte das famílias.
Mesmo com isolamento social, intenção de consumo das famílias aumenta
Policiais militares estão de
prontidão nas ruas para fazer
cumprir as regras de isolamento
O documento foi publi-cado em um suple-mento do Diário Oficial
de ontem. De acordo com Renan
FIlho, o novo decreto irá manter medidas de isolamento social, mas liberando uma parcela do comércio e mantendo as prin-cipais diretrizes do decreto anterior. “Sei que estamos sepa-rados fisicamente mas unidos num único pensamento: salvar vidas”, escreveu Renan Filho.
MEDIDASSegundo o Governo de
Alagoas, o novo decreto autoriza o funcionamento de papelarias, livrarias, bancas de revista, lojas de material de limpeza, lavande-rias, concessionárias de veículos e lojas de aviamentos e tecidos em todo o Estado, mas ressalta que o funcionamento destes locais deve ocorrer seguindo as devidas medidas de higieni-zação, prevenção e cuidados para evitar a contaminação pela Covid-19), preservando a saúde dos funcionários e clientes.
NOVAS REGRAS Ainda que o novo texto traga
flexibilidade para o comércio alagoano, o mesmo apresenta novas regras, mais firmes, para a
circulação das pessoas nas ruas, a exemplo do uso obrigatório de máscaras para funcionários e clientes de bancos, grandes supermercados e estabeleci-mentos com mais de 200 metros quadrados.
De acordo com o Governo do Estado, clientes que não esti-verem fazendo uso de máscaras, não poderão entrar nos locais citados anteriormente. E em caso de não possuir o material de proteção, o estabelecimento deve oferecer a máscara ao cliente.
Segundo Renan Filho, a reabertura do comércio ocor-rerá de forma gradativa e todos deverão cumprir as regras de prevenção. “Todos poderão
funcionar de acordo com regras claras para evitar aglomerações e riscos aos seus funcionários e clientes”, diz trecho do decreto.
VOLTAO novo decreto causou
surpresa nos bastidores, pois – em coletiva passada – Renan Filho falou tanto em endure-cimento de medidas, como chegou a afirmar que o novo decreto valeria até o dia 15 de maio, mas a medida publicada se estende até o próximo dia 5. Após esse prazo, um novo decreto deve ser publicado, com base nos estudo dos dados em relação ao coronavírus em Alagoas, como número de infec-tados, mortos, disponibilidade
de leitos, dentre outros fatores. Renan Filho vinha sofrendo
pressão de entidades do setor produtivo e foi alvo de mani-festações que cobravam a reto-mada da abertura econômica. O setor do comércio, bens e serviços, por exemplo, reclama-vam de perdas que beiravam R$ 1,6 bilhões. O Turismo acumula perda de R$ 1,5 bilhões. Em Maceió, a Aliança Comercial chegou a falar em mais de 1,7 mil demissões nesse período. Segundo informações de basti-dores, o diálogo com o setor produtivo e a representativi-dade desses números provo-caram algumas alterações na forma de pensar do Executivo estadual.
21 de abril 52020
ALAGOAS
Renan Filho fez o teste após o diagnóstico positivo do secretário da Fazenda
Turismo está entre as ativi-
dades mais prejudicadas pela
quarentena do novo corona-
vírus
Decreto flexibiliza atividades no comércio e endurece as medidas para a circulação
COVID-19 | Renan Filho permitiu abertura de novos setores, como papelarias, livrarias e bancas de revistas
Ainda no domingo passado, o governador
Renan Filho (MDB) adiantou – por meio das suas redes – as
próximas medidas do decreto que passou a
ser válido desde ontem em Alagoas para tentar
combater os avanços da pandemia no Estado.
O governador permitiu a reabertura de alguns
setores da economia, flexibilizando um pouco
a parada econômica, mas endureceu as
regras para a circulação de pessoas, como forma de manter a quarentena
e o isolamento social.
Vanessa Ataíde
Estagiária
O g o v e r n a d o r d e Alagoas, Renan Filho (MDB), usou a sua
conta no Instagram, na para informar que testou nega-tivo para o novo coronavírus (Covid-19). O gestor fez o exame após o secretário de Estado da Fazenda (Sefaz/AL), George Santoro, confir-mar positivo seu exame para a doença.
Na sequência de vídeos gravados e compartilhados,
inicialmente, Renan Filho apresenta o estado de saúde do gestor da Sefaz/AL.
“Alguns dias atrás, o secre-tário da Fazenda do Estado de Alagoas, George Santoro, apresentando sintomas, fez um teste para coronavírus, e o teste deu positivo. Graças a Deus ele ta bem, não precisou ser hospitalizado, está fazendo o tratamento em casa”, contou o governador.
Em seguida, Renan justi-
fica a decisão em também fazer um teste para a Covid-19 e apresentou o resultado do exame. “Pela nossa proximi-dade [com Santoro], de traba-lho, quase que diário, juntos, eu resolvi fazer o exame também e, como me comprometi, que apresentaria o resultado do exame assim que o resultado saísse, queria dizer a todos que o resultado foi negativo e apresentar o exame a vocês”, divulgou o gestor alagoano.
Governador Renan Filho testa negativo para novo coronavírusMárcio Ferreira/ Arquivo Pessoal
“Eu estou aqui porque acredito em vocês. Vocês estão aqui
porque acreditam no Brasil. Nós não queremos negociar nada. Nós queremos é ação pelo Brasil”, disse no ato.
“O que tinha de velho ficou para trás. Nós temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exceção no Brasil, têm que ser patriotas, acreditar e fazer a sua parte para que nós possa-mos colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder”, completou.
Provocado por um apoia-dor, que pediu o fechamento do Supremo, Bolsonaro reagiu: “Sem essa conversa de fechar. Aqui não tem que fechar nada, dá licença aí. Aqui é democra-cia, aqui é respeito à Constitui-ção brasileira. E aqui é minha casa, é a tua casa. Então, peço por favor que não se fale isso aqui. Supremo aberto, transpa-rente. Congresso aberto, trans-parente”, afirmou.
O presidente afirmou que a pauta do ato do domingo, Dia do
Exército, era a volta ao trabalho e a ida do povo para a rua. Bolso-naro também responsabilizou “infiltrados” na manifestação por gritos e faixas que pediam fechamento do Congresso, STF e pediam a volta do Ato Insti-tuicional n° 5, usado no regime militar para punir opositores ao regime e cassar parlamentares.
“Em todo e qualquer movi-mento tem infiltrado, tem gente que tem a sua liberdade de expressão. Respeite a liber-dade de expressão. Pegue o meu discurso, dá dois minutos, não falei nada contra qualquer outro poder, muito pelo contrá-rio. Queremos voltar ao traba-lho, o povo quer isso. Estavam lá saudando o Exército Brasileiro. É isso, mais nada. Fora isso, é invencionice, é tentativa de incendiar uma nação que ainda está dentro da normalidade”, disse o presidente.
Defensor do relaxamento das medidas de isolamento social contra o vírus causador da pandemia, ainda na saída do Alvorada hoje, o presidente voltou a criticar medidas toma-das por alguns dos governa-
dores. “Tudo que é feito com excesso acaba tendo problema”, disse. De acordo com presi-dente, em alguns estados, as medidas restritivas não atingi-ram seu objetivo. “Espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus, todo mundo em casa. A massa não tem como ficar em casa porque a geladeira está vazia”, defendeu. “Aproxi-madamente 70% da população vai ser infectada, não adianta querer correr disso, é uma verdade. Estão com medo da verdade?”, complementou.
REAÇÕESAs mensagens vistas na
manifestação que pediam o
fechamento do Congresso, STF e a volta do AI-5 causaram reações em representantes do Judiciário, Legislativo, governa-dores e entidades que represen-tam a sociedade civil e até em antigos aliados.
Pelo Twitter, na manhã de ontem, o general Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secreta-ria de Governo da Presidência da República, disse que o Exér-cito é instituição do Estado. “Não participa das disputas de rotina. Democracia se faz com disputas civilizadas, equilíbrio de Poderes e aperfeiçoamento das instituições. O EB @exer-citoofcial tem prestígio porque é exemplar, honrado e um dos pilares da democracia”, disse.
BRASIL/MUNDO
202021 de abril6
“Sem essa conversa de fechar. Aqui não tem que fechar nada”, diz Bolsonaro
EXECUTIVO | Presidente fala sobre ida à manifestação e defendeu tanto STF quanto o Congresso abertos
O presidente da Re-pública, Jair Bolsona-
ro, defendeu ontem o Supremo Tribunal
Federal (STF) e o Congresso Nacional “abertos e transpa-rentes”. Ao deixar o Palácio da Alvorada, ele parou para falar
com apoioadores sobre a participação
dele em um ato em frente ao Quartel Ge-neral do Exército, em Brasília, no domingo passado. Na ocasião,
depois de acenar para centenas de pes-soas, o presidente fez um discurso em cima
da caçamba de uma caminhonete.
Ministros do STF criticaram manifestacões por pedidos de um novo AI-5
Na mesma rede social ministros do Supremo Tribunal Federal criti-
caram a manifestação. “É assus-tador ver manifestações pela volta do regime militar, após 30 anos de democracia. Defender a Constituição e as instituições democráticas faz parte do meu papel e do meu dever”, ressal-tou o ministro Luiz Roberto Barroso que também citou Martin Luther King: “Pior do que o grito dos maus é o silêncio dos bons.”
Gilmar Mendes, disse que a crise do novo coronavírus “só vai ser superada com responsa-bilidade política, união de todos
e solidariedade”. Já Marco Aurélio Mello
chamou os manifestantes de “saudosistas inoportunos” e afirmou que uma escalada auto-ritária está em curso no Brasil. “Não há espaço para retrocesso. Os ares são democráticos e assim continuarão. Visão tota-litária merece a excomunhão maior”, afirmou.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos principais alvos dos manifestantes, repudiou, em nome da Câmara dos Deputa-dos, “todo e qualquer ato que defenda a ditadura, atentando contra a Constituição”.
Entidades como a Associa-ção Nacional dos Procuradores da República também se mani-festaram. “Vemos com preo-cupação as manifestações de grupos pelo país defendendo o fechamento do Supremo Tribu-nal Federal e do Congresso Nacional e a volta do AI-5”. “A marcha democrática é uma conquista civilizatória que não admite retrocessos. Sem demo-cracia, não há concretização da liberdade nem da cidada-nia. Não há direitos individuais ou sociais, não há combate à corrupção. A defesa do regime democrático e de seus alicer-ces é dever de toda a sociedade
brasileira, sendo missão precí-pua do Ministério Público”, afir-mou.
Vários governadores, inclu-sive os dos três estados mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus, São Paulo, Ro de Janeiro e Ceará também se manifestaram. O governa-dor de São Paulo, João Doria, chamou de “lamentável” a atuação do presidente neste domingo. “Lamentável que o presidente da República apoie um ato antidemocrático, que afronta a democracia e exalta o AI-5. Repudio também os ataques ao Congresso Nacional e ao STF. O Brasil precisa vencer
a pandemia e deve preservar sua democracia”, disse.
Wilson Witzel do Rio de Janeiro também se manifestou. “Em vez de o presidente incitar a população contra os governa-dores e comandar uma grande rede de fake news para tentar assassinar nossas reputações, deveria cuidar da saúde dos brasileiros. Seguimos na missão de enfrentamento do covid--19.#rjcontraocoronavirus”. Camilo Santana, governador do Ceará, qualificou como “inacei-táveis e repugnantes” atos como o de domingo em Brasília. “O Brasil não se curvará jamais a este tipo de ameaça”, disse.
Agência Brasil
Bolsonaro discursando duran-
te a manifestação de domingo
passado
Acordo para suspensão ou a redução de jornada pode ser feita entre
empregador e trabalhadora doméstica. A Medida Provisória nº 936, de 1º de abril de 2020, instituiu o programa emer-gencial cujo objetivo é evitar demissões e garantir a renda dos trabalhadores no período de calamidade pública em decor-rência da pandemia de covid-19.
O empregado doméstico tem que ser avisado com 48 horas de antecedência e, durante o período que o empregador não paga salário, o funcionário recebe Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm).
De acordo com a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, o trabalhador domés-tico receberá o BEm tendo por base a média dos últimos três salários que tiver rece-bido, conforme registrado pelo empregador no sistema e-Social.
O empregador doméstico deve fazer um contrato escrito, com os termos do acordo: se o salário e jornada de trabalho serão reduzidos em 70%, 50% ou 25%, ou, ainda, se o contrato de trabalho será suspenso. Deve ser definido também o dia em que a redução ou suspensão terá início e o prazo de duração dessa condição. No site do e-Social há modelos de contratos.
O empregador deve se cadastrar no Portal de Servi-ços do Ministério da Economia
e, depois de cadastrado, deve acessar o menu “Benefício Emergencial” -> “Empregador Doméstico” e, então, cadastrar os trabalhadores que receberão o benefício, detalhando a moda-lidade pactuada (suspensão ou redução salarial). O prazo para esse cadastramento é de 10 dias, contados da data do acordo.
No eSocial, caso seja feita a suspensão contratual, o empregador deve informar o afastamento temporário para o empregado seguindo estes passos: Menu: Empregados > Gestão dos Empregados > Afas-tamento temporário > Registrar Afastamento. Deve ser preen-chida a data de início e término da suspensão, conforme acordado com o trabalhador, e selecionado o motivo “37
– Suspensão temporária do contrato de trabalho nos termos da MP 936/2020”.
Segundo o portal do eSocial, as folhas de pagamento do período em que o contrato de trabalho está suspenso são consi-deradas “sem movimento” e não precisam ser encerradas, uma vez que não há guia para recolhi-mento de tributos a ser gerada.
Se a suspensão não durar o mês inteiro, o eSocial calculará a remuneração referente aos dias em que tenha havido traba-lho. Nesse caso, o empregador deverá fechar a folha para que seja gerado o Documento de Arrecadação do e-Social (DAE) relativo às contribuições e depó-sito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O auxílio-desemprego
do programa é de um salário mínimo, ou seja, R$ 1.045. O empregador pode comple-mentar esse valor. Para isso, o empregador deve incluir manu-almente o valor da ajuda na folha de pagamento utilizando a rubrica “Ajuda Compensa-tória – MP 936”. Nesse caso, o empregador deverá fechar a folha do mês, inclusive para poder gerar o recibo de paga-mento dessa verba. O valor pago como complementação não é base de cálculo de FGTS, Imposto de Renda, nem contri-buição previdenciária, portanto não haverá geração de guia de recolhimento. Durante a suspen-são do contrato, não é possível conceder férias, informar outro afastamento ou mesmo fazer o desligamento do empregado.
Os números constam da ferramenta Monitora-mento dos Gastos da
União com Combate à Covid-19, lançada pelo Tesouro Nacional. O site será atuali-zado diariamente com infor-mações sobre as despesas pagas até o dia anterior.
Até agora, os maiores valo-res foram destinados ao paga-mento do auxílio emergencial, que consumiu R$ 27,04 bilhões do orçamento programado de R$ 98,2 bilhões. Em segundo lugar, vem a complementação do Tesouro Nacional para a linha de crédito que financiará o pagamento de salários a pequenas e médias empresas, no total de R$ 17 bilhões de um crédito extraordinário de R$ 34 bilhões.
O governo gastou ainda R$ 5,7 bilhões para despesas adicionais do Ministério da Saúde e das demais pastas, de um total de R$ 26,95 bilhões
previstos, e R$ 1,03 bilhão em ajudas aos estados e ao Distrito Federal, de um valor programado de R$ 16 bilhões para recompor os repasses dos Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios.
A nova ferramenta permi-tirá o acompanhamento das despesas previstas nos progra-
mas anunciados para enfren-tar a pandemia. Além do valor global dos gastos, o cidadão poderá verificar os desembol-sos em cada programa, compa-rando com a verba reservada pelo crédito extraordinário.
Segundo o Tesouro Nacio-nal, existe um intervalo entre o empenho (autorização do
gasto) e o efetivo pagamento, o que explica a baixa execução em algumas ações. “Destaca--se ainda que as políticas de combate à covid-19 têm dife-rentes prazos de execução para as suas despesas específi-cas, que podem ir até enquanto perdurar o período da calami-dade”, informou o órgão.
21 de abril 72020
ECONOMIA
Tesouro Nacional desembolsou quase R$ 51 bilhões em combate à Covid-19
PANDEMIA | Órgão lançou ferramenta para acompanhar os gastos do governo federal em tempo real
Os gastos do governo federal no
combate à pandemia provocada pelo novo
coronavírus somaram R$ 50,78 bilhões. O
montante equivale a 22,3% dos R$ 226,79
bilhões de créditos extraordinários
aprovados para o enfrentamento à
Covid-19.
Wellton MáximoAgência Brasil
Suspensão de contrato ou redução de jornada vale para domésticasAgência Brasil
Brasília
Recursos federais estão sendo
essenciais para ajudar a evitar
a contaminação pelo coronaví-
rus e tratar os doentes
GERAL
202021 de abril8
Santoro: ‘Desordem econômica está clara. Não temos certeza do que será mais afetado’
CRISE | Secretário da Fazenda destacou, em entrevista, as dificuldades deixadas pela pandemia do novo coronavírus
Santoro destacou que a pandemia da Covid-19 tem “acelerado processo
de transformações econômi-cas na humanidade”. “Sairemos desse período de confinamento com uma recessão mundial e alguns países enfrentarão uma depressão econômica. Preci-saremos analisar com muito cuidado o conjunto de dados e os movimentos econômicos. A retomada da economia será em momentos diferente sem cada ramo de atividade”.
Mesmo diante do caos que se anuncia, o secretário afirma que fazer um plano econômico de retomada agora é uma “peça fadada a errar”. “O mais impor-tante é termos informações e tomarmos decisões precisas e rápidas. Isso vale também para as empresas. Vários estudos que analisaram situações de ruptura do passado nos dão esse enten-dimento. Muitas atividades econômicas sofrerão mudanças muito grandes, sem falar dos efeitos no comércio mundial que estão sofrendo com a redu-ção de preços e volumes de vendas”
ALAGOASEm relação ao Estado,
George Santoro explica que foram tomadas medidas, como prorrogação para o paga-
mento de ICMS das empresas do Simples, o que beneficia – segundo ele 90 mil pequenos e médios empresários, o que corresponde a 88% das empre-sas. Além disso, houve outras suspensões de prazos proces-suais e obrigações tributárias junto à Secretaria de Estado da Fazenda. O governo ainda disponibilizou uma linha de crédito de R$ 15 milhões por meio da Desenvolve, com foco em pagamento de aluguel, folha salarial e encargo.
“O capital de giro será de seis meses, com o pagamento da carência trimestral, além de 24 meses para quitar o débito. A Sefaz-AL se reuniu com representantes dos bancos públicos do Estado para definir estratégias de atendimento que
suportem as necessidades dos empresários”
Com o governador Renan filho (MDB) estamos tratando de medidas de ajuda as finanças de todos os estados e municí-pios junto ao congresso nacio-nal e nossa bancada federal, bem como temos participado de discussões com o governo federal”, complementou.
Ele ainda ressalta qual é o maior desafio, deixando claro que é falsa a dicotomia entre Saúde e Economia, que está sendo feita por alguns gover-nantes: “Temos que manter as contas fiscais do país e de Alagoas mais equilibradas possível, mas isso não pode ser um impeditivo para salvar vidas”.
O secretário diz ainda ser
impossível prever qual será a área mais afetada das ativida-des econômicas. “A desorde-nação econômica está clara. O que não temos certeza ainda é o que será mais afetado no pós pandemia, o que demorará mais para se recuperar. Mas não há dúvida que diversas ativida-des econômicas vão mudar, da mesma forma que aconteceu na China com a gripe aviária onde mudou-se completamente os hábitos dos consumidores, o varejo lá mudou com a explosão do e-commerce, acredito que aqui poderá acontecer a mesma coisa. Com o surgimento de novos tipos de fazer negócios. Nossos empreendedores terão que já pensar em inovar e desen-volver novas soluções mais adequadas aos novos tempos”.
“Infelizmente, o Brasil pegou a crise ainda com baixís-simo crescimento econômico e com as contas públicas bastante deficitárias. Sem falar que não avançamos nas principais reformas estruturais. Assim, fica muito difícil utilizar instru-mentos fiscais para estimular a economia e ajudar os mais pobres. Isso vai agravar ainda mais o endividamento e o défi-cit público que deverá chegar a mais de 600 bilhões nesse ano. Muitas gerações pagaram essa conta”, finaliza Santoro.
Em entrevista ao portal CadaMinuto,
em matéria da jornalista Gilca
Cinara, o secretário da Fazenda, George
Santoro, falou sobre os efeitos da pandemia do
coronavírus na economia alagoana. A
preocupação com as perdas de emprego e
com um desarranjo que ainda não se
pode avaliar todas as consequências é
clara. Isso, em função da paralisação de muitas atividades
econômicas que estão tendo que se
reinventar.
Redação
George Santoro lembra que é importante tomar decisões rápidas e precisas
Após morte de servidora do Samu, sindicato cobra EPIs e testagens
O falecimento de uma funcionária do Samu de Maceió, ocorrida
no dia 18, em decorrência do coronavírus provocou uma reação do Sindicato dos Traba-lhadores da Saúde, Previdên-cia, Seguro Social e Assistência Social (Sindprev) de cobrança ao governo do Estado de Alagoas para que se garanta as condições mínimas de traba-lho desses profissionais que
estão na linha de frente de combate à pandemia.
Em nota, o sindicato destaca que acionou a Justiça Federal, o Ministério Público Estadual e a Defensoria Pública para que fiscalize e garanta o fornecimento, por parte do poder público esta-dual dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além das melhores condições de trabalho para esses servi-
dores. De acordo com o Sind-
prev, também foi cobrado que fossem feitas testagem perma-nente nos trabalhadores para facilitar de maneira rápida – e até mesmo por prevenção – identificar os casos de infec-ção, sobretudo em relação aos que estão diretamente com os pacientes contaminados. “É preciso uma ação efetiva por parte dos gestores da saúde
para que possamos evitar mortes como a da compa-nheira Maria da Conceição”, destaca a nota.
O governo do Estado de Alagoas nega as acusações e diz que tem entregue aos profissionais todos os EPIs exigidos pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para que esses estejam na linha de frente do combate à pandemia.
“Os EPIs estão sendo distribuídos para todos os profissionais da assistência, tanto as máscaras cirúrgicas como as máscaras N-95, assim como luvas, óculos de prote-ção, aventais e os macacões impermeáveis e estão sendo usados de acordo com as indi-cações do MS E OMS. Sobre o óbito, a confirmação somente é divulgada via boletim epide-miológico”, pontua a nota.
GALO | Presidente do Clube de Regatas Brasil analisou o cenário diante da pandemia do novo coronavírus
ESPORTES
21 de abril 92020
Marcos Barbosa revelou que o CRB ainda não teve que pedir
adiantamento das cotas de televisão
Em entrevista à Rádio CBN Maceió, o presidente executivo
do CRB, Marcos Barbosa, analisou o
cenário do futebol diante da pandemia
do novo coronavírus. Entre as principais
afirmações, o dirigente acredita
no retorno do Campeonato
Alagoano e apontou que poucos clubes
no Brasil suportam a paralisação do
futebol.
Ma r c o s B a r b o s a avaliou a continui-dade do estadual
e falou sobre as condições dos clubes do interior. “Eu acredito que irá existir o Campeonato Alagoano. Sei da dificuldade de alguns clubes. Temos que analisar. O presidente da Federação Alagoana de Futebol tem que tomar uma providência junto com a CBF. O acordo que tem que fazer os clubes do interior, que tem menos condições financeira, é pagar o salário da carteira e deixar o de imagem para o futuro”, avaliou.
Q u e s t i o n a d o s o b r e até quando o clube iria se manter neste cenário de Pandemia, sem a realização de jogos, entre outros cortes, o presidente fez uma análise geral dos clubes.
CRISE“Eu não posso dizer até
quando. Apenas um ou dois clubes no Brasil pode aguen-tar mais de três meses, o resto, nenhum aguenta”, disse.
Com o futebol parado, os clubes estão tendo dificul-dades em pagar os salários integralmente dos atletas. O presidente afirmou que mesmo sem jogos, não pediu antecipa-ção das cotas da tele-visão.
“Não use i um centavo do dinheiro d a te lev i s ão . E u poderia ter pedido a primeira cota e a segunda. Nós traba-lhamos com respon-sabilidade e o que a gente adquiriu na Copa do Brasil e Copa do Nordeste, está tudo adequado naquilo que a gente planeja no CRB”, afirmou.
“Poucos clubes no Brasil aguentam três meses parados”, defende Marcos Barbosa
Paulo Chancey Junior com João Carlos VianaMinuto Esportes/CadaMinuto
A situação mudou e m 2 0 0 7 , q u a n d o o
percussionista Wilson Santos montou uma oficina de maracatu no Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte) que atraiu 40 pessoas de todas as idades, religiosidades e extratos sociais. Ao fim da oficina, os participantes reuni-ram-se e decidiram seguir tocando, na ideia de formar um grupo em Maceió. Nascia, assim, o Baque Alagoano.
Ao longo desses anos de história, com idas e vindas de integrantes, o Baque se desen-volveu e hoje conta com 140 batuqueiros e batuqueiras dos 4 aos 65 anos de idade. Com sede no Largo dos Poetas (nos fundos do Mercado Público do Jaraguá) e ensaios na Praça Marcílio Dias – quem nunca passou pela praça num sábado à tarde e ficou curioso com o pessoal batucando? –, faz arte e cultura urbana ao som de xequerê, agogô, gonguê, caixa e as alfaias, os icônicos tambo-res de maracatu. E este não é o único crescimento a ser desta-cado.
“A evolução da musicali-dade do grupo como um todo, incluindo a parte percussiva e as músicas cantadas, sem dúvida marcou a trajetória do Baque nesses 13 anos e isso fica bastante evidente quando lembramos das nossas primei-ras apresentações, que eram só percussivas”, aponta Marcelo Melo, um dos fundadores e compositor de diversas loas (músicas) do Baque Alagoano.
Marcelo divide a condu-ção do grupo com Andressa Melo e Rômulo Fernandes, também participantes daquela oficina de 2007 e sócios-
-fundadores. Mais à frente das apresentações há dois anos, Mestra Andressa reflete um pouco sobre os desafios venci-dos nessa caminhada.
“Entre nossas grandes conquistas está o esclareci-mento para a sociedade que somos um grupo com represen-tatividade tanto para o folclore alagoano como para a cultura Afro, com organização e valo-rização do Estado. O reconheci-mento de todos, público e entes públicos, foi fruto de um traba-lho árduo, mas muito gratifi-cante”, afirma.
Esta é a primeira vez em sua história que o grupo não irá comemorar o aniversário com uma apresentação especial, já que estão em pausa forçada pelo isolamento contra o coro-navírus. A última “tocada” foi em março, para uma ressaca de carnaval, com direito a cortejo pela icônica Rua Sá e Albuquer-que, no Jaraguá.
“Essa pausa sem dúvida acaba atrapalhando o grupo, uma vez que ensaiamos todos os sábados, independente de termos ou não apresentação marcada. Mas sabemos que é temporário e necessário para saúde de todos”, revela Mestre Marcelo, no que Mestra Andressa arremata: “Após a
pausa, o Baque voltará mais fortalecido e cheio de energia para continuar seu trabalho de reconstrução e valo-rização!”.
Baque solto vs baque viradoO Baque Alagoano é um
grupo percussivo, ou seja, “apenas toca”, sem ligação direta com a religião de matriz afri-cana, inserido na classificação de maracatu de baque virado, voltado para a batida e um cortejo (desfile) de coroação do Rei e da Rainha, como acontece nas Nações de Maracatu – aque-las cuja vivência é ligadas aos terreiros.
O baque solto, também conhecido como maracatu rural, é outra variação do maracatu, onde a percussão é acompanhada por alguns instrumentos de sopro. É nele que aparece a figura do cabo-clo de lança, com suas roupas e cabeleira coloridas, tão carac-terísticas do estado de Pernam-buco.
E a quem ainda estranha “um grupo de maracatu em Alagoas”, Mestre Marcelo é enfático. “Sou pernambucano, radicado em Alagoas há 18 anos, então me sinto com proprie-dade para dizer que o Maracatu, em primeiro lugar, é do povo,
faz parte da cultura afro--brasileira. Além disso, Alagoas tem registros de Maracatus nos idos de 1910, então, mesmo tendo Pernambuco como maior expressão, Alagoas também tem sua partici-pação nesse nascedouro cultural”.
Entre amigos e famíliaPara integrar o Mara-
catu Baque Alagoano, os interessados devem partici-par das oficinas que o grupo promove regularmente, a cada ano. Além dos curiosos em aprender mais sobre o ritmo, é comum que batuqueiros chamem amigos e pais ou tios tragam suas crianças para parti-cipar da folia. No fim, a convi-vência acaba transformando o grupo em uma grande família.
Mestra Andressa causa espanto ao reger o grupo com a filha Maria Luiza (4 anos) nos braços. Antes disso, outra criança já se destacou junto a maestria, inclusive “ajudando” a puxar o grupo em alguns corte-jos. Ana Beatriz (7 anos) é filha do Mestre Rômulo e Danielle Caldas, também batuqueira fundadora, e uma veterana de ensaios e apresentações.
“Às vezes eu fico cansada de ficar tocando todo sábado e queria fazer outras coisas, mas eu já me acostumei há muito tempo a tocar, a dançar e me apresentar. Quando uma pessoa pergunta o que o Baque faz, eu explico os instrumentos, como se toca e as coisas que a gente faz lá”, diz Bibia, como é conhecida.
Praticamente nascida dentro do grupo, a menina tem até apresentação favorita no repertório. “A do carnaval da minha escola. Eu disse aos meus colegas que aquele era o mara-catu que eu tocava e eles acha-ram que eu era famosa”, conta Bibia aos risos, garantindo mais uma geração engajada no mara-catu das Alagoas.
CULTURA
O Maracatu Baque Alagoano completa
hoje 13 anos de fundação e, com isso, 13 anos da retomada
do maracatu no estado, sumido dos
carnavais desde 1912, quando o
episódio conhecido como Quebra de
Xangô varreu Maceió madrugada
adentro invadindo e quebrando terreiros.
Fortemente ligados às casas de santo, os maracatus da época também silenciaram seus tambores com o
expurgo.
Mariana Lima
Colaboradora
FELIZ ANIVERSÁRIO | Em pausa forçada pela quarentena, grupo não vê a hora de retomar atividades na Praça Marcílio Dias
Baque Alagoano comemora 13 anos de história e realizações
Ailton Cruz
JF
Mirabelle Xavier
Itawi Albuquerque
Ailton Cruz
202021 de abril10
21 de abril 112020
LITERATURA
Imagem disponível na obra
Tudo sobre Anne (2019)
O Diário de Anne Frank: cinco obras para entender a vida da jovem judia
PERSONAGEM | Aclamado pela crítica, seu livro se tornou um dos maiores documentos históricos sobre a Segunda Guerra Mundial
A jovem judia Annelies Marie Frank
(1929-1945), mais conhecida como
Anne Frank, ficou famosa após ter seus
escritos publicados, intitulados como
Diário de Anne Frank (1947). A obra de
grande valor histórico foi lançada pouco
tempo depois do fim da Segunda Guerra
Mundial, no entanto, a adolescente
alemã não estava mais viva, vítima
das atrocidades cometidas nos
campos de concentração
nazistas.Ao longo dos anos,
inúmeras obras foram escritas em
sua homenagem, ou readaptadas a partir de seu diário oficial.
Confira 5 livros sobre Anne Frank, que
estão disponíveis na Amazon:
Fotos: Divulgação / Amazon
Victória GeariniUOL
1. O diário de Anne Frank, de Anne
Frank (1995)Em O diário de Anne
Frank, de 1995, a jovem alemã de origem judaica, conta todos os horrores que presenciou na Segunda Guer-ra Mundial, até ser capturada pelos nazistas e morrer no campo de concentração. Este relato emocionante aborda, ainda, o seu cotidiano dentro do Anexo Secreto, conviven-do com sua família e conheci-dos próximos. 4. Tudo sobre Anne, de Casa de Anne Frank
(2019)
Criado pelo museu Casa de Anne Frank, este livro apresenta fatos inéditos sobre a vida da jovem judia, além de trazer rela-tos surpreendentes de pessoas próximas. Por meio de cartas, imagens raras e documentos secretos, este livro se tornou um dos maiores arquivos históricos sobre o Holocausto.
5. Anne Frank A biografia ilustrada, de Sid
Jacobson (2017)
Escrita por Sid Jacobson, a biografia ilustrada de Anne Frank é apropriada para qualquer idade, pois por meio de uma lin-guagem simples e acessível, apresenta fatos surpreendentes da jovem judia. Além disso, esta obra denuncia as atrocidades cometidas pelos nazistas, a fim de prevenir que coisas do tipo voltem acontecer.
2. Anne Frank: Obra reunida, de Anne Frank
(2019)
Com mais de 900 pági-nas, esta obra compila todos os maiores momentos da vida de Anne Frank, e apre-senta um contexto histórico completo sobre a Segunda Guerra Mundial. Cartas, imagens inéditas e a versão original do diário compõem o enredo dessa narrativa atemporal.
3. O diário de Anne Frank em quadrinhos,
de Ari Folman e David Polonsky (2017)
Aclamada pela crítica, esta versão em quadrinhos do Diário de Anne Frank retrata de forma fiel a história da adolescente que foi obrigada a se mudar para um esconderijo secreto durante o Holocausto. A HQ retrata, ainda, os pen-samentos e momentos mais marcantes na vida da garota.
As previsões do mercado para o PIB de 2021 é de um crescimento
de 3,10%. Já para 2022 e 2023 a previsão continua sendo de crescimento de 2,50%.
A cotação do dólar é que a moeda deve fechar o ano em R$ 4,80, contra R$ 4,60 previs-tos na semana passada. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 4,50, contra R$ 4,47 da semana passada. Para 2022, a previsão é de que o câmbio fique em R$ 4,40 e, em 2023, em R$ 4,50.
As instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram a previsão de infla-ção de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 2,52% para 2,23%.
Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida de 3,50% para 3,40%. A previ-são para os anos seguintes não teve alterações e permanece em 3,50%.
A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perse-guida pelo BC. A meta, defi-nida pelo Conselho Monetário
Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, esta-belecida atualmente em 3,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic tenha mais uma redução e encerre 2020 em 3% ao ano. Na semana
passada a previsão para o fim de 2020 era 3,25% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incen-tivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da infla-ção e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 4,5% ao ano. A previsão anterior era
de 4,75% ao ano. Para o fim de 2022 e o de 2023, as instituições mantiveram a previsão em 6% ao ano.
Na primeira elaboração do Boletim Focus deste ano, os economistas previam um crescimento de 2,30% no PIB. Devido aos impactos econô-micos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), essa é a décima semana consecutiva em que a previsão da atividade econômica brasileira é redu-zida. Para o ano que vem, os principais analistas do mercado financeiro estimam que a economia irá crescer 3,10%.
202021 de abril12
O procurador-geral da República, Augusto A r a s , p e d i u a o
Supremo Tribunal Fede-ral (STF) a abertura de um inquérito para apurar a possí-vel violação da Lei de Segu-rança Nacional em atos que pediram a intervenção militar e o fechamento do Congresso e do próprio Supremo.
"O Estado brasi leiro admite única ideologia que é a do regime da democracia
participativa. Qualquer aten-tado à democracia afronta a Constituição e a Lei de Segu-rança Nacional”, afirmou Aras no pedido, conforme nota divulgada no início da tarde pela PGR.
Segundo o texto, o PGR deseja apurar se houve o cometimento de crime por parte de cidadãos ou depu-tados federais que organiza-ram as manifestações contra o regime da democracia participativa brasileira. A competência do Supremo se dá devido ao possível envol-
vimento de parlamentares, justificou Aras.
ATOSNo domingo passado,
várias manifestações foram registradas no país. Entre as pautas estavam o pedido de reabertura do comércio e o fim de medidas de isolamento por conta da pandemia do novo coranavírus. No ato em Brasíla foram vistas também mensagens que pediam o fechamento do Congresso, do STF e a volta do Ato Insti-tuicional n° 5, usado no
governo militar para punir opositores ao regime e cassar parlamentares. As mensagens
causaram repercussão entre a classe política, Judiário e enti-dades da sociedade civil.
PGR pede inquérito sobre atos contra Congresso e STF
ÚLTIMAS
Mercado financeiro reduz novamente a previsão do Produto Interno Bruto
PANDEMIA | Analistas preveem queda de 2,96% na economia e taxa de juros de 3% para o ano de 2020
O mercado financeiro reduziu a projeção do
Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens
e serviços produzidos no país) este ano
para menos 2,96%, contra os menos
1,96% apontados na semana passada. A
informação consta do boletim Focus, com a projeção para os
principais indicadores econômicos, divulgado
ontem pelo Banco Central. O boletim
também registrou um corte na taxa básica de
juros (Selic) de 2020 para 3%, ante os 3,25%
da semana anterior.
Atos públicos pedindo
intervenção militar, além
do fechamento do STF e
do Congresso, acontece-
ram no domingo
Informações do mercado cons-
tam no boletim Focus divulgado
ontem pelo Banco Central
Agência Brasil
Luciano NascimentoAgência Brasil