Índice - srf bookstore€¦ · o campo de batalha espiritual do corpo e da mente do homem a...

7
Índice Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii PARTE 1: Chaves para a Sabedoria do Gita 1. Introdução ao “Cântico do Espírito” . . . . . . . . . . . 3 A sabedoria de uma antiga idade superior da civilização Decifrar o código do simbolismo iogue do Gita Bhagavan Krishna, Senhor da Yoga: Mestre divino do Gita 2. A Batalha Espiritual da Vida Diária . . . . . . . . . . . 16 Usar o poder da introspecção para uma vida vitoriosa O campo de batalha espiritual do corpo e da mente do homem A consciência material em oposição à consciência espiritual Escolher o lado na guerra do bem contra o mal Alma versus Ego 3. Yoga: o Método para Alcançar a Vitória . . . . . . . . . 28 Ativar os poderes da alma por meio da meditação Os efeitos espirituais da prática da yoga Despertar no seu interior a essência óctupla da Yoga 4. As Forças Psicológicas Que Se Opõem à Alma . . . . . . . 44 Egoísmo (simbolizado por Bhishma) Kama (sensualidade) – simbolizado por Duryodhana (desejo material) O poder benéfico e maléfico do hábito (simbolizado por Drona) 5. O Triunfo da Alma por Meio da Prática da Yoga . . . . . . 53 Raja Yoga: o caminho superior A renúncia externa, o estudo das escrituras e a ação que representa serviço são caminhos secundários Raja Yoga é a verdadeira culminação de todas as práticas religiosas Kriya Yoga: a técnica essencial da Raja Yoga O governo do rei Alma no reino corporal espiritualizado All rights reserved by Self-Realization Fellowship

Upload: others

Post on 14-Jun-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Índice - SRF Bookstore€¦ · O campo de batalha espiritual do corpo e da mente do homem A consciência material em oposição à consciência espiritual Escolher o lado na guerra

Índice

Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii

PARTE 1: Chaves para a Sabedoria do Gita

1. Introdução ao “Cântico do Espírito” . . . . . . . . . . . 3A sabedoria de uma antiga idade superior da civilização

Decifrar o código do simbolismo iogue do GitaBhagavan Krishna, Senhor da Yoga: Mestre divino do Gita

2. A Batalha Espiritual da Vida Diária . . . . . . . . . . . 16Usar o poder da introspecção para uma vida vitoriosa

O campo de batalha espiritual do corpo e da mente do homem

A consciência material em oposição à consciência espiritual

Escolher o lado na guerra do bem contra o mal

Alma versus Ego

3. Yoga: o Método para Alcançar a Vitória . . . . . . . . . 28Ativar os poderes da alma por meio da meditação

Os efeitos espirituais da prática da yogaDespertar no seu interior a essência óctupla da Yoga

4. As Forças Psicológicas Que Se Opõem à Alma . . . . . . . 44Egoísmo (simbolizado por Bhishma)

Kama (sensualidade) – simbolizado por Duryodhana

(desejo material)

O poder benéfico e maléfico do hábito (simbolizado por Drona)

5. O Triunfo da Alma por Meio da Prática da Yoga . . . . . . 53Raja Yoga: o caminho superior

A renúncia externa, o estudo das escrituras e a ação que

representa serviço são caminhos secundários

Raja Yoga é a verdadeira culminação de todas as práticas religiosas

Kriya Yoga: a técnica essencial da Raja YogaO governo do rei Alma no reino corporal espiritualizado

All rights reserved by Self-Realization Fellowship

Page 2: Índice - SRF Bookstore€¦ · O campo de batalha espiritual do corpo e da mente do homem A consciência material em oposição à consciência espiritual Escolher o lado na guerra

vi A Yoga do Bhagavad Gita

PARTE 2: O Bhagavad Gita (tradução de Paramahansa Yogananda)

I: O Desalento de Arjuna . . . . . . . . . . . . . . . . 65

II: Sankhya e Yoga: A Sabedoria Cósmica e o Método para Alcançá-la . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

III: Karma Yoga: o Caminho da Ação Espiritual . . . . . . . . 82

IV: A Ciência Suprema do Conhecimento de Deus . . . . . . . 89

V: Liberdade por Meio da Renúncia Interior . . . . . . . . . 96

VI: Abrigo Permanente no Espírito por Meio da Meditação Iogue . . . . . . . . . . . . . . . . . 101

VII: A Natureza do Espírito e o Espírito da Natureza . . . . . . 108

VIII: O Absoluto Imperecível: Para Além dos Ciclos de Criação e Dissolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112

IX: O Conhecimento Régio, o Régio Mistério . . . . . . . . . 117

X: As Manifestações Infinitas do Espírito Não-manifestado . . . 122

XI: A Visão das Visões: o Senhor Revela Sua Forma Cósmica . . 128

XII: Bhakti Yoga: União por Meio da Devoção . . . . . . . . 139

XIII: O Campo e o Conhecedor do Campo . . . . . . . . . . 142

XIV: Transcender os Gunas . . . . . . . . . . . . . . . . . 148

XV: Purushottama: o Ser Supremo. . . . . . . . . . . . . . 152

XVI: Adotar o Divino e Rejeitar o Demoníaco . . . . . . . . . 155

XVII: Três Tipos de Fé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158

XVIII: “Em Verdade Eu Te Prometo: Tu Me Alcançarás” . . . . 162

Conclusão: “Levanta-te! Diante de ti está a estrada real!” . . . . . 172

A respeito do autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177

Índice remissivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188

All rights reserved by Self-Realization Fellowship

Page 3: Índice - SRF Bookstore€¦ · O campo de batalha espiritual do corpo e da mente do homem A consciência material em oposição à consciência espiritual Escolher o lado na guerra

3

C A P Í T U L O 1

Introdução ao “Cântico do Espírito”

O Bhagavad Gita é a mais apreciada das escrituras da Índia, a es-critura das escrituras. É a Bíblia ou Sagrado Testamento hindu,

o livro em que todos os mestres confiam como fonte suprema de auto-ridade das escrituras. Bhagavad Gita significa “Cântico do Espírito”, a comunhão divina da percepção da verdade entre o homem e seu Criador, os ensinamentos do Espírito através da alma, o cântico que deve ser inin-terruptamente cantado. (…)

Todo o conhecimento do cosmos está condensado no Gita. Sendo supremamente profundo e, todavia, revestido de linguagem reveladora, de beleza e simplicidade reconfortantes, o Gita tem sido compreendido e aplicado em todos os níveis das atividades e do empenho espiritual do ser humano – sendo abrigo de um imenso espectro de seres humanos com suas diversificadas naturezas e necessidades. Em qualquer ponto que se esteja no caminho de volta para Deus, o Gita lançará luz sobre esse segmento da jornada.

A sabedoria de uma antiga idade superior da civilização

Em sua literatura, a Índia preservou sua civilização altamente evo-luída que remonta a uma gloriosa idade de ouro. Desde a antiguidade perdida no tempo em que apareceram os Vedas, passando por um gran-de desenvolvimento de subsequentes poesia e prosa extraordinárias, os hindus deixaram os sinais de sua civilização não em monólitos ou edi-fícios em ruínas, mas na arquitetura de escritos ornamentais esculpidos na eufônica língua sânscrita. A própria composição do Bhagavad Gita – sua retórica, aliterações, dicção, estilo e harmonia – mostra que a Índia havia, desde muito tempo, passado pelos estados de desenvolvimento

All rights reserved by Self-Realization Fellowship

Page 4: Índice - SRF Bookstore€¦ · O campo de batalha espiritual do corpo e da mente do homem A consciência material em oposição à consciência espiritual Escolher o lado na guerra

4 A Yoga do Bhagavad Gita

material e intelectual e alcançado um elevado pico de espiritualidade.

! ! !

Seus versículos encontram-se no sexto dos dezoito livros que cons-tituem o grande poema épico da Índia, o Mahabharata. (…) Esse vene-rável épico – talvez o poema mais longo da literatura mundial – narra a história dos descendentes do rei Bharata, os Pandavas e os Kauravas, primos cuja disputa do reino foi causa da cataclísmica guerra de Kuruk-shetra. O Bhagavad Gita, um diálogo sagrado a respeito da yoga entre Bhagavan Krishna – que foi ao mesmo tempo um rei terreno e uma en-carnação divina – e seu principal discípulo, o príncipe Pandava Arjuna, julga-se ter ocorrido na véspera dessa horrível guerra.

A autoria do Mahabharata, inclusive o segmento que constitui o Gita, é tradicionalmente atribuída ao sábio iluminado Vyasa, cuja época definitivamente não se sabe. (…) Vyasa é tradicionalmente relaciona-do com muitas obras literárias; primeiramente como organizador dos quatro Vedas, razão pela qual é chamado de Vedavyasa; depois, como compilador dos Puranas, livros sagrados que ilustram o conhecimento védico por meio de narrativas históricas e lendárias dos antigos avatares,

A sabedoria intemporal da ÍndiaUm legado das escrituras hindus é que a civilização da Índia remonta a muito an-

tes do que os historiadores ocidentais contemporâneos reconhecem. Em The Holy Science (Los Angeles: Self-Realization Fellowship), Swami Sri Yukteswar calcula que a Idade de Ouro, em que a civilização material e espiritual da Índia alcançou o auge, terminou em torno de 6700 a.C., tendo florescido por muitos milhares de anos antes disso. A literatura sagrada da Índia relaciona muitas gerações de reis e sábios que viveram antes dos eventos que são o principal assunto do Mahabharata. No pró-prio Gita, Krishna descreve a longa decadência da cultura espiritual da Índia desde a Idade de Ouro até sua própria época, enquanto o conhecimento da yoga era gradu-almente perdido. Diz uma passagem da Autobiografia de um Iogue: “A maioria dos antropólogos, acreditando que, há 10.000 anos, a humanidade vivia na barbárie da Idade da Pedra, rejeita, sumariamente, como ‘mitos’ as tradições amplamente difun-didas das antiquíssimas civilizações da Lemúria, Atlântida, Índia, China, Japão, Egito, México e muitas outras terras”. A pesquisa científica recente, contudo, começa a su-gerir que a verdade das cronologias antigas seja reavaliada. (Nota da Editora)

All rights reserved by Self-Realization Fellowship

Page 5: Índice - SRF Bookstore€¦ · O campo de batalha espiritual do corpo e da mente do homem A consciência material em oposição à consciência espiritual Escolher o lado na guerra

Introdução ao “Cântico do Espírito” 5

santos e sábios, reis e heróis da Índia; e como autor do épico Mahabha-rata, que se diz ter sido composto em dois anos e meio, em sequência ininterrupta, durante seus últimos anos, que ele passou em retiro isolado no Himalaia.

Decifrar o código do simbolismo iogue do Gita

Os antigos escritos sagrados não fazem clara distinção entre a his-tória e a simbologia; em vez disso, frequentemente entremeiam as duas na tradição da revelação das escrituras. Os profetas costumam recolher exemplos da vida cotidiana e acontecimentos de suas épocas e, a partir deles, extraem parábolas para exprimir verdades espirituais sutis. Se não fossem definidas em termos corriqueiros, as coisas profundas da divin-dade não seriam concebíveis para o homem comum. Quando os pro-fetas, como o fizeram frequentemente, escreveram usando metáforas e alegorias mais reservadas, fizeram-no para ocultar às mentes ignorantes e espiritualmente despreparadas as revelações mais profundas do Espí-rito. Desse modo, o Bhagavad Gita foi escrito de maneira muito enge-nhosa pelo sábio Vyasa, em linguagem de símiles, metáforas e alegorias, entremeando fatos históricos com verdades espirituais e psicológicas, e apresentando em palavras um painel das tumultuosas batalhas interiores que precisam ser travadas tanto pelo homem de tendências materiais quanto pelo homem de inclinações espirituais. No interior da dura casca da simbologia, ele escondeu os mais profundos significados espirituais para protegê-los da devastação da ignorância das Idades das Trevas para as quais a civilização estava descendo ao tempo em que terminava a en-carnação de Sri Krishna na Terra.

Do ponto de vista histórico, é extremamente improvável que, como descreve o Gita, à beira de uma guerra tão horrorosa quanto a relatada no Mahabharata, Krishna e Arjuna tivessem levado seu carro de comba-te para o campo aberto entre os dois exércitos opostos em Kurukshetra e, ali, empreendessem um extenso discurso a respeito da yoga. Enquanto muitos dos principais acontecimentos e pessoas que aparecem no conci-so Mahabharata tenham, sem dúvida, base em fato histórico, a apresen-tação poética dessas pessoas e acontecimentos no épico foi arrumada de

All rights reserved by Self-Realization Fellowship

Page 6: Índice - SRF Bookstore€¦ · O campo de batalha espiritual do corpo e da mente do homem A consciência material em oposição à consciência espiritual Escolher o lado na guerra

6 A Yoga do Bhagavad Gita

maneira conveniente e significativa (e maravilhosamente condensada na parte do Bhagavad Gita) para o propósito primordial de compendiar a essência do Sanatana Dharma – a Religião Eterna – da Índia.

Portanto, ao interpretar a escritura, é preciso não ignorar os elemen-tos factuais e históricos em que a verdade foi acondicionada. Precisa-se distinguir entre um exemplo comum de uma doutrina moral ou a narra-tiva de um fenômeno espiritual e uma intenção esotérica mais profunda. Tem-se de saber reconhecer os sinais da convergência dos exemplos materiais com as doutrinas espirituais, sem tentar arrancar de tudo um significado oculto. Precisa-se saber como intuir as pistas e as declarações expressas do autor e jamais ir procurar significados que ele não teve a intenção de manifestar, deixando-se confundir pelo entusiasmo e pelo hábito imaginativo de tentar extrair significado espiritual de todas as palavras ou afirmativas.

O verdadeiro modo de compreender a escritura é por meio da intui-ção, sintonizando-se a pessoa com a percepção interna da verdade. (…) Com o auxílio de um guru que tenha a realização divina, aprende-se a usar o quebra-nozes da percepção intuitiva para romper a dura casca da linguagem e da ambiguidade e obter a polpa da verdade nos dizeres das escrituras.

Meu guru, Swami Sri Yukteswar, jamais me permitiu ler com in-teresse meramente teórico qualquer estrofe do Bhagavad Gita (ou dos aforismos de Patânjali, o maior expoente indiano da Yoga). O Mestre me fazia meditar nas verdades das escrituras até que me tornasse unificado com elas; então ele as discutia comigo. (…) Desse modo, durante esses anos preciosos na abençoada companhia do Mestre, ele me deu a chave para desvendar o mistério dessa escritura.

! ! !

A história do Mahabharata começa três gerações antes da época de Krishna e Arjuna, nos tempos do rei Shantanu. (…)

A árvore genealógica dos Kurus e dos Pandus, originando-se em Shantanu, descreve passo a passo, analogicamente, a descida do Espírito à matéria no universo e no homem. Em si, a conversação do Gita diz res-peito ao processo pelo qual essa descida pode ser invertida, capacitando

All rights reserved by Self-Realization Fellowship

Page 7: Índice - SRF Bookstore€¦ · O campo de batalha espiritual do corpo e da mente do homem A consciência material em oposição à consciência espiritual Escolher o lado na guerra

Introdução ao “Cântico do Espírito” 7

o homem a voltar a ascender da consciência limitada de si mesmo como ser mortal até à imortal consciência de seu verdadeiro Eu, a alma unifi-cada com o Espírito infinito.

O diagrama dessa genealogia está representado em [God Talks With Arjuna] junto com o significado espiritual dos vários personagens, como foi exposto por Lahiri Mahasaya. Esses significados esotéricos não são arbitrários. Ao explicar o significado interno das palavras e dos nomes, a chave primordial é ir procurá-las na raiz sânscrita original. Erros ter-ríveis são cometidos nas definições dos termos sânscritos se não houver uma capacidade intuitiva de chegar à raiz correta e, então, decifrar o sig-nificado correto a partir dessa raiz, segundo seu uso na época da origem da palavra. Quando se estabelece corretamente o fundamento, pode-se deduzir o significado das várias fontes com relação ao significado co-mum das palavras e do modo específico com que foram usadas a partir de uma conexão racional concludente.

É notável como o autor desse grande Bhagavad Gita revestiu cada uma das faculdades ou tendências psicológicas, bem como inúmeros princípios metafísicos, com um nome apropriado. Quanta beleza em cada palavra! Cada uma delas surgindo de uma raiz sânscrita! Seria ne-cessária uma pluralidade de páginas para penetrar plenamente no sâns-crito subjacente às metáforas (…).

Ficará evidente ao leitor, após examinar cuidadosamente as chaves de algumas estrofes do primeiro capítulo, que o pano de fundo histórico de uma batalha e dos guerreiros que dela participam foi usado para ilus-trar a batalha espiritual e psicológica que se trava entre os atributos do intelecto discernidor puro, em sintonia com a alma, e a mente cega, en-golfada nos sentidos sob a influência enganosa do ego. Em apoio a essa analogia, mostra-se ali uma correspondência precisa entre os atributos materiais e espirituais do homem descritos por Patânjali em seu Yoga Sutras e os bélicos competidores mencionados no Gita: o clã de Pandu representa a Inteligência Pura, e o do rei cego Dhritarashtra representa a Mente Cega, com seus rebentos de tendências sensuais perversas [os Kauravas ou Kurus].

! ! !

All rights reserved by Self-Realization Fellowship