nanomateriais dopados com terras raras para …

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NANOMATERIAIS DOPADOS COM TERRAS RARAS PARA APLICAÇÕES EM FOTOCATÁLISE E FOTOLUMINESCÊNCIA Palestrante: Dra. Kellen Cristina Mesquita Borges Catalão - 2021

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NANOMATERIAIS DOPADOS COM TERRAS RARAS PARA

APLICAÇÕES EM FOTOCATÁLISE E FOTOLUMINESCÊNCIA

Palestrante: Dra. Kellen Cristina Mesquita Borges

Catalão - 2021

NANOTECNOLOGIAA manipulação do invisível

2

Nanotecnologia

• Escala nanométrica: 1 nm = 10-9 m.

• Analogia: Um fio de cabelo: 100000 vezes maior que um nanômetro, com um

tamanho de aproximadamente 1,0 x10-4 m e 0,1 mm de diâmetro.

• Materiais Nanotecnológicos: 0,1 a 100 nm.

3

Nanotecnologia

• Ciência que faz o controle da matéria em escala nanométrica.

• Estuda, cria e manipula a matéria em uma escala atômica e molecular.

• Rearranjo dos átomos obtendo-se novos materiais com propriedades de

interesse.

4

Nanotecnologia: Microscopia

• Microscópio de Varredura por tunelamento: 0,1 nm resolução lateral e 0,01

nm de resolução de profundidade.

• “Tornou-se possível não só ver, como ainda medir e manipular moléculas ou

átomos”.

Microscópio de Varredura por tunelamento Microscópio Eletrônico de Varredura - MEV

Nanomateriais

• Nanotecnologia: tecnologia dinâmica e sem limites de expansão.

• Grande promessa deste século: contribui para descobertas de novas

propriedades e estruturas dos materiais.

• Auxilio para o desenvolvimento científico da sociedade.

6

NANOMATERIAISMateriais em escala nanométrica

7

Classificação dos Materiais

8

Cerâmicas

9

Terras Raras

Lantanídeos (La ao Lu) e Sc e Y

[Xe] 4fn 5s2 5p6 5d0-1 6s2

Abrangência nas Aplicações

Propriedades Tecnológicas

10

MARTINS, T. S.., ISOLANI, P. C. TERRAS RARAS: APLICAÇÕES INDUSTRIAIS E BIOLÓGICAS .Quim. Nova, 28, 1, 111-117, 2005.

Materiais Cerâmicos

11

ARIN, J.; et al. Synthesis, characterization and optical activity of La-doped ZnWO4 nanorods by hydrothermal method. Superlattices and Microstructures. 67: 197–206, 2014.

PHURUANGRAT, A.; et al. Influence of Dy dopant on photocatalytic properties of Dy-doped ZnWO4 nanorods. Materials Letters. 166: 183–187, 2016.

.

Propriedades

Métodos de Síntese

Tamanho de

partícula

Composição Química

Morfologia

MÉTODOS DE SÍNTESE DOS

NANOMATERIAIS

12

Síntese de nanomateriais: Precursores Poliméricos

13

BORGES, K. C. M.; GONÇALVES, R. F.; CORREA, A. A.; LA PORTA, F. A.; SANTOS, M. R. C.; GODINHO, M. J. Journal of Inorganic and Organometallic Polymers and

Materials, 1, 1-7, 2017.

Síntese por Coprecipitação (CP)

Preparação de soluções homogêneas.

Dissolução dos sais precursores em solução.

Controle do pH e concentração dos reagentes.

Formação do composto através da precipitação estequiométrica.

Lavagem da solução (remoção de impurezas).

14

GONÇALVES, R. F., et al. Structural investigation and photoluminescent properties of ZnWO4:Dy3+ nanocrystals. Journal of Materials Science. 28, 15466- 15479, 2017.

Síntese de nanomateriais: Coprecipitação

15

Solução Cátion + Solução ânion

Precipitação

Filtração

Calcinação(se precisar)

Métodos de processamento

Tabela 1. Condições de síntese do ZnWO4 utilizando-se o sistema hidrotérmico

convencional.

16

Síntese hidrotérmica convencional Referência

180 ºC por 24 horas. ARIN, 2014

160 ºC por 10 minutos com posterior

calcinação (500 ºC por 2 horas).

KUMAR, 2016

200 °C por 24 horas PHURUANGRAT, 2017

180 ºC por 12 horas seguido de

calcinação (700 ºC por 1 hora)

ZHAI, 2016

180 ºC por 24 horas. ZHOU, 2019

Figura 1. Aquecimento por

hidrotermal convencional.

Método Hidrotérmico assistido por micro-ondas (HM)

• Reator hidrotérmico acoplado a um forno de micro-ondas doméstico.

Figura 2. a) Esquema do sistema hidrotérmico assistido por micro-ondas.

b) Aparelho hidrotérmico assistido por micro-ondas.

9

Síntese HM Referência

140 ºC por 1 hora. BORGES, 2019

Tabela 2. Condições de síntese do ZnWO4

utilizando-se o HM.

APLICAÇÕES

18

Aplicações

• Eletrônica: Chips de memória (materiais cerâmicos e semi-condutores)

• Nanomedicina: Detecção rápida de doenças. Transporte de fármacos.

• Línguas eletrônicas: Detecção de sabores, contaminantes de vinhos, etc.

• Cosméticos: Nanomateriais usados em protetores solares, refletem os raios

ultravioletas (UV).

19

Aplicações

• Energia alternativa: Células a Combustíveis. Fontes limpas de geração de

energia.

• Nanotubos de Carbono: Alta resistência mecânica (resistência de 10 a 100

vezes maiores que o aço), flexíveis e conduzem eletricidade, utilizados na

indústria automobilística e aeroespacial. Ex: grafeno.

20

Aplicações

• Alimentos: desenvolvimento de películas que evitam a senescência de

vegetais e frutas.

21

FOTOCATÁLISE HETEROGÊNEA

22

Degradação de Resíduos- Corantes

23

http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2016/02/agua-de-rio-mudou-de-cor-devido-contaminacao-quimica-afirma-ima.html, acesso em 21/08/20.

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2012/07/empresa-textil-de-joinville-e-multada-por-crime-ambiental-e-poluicao-de-rio.html, acesso em 21/08/20.

Fotocatálise heterogênea

• Processos oxidativos avançados (POAs).

• Geração de radicais hidroxilas (•OH) que degradam uma grande variedade de

rejeitos orgânicos.

• Reações heterogêneas: utiliza-se óxidos ou metais que são fotoativos como

catalisadores.

• Irradiação: região do ultravioleta ou visível que interage no nível eletrônico

com a matéria.

24

Materiais Semicondutores

25

Figura 3. a) material condutor; b) semicondutor; c) isolante.

CALLISTER, WILLIAM D. Fundamentos da Ciência e Engenharia de Materiais: Uma abordagem integrada. 4ª ed. São Paulo: LTC Editora, 2014.

26

BV

BC

e-

e-

h+

Fóton UV

Absorção de

fóton

ZnWO4 + hʋ → ZnWO4* + e- + h+

h+ + H2O → •OH

e- + O2 → O•2-

•OH + O•2- + (Rh6G) → Produtos Degradados

•OH

O•2-

Produtos

Degradados

Oxidação

Redução

Fotoativação do Semicondutor: Fotocatálise Heterogênea

Figura 4. Fotoativação do Semicondutor (ZnWO4).

Corante: Rodamina 6G (Rh6G)• Corante catiônico, fluorescente e utilizado na indústria têxtil.

• FM= C28H29ClN2O3 (479,02 g/mol)

27

Figura 5. Corante Rodamina 6G.

PERALTA, M. R. L., et al. Evaluation of calcium oxide in Rhodamine 6G photodegradation. Catalysis Today. 2018.

Fotocatálise: Procedimento

28

Figura 6. Mecanismo de Fotocatálise.

Reuso do Fotocatalisador

29

Figura 7. Mecanismo de Fotocatálise no reuso do fotocatalisador.

Degradação da Rh6G na literatura

Tabela 3. Eficiência de degradação da Rh6G sob irradiação UV utilizando diferentes fotocatalisadores.

30

Fotocatalisador Degradação de Rh6G

(%)

Tempo de irradiação UV

(min)

Referência

CaO 49 270 PERALTA, 2018

TiO2 90,14 180 RASHEED, 2017

ZnO 90 390 NASCIMENTO, 2015

FOTOLUMINESCÊNCIA

31

Luminescência

32

Luminescência• Luminescência: emissão de luz em decorrência da excitação pela absorção

de radiação.

• Fotoluminescência: um elétron é excitado e ao retornar para um estado mais

baixo de energia ocorre a emissão de um fóton.

33

Figura 8. Processo de Luminescência.

NING, Q.; ZHOU, C.; SHI, Y. The influence of Eu3+ doping on the studies of luminescent properties and quantum efficiency of ZnWO4 phosphor. Journal of Materials Science. 31, 10499–

10511, 2020.

ZHAO, M. et al. Effects of Bi3+ ions on luminescence properties of ZnWO4: Eu3+, Sm3+, Bi3+ nanorods. Journal of Materials Science. 53, 11512-11523, 2018.

Fotoluminescência

34

Figura 9. Esquema para os possíveis níveis de energia para excitação e emissão do ZnWO4 puro e dopado com

Eu3+.

NANOMATERIAIS DOPADOS COM TERRAS

RARAS PARA APLICAÇÕES EM

FOTOCATÁLISE E FOTOLUMINESCÊNCIA

35

Estrutura Cristalina do ZnWO4

• AWO4 (A = elemento bivalente; WO4 = Tungstatos):

• ZnWO4: coordenação octaédrica, com estrutura monoclínica do tipo

wolframita.

Figura 10. Célula unitária do ZnWO4.

36

AMOUZEGAR, Z.; et al. Particle Size and Structural Control of ZnWO4 Nanocrystals via Sn2+ Doping for Tunable Optical and Visible Photocatalytic Properties. Ceramics International.

41:1743–1747, 2015.

Aplicações

Tabela 4. Algumas aplicações do ZnWO4.

37

Aplicações do ZnWO4 Síntese e Processamento Referência

Inativação de microrganismos marinhos através

de fotoeletrocatálise

Hidrotérmico convencional: 180 ºC por 24 horas. LI, Y; 2019

Uso de ZnWO4 dopado com cério como sensor

eletroquímico para detecção de fungicida.

Hidrotérmico convencional: 180 ºC por 24 horas. ZHOU, 2019

Fotocatálise e fotoluminescência de nanotubos

de ZnWO4.

Hidrotérmico convencional: 100 a 180 ºC por 24

horas. Calcinação em fluxo de O2 a 700 ºC/ 2h.

LI, M, 2019

Nanoestruturas de ZnWO4 para armazenamento

de energia eletroquímica.

Hidrotérmico convencional: 160 ºC por 18 horas.

Calcinação em 300 ºC por 2h.

BAI, 2019

ZnWO4 decorado com óxido de grafeno para

fotocatálise de agentes farmacêuticos.

Hidrotérmico convencional: 180 ºC por 6h.

Calcinação em 180 ºC por 4h.

QURESHI, 2019

Dopagem do ZnWO4 com terra- rara (TR):

38

PHURUANGRAT, A.; et al. Influence of Dy dopant on photocatalytic properties of Dy-doped ZnWO4 nanorods. Materials Letters. 166: 183–187, 2016.

FORNER, L. A., et al. Dosimetric properties of thermoluminescent pellets of CaSO4 doped with rare earths at low doses. Radiation Physics and Chemistry. 171, 108704- 108708, 2020.

Distorções na estrutura pela diferença de raio iônico e carga.

Diferentes concentrações de dopantes:

Influência nas propriedades do composto cerâmico.

Mudanças na estrutura da matriz:

TR3+ substitui o sítio A (Zn2+) do ZnWO4.

Dopagem do ZnWO4 com TR:

Dopagem do ZnWO4 com terra- rara (TR):

Tabela 5. Valores de valência, raio iônico e eletronegatividade de Pauling.

39

SHANNON, R. D. Revised effective ionic radii and systematic studies of interatomic distances in halides and chaleogenides. Acta Crystallographica Section A. 32, 751- 768, 1976.

Elementos Valência Raio Iônico

(Å)

Eletronegatividade de Pauling

W +6 0,60 1,4

Zn +2 0,74 1,7

Dy +3 1,03 1,2

Eu +3 1,07 1,2

Objetivos

• Síntese do ZnWO4 puro e dopado com terras raras pelo método de CP

seguido de HM;

• Caracterização estrutural dos materiais e verificação das propriedades ópticas

e morfológicas;

• Estudo do comportamento fotoluminescente e fotocatalítico dos materiais em

função de diferentes concentrações de dopantes;

40

Procedimentos de Síntese

• Modificador de rede:

𝑁𝑎2𝑊𝑂4. 2𝐻2𝑂(𝑠)𝐻2𝑂

2𝑁𝑎(𝑎𝑞)+ + (𝑊𝑂4)(𝑎𝑞)

2− + 2𝐻2𝑂

• Formador de rede:

𝑍𝑛(𝑁𝑂3)2. 6 𝐻2𝑂 𝑠

𝐻2𝑂𝑍𝑛 𝑎𝑞

2+ + 2(𝑁𝑂3) 𝑎𝑞− + 𝐻2𝑂

• ZnWO4 puro:

𝑍𝑛(𝑎𝑞)2+ + (𝑊𝑂4) 𝑎𝑞

2− 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑏á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎 25º𝐶𝑍𝑛𝑊𝑂4 𝑠

41

Figura 11. Representação do procedimento experimental.

Procedimentos de Síntese• Presença de dopantes íons terras raras:

Dy(NO3)3. 6𝐻2𝑂(𝑠)𝐻2𝑂

𝐷𝑦(𝑎𝑞)3+ + 3(𝑁𝑂3)(𝑎𝑞)

− + 6𝐻2 𝑂

Eu(NO3)3. 5𝐻2𝑂(𝑠)𝐻2𝑂

𝐸𝑢(𝑎𝑞)3+ + 3(𝑁𝑂3)(𝑎𝑞)

− + 5𝐻2𝑂

• ZnWO4 dopado com o íon terra rara: Dy

𝑍𝑛(𝑎𝑞)2+ + 𝐷𝑦(𝑎𝑞)

3+ + (𝑊𝑂4) 𝑎𝑞2− + 3 𝑒−

𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑏á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎 25º𝐶(𝑍𝑛, 𝐷𝑦)𝑊𝑂4 𝑠

𝑍𝑛(𝑎𝑞)2+ + 𝐸𝑢(𝑎𝑞)

3+ + (𝑊𝑂4) 𝑎𝑞2− + 3 𝑒−

𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑏á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎 25º𝐶(𝑍𝑛, 𝐸𝑢)𝑊𝑂4 𝑠

42

Figura 12. Representação do procedimento experimental.

Esquema do Procedimento Experimental

43

DRX - ZnWO4: TR

Fase: monoclínica do tipo wolframita - ficha cristalográfica 00-015-0774.

Figura 13. Difratogramas do ZnWO4 puro e dopado com terras raras: a) dopado com Dy3+ (obtido em temperatura ambiente); b) dopado com Dy3+ (140 ºC/1h);

44

DRX - ZnWO4: TR

Fase: monoclínica do tipo wolframita - ficha cristalográfica 00-015-0774.

Figura 14. Difratogramas do ZnWO4 puro e dopado com terras raras: c) dopado com Eu3+ (140 ºC/1h).

45

DRX – região de 26- 33º

Figura 15. Difratogramas na região de 26-33º para: a) ZnWO4: Dy3+; b) ZnWO4: Eu3+

46

DRX – região de 26- 33º

Tabela 6. Valores dos deslocamentos dos picos de difração com índice de Miller (111).

47

Material 2θ (º)

ZnWO4- puro 30,52

Dopante Disprósio

ZnWO4: 0,5% Dy3+ 30,49

ZnWO4: 1,0% Dy3+ 30,49

ZnWO4: 2,0% Dy3+ 30,36

Dopante Európio

ZnWO4: 0,5% Eu3+ 30,45

ZnWO4: 1,0% Eu3+ 30,44

ZnWO4: 2,0% Eu3+ 30,33

Tamanho de Cristalito: Equação Scherrer

48

Tabela 7. Tamanho médio dos cristalitos (nm) para o ZnWO4 puro e dopado com íons terras raras.

Material Tamanho

Cristalito (nm)

Diminuição do

Tamanho (%)

ZnWO4- puro 9,60

Dopante Disprósio

ZnWO4: 0,5% Dy3+ 6,58 31,46

ZnWO4: 1,0% Dy3+ 4,61 51,98

ZnWO4: 2,0% Dy3+ 3,72 61,25

Dopante Európio

ZnWO4: 0,5% Eu3+ 7,32 23,75

ZnWO4: 1,0% Eu3+ 5,89 38,65

ZnWO4: 2,0% Eu3+ 3,62 62,29

Espectros de Raman

49

Figura 16. Espectro de Raman para ZnWO4 dopado com 0,5; 1,0 e 2,0% em mol de: a) disprósio; b) európio;

Espectros de Infravermelho

50

Figura 17. Espectro de Infravermelho para ZnWO4 dopado com 0,5; 1,0 e 2,0% em mol de: a) disprósio; b) európio.

Espectros de Infravermelho (região de 400- 1050 cm-1)

51

Figura 18. Espectro de Infravermelho (região de 400- 1050 cm-1) para ZnWO4 dopado com 0,5; 1,0 e 2,0% em mol de: a)

disprósio; b) európio.

Espectros de Infravermelho (região de 400- 1050 cm-1)

52

Tabela 8. Deslocamento do número de onda com a adição de dopante.

Material Número de onda de Au (cm-1)

Aumento do Número de onda (%)

ZnWO4- puro 523 -

Dopante Disprósio

ZnWO4: 0,5% Dy3+ 526 0,57

ZnWO4: 1,0% Dy3+ 527 0,76

ZnWO4: 2,0% Dy3+ 527 0,76

Dopante Európio

ZnWO4: 0,5% Eu3+ 554 5,93

ZnWO4: 1,0% Eu3+ 562 7,46

ZnWO4: 2,0% Eu3+ 563 7,64

∆E = hν

ν = cഥ𝒗

Micrografias de MET - ZnWO4 puro

53

Figura 19. a) Micrografias de MET para ZnWO4 (puro), b) Imagem de alta resolução para ZnWO4.

Micrografias de MET – ZnWO4: Eu

54

Figura 20. Micrografias de MET para ZnWO4 dopado com: a) 0,5% Eu3+; b) 1,0 % Eu3+; c) 2,0 % Eu3+; d) 2,0 % Eu3+ (ampliada).

Distribuição do tamanho de partícula– ZnWO4: Eu

55

Figura 21. Distribuição do tamanho de partícula para ZnWO4: Eu.

Micrografias de MET – ZnWO4: Dy

56

Figura 22. Micrografias de MET para: a) ZnWO4 puro; b) 0,5% em mol Dy3+, c) 1,0% em mol Dy3+, d) 2,0% em mol Dy3+.

Distribuição do tamanho de partícula– ZnWO4: Dy

57

Figura 23. Distribuição do tamanho de partícula para ZnWO4: Dy.

Espectro de absorção no UV-vis

58

Figura 24. Espectro de absorção na região do ultravioleta- visível (UV-vis).

Tabela 9. Valores de band gap do ZnWO4 puro e dopado.

Material Band

gap (eV)

ZnWO4- puro 3,83

Dopante Disprósio

ZnWO4: 0,5% Dy3+ 3,81

ZnWO4: 1,0% Dy3+ 3,83

ZnWO4: 2,0% Dy3+ 3,86

Dopante Európio

ZnWO4: 0,5% Eu3+ 3,82

ZnWO4: 1,0% Eu3+ 3,80

ZnWO4: 2,0% Eu3+ 3,75

Análise de Mott Schottky

59

Figura 25. Análise de Mott Schottky para ZnWO4 dopado

com: a) Dy3+.

Figura 26. Diagrama esquemático da estrutura de banda

para o ZnWO4 dopado com: a) Dy3+.

Análise de Mott Schottky

60

Figura 27. Análise de Mott Schottky para ZnWO4 dopado com:

b) Eu3+.

Figura 28. Diagrama esquemático da estrutura de

banda para o ZnWO4 dopado com: b) Eu3+.

Fotoluminescência - ZnWO4: Eu

61

Figura 29. Espectro de fotoluminescência para: a) ZnWO4: Eu3+.

Fotoluminescência - ZnWO4: Dy

62

Figura 30. Espectro de fotoluminescência para: b) ZnWO4: Dy3+.

Fotocatálise Heterogênea - ZnWO4 : Eu

63

Figura 31. Degradação fotocatalítica do corante Rodamina 6G. a) catalisador ZnWO4: Eu; b) pseudo-primeira

ordem para ZnWO4: Eu.

Fotocatálise Heterogênea - ZnWO4 : Dy

64

Figura 32. Degradação fotocatalítica do corante Rodamina 6G. c) catalisador ZnWO4: Dy; d) pseudo-primeira ordem

para ZnWO4: Dy;

Fotocatálise Heterogênea - Cinética

65

Material

Degradação do

Corante (%)

Constante de

Velocidade (min-1)

ZnWO4- puro 85,80 0,01571

Dopante Európio

ZnWO4- 0,5% Eu3+63,47 0,0083

ZnWO4- 1% Eu3+37,29 0,0031

ZnWO4- 2% Eu3+22,52 0,0020

Dopante Disprósio

ZnWO4- 0,5% Dy3+95,12 0,0253

ZnWO4- 1% Dy3+95,04 0,0241

ZnWO4- 2% Dy3+84,58 0,0149

Degradação:

((C0 – Cn)/ C0) x 100

1ª ordem:

ln Cn = ln C0 – kt

Tabela 10. Degradação do corante Rodamina 6G por 2 horas.

Reuso: Fotocatálise Heterogênea - ZnWO4 : Eu

66

Figura 30. Degradação fotocatalítica do corante Rodamina 6G através do reuso. a) catalisador ZnWO4: Eu; b)

pseudo-primeira ordem para ZnWO4: Eu.

Reuso: Fotocatálise Heterogênea - ZnWO4 : Dy

67

Figura 33. Degradação fotocatalítica do corante Rodamina 6G através do reuso. c) catalisador ZnWO4: Dy; d)

pseudo-primeira ordem para ZnWO4: Dy;

Reuso- Fotocatálise Heterogênea - Cinética

68

Degradação:

((C0 – Cn)/ C0) x 100

1ª ordem:

ln Cn = ln C0 – kt

Tabela 11. Degradação do corante Rodamina 6G através do reuso dos fotocatalisadores.

Material Degradação do

Corante (%)

Diminuição da

Degradação no reuso

(%)

Constante de

Velocidade (min-1)

ZnWO4- puro 73,99 11,81 0,0108

Dopante Európio

ZnWO4- 0,5% Eu3+56,32 7,15 0,0063

ZnWO4- 1% Eu3+30,11 7,18 0,0027

ZnWO4- 2% Eu3+20,55 1,97 0,0019

Dopante Disprósio

ZnWO4- 0,5% Dy3+94,48 0,64 0,0222

ZnWO4- 1% Dy3+92,67 2,37 0,0209

ZnWO4- 2% Dy3+79,99 4,59 0,0131

Comparação da degradação da Rh6G com a literatura

Tabela 12. Comparação da eficiência de degradação da Rh6G deste trabalho com a literatura.

69

Fotocatalisador Degradação de Rh6G

(%)

Tempo de irradiação UV

(min)

Referência

CaO 49,00 270 PERALTA, 2018

TiO2 90,14 180 RASHEED, 2017

ZnO 90,00 390 NASCIMENTO, 2015

ZnWO4- puro 85,80 120 Este trabalho

ZnWO4- 0,5% Dy3+ 95,12 120 Este trabalho

ZnWO4- 1% Dy3+ 95,04 120 Este trabalho

ZnWO4- 2% Dy3+ 84,58 120 Este trabalho

Conclusão• A inserção dos dopantes terras raras no ZnWO4 influenciou no tamanho das partículas, na

natureza química, na estrutura e na morfologia.

• Obteve-se a fase de interesse (monoclínica do tipo wolframita) para o ZnWO4 puro edopado, em escala nanométrica.

• Alteração da morfologia de nanobastões (ZnWO4 puro) para nanoesferas, com o aumentoda concentração de dopantes.

• A energia de band gap foi característica dos semicondutores (tipo- n), em que a adição dosdopantes influenciaram no valor da mesma.

• O ZnWO4 com 0,5% e 1% em mol de Dy demonstraram satisfatória degradação (95%) daRodamina 6G, com resultados condizentes no reuso.

• A técnica de fotoluminescência possibilitou a verificação da recombinação do elétron-buraco, no qual a inserção dos dopantes na rede cristalina elevou a fotoemissão.

70

Grupo de Pesquisa

71

Obrigada!!!

Profa. Kellen Cristina Mesquita Borges

Contato: [email protected]

72

Referências Bibliográficas• AMOUZEGAR, Z. et al., Ceramics International. 41:1743–1747, 2015.

• ARIN, J., et al. Superlattices and Microstructures. 67, 197–206, 2014

• BAI, S., et al. Materials Letters. 240, 103-107, 2019.

• BORGES, K. C. M., et al. Orbital: the electronic journal of chemistry. 11, 115-118, 2019.

• CALLISTER, WILLIAM D. Fundamentos da Ciência e Engenharia de Materiais: Uma abordagem integrada. 4ª ed.São Paulo: LTC Editora, 2014.

• CHEN, W., et al. Appl. Surface Science. 445, 527- 534, 2018

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