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www.bancarios.com.br facebook.com/bancariosVDC @BancariosVDC_BA Representante dos bancários no Conselho Administrativo da CEF, Rita Serrano, participou de reuniões em Conquista e região. O PIQUETE BANCÁRIO Nº 1411 | 05/04/2017 Reuniões e plenária debatem com funcionários ameaças à Caixa Econômica Federal A representante dos bancários no Conselho Administrativo da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, esteve acompanhando os diretores do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região nas agências da CEF em Brumado, Poções e Vitória da Conquista na última semana. Os encontros foram pautados por temas que vêm preocupando a categoria, como os desmontes das empresas públicas, a ampliação da terceirização e as reformas previdenciária e trabalhista. As reuniões nas agências possibilitaram aos bancários da base refletir sobre o atual cenário do país. “É muito importante discutir o papel da Caixa na sociedade brasileira e os rumos que estão sendo seguidos em sua gestão, afetando clientes e funcionários. O Sindicato, como promotor de debates na categoria, trouxe à região essa discussão, principalmente pelo momento de divulgação de balanço e pagamento de PLR”, aponta Rafael Couto, diretor do SEEB/VCR e funcionário da CEF. Para o bancário da CEF/Poções, Nilton César Campos, esses momentos são essenciais para a luta dos trabalhadores. “O único caminho que temos é o enfrentamento, mas, primeiramente, precisamos de informação. É muito importante nos reunirmos para avaliar a conjuntura, elucidar os mecanismos de apoio e, a partir disso, nos mobilizar para conseguir mudar alguma coisa”, considera. Na noite da última quinta-feira (30), Rita, que também coordena o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, conduziu uma plenária com o lançamento da campanha “Se é público, é para todos”, que tem como o objetivo formar uma resistência contra os ataques aos bancos públicos. “É preciso tirar os trabalhadores da acomodação em que se encontram. Há muita gente que ainda não entendeu que, ao se ter uma mudança drástica de governo, nós recebemos um pacote de retiradas de direitos. O atual governo, antes de tudo, tem compromisso com o capital financeiro privado e com multinacionais. Os trabalhadores bancários precisam acordar para esta realidade e vir para a luta. Com as ameaças que estamos sofrendo, não há escolha”, destaca. Herança da Era Vargas, desconto atinge todos os trabalhadores com carteira assinada no Brasil. Bancário e contrabaixista, Eric Lopo comenta a influência da música em sua rotina. Centrais, sindicatos e movimentos sociais organizam paralisação nacional contra as reformas do governo Temer. SAIBA MAIS SOBRE O IMPOSTO SINDICAL ALÉM DO BANCO: MÚSICA PARA VIVER GREVE GERAL NO PRÓXIMO DIA 28 Página 2 Página 3 Página 3

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Representante dos bancários no Conselho Administrativo da CEF, Rita Serrano, participou de reuniões em Conquista e região.

O PIQUETE BANCÁRIO Nº 1411 | 05/04/2017

Reuniões e plenária debatem com funcionários ameaças à Caixa Econômica Federal

A representante dos bancários no Conselho Administrativo da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, esteve acompanhando os diretores do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região nas agências da CEF em Brumado, Poções e Vitória da Conquista na última semana. Os encontros foram pautados por temas que vêm preocupando a categoria, como os desmontes das empresas públicas, a ampliação da terceirização e as reformas previdenciária e trabalhista.

As reuniões nas agências possibilitaram aos bancários da base refletir sobre o atual cenário do país. “É muito importante discutir o papel da Caixa na sociedade brasileira e os rumos que estão sendo seguidos em sua gestão, afetando clientes

e funcionários. O Sindicato, como promotor de debates na categoria, trouxe à região essa discussão, principalmente pelo momento de divulgação de balanço e pagamento de PLR”, aponta Rafael Couto, diretor do SEEB/VCR e funcionário da CEF.

Para o bancário da CEF/Poções, Nilton César Campos, esses momentos são essenciais para a luta dos trabalhadores. “O único caminho que temos é o enfrentamento, mas, primeiramente, precisamos de informação. É muito importante nos reunirmos para avaliar a conjuntura, elucidar os mecanismos de apoio e, a partir disso, nos mobilizar para conseguir mudar alguma coisa”, considera.

Na noite da última quinta-feira (30), Rita, que também coordena

o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, conduziu uma plenária com o lançamento da campanha “Se é público, é para todos”, que tem como o objetivo formar uma resistência contra os ataques aos bancos públicos. “É preciso tirar os trabalhadores da acomodação em que se encontram. Há muita gente que ainda não entendeu que, ao se ter uma mudança drástica de governo, nós recebemos um pacote de retiradas de direitos. O atual governo, antes de tudo, tem compromisso com o capital financeiro privado e com multinacionais. Os trabalhadores bancários precisam acordar para esta realidade e vir para a luta. Com as ameaças que estamos sofrendo, não há escolha”, destaca.

Herança da Era Vargas, desconto atinge todos os trabalhadores com carteira assinada no Brasil.

Bancário e contrabaixista, Eric Lopo comenta a influência da música em sua rotina.

Centrais, sindicatos e movimentos sociais organizam paralisação nacional contra as reformas do governo Temer.

SAIBA MAIS SOBRE O IMPOSTO SINDICAL

ALÉM DO BANCO: MÚSICA PARA VIVER

GREVE GERAL NO PRÓXIMO DIA 28

Página 2 Página 3 Página 3

Page 2: Nº 1411 | 05/04/2017 O PIQUETE BANCÁRIObancarios.com.br/site/adm/jornal/b16e7a4ef7e3f38c7e871a... • facebook.com/bancariosVDC • @BancariosVDC_BA O Piquete Bancário Nº 1411

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EditorialEditorial

Existem momentos em que são exigidas medidas extremas para conter situações em que o futuro das próximas gerações está em perigo. As reformas que estão sendo propostas pelo governo, com o apoio da maioria dos deputados e senadores, e financiadas pelos grandes empresários, partem para uma cartada fundamental na consolidação do neoliberalismo, iniciado no governo Collor e sequenciado nos governos posteriores.

Se até agora os incentivos fiscais para empresas, as desregulamentações de barreiras ambientais, as “parcerias público-privadas” (com investimento público e lucro privado) e a intensificação das privatizações das poucas estatais que ainda restam serviram para aumentar a lucratividade dos poucos empresários, banqueiros e políticos que concentram a maioria das riquezas do país, com a chegada de Temer ao poder, os projetos que estão sendo aprovados e os que estão sendo propostos deixarão os trabalhadores sem nenhuma perspectiva de ter seus direitos respeitados e transformando as relações de trabalho em um sistema de escravização permanente.

Sem o retorno adequatdo para tornar eficientes os serviços de educação, saúde, moradia, segurança entre outros, os impostos pagos pelo cidadão vão parar no ralo da corrupção e do enriquecimento ilícito.

A Greve Geral é necessária e urgente para demonstrar o descontentamento de quem produz as riquezas e tem sustentado todo este sistema e para unir os trabalhadores, combatendo as tentativas de retirada de direitos e enfraquecimento da classe trabalhadora no Brasil.

Uma Greve necessária

Este boletim impresso é de responsabilidade da Diretoria do Sindicato dos Bancários de

Vitória da Conquista e Região.Tiragem: 1.100 exemplares

Fechamento: terça-feira, às 18h.

Rua Dois de Julho, 122 – Centro - Vitória da Conquista - Bahia - CEP: 45000-240

Telefones: (77) 3424-1620/ [email protected]

Expediente

Realidade Bancária

Entenda o recolhimento compulsório do Imposto Sindical

No mês de março, todos os trabalhadores do país, filiados a sindicatos ou não, têm descontado da sua folha de pagamento o Imposto Sindical. A retenção do valor não diz respeito à mensalidade de filiação, mas, sim, a um cumprimento da legislação trabalhista que prevê o recolhimento equivalente à remuneração de um dia de trabalho, o mesmo que 3,33% do salário, de todos os funcionários com carteira assinada.

Os recursos são centralizados na Caixa Econômica Federal, e o Ministério do Trabalho realiza o repasse às entidades cabíveis. Em cumprimento ao Art. 589 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), 60% do valor recolhido são destinados aos sindicatos e os 40% restantes são divididos entre confederações (5%), centrais sindicais (10%), federações (15%) e Conta Especial Emprego e Salário do Ministério do Trabalho (10%).

O imposto, estabelecido nos artigos 578 a 591 da CLT, possui

natureza tributária e foi criado em 1943, no governo Getúlio Vargas, para financiar a atividade sindical, sendo esta uma taxação mantida até hoje.

Também há outras formas de contribuição financeira para a sustentação das entidades sindicais, a exemplo das mensalidades, que são contribuições espontâneas daqueles que decidem integrar o sindicato representante da sua categoria.

Já o Desconto Assistencial é recolhido por muitos sindicatos para auxiliar nas campanhas. Contudo, nos últimos 3 anos, o SEEB/VCR, por decisão de diretoria e aprovação da categoria, não vem tem cobrado da base essa contribuição. “É importante que os bancários saibam quais são as contribuições recebidas pela entidade sindical, tornando transparentes as fontes de arrecadação que mantêm a estrutura do Sindicato”, ressalta Jornan Almeida, diretor Financeiro do SEEB/VCR.

Diretoria de Imprensa e Comunicação: Alex Leite.

Redação: Eline Luz, Erick Reis e Lays Macedo. Diagramação: Assessoria SEEB/VCR.

IMPOSTOSINDICAL

60%SINDICATO

10% central sindical

15% federação

5%confederação

10% Conta Especial Emprego e Salário do Ministério do Trabalho

3,33% do salárioUM DIA DE TRABALHO

O valor descontado em folha no mês passado não tem relação com a mensalidade daqueles que são sindicalizados.

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O Piquete BancárioNº 1411 | 05/04/2017

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Na última sexta-feira (31), as ruas de Vitória da Conquista ficaram repletas de manifestantes em protesto aos desmandos do governo. O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região formou unidade com outros sindicatos, movimentos sociais e juventude da cidade, componentes do Fórum Sindical Popular, se colocando contra os ataques aos direitos dos trabalhadores. A mobilização fez parte de um movimento nacional com a pauta unificada de denúncia e resistência às reformas da Previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização, sancionada pelo presidente no dia 31.

A participação da categoria bancária, com a paralisação das agências até as 12h em Conquista, foi deliberada em assembleia realizada no dia anterior ao ato. Trabalhadores de vários bancos estiveram presentes fortalecendo o movimento e as unidades do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal permaneceram fechadas durante a manhã. “É preciso ter em mente que todo esse pacote de maldades oferecido pelo governo afeta a todos os trabalhadores, inclusive seus filhos e netos. A reforma da Previdência, por exemplo, se for aprovada, vai afetar várias gerações,

e precisamos aderir a este movimento contrário e esquecer que um dia parado será descontado da nossa remuneração. Um dia de nosso salário pode representar uma vitória para várias gerações”, ressalta Cledson Malta, bancário da CEF.

Os sindicatos, além da defesa de sua categoria, devem compor a unidade com os demais movimentos, para fortalecer as mobilizações neste momento de acirramento da luta de classes. “Na conjuntura atual de ataques aos direitos da classe trabalhadora, que atingem todas as categorias, vindos das esferas federal, estadual e municipal, é muito importante a unidade em torno de ações que visem a defesa desses direitos”, destaca Sérgio Barroso, presidente da Associação dos Docentes da UESB (Adusb).

Greve geral: uma resposta à investida do Capital

Mundialmente é possível ver trabalhadores unidos em ações contra políticas que visam piorar a condição de vida. Ano passado na França, durante a Eurocopa, os principais setores de produção do país foram paralisados, incluindo portos e

Sindicato

Classe trabalhadora avança rumo à Greve Geral

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ferrovias. Este ano, os argentinos realizaram a primeira Greve Geral contra o governo Macri, que coloca em sua agenda o objetivo de fortalecer o capital a qualquer custo.

No Brasil, os bancos expandem seus lucros enquanto os direitos trabalhistas estão sendo atacados pelo governo que serve aos interesses dos banqueiros. Apenas a ampla participação da sociedade, tencionando as relações de trabalho, será capaz de alterar esse cenário. Em unidade, as centrais sindicais aprovaram para o dia 28 de abril a Greve Geral no Brasil para barrar o avanço das políticas de retrocessos do governo Temer. Neste contexto a vice-presidente do SEEB/VCR, Larissa Couto, convoca todos os colegas para aderirem a paralisação no dia 28. “Queremos ver todos os trabalhadores unidos contra os ataques projetados. Só é possível construir a unidade com a mobilização de toda a sociedade e nós, bancários, temos o papel de ser vanguarda contra a exploração do capital. Por isso, convocamos toda a categoria para a Greve Geral protestando contra as propostas de reformas e contra o governo golpista”, conclui.

Mobilização no último dia 31 convocou a sociedade para resistir à retirada de direitos.

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Curtas

Após a Assembleia de prestação de contas, na sede do SEEB/VCR, acontecerá a Reunião Geral Ordinária da Diretoria do SEEB/VCR. O encontro tem como objetivo a avaliação da atuação dos diretores nos primeiros meses do ano, bem como a discussão e a deliberação de estratégias de mobilização para a Greve Geral, convocada pelas centrais sindicais para o dia 28 de abril.

No próximo dia 12, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realiza a Assembleia Geral Ordinária de prestação de contas. A atividade acontece às 17h, na sede do SEEB/VCR e é aberta a todos os bancários da base. Na ocasião, a categoria deve deliberar sobre os gastos realizados durante o ano passado, levando em consideração o plano apresentado na última assembleia orçamentária.

Reunião Geral de Diretoria

Assembleia de prestação de contas do ano 2016

O número de desempregados atingiu a marca dos 13,5 milhões entre dezembro de 2016 e fevereiro deste ano. A taxa é a maior da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. A informação contraria o discurso do governo Temer e da grande mídia, que já indicam a retomada de crescimento do país.

13,5 milhões sem emprego

Imagem da Semana

Além da plenária, o Sindicato realizou reuniões nas agências CEF/Brumado, Vitória da Conquista e Poções com a participação de Rita Serrano.

O Piquete Bancárionº 1411 | 05/04/2017Além do banco Movido a música

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Algumas paixões nos acompanham desde o berço. Este é o caso do bancário do BB/Barra do Choça e instrumentista, Eric Lopo, que sempre foi influenciado pelos músicos da família.

Com acesso a diversos instrumentos musicais desde a infância, Eric começou a se dedicar à música aos 12 anos, quando iniciou os estudos de acordes e escalas no violão do seu pai. Com o tempo, passou a tocar também guitarra e piano, mas o contrabaixo foi o instrumento escolhido para seguir na carreira.

O bancário destaca como sua principal influência - tanto profissional como enquanto

vetor de boa música - o seu pai, que é baterista. Dentre os grandes baixistas da música, ele destaca Jaco Pastorius, Arthur Maia, Ney Conceição e Nico Assumpção.

Atualmente, Eric acompanha o cantor Tom Lemos em diversas apresentações, como o tributo a Bob Marley e um show com clássicos da Axé Music, apresentado durante o último verão. O funcionário do BB também possui um projeto de música instrumental e participa ocasionalmente de produções em Salvador, sua cidade natal. “Tocar Bob Marley pra mim é muito especial, porque, além de ser fã da obra, foi a minha primeira oportunidade

de tocar exclusivamente o reggae, que é um estilo musical onde o contrabaixo é a alma da música. Destaco também o projeto de Tributo aos Beatles, que tocamos inclusive em eventos do banco”, afirma.

Em relação à conciliação com o serviço bancário, Eric, que é funcionário do BB há 12 anos, considera que a música equilibra a tensão sofrida na agência. “No meu caso, vivencio a música de forma tão intensa que não consigo ver minha vida dissociada dela. Pra mim, é muito mais que um hobby, é uma necessidade fundamental, como comer, dormir ou falar”, conclui.