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1Rua Tomé de Souza, 1065 – Savassi – Belo Horizonte/MG 31 3116-1000 / 31 3223-6251
Gerenciamento de Projetos Industriais
de Construção e Montagem
MÓDULO I
Professor Ítalo de Azeredo Coutinho
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Tópicos
Tópico 1.1 - Fundamentos de Gestão de Projetos
Tópico 1.2 - Características de Projetos Industriais
Tópico 1.3 - Fases do empreendimento (Processos do FEL)
Tópico 1.4 - Etapa de Construção e Montagem
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Ter uma ampla visão sobre o que é o gerenciamento de projetos, suas
características, e como é possível utilizá-lo a favor do sucesso do seu
empreendimento.
Ao término deste módulo, esperamos que você seja capaz de:
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Conceito de Projeto
Quando uma empresa contratada é escolhida por apresentar as melhores condições
técnicas e comerciais, dá-se início a uma série de atividades que têm como objetivo
produzir as entregas previstas por um contrato de fornecimento. Essas atividades serão
organizadas e restringidas por objetivos e recursos, atreladas a tempo, qualidade, custo
e escopo, impostos por um contrato de fornecimento, e passará a ser denominada
PROJETO. No Guia PMBOK® (PMBOK® – Guia do conjunto de conhecimentos em gestão
de projetos) (2012) encontramos o seguinte significado: projeto é “um esforço
temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo”. Onde
podemos destacar:
Temporário: não fazemos projetos que acontecem eternamente, existe um prazo a
ser cumprido e considerado;
Empreendido: para se alcançar um determinado grupo de objetivos, faz-se
importante empreender (ou investir) recursos e administração;
Exclusivo: o ineditismo de um projeto é o primeiro grupo de riscos a ser analisado,
se não foi feito ainda (mesmo que se assemelhe em muito com outros projetos) é
preciso se cercar de muitos cuidados para se alcançar o sucesso objetivado.
Ao final, existirão os produtos (ou entregas) e as lições aprendidas (o que deu certo, o
que deu errado) ou o aprendizado daquele projeto. Os produtos serão repassados de
maneira harmoniosa para o cliente (hand over ) que a partir dali se inicia a operação
(e/ou manutenção) de cada entrega. As lições aprendidas serão repassadas ao setor
Tópico 1.1 - Fundamentos de Gestão de Projetos
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comercial da empresa contratada, com o objetivo de melhorar seus processos internos
(processos comerciais e de gestão).
A gestão desse contrato será feita por meio do planejamento, execução,
monitoramento e ações de correção de desvios (como descrito por Edward Demming
em seu ciclo PDCA – Plan, Do, Check, Act ).
Figura 1 –
Modelo de Gerenciamento PDCA
ATENÇÃO!
Não confunda PROJETO com documentos de engenharia. Projetoé o empreendimento. Documentos de engenharia, que também
podem ser conhecidos como projetos, tratam da inteligência
necessária para construir e montar (como exemplo: diagramas,
formatos, memórias de cálculo, fluxogramas de processo, layouts,
etc.).
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Figura 2 –
Início de um projeto e seu processo de Gestão.
Projeto é o empreendimento (negócio) que deverá acontecer dentro de um prazo
estabelecido, custo negociado, qualidade imposta e escopo acordado entre Contratante
e Contratado. Cabe, porém ao líder do projeto e sua equipe identificar corretamente
quais são as restrições do projeto, pois podem, em raras exceções, serem diferentesdestas apontadas (prazo, custo, qualidade e escopo).
Em projetos de engenharia e construção a contratante pode ser a empresa usuária
(mineradoras, siderúrgicas, refinarias, etc.) ou a sub-contratante (construtoras,
empreiteiras, gerenciadoras, etc.). O Contratado é um grupo de empresas (consórcio)
ou uma empresa específica, que domina o know how para fazer engenharia, comprar,
construir, montar, testar e entregar para a Contratante.
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Visão sobre o Guia PMBOK ®
Em 1984, o PMI®, Instituto de Gerenciamento de Projetos com filiais (capítulos) no
mundo inteiro, introduziu pela primeira o Guia PMBOK ® (Project Management Body of
Knowledge). Trava-se da iniciativa de reunir em um único padrão, as melhores práticas
para administração de projetos.
Nessa visão multidimensional e sistêmica, o Guia PMBOK ® (5a Edição) relaciona a gestão
do empreendimento em 10 áreas de conhecimentos, a saber:
Integração (Capítulo 4)
Escopo (Capítulo 5)
Tempo (Capítulo 6)
Custo (Capítulo 7)
Qualidade (Capítulo 8)
Recursos Humanos (Capítulo 9)
Comunicação (Capítulo 10)
Riscos (Capítulo 11)
Aquisição (Capítulo 12)
Partes Interessadas (Caítulo 13)
A gestão do projeto acontecerá por meios de processos de gerenciamento (ou
administração), seguindo os princípios do ciclo PDCA. Os grupos de processos são 5 e
são eles que geram a dinâmica necessária para a gestão do empreendimento.
Os 5 grupos de processos (PMBOK ® 2012) são:
Iniciação (correspondente ao Plan do PDCA);
Planejamento (correspondente ao Plan do PDCA);
Execução (correspondente ao Do do PDCA);
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Monitoramento e Controle (correspondente ao Check e Act do PDCA);
Encerramento (correspondente ao Do do PDCA).
Levando em consideração os empreendimentos industriais, a gestão do projeto
compreenderá 10 áreas de conhecimentos (checklist de cada plano de gestão que
precisa ser elaborado) e terá sua dinâmica pelos 5 grupos de processos (cadenciados e
processados durante toda a administração do projeto).
Mas não se confunda! Os 5 grupos de processos são diferentes do ciclo de vida do
projeto. O ciclo de vida compreende fases ou etapas e, por sua vez será dentro de cada
etapa ou fase que os 5 grupos de processos atuarão para fornecer a gestão adequada
para realizar as entregas do empreendimento.
Os processos de gestão do projeto são 47 ao todo, cada um categorizado pela sua área
de conhecimento e seu grupo de processos. O gerenciamento do projeto ocorrerá por
processos, cada um gerando entregas (que podem ser documentos de gestão) para o
próximo processo, até a finalização do projeto.
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Tabela 1 – 47 processos, 10 áreas de conhecimento e 5 grupos de processos
Outra forma importante de visualizar os 47 processos, é separando-os pelas áreas de
conhecimento. Veja como:
Integração
4.1 Desenvolver o termo de abertura do projeto
5 Grupos de Processos10 Áreas de
Conhecimento
4. Integração
5. Escopo
6. Tempo
7. Custo
8. Qualidade
9. Recursos
Humanos
10. Comunicação
11. Riscos
12. Aquisições
13. Partes
Interessadas
Iniciação Planejamento Execução Monitoramento
e Controle
Finalização
4.1 4.2
5.1/ 5.2/ 5.3
5.4 5.5/ 5.6
6.1/6.2/ 6.3
6.4/ 6.5/ 6.6 6.7
7.47.1/ 7.2/ 7.3
8.1 8.2 8.3
9.1 9.2/ 9.3
9.4
10.1
11.1/11.2
11.3/ 11.4/
11.5
12.1 12.312.2
11.6
10.310.2
12.4
4.3 4.4/ 4.5 4.6
13.1 13.2 13.3 13.4
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4.2 Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto
4.3 Orientar e gerenciar o trabalho do projeto
4.4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto
4.5 Realizar o controle integrado de mudanças
4.6 Encerrar o projeto ou fase
Escopo
5.1 Planejar o gerenciamento do escopo
5.2 Coletar os requisitos
5.3 Definir o escopo
5.4 Criar a EAP
5.5 Validar o escopo
5.6 Controlar o escopo
Tempo
6.1 Planejar o gerencimento do cronograma
6.2 Definir as atividades
6.3 Sequenciar as atividades
6.4 Estimar os recursos das atividades
6.5 Estimar as durações das atividades
6.6 Desenvolver o cronograma
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6.7 Controlar o cronograma
Custo
7.1 Planejar o gerenciamento dos custos
7.2 Estimar os custos
7.3 Determinar o orçamento
7.4 Controlar os custos
Qualidade
8.1 Planejar o gerenciamento da qualidade
8.2 Realizar a garantia da qualidade
8.3 Controlar a qualidade
Recursos Humanos
9.1 Planejar o gerenciamento dos recursos humanos
9.2 Mobilizar a equipe do projeto
9.3 Desenvolver a equipe do projeto
9.4 Gerenciar a equipe do projeto
Comunicações
10.1 Planejar o gerenciamento das comunicações
10.2 Gerenciar as comunicações
10.3 Controlar as comunicações
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Riscos
11.1 Planejar o gerenciamento dos riscos
11.2 Identificar os riscos
11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos
11.4 Realizar a análise quantitativa dos
riscos
11.5 Planejar as respostas aos riscos
11.6 Controlar os riscos
Aquisições
12.1 Planejar o gerenciamento das aquisições
12.2 Conduzir as aquisições
12.3 Controlar as aquisições
12.4 Encerrar as aquisições
Partes Interessadas
13.1 Identificar as partes interessadas
13.2 Planejar o gerenciamento das partes interessadas
13.3 Gerenciar o engajamento das partes interessadas
13.4 Controlar o engajamento das partes interessadas
Os 47 processos de gestão de projetos e os 5 grupos de processos compõem um
framework (guia, padrão, referência) para gerenciamento das fases de um
empreendimento industrial.
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Seja qual for a etapa que estivermos atuando (viabilidade, engenharia, suprimentos,
construção/fabricação, montagem, pré-operação e entrega), esse framework de
gerenciamento do projeto é aderente e aumenta as chances de sucesso, facilitando uma
comunicação comum e uma gestão única de interesses envolvidos.
Ou seja, para construir (ou fabricar) e em seguida fazer a montagem, o padrão de
gestão proposto pelo PMBOK ® pode e deve ser utilizado, adequado a cada tipo de
empreendimento e a cada fase específica, afinal de contas ele é um framework (mapa
mental) que contém as melhores práticas em se tratando de planejar, executar,
monitorar, controlar e encerrar empreendimentos industriais.
Premissa
Trata-se de tudo que deverá ser considerado como verdadeiro (e necessário) no início
do projeto. As premissas são definidas após pleno conhecimento do objeto do contrato
de construção e montagem, elas serão os primeiros itens a serem tratados como riscos
no projeto, pois o seu adiamento irá adiar também o início do empreendimento.
Alguns exemplos de Premissas em projetos de construção e montagem:
Canteiro de obras liberado e com utilidades (energia, esgoto, água, contêineres);
Área do escopo do contrato liberada para início das atividades de construção e
montagem;
Matéria-prima posta no fabricante;
Trajeto entre fábrica e local de instalação (site) liberado;
Diretrizes de planejamento e QSMS estabelecidas;
Documentos de engenharia finalizados (engenharia detalhada certificada).
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Restrição
Os limites do projeto são estabelecidos para que Contratante e Contratado saibam suas
responsabilidades e as fronteiras do fornecimento. As restrições são estabelecidas e
negociadas ainda na fase de proposta, a visita técnica para essa fase deve ser bem
criteriosa para entender todos os limites das entregas. Além das restrições é importante
também conhecer os limites de bateria do projeto, que é a delimitação física da
ocupação do projeto.
São exemplos de Restrições para projetos industriais:
Que determinada montagem só poderá acontecer em horário noturno;
Que o líder de campo deverá falar inglês e possuir experiência de 25 anos na área de
montagem industrial;
70% da mão de obra deverão ser contratadas na região.
Alguns limites de bateria (exemplos):
Serão feitas medições de espessura nas tubulações compreendidas entre a saída do
ponto A e entrada do ponto B;
ATENÇÃO!
Sem as Premissas o projeto não deve acontecer. Iniciar o
empreendimento sem o mínimo necessário de infraestrutura e
recursos é postergar problemas que podem inviabilizar o projeto. Por
isso, antes de começar, conheça bem tudo o que for necessário para o
desenvolvimento e finalização do empreendimento.
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Os cabos serão lançados somente nos painéis de supervisão e controle;
Nas áreas compreendidas entre os Limites de Bateria de instalações industriais e as
ruas adjacentes, não pode haver qualquer tipo de construção, exceto as casas de
controle, subestações, entradas de tubulações, hidrantes, postes de iluminação, os
sistemas subterrâneos e canaletas de drenagem (exemplo retirado na Norma
Petrobrás, N.1674- Revisão C – set/98).
Planejamento
Diferente do que se pensa, o planejamento não é prever tudo e sim estabelecer umcenário futuro plausível entre Contratante e Contratado, analisando os riscos e recursos
necessários, nesse ambiente futuro. O planejamento é a linha de base para escopo,
qualidade, custo e prazo, ou seja, trata-se de um acordo entre os envolvidos do projeto
para que as expectativas e interesses possam ser alcançados.
Uma característica fundamental a ser observada é o fato de o planejamento ser
dinâmico e não apenas uma etapa dos processos de gestão de projetos. No decorrer do
prazo do empreendimento, o planejamento deverá ser atualizado e adequado às linhas
de referência do projeto (qualidade, custo, prazo e escopo), traduzidas em documentos
com Padrões da Qualidade, EAP, Declaração de Escopo, Orçamento e Cronograma. Estes
documentos, por sua vez, são como organismos vivos, que devem ser alimentados e
multiplicados, conforme a necessidade do empreendimento e definido, por exemplo, no
planejamento da comunicação.
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Programação
A programação periódica (por dia, semana, quinzena, mês) traduz os objetivos do
planejamento e garante que premissas, restrições e limites de bateria sejam
obedecidos, sem prejudicar as entregas alinhadas com os padrões de qualidade, dentro
dos pacotes de trabalho em custos previstos e prazos exequíveis.
Figura 3 – Planejamento x Programações
O grau de atividades programadas, necessariamente, precisa ser coerente com o grau
de tarefas do projeto, necessárias para se alcançar adequadamente os objetivos do
empreendimento, sempre dentro das restrições macro.
Gestão do Empreendimento – Stakeholders/Partes Interessadas/Partes
Afetadas
O projeto necessitará de uma cadência harmoniosa entre os seus objetivos, os
interesses dos envolvidos, os recursos empenhados, a qualidade exigida, tudo dentro de
um prazo estabelecido e um custo planejado. Para que todas essas variáveis não se
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tornem entraves para o sucesso do empreendimento, entra aqui uma série de
processos de gestão, com o objetivo de administrar adequadamente o cenário presente,
provocado por mudanças constantes e de olho num cenário futuro.
Somente por meio de atividades intensas e constantes de gestão é que o
empreendimento poderá acontecer. Não há tempo e chance para o acaso, é preciso
gerenciar com dedicação a participação dos envolvidos (stakeholders).
Em um projeto industrial os stakeholders podem ser
(não se limitando a eles):
Usuário final (por parte do Contratante);
Contratado;
Equipe de Gestão do Projeto;
Fornecedores;
Comunidade;
Órgãos governamentais locais (prefeitura, secretarias, subprefeituras,
departamentos de trânsito, etc.);
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Órgãos reguladores (ANATEL, ANEEL, IBAMA, Secretaria Estadual de Meio-ambiente,
ANA, etc.);
ONGs;
Mídia (jornais, sites especializados, televisão);
Igrejas, templos;
Patrimônio Histórico;
Polícias Militar, Civil, Meio-ambiente.
Assim, fazer a gestão do empreendimento é garantir que os processos de gestãopossam acontecer gerando o produto final (ou entregas), reduzindo consideravelmente
os impactos, conflitos de interesses e objetivos de uma série de stakeholders
envolvidos.
A maneira mais indicada para realizar essa gestão é na fase de planejamento, na qual
deverá ser realizada uma adequada identificação destes stakeholders, indicando porque
ele é afetado (positivamente ou negativamente) pelo projeto. Uma vez feito isso, o
próximo passo é indicar se esta parte afetada possui influência ou poder no projeto, de
tal forma que possa afetar o resultado do seu projeto, caso o seu interesse não seja
atendido.
Como outros elementos da gestão, esse mapeamento dos stakeholders também é
“vivo” e deve ser monitorado e atualizado ao longo do projeto.
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Conceito de Projeto Industrial
Projeto Industrial é todo empreendimento composto por uma série de envolvidos, altos
valores econômicos e que seu produto (ou entregas) possa atender aos anseios de
algum grupo de investidor (empresas privadas, governo, misto). Não necessariamente
as suas entregas originarão uma fábrica ou indústria, podemos ter aqui também obras
de arte e de infraestrutura importantes para um planejamento macro de um país ou
região.
Alguns exemplos de projetos industriais recentes:
Siderúrgica da VSB em
Jeceaba/MG
Complexo Petroquímico
COMPERJ - RJ
Planta de
Beneficiamento
Minério-de-Ferro - MG
Tabela 2 – Exemplos de projetos Industriais
Contexto
A partir de 2005 o Brasil tem vivenciado números de crescimento do seu PIB querefletem os investimentos feitos em novas indústrias, grandes reformas e ampliações de
Tópico 1.2 - Características de Projetos Industriais
Saiba mais sobre a implantação da Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil
(VSB) em Jeceaba, através da leitura da matéria “Investimento bilionário
em Jeceaba levará aço de Minas para o mundo”, disponível na Biblioteca
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impacto direto na economia do país. Estima-se que para os próximos cinco anos
vivenciaremos essa experiência, isso em um cenário pessimista, alguns economistas
acreditam que perdure por pelo menos 10 anos. Com o aumento da classe C, produtos
antes consumidos timidamente, estão sendo vendidos em grandes quantidades, apenas
um dos indícios dessa fase de crescimento da economia.
Os investimentos externos no País têm aumentado, tornando o Brasil um dos mercados
mais procurados para se investir. Parcerias com empresas locais e governo têm
favorecido o desenvolvimento da infraestrutura, pois sem ferrovias, rodovias,
aeroportos industriais, fornecimento de gás e outras energias, nada poderá ir adiante.
Os números ainda são tímidos frente a potências econômicas como China e Estados
Unidos, mas são patamares maiores e mais diversificados do que aqueles vivenciados na
década de 70, no período chamado Milagre Brasileiro.
Veja abaixo, alguns gráficos extraídos do “Relatório Economia Brasileira em
Perspectiva”, publicado em fevereiro de 2012 pelo Ministério da Fazenda, onde é
demonstrada a participação do Brasil, na economia mundial em alguns setores:
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Características
Os projetos industriais têm características muito peculiares se comparados a outros
projetos, até mesmo dentro de uma mesma organização. Quando a empresa decide
ampliar sua produção, uma série de projetos são iniciados, focados a diretrizes
estabelecidas por um plano macro de crescimento, que pode estar ou não no
planejamento estratégico da empresa. Assim os projetos industriais podem ter as
seguintes características:
Alto volume de recursos; Cifras expressivas;
Grande número de envolvidos;
Complexidade de tecnologias;
Qualidade exarcebada;
Limites de bateria e Interfaces;
Prazo curto;
Atrelado ao planejamento estratégico da organização;
Faz parte ou não de um programa;
Localizado em áreas desprovidas de recursos;
Cadeia de suprimentos variada;
Recursos financeiros do estrangeiro;
Compra de material no mercado nacional ou fora do país.
Pontos de Atenção
Ao se analisar as características dos empreendimentos industriais, alguns fatores para o
sucesso do projeto precisam ser levados em consideração. Tratam-se de importantes
pontos de atenção, que, se esquecidos, poderão diminuir a probabilidade de se alcançar
adequadamente os objetivos macro.
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Nunca sub-estime;
Nunca super-estime;
Tenha indicadores;
Trabalhe com uma equipe capacitada e de alto nível;
Faça análise de riscos e acompanhe-as;
Mantenha comunicação aberta e periódica do andamento do projeto;
Conheça o escopo;
Diminua a curva de aprendizado do escopo;
Aprenda com lições anteriores;
Formalize a comunicação;
Estabeleça pontos de controle durante o projeto, periodicamente;
Maximize o uso da engenharia para resolver problemas da construção e
montagem.
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O Front End Loading ou simplesmente FEL é um processo muito utilizado em execução
de empreendimentos industriais, tecnicamente denominados de projetos de capital.
Esses projetos requerem grandes investimentos e os processos FEL são utilizados com o
objetivo de minimizar os riscos de investimentos em empreendimentos não viáveis e
sem atratividade para a organização. Normalmente, o FEL é utilizado no setor industrial
como por exemplo: mineração, siderurgia, metalurgia, energia e petroquímica, locais
onde os projetos são de alta complexidade e de alto custo.
FEL é um processo que visa esclarecer os objetivos empresariais e potencializar o
alinhamento estratégico entre as iniciativas (empreendimento, objeto ou trabalho a ser
desenvolvido) e estes objetivos, visando otimizar a produtividade através da eliminaçãode investimentos em projetos não rentáveis e desalinhados com a estratégia do
negócio. O FEL ajuda a definir bem o escopo e gerar um planejamento detalhado que
garanta o mínimo de retrabalho e mudanças durante a fase de execução dos
componentes (projetos, programas e outros trabalhos) do portfólio ou carteira de
projetos da organização.
O FEL é dividido em três fases com pontos de análise e aprovação, chamados de Gates
ou portões. Estas fases são:
FEL I – corresponde à fase de análise do negócio, cujo objetivo é avaliar a atratividade e
oportunidade de investimento. Nesta fase, os objetivos do projeto são alinhados aos
objetivos estratégicos da organização.
Tópico 1.3 – Fases do Empreendimento (Processos do FEL)
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FEL II – corresponde à fase de estudo de viabilidade técnica e econômica. Esta fase é
responsável em selecionar as alternativas (opções para desenvolver as iniciativas),
estratégia de contratação e seleção tecnológica.
FEL III – corresponde à fase de engenharia básica (primeira fase da implantação de um
projeto onde são revistos os trabalhos de engenharia preliminar que consiste em
estudos de viabilidade, lista de equipamentos, fluxogramas e layouts) e visa o
desenvolvimento do projeto básico e do planejamento da execução do projeto. Nesta
fase, o escopo é fechado através do detalhamento do produto.
Figura 4 – Front End Loading (FEL) e as fases do empreendimento industrial
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Um dos motivos para se utilizar o FEL é a oportunidade que esta ferramenta oferece
para potencializar o nivelamento e o agrupamento dos projetos, de acordo com o seu
estágio de maturidade, proporcionando tranquilidade e segurança à direção executiva
da organização para a tomada de decisão referente à autorização do investimento. Esta
capacidade de potencializar o alinhamento das iniciativas aos objetivos de negócio foi o
motivou a integração dos processos FEL com os processos do “The Standard for
Portfólio Management®” - livro que é uma expansão do PMBOK ® e do OPM3, cuja base
de informação é gerenciamento de portifólios de projetos. Sem dúvida alguma, vale a
pena utilizar e incluir os processos FEL no processo ou metodologia de gerenciamento
de portfólio de projetos de sua organização.
Planejamento da Construção
Figura 5 –
Fases de um empreendimento industrial típico
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Na fase de planejamento da construção (FEL 3), tem-se como objetivo o
desenvolvimento do projeto básico e o planejamento da fase de execução, onde as
atenções são voltadas para os estudos mais detalhados relacionados à definição
completa do escopo do empreendimento, a conclusão dos levantamentos de
engenharia (topografia, geotécnica, etc.), bem como o desenvolvimento da atividade do
projeto básico, gerando assim o projeto executivo.
Esta fase adiciona valor ao projeto, com o objetivo de manter-se este valor durante a
fase de desenvolvimento da engenharia detalhada e construção, para que durante a
fase de operação e manutenção o projeto selecionado e aprovado pelos Gates produza
o valor planejado (esperado) atendendo as expectativas dos seus stakeholders.
Os serviços de engenharia relacionados nesta etapa devem ser desenvolvidos por
engenheiros especialistas e técnicos (projetistas) adequadamente capacitados.
É a fase mais longa do empreendimento. Junto com a fase de construção (tipicamente
chamadas de “engenharia de construção e montagem”), é a materialização de tudo que
até então havia sido feito no papel. O grau de liberdade da fase de montagem é
inversamente proporcional ao grau de detalhamento do projeto. Após esta fase, o custo
cresce rapidamente.
Na fase da construção há grandes conflitos entre o pessoal da engenharia, suprimento e
equipe de campo responsável pela construção e montagem eletromecânica motivada
pela falta ou inconsistência de informações.
A engenharia de assistência técnica à fabricação e à construção consiste na alocação,
quando requerida pela equipe de gerenciamento da implantação, de profissionais
especialistas para tratar dúvidas dos fornecedores com relação à engenharia detalhada
desenvolvida e também dar assistência na proposição de alterações necessárias para a
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adaptação às melhores condições de fabricação, construção e montagem. Os
documentos produzidos nesta etapa serão constituídos de relatórios, atas de reunião e
notas técnicas.
Fases de um empreendimento industrial típico
Todo empreendimento industrial é divido em fases e, geralmente, são as que estão
abaixo elencadas. Cabe ressaltar que os nomes podem ser diferentes, dependendo do
setor de atuação, porém a essência é sempre a mesma, isto é, uma etapa relativamente
à viabilidade econômica, uma dedicada à visualização técnica do tema, outradetalhando o projeto, definição do que será comprado e quando, a efetiva construção e
montagem e, finalmente, uma etapa dedicada a testes operacionais e de funcionalidade
para verificação se o que foi construído e montado, atinge as metas técnicas
estabelecidas nas normas e especificações técnicas.
Como em todo empreendimento existe o posicionamento da contratada e da
contratante. Veja abaixo as etapas com detalhes, para cada uma das partes:
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Anteprojeto
Engenharia Básica
Engenharia Detalhada
Suprimentos
Construção e Montagem
Comissionamento,Start Up,
Colocação em Marcha
Descomissionamento
ViabilidadeEconômica
Etapa em que:
- Se avalia se vale a pena ir ao mercado ou
não fazer a contratação do projeto (empre-
endimento);
- Se o projeto é atrativo f inanceiramente
para a empresa;
- Se o projeto está alinhado com as estraté-
gias da empresa
- Emissão e colocação no mercado do
Edital/Termo de Referência.
- Negociação
- Contratação
- Avalia se o projeto é financeir -
mente atrativo para a empresa
- Se o projeto está alinhado com asestratégias da empresa
- Elaboração de proposta técnica
comercial
- Negociação
- Contratação
Essa etapa normalmente esta compreendi-
da na anterior, pois define os parâmetrostécnicos e financeiros do empreendimento.
Refinamento dos parâmetros
técnicos e financeiros para a
execução do empreendimento.
Emissão de projeto básico que normal-
mente acompanha o Edital/Termo de
Referência.
Refinamento do projeto básico
recebido pelo Contratante,
validando ou não as premissas
técnicas.
Normalmente a Contratante acompanha o
desenvolvimento dos projetos, através de
reuniões, e verificando a aderência entre o
design desenvolvido e as Especificações
Técnicas
Detalhamento do projeto básico,
Emissão de documentos impor-
tantes como definição de lay-out,
diagramas elétricos, projetos de
fabricação, projetos de desmonta-gem, projetos de montagem,
Instruções de Teste em Campo,
Dependendo do empreendimento a Con-
tratante solicita a apresentação dos pedi-
dos de compra para comprovação do anda-
mento do empreendimento e respectiva
liberação de evento de pagamento.
Aprovisionamento dos recursos
materiais para etapa de constru-
ção e montagem, baseando-se no
projeto executivo.
Normalmente a Contratante desloca uma
equipe para fiscalização in loco da execuçãodo empreendimento.
Etapa da concretização do projeto
executivo.
Normalmente a Contratante desloca uma
equipe para acompanhamento in loco da
execução dos testes
Teste funcional/operacional de
todos os equipamentos para verif -
cação se os mesmos estão funcio-
nando corretamente e dentro dos
padrões estabelecidos pelas
Normas e Especificações Técnicas.
Encerramento das atividades do empree -
dimento após a sua vida útil. Conceito denova empregabilidade no Brasil, mas que já
se constata em algumas plantas industriais.
Cabe ao dono do empreendimento fazer
seu perfeito desativamento.
Essa etapa não faz parte do
contrato.
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Confira a seguir, uma outra forma de se compreender as fases de um empreendimento
industrial, de acordo com Casarotto (2010):
Anteprojeto ou estudo de viabilidade:
É uma etapa do empreendimento empresarial que consiste num conjunto de definições
de parâmetros necessários à elaboração dos projetos de engenharia. Definições essas
decorrentes das decisões estratégicas para os negócios da empresa que, normalmente,
abrangem:
Estudo de mercado, visando definir produtos, faixas de mercado e condições de
comercialização;
Estudo de localização, visando definir onde produzir;
Estudo de engenharia, visando definir a tecnologia e caracterizar o processo
produtivo, ou seja, como produzir;
Estudo de tamanho, visando definir escala e nível econômico, ou seja, quantoproduzir;
Estudo econômico-financeiro, visando definir investimentos e recursos financeiros,
ou seja, quanto e como investir.
O autor apresenta uma informação muito importante e de fácil constatação na prática,
que é o fato de que “a ordem de grandeza dos gastos com anteprojetos, é tão baixa,
perante os investimentos na execução do projeto e os números relativos à operação,
que pequenos ganhos de eficiência nos investimentos e na operação da planta, frutos
de escolhas corretas dos parâmetros do empreendimento no anteprojeto, tornam
altamente viáveis os gastos com este último”.
Didaticamente ele apresenta a ilustração abaixo, para melhor entendimento do
conceito:
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Tabela 4 – Relação entre gastos nas etapas de empreendimentos industriais.
Para concluir, Casarotto afirma que bons estudos preliminares facilitam implantações
consideradas mais arriscadas, quer pela melhor definição da solução de referência, quer
pela visão antecipada de problemas potenciais ou hipóteses alternativas, que venham a
ocorrer durante a execução ao mesmo após a operação do projeto. (...) Bem planejar,
para facilitar posteriormente a execução, o que, aliás, nada mais é do que bem praticar
o “p” do memograma POC3 – Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar –
lançado por Fayol (1950) e que, embora muito criticado, modificado e aperfeiçoado por
muitos autores, mostra-se ainda atual.
Engenharia Básica
Definição exata da(s) característica(s) do produto(s);
Engenharia conceitual - que define a concepção da fábrica, como, por exemplo,
optar entre uma linha de processo para 50t/dia e duas linhas de 25t/dia, em uma
indústria química;
Projeto básico - que define o fluxo de produção, as unidades auxiliares e os
parâmetros básicos de cada equipamento ou conjunto de equipamentos. O projeto
básico deve conter os fluxogramas qualitativos e quantitativos de equipamentos,
arranjo físico, balanços materiais e de utilidades, esquemas de transporte interno,
definição das características dos sistemas de utilidades, digramas de tubulações,
Relação entre gastos
Etapa do empreendimento Anteprojeto Projeto de Eng. Execução do projeto
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unifilares e de instrumentação e definição dos fatores de produção, incluindo mão
de obra;
Revisão dos parâmetros econômicos: investimentos, recursos, análise financeira.
Engenharia de compras
Agora em posse das especificações do projeto básico, é possível pesquisar entre os
fabricantes quais são os modelos disponíveis de equipamentos que se adaptam ao
processo. Também envolve a composição de todos os suprimentos necessários às
instalações industriais e só é possível após a sua caracterização na engenharia de
detalhamento.
Engenharia de detalhamento
Caracteriza-se por ser um conjunto de documentos com os detalhes da interligação,
desenhos de montagem, listas de materiais, especificações de instalações (elétricas,
hidráulicas, de vapor e outras) e seus materiais, projetos arquitetônicos, cálculo
estrutural, entre outros. O projeto deve ser detalhado suficientemente para permitir a
montagem com segurança
Montagem
É a materialização de tudo o que até então havia sido feito no papel. O grau deliberdade da fase de montagem é inversamente proporcional ao grau de detalhamento
do projeto.
Projeto organizacional
Objetiva deixar a nova empresa ou unidade operacionalmente pronta antes da fase de
“posta em marcha”. Para tanto, é necessário definir organograma, funções, e anecessidade de recursos de cada setor, além de contratá-los e treiná-los. Essa é uma
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etapa que deve acontecer paralelamente à implantação, para não afetar a etapa final,
de colocação em marcha.
Posta em Marcha
É a fase da partida das máquinas, é o momento em que são analisados principalmente:
o desempenho de equipamentos, a qualidade dos produtos, a adequação de matérias-
primas e adequação da mão de obra.
Gerenciamento da Implantação
Administração de todo o processo de: implantação, de planejamento e controle do
andamento. É uma função que tem importância diretamente proporcional ao porte do
projeto.
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Conceito de Construção
Construção ou fabricação trata-se da etapa de processar a matéria-prima adquirida na
fase de suprimentos e transformá-la no produto final ou parcial. Na fase de construção
ou fabricação o projeto detalhado (executivo) será posto em ação para odesenvolvimento do empreendimento.
Dá-se o nome de construção mais comumente para:
Obras de arte (pontes, viadutos, acessos, etc);
Galpões;
Prédios; Estacionamento, cantina, enfermaria, área de estoque;
Superestruturas para receber equipamentos.
Dá-se o nome de fabricação mais comumente para:
Equipamentos;
Parte de equipamentos;
Estruturas metálicas;
Estruturas de concreto.
Na arquitetura e na engenharia, a construção é a execução do projeto previamente
elaborado, seja de uma edificação ou de uma obra de arte, que são obras de maior
porte destinadas a infraestrutura como pontes, viadutos ou túneis. É a execução de
Tópico 1.4 – Etapas de Construção e Montagem
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todas as etapas do projeto da fundação ao acabamento. Consistem em construir o que
consta em projeto, respeitando as técnicas construtivas e as normas técnicas vigentes.
O mesmo conceito pode ser aplicado para a fabricação, o que será também executado
conforme técnicas de fabricação e normas técnicas vigentes. Trata-se da execução de
todas as etapas do processamento da matéria-prima, montagem de subconjuntos,
instalação de instrumentos e sistemas supervisórios.
Figura 6 – EAP de uma obra típica de Construção e Montagem
Conceito de Montagem
Para Fernandas (2009) “A montagem industrial, montagem eletromecânica ou
simplesmente montagem, tem aplicação em todos os tipos de instalações industriais,
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não somente na implantação de novas unidades, mas também na ampliação, reforma e
manutenção das já existentes”.
A montagem executa a união lógica e física das partes de uma instalação. Física por ser
o agrupamento de partes de um equipamento ou sistema de máquinas maior por uso
de soldas, união de flanges numa tubulação, torqueamento de parafusos, assentamento
em base civil de uma máquina, etc. Lógica, por unir sistemas de instrumentação,
automação, circuitos elétricos e eletrônicos, utilizando ou não ligações físicas.
Características de cada fase:
Construção;
Fabricação;
Montagem;
Fases predecessoras;
Suprimentos;
Mobilização;
Canteiro de obras;
Logística de fornecimento;
EAP típica;
Fatores de sucesso.
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O quOe estudamos:
Fundamentos de Gestão de Projetos, as características de projetos industriais, as fases
do empreendimento (processos do FEL) e as etapas de construção e montagem.
Agora, retorne à sala virtual e realize a leitura do material didático do Módulo II. Não
se esqueça: em caso de dúvidas, entre em contato com o tutor ou com a monitoria.
Chegamos ao final do Módulo I!
O ue estudamos:
Qual a róxima eta a?