microextração líquido-líquido dispersiva (dllme

19
Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2015.005 ISSN 1984-4433 PREPARO DE AMOSTRAS 186 Scientia Chromatographica 2014; 6(3) Bruna Juliana Moreira 1 Jennifer Michiko Chauca Yokoya 2 Cristiane Masetto de Gaitani 1 1 Departamento de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 14040-903, Ribeirão Preto, SP, Brasil 2 Departamento de Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 14040-903, Ribeirão Preto, SP, Brasil *[email protected] Recebido: 19/12/2014 Aceito: 30/12/2014 Resumo Para bioanálises, o processo de preparo da amostra deve ser realizado antes da determinação analítica. Esse procedimento visa eliminar componentes endógenos e/ou outros fármacos ou compostos interferentes e melhorar a detectabilidade e a seletividade. Para tanto, técnicas como a LLE e SPE são frequentemente usadas. A miniaturização da LLE tem sido realizada visando o desenvolvimento de técnicas de preparo de amostra eficientes, rápidas e econômicas e com menor uso de solventes orgânicos. A microextração líquido-líquido dispersiva é uma técnica de microextração, desenvolvida por Rezaee et al. em 2006 que representa a maior porcentagem (59,4%) das publicações na área de microextração em fase líquida e já foi aplicada para a análise de alimentos, frutas, vegetais, amostras biológicas e ambientais. Apresenta como vantagens baixo tempo de extração, simplicidade de operação, rapidez, baixo custo, alta recuperação do analito e alto fator de enriquecimento. No entanto, devido a algumas desvantagens como uso de solvente tóxico e a etapa de centrifugação, que dificulta a automação da técnica, algumas modificações experimentais têm sido propostas. Neste artigo, os autores discutem os fundamentos da técnica, suas inovações e sua aplicação em amostras biológicas. Palavras-chave: amostra biológica, DLLME, inovações. Abstract A sample preparation process must be performed before the analytical determination in bioanalysis. This procedure aims to eliminate endogenous compounds and/or other interferent drugs or compounds and to improve detectability and selectivity. For that, techniques such as LLE and SPE are frequently used. Efficient, fast, economical and less solvent consumptive sample preparation techniques have been carried out with the miniaturization of LLE. Dispersive liquid-liquid microextraction (DLLME) is a microextraction technique, developed by Rezaee et al. in 2006. It represents the highest percentage (59.4%) of the publications in the area of liquid phase microextraction and has already been applied to the analysis of food, fruits, vegetables, biological and environmental samples. Its advantages are low extraction time, simplicity of operation, rapidity, low cost, high recovery factor and high analyte enrichment. However, due to some disadvantages such as the use of toxic solvents and centrifugation, which hinders the automation, some experimental modifications have been proposed. In this article, the authors discuss the principles of the technique, innovations and applications for biological samples. Keywords: biological sample, DLLME, innovations. Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME): fundamentos, inovações e aplicações biológicas Dispersive liquid-liquid microextraction (DLLME): principles, innovations and biological applications

Upload: others

Post on 19-Nov-2021

9 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204Instituto Internacional de Cromatografiahttp://dx.doi.org/10.4322/sc.2015.005ISSN 1984-4433

PREPARO DE AMOSTRAS

186 Scientia Chromatographica 2014; 6(3)

Bruna Juliana Moreira1 Jennifer Michiko Chauca Yokoya2 Cristiane Masetto de Gaitani1

1Departamento de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 14040-903, Ribeirão Preto, SP, Brasil2Departamento de Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 14040-903, Ribeirão Preto, SP, Brasil*[email protected]

Recebido: 19/12/2014 Aceito: 30/12/2014

ResumoPara bioanálises, o processo de preparo da amostra deve ser realizado antes da determinação analítica. Esse procedimento visa eliminar componentes endógenos e/ou outros fármacos ou compostos interferentes e melhorar a detectabilidade e a seletividade. Para tanto, técnicas como a LLE e SPE são frequentemente usadas. A miniaturização da LLE tem sido realizada visando o desenvolvimento de técnicas de preparo de amostra eficientes, rápidas e econômicas e com menor uso de solventes orgânicos. A microextração líquido-líquido dispersiva é uma técnica de microextração, desenvolvida por Rezaee et al. em 2006 que representa a maior porcentagem (59,4%) das publicações na área de microextração em fase líquida e já foi aplicada para a análise de alimentos, frutas, vegetais, amostras biológicas e ambientais. Apresenta como vantagens baixo tempo de extração, simplicidade de operação, rapidez, baixo custo, alta recuperação do analito e alto fator de enriquecimento. No entanto, devido a algumas desvantagens como uso de solvente tóxico e a etapa de centrifugação, que dificulta a automação da técnica, algumas modificações experimentais têm sido propostas. Neste artigo, os autores discutem os fundamentos da técnica, suas inovações e sua aplicação em amostras biológicas.

Palavras-chave: amostra biológica, DLLME, inovações.

AbstractA sample preparation process must be performed before the analytical determination in bioanalysis. This procedure aims to eliminate endogenous compounds and/or other interferent drugs or compounds and to improve detectability and selectivity. For that, techniques such as LLE and SPE are frequently used. Efficient, fast, economical and less solvent consumptive sample preparation techniques have been carried out with the miniaturization of LLE. Dispersive liquid-liquid microextraction (DLLME) is a microextraction technique, developed by Rezaee et al. in 2006. It represents the highest percentage (59.4%) of the publications in the area of liquid phase microextraction and has already been applied to the analysis of food, fruits, vegetables, biological and environmental samples. Its advantages are low extraction time, simplicity of operation, rapidity, low cost, high recovery factor and high analyte enrichment. However, due to some disadvantages such as the use of toxic solvents and centrifugation, which hinders the automation, some experimental modifications have been proposed. In this article, the authors discuss the principles of the technique, innovations and applications for biological samples.Keywords: biological sample, DLLME, innovations.

Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME): fundamentos, inovações e aplicações biológicasDispersive liquid-liquid microextraction (DLLME): principles, innovations and biological applications

Page 2: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

DLLME: inovações e aplicações biológicas Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM

Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204 187

1. HistóricoBioanálises rotineiramente são utilizadas na

medicina forense e em estudos toxicológicos. Contudo, antes da determinação analítica, os analitos devem ser submetidos a um processo de preparo da amostra[1], que é uma etapa de extrema importância para a obtenção de resultados confiáveis[2] e cujo principal objetivo consiste em extrair e concentrar o analito de interesse para torná-lo compatível com o sistema analítico a ser utilizado[3,4], minimizar ou eliminar efeitos da matriz e melhorar os limites de detecção[5].

A extração líquido-líquido (LLE – liquid-liquid extraction) é amplamente aceita e utilizada como técnica de preparo de amostras para a análise de fármacos em fluidos biológicos como a urina e o plasma. Apesar de esta técnica oferecer alta reprodutibilidade, ela demanda tempo e trabalho laboratorial intenso, apresenta tendência à formação de emulsão, tem baixo potencial de automação e requer o uso de grande volume de solventes de alta pureza, o que a torna cara e tóxica, com a produção de perigosos resíduos laboratoriais[6]. Embora a extração em fase sólida (SPE – solid phase extraction) consuma menos tempo do que a LLE, esta ainda utiliza altas quantidades de solventes[7] e os cartuchos são caros e pouco reprodutíveis devido às diferenças entre os lotes de adsorventes. Portanto, sua otimização nem sempre é um procedimento simples[8].

Já a microextração em fase sólida (SPME – solid phase microextraction) é uma técnica de extração rápida e livre de solventes que tem sido amplamente utilizada para a extração de compostos orgânicos, contudo apresenta como potenciais problemas o alto custo, o efeito memória (carry over) se houver a reutilização das fibras e um declínio no desempenho da fibra com o tempo[7].

Na última década, esforços foram realizados visando o desenvolvimento de técnicas de preparo de amostra eficientes, rápidas e econômicas[4] e conside-rando o atual enfoque na química verde, uma tendência no tratamento de amostras envolve a miniaturização da

LLE, por reduzir significativamente a proporção entre o volume do solvente e o volume da fase aquosa, levando ao desenvolvimento de técnicas de microextração em fase líquida, como a LPME – liquid phase microextraction). Neste contexto, diferentes técnicas de LPME têm sido exploradas como alternativas aos métodos convencionais, como a microextração em gota suspensa (SDME – single drop microextraction), a microextração em fase líquida com fibra oca (HF-LPME - hollow fiber - liquid phase microextraction), a extração sortiva em barra de agitação (SBSE – stir bar sorptive extraction) e a microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME – dispersive liquid–liquid microextraction[7], sendo que a última tem representado a maior porcentagem (59,4%) das publicações na área de LPME[9].

2. DLLMEA DLLME é uma técnica de microextração,

desenvolvida por Rezaee et al. em 2006[3] para a determinação de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos em amostras de água. Consiste no equilíbrio de distribuição do analito entre as fases doadora (amostra) e aceptora (solvente orgânico) e é ideal para a extração de compostos com propriedades lipofílicas moderadas a altas ou que possam ter seu coeficiente de distribuição (log D) alterado pelo controle do pH (analitos ionizáveis)[2].

A maioria das técnicas de LPME necessita de um tempo longo para alcançar o estado de equilíbrio, devido à pequena área de contato entre a amostra e o solvente extrator, o que afeta de forma negativa os fatores de enriquecimento. A DLLME supera essas limitações[10], já que o estado de equilíbrio é alcançado rapidamente, devido à utilização de um sistema ternário de solventes (amostra aquosa, solvente dispersor e solvente extrator), o que torna a extração independente do tempo. A razão entre o volume de fase aceptora e de fase doadora é da ordem de microlitros e mililitros, respectivamente, o que permite a obtenção de altos valores de enriquecimento[2,11-13].

Page 3: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM DLLME: inovações e aplicações biológicas

188 Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204

O fator de enriquecimento e a recuperação são parâmetros utilizados para demonstrar a eficiência da extração e podem ser calculados utilizando-se as equações 1 e 2, respectivamente[11].

O fator de enriquecimento pode ser definido como a razão entre a concentração do analito na fase sedimentada (C

sed) e a concentração inicial do analito na

amostra (C0).

EF CCsed=0

(1)

Já a recuperação (R) é definida como a quantidade do analito, em porcentagem, que é transferida para a fase aceptora ao final da extração e pode ser calculada pela equação 2, na qual V

sed e V

aq são os volumes da fase

sedimentada e da amostra, respectivamente.

RC VC Vsed sed

aq=

××

×0

100 (2)

A Figura 1 mostra o procedimento para a realização da técnica. O solvente extrator e o solvente dispersor são injetados rapidamente na amostra aquosa com o auxílio de uma microseringa (A). A injeção da mistura

forma uma solução turva (B). Após a centrifugação, as gotículas do solvente extrator se depositam no fundo do tubo (C) e são retiradas com uma microsseringa (D) para posterior análise (E)[2,3,14,15].

3. Fatores que influenciam a eficiência da extração por DLLME

Alguns fatores podem afetar a eficiência desta microextração: o tipo de solvente extrator e dispersor escolhido, o volume de solvente extrator e dispersor utilizado, o pH da amostra e sua força iônica[3,11,16,17] e o tempo de extração[2] (Figura 2). Alguns trabalhos também analisam a influência do tempo de centrifugação e da velocidade de centrifugação[18,19].

Na DLLME convencional, o solvente extrator deve satisfazer algumas condições como ser imiscível na amostra (fase doadora), ter maior densidade que esta e possuir alta capacidade de extração do composto de interesse[2,20]. Entre os solventes mais utilizados como extratores estão os hidrocarbonetos halogenados como clorofórmio, diclorometano, clorobenzeno, tetracloreto de carbono e tetracloroetileno[2,11-13]. Estes solventes

Figura 1. Procedimento para realização da DLLME.

Page 4: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

DLLME: inovações e aplicações biológicas Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM

Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204 189

podem ser substituídos por líquidos iônicos, que além de menos tóxicos, podem ser injetados diluídos no sistema analítico (HPLC)[21,22]. A seleção do solvente extrator apropriado é o parâmetro mais importante desta técnica de extração[2] e, na prática, ele representa cerca de 1-3% do volume total da mistura de solventes utilizada[23]. Em relação ao volume de solvente extrator, o aumento do volume deste solvente promove aumento do volume da fase sedimentada[3] e, embora a recuperação permaneça quase constante, o fator de enriquecimento poderá diminuir, levando a perdas na detectabilidade dos analitos de interesse. Geralmente são utilizados de 5-100 µL[2].

O solvente dispersor, por sua vez, tem como principal característica ser solúvel tanto na fase doadora quanto na fase aceptora. A seleção apropriada deste promove o aumento na eficiência de extração, pois favorece a dispersão do solvente extrator na forma de pequenas gotículas na amostra, de modo que a área superficial do solvente extrator em contato com a amostra contendo o analito seja infinitamente grande. Os solventes dispersores comumente utilizados são: metanol, etanol, acetonitrila, acetona e tetraidrofurano[2,11-13,24]. O volume de solvente dispersor afeta diretamente a formação da solução turva e, consequentemente, a eficiência da extração. Também foi constatado que

variações no seu volume leva a alterações no volume de fase sedimentada[16]. Nos trabalhos de Yan et al.[24,25] e de Farajzadeh et al.[24,25] foi observado que o aumento do volume de solvente dispersor promoveu o aumento da solubilidade do solvente extrator na amostra com consequente diminuição do volume de fase sedimentada. Normalmente são usados de 0,5-1,5 mL de solvente dispersor[2].

O pH da amostra é um parâmetro essencial porque afeta tanto a eficiência da extração como a seletividade da DLLME[26]. Usando como exemplo analitos básicos, é necessário manter o pH da amostra acima do valor de pKa, para que eles fiquem na forma não ionizada, aumentando assim, a tendência de serem extraídos pelo solvente extrator[27,28]. No trabalho de Melwanki et al.[20], por exemplo, foi necessária a adição de amônia na amostra de urina para facilitar a partição do 7-aminoflunitrazepam para o solvente extrator com o objetivo de melhorar a recuperação.

Outro parâmetro de interesse é a força iônica da amostra. A adição de sal pode promover melhora no rendimento da extração[29] devido à diminuição da solubilidade dos compostos de interesse na fase aquosa e aumento de sua transferência para a fase orgânica[11], fenômeno denominado de salting out, no qual moléculas de água formam esferas de hidratação ao redor das moléculas do sal dissociadas, com consequente diminuição da concentração de água disponível para dissolver as moléculas do analito[20]. Contudo, essa adição também promove redução na solubilidade do solvente extrator na amostra, o que promove aumento no volume de fase sedimentada e diminuição do fator de enriquecimento[29].

Por fim, na DLLME, o tempo de extração é definido como o intervalo entre a injeção da mistura dos solventes e a centrifugação[17,30]. Como a transferência de massa é um processo tempo-dependente, os perfis de extração em relação ao tempo devem ser estabelecidos[13]. Contudo, como o equilíbrio da extração é alcançado

Figura 2. Principais parâmetros que afetam a eficiência da DLLME.

Page 5: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM DLLME: inovações e aplicações biológicas

190 Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204

rapidamente, vários autores consideram que o tempo não é um fator significante para a extração[13,30,31].

4. Vantagens e desvantagensAs vantagens desta técnica incluem baixo

tempo de extração, simplicidade de operação, rapidez, baixo custo, alta recuperação do analito e alto fator de enriquecimento[2,4,23,30].

As desvantagens são: uso de solventes tóxicos[32,33], todo o processo de extração é manual e a centrifugação limita o volume de amostra a ser utilizado, é a etapa que demanda maior tempo no processo[12,13,15,16,34] e dificulta a automação da técnica[10]. No entanto, modificações experimentais têm superado muitas destas desvantagens[9].

5. Inovações e exemplos de aplicações em amostras biológicas

A DLLME representa uma ferramenta importante para a análise de matrizes relativamente simples como amostras aquosas. Porém, várias publicações já relataram seu uso para análise de alimentos, frutas, vegetais assim como amostras biológicas e ambientais[35].

Para ilustrar o uso da DLLME em matrizes

biológicas foi feita uma pesquisa e seleção de trabalhos

na base de dados Web of Science, considerando o período

de 2010 a 2014 e utilizando como palavras-chave na

busca em títulos de trabalhos: “dispersive liquid-liquid

microextraction” and “urine”, “plasma”, “blood”,

“serum”, “saliva” e “hair”. Com estas palavras foram

encontrados um total de 103 artigos (Figura 3).

As recentes modificações na DLLME encontradas

na literatura buscaram contornar certas dificuldades e/

ou problemas encontrados inerentes à técnica, como o

uso de solventes extratores mais densos do que a água,

que geralmente são solventes halogenados e, portanto,

tóxicos; aumentar a taxa de transferência do soluto para

o solvente extrator, entre outros. A Tabela 1 mostra

algumas aplicações dessas variações da DLLME em

matrizes biológicas.

A DLLME pode ser classificada em duas

categorias: DLLME com solventes extratores de alta

densidade e DLLME com solventes extratores de baixa

densidade[67].

Figura 3. Pesquisa realizada na base de dados Web of Science relacionando matrizes biológicas e extração por DLLME, no período de 2010 a 2014.

Page 6: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

DLLME: inovações e aplicações biológicas Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM

Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204 191

Tabe

la 1

. Tra

balh

os d

a lit

erat

ura

cien

tífic

a m

ostra

ndo

as a

plic

açõe

s da

DLLM

E e

suas

var

iaçõ

es e

m m

atriz

es b

ioló

gica

s.

Anal

ito /

mat

rizVa

riaçã

o da

técn

ica

de D

LLM

ESo

lven

te e

xtra

tor e

vo

lum

eSo

lven

te d

ispe

rsor

e

volu

me

Técn

ica

anal

ítica

Lim

ite d

e qu

antif

icaç

ãoRe

cupe

raçã

o

(%)

Fato

r de

enriq

ueci

men

toRe

ferê

ncia

Acet

ato

de u

lipris

tal /

so

ro d

e ca

mun

dong

oIL-

VALL

ME

1-oc

til-3

-m

etili

mid

azol

ium

he

xaflu

orof

osfa

to, 5

0μL

-HP

LC-U

V–

9525

(36)

Beta

met

ason

a (B

M) e

de

xam

etas

ona

(DM

)/ so

ro e

urin

a

Agita

ção

man

ual-U

A-DL

LME

Tric

loro

met

ano,

10

0μL

Acet

ona,

50

0μL

HPLC

-UV

–So

ro: 9

6,4

(DM

);

97,2

(BM

). Ur

ina:

98,

3 (B

M);

98,2

(DM

)–

(37)

Imip

ram

ina

(IMP)

e

trim

ipra

min

a (T

RP)/

urin

a

Agita

ção

man

ual-

DLLM

ETr

iclo

rom

etan

o,

50μL

Acet

onitr

ila,

800μ

LHP

LC-U

V–

97 (I

MP)

, 11

2 (T

RP)

161,

7 (IM

P),

186,

7 (T

RP)

(38)

14 D

isrup

tore

s en

dócr

inos

/ urin

aAg

itaçã

o m

anua

l-DL

LME

Tric

loro

met

ano,

75

0μL

Acet

ona,

50

0μL

CG-M

S0,

2–0,

5 ng

mL−1

94–1

05–

(39)

5 De

rivad

os d

e an

traqu

inon

a/ u

rina

VALL

ME

Tetra

clor

eto

de

carb

ono,

80μ

LAc

eton

a,

800μ

LHP

LC-U

V–

86–9

6,6

40–1

53(4

0)

Prat

a/ te

cido

s ani

mai

sAg

itaçã

o m

anua

l -UA

-DL

LME

Tric

loro

met

ano,

80μL

Acet

ona,

50

0μL

Espe

ctro

met

ria p

or

abso

rção

atô

mic

a–

–70

(41)

Íon

azid

a / s

oro

e ur

ina

-1,

2-di

clor

oben

zeno

, 10

0μL

Acet

ona,

40

0μL

Espe

ctro

foto

me

tria

po

r abs

orçã

o UV

/VIS

–98

,724

,7(4

2)

Deriv

ados

de

pi

ridin

a/ u

rina

Extra

ção

por

elet

rom

embr

ana

asso

ciad

a a

UA-D

LLM

E

Tric

loro

met

ano,

20μL

Met

anol

, 50μL

CG-F

ID–

–40

–238

(43)

Anet

ol (A

), es

trago

l (E)

, p-

anisa

ldeí

do (P

)/ ur

ina

UA- T

C- IL

-DLL

ME

1-he

xil-3

-m

etili

mid

azol

ium

he

xaflu

orof

osfa

to, 9

0μL

-HP

LC-U

V47

ng

mL−1

(A),

60

ng

mL−1

(E),

50

ng

mL−1

(P)

94,7

–101

,763

(A),

58 (E

),

64 (P

)(3

3)

Anfe

tam

ina

(ANF

) e

met

anfe

tam

ina

(MET

)/ ur

ina

DLLM

E-SF

O1-

unde

cano

l,30μL

Acet

onitr

ila,

300μ

LHP

LC-U

V–

58,5

(ANF

);

62,4

(MET

)11

7 (A

NF),

12

5 (M

ET)

(44)

16 d

isrup

tore

s en

dócr

inos

/ ur

ina

Agita

ção

man

ual-

DLLM

ETr

iclo

rom

etan

o, 7

50μL

Acet

ona,

50

0μL

UPLC

-MS/

MS

0,1–

0,6

ng m

L−194

–106

–(3

9)

Beta

-car

oten

o/ so

roDL

LME-

SFO

com

fras

co

espe

cial

30μL

2-d

ecan

olAc

eton

a,

1200μL

HPLC

-UV

–99

40(4

5)

Filtr

os so

lare

s / so

roAg

itaçã

o m

anua

l-DL

LME

Tric

loro

met

ano,

500μL

Acet

ona,

35

00μL

HPLC

-MS

0,6–

0,9

ng m

L−197

–106

–(4

6)

6 fá

rmac

os

psiq

uiát

ricos

/ urin

aDL

LME

conv

enci

onal

Tetra

clor

eto

de

carb

ono,

30μ

LAc

eton

itrila

, 27

0μL

CE -

UV–

–87

60–1

3410

(47)

Page 7: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM DLLME: inovações e aplicações biológicas

192 Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204

Anal

ito /

mat

rizVa

riaçã

o da

técn

ica

de D

LLM

ESo

lven

te e

xtra

tor e

vo

lum

eSo

lven

te d

ispe

rsor

e

volu

me

Técn

ica

anal

ítica

Lim

ite d

e qu

antif

icaç

ãoRe

cupe

raçã

o

(%)

Fato

r de

enriq

ueci

men

toRe

ferê

ncia

Tram

adol

/ urin

aSo

lven

te b

inár

io-D

LLM

EAc

etat

o de

etil

a, 3

0μL

+ tri

clor

omet

ano

70μL

Acet

ona,

60

0μL

HPLC

- flu

ores

cênc

ia0,

9 ng

mL−1

95,6

–99,

671

,42

(48)

Ácid

o 3-

fenó

xibe

nzói

co/

fígad

o e

sang

ue d

e ra

toM

IP-U

A-DL

LME

Clor

oben

zeno

, 120μL

Água

, 20

00μL

CG-M

SFí

gado

: 0,

0135

ng

mg−1

; sa

ngue

: 5,6

8 ng

mL−1

Fíga

do: 8

3–90

Sang

ue: 8

4–91

–(4

9)

7 fá

rmac

os

benz

odia

zepí

nico

s/

urin

aUA

-DLL

ME

Tric

loro

met

ano,

160μL

Acet

ona,

15

00μL

UPLC

-UV

1,8–

7,4

ng m

L−196

– 11

4–

(50)

Nico

tina

(NIC

) e

cotin

ina

(COT

) / u

rina

DLLM

E-SF

OTr

iclo

rom

etan

o, 5

0μL

+ 1-

unde

cano

l, 50μL

-HP

LC-U

V78

,0–1

05,0

(NIC

); 72

,0–8

6,7

(COT

)95

,2; 9

0,5

(51)

Ácid

o 3-

fenó

xibe

nzói

co

(AF)

e m

etab

ólito

(M

ET) /

cér

ebro

de

rato

UA-D

LLM

ETr

iclo

roet

ileno

, 100μL

Met

anol

, 50

0μL

CG-M

S/M

S3

ng g

−1(A

F); 1

3 ng

g−1

(MET

)83

–95

–(5

2)

Nifu

rtim

ox (N

IF) e

be

nzon

idaz

ol (B

EN) /

pl

asm

aIL-

VALL

ME

1-oc

til-3

-m

etili

mid

azol

ium

te

traflu

orob

orat

o,

13,5μL

Met

anol

, 32

,4μL

HPLC

-UV

0,13

23μg

mL–1

(N

IF);

0,07

84μg

m

L–1 (B

EN)

98,0

(NIF

); 79

,8 (B

EN)

38,7

–39,

2 (N

IF);

31,2

–31,

9 (B

EN)

(53)

Antih

iper

tens

ivos

/ sor

o de

rato

IL-VA

LLM

E1-

Butil

-3-

met

ilim

idaz

oliu

m

hexa

fluor

ofos

fato

,60μ

L

Acet

ona,

12

0μL

HPLC

-UV

0,04

–0,0

6μg

mL–1

92,8

5–98

,54,

6–4,

9(2

1)

Clor

diaz

epóx

ido

/ urin

a e

plas

ma

Agita

ção

man

ual-

DLLM

ETr

iclo

rom

etan

o, 2

10μL

Met

anol

, 18

00μL

HPLC

-UV

Urin

a: 0

,002

4μg

mL–1

; pla

sma:

0,

0027μg

mL–1

Urin

a: 9

1,7;

pla

sma:

90

,5–

(54)

Bisf

enol

A /

urin

aVA

LLM

E-SF

O1-

unde

cano

l,90μL

Acet

ona,

15

00μL

CE-U

V–

99,5

–100

,3–

(32)

Benz

ofen

ona-

3 e

met

aból

itos /

soro

VALL

ME

Tric

loro

met

ano,

30μ

LAc

eton

a,

70μL

HPLC

-MS/

MS

22–2

8μg

L−177

–104

3,1–

7,4

(55)

Alca

lóid

es d

o óp

io /

plas

ma

DLLM

E-SF

O1-

unde

cano

l,30μL

Acet

ona,

50

0μL

HPLC

-UV

–55

,2–8

2,5

110,

4–16

5(5

6)

Zoni

sam

ida

(ZNS

) e

carb

amaz

epin

a (C

BZ) /

ur

ina

e pl

asm

aSA

-DLL

ME

1-oc

tano

l, 50μL

CTAB

0,4

5 m

mol

L−1

, 15

00μL

HPLC

-UV

5μg

L–1 (P

lasm

a e

urin

a, C

BZ e

ZNS

)

Urin

a: Z

NS–9

7–97

,8;

CBZ–

97–

98. P

lasm

a:

ZNS–

95,

8–96

; CBZ

– 96

,2–9

7

Urin

a: Z

NS–

134;

CB

Z– 1

30. P

lasm

a:

ZNS–

131

; CBZ

–132

(57)

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

..

Page 8: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

DLLME: inovações e aplicações biológicas Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM

Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204 193

Anal

ito /

mat

rizVa

riaçã

o da

técn

ica

de D

LLM

ESo

lven

te e

xtra

tor e

vo

lum

eSo

lven

te d

ispe

rsor

e

volu

me

Técn

ica

anal

ítica

Lim

ite d

e qu

antif

icaç

ãoRe

cupe

raçã

o

(%)

Fato

r de

enriq

ueci

men

toRe

ferê

ncia

Sild

enafi

l, va

rden

afil e

ai

lden

afil /

pla

sma

IL-DL

LME

1-oc

til-3

-m

etili

mid

azol

ium

he

xaflu

orof

osfa

to, 2

0μL

Met

anol

, 20μL

HPLC

-UV

–10

0,4–

103,

9–

(58)

Amin

oáci

dos/

cab

elo,

ur

ina

UA-D

LLM

ETr

iclo

roet

ileno

, 80μ

LAc

eton

itrila

, 25

0μL

GC–M

S1,

26–1

2,01μg

L−1

89–1

00–

(59)

7 be

nzod

iaze

píni

cos/

pl

asm

aUA

-DLL

ME

Tric

loro

met

ano,

250μL

Met

anol

, 20

00μL

UPLC

-UV

4,3–

14,8μg

L−1

71–1

02–

(60)

Dulo

xetin

a/ p

lasm

a hu

man

oDL

LME-

SFO

1-un

deca

nol,

50μL

Acet

ona

para

pr

ecip

itaçã

o de

pr

oteí

nas

HPLC

-fluo

resc

ênci

a2,

5 ng

mL–1

59,6

–65,

598

(61)

30 c

ompo

stos

to

xico

lógi

cos:

an

feta

min

as e

seus

de

rivad

os, o

piác

eos,

coca

ína

e se

us

met

aból

itos e

pro

duto

s fa

rmac

êutic

os/u

rina

DLLM

EDi

clor

omet

ano,

600μL

Isopr

opan

ol,

1400μL

CE-E

SI-T

OF-

MS

–0–

107

>75

(62)

Unic

onaz

ol,

penc

onaz

ol,

tebu

cona

zol e

he

xaco

nazo

l/ sa

ngue

de

rato

UA-T

C-IL-

DLLM

E

1-he

xil-3

-m

etili

mid

azol

ium

hexa

fluor

ofos

fato

,10

0μL

Met

anol

, 20

0μL

HPLC

-UV

4–6μ

g L−1

88,9

–98,

517

8–19

7(6

3)

Di(2

-etil

hexi

l)fta

lato

(D

EHP)

e m

etab

ólito

(M

EHP)

/Urin

aTC

IL-D

LLM

E1-

hexi

l-3-

met

ilim

idaz

oliu

mhe

xaflu

orof

osfa

to, 5

0μL

Met

anol

,35

0μL

HPLC

-UV

3,1μ

g L−1

(MEH

P);

10,6

1μg

L−1

(DEH

P)

97,4

–112

,516

4 (M

EHP)

; 115

(D

EHP)

(64)

Íon

nitri

to/ s

aliv

aIL-

DLL

ME

Brom

eto

de 1

-Oct

il-3-

met

ilim

idaz

oliu

m, 2

2μL

Met

anol

, 10

00μL

HPLC

-UV

–96

,5–1

07,1

430

(65)

Sulfo

nam

idas

/ pl

asm

a de

por

coIL-

MA-

DLLM

E

1-he

xil-3

-m

etili

mid

azol

ium

hexa

fluor

ofos

fato

10

0μL

Met

anol

,75

0μL

HPLC

-fluo

resc

ênci

a0,

062–

0,10

4μg

L−195

,7–1

07,7

24–3

8(6

6)

CE: E

letro

fore

se c

apila

r (ca

pilla

ry e

lect

roph

ores

is), C

G: C

rom

atog

rafia

gas

osa,

FID

: Det

ecto

r de

ioni

zaçã

o em

cha

ma

(flam

e io

niza

tion

dete

ctor

), M

S: E

spec

trom

etria

de

mas

sas (

mas

s spe

ctro

met

ry),

UPLC

: Cro

mat

ogra

fia lí

quid

a de

ultr

a ef

iciê

ncia

(ultr

a pe

rform

ance

liqui

d ch

rom

atog

raph

y), U

V: u

ltra

viol

eta,

VIS

: visí

vel,

IL-M

A-DL

LME:

Ioni

c liq

uid,

micr

owav

e as

siste

d - D

LLM

E, U

A-TC

-IL-D

LLM

E: U

ltras

soun

d as

siste

d, te

mpe

ratu

re c

ontro

lled,

ioni

c liq

uid-

DLLM

E, M

IP-U

A-DL

LME:

Mol

ecul

arly

impr

inte

d po

lym

er-u

ltras

soun

d as

siste

d-DL

LME,

TC-

IL-DL

LME:

Tem

pera

ture

con

trolle

d- io

nic

liqui

d-DL

LME.

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

..

Page 9: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM DLLME: inovações e aplicações biológicas

194 Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204

Na primeira categoria estão enquadrados:

• DLLME utilizando líquidos iônicos (IL-DLLME – Ionic liquid dispersive liquid–liquid microextraction). Os líquidos iônicos são sais líquidos com pontos de fusão perto ou abaixo da temperatura ambiente. Eles consistem geralmente de um cátion orgânico de nitrogênio ou fósforo que é contrabalanceado por um ânion orgânico ou inorgânico e possuem propriedades únicas tais como pressão de vapor negligenciável, estabilidade térmica (mesmo em temperaturas elevadas)[5], baixa solubilidade em água, baixa volatilidade e toxicidade[68]. Devido à química verde, seu uso tem aumentado em química analítica, principalmente na análise de amostras biológicas[5], podendo ser utilizados como solventes extratores[69] o que permite a substituição dos solventes clorados[35], perigosos e tóxicos. Devido à alta viscosidade do IL é necessária criteriosa otimização da proporção entre os volumes de solvente extrator e dispersor[10]. Para melhorar a dispersão do IL na amostra foi proposto, por Zho et al.[70] o uso do controle da temperatura na DLLME. A aplicação em amostras biológicas pode ser exemplificada por Sun et al.[64] que desenvolveram um método para a quantificação de um plastificante e seu metabólito em amostras de urina por HPLC-UV. A mistura de solventes (metanol e [C

6MIM][PF

6], 350 e 50 µL, respectivamente)

foi injetada na amostra para a formação da dispersão. A seguir, a amostra foi colocada em banho maria à 30°C, a dispersão foi se desfazendo e a mistura gradualmente tornou-se límpida, indicando a solubilidade do IL na amostra. Após isto, a amostra foi colocada em um banho de gelo por 10 minutos e a dispersão novamente formada, centrifugada e o sedimento recolhido com auxílio de uma

micro seringa, diluído em metanol e submetido à análise por HPLC. O limite de quantificação foi de 3,1 µg L-1 e de 10,6 µg L−1, recuperação de 97,4 a 112,5%, e fatores de enriquecimento de 164 e 115, para o plastificante e metabólito, respectivamente.

• DLLME utilizando solventes de baixa toxicidade (LT-DLLME – low toxicity dispersive liquid–liquid microextraction). Desenvolvida por Leong et al.[67], esta técnica utiliza solventes bromados, iodados e outros solventes halogenados como o 1-bromo-3-metilbutano ao invés dos solventes altamente tóxicos normalmente utilizados na DLLME convencional. Alguns solventes bromados, em particular, são menos tóxicos até mesmo quando comparados aos solventes de baixa densidade utilizados na DLLME da segunda categoria.

Em relação à segunda categoria, DLLME com solventes extratores de baixa densidade, são usados dispositivos especiais de extração para facilitar a coleta do solvente extrator ou um solvente auxiliar para ajuste da densidade da mistura de solventes[35]. Como exemplo, são citados na literatura:

• DLLME com solidificação da gota orgânica flutuante (DLLME-SFO – Dispersive liquid–liquid microextraction based on solidification of a floating organic drop). Desenvolvida por Leong e Huang[71], é considerada simples, rápida e de baixo custo[32] e não necessita utilizar tubos especiais para a extração[72]. O solvente extrator deve ter ponto de fusão próximo à temperatura ambiente, na faixa de 10–30°C, como o 1-undecanol, o n-hexadecano, o 2-dodecanol, o 1-decanol e o difenil éter. Estes solventes são de menor toxicidade e menos densos do que a água[32,35]. Após a DLLME, o solvente extrator fica localizado na região superior do tubo e é resfriado pela colocação deste em um banho

Page 10: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

DLLME: inovações e aplicações biológicas Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM

Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204 195

de gelo. O solvente solidificado é transferido para um frasco adequado e é imediatamente retornado ao estado líquido à temperatura ambiente, podendo ser diluído ou diretamente injetado em um sistema analítico adequado. A DLLME-SFO é amplamente aplicada em preparo de amostras ambientais e raramente aplicada à análise de fármacos em fluidos biológicos complexos[44,72].

• DLLME com solventes de baixa densidade e quebra da emulsão com solvente (LDS-SD-DLLME – low-density-solvent based solvent demulsification). Nesta microextração, os solventes extrator e dispersor são injetados na amostra e a quebra da emulsão é realizada pela adição de mais solvente dispersor, que agora atua como agente desmulsificante[73]. O solvente extrator é coletado da fase superior e analisado. A extração requer dois a três minutos e não necessita de centrifugação, portanto, é mais rápida que a DLLME convencional[67]. Como solventes extratores podem ser avaliados: 1-octanol, n-hexano, tolueno, cicloexano e orto-xileno[73].

Além disso, várias técnicas de dispersão podem ser utilizadas, modificando a DLLME convencional[67]

(Figura 4):

A) Microextração liquido-líquido assistida por ar (AALLME – air-assisted liquid–liquid microextraction). É uma nova versão da DLLME na qual alguns microlitros de solvente extrator são transferidos para a amostra aquosa presente em um tubo de fundo cônico e a mistura (solvente extrator e amostra) é repetidamente sugada e injetada para dentro do tubo com o auxílio de uma seringa de vidro. Após a realização de ciclos pré-determinados, a mistura é centrifugada e a fase orgânica é coletada para análise[67,74]. Nesta extração o solvente dispersor não é utilizado e a dimensão

da agulha da seringa é um parâmetro a ser avaliado[74]. No trabalho de Farajzadeh et al.[74], esta variação foi aplicada para a quantificação de ftalato de ésteres em amostras de leite de vaca.

B) DLLME utilizando tensoativos (SA-DLLME – surfactant-assisted dispersive liquid–liquid microextraction). Neste caso, o tensoativo é utilizado como solvente dispersor, pois também apresenta solubilidade em ambas as fases (orgânica e aquosa) e também diminui a tensão interfacial entre elas. A sua concentração é um importante parâmetro para uma extração efetiva, pois concentrações superiores à concentração micelar crítica promovem a diminuição da recuperação do composto de interesse por aumentar a solubilidade deste na amostra[57]. Uma das maiores desvantagens da SA-DLLME é que um pouco do tensoativo também pode ser extraído da amostra aquosa, junto com o solvente extrator, o que pode limitar a escolha do sistema de detecção[67]. No trabalho de Behbahani et al.[57], foi feita a quantificação da carbamazepina e zonisamida em urina e plasma por HPLC-UV, utilizando a SA-DLLME. Foram utilizados o CTAB

Figura 4. Técnicas de dispersão utilizadas na DLLME assistida.

Page 11: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM DLLME: inovações e aplicações biológicas

196 Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204

como agente emulsificante e 1-octanol como solvente extrator, que após misturados foram injetados rapidamente no tubo contendo a amostra. O método foi preciso e exato, sendo obtidos altos valores de recuperação e de fator de enriquecimento.

C) DLLME assistida por ultrassom (UA-DLLME – Ultrasound-assisted dispersive liquid–liquid microextraction). Tem sido a mais utilizada entre as técnicas de dispersão[29]. O ultrassom pode acelerar a formação de uma solução turva fina, aumentando a eficiência de extração[60], porém, o tempo necessário para a extração é superior ao da DLLME convencional e a degradação do analito pode ocorrer sob certas condições[75]. Em contrapartida, tem-se redução no consumo de solventes[67] e melhora na eficiência da extração[72]. Um procedimento clássico dessa variação pode ser exemplificado por Fernandez et al.[50], que usaram 0,5 mL de urina contendo 7 benzodiazepínicos e análise por UPLC-UV. A extração foi realizada usando 1,5 mL de acetona (solvente dispersor) e 160 µL de clorofórmio (solvente extrator). A mistura (amostra + solventes) foi submetida à ultrassonicação por 4,5 minutos e observada a formação das gotículas dispersas. Em seguida foi feita a centrifugação e a fase sedimentada foi recuperada com auxílio de uma seringa. A extração foi parcialmente desenvolvida com auxílio da metodologia de superfície de resposta usando design de Doehlert e atingiu limite de quantificação na faixa de 1,8 a 7,4 ng mL−1, com recuperação de 96 a 114%.

D) DLLME assistida por vórtex (VALLME – vortex-assisted liquid–liquid microextraction). Assim como o uso de ultrassom, o uso de vórtex reduz o consumo de solventes[67] e melhora a eficiência da extração[72]. O trabalho realizado por Alshana et al.[32] determinou bisfenol A, o principal composto de resinas e

policarbonato, caracterizado como disrruptor endócrino, em amostras de urina por CE-UV. Os tubos contendo a amostra e solventes extrator e dispersor (1-undecanol e acetona, respectivamente) foram submetidos à agitação em vórtex por um minuto e foi observada a formação da suspensão dos componentes. O tubo foi centrifugado e levado ao freezer à –20°C onde, após 5 minutos, a gota orgânica flutuante solidificou-se e posteriormente foi separada. Em seguida, a gota solidificada se liquefez, à temperatura ambiente, e foi realizada a análise por CE. Os autores destacam rapidez no tempo de extração (2 minutos), baixo limite de quantificação e baixos valores de coeficiente de variação (1,9%) quando comparado às outras microtécnicas de extração, como SPME e SDME.

E) DLLME assistida por micro-ondas (MA-DLLME – microwave-assisted dispersive liquid-liquid microextraction)[67]. Assim como a SA-DLLME, a MA-DLLME também tem sido pouco utilizada. Neste caso, os efeitos do tempo e da potência do micro-ondas devem ser analisados, pois a degradação dos analitos devido a irradiação pode ocorrer, o que pode promover a diminuição da recuperação[76]. Em 2011, Xu et al.[66] fizeram o uso desta técnica associada ao uso de IL para a extração de sulfonamidas em várias matrizes. Foi observado que a temperatura, fortemente relacionada com o tempo de irradiação e potência utilizada, pode afetar a transferência de massa dos analitos e a área de contato entre o solvente extrator e a solução aquosa. Além disso, o aumento do tempo de extração contribuiu para a diminuição da viscosidade do IL e para a transferência de massa.

F) DLLME assistida por agitação manual. Pode ser realizada para dispersão e extração ou como um passo de pré-mistura antes da extração[67].

Page 12: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

DLLME: inovações e aplicações biológicas Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM

Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204 197

Chung et al.[77] utilizaram agitação manual previamente à DLLME com uso de ultrassom e verificaram que a agitação manual contribui para garantir que todos os analitos estejam dispersos na amostra, aumentando a eficiência da extração e sua precisão, já que todos os analitos tem a mesma probabilidade de entrar em contato com o solvente extrator. Aplicações da DLLME por agitação manual são bastante empregadas[37-39,41,46,54,78]. Um dos trabalhos que usa este tipo de DLLME é o de Vela-Soria et al.[78]. Nele, os autores quantificaram 14 disrruptores endócrinos em amostras de urina por CG-MS. A mistura de solvente dispersor (acetona) e extrator (triclorometano) foi adicionada à amostra e realizada a agitação manual por 10 segundos. A seguir, a amostra foi centrifugada e a fase orgânica recolhida com auxílio de uma seringa. Foram obtidos valores de recuperação na faixa de 94 a 105%, e limites de quantificação na faixa de 0,2 a 0,5 ng mL-1.

Alguns trabalhos utilizam ainda associações entre as variações da DLLME, como, por exemplo, Rajabi et al.[33] que fizeram uso de ultrassom com IL e controle de temperatura para realizar a quantificação de anetol, estagol e para-anisaldeído em amostras de urina por HPLC-UV. No método desenvolvido, a amostra de urina foi colocada em um tubo previamente contendo o IL [C

6MIM][PF

6] e uma barra magnética. O tubo foi

aquecido em banho-maria a 70°C por 2 minutos. Nesta fase, o calor causa a dispersão do IL na amostra. Em seguida, o tubo foi colocado em banho ultrassônico contendo água gelada por 4 minutos, o que levou à formação do ponto nuvem novamente. Em seguida, o tubo foi centrifugado e a fase sedimentada coletada para posterior análise.

6. Delineamento experimentalRecentemente, vários trabalhos envolvendo a

DLLME tem utilizado um delineamento experimental

com duas etapas - delineamento Plackett–Burman (PBD – Plackett–Burman design) seguido de delineamento composto central (CCD – central composite design) para a determinação das condições experimentais. O PBD é utilizado para analisar de forma rápida quais as principais variáveis que afetam a recuperação da extração[18], enquanto que o CCD é utilizado para determinar as condições ótimas para os fatores considerados críticos nesta extração[79].

7. Pré-tratamento de amostras biológicas submetidas à DLLME

Quando se trata da extração de analitos em matrizes biológicas, as quais são altamente complexas, muitas vezes faz-se necessário um pré-tratamento da amostra. Entre esses procedimentos adicionais e compatíveis com a DLLME, especialmente quando a matriz é o plasma ou soro, está a precipitação de proteínas. Este procedimento é necessário para reduzir os interferentes da matriz e evitar o entupimento da coluna cromatográfica[56]. Um das maneiras mais utilizadas para a precipitação de proteínas consiste no uso de acetonitrila gelada ou à temperatura ambiente, acetona[45,46], álcoois como metanol ou etanol[61], ácidos como o tricloroacético 10%[40,61] ou 30%[53], clorídrico 6 M[55,56], sulfúrico, fórmico ou acético[56], ou mistura de solução de sulfato de zinco a 15% (p/v) com acetonitrila[56,61]. Entretanto, em todos estes procedimentos o sobrenadante deve ser compatível com o procedimento de extração. Por exemplo, Tarazona et al.[55] relatam que quando a precipitação de proteínas foi feita com acetonitrila, não foi observada a formação do ponto nuvem quando a mistura de solventes extrator e dispersor foi injetada na solução. Xiao et al.[58] descrevem que, após realizar a DLLME com IL, foi necessário realizar uma back extraction para recuperar os analitos que estavam no IL para a fase aquosa e posterior injeção no sistema cromatográfico. Huang et al.[80] relatam que quando a DLLME é usada com CE, é necessário evaporar o solvente de extração e reconstituir o resíduo em meio adequado para evitar a queda da corrente elétrica no início da análise. Para a

Page 13: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM DLLME: inovações e aplicações biológicas

198 Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204

remoção de lipídeos, normalmente é realizada uma etapa

de filtração do sobrenadante, após centrifugação, com

filtro de 0,45 µm[44,81] e posterior DLLME.

Quando a matriz é urina, grande parte dos trabalhos

descritos na literatura realiza apenas uma centrifugação,

usando o sobrenadante para as análises[44,47,48,51,82]. Shi

et al.[40] adicionaram à urina ácido tricloroacético 10%

e, em seguida, foi realizada filtração em membrana de

0,45 µm. Já Shamsipur e Mirmohammadi[38] realizaram

ultrassonicação das amostras de urina ao observarem um

depósito lipídico no fundo do tubo. Em contrapartida,

tecidos sólidos como fígado[49,83], cérebro[52], por exemplo,

requerem procedimentos mais longos, dispendiosos e

específicos.

A Figura 5 mostra uma amostra de 5 mL de urina

(A) que foi submetida à DLLME, com consequente

formação de uma solução turva (B) após a adição dos

solventes extrator e dispersor e a separação do solvente

extrator no fundo do tubo cônico após a centrifugação (C).

8. DLLME associada a outras técnicas de extração

Além das recentes modificações inclusas na DLLME, tem-se empregado a mesma em associação com outras técnicas de extração, tais como SPE[84,85], MIP[86,87] e eletromembrana[43]. Mashayekhi et al.[84] relatam que a associação de SPE-DLLME é uma técnica hifenada eficiente, que oferece as vantagens de ambos os métodos tais como simplicidade, baixo consumo e exposição a solventes, baixos custo e tempo de extração com altos valores de recuperação e fatores de enriquecimento. Neste caso, o eluente da SPE foi usado como solvente dispersor para a DLLME, realizada posteriormente, para a extração de ecstasy e anfetaminas em urina e análise por cromatografia gasosa.

9. Conclusões e perspectivas

Figura 5. Uso da DLLME em amostras biológicas.

Page 14: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

DLLME: inovações e aplicações biológicas Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM

Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204 199

A DLLME foi inicialmente delineada para a extração de compostos em amostras aquosas e, portanto, a aplicação da mesma esteve voltada majoritariamente para a análise de resíduos de medicamentos, pesticidas, entre outros, em água. Desde o primeiro trabalho de Rezaee, em 2006[88], até o momento atual, muitas inovações foram trazidas para a DLLME. No entanto, nem todas foram aplicadas ainda às matrizes biológicas. Alguns exemplos são a supramolecular-based-DLLME, partitioned dispersive liquid-liquid microextraction (PDLLME), entre outras[88].

As matrizes biológicas são extremamente complexas e podem conter interferentes como lipídeos, fosfolipídeos, proteínas, hormônios e minerais. Uma das matrizes mais utilizadas é o plasma, o qual possui alta viscosidade e, portanto, esta característica pode interferir na dispersão dos solventes extrator e dispersor

na amostra quando a DLLME é utilizada. Desta forma,

é necessário realizar algum pré-tratamento para que seja

possível conduzir qualquer procedimento de preparo de

amostra e minimizar a presença de interferentes.

Uma das tendências da DLLME é a melhora na

seletividade pela associação de diferentes técnicas de

preparo de amostra, como discutido nesta revisão. Apesar

das vantagens da DLLME, uma grande desvantagem

é a dificuldade na automação. Nesse sentido, alguns

avanços têm sido avaliados, porém, ainda não aplicados

às amostras biológicas[29,89]. Assim, espera-se que

futuramente ainda menos solventes e em menor volume

sejam usados, e que sejam desenvolvidos outros modos

que simplifiquem a DLLME reduzindo ainda mais o

tempo e o custo, além de torná-la uma técnica high-

throughput.

Referências1. Nuhu A, Basheer C, Saad B. Liquid-phase and dispersive liquid-liquid microextraction techniques with derivatization: Recent

applications in bioanalysis. Journal of Chromatography B-Analytical Technologies in the Biomedical and Life Sciences. 2011;879(17-18):1180-8.

2. Zang X, Wu Q, Zhang M, Xi G, Wang Z. Developments of Dispersive Liquid-Liquid Microextraction Technique. Chinese Journal of Analytical Chemistry. 2009;37(2):161-8.

3. Rezaee M, Assadi Y, Hosseinia M, Aghaee E, Ahmadi F, Berijani S. Determination of organic compounds in water using dispersive liquid-liquid microextraction. Journal of Chromatography a. 2006;1116(1-2):1-9.

4. Rezaee M, Yamini Y, Faraji M. Evolution of dispersive liquid-liquid microextraction method. Journal of Chromatography a. 2010;1217(16):2342-57.

5. Escudero LB, Castro Grijalba A, Martinis EM, Wuilloud RG. Bioanalytical separation and preconcentration using ionic liquids. Anal Bioanal Chem. 2013;405(24):7597-613.

6. Esrafili A, Yamini Y, Shariati S. Hollow fiber-based liquid phase microextraction combined with high-performance liquid chromatography for extraction and determination of some antidepressant drugs in biological fluids. Analytica Chimica Acta. 2007;604(2):127-33.

7. Moradi M, Yamini Y, Baheri T. Analysis of abuse drugs in urine using surfactant-assisted dispersive liquid-liquid microextraction. Journal of Separation Science. 2011;34(14):1722-9.

8. Wille S, Lambert W. Recent developments in extraction procedures relevant to analytical toxicology. Analytical and Bioanalytical Chemistry. 2007;388(7):1381-91.

9. Kokosa JM. Advances in solvent-microextraction techniques. Trac-Trends in Analytical Chemistry. 2013;43:2-13.

10. Cruz-Vera M, Lucena R, Cardenas S, Valcarcel M. One-step in-syringe ionic liquid-based dispersive liquid-liquid microextraction. Journal of Chromatography a. 2009;1216(37):6459-65.

Page 15: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM DLLME: inovações e aplicações biológicas

200 Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204

11. Huo X, Li Q, Lin X, Chen X, Bi K. Application of Dispersive Liquid-Liquid Microextraction for the Analysis of Six Fungicides in Fruit Samples by GC-ECD. Chromatographia. 2011;73(3-4):313-9.

12. Liang J, Zhang X, Zhou Y, Hu Q. Determination of trace lead in environmental samples by flow injection and hydride generation atomic absorption spectrometry. Asian Journal of Chemistry. 2008;20(1):599-607.

13. Rezaei F, Bidari A, Birjandi A, Hosseini M, Assadi Y. Development of a dispersive liquid-liquid microextraction method for the determination of polychlorinated biphenyls in water. Journal of Hazardous Materials. 2008;158(2-3):621-7.

14. Farajzadeh M, Djozan D, Bakhtiyari R. Use of a capillary tube for collecting an extraction solvent lighter than water after dispersive liquid-liquid microextraction and its application in the determination of parabens in different samples by gas chromatography-Flame ionization detection. Talanta. 2010;81(4-5):1360-7.

15. Kocurova L, Balogh I, Sandrejova J, Andruch V. Recent advances in dispersive liquid-liquid microextraction using organic solvents lighter than water. A review. Microchemical Journal. 2012;102:11-7.

16. Berijani S, Assadi Y, Anbia M, Hosseini M, Aghaee E. Dispersive liquid-liquid microextraction combined with gas chromatography-flame photometric detection - Very simple, rapid and sensitive method for the determination of organophosphorus pesticides in water. Journal of Chromatography a. 2006;1123(1):1-9.

17. Caldas S, Costa F, Primel E. Validation of method for determination of different classes of pesticides in aqueous samples by dispersive liquid-liquid microextraction with liquid chromatography-tandem mass spectrometric detection. Analytica Chimica Acta. 2010;665(1):55-62.

18. Khodadoust S, Hadjmohammadi M. Determination of N-methylcarbamate insecticides in water samples using dispersive liquid-liquid microextraction and HPLC with the aid of experimental design and desirability function. Anal Chim Acta. 2011;699(1):113-9.

19. Panagiotou A, Sakkas V, Albanis T. Application of chemometric assisted dispersive liquid-liquid microextraction to the determination of personal care products in natural waters. Analytica Chimica Acta. 2009;649(2):135-40.

20. Melwanki M, Chen W, Bai H, Lin T, Fuh M. Determination of 7-aminoflunitrazepam in urine by dispersive liquid-liquid microextraction with liquid chromatography-electrospray-tandem mass spectrometry. Talanta. 2009;78(2):618-22.

21. Rao R, Raju S, Vali R. Ionic-liquid based dispersive liquid-liquid microextraction followed by high performance liquid chromatographic determination of anti-hypertensives in rat serum. Journal of Chromatography B-Analytical Technologies in the Biomedical and Life Sciences. 2013;931:174-80.

22. Vazquez M, Vazquez P, Galera M, Garcia M, Ucles A. Ultrasound-assisted ionic liquid dispersive liquid-liquid microextraction coupled with liquid chromatography-quadrupole-linear ion trap-mass spectrometry for simultaneous analysis of pharmaceuticals in wastewaters. Journal of Chromatography a. 2013;1291:19-26.

23. Ojeda C, Rojas F. Separation and Preconcentration by Dispersive Liquid-Liquid Microextraction Procedure: A Review. Chromatographia. 2009;69(11-12):1149-59.

24. Yan H, Wang H, Qin X, Liu B, Du J. Ultrasound-assisted dispersive liquid-liquid microextraction for determination of fluoroquinolones in pharmaceutical wastewater. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis. 2011;54(1):53-7.

25. Farajzadeh M, Djozan D, Khorram P. Development of a new dispersive liquid-liquid microextraction method in a narrow-bore tube for preconcentration of triazole pesticides from aqueous samples. Analytica Chimica Acta. 2012;713:70-8.

26. Meng L, Wang B, Luo F, Shen G, Wang Z, Guo M. Application of dispersive liquid-liquid microextraction and CE with UV detection for the chiral separation and determination of the multiple illicit drugs on forensic samples. Forensic Science International. 2011;209(1-3):42-7.

27. Saraji M, Boroujeni M, Bidgoli A. Comparison of dispersive liquid-liquid microextraction and hollow fiber liquid-liquid-liquid microextraction for the determination of fentanyl, alfentanil, and sufentanil in water and biological fluids by high-performance liquid chromatography. Analytical and Bioanalytical Chemistry. 2011;400(7):2149-58.

28. Xiong C, Ruan J, Cai Y, Tang Y. Extraction and determination of some psychotropic drugs in urine samples using dispersive liquid-liquid microextraction followed by high-performance liquid chromatography. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis. 2009;49(2):572-8.

29. Saraji M, Boroujeni M. Recent developments in dispersive liquid-liquid microextraction. Analytical and Bioanalytical Chemistry. 2014;406(8):2027-66.

30. Yazdi A, Razavi N, Yazdinejad S. Separation and determination of amitriptyline and nortriptyline by dispersive liquid-liquid microextraction combined with gas chromatography flame ionization detection. Talanta. 2008;75(5):1293-9.

Page 16: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

DLLME: inovações e aplicações biológicas Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM

Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204 201

31. Shamsipur M, Fattahi N. Extraction and determination of opium alkaloids in urine samples using dispersive liquid-liquid microextraction followed by high-performance liquid chromatography. Journal of Chromatography B-Analytical Technologies in the Biomedical and Life Sciences. 2011;879(28):2978-83.

32. Alshana U, Lubbad I, Goger N, Cok I, Tamer U, Ertas N. Dispersive liquid-liquid microextraction based on solidification of floating organic drop combined with counter-electroosmotic flow normal stacking mode in capillary electrophoresis for the determination of bisphenol a in water and urine samples. Journal of Liquid Chromatography & Related Technologies. 2013;36(20):2855-70.

33. Rajabi M, Haji-Esfandiari S, Barfi B, Ghanbari H. Ultrasound-assisted temperature-controlled ionic-liquid dispersive liquid-phase microextraction method for simultaneous determination of anethole, estragole, and para-anisaldehyde in different plant extracts and human urine: a comparative study. Analytical and Bioanalytical Chemistry. 2014;406(18):4501-12.

34. Zarei A, Gholamian F. Development of a dispersive liquid-liquid microextraction method for spectrophotometric determination of barbituric acid in pharmaceutical formulation and biological samples. Analytical Biochemistry. 2011;412(2):224-8.

35. Andruch V, Balogh I, Kocurova L, Sandrejova J. Five Years of Dispersive Liquid-Liquid Microextraction. Applied Spectroscopy Reviews. 2013;48(3):161-259.

36. Gong A, Zhu X. Dispersive solvent-free ultrasound-assisted ionic liquid dispersive liquid-liquid microextraction coupled with HPLC for determination of ulipristal acetate. Talanta. 2015;131:603-8.

37. Shamsipur M, Jouybari T, Barati A, Mahmoudi M, Amin N, Pashabadi A. A manual shaking-enhanced, ultrasound-assisted dispersive liquid-liquid microextraction for the determination of betamethasone and dexamethasone: optimization using Response surface methodology. Analytical Methods. 2014;6(13):4542-50.

38. Shamsipur M, Mirmohammadi M. High performance liquid chromatographic determination of ultra traces of two tricyclic antidepressant drugs imipramine and trimipramine in urine samples after their dispersive liquid-liquid microextraction coupled with response surface optimization. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis. 2014;100:271-8.

39. Vela-Soria F, Ballesteros O, Zafra-Gomez A, Ballesteros L, Navalon A. UHPLC-MS/MS method for the determination of bisphenol A and its chlorinated derivatives, bisphenol S, parabens, and benzophenones in human urine samples. Analytical and Bioanalytical Chemistry. 2014;406(15):3773-85.

40. Shi Z, Jiang H, Hu J, Li Z, Zhang H. Dispersive liquid-liquid microextraction and high-performance liquid chromatographic determination of anthraquinone derivatives in human urine after oral administration of San-huang tablets. Journal of Liquid Chromatography & Related Technologies. 2014;37(14):2062-71.

41. Dittert I, Vitali L, Chaves E, Maranhao T, Borges D, de Favere V, et al. Dispersive liquid-liquid microextraction using ammonium O,O-diethyl dithiophosphate (DDTP) as chelating agent and graphite furnace atomic absorption spectrometry for the determination of silver in biological samples. Analytical Methods. 2014;6(15):5584-9.

42. Hajiaghabozorgy R, Zarei A, Pakdehi S. A highly sensitive spectrophotometric determination of ultra trace amounts of azide ion in water and biological samples after preconcentration using dispersive liquid-liquid microextraction technique. Journal of Analytical Chemistry. 2014;69(8):805-11.

43. Arjomandi-Behzad L, Yamini Y, Rezazadeh M. Extraction of pyridine derivatives from human urine using electromembrane extraction coupled to dispersive liquid-liquid microextraction followed by gas chromatography determination. Talanta. 2014;126:73-81.

44. Ahmadi-Jouibari T, Fattahi N, Shamsipur M. Rapid extraction and determination of amphetamines in human urine samples using dispersive liquid-liquid microextraction and solidification of floating organic drop followed by high performance liquid chromatography. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis. 2014;94:145-51.

45. Rahimi A, Hashemi P. Development of a Dispersive Liquid-Liquid Microextraction Method Based on Solidification of a Floating Organic Drop for the Determination of Beta-Carotene in Human Serum. Journal of Analytical Chemistry. 2014;69(4):352-6.

46. Vela-Soria F, Ballesteros O, Zafra-Gomez A, Ballesteros L, Navalon A. A new method for the determination of benzophenone-UV filters in human serum samples by dispersive liquid-liquid microextraction with liquid chromatography-tandem mass spectrometry. Talanta. 2014;121:97-104.

47. Dziomba S, Kowalski P, Slominska A, Baczek T. Field-amplified sample injection coupled with pseudo-isotachophoresis technique for sensitive determination of selected psychiatric drugs in human urine samples after dispersive liquid-liquid microextraction. Analytica Chimica Acta. 2014;811:88-93.

Page 17: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM DLLME: inovações e aplicações biológicas

202 Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204

48. Kiarostami V, Rouini M, Mohammadian R, Lavasani H, Ghazaghi M. Binary Solvents Dispersive Liquid-Liquid Microextraction (BS-DLLME) Method for Determination of Tramadol in Urine Using High-Performance Liquid Chromatography. Daru-Journal of Pharmaceutical Sciences. 2014;22.

49. Mudiam M, Chauhan A, Jain R, Dhuriya Y, Saxena P, Khanna V. Molecularly imprinted polymer coupled with dispersive liquid-liquid microextraction and injector port silylation: A novel approach for the determination of 3-phenoxybenzoic acid in complex biological samples using gas chromatography-tandem mass spectrometry. Journal of Chromatography B-Analytical Technologies in the Biomedical and Life Sciences. 2014;945:23-30.

50. Fernandez P, Regenjo M, Fernandez A, Lorenzo R, Carro A. Optimization of ultrasound-assisted dispersive liquid-liquid microextraction for ultra performance liquid chromatography determination of benzodiazepines in urine and hospital wastewater. Analytical Methods. 2014;6(20):8239-46.

51. Wang X, Wang Y, Zou X, Cao Y. Improved dispersive liquid-liquid microextraction based on the solidification of floating organic droplet method with a binary mixed solvent applied for determination of nicotine and cotinine in urine. Analytical Methods. 2014;6(7):2384-9.

52. Mudiam M, Jain R, Singh A, Khan H, Parmar D. Development of ultrasound-assisted dispersive liquid-liquid microextraction-large volume injection-gas chromatography-tandem mass spectrometry method for determination of pyrethroid metabolites in brain of cypermethrin-treated rats. Forensic Toxicology. 2014;32(1):19-29.

53. Padro J, Marson M, Mastrantonio G, Altcheh J, Garcia-Bournissen F, Reta M. Development of an ionic liquid-based dispersive liquid-liquid microextraction method for the determination of nifurtimox and benznidazole in human plasma. Talanta. 2013;107:95-102.

54. Khodadoust S, Ghaedi M. Optimization of dispersive liquid-liquid microextraction with central composite design for preconcentration of chlordiazepoxide drug and its determination by HPLC-UV. Journal of Separation Science. 2013;36(11):1734-42.

55. Tarazona I, Chisvert A, Salvador A. Determination of benzophenone-3 and its main metabolites in human serum by dispersive liquid-liquid microextraction followed by liquid chromatography tandem mass spectrometry. Talanta. 2013;116:388-95.

56. Ahmadi-Jouibari T, Fattahi N, Shamsipur M, Pirsaheb M. Dispersive liquid-liquid microextraction followed by high-performance liquid chromatography-ultraviolet detection to determination of opium alkaloids in human plasma. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis. 2013;85:14-20.

57. Behbahani M, Najafi F, Bagheri S, Bojdi M, Salarian M, Bagheri A. Application of surfactant assisted dispersive liquid-liquid microextraction as an efficient sample treatment technique for preconcentration and trace detection of zonisamide and carbamazepine in urine and plasma samples. Journal of Chromatography a. 2013;1308:25-31.

58. Xiao C, Tang M, Li J, Yin C, Xiang G, Xu L. Determination of sildenafil, vardenafil and aildenafil in human plasma by dispersive liquid-liquid microextraction-back extraction based on ionic liquid and high performance liquid chromatography-ultraviolet detection. Journal of Chromatography B-Analytical Technologies in the Biomedical and Life Sciences. 2013;931:111-6.

59. Mudiam M, Ratnasekhar C. Ultra sound assisted one step rapid derivatization and dispersive liquid-liquid microextraction followed by gas chromatography-mass spectrometric determination of amino acids in complex matrices. Journal of Chromatography a. 2013;1291:10-8.

60. Fernandez P, Gonzalez C, Pena M, Carro A, Lorenzo R. A rapid ultrasound-assisted dispersive liquid-liquid microextraction followed by ultra-performance liquid chromatography for the simultaneous determination of seven benzodiazepines in human plasma samples. Analytica Chimica Acta. 2013;767:88-96.

61. Suh J, Lee Y, Lee H, Kang M, Hur Y, Lee S, et al. Dispersive liquid-liquid microextraction based on solidification of floating organic droplets followed by high performance liquid chromatography for the determination of duloxetine in human plasma. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis. 2013;75:214-9.

62. Kohler I, Schappler J, Sierro T, Rudaz S. Dispersive liquid-liquid microextraction combined with capillary electrophoresis and time-of-flight mass spectrometry for urine analysis. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis. 2013;73:82-9.

63. Li Y, Zhang J, Peng B, Li S, Gao H, Zhou W. Determination of triazole pesticides in rat blood by the combination of ultrasound-enhanced temperature-controlled ionic liquid dispersive liquid-liquid microextraction coupled to high-performance liquid chromatography. Analytical Methods. 2013;5(9):2241-8.

64. Sun J, Shi Y, Chen J. Simultaneous determination of plasticizer di(2-ethylhexyl)phthalate and its metabolite in human urine by temperature controlled ionic liquid dispersive liquid-liquid microextraction combined with high performance liquid chromatography. Analytical Methods. 2013;5(6):1427-34.

Page 18: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

DLLME: inovações e aplicações biológicas Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM

Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204 203

65. He L, Zhang K, Wang C, Luo X, Zhang S. Effective indirect enrichment and determination of nitrite ion in water and biological samples using ionic liquid-dispersive liquid-liquid microextraction combined with high-performance liquid chromatography. Journal of Chromatography a. 2011;1218(23):3595-600.

66. Xu X, Su R, Zhao X, Liu Z, Zhang Y, Li D, et al. Ionic liquid-based microwave-assisted dispersive liquid-liquid microextraction and derivatization of sulfonamides in river water, honey, milk, and animal plasma. Analytica Chimica Acta. 2011;707(1):92-9.

67. Leong M, Fuh M, Huang S. Beyond dispersive liquid-liquid microextraction. Journal of Chromatography a. 2014;1335:2-14.

68. Hatami M, Karimnia E, Farhadi K. Determination of salmeterol in dried blood spot using an ionic liquid based dispersive liquid-liquid microextraction coupled with HPLC. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis. 2013;85:283-7.

69. Ge D, Lee H. Ionic liquid based dispersive liquid liquid microextraction coupled with micro-solid phase extraction of antidepressant drugs from environmental water samples. Journal of Chromatography a. 2013;1317:217-22.

70. Zho Q, Bai H, Xie G, Xiao J. Trace determination of organophosphorus pesticides in environmental samples by temperature-controlled ionic liquid dispersive liquid-phase microextraction. Journal of Chromatography a. 2008;1188(2):148-53.

71. Leong M, Huang S. Dispersive liquid-liquid microextraction method based on solidification of floating organic drop combined with gas chromatography with electron-capture or mass spectrometry detection. Journal of Chromatography a. 2008;1211(1-2):8-12.

72. Jia S, Li J, Park S, Ryu Y, Park I, Park J, et al. Combined application of dispersive liquid-liquid microextraction based on the solidification of floating organic droplets and charged aerosol detection for the simple and sensitive quantification of macrolide antibiotics in human urine. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis. 2013;86:204-13.

73. Guo L, Lee H. Low-density solvent-based solvent demulsification dispersive liquid-liquid microextraction for the fast determination of trace levels of sixteen priority polycyclic aromatic hydrocarbons in environmental water samples. Journal of Chromatography a. 2011;1218(31):5040-6.

74. Farajzadeh M, Djozan D, Reza M, Mogaddam A, Norouzi J. Determination of phthalate esters in cow milk samples using dispersive liquid-liquid microextraction coupled with gas chromatography followed by flame ionization and mass spectrometric detection. Journal of Separation Science. 2012;35(5-6):742-9.

75. Farajzadeh M, Mogaddam M. Air-assisted liquid-liquid microextraction method as a novel microextraction technique; Application in extraction and preconcentration of phthalate esters in aqueous sample followed by gas chromatography-flame ionization detection. Analytica Chimica Acta. 2012;728:31-8.

76. Wang J, Xiong J, Baker G, JiJi R, Baker S. Developing microwave-assisted ionic liquid microextraction for the detection and tracking of hydrophobic pesticides in complex environmental matrices. Rsc Advances. 2013;3(38):17113-9.

77. Chung R, Leong M, Huang S. Determination of nitrophenols using ultrahigh pressure liquid chromatography and a new manual shaking-enhanced, ultrasound-assisted emulsification microextraction method based on solidification of a floating organic droplet. Journal of Chromatography a. 2012;1246:55-61.

78. Vela-Soria F, Ballesteros O, Zafra-Gomez A, Ballesteros L, Navalon A. A multiclass method for the analysis of endocrine disrupting chemicals in human urine samples. Sample treatment by dispersive liquid-liquid microextraction. Talanta. 2014;129:209-18.

79. Sereshti H, Khojeh V, Samadi S. Optimization of dispersive liquid-liquid microextraction coupled with inductively coupled plasma-optical emission spectrometry with the aid of experimental design for simultaneous determination of heavy metals in natural waters. Talanta. 2011;83(3):885-90.

80. Huang S, Hsieh M, Chang S. Sensitive determination of sertraline by capillary electrophoresis with dispersive liquid-liquid microextraction and field-amplified sample stacking. Talanta. 2012;101:460-4.

81. Talebianpoor M, Khodadoust S, Rozbehi A, Toori M, Zoladl M, Ghaedi M, et al. Application of optimized dispersive liquid-liquid microextraction for determination of melatonin by HPLC-UV in plasma samples. Journal of Chromatography B-Analytical Technologies in the Biomedical and Life Sciences. 2014;960:1-7.

82. Ranjbari E, Golbabanezhad-Azizi A, Hadjmohammadi M. Preconcentration of trace amounts of methadone in human urine, plasma, saliva and sweat samples using dispersive liquid-liquid microextraction followed by high performance liquid chromatography. Talanta. 2012;94:116-22.

83. Moema D, Nindi M, Dube S. Development of a dispersive liquid-liquid microextraction method for the determination of fluoroquinolones in chicken liver by high performance liquid chromatography. Analytica Chimica Acta. 2012;730:80-6.

Page 19: Microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME

Moreira BJ; Yokoya JMC; Gaitani CM DLLME: inovações e aplicações biológicas

204 Scientia Chromatographica 2014; 6(3):186-204

84. Mashayekhi H, Rezaee M, Khalilian F. Solid-phase extraction followed by dispersive liquid-liquid microextraction for the sensitive determination of ecstasy compounds and amphetamines in biological samples. Bulletin of the Chemical Society of Ethiopia. 2014;28(3):339-48.

85. Rezaee M, Mashayekhi H. Solid-phase extraction combined with dispersive liquid-liquid microextraction as an efficient and simple method for the determination of carbamazepine in biological samples. Analytical Methods. 2012;4(9):2887-92.

86. Djozan D, Farajzadeh M, Sorouraddin S, Baheri T. Molecularly imprinted-solid phase extraction combined with simultaneous derivatization and dispersive liquid-liquid microextraction for selective extraction and preconcentration of methamphetamine and ecstasy from urine samples followed by gas chromatography. Journal of Chromatography a. 2012;1248:24-31.

87. Mudiam M, Chauhan A, Singh K, Gupta S, Jain R, Ch R, et al. Determination of t,t-muconic acid in urine samples using a molecular imprinted polymer combined with simultaneous ethyl chloroformate derivatization and pre-concentration by dispersive liquid-liquid microextraction. Analytical and Bioanalytical Chemistry. 2013;405(1):341-9.

88. Yan H, Wang H. Recent development and applications of dispersive liquid-liquid microextraction. Journal of Chromatography a. 2013;1295:1-15.

89. Maya F, Horstkotte B, Estela J, Cerda V. Automated in-syringe dispersive liquid-liquid microextraction. Trac-Trends in Analytical Chemistry. 2014;59:1-8.