mÓdulo reabilitaÇÃo de mmss

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MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS CURSO ONLINE Instrutora: Cláudia G. Antello. Terapeuta Ocupacional CREFITO 13 – 8549/TO CREF 1986 – P Mestre em Desenvolvimento Motor pela UTAD – Portugal Especialista em Neurologia Membro da WFOT – World Federation of Occupational Therapists Membro da ABRATO Local: site www.portaldotaping.com.br

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Page 1: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

MÓDULO

REABILITAÇÃO DE MMSS

CURSO ONLINE

Instrutora: Cláudia G. Antello. Terapeuta Ocupacional

CREFITO 13 – 8549/TO CREF 1986 – P Mestre em Desenvolvimento Motor pela

UTAD – Portugal Especialista em Neurologia

Membro da WFOT – World Federation of Occupational Therapists

Membro da ABRATO

Local: site www.portaldotaping.com.br

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INTRODUÇÃO

COMO SURGIU O TAPING TERAPÊUTICO FUNCIONAL?

Assim como todo profissional que se aprofunda e estuda a aplicabilidade das bandagens em

pacientes das mais diversas categorias e condições clínicas e patológicas com graus de comprometimento

funcional, eu também trilho por este caminho.

Em 2008, estudar o método original, foi o primeiro passo desta jornada. E quando digo estudar,

não me refiro apenas a participar de um curso e sim, de entender e aprender o porquê e como aplicar cada

técnica. Ou seja, raciocinar cada método e cada técnica. Entre os principais métodos, me dediquei a

conhecer de modo aprofundado, cito a seguir os principais.

Segundo seu criador o Dr. Kenzo Kase, o método original Kinesio Taping® é baseado na seguinte

filosofia: O uso das bandagens elásticas ou funcionais permite ao sujeito curar-se biomecanicamente

garantindo maior liberdade de movimento, adaptação postural e, portanto, permite condições

fisiologicamente mais saudáveis. Pode ser utilizado nos diversos tipos de assistência: primário (prevenção

de lesões), secundário (tratamentos agudos e subagudos) e terciário (situações crônicas de incapacidades

funcionais). Com base em evidências, pode-se observar que “Diversos benefícios vêm sendo descritos, tais

como redução do quadro álgico por estímulo sensorial cutâneo; correção biomecânica articular e de funções

musculares; alinhamento de tecidos moles, como pele e aponeuroses; melhora da circulação dos fluidos

orgânicos; otimização da reparação de lesões teciduais; alívio da compressão de tecidos moles; facilitação

ou limitação dos movimentos. (Kase, Lemos, Dias (2013).

Fonte: Acervo Claudia Antello

Fascial Movement Taping-FMT®: Método criado pelo americano, Dr. Steven Capobianco, este

conceito é baseado na avaliação de padrões de disfunção nos movimentos, tratadas por meio de aplicações

de Taping em cadeias miofasciais, para que ocorre a especialização do movimento em atletas de alta

performance. Este método é respaldado pela teoria de “quanto menos tração, mais eficiente será o

resultado”. Uma abordagem moderna já comprovada cientificamente que responde favoravelmente ao

tratamento de sintomas apresentados por pacientes com diferentes quadros clínicos e características físicas

distintas

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Steven Capobianco e eu em Viña del Mare

Power Taping® - Este método, tambem criado pelo americano, Dr. Steven Capobianco é voltado

para preparação de atletas para provas de alto rendimento, e treinos intensos, como por exemplo, atletas

de Cross Fit. Foi desenvolvido por meio do princípio de que o trabalho muscular, seja capaz de transmitir

força para além da fáscia e do musculo, contando então com o suporte que a bandagem promove durante

a ação dos meridianos de conexão miofasciais. Este método promove a compreensão das expectativas e

fracassos, história clínica e objetivos específicos para que se atue eficazmente.

Kinesio Taping in Pediatrics – Fundamentals and whole body Taping – Método Therapeutic

Taping for omprov alignment and neuromuscular re-education. Com as instrutoras Patrícia Martin e

Audrey Yasukawa. Foram conhecimentos específicos em pediatria, enriqueceram muito minha prática

profissional com bebês e crianças que apresentam condições alteradas e patologias, e síndromes genéticas

e neurológicas, bem como disfunções de coordenação motora em crianças sem deficiência neuromotora.

Patricia Martin e Audrey Yasukawa e eu no Rio de Janeiro

Dynamic Taping: Criado em 2010, pelo fisioterapeuta Ryan Kendrick na intensão de suprir

necessidades para absorver cargas ou contribuir para redução do de esforço na unidade musculoesquelética

de modo eficaz para que prevenisse lesões biomecânicas, ou repercussões de fadiga pós overtrainning.

O princípio principal do Dynamic Taping é “Tecidos não falham por causa da dor, e sim por causa

da carga”. Este método é apresentado por meio de técnica ímpar (é aplicado em encurtamento) e

características diferenciadas em sua composição.

Kinesio Taping para Lymphoedema and chronic swelling e DLETaping me conduzem pelo

caminho da atuação clínica em intra e pós operatório de cirurgias, sejam elas; estéticas e reparadoras, entre

outras nas quais a atuação com bandagem possa beneficiar o paciente de modo a minimizar os efeitos e

manifestações corporais do processo inflamatório. Estas técnicas promovem reabsorção de equimoses e

hematomas, diminuição de edema, alívio de dor muscular posterior ao procedimento, entre outros objetivos

alcançáveis.

Estudando muito sobre os métodos e técnicas mundialmente conhecidos, passei a utilizar estes

conhecimentos de modo a favorecer o processo terapêutico com meus pacientes neurológicos, desde o bebê

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prematurinho até os idosos. Para minha surpresa, percebi que com algumas adaptações nas técnicas

originais, os objetivos traçados surgiam com mais rapidez, comprovando a eficácia deste recurso

terapêutico que hoje levo até cada aluno com o desejo de ”dividir conhecimentos e multiplicar saberes” e

resultados efetivados.

Sejam benvindos a nossa plataforma e me permita conduzi-lo pelo caminho do conhecimento que

com segurança trago até você depois de tantos anos de trajetória, pois iniciei em 2008 e sigo até hoje

estudando, praticando e trazendo até você o resultado dessa dedicação!

O curso online está sendo oferecido de modo que a evolução é sequenciada por meio da

participação em cada aula.

As aulas serão oferecidas de modo cada tópico do curso seja compreendido para que o aluno siga

na direção do raciocínio clínico Taping Terapêutico Funcional – TTF e não apenas decorre regras

padronizadas.

Saber o porquê aplicar cada técnica, saber indicar que técnica aplicar e como fazê-lo, demonstrará

o quanto você está pronto para agregar este recurso terapêutico a sua prática clínica.

Vídeos e imagens estão a sua disposição separados em pastas que você poderá acessar. Estas

imagens e vídeos denotam em sua grande maioria, atendimentos reais, com dificuldades e resultados de um

primeiro momento.

Fazer parte deste acervo tão rico em detalhes, possibilitará que vocês que se inscreveram no curso

possa ter noção real de como será quando passar a aplicar seus conhecimentos.

Decidi que assim seria mais verdadeiro. Para leigos, não são imagens bonitas de se ver. Para nós

que conhecemos a realidade e o dia a dia de atendimentos ambulatoriais, hospitalares e institucionais, será

com certeza de grande valia.

Sejam todos benvindos ao Portal do Taping!!!

AULA 1

I. TAPING TERAPEUTICO FUNCIONAL – TTF

Mesclando a prática clínica baseada no resultado de atividades terapêuticas realizadas

com pacientes nos dias em que eram utilizadas técnicas bandagem funcional e em dias nos quais

os mesmos pacientes não as estivessem utilizando, observei resultados muito diversos, e desta

forma passei a catalogar resultados. Assim, surgiram as concepções que serviram como guia para

uma prática clínica pensada, e voltada para a integralidade do corpo conjuntamente ao estudo do

movimento como base para a vida produtiva do paciente e sua funcionalidade.

Sua digital é única, a íris de seus olhos é ímpar, assim a técnica adequada a ser aplicada

poderá não será a mesma para pacientes com mesmo quadro clínico. Para tanto, ao longo deste

estudo observaremos que cada caso é analisado e avaliado primariamente e só após esta etapa,

ocorrerá a indicação e aplicação da técnica mais adequada.

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Este método vem sendo estudado desde 2007 para o desenvolvimento das possiblidades

de mobilidade e movimento a partir da necessidade funcional e / ou neurofisiológica do paciente

e da capacidade residual no paciente.

Neste modulo, a reabilitação de membro superior é pontuada e tratada sob a prerrogativa

e competência da Terapia Ocupacional.

Este método é separado em seis módulos voltados para o foco de cada área de atuação.

São eles: Reabilitação de MMSS, NeuroTaping, OrtoTaping, Taping Kids, Fonoband, Athletic

Taping.

Para iniciarmos a compreensão de cada item que compõe este raciocínio clínico

seguiremos por partes, sendo assim, conhecer os princípios, as características e fundamentos é de

suma importância.

O RACIOCÍNIO CLÍNICO TAPING TERAPÊUTICO FUNCIONAL ®- TTF

Neste estudo será demonstrada a relação entre a aplicação do Raciocínio Clínico

Taping Terapêutico Funcional®-TTF e o processo de reabilitação física, mais

especificamente a reabilitação de membro superior.

Como Terapeuta Ocupacional, observar e avaliar o paciente como um todo, sem

fracionar e atentando para os âmbitos fisiológicos, cinesiológicos, biomecânicos,

psíquicos e comportamentais, que possibilitam a transformação do ser humano, a partir

de capacidades e habilidades que se não são ou não estão em situações conaturais podem

ser treinadas e desenvolvidas ao longo das sessões terapêuticas.

O Terapeuta Ocupacional leva em conta tudo o que está ao redor do paciente, pois,

todo elemento que faça parte do cotidiano pode e deve ser “ocupado” ou melhor dizendo,

pode ser considerado como ampla gama de recursos terapêuticos que favorecem o

processo de retorno as habilidades, competências e funções que fazem da vida do paciente

um contexto cuja somatória é positiva em alto grau de resultados positivos.

Assim se faz perceber a grandiosidade desta profissão, que não caminha sozinha,

mas que apropriadamente atuante em sua capacidade de elevar a autoestima do paciente

trabalhando aspectos físicos e psíquicos de forma combinada durante cada sessão

terapêutica. E desta forma se percebe o prazer do paciente em estar presente a cada sessão.

Obtemos assim, resultados eficientes e antecipados em um misto de atividades

terapêuticas que combinadas nos levarão a uma prática clínica raciocinada e diferenciada.

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Iniciando assim a diferenciação das competências e desempenho que compete a

cada profissional, as técnicas serão apresentadas em um capítulo separadamente, mas os

itens que nos aproximam desta etapa serão delineados no decorrer dos capítulos que o

antecedem.

O que é o Taping Terapêutico Funcional®? O TTF é uma linha de Raciocínio Clínico

que propõe o tratamento principalmente de pacientes que apresentem lesões e disfunções

músculo esqueléticas ou neuro motoras com grau de comprometimento leve a moderado,

não excluindo os casos graves nos quais se pode oferecer técnicas cuja função poderá ser

por exemplo o alívio de dor e posicionamento adequado das estruturas físicas.

Raciocinando com coerência e conhecimento das disciplinas que regem o universo da

reabilitação física, se pode promover o alcance de resultados em conformidade com o

grau das lesões, sejam estas transitórias e ou disfunções e condições definitivas que

impeçam a funcionalidade humana.

Como o nome já demonstra e conceitua, essas três palavras resumem este raciocínio:

Taping = bandagem elástica, recurso terapêutico.

Terapêutico = caracteriza o procedimento relacionando-o com a saúde e não com a

doença, é o meio que se utiliza para propiciar ao paciente maior eficácia e rapidez durante

o processo de autocura do paciente.

Funcional = Nosso objetivo em relação a ação humana seja ela fisiológica ou laboral.

O Raciocínio Clínico TTF – Taping Terapêutico Funcional® foi desenvolvido a partir

das técnicas apresentadas por diversos métodos, dos quais obteve a formação completa.

Todo o conteúdo adquirido possibilitou a compreensão dos pré-requisitos necessários ao

desenvolvimento deste estudo.

A junção destes conhecimentos me permitiu compreender e assimilar o funcionamento

das estruturas corporais comprometidas e suas respostas posteriores. Assim, levou-me a

entender que não há uma só técnica a ser aplicada para um objetivo definido, e sim

diversas técnicas que podem estimular ou inibir a participação destas estruturas no

movimento por meio de facilitação ou de controle do movimento. A opção entre técnicas

diferentes intercaladas entre as sessões permite alcançar os objetivos terapêuticos e

beneficiar o paciente sem lesionar a pele e promovendo o controle da ação entre agonistas

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e antagonistas sempre que estes estejam em condições de exercer suas funções

cinesiológicas.

Este estudo vem sendo analisado e desenvolvido tendo como base diversos autores que

trabalham com a mágica do corpo humano, para muito além da biomecânica, e sim

envolvendo estímulos táteis, a psique e a cognição (sempre que possível) na evolução e

no aprimoramento do movimento.

O Taping Terapêutico Funcional-TTF ® não é um método.

É precisamente um raciocínio sequencial que não se apropria do mérito nem da

importância da aplicação de regras e técnicas anteriormente desenvolvidas.

Preconiza a evolução do movimento e as possibilidades de desempenho de atividades de

vida diárias – AVDs, ou qualquer outro tipo de atividade que exija ação, mobilidade

articular e capacidade muscular.

A predominância do meu trabalho é notoriamente embasada em pacientes por mim

atendidos, muitos deles pacientes neurológicos cujo objetivos sempre visam promover ao

indivíduo, “sempre que possível”, a manutenção da mobilidade e os movimentos de modo

suficiente. O objetivo primário é permitir que o sistema músculo esquelético, linfático, e

analgésico endógeno (humano) possa continuar exercendo suas funções, atuando na

medida do alcance funcional do paciente, enquanto estruturas cicatrizam, músculos se

recuperam, articulações desinflamam, edemas seja reabsorvido e o organismo possa se

curar mantendo as forças biomecanicamente ativa.

Para ir ao encontro das habilidades corporais é preciso desenvolver todas as

possibilidades de movimento, sejam eles assistidos, treinados ou realizados lentamente

de acordo com as possibilidades do paciente. Mesmo que não seja realizado conforme o

que se julga adequado, espera-se que seja satisfatório às necessidades.

Para tanto, é necessário a descoberta do próprio corpo pela via da sua sensibilização, ou

seja, percepção dos aspectos físicos e suas inter-relações psíquicas, afetivas e os objetivos

a serem alcançados.

Para as diferentes formas terapêuticas, é de fundamental importância o entendimento

deste funcionamento integrado a fim de proporcionar melhor qualidade e relação com a

vida cotidiana.

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O Raciocínio Clínico Taping Terapêutico Funcional® foi desenvolvido para ser aplicado

de acordo com a necessidade de movimento apresentada pelo paciente.

CONHECIMENTOS E RESPONSABILIDADES DO PROFISSIONAL QUE

SEGUE AS DIRETRIZES DO TTF

Para diferentes pacientes há diferentes formas terapêuticas, é de fundamental

importância a compreensão das diferenças que consistem na individualidade e

funcionamento do ser humano em cada faixa etária. Este funcionamento deve ser

integrado a fim de proporcionar melhor qualidade em relação à vida cotidiana de nossos

pacientes.

Foi observando e comparando o desempenho dos pacientes que percebi a importância dos

itens elencados e descritos seguir.

Mesclando a prática clínica baseada em evidências e em ações comparativas, observou-

se resultado empírico decorrentes das atividades terapêuticas realizadas em duas situações

diferentes.

Situação 1. Os pacientes eram observados nos dias em que eram aplicadas técnicas de

bandagem funcional durante a sessão enquanto realizavam as atividades terapêuticas.

Situação 2. Os mesmos pacientes eram observados durante as sessões nas quais as

atividades terapêuticas aplicadas eram as mesmas, porém sem aplicação de bandagens.

Foram observados resultados diversos provenientes das respostas obtidas e este foi o

ponto de partida para que eu passasse a catalogar resultados. Assim, surgiram as

concepções que me guiaram para uma prática clínica pensada, e voltada para a

integralidade do corpo humano conjuntamente ao estudo do movimento como base para

a vida produtiva do paciente e sua funcionalidade.

O uso da bandagem funcional como recurso terapêutico requer conhecimentos globais e

específicos sobre o corpo humano tendo como principal, a anatomia humana,

principalmente, da anatomia para o movimento, fisiologia das sinapses, cinesiologia,

biomecânica, pois todas estas áreas de conhecimento atuam desde o estímulo inicial no

momento da aplicação da bandagem sobre a pele que recepção do estímulo sensorial tátil

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(neurônio aferente), comando e percurso do estímulo até o cérebro e a emissão de resposta

motora pelo neurônio eferente.

Um raciocínio terapêutico correto será iniciado quando o terapeuta observar, avaliar,

indicar e aplicar a técnica correta traçando seu plano de tratamento de modo a atender os

objetivos terapêuticos.

O profissional que entender o conceito e dominar as técnicas básicas poderá estender seu

uso, nas demais estruturas do corpo obtendo os resultados desejados e desenvolvendo o

raciocínio terapêutico que o respaldará em seu trabalho possibilitando a combinação de

diferentes técnicas.

Uma técnica bem aplicada tem por objetivo modificar a biomecânica dos tecidos que se

encontram disfuncionais ou com alterações significativas contabilizando por exemplo,

resultados que minimizam o processo inflamatório, e com isso, edema, rubor e dor.

Neste processo de recuperação o retorno as AVDs - atividades de vida diária, se tornam

precoce na região afetada bem como a funcionalidade dos segmentos, sendo recuperadas

assim, a mobilidade e o movimento, sem anular outras mecânicas naturais vinculadas aos

segmentos tratados.

Com o uso bandagem funcional, descobriu-se que os músculos e demais tecidos poderiam

ser ajudados por fatores externos utilizando o input sensorial e output motor, ou seja, a

estimulação tátil (tegumentar) e a resposta motora na medida das possibilidades físicas

do paciente em foco.

Cada paciente com seu histórico pregresso e diagnóstico atualizado, é avaliado, nas mais

diversas modalidades para que possa ser considerado elegível para tal terapia. Os aspectos

neurológicos, motores e fisiológicos propõe as condições adequadas ou não para tal

tratamento e as avaliações nos indicam o objetivo inicial, para que no decorrer das terapias

estejamos cada vez mais próximos ao objetivo principal.

Chegarmos ao objetivo principal exige um trajeto que passa por cadeias musculares,

processos articulares e ligamentares, que vão sendo relaxados ou ativados na medida do

necessário para harmonizar a resposta motora especializando e equilibrando

adequadamente a função manual, por exemplo.

Nas avaliações não se observa apenas as limitações, pelo contrário, observa-se as

possibilidades terapêuticas.

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Considera-se a abrangência do tratamento refletido nas cadeias musculares, articulações

e ligamentos, em sua qualidade, grau de comprometimento. E desta forma é traçado o

plano de tratamento, que progride, de acordo com a evolução do paciente em seu processo

de reabilitação.

Um dos aspectos mais intrigantes do TTF é acrescentar novas possibilidades as técnicas

por meio de aplicações específicas de modo que possamos ajustar técnicas combinadas

sempre que necessário, com base nas técnicas básicas que são ímpares em suas finalidades

e desafiantes em suas combinações possíveis.

Para melhor atender as expectativas do paciente, ouça o motivo que o trouxe até você e

busque atendê-lo priorizando a intenção e o objetivo que os une, como supremo na ordem

de realizações a dois.

Não esqueça que o profissional deve sempre: Manter a motivação para tentar, disposição

para persistir e paciência para realizar.

ITENS QUE COMPÕE O RACIOCÍNIO CLÍNICO TTF

Foi observando cada paciente, e percebendo que a cada caso abre-se uma gama

imensa de possibilidades terapêuticas continuamente ampliadas e desenvolvidas a partir

do estudo pormenorizado de características, sintomas e causas, para que agindo em

conjunto com os demais recursos terapêuticos se possa potencializar o fazer de crianças,

jovens e adultos com disfunções neurológicas, ortopédica, reumáticas nos membros

superiores, entre outras.

Josya Sijmonsma considera o Taping uma “Terapia viva” em que o terapeuta deve

estar apto em combinar sensatamente técnicas de modo a compor o tratamento de modo

muito simples, o que determina todas as possibilidades terapêuticas para o sucesso final.

DESENVOLVENDO O RACIOCÍNIO INICIAL

Um raciocínio terapêutico correto, parte do princípio que diz: “Se existe disfunção e /ou

dor, em geral é por que de alguma maneira, está ocorrendo o desrespeito aos limites impostos

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pelo seu próprio corpo, ou ainda, que alguma estrutura física esteja sendo utilizada de forma

descompensada”.

É uma ciência, que tem como principais objetivos descrever, analisar e avaliar o

movimento humano o que a define de suma importância em nossa prática clínica.

Por se tratar de uma ciência que estuda o movimento de forma ampla, realizam-se análises

de movimento afim de poder entender o mecanismo de lesão de cada indivíduo.

As fixações musculares são descritas como origem e inserção.

A origem é a extremidade proximal do músculo que presa ao osso não se desloca durante

a realização de um movimento, descrita como ponto fixo.

A inserção é a extremidade distal do músculo que se movimenta durante a contração, ou

seja, ponto móvel.

Muito simples e muito importante lembrar sempre esses conceitos.

Divisões da biomecânica

A biomecânica ramifica-se em amplos aspectos que a tornam mais específicas em seus

estudos:

Biomecânica estática: estuda os corpos em equilíbrio; consiste em movimento

constante;

Biomecânica dinâmica: estuda os corpos sujeitos à aceleração;

Cinemática: descreve os movimentos, podendo ser lineares ou angulares, a partir da

posição, velocidade e aceleração;

Cinética: estuda as causas do movimento, podendo estes serem lineares

(especificamente relacionado à força aplicada) ou angulares (especificamente

relacionado ao torque);

A cinética consiste no estudo do movimento em resposta à um estímulo. Contudo,

entende-se que o corpo se forma por diversos segmentos. Por isso, é importante esclarecer

também os conceitos a respeito dos tipos de cadeia cinética, para que então possamos associar

todos os conceitos para que a análise do movimento seja feita de forma mais aprofundada,

ampliando assim a compreensão do que se busca tratar ou prevenir:

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Estes são outros dois conceitos dos quais precisamos atentar durante o processo

terapêutico no qual se avalia, indica e aplica técnicas nas quais o recurso terapêutico será a

bandagem.

Cadeia cinética aberta (CCA): refere-se ao movimento quando a extremidade realiza de

forma livre, com poucas articulações sendo utilizadas durante a movimentação;

Cadeia cinética fechada: refere-se ao movimento onde as extremidades do corpo

encontram resistência ou permanecem fixas.

Estudos da biomecânica

Quanto aos estudos da biomecânica, ela pode ser dividida em:

Biomecânica interna: voltada à compreensão das forças internas, relacionadas à

estruturas articulares, musculares, tendíneas e fasciais;

Biomecânica externa: voltada à compreensão das forças geradas pelo corpo e

observadas externamente no organismo.

Seguindo na direção do raciocínio clínico, aspectos psíquicos devem ser

observados e levados em consideração. A atual transição eletrônica tem adicionado em

nossos dias, maior grau de ansiedade e angústia por rapidez e imediatismo, o que de certa

forma, sobrecarrega as estruturas da cintura escapular e demais componentes da função

manual acarretando maior número de pessoas com lesões por movimentos e posturas

repetitivas insalubres.

A motivação entra no processo de reabilitação por ser um requisito importante do

desempenho das atividades terapêuticas envolvendo cada estágio deste processo. Um

paciente desmotivado, tem aumentado o tempo para estar restabelecido funcionalmente.

A consciência pelo movimento

Na apresentação do livro Consciência pelo movimento – de autoria de Moshe

Feldenkrais (ed. Summus editorial 1997 traduzido), o dr. José Angelo Gaiarsa cita: “O

equipamento neuro-osteomuscular que nos coloca e nos move no mundo, é o dispositivo

eletromecânico mais complexo, o mais versátil e engenhoso do universo conhecido”.

Então a partir daí e na evolução dos pacientes, percebi que cada qual desempenha o

movimento tentando que este seja realizado o melhor possível, repetindo de modo que

muitas vezes se torna monótono, porém está contido em suas possibilidades, e se

pudermos converter esta sessão em algo mais dinâmico e diretivo.

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Neste ponto, inserimos a utilização da bandagem funcional ou dinâmica no

processo de reabilitação.

É aí que surge a bandagem como recurso terapêutico, exercendo sua capacidade

primordial: o restabelecimento do ser humano funcional.

A bandagem pode ser aplicada com objetivos como: para amplitude de

movimento, alcance, preensão e soltura de um objeto, mobilidade articular que promove

rotação externa e interna, elevação, protração, flexão e extensão dos ombros, braços,

punho mãos e dedos, entre tantos outros que a máquina humana pode executar.

Logo o que por estar alterado, poderia pelo paciente ser considerado tosco, não o

é! É somente o ponto inicial de uma progressão contínua e assistida.

O sistema motor em seu funcionamento ideal

O sistema motor em seu funcionamento ideal, age em concordância com o

funcionamento de agonistas e antagonistas para que um equilibre e o outro dê suporte a

ação e desta forma seja possível a coordenação motora para a função plena, o que não é

apresentado por nossos pacientes.

Se um músculo estiver enfraquecido por longo tempo, os músculos anexos

modificam seu modo de funcionamento para suprir o trabalho do mais fraco, surgindo

assim o que chamamos de movimento não natural, ou movimento inadequado.

Quem já participou de algum dos cursos que ministro, deve se lembrar que sempre

enfatizo o seguinte: “apliquem o princípio sobre a função do músculo agonista e de seu

antagonista para obterem o equilíbrio do movimento”.

Este requisito é básico e primordial para que se obtenha o objetivo primordial que

é de modo geral alcançar a mobilidade para que ao final do processo de reabilitação se

chegue ao movimento mais elaborado ou o mais aprimorado possível dentro das

capacidades do paciente. Lembrando que esta capacidade geralmente está alterada pela

condição alterada, disfunção corporal e/ou patologia.

Um exemplo que fica muito claro são as condições alteradas dos membros

superiores, como as desencadeadas pela transição tecnológica vivenciada pelo ser

humano contemporâneo. O uso da tecnologia e principalmente dos dispositivos menores

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que “obrigam” o ser humano, inclusive muitas crianças a se adaptar a posturas

inadequadas que propiciam deformidades e disfunções e lesões funcionais por

extrapolarem no tempo de uso causando exagero na ativação de cervical, ombros, braços,

antebraços, punho, mão e dedos, levando a uma gama imensa de movimentos articulares

e musculares que são processados inadequadamente

A reabilitação de MMSS como outras terapias, deve considerar o paciente

globalmente, porém, definindo prioridades na conduta, dirigindo o tratamento para a

reabilitação funcional em suas atividades de vida diária e de vida prática.

Para tentar aliviar essa sobrecarga, será demonstrado por meio deste estudo,

técnicas que demonstram resultados percebidos na maioria das vezes de forma imediata,

e seguindo as recomendações, dando continuidade ao tratamento, se tornam efetivos e

eficazes, repercutindo positivamente nas nossas demandas funcionais, nas quais se

incluem naturalmente as Atividades de Vida Diária – AVDs para além de seu desempenho

ativo ou passivo.

Com a intenção de apresentar o Raciocínio Clínico TTF como um estudo a mais

sobre a bandagem funcional enquanto recurso terapêutico, analisaremos estas variantes

por meio de técnicas específicas que conjuntamente a outros procedimentos mantenham

o foco em reeducar, treinar ou desenvolver aptidões e habilidades dos membros

superiores.

Funcionalidade e movimento a base da saúde humana

Nesta perspectiva, o indicado é saber o que o indivíduo espera alcançar e o que

podemos fazer para facilitar a ação e assim utilizar esse conhecimento para aproximá-la

do novo ou não vivenciado, pois na maioria das vezes o novo, não é mais do que uma

variação do conhecido.

Raciocinando deste modo, as ações preventivas ou corretivas a propósito de os

desvios do desenvolvimento dependem do conhecimento acerca da continuação normal e

regular das aquisições motoras, que incidirá na base para a elaboração de propostas

adequadamente ajustadas à situação.

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Este estudo tem seu foco na aplicação de técnicas que facilitam e melhoram o uso

dos músculos e articulações, treinando, reeducando as estruturas para as funções estáticas

e dinâmicas.

Sensibilidade ao movimento

Algo que raras vezes é observado pelo terapeuta durante o período da reabilitação

física é a sensibilidade muscular, este termo utilizado por Gaiarsa 1997, repara que a

sensibilidade muscular, (diretamente ligada a propriocepção) é tão fina como nossos

movimentos mais finos. E se compara em precisão aos circuitos neuro motores mais

aprimorados, e complexos portanto, desempenhar um movimento único ou desempenhar

determinada função participativa no núcleo profissional ou familiar, requer mais que o

fazer, requer sentir o que se faz em sua mais ampla conceituação proprioceptiva, sensitiva

e afetiva.

Fazer por fazer não traz sentido e é muito menos efetivo para ser gravado em nosso

sistema nervoso.

Ainda segundo Gaiarsa 1997, “A propriocepção e a sensibilidade profunda não

existem primariamente para nos permitir sentir deformidades, trações ou outros esforços.

Existem primariamente para alimentar circuitos de retroalimentação auto reguladores,

capazes de manter o equilíbrio, a posição necessária, o enrijecimento corporal bem

distribuído, para que este ou aquele gesto ou movimento menor possam ser executados.

Apesar disso, é cuidadoso deter-se sobre as sensações provenientes dos movimentos e

posições que trazem uma gradual e interminável progressão em nossa capacidade de nos

movermos com precisão, graça, economia e fluência.

Motricidade e desenvolvimento do controle motor

De acordo com o Instituto Prioriti, podemos entender motricidade como a

capacidade que cada um de nós tem para tomar decisões e executarmos movimentos,

desde os mais simples até os mais complexos. (www.prioriti.com.br 18/01/21)

O desenvolvimento do controle motor pode ser entendido como uma alteração

contínua e sequencial no comportamento motor do indivíduo, que ocorre durante toda a

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vida e que resulta da interação entre peso, o meio ambiente e as atividades que precisam

ser aprendidas e realizadas. (www.prioriti.com.br 18/01/21)

Sempre que se compara o desenvolvimento padrão com o desenvolvimento que

não alcança este patamar, o terapeuta deve considerar seriamente os recursos terapêuticos

a serem adicionados para favorecer o progresso e melhor evolução no processo de

treinamento, reabilitação ou de aprendizado inicial.

Desse modo, um desenvolvimento motor adequado ou o mais próximo disso, é

prioritário para que a criança adquira autonomia nas AVDs e se relacione com outras

crianças.

Tendo em mente que a capacidade que nós seres humanos adquirimos durante

milhares de anos, para caminhar em postura bípede é considerada o ápice do controle

corporal dinâmico.

Obs. “Demos o tempo necessário para efetivar resultados positivos”.

Motricidade e sensibilidade

Segundo Perez, Casas e Bengoechea (1967, citado por Sanvito, 1996), a

motricidade e a sensibilidade são duas funções essenciais do sistema nervoso e tão

intimamente relacionadas entre si que constituem uma estreita unidade biológica, sendo

meramente artificial a separação entre sensibilidade ou inervação aferente e motricidade

ou inervação eferente. A sensibilidade geral não é patrimônio de órgãos nitidamente

localizados e se encontra disseminada por todas as partes do organismo. Considera-se a

sensibilidade proprioceptiva como aquela que se ocupa da posição do corpo no espaço e

de mudanças, através dos movimentos.

A postura é uma composição de todas as posições do corpo em um determinado

momento. É a posição estática assumida por qualquer parte do corpo, ou pelo corpo, em

geral, que exige esforço muscular.

Praxia

O termo praxia designa a capacidade para usar os membros e o corpo em tarefas

que exigem habilidade. A capacidade prática (o planejamento motor normal) compõe três

fases: Ideação: consiste em formar o conceito e em saber o que fazer; Planejamento

Page 17: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

16

motor: consiste em organizar a sequência dos movimentos que compõe a tarefa;

Execução: refere-se à realização do planejamento do movimento em sequência e fluente.

(Edmans et al., 2004).

A execução de determinado movimento exige um conjunto de comandos motores

o que determina a força, a direção e o momento oportuno para o movimento. Por exemplo,

o planejamento motor para estender o braço e pegar um objeto pode ser usado para:

alcançar e segurar um copo; um lápis ou ainda à mão de outro indivíduo.

Mobilidade articular e amplitude do movimento.

Mobilidade articular é a capacidade de realizar movimentos em certas articulações

com apropriada amplitude de movimento (Barbanti, 2003). É a qualidade física que

condiciona a capacidade funcional das articulações a movimentarem-se dentro dos limites

ideais de determinadas ações (Tubino 1984). A amplitude de movimento é o arco de

movimento através do qual passa uma articulação. A estrutura articular e a integridade

dos tecidos circunvizinhos determinam as direções e limites de movimento para uma

determinada articulação (Pedretti, 1996, Trombly, 1995).

Alongamento

O principal objetivo de um alongamento é conservar ou recuperar a capacidade da

amplitude de movimento. Pode ser muito diferente de uma pessoa para outra, segundo,

por exemplo: idade, o modo de vida, e eventuais patologias (traumatismos ou

reumatismos), entre outros.

Ele pode também variar muito em uma mesma pessoa, de uma articulação à outra,

ou simetricamente. (Calais-Germain, 1991).

Contração muscular

A contração muscular é um processo fisiológico característico das fibras

musculares que corresponde a capacidade de gerar tensão com a ajuda de um neurônio

motor. Existem quatro tipos de contração muscular, são elas:

Page 18: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

17

Contração reflexa: Ato involuntário de movimento realizado pelos músculos

somáticos voluntários.

Contração tônica: contração mantida mesmo quando o músculo está relaxado, esse

tipo de contração ajuda na manutenção da postura.

Contração isotônica: pode ser concêntrica e excêntrica. Concêntrica é o tipo de

contração muscular no qual os músculos encurtam durante a geração de força. Excêntrica

ocorre quando o músculo alonga enquanto está sob tensão, devido a uma força externa

maior que a gerada pelo músculo. O músculo age desacelerando o movimento de forma

controlada.

Contração isométrica: o músculo gera força sem alterar o seu comprimento, mas

com uma tensão maior do que o tônus muscular.

Motivação

A ocupação tem como alicerce a necessidade do homem em exercer suas

capacidades e atingir certo grau de desenvoltura pessoal e desembaraço no seu ambiente

(Reilly, 1962).

A ocupação é intrinsecamente motivante; as pessoas se ocupam por elas mesmas

– isto é, pela recompensa do aprendizado, do controle e do domínio de uma técnica

(Florey, 1969).

Como resultado de uma ocupação sadia, temos a satisfação que experimentamos

de nos descobrirmos capazes de atingir metas desejadas; isto é a base que nos motiva a

engajar na ocupação (Burke, 1977).

Quando a ocupação não é permitida ou está prejudicada, este sentimento de

competência é ameaçado. O interesse também serve de motivação para a ocupação. O

conhecimento dos interesses de uma pessoa é a chave para saber como ela é

individualmente motivada (Borys, 1974, Matsutsuyu, 1969).

Page 19: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

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AULA 2

A UTILIZAÇÃO DE BANDAGEM FUNCIONAL E DINÂMICA NA PRÁTICA

CLÍNICA DA REABILITAÇÃO DE MMSS

O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. No decorrer de milhões

de anos, pequenas variações individuais que conferiram vantagens para a sobrevivência e a

reprodução de seus portadores foram incorporadas aos genomas das gerações seguintes. Usamos

nosso corpo em desacordo com os fins para os quais foi selecionado. Para que servem braços e

pernas tão longos e musculosos no caso de um animal que não vai andar? Se a evolução nos

tivesse preparado para o mundo atual, poderíamos ter braços que apenas alcançassem o teclado

do computador, pernas de comprimento suficiente para acelerar e brecar o carro, e um traseiro

enorme para servir de acolchoado nas cadeiras incômodas. ("Corpo Vivo - Reeducação do

Movimento", de Ivaldo Bertazzo- 2011).

Como na realidade convivemos com as disfunções e condições alteradas o corpo humano,

vamos tratar agora de nosso foco de estudo.

Este estudo tem como princípio fundamental o raciocínio de que quanto menor o

percentual de tração, maior é o potencial sensorial desencadeado e maior a possibilidade

de percepção proprioceptiva, mobilidade e movimento.

CONSIDERAÇÕES GERAIS QUE ANTECEDEM A APLICAÇÃO DA BANDAGEM.

Enquanto profissionais que atuamos na reabilitação física, mais especificamente na

reabilitação de membro superior, devemos observar todas as possibilidades de atuação que

beneficiem nosso paciente, atualmente a utilização do TTF como recurso terapêutico vem

possibilitando o alcance de objetivos mais rapidamente e com resultados efetivos.

Restrições ao uso da bandagem funcional: Por ser um estudo recente, não se sabe

exatamente sobre possíveis contraindicações, no entanto, podemos citar algumas

contraindicações absolutas com base no conhecimento e experiência adquirida por

pesquisadores e profissionais que utilizam este recurso terapêutico e exercem esta pratica

há longa data.

Page 20: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

19

Pelo simples fato de a bandagem não ser estéril, não é aconselhável aplicá-

la diretamente sobre feridas abertas e sim ao redor delas;

Devido a possível pressão elástica que este recurso oferece, deve-se evitar

o uso em pacientes com graves comprometimentos circulatórios como trombose;

Nunca aplicar tração acima de 40% em idosos e bebês por mais que 3 dias

e quando aplicar tração observar atentamente a pele para que não ocorra formação de

bolhas e atentar para reações tópicas (alérgicas), se perceber reação alérgica retire a

bandagem e hidrate a pele. Nestes casos muitas vezes é suficiente trocar a marca do

produto.

Para traçar um plano de tratamento é necessário saber quais as funções básicas

oferecidas em pela bandagem funcional utilizada como recurso terapêutico e conhecer e

identificar as técnicas que o método Taping Terapêutico Funcional oferece.

O TTF cria uma abordagem completamente inovadora e altamente eficaz para

tratar as articulações, músculos, nervos, tendões e ligamentos, gânglios linfáticos

inclusive órgãos viscerais, o que é abordado nos demais módulos.

Preparo da pele no local que receberá a bandagem: A pele deve estar sempre limpa,

seca e livre de gordura. O local onde vai ser aplicada a bandagem funcional deve estar sem pregas,

pelos e feridas na região da aplicação.

Se necessário use um adstringente para remover qualquer oleosidade, a partir do momento

que se aplica, a bandagem vai lentamente aderindo.

As bases e pontos fixos da bandagem devem ser sempre colocadas sem tração.

Devemos evitar pregas e dobras na pele durante a aplicação.

A bandagem adere melhor quando é aquecida (atenção com a aplicação de calor).

É recomendável aplicá-la uma hora antes de praticar exercícios ou tomar banho.

Se sentir irritação cutânea como comichão, vermelhidão, irritação ou outros efeitos,

remover de imediato a bandagem e consultar o profissional de saúde que o acompanha.

Para evitar que a bandagem se descole, arredonde sempre as extremidades.

Durante o banho, não esfregar na direção oposta a que está aplicada a bandagem, para

que ela não se solte e para secar não esfregue, só apalpe a toalha suavemente.

Remoção do papel aderente para uso da bandagem funcional: Para remover o papel

aderente, segure a bandagem verticalmente e coloque a bandagem entre o dedo indicador e o

polegar na extremidade superior da bandagem e então, simplesmente role o seu dedo indicador

para baixo, para deslizar o papel aderente da bandagem.

Page 21: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

20

Inicialmente, enquanto estiver removendo a bandagem do papel aderente, retire somente

a parte necessária para iniciar a aplicação. Então, quando a aplicação da base estiver completa, o

profissional deve retirar o restante do papel aderente.

Obs. Não retirar depois de aderida, pois não se fixará adequadamente e será inutilizado,

o que torna o tratamento mais dispendioso. Qualquer contato com o adesivo acrílico irá diminuir

sua aderência, tente ter o mínimo contato possível com o adesivo.

Reações dérmicas: Existem três tipos mais comuns de reações dérmicas que podem

acontecer quando se utiliza bandagens aderidas a pele e que se manifestam como irritações na

pele, alergia, coceira.

Dermatite de contato: geralmente surge após aplicação de bandagem de algodão que

permanecem úmidas pois não são de secagem rápida.

Reações alérgicas: ocorrem em curto espaço de tempo, geralmente entre 15 e 30 minutos

após a aplicação. Causam irritação na pele, coceira, queimação, causam vermelhidão etc.

Irritação mecânica: ocorre por excesso de tração ou em casos onde já exista lesão

cutânea previa. Estas reações mecânicas ocorrem na forma de bolhas de tração, ou seja, a

aplicação inadequada, exagerada de tração na bandagem aderida sobre a pele, provoca por meio

do cisalhamento da pele.

Fonte: Acervo TTF.

As bolhas são a manifestação mais comum e podem surgir em pontos isolados, em geral

nas extremidades, apresenta inicialmente hipersensibilidade, ardência, queimação e/ou coceira.

Advertência ao paciente: Nunca deixe de adverti-lo quanto a possíveis reações dérmicas

e ensine-o a retirá-la na primeira sessão de aplicação da bandagem.

PRINCÍPIOS GERAIS DO TAPING TERAPÊUTICO FUNCIONAL

Este estudo tem como princípio fundamental o raciocínio de que quanto menor o

percentual de tração, maior é o potencial sensorial desencadeado e maior a possibilidade de

Page 22: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

21

percepção proprioceptiva. Quanto maior o percentual de tração aplicado, a possibilidade de

aumentar a resposta motora, ou seja, mais efeitos biomecânicos serão alcançados.

Fonte: Acervo TTF.

A aplicação das técnicas facilita e melhora o uso dos músculos e articulações reeducando

as estruturas para as funções estáticas e dinâmicas.

A bandagem Funcional utilizada como recurso terapêutico, cria uma abordagem

completamente inovadora e altamente eficaz para tratar as articulações, músculos, nervos,

gânglios e órgãos viscerais.

II. QUATRO PRINCIPAIS FUNÇÕES DA BANDAGEM FUNCIONAL

As funções determinantes para a utilização da bandagem funcional como recurso

terapêutico estão diretamente ligadas as técnicas que podem ser aplicadas. Desta forma saber

quais as principais funções é fundamental.

A) Estimulação proprioceptiva

O simples fato de ser um tecido aderido a pele proporciona a estimulação tátil e desta

forma conforme a técnica aplicada o SNC responde com respostas motoras aumentando a

sensação e a conscientização do movimento

B) Inibe a congestão de fluidos corporais

O corte Fan Tape é o mais indicado para esta finalidade, pois suas tiras finas promovem

melhor circulação linfática e sanguínea, reduzindo o excesso de calor e substâncias químicas no

tecido; e desta forma o incomodo e dor provocada por edemas e hematomas.

C) Ativa o sistema analgésico endógeno

O sistema inibidor espinal explica a influência da estimulação cutânea tátil no alívio da

dor por um mecanismo neural que se comporta como controlador da passagem dos impulsos

nervosos transmitidos até o Sistema Nervoso Central através da medula.

OBS. Esta afirmativa confirma que as aferências (inputs) corticais superiores podem

inibir os sinais de dor.

Page 23: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

22

D) Corrige problemas comuns nos músculos e articulações

Corrigem desalinhamentos causados por espasmos ou músculos encurtados;

Normalizam o tônus muscular e anormalidade das fáscias nas articulações;

Melhoram o alcance; ADM.

Aliviam a dor.

CARACTERÍSTICAS DE CADA TIPO DE BANDAGEM

Enquanto profissionais que atuam com a reabilitação física, devemos observar todas as

possibilidades de atuação que beneficiem nosso paciente, atualmente a utilização do TTF como

recurso terapêutico vem possibilitando o alcance de objetivos mais rapidamente e com resultados

efetivos.

Diferenciando os tipos de bandagem

- Bandagem rígida: diferente da funcional é projetada para imobilizar a área afetada

(músculos e articulações). Por esse motivo, várias camadas de bandagem são enroladas por cima

e ao redor da lesão.

Fonte: Acervo TTF.

- Bandagem Funcional: É baseada em uma filosofia diferente permitindo a liberdade de

movimento para permitir ao próprio corpo se recuperar biomecanicamente. Para garantir maior

liberdade de movimento, a bandagem deve ser aplicada sempre com base em estudos

aprofundados para que o uso ou não da tração seja, adequado, lembrando sempre que quanto

maior a tração menos movimento.

- Porosa, fina, 100% cotton;

- Não contém nenhum tipo de medicamento, portanto não se assemelha a emplastos

adesivos;

- É resistente a água permanece na pele por vários dias;

- Cola 100% acrílico sensível ao calor;

Page 24: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

23

- Expande apenas no sentido longitudinal;

- Espessura e peso idêntico ao da própria pele.

Fonte: Acervo TTF.

Bandagem funcional KIDS BABY PANDA: Esta bandagem foi produzida com fio de

algodão e apresenta as seguintes características:

Produzida com 97% algodão e 3% elastano (hipoalérgica);

Não possui princípios ativos medicamentosos;

Não é à prova-d’água e sim, resistente a água;

O adesivo a base de cola de acrilato eudérmico, é sensível ao calor.

Livre de látex apresenta alta tolerabilidade e pouca reação adversa; podendo

permanecer na pele do bebê e na criança por de 2 a 5 dias (na maioria das vezes 3 a

4 dias) desde que não apresente qualquer tipo de reação tópica, o que é possível em

qualquer tipo ou marca de bandagem.

Esta observação deve ser acompanhada com muita atenção, sob supervisão do

profissional ou cuidador responsável.

As propriedades da bandagem correspondem as da pele humana, por isso a maioria dos

pacientes aceita bem o tratamento sem apresentar reações tópicas. Pode ser mantida na pele

enquanto está apresentar-se saudável. Esta observação deve ser acompanhada com muita atenção,

sob supervisão do profissional ou cuidador responsável.

Fonte: Acervo TTF.

Bandagem funcional GENTLE e Punch Tape: A maior diferença é que o Punch tape

tem designer ímpar pois o tecido apresenta perfurações que facilitam a pele respirar evitando

reações tópicas em pessoas com pele muito sensível, bebês e idosos.

Page 25: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

24

Ambas apresentam características bem semelhantes que apresento a seguir:

São produzidas em algodão 100% (hipoalérgica), apresenta alta tolerabilidade e

pouca reação adversa.

Específica para pele muito delicada, pode ser aplicada em bebês e crianças.

Não possui princípios ativos medicamentosos.

É produzida com o tecido que correspondem a espessura da pele humana infantil, por isso

a maioria dos pacientes aceita bem o tratamento sem apresentar reações alérgicas.

Possui adesivo acrílico sensível ao calor,

Não é à prova-d’água e sim, resistente a água, podendo permanecer na pele do bebê

e na criança por de 1 a 3 dias (devido a aderência de sua cola ser menos forte).

Sempre que permanecer por mais de 3 dias e desde que não apresente qualquer tipo

de reação tópica observar atentamente a pele para que não ocorra formação de bolhas,

se perceber reação alérgica retire a bandagem imediatamente e hidrate a pele

deixando -a sem bandagem até que esteja recuperada. Nestes casos muitas vezes é

suficiente trocar a marca do produto.

Bandagem Gentle Punch Tape

Fonte: Acervo TTF.

Coban: É uma atadura elástica auto aderente que promove compressão controlada,

imobiliza e fixa curativos. Desempenho confiável que mantém compressão uniforme ao longo do

tempo em que está aplicada.

Adere sobre si mesma sem necessitar de grampos ou fitas adesivas.

A atadura elástica auto aderente Coban fornece uma compressão controlada,

imobiliza e fixa curativos e dispositivos, possui uma variedade de cores e não possui látex. Dessa

forma, você proporciona o cuidado necessário com segurança.

Não adere à pele, cabelo, roupas, lençóis ou campos

Conforma-se rapidamente aos contornos do corpo

Fácil de aplicar, reposicionar ou remover

Livre de látex, não provoca alergia.

Page 26: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

25

Pode ser lisa e discreta ou com estampas divertidas.

Fonte: Acervo TTF.

Bandagem dinâmica 4D: É um novo produto. Sua ação fisiológica tem como base o

conceito da elasticidade em quatro direções (4D) e com esta propriedade apresenta as seguintes

características

É produzido em material visco elástico,

Possui um adesivo forte, testado e classificado como não sensibilizante, não

irritante, não tóxico e látex free.

É termo ativável e cerca de 20% mais forte que outras bandagens, devido à alta

demanda das aplicações.

Possui tecido, técnica, indicações e propriedades elásticas diferenciada sas

demais bandagens funcionais.

Permite que pele respire e permaneça saudável.

A umidade evapora rapidamente o que permite que permaneça na pele por mais

tempo.

Pode absorver a carga presente no esforço durante a realização de uma atividade

funcional

Facilita o movimento proporcionando maior mobilidade.

Obs. Está classificada entre as mais suaves ao toque dentre todas as atualmente

encontradas no mercado.

Fonte: Acervo TTF.

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26

Se estirada em demasia, perde sua capacidade elástica na largura e ganha elasticidade

apenas no comprimento. Portanto deve ser aplicada apenas por quem já obteve o conhecimento

necessário para não causar danos a pele e/ou danos relativos a funcionalidade e a mobilidade das

estruturas musculo esqueléticas.

Também é utilizada para tratar dor pois o material do qual é constituído é suave e pode

massagear a região dolorosa durante todo o tempo no qual está aplicada promovendo o alívio da

dor.

É uma bandagem muito confortável porque é acetinada e muito agradável ao toque

permite a execução de movimentos sem nenhuma limitação.

Possui tecido, técnica, indicações e propriedades elásticas únicas como indicada a seguir.

Para esta técnica é importante lembrar que mediante as leis da física no que se trata de

alavancas e de força, quanto maior a distância entre as extremidades maior da bandagem, maior

será a força aplicada e quanto mais próximo as bases neutras menor a força de ação. Por isso as

técnicas cuja força será aplicada de modo lento e progressivo, o resultado biomecânico da

transmissão dos estímulos sensoriais em direção ao cérebro gera resistência e esta promovera a

ação contínua no sentido de efetivar resultados.

Indicações de uso de bandagem dinâmica 4 D.

Pode ser utilizada em várias condições musculoesqueléticas, neurológicas e esportivas.

Atua diminuindo a carga dos músculos e articulações e assim, alivia a dor e abrevia o tempo de

recuperação em lesões funcionais de ordem ortopédica, promove o ganho de função motora em

condições neurológicas leves e moderadas.

Esta bandagem apresenta estiramento nas quatro direções, o que permite movimento

amplo em músculos multiarticulares. Outra vantagem é a amplitude de movimento completa. Age

modulando a resistência e controlando movimentos involuntários como o tremor essencial

(Parkinson), e ao se realizar atividades minuciosas que exigem precisão.

Fonte: Acervo TTF.

Assiste o controle de força e a reeducação do movimento com resistência, reduz o trabalho

excêntrico dos músculos. O resultado dependendo sempre da técnica aplicada para cada objetivo.

Page 28: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

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Obs. Pode ser aplicada em peles sensíveis como a face, em bebês e inclusive em idosos,

sem prejuízo funcional e sem agredir a pele.

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AULA 3

PREPARANDO O MATERIAL

A preparação do material a ser utilizado é o primeiro passo para uma aplicação

bem feita e que promova os resultados esperados.

A seguir vamos demonstrar a utilização das réguas molde TTF, e os principais

cortes e como aplicá-los com base nas técnicas básicas.

A capacidade de divisão de forças, não quer dizer, percentual de tração. Ainda não

chegamos nesse requisito tão importante!

OS CORTES MAIS UTILIZADOS

A bandagem funcional pode ser cortada em formato de “I”, como um “X” ou como

um “Y”, dependendo do formato das estruturas musculares ou articulares e do objetivo a

ser tratado. Por último veremos corte “FAN Tape” utilizado quando se trata de reabsorção

de edemas e hematomas.

Técnica em “I”: A bandagem é cortada em formato de I com as extremidades

arredondadas.

É utilizado quando o objetivo terapêutico requer ação de um vetor de

força abrangente para ativação muscular, ou ainda para uma área que

requeira maior suporte articular.

Pode ser aplicado sempre que for necessário utilizar a capacidade das

fibras elásticas da bandagem conjuntamente em um único sentido,

porém, nem sempre na mesma direção.

A tração pode ser aplicada do centro para as extremidades, que devem

ser aplicadas sempre neutras.

Ou de uma extremidade até o a outra, sem tração.

Fonte: Acervo TTF.

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29

Obs. Os objetivos que diferenciam cada técnica, serão descritos nas próximas aulas.

Técnica em “Y”: É a bandagem que após ser medida no comprimento que será utilizada,

recebe uma fenda longitudinal, no meio.

Este corte é aplicado quando se necessidade de dividir a ação das fibras da

bandagem e sua capacidade elástica, em dois vetores de força.

Cortando a bandagem em duas abas se utiliza a capacidade elástica

direcionada da melhor forma de acordo com os objetivos terapêuticos

traçados.

É importante observar o formato do musculo, da direção do movimento

articular e o objetivo eleito para a técnica indicada.

As bases devem ser mantidas sempre neutras!

As duas abas devem ter o mesmo tamanho ao cortar e ao aplicar. Desta

forma se evita que a ação dos vetores de força seja desigual e seu efeito

prejudicial ao paciente.

Fonte: Acervo TTF.

Técnica em “X”: Tem as abas cortadas nas duas extremidades calculando-se a bandagem

dividida em três partes 1/3 ficará no centro sem sofrer corte e o centro permanece intacto.

O corte em “X” é aplicado quando é necessário a ação das fibras da

bandagem divididas em quatro abas em um mesmo sentido (horizontal,

vertical ou transversal).

Cada aba corresponde a 25% da ação da bandagem na direção definida

para que se alcance o objetivo traçado, podendo ser aplicada tração

apenas nas abas correspondentes ao déficit de forças, ou às fibras que

precisem ser ativadas.

Page 31: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

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O ponto central é neutro e cada aba segue a direção que o terapeuta

indicar para que se alcance p objetivo traçado.

As quatro abas devem ter o mesmo tamanho ao cortar e ao aplicar. Desta forma a

ação dos vetores de força será idêntica e o resultado da aplicação será positivo

sem prejudicar o paciente.

Fonte: Acervo TTF.

“FAN” TAPING: A bandagem recebe cortes longitudinais em forma de leque presas a

um único final com extremidades arredondadas.

O corte “Fan tape” é utilizado quando é necessário um toque suave e a

ação de cinco abas de 1cm para cobrir uma área lesionada ou

edemaciada.

Com a régua molde TTF, você pode medir o comprimento necessário

para cobrir um membro todo, apenas sequenciando a régua ao final de

cada marcação até medir o tamanho exato.

Cada aba representará 20% das fibras da bandagem, e sempre que

necessário a capacidade elástica da bandagem poderá ser aplicada

igualmente. As abas devem ter sempre o inicio e o final equivalente,

sem diferença no seu estiramento para que se evite que a ação dos

vetores de força sejam desiguais.

Fonte: Acervo TTF.

Page 32: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

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Obs. Para facilitar a aplicação da técnica: aderir primeiro as abas externas e a

central, para depois aderir as demais, dividindo igualmente os espaços entre elas.

É primordial arredondar as abas para que não se solte e descole rapidamente.

Técnica em “TREVO”: A bandagem será cortada em formato de quadrado ou retângulo

(depende da extensão do nódulo tensional) de modo que quando dobrada ao meio e

cortada em quatro partes o ponto central esteja intacto.

Esta técnica é a única que recebe tração nas quatro abas e no centro para que seja

possível aumentar a circulação e como resultado se consiga dissolver os nódulos

tensionais, triguer points, diminuindo a repercussão dolorosa dos pontos gatilho.

Fonte: Acervo TTF.

Por que esta técnica dissolve os nódulos musculares? "A rigidez dos

músculos causa dor porque na área contraída a circulação do sangue fica mais difícil e a

oxigenação dos tecidos é prejudicada, impedindo a eliminação de toxinas. Com a

aplicação deste alto percentual de tração, toda a irrigação periférica será guiada para o

centro e naturalmente distribuída por toda a área tratada de modo que o nódulo se

dissolva.

Page 33: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

32

Fonte: Acervo TTF.

Exemplo de aplicação: Os nódulos musculares, como também são chamados, são

pontos dentro dos músculos que podem ser dolorosos ao toque. O termo médico para essa

condição é ponto de gatilho miofascial — são formados quando as fibras musculares

ficam comprimidas e tensas. Esses pontos de gatilho são classificados como ativos ou

latentes. Os pontos de gatilhos ativos são aqueles cujo toque se torna impossível por conta

da dor. Já os latentes são identificados quando a dor é suportável ao tocá-los e pressioná-

los.

WEB TAPE: É recomendado quando precisamos que a tração receba suporte nas

extremidades da bandagem. É cortado com a bandagem depois de medida, é dobrada e o

corte realizado desde a dobra até 2 a 3 cm antes da extremidade que deve permanecer

intacta, pois sua função será sustentar os vetores de força aplicado as abas.

Fonte: Acervo TTF

SPIDER TAPE: É aplicado quando as abas exercem forças fracionadas. É cortada com

a bandagem depois de medida em seu tamanho ideal, recebe cortes desde as extremidades

até 3 a 4cm antes do meio que deverá ser mantido intacto, pois sustentará a tração dos

vetores de força aplicados nas abas depois de divididas em 3, 4 ou 5 abas, de acordo com

a estrutura a ser tratada.

Page 34: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

33

Fonte: Acervo TTF

DROP TAPE®: Esta técnica foi por mim desenvolvida a partir da necessidade de liberar

estruturas contraturadas e aderência cicatricial para que o deslizamento da pele e demais

tecidos possa ser satisfatório durante todo processo terapêutico possibilitando que a

irrigação e nutrição dos tecidos esteja fisiologicamente adequados. Outro objetivo para o

qual a técnica Drop Tape é muito eficaz são os casos de dor muscular, pois a massagem

promovida pela aplicação das técnicas possibilita a diminuição do tônus muscular por

meio da facilitação do trânsito de líquido intersticial e sangue no local.

Fonte: Acervo TTF.

Este corte ainda não é produzido na configuração necessária, para tanto deve-se

medir toda a área a ser trabalhada e formar as pregas ou dobras para que se possa

manusear a bandagem sobre a pele.

Como exemplo de utilização desta técnica pode -se considerar sua aplicação no

intra operatório e pós operatório de cirurgias reparadoras, eletivas de lesões musculares e

estéticas.

Page 35: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

34

É bem indicada para o tratamento da síndrome miofascial, também chamada de

síndrome dolorosa miofascial que é uma das causas mais comuns de dor

musculoesquelética e consiste em uma disfunção neuromuscular local que se caracteriza

por apresentar áreas sensíveis em ventres musculares tensas ou contraturadas que geram

dor em regiões afastadas ou circunvizinhas. Esta dor miofascial pode ser oriunda de um

único músculo ou pode abranger diversos músculos, levando a padrões distintos de dor.

Uma vez que os critérios de diagnóstico são clínicos e dependem do achado de

pontos-gatilho e de tensão, para o profissional que atua com pacientes neurológicos, é

necessário atenção especial do profissional para mensurar com que grau de mobilidade

tecidual se pode contar para que se inicie a aplicação das técnicas.

Antes de iniciar é preciso excluir a possível presença de moléstias associadas ou

afecções de base da síndrome dolorosa miofascial.

O princípio terapêutico da técnica Drop Tape é o massageamento suave e eficaz

das estruturas dérmicas e suas camadas que recebem o deslizamento das fibras de m odo

a evitar aderências quando aplicadas na etapa intra cirúrgica ou imediatamente após lesão,

sendo bem aplicada também nos casos em que já exista aderências e contraturas, pois o

deslizamento é provocado pela mobilização da bandagem que atuará inicialmente na

primeira camada e subsequentemente nas sequencialmente abaixo, atingindo inclusive o

liquido intersticial e regiões de edema.

DONUT TAPE: para preparar este corte, inicie por medir o comprimento e largura

adequado a estrutura que será tratada. Corte primeiro um “I” e dobre no ponto que for

encaixar ou aplicar. Se for tratar um dedo, dobre considerando os 2 a 3 cm de base e a

partir daí, corte um círculo exatamente sobre a dobra de modo que neste ponto, ao

desdobrar a bandagem fique um orifício proporcional ao diâmetro do dedo.

Segundo Kase (2013) se o furo ficar muito largo o elástico da bandagem retrai e o

resultado não será efetivo. Encaixe na região interdigital, sobre o local inflamado, ou

doloroso, com a técnica paper off (apenas aderindo a pele sem tração),

Este corte é ideal para tratamento de lesões articulares.

Page 36: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

35

Fonte: Acervo TTF

Cuidados com o material

Uma sugestão útil é que cada paciente tenha seu material

O terapeuta deve ter algumas opções de diferentes marcas para testar na pele do paciente

O produto que fica em ambiente quente pode perder a capacidade adesiva.

Cada paciente poderá ter seu material marcado com uma etiqueta nomeada assim que for

determinado o tipo de material adequado para o tipo de pele e objetivos traçados.

RÉGUAS MOLDE TTF

Estas réguas foram desenvolvidas com as perfurações que facilitam a marcação e o corte da

bandagem nos principais cortes. Todas apresentam os furinhos como referência para o corte em

relação as principais medidas de bandagem (5cm x 5m, 10cm x 5m) que se encontra no mercado

nacional e internacional. Quanto ao comprimento é só ir repetindo a medida da régua até alcançar

a medida ideal para seu paciente.

Fonte: Acervo TTF

A primeira régua demonstra o corte “Fan tape” para bandagens de 10cm de largura com

cinco abas de 2cm cada uma.

Page 37: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

36

A segunda régua demonstra o corte em “Y” para bandagens de 5cm de largura.

A terceira régua demonstra o corte em “X”, no qual a bandagem tem seu ponto central

intacto com aproximadamente 3cm.

A quarta régua demonstra o “Fan tape”. Este é um corte mais trabalhoso, pois requer a

divisão exata das abas, por dois motivos: Permite o efeito terapêutico igual na aplicação

de cada aba finalizando em uma aplicação esteticamente apresentável.

A quinta é a régua para corte da técnica trevo. Este é um corte específico para aumentar

a circulação sanguínea em pontos gatilho, tratando desta forma os triguer points. É a única

técnica que se aplica com tração total em todas as abas e no centro.

A sexta régua demonstra os cortes “Web tape e “Spider tape”, estes são cortes específicos

para que ocorra a divisão de forças entre as abas aderidas.

A UTILIZAÇÃO DE BANDAGENS EM AMBIENTE HOSPITALAR

O principal objetivo de um hospital é a prestação de serviços na área da saúde,

com qualidade, eficiência e eficácia.

Qualidade: Aplicação apropriada do conhecimento disponível, bem como da tecnologia,

no cuidado da saúde. Denota um grande espectro de características desejáveis de

cuidados, incluindo eficácia, eficiência, efetividade, equidade, aceitabilidade,

acessibilidade, adequação e qualidade técnico-científica.

Eficácia: A habilidade do cuidado, no seu máximo, para incrementar a saúde.

Eficiência: A habilidade de obter o máximo de saúde com um mínimo custo.

Efetividade: O grau no qual a atenção à saúde é realizada.

Isto não pode ser alcançado sem a administração efetiva de um programa de

prevenção de acidentes que proporcione condições ambientais seguras para o paciente e

para os profissionais que aí desenvolvem suas atividades de trabalho.

https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/seguranca_hosp.pdf

Nos países desenvolvidos, as bandagens são muito utilizadas em ambiente

hospitalar como recurso terapêutico. Eficaz e indolor, a bandagem pode ser aplicada em

pacientes cuja internação é prolongada e a ingestão de medicação é intensa, este recurso,

atende a diversos objetivos sem provocar reações adversas, e sem alterar fisicamente o

cotidiano do paciente.

Page 38: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

37

A bandagem funcional “trabalha” sozinha, atuando e demonstrando resultados

imediatos que para serem determinantes, dependem de procedimentos terapêuticos que

em conjunto robustecem os estímulos emitidos pela bandagem promovendo respostas

efetivas. Só não apresentando resultados significativos se a técnica não for

adequadamente analisada, indicada e aplicada. Estudos comprovam a eficácia deste

recurso terapêutico a partir destes resultados relatados.

Seguindo as normas de biossegurança relativas aos cuidados gerais e higienização dos

produtos, materiais, equipamentos, assim como com a assepsia dos profissionais que

adentram aos hospitais para prestarem serviços; seguimos lembrando que, por não ser um

material absolutamente asséptico desde sua produção até sua utilização no ambiente

hospitalar, o profissional responsável deve seguir as orientações abaixo sugeridas:

1. O primeiro cuidado que se deve ter é de higienizá-lo com álcool 70% assim que o

receber da importadora.

2. Dê preferência sempre para as bandagens que são comercializadas em embalagens

plásticas com tampas, estas se mantêm muito mais protegidas e você pode

armazenar as próximas bandagens que adquirir nestas mesmas embalagens

sempre que for atender um paciente no hospital ou seja, fora de seu ambiente

normal de trabalho.

3. Mantê-lo em local fechado, fora do contato com calor e protegido de

contaminação hospitalar.

4. Abrir o invólucro da bandagem somente dentro do ambiente hospitalar é também

uma medida de biossegurança importante. O rolo de bandagem entra no ambiente

hospitalar lacrado e não deve mais ser retirado de lá até que termine.

5. Lembre-se que o ar do ambiente externo pode contaminar o invólucro assim como

a bandagem se esta já estiver fora de sua embalagem original.

6. Após ter aberto a bandagem dentro do ambiente hospitalar não a retire do local,

principalmente se for utilizá-lo na UTI, em qualquer outro setor, observe as

recomendações particulares de cada área de atendimento.

7. Assim que terminar de utilizar, envolva-o em plástico filme, e deixe protegido da

luz e do calor, pois pode danificar sua capacidade adesiva e ser contaminado pelo

Page 39: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

38

próprio ambiente e pessoas, que trabalhem na UTI, Centro cirúrgico etc. dentro

do hospital, clínica ou ambulatório.

8. A assepsia das mãos, tesoura, goniômetro, fita métrica etc. assim como os demais

instrumentos a serem utilizados devem ser igualmente higienizados e em setores,

como o das doenças infecto contagiosas, utilize máscara e luvas sempre que

necessário.

9. É possível trabalhar utilizando luvas sem qualquer prejuízo para ambas as partes.

10. Se na equipe houver profissionais sem esta formação, este deve ser orientado

sobre o que é a bandagem funcional, quais são os objetivos terapêuticos a serem

alcançados e quais os cuidados a serem tomados durante os demais procedimentos

e terapias necessários a cada paciente. A aplicação e retirada da bandagem, de

modo adequado prevenindo assim, que haja contaminação, episódios de lesão na

pele, incômodos etc.

11. Deve também observar principalmente lesões pré-existentes, acessos venosos,

ostomias, sondas, drenos e demais apêndices, avaliação da condição física do

paciente, cognição (devido a necessária observação das reações globais e tópicas),

observação das posturas e posicionamentos possíveis para manipulação do

paciente.

12. Para que seu emprego seja seguro, é necessário que toda a equipe seja instruída

com relação ao que é a bandagem funcional, quais são os objetivos terapêuticos a

serem alcançados, cuidados durante a aplicação e retirada da bandagem de modo

adequado prevenindo assim, que haja contaminação, episódios de lesão na pele,

incômodos etc.

“A bandagem deve ser aplicada apenas por profissionais capacitados para essa função,

pois para cada objetivo, haverá uma técnica adequada e uma forma de aplicação

específica”.

Em outros ambientes: Em atendimentos domiciliares e consultórios, os cuidados devem

ser os mesmos acima citados, porém uma sugestão bastante útil é que cada paciente tenha

seu material.

Page 40: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

39

O terapeuta deve ter sempre mais de uma marca e tipo de bandagem em seu acervo de

materiais e produtos, só assim, poderá ir testando e observando resultados até que se

defina qual será o mais indicado para a obtenção dos resultados esperados.

Diferentes produtos demonstraram diferentes reações da pele quando em contato

com a bandagem, e efeitos relativos ao potencial elástico que cada marca apresenta em

sua composição.

A bandagem deve permanecer em lugar fresco e seco, sem contato direto com sol e calor.

Da mesma forma que as demais abordagens terapêuticas, seja em consultório,

hospital, domicílio, ou qualquer outro local, deve-se iniciar com anamnese completa,

avaliação visual e inspeção da região a ser tratada. observando espessura da pele,

hidratação, lesões pré-existentes, avaliação da condição física do paciente, cognição

(devido a necessária observação das reações globais e tópicas), observação das posturas

e posicionamentos possíveis para manipulação do paciente. Observar reações alérgicas,

o que pode exigir um produto com características diferentes.

Para que se alcance a eficácia no tratamento, a propedêutica deve estar clara e alguns itens

devem ser observados. A seguir trataremos do item “a bandagem funcional como recurso

terapêutico”

ORIENTAÇÃO IMPORTANTE AO PROFISSIONAL

Oriente seu paciente e tire todas as dúvidas antes de dispensá-lo para casa com a

bandagem aplicada.

Ensine a retirá-la caso sinta algum desses desconfortos. Caso qualquer destas

alterações aconteça, retire imediatamente a bandagem.

Em geral pessoas de pele muito clara, bebês e idosos, estão mais sujeitas a apresentar

alterações dermatológicas.

As reações alérgicas são raras, mas podem surgir e geralmente se manifestam entre

15 a 30 minutos após a aplicação.

Page 41: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

40

AULA 4

De modo resumido e simplificado para que você possa iniciar seu trabalho, sem

medo de errar, conheça as duas técnicas básicas:

TÉCNICAS BÁSICAS

O uso da bandagem como recurso terapêutico requer conhecimento sobre

neurologia, cinesiologia, biomecânica e anatomia, principalmente a anatomia para o

movimento, pois todas estas áreas estão diretamente envolvidas desde a emissão e

recepção do estímulo sensorial, comando e desencadeamento de resposta motora.

O uso e modo de aplicação serão determinados após anamnese completa, exame

clínico, avaliação funcional, observação de exames e diagnóstico por imagem.

Uma breve pincelada no que diz respeito a biomecânica.

Esta é uma ciência multidisciplinar que estuda os movimentos humanos a partir

dos estudos em anatomia, fisiologia e mecânica, sendo responsável pela investigação e

análise física dos sistemas biológicos, compreendendo assim os efeitos das forças

mecânicas exercidas sobre o corpo humano, sendo em movimentos de trabalho, esporte

ou mesmo diários.

As fixações musculares são descritas como origem e inserção.

A origem geralmente é a extremidade proximal do músculo e que permanece fixa

durante a contração, ou seja, é a extremidade presa ao osso que não se desloca (ponto

fixo) durante a realização de um movimento.

A inserção é a extremidade distal do músculo que se movimenta durante a

contração, ou seja, é a extremidade presa ao osso que se desloca (ponto móvel).

Muito simples e muito importante lembrar sempre esses conceitos.

1ª TÉCNICA – NO STRETCH – PAPER OFF

Como aplicar: A bandagem funcional deve ser aplicada no sentido da INSERÇÃO para

a ORIGEM e é aplicada SEM tração.

A bandagem deve ser aplicada no trajeto ou ao redor da dor evitando feridas abertas e

cortes.

Page 42: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

41

Não utilizar tração e lembrar o princípio básico de sempre esticar a pele, ou seja, a

estrutura que necessita de tratamento deve estar alongada na medida do possível antes da

aplicação. Este princípio deve ser rigorosamente observado.

Fonte: Acervo TTF.

A técnica NO stretch visa promover no indivíduo, movimento suficiente, a fim de

permitir que o sistema muscular do corpo possa curar-se biomecanicamente.

Objetivos:

1. Tratar especificamente a dor.

2. Previne câimbras ou excesso de contração muscular em músculos hiper utilizados

3. Trata estruturas musculo esqueléticas com danos agudos.

Após a aplicação da bandagem na pele formará circunvoluções permitindo que o

fluxo de líquidos linfáticos e do sangue melhore retomando o trânsito circulatório

adequadamente enquanto a pele e os músculos voltam à sua posição natural.

Paralelamente, também ocorre à estimulação proprioceptiva trabalhando no sentido

contrário da contração ajudando a relaxar o músculo contraído.

TEORIA DAS COMPORTAS OU PORTÃO DE DOR

O incrível efeito sobre a dor pode ser atribuído, ao efeito de elevação o “Gate

control theory” (teoria das comportas), que sugere: “o estímulo aos “mecanoreceptores”

(nervos responsáveis por transmitir a sensação do toque) pode inibir a transmissão de

sinais de dor”.

Page 43: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

42

PERCEPÇÃO DA DOR: Quando falamos de percepção da dor nociceptiva tudo começa

com um estímulo suficientemente forte de origem térmica, mecânica ou química em

contato com as estruturas orgânicas do corpo.

As estruturas ósseas, musculares, articulares, fasciais e viscerais são inervadas por

diversas fibras sensitivas entre elas, as que conduzem estímulos de intensidade mais

elevadas (fibras nociceptivas). Existem dois tipos de fibras nociceptivas: A delta e C.

Funcionalmente elas se diferenciam quanto à velocidade da transmissão do impulso

nervoso. As A delta são mais rápidas e por isso tendem a levar os impulsos nociceptivos

das dores agudas e fisiológicas (responsáveis pelo sinal de alerta para que possamos

impedir a persistência do estímulo que está sensibilizando). As fibras C são lentas e

responsáveis por conduzir impulsos nociceptivos que estão presentes há um longo tempo

e que estão associadas muitas vezes, com diferentes tipos de estímulos simultaneamente

(dor crônica).

Nocicepção é o conjunto das percepções de dor que somos capazes de distinguir.

Quando falamos de percepção da dor nociceptiva, entende-se que tudo começa com um

estímulo suficientemente forte de origem térmica, mecânica ou química em contato com

as estruturas orgânicas do corpo.

Receptores sensitivos encontrados na pele: Terminações Nervosas Livres: são

encontradas em todos os tecidos conjuntivos. São mielinizadas ou amielínicas, mas

sempre de diâmetro pequeno e baixa velocidade de condução.

Além da duração e da amplitude dos estímulos nociceptivos sobre as estruturas

corporais, a quantidade dos estímulos sensitivos e proprioceptivos, pode modificar a

intensidade da dor. Sabendo disso podemos intervir de variadas formas nestas etapas da

percepção da dor para reduzir essa experiência desagradável. Assim como, essas etapas

estão influenciando a intensidade da dor ao longo do dia dos doentes crônicos.

A fibra sensitiva e proprioceptiva (A alfa e A beta) ao chegarem ao corno posterior

da medula faz sinapse com um Inter neurônio que a fibra C também faz. Esta chegada

dos estímulos das fibras mais grossas neste Inter neurônio dificulta a passagem do

estímulo nociceptivo para os centros mais superiores.

A seguir atentem para o esquema resumido dos receptores sensitivos encontrados na pele.

Neste mesmo local da medula espinal, ocorre mais uma modulação (redução ou

amplificação) do estímulo nociceptivo devido à liberação de substâncias por neurônios

eferentes que partiram de centros mais superiores como sistema límbico e tronco

Page 44: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

43

encefálico por exemplo. Portanto, dependendo de como a pessoa está emocionalmente

pode aumentar ou reduzir a sensação de dor.

ESQUEMA RESUMIDO DOS RECEPTORES SENSITIVOS ENCONTRADOS NA PELE

RECEPTORES

DE

SUPERFÍCIE

SENSAÇÃO

PERCEBIDA MECANOCEPTORES TERMOCEPTORES NOCICEPTORES

Receptores de

Ruffini Calor

Adaptação lenta

Discos de Merkel Tato e pressão

Receptores de

Vater-Paccini Pressão

Adaptação rápida

Terminação em paliçada Frio e calor

Dor, desconforto e

irritação da pele. Receptores de

Meissner Tato

Terminações

nervosas livres

Principalmente

dor

Após a informação nociceptiva percorrer toda a medula espinal, chega ao tálamo

pelo trato espinotalâmico e neste momento faz nova sinapse para chegar ao córtex e tornar

consciente a sensação de dor. Após a consciência, esta sensação será associada com

diferentes experiências já armazenadas no cérebro e pode assim reduzir ou amplificar a

dor por liberação de neurotransmissores específicos ao longo do percurso nociceptivo.

Sabendo que as fibras nociceptivas chegam a diferentes regiões do encéfalo, a dor

pode ser influenciada e influenciar todas as funções destas estruturas. Por isso que um

doente crônico tem alterações no sono, apetite, humor, movimento entre outras. Assim

como nossos sistemas inter-relacionam entre si, a intervenção, principalmente em doentes

crônicos, E por isso que o trabalho também deve ser realizado por vários profissionais

que preferencialmente interagem entre si assim como nossos sistemas interagem uns com

os outros.

Relembrar teoria do Gate Control nos permite compreender o incrível resultado

da ação do Taping Terapêutico Funcional® em relação a dor pode ser atribuído, ao efeito

de elevação, ou seja, a formação das circunvoluções na pele provenientes da aplicação,

originando fisiologicamente estímulos incessantes aos “mecanoceptores” (nervos

responsáveis por transmitir a sensação do toque) pode desencadeando o processo de

inibição da transmissão de sinais de dor e em contrapartida gerando a sensação de alivio.

Page 45: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

44

Resumo sobre a fisiologia da analgesia com o uso da bandagem funcional: O incrível

efeito sobre a dor pode ser atribuído, ao efeito que as circunvoluções promovem elevando a pele,

o que sugere a seguinte conclusão: “o estímulo aos mecanoceptores (nervos responsáveis por

transmitir a sensação do toque) pode inibir a transmissão de sinais de dor”.

A supressão da dor é resultado da pressão exercida nos receptores sensoriais ou

neuroceptores e nos mecanoceptores e, é aliviada através das ondulações que a bandagem

promove, elevando a pele. O alívio da dor, permite melhor desempenho nas atividades da vida

diária, nas atividades esportivas e nos demais procedimentos terapêuticos necessários.

O alívio da dor pode então ser atribuído, ao estímulo emitido ininterruptamente aos

“mecanoceptores” que são os nervos responsáveis por transmitir a sensação do toque e inibe a

transmissão do estímulo doloroso.

Segundo Guyton, temos os mecanorreceptorses distinguem diferentes estimulos devido a

sua sensibilidade diferenciada, pois ao mesmo tempo que se excita com coisas, é altamente

sensível para outros estimulos. E os Nociceptores, são os receptores de dor; seja ela de origem

fisica ou quimica.

Estes são os que mais nos interessam.

2ª TÉCNICA – ALL STRETCH

A bandagem funcional deve ser aplicada da ORIGEM para a INSERÇÃO com TRAÇÃO.

A bandagem funcional apoia a contração tracionando e estimulando a pele e músculo de

volta para o ponto de origem.

Inicialmente aplique NÃO MAIS QUE UMA LEVE TRAÇÃO (aprox. 15%), para

estimular e ajudar a contração do músculo enquanto está sendo utilizado.

As articulações ou ligamentos danificados são incapazes de funcionar normalmente e

contam com a bandagem funcional tracionada para promover a correção estrutural e dar suporte.

Fonte: Acervo TTF.

Page 46: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

45

Objetivos:

1. Correção postural

2. Problemas crônicos

3. Músculos agudamente enfraquecidos

4. Necessidade de suporte articular para aumento de ADM.

Em casos nos quais articulações e ligamentos tiverem sido afetados, a bandagem

funcional deve ser aplicada com até 75% a no máximo 80% de tração, mantendo uma posição

funcional nas articulações durante a aplicação.

A tração deve ser aumentada gradativamente até que se necessário se aplique toda a

capacidade elástica da bandagem para “sustentar”, ou seja, dar “suporte” a estrutura

posicionando-a adequadamente enquanto adquire fortalecimento muscular para que seu efeito

seja efetivo.

III. TRACIONAR OU NÃO TRACIONAR A BANDAGEM?

Após o estudo acima, conclui-se que você pode aplicar a bandagem com pouca ou

nenhuma tensão, ou utilizando o percentual de tração satisfatório para alcançar seu objetivo.

Devem ser tomadas precauções para evitar forças de cisalhamento (tipo de Tração gerado

por forças aplicadas em sentidos opostos, porém em direções semelhantes) lateral particularmente

em idosos ou indivíduos que têm doença sistêmica, sensível e / ou de tecido traumatizado.

Segundo Kase (2003), o grau máximo de tração que a bandagem funcional pode atingir

chega entre 40 e 60% de alongamento longitudinal em repouso, tendo espessura e textura similar

às da pele. Não apresenta elasticidade no sentido transversal.

A classificação da tensão é dividida na seguinte proporção:

Sem papel 10% ou 15% de tensão = normotensão ou sem tensão.

Entre 15% e 25% = tensão leve.

25% a 50% = moderada.

50% a 75% = rígida.

75% a 100/140% = Total

Obs. Atenção para esta observação: Quanto maior a tração menor a mobilidade das

estruturas musculo esqueléticas envolvidas, portanto, menor o movimento.

Page 47: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

46

AULA 5

AVALIAÇÕES PARA MMSS

Como todo tratamento, a utilização da bandagem funcional como recurso

terapêutico é iniciada pela anamnese e diversas avaliações.

Fonte: Acervo TTF

1º passo: Itens básicos para iniciar uma anamnese e realizar as avaliações básicas.

Avaliação clínica: É iniciada por uma anamnese. O paciente é questionado sobre

a sua condição pregressa, sobre o momento e a natureza da lesão ou disfunção de MMSS.

Inquirir o paciente sobre tratamentos anteriormente realizados, sobre o fato ou condição

que levou ao distúrbio atual.

Avaliação visual: É realizada por meio da observação de ferimentos, cicatrizes,

edema, deformidades, perda de força muscular, condições das estruturas do sistema

tegumentar (pele extremamente seca, diminuição das pregas cutâneas, sudorese

excessiva, unhas quebradiças, polpa dos dedos atróficas (aspecto de ponta de lápis) etc.),

circulação indicada pela cor da pele, (pálida, cianótica, hiperemiada).

Teste Sensitivo:

É medida por meio da avaliação realizada com monofilamentos, estesiômetro.

A sensibilidade é uma das mais importantes; uma mão sem sensibilidade é ineficaz

mesmo quando as funções musculares e articulares não apresentam déficits.

Fonte: Acervo TTF

Page 48: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

47

As funções de coordenação dependem de um mecanismo sensorial periférico intacto de

modo a conduzir e controlar esta atividade motora.

Um diagrama simples da mão descrevendo a região palmar e dorsal pode ser

utilizado para registrar o edema, comprometimento sensorial, cicatrizes, localização de

neuroma ou amputação etc.

Avaliação Tátil: Por meio desta avaliação se pode detectar o aumento da

temperatura, que pode indicar infecção ou a diminuição dela que pode sugerir má

circulação ou lesão nervosa.

A condição da cicatriz, se esta é móvel ou aderida, hipertrófica ou plana.

Obs. Avaliar padrões característicos da patologia ou condição física, avaliação muscular,

avaliação de mobilidade articular, avaliação postural, avaliar a qualidade da pele, avaliar

postura ortostática dinâmica e estática, avaliação funcional da mão e tipos de preensão.

Sabendo que os pés nos dão toda sustentação e equilíbrio para nos mantermos

eretos, avaliá-los pode ajudar tanto na reprogramação postural como fator preventivo,

quanto auxiliar no tratamento de patologias que afetam os pés, como é o caso do diabetes

e de outras patologias que afetam a marcha e o equilíbrio em postura estática e dinâmica.

Favorecer o equilíbrio global afeta diretamente a utilização dos membros superiores

durante a realização de Atividades de vida diria e funcionalidade geral.

Fonte: Acervo TTF

A técnica de mapeamento plantar está incluída nos módulos Ortotaping,

NeuroTaping e Taping Kids.

Page 49: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

48

As funções de coordenação dependem de um mecanismo sensorial periférico

intacto de modo a conduzir e controlar esta atividade motora.

Fonte: Rock Tape – FMT

Um diagrama simples da pisada descrevendo a região com maior e menor

descarga de peso pode ser utilizado para registro inicial. Pontos de edema,

comprometimento sensorial, cicatrizes, localização de neuroma ou amputação etc.

Fonte: Acervo TTF

Para o tratamento da dor muscular, é ineficaz se a pele é esticada. Este processo

de aplicação em particular utilizado para situações agudas, como a tensão ou entorse,

espasmo muscular e edema de lesões ou procedimentos cirúrgicos. Com a contração

das fibras musculares, a bandagem atuará possibilitando o relaxamento do músculo.

Após as avaliações necessárias a todo início de tratamento, os itens abaixo

citados serão o ponto de partida para a definição da técnica a ser aplicada. Observando

e respondendo a eles você poderá ter esta definição mais rápida e acertadamente.

1. Qual a limitação do paciente? Dificuldade funcional.

2. Quais as compensações posturais observadas?

Page 50: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

49

3. Observe o movimento em relação a linha média do corpo.

4. Qual estrutura será tratada?

5. Localize a estrutura, sua origem e sua inserção.

6. Observe qual o formato do musculo?

7. Em relação a função articular, qual a articulação mais importante para

realização do movimento? Que estruturas anexas trabalham conjuntamente

para esta função?

8. Existe comprometimento neural?

9. Com base na biomecânica e cinesiologia; o paciente apresenta condições de

recuperação destas estruturas?

10. Com base na qualidade postural; como posso melhorar a circulação? Edema?

tônus?

11. Qual o objetivo principal?

12. Quais os objetivos secundários?

13. Agora recorde as duas técnicas básicas e imagine-as aplicadas em seu

paciente. Qual delas permitirá o alcance do objetivo terapêutico traçado?

( ) inserção para origem? ( ) Origem para inserção?

Fonte: Acervo TTF

14. Qual a principal limitação do paciente?

15. Esta limitação pode ser considerada uma dificuldade funcional?

16. Quais as compensações posturais observadas?

17. Observe como o movimento é realizado em relação a linha média do corpo.

18. Dentre todas as estruturas envolvidas no movimento ou função, qual estrutura

será tratada inicialmente?

19. Localize a estrutura, sua origem e sua inserção.

20. Observe: Qual o formato do musculo? Qual a direção das fibras musculares?

Page 51: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

50

21. Em relação a função articular, qual a estrutura mais importante para realização

do movimento? Que estruturas anexas trabalham conjuntamente para esta

função?

22. Existe comprometimento neural?

23. Com base na biomecânica e cinesiologia; o paciente apresenta condições de

recuperação destas estruturas?

24. Com base na qualidade postural; como posso melhorar a circulação? Edema?

tônus?

25. Qual o objetivo principal?

26. Quais os objetivos secundários?

27. Agora recorde as duas técnicas básicas e imagine-as aplicadas em seu

paciente. Qual delas permitirá o alcance do objetivo terapêutico traças?

( ) inserção para origem? ( ) Origem para inserção?

( ) aplicando tração ( ) sem tração

O profissional que entender o conceito e dominar as técnicas básicas poderá

estender seu uso, nas demais estruturas do corpo obtendo os resultados desejados e

desenvolvendo o raciocínio terapêutico que o respaldará seu trabalho possibilitando a

combinação de diferentes técnicas.

Analise as imagens a seguir e descreva as alterações posturais percebidas.

Durante o processo terapêutico se observa incessantemente as posturas do

paciente desde o momento no qual ele adentra a sala de atendimento.

Analise as compensações, reações associadas, postura global e segmentada e

força.

Muitos pacientes apresentam necessidade de utilizar estruturas anexas para a

realização das atividades terapêuticas durante a sessão e em seu contexto doméstico. Para

esta finalidade é possível amparar o paciente com as técnicas mais adequadas utilizando

a bandagem funcional para dar suporte e sustentar o movimento para que em sua rotina

fora dos atendimentos ele perceba a ação desta estimulação externa proveniente da

bandagem.

Page 52: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

51

Fonte: Acervo TTF.

Observe os casos e observe as alterações posturais posteriores a aplicação de

bandagem aplicando o raciocínio clínico Taping Terapêutico e Funcional e associe com

pacientes que você já atendeu ou atende:

Fonte: Acervo TTF.

O profissional que entender o conceito e dominar as técnicas básicas poderá

estender seu uso, nas demais estruturas do corpo obtendo os resultados desejados e

desenvolvendo o raciocínio terapêutico que o respaldará seu trabalho possibilitando a

combinação de diferentes técnicas.

Page 53: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

52

BREVE RESUMO DAS DUAS TECNICAS INICIAIS

1ª TÉCNICA PAPER OFF – NO STRETCH

INSERÇÃO PARA ORIGEM | SEM TRAÇÃO

OBJETIVOS

1. ANALGESIA

2. RELAXAMENTO | PREVINE CÃIMBRAS

E O EXCESSO DE CONTRAÇÃO

MUSCULAR

3. NORMALIZA O TONUS MUSCULAR

2ª TÉCNICA ALL STRETCH

ORIGEM PARA INSERÇÃO | COM TRAÇÃO

OBJETIVOS

1. SUPORTE ARTICULAR

2. ATIVAÇÃO MUSCULAR

3. AUMENTO DE TÔNUS MUSCULAR

Sendo assim, raciocínio terapêutico é essencial!

2º passo: Plano de tratamento

Pontuar objetivos imediatos, a médio e longo prazo

Page 54: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

53 @claudiaantello.to | +55 (67) 9 8407 9989 | (67) 9 9271 4136

Considerar o objetivo que trouxe o paciente até você principalmente se ele

estiver entre os objetivos terapêuticos traçados inicialmente

Reavaliação funcional mensal

Realizar todas as avaliações a cada trimestre / semestre

Orientação a família e ao cuidador

Com base no estudo teórico responda essas questões sempre antes de iniciar seu

raciocínio.

Lembre se sempre que...

1. Um mesmo corte da bandagem pode ser aplicado de acordo com o objetivo

terapêutico, ou seja, com objetivos diferentes.

Fonte: Acervo TTF.

Qual das duas imagens promove relaxamento muscular?

R.____________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Page 55: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

54 @claudiaantello.to | +55 (67) 9 8407 9989 | (67) 9 9271 4136

Qual a causa mais comum que pode provocar reações tópicas?

Fonte: Acervo TTF.

R.____________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

O método Taping Terapêutico Funcional foi desenvolvido para ser aplicado de

acordo com a necessidade de movimento e de correção postural apresentada pelo

paciente.

Abre-se a cada estudo, uma gama imensa de possibilidades terapêuticas

continuamente ampliadas e desenvolvidas a partir do estudo pormenorizado de

características, sintomas e causas, para que agindo em conjunto com os demais recursos

terapêuticos se possa potencializar o fazer de crianças, jovens e adultos com disfunções

neurológicas, ortopédica, reumáticas entre outras.

Considerando que a funcionalidade e o movimento são a base da saúde humana,

nesta perspectiva, o indicado é saber o que o indivíduo espera alcançar e o que podemos

fazer para facilitar a ação e assim utilizar esse conhecimento para aproximá-la do novo

ou não vivenciado, pois na maioria das vezes o novo, não é mais do que uma variação do

conhecido.

Deste modo, as ações preventivas ou corretivas a propósito de os desvios do

desenvolvimento dependem do conhecimento acerca da continuação normal e regular das

aquisições motoras, que incidirá na base para a elaboração de propostas adequadamente

ajustadas à situação.

Page 56: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

55 @claudiaantello.to | +55 (67) 9 8407 9989 | (67) 9 9271 4136

Para as diferentes formas terapêuticas, é de fundamental importância o

entendimento deste funcionamento integrado a fim de proporcionar melhor qualidade e

relação com a vida cotidiana.

Este curso tem seu foco no uso de técnicas que facilitem e melhorem o uso dos

músculos e articulações reeducando as estruturas para as funções estáticas e dinâmicas.

Neste estudo algumas estruturas serão observadas e tratadas com maior enfoque

devido a maior incidência na população atual. Os aspectos biomecânicos, e funcionais

serão abordados buscando demandar respostas para questionamentos e condições mais

comuns.

O paciente deve ser estimulado a realizar atividades funcionais, assim que for

considerado seguro. As atividades leves e de autocuidado, nas quais não se utilize

resistência podem ser reiniciadas assim que o processo de restauração da função manual

esteja satisfatório.

A função básica da mão consiste na preensão, de forma correta, dos vários objetos

nas atividades quotidianas. Contudo, o movimento do agarrar, por si só, tem pouca valia

se a capacidade de mantê-lo sofrer algum tipo de disfunção.

As atividades funcionais requerem que a mão alcance os objetos desejados e para

tal é necessário:

Estabilidade suficiente para suportar de forma adequada o braço durante o

movimento;

Amplitude de movimento adequada em todas as articulações proximais do

braço;

Força muscular adequada, particularmente nos grupos extensores para

manter a posição e realizar o movimento.

Melhora imediata no padrão flexor da mão de uma criança hemiplégica.

Padrões de preensão: A preensão consiste na principal função da mão. A pinça da

mão humana adquire-se, principalmente, com a habilidade de segurar os objetos entre o

polegar e o indicador. Esta posição permite atividades de destreza.

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Fonte: Acervo TTF.

A Preensão global: Neste tipo de preensão, a palma da mão serve de plataforma

oposta dos dedos fletidos. É utilizada, normalmente, para carregar objetos mais pesados.

Um dos aspectos mais intrigantes do Taping é acrescentar novas possibilidades

nas aplicações de modo que possamos reajustar essas combinações sempre que

necessário, com base nas técnicas básicas que são ímpares em suas finalidades e

desafiantes em suas combinações possíveis.

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AULA 5

A partir de agora vamos tratar da compreensão dos casos, da indicação do corte e e do

resultado alcançado.

ESTUDOS DE CASOS REAIS

Para melhor ilustrar técnicas e resultados, vamos analisar as imagens a seguir

tentando associar com pacientes e casos conhecidos.

Deltoide: É um músculo largo que forma o contorno arredondado do ombro. Por

causa das diferentes posições de suas fibras, a parte anterior e posterior tem ações que são

antagônicas entre si.

ORIGEM: Clavícula, acrômio e espinha da escapula.

INSERÇÃO: Tuberosidade deltoidea.

INERVAÇÃO: Nervo Axilar

AÇÃO: Se o músculo inteiro se contrai ele faz a abdução do braço até 90º. As

fibras anteriores fazem a flexão e a rotação medial e as fibras posteriores fazem à extensão

a rotação lateral do braço.

Se a técnica aplicada for o “Y”: Use o corte em Y, aderindo à base na inserção do

músculo, depois coloque o ombro em abdução e aplique uma das abas da bandagem na

fibra anterior. Coloque o ombro em adução e rotação interna tocando com o polegar a

bandagem até chegar ao lado oposto do ombro.

Abdução e adução do ombro Abdução e adução horizontal do ombro

Fonte: Acervo TTF.

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Peitoral menor: É um músculo espesso, triangular e plano que recobre a região

anterossuperior do tórax. Possui origem ampla e inserção única no úmero, adotando assim

uma forma de leque.

ORIGEM: Clavícula, manúbrio e corpo do esterno, cartilagens costais da 2ª a 6ª

vértebra e reto abdominal.

INSERÇÃO: Crista do tubérculo maior do úmero.

INERVAÇÃO: Nervos peitorais mediais e laterais.

AÇÃO: Rotação medial, flexão e adução do braço.

Técnica em “Y”

Fonte: Acervo TTF.

Para ativação aderir o ponto fixo da bandagem na região bicipital quando o braço

estiver abduzido. Logo após, com o ombro em rotação externa e braço estendido cole as

abas aplicando a bandagem em Y ao redor da cabeça clavicular e esterno costal.

Para relaxamento: Aplicar da inserção para origem, aderindo a base neutra sobre

o esterno, sem tracionar a bandagem.

Tríceps braquial: É o único músculo do compartimento posterior do braço.

ORIGEM E INSERÇÃO: A cabeça longa: tubérculo infra glenoidal da escapula;

as outras duas a cabeça lateral e medial – originam se no úmero. Todas se inserem por

um tendão comum no olecrano da ulna.

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Fonte: Acervo TTF.

AÇÃO: Sua ação principal é a extensão do antebraço, e cabeça longa estende o

braço.

INERVAÇÃO: Nervo Radial.

Para Relaxamento: Técnica em “X” - Flexione o braço a 45°, cotovelo estendido.

Ponto de fixação da aba superior do Taping em Y colocada sobre a ponta do olecrano.

Cotovelo flexionado em até 90°, aplicar a base do Taping sobre o cotovelo.

Com o braço e cotovelo em moderada flexão, colar o Taping na região acromial

seguindo posteriormente e para finalizar a aplicação aderir às abas do Taping no braço e

antebraço totalmente flexionados.

Para ativação e suporte: Para ativação do Tríceps braquial, inverta a direção da

aplicação, iniciando pela origem seguindo até a inserção do musculo, como na imagem

acima.

Bíceps braquial: Possui duas cabeças que se originam na escápula.

ORIGEM: Cabeça longa: tubérculo supra glenoidal da escapula, e cabeça curta:

processo coracóide da escapula.

INSERÇÃO: Tuberosidade do rádio.

AÇÃO: Flexiona o antebraço e o braço; supina o antebraço.

INERVAÇÃO: Nervo musculo cutâneo.

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Fonte: Acervo TTF.

Técnica em “Y” e “I” para relaxamento e analgesia: Com o cotovelo em ligeira

flexão, aderir a base do “Y” na fossa cubital, estender as abas sem tração até a origem do

bíceps. Aplicar o “I” sobre a base se houver dor local.

Supinador: Pertence ao grupo posterior profundo de lateral para medial.

ORIGEM: Epicôndilo lateral do úmero.

INSERÇÃO: extremidade proximal da face lateral da diáfise do rádio.

AÇÃO: Supina o antebraço.

INERVAÇÃO: Nervo Radial.

TECNICA EM “I” – Aplicar a bandagem na face posterior do braço, sobre o olecrano,

seguindo a orientação da face lateral do antebraço, finalizando no cotovelo terminando +

ou - na extremidade superior da ulna.

Fonte: Acervo TTF.

Pronação: é um movimento/ postura em que a força em espiral ocorre para rotação

externa do braço. Para este movimento observamos a ação da articulação Radio - Ulnar

atuando conjuntamente aos músculos pronador redondo e pronador quadrado que quando

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estimulados pela bandagem funcional completam a ação auxiliando para que o paciente

realize o movimento com o menor esforço.

TÉCNICA EM “l” de origem para inserção com tração entre 40% e 70% – aderir

à base na lateral do braço seguindo em espiral até chegar ao punho e mão para que o

movimento seja realizado completo, incluindo todas as estruturas que atuam para sua

realização.

Pronação

Fonte: Acervo TTF.

Estabilização do ombro para propriocepção do movimento: Coloque o ponto

fixo do “Fan Tape” no ponto médio do trapézio superior, tendo como referência o ombro

e o pescoço.

Tracione a bandagem entre 25% a 50% sobre o músculo para ativa-lo e dar suporte

musculo esquelético para que o membro realize a função, diminuindo o esforço.

Fonte: Acervo TTF.

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Medir e cortar uma bandagem em “l”, que deverá ser aderida horizontalmente

estabilizando o ombro e impedindo a abdução do ombro acima de 30°.

Palmar longo: Atua na flexão palmar.

ORIGEM: Epicôndilo medial do úmero e fáscia do antebraço.

INSERÇÃO: Aponeurose palmar.

AÇÃO: Flexão palmar da mão.

INERVAÇÃO: Nervo Mediano.

Fonte: Acervo TTF.

TÉCNICA EM “Y” para efeito relaxante - Com ligeira flexão de cotovelo e punho.

Aplicar a bandagem sobre o palmar longo a partir da região tenar e hipotenar seguindo

até a prega do cotovelo, aderindo uma aba do Y na região tenar e a outra na região

hipotenar para finalizar.

Esta técnica pode ser aplicada em pacientes que apresentem Contratura de

Dupuytren e Síndrome do Túnel Carpiano.

TÉCNICA EM “Y” para efeito tonificante – Fixe a base sobre o epicôndilo medial

e com o braço em extensão de cotovelo, punho em dorsiflexão e extensão dos dedos,

aplique a extremidade em “I” de origem para inserção com tração, seguindo até próximo

ao punho onde as abas do “Y” serão aderidas sobre região tenar e hipotenar sem tração.

Extensor curto do polegar

ORIGEM: Face posterior do rádio e membrana interóssea.

INSERÇÃO: Base da falange proximal do polegar.

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AÇÃO: Flexão palmar / punho, estende o polegar e abduz radial.

INERVAÇÃO: Nervo Radial.

Fonte: Acervo TTF.

Para musculatura extensora dos dedos: Iniciar a aplicação com o “I” longitudinal

de proximal para distal aderindo-o da região MCF até a falange distal do dedo médio (ou

do dedo que estiver sendo tratado), na direção de origem para inserção, ativando o

extensor dos dedos na região dorsal da mão e antebraço. Aplicar tração da falange distal

para a proximal.

Para ativação do extensor comum dos dedos manter a direção de origem para

inserção.

Aplicar tração aumentada gradativamente.

Fonte: Acervo TTF.

Luva extensora simples em “Y”: Para aplicar esta técnica em adultos pode ser

utilizada a bandagem de 5 cm de largura aderidas lado a lado, abrangendo do segundo ao

quarto ou quinto dedo, (se necessário) desde que se mantenha as bases neutras proximais,

mais longas.

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Fonte: Acervo TTF.

A base neutra inicial deve ser aplicada no antebraço e as demais, ou seja, a

extremidade oposta do “Y” na medida adequada para que ultrapasse a região palmar após

enlaçar os quatro dedos, finalizando logo abaixo da articulação carpo metacárpica –

CMC. Quando necessário estender o polegar, aplique um “I” individual, para que atue

separadamente e com eficácia.

Para extensão punho e dedos: Seguir da origem para a inserção do musculo

extensor dos dedos favorecendo o suporte articular e muscular. Nesta técnica inicie pelas

abas mais longas do corte “Fan” Tape, com base longa aplicada medialmente no

antebraço.

Fonte: Acervo TTF.

As abas longas do Fan Tape deverão seguir a direção de cada dedo, podendo

alcançar a falange distal se este for o objetivo terapêutico. Os cortes menores em “I”

deverão servir de ponto fixo - PF para propriocepção do movimento. Quando aplicada em

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crianças pode-se aderir pequenas porções de bandagem sobre as articulações

possibilitando que permaneça por mais tempo aderidas a pele e a troca das bandagens não

sejam frequentes preservando a aplicação maior por maior espaço de tempo, protegendo

assim a integridade da pele.

A aplicação da luva extensora simples em uma mão sem lesão é simples. Observe

o passo a passo a seguir, lembrando que em uma mão espástica, a dificuldade apresenta-

se muito maior, mas o resultado é visível desde a primeira aplicação, como na segunda

imagem a seguir.

Fonte: Acervo Performtex.

NA PRÁTICA COM PACIENTE A REALIDADE É OUTRA!

Fonte: Acervo TTF.

Técnica para entorse de dedo, artrose articular reumatismo, artrite

reumatoide etc.

Observe a origem, inserção, ação, inervação e direção da fibra muscular antes de

definir que técnica aplicar para promover determinado movimento o que é diferente de

desenvolver determinada postura.

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Exemplo: Técnica em “I” – Posicionar a articulação em posição neutra. Tracionar

até 75% de origem para inserção sobre o ligamento colateral e aderir seguindo da base

lateral do dedo com o “I” aplicando a bandagem ao longo do tendão do extensor do dedo

mínimo.

Fonte: Acervo TTF.

Lesão de Plexo braquial: Plexo braquial é um conjunto de nervos, localizados

na região do pescoço, que são responsáveis pelos movimentos e pela sensibilidade dos

ombros, braços, antebraço, mãos e dedos ou seja, de todo o membro superior.

As lesões de plexo braquial podem apresentar casos em que apenas os

movimentos do ombro e cotovelo ficam paralisados, mantendo-se preservados os

movimentos da mão. Observem as imagens a seguir.

Fonte: Acervo TTF

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AULA 6

CADERNO DE EXERCÍCIOS - TAPING TERAPÊUTICO FUNCIONAL® - TTF

Este caderno de exercícios foi elaborado para que pudéssemos trabalhar

intensamente na prática o raciocínio terapêutico, o manuseio do material e a compreensão

dos mecanismos a serem aplicados a cada técnica de modo a alcançar os objetivos ao final

da prática orientada e supervisão.

Para trabalhar músculos e articulações utilizando a bandagem funcional o método

Taping Terapêutico Funcional – TTF desenvolveu técnicas visando à permanência do

estímulo desencadeado durante as sessões, permaneça por um período diuturno de vários

dias.

Guarde sempre seus retalhos, estes serão bem aproveitados em dedos, articulações

etc.

Os exercícios para mobilidade podem ser iniciados com o a bandagem aplicada

sem tração na porção interdigital dos dedos. O movimento de abrir e fechar os dedos

proporciona a propriocepção do movimento facilitando as sinapses e a reorganização dos

estímulos a nível de SNC. Trabalhando a base interdigital entre cada quirodáctilo ou

apenas nos intervalos onde haja necessidade de maior mobilidade.

Fonte: Acervo TTF.

Se aplicarmos tração na bandagem enquanto as aplicarmos entre os dedos,

promoveremos resistência, o que significa carga; peso e esforço. Cuide para não saturar

a musculatura, o que impedirá o desenvolvimento das atividades de vida diária, com a

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excelência de uma musculatura fortalecida na medida saudável. A distância entre o espaço

interdigital e a bandagem define o percentual de tração que está sendo aplicado, se a

bandagem enrolar, provavelmente será por tração excessiva. Diminua.

Na imagem a seguir demonstramos a medida ideal de tração para exercícios de

mobilidade do punho em uma primeira sessão de exercícios com bandagem funcional.

Fonte: Acervo TTF.

Para aumentar a propriocepção de punho, aplique a bandagem funcional no dorso

da mão de proximal para distal com tração e com alongamento da pele. Mobilize a

articulação para realizar a extensão e flexão do punho lentamente imaginando a linha

média para orientá-lo a manter a postura correta do membro durante a realização.

Se aplicarmos tração na bandagem promoveremos resistência, o que significa

carga; peso e esforço.

Cuide para não saturar a musculatura, o que impedirá o desenvolvimento das

atividades de vida diária, com a excelência de uma musculatura fortalecida na medida

saudável.

Fonte: Acervo TTF

Page 70: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

69

A distância entre o espaço interdigital e a bandagem define o percentual de tração

que está sendo aplicado, se a bandagem enrolar, provavelmente será por tração excessiva.

Diminua.

A medida da bandagem para que a serie inicial de exercícios para mobilidade do

punho seja eficiente é correspondente a 15% a 20% de tração.

Para propriocepção da extensão do punho, aplique a bandagem funcional no 1/3

médio do antebraço até 2º, 3º e 4º metacarpos de proximal para distal com a pele esticada.

Solicite ao paciente que mobilize a articulação para realizar de todos os movimentos e

direções mantendo como origem a linha média sempre que possível.

Fonte: Acervo TTF.

Para realização destes exercícios, vamos envolver o requisito mobilidade sempre

que possível às condições do paciente. A articulação carpo metacárpica – CMC será

bastante requisitada, bem como as Inter falangeanas e metacarpo falangeanas.

Observe as compensações e reações associadas, muito comuns nos exercícios que

tem como objetivo trabalhar força.

Fonte: Acervo TTF.

Page 71: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

70

1. Posicione o paciente mantendo o melhor alinhamento de tronco possível ao

paciente, apoie o braço alvo do exercício e se necessário permita o apoio do

outro braço para manter o membro bem posicionado.

2. Aplique as bandagens interdigitais, no abdutor do polegar e na direção

necessária para alcançar o objetivo terapêutico (neste caso pronação).

3. Solicite ao paciente que realiza todos os movimentos possíveis ao punho, mão

e dedos.

Atente para os termos a seguir:

Os termos fortalecimento, força e esforço têm significados diferentes.

Fortalecimento: fortificar, ficar mais forte;

Força: agente físico capaz de alterar o estado de repouso ou de movimento

uniforme de um corpo material;

Esforço: aquilo que se faz com dificuldade e empenho.

PRÁTICA ORIENTADA

A seguir descreva quais as técnicas aplicadas para estes objetivos.

1. Que material pode ser utilizado para

estabilização e/ou imobilização das IF?

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O que está inadequado nesta técnica?

Sendo que o objetivo era ativação de

músculos intrínsecos e extrínsecos da mão?

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02. Quais os objetivos e técnica aplicada?

Observe onde foi iniciada a aplicação.

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3. DROP TAPE.

Alívio de dor e liberação miofascial.

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04. Correção Articular

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Page 73: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

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05. Observe a imagem inicial e

responda.

Qual o objetivo?

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Como foi aplicada cada técnica?

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06. Arco palmar longitudinal.

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08. Observe a imagem inicial e responda.

Qual o objetivo?

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Como foi aplicada cada técnica?

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07. Como foi aplicada esta luva flexora?

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Page 75: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

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10. Descreva o padrão postural e funcional

do polegar e punho antes e depois da

aplicação da bandagem funcional.

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11. Região Tenar. Com que objetivo foi aplicada esta técnica? _____________________________________

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09. Adequação postural articular.

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14. Correção articular – Artrite reumatoide

juvenil.

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12 a. Drenagem linfática.

Como foi aplicada esta técnica?

_______________________________________________________________________________________________________________12 b. Extensão do punho e dedos. _____________________________________

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13. Para depressão do ombro e relaxamento

de trapézio superior.

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Page 77: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

76

15. Correção postural de tronco com técnica

para ativação de romboides.

Como foi aplicada a bandagem funcional?

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16. Síndrome do túnel carpiano

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17. Estabilização proximal do polegar -

técnica Donut

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18. Rotação externa de ombros

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19 a. Epicondilite lateral

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19 b. Edema

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20. Epicondilite lateral

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Page 79: MÓDULO REABILITAÇÃO DE MMSS

78

21. Controle de hiperextensão do

cotovelo em paciente com

frouxidão ligamentar.

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22. Tendinite de digitação

Abdução do polegar e estabilização

proximal.

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23. Bursite.

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24. Ombro congelado.

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25. Supino e abdução de polegar

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_______________ 26. Luva Articular simples

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28. Alívio de dor - Lúpus Eritematoso

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27. Para extensão de punho e dedos.

Como aplicar?

1. PC

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2. Bebê prematuro

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3. Síndrome de Machado Joseph

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4. Esclerose lateral amiotrófica – ELA

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29. Luva extensora – Fan tape

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30. Amputação de extremidade:

Dessensibilização do coto e propriocepção.

Como aplicar?

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31. Drenagem linfática.

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32. Técnica “Trevo”

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34. Reposicionamento articular em

paciente Hansênico.

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33. Alívio de dor. Bandagem 4D.

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35. Proteção articular/ alívio de dor

Artrite reumatoide.

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Um gostinho de quero mais...

36. Proteção articular cotovelo.

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_______________________________________ 37. Lesão de plexo braquial/ manguito rotador.

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ALGUMAS OBSERVAÇÕES E DICAS IMPORTANTES.

A) Jamais na primeira aplicação use tração.

B) Observe a reação do paciente mediante a primeira aplicação para só então iniciar se

for necessário o uso de tensão. Em alguns pacientes o uso de tração desencadeia dor ou incomodo,

nas primeiras aplicações o que se justifica, pois, a bandagem estará trabalhando em sentido

contrário ao de costume, quando em caso de realinhamento postural, encurtamentos, contraturas

etc. neste caso deverá ser avaliada a possibilidade de diminuir a tração aplicada.

C) Para alguns pacientes, pelos corporais também poderão limitar a eficácia das

aplicações. Se for o caso, o aplicador deverá cortar os pelos com máquina regulada no grau três

na área a ser tratada. Se for aplicar o Taping em área umedecida, produto à prova d’água é mais

recomendado. É desnecessária a depilação total, pois a pele pode apresentar reações alérgicas na

área de contato, para que a bandagem possa aderir de modo satisfatório, a pele não deve apresentar

lesão.

D) Em caso de esportes ou terapias na água, o Taping deverá ser colocado no mínimo 20

a 30 minutos antes de entrar na água ou da exposição ao calor. Mesmo a bandagem a prova d’água

poderá soltar as pontas ou despregar totalmente dependendo dos produtos com os quais a água

for tratada e do tipo de pele do usuário.

E) O paciente não deve usar creme hidratante antes da aplicação do Taping, e sim quando

retirá-lo para reidratar a pele.

F) Se a pele apresentar irritações, alergia, coceira, retirar imediatamente a bandagem. Em

geral pessoas de pele muito clara, bebês e idosos, estão mais sujeitas a apresentar alterações

dermatológicas.

G) Devido ao clima tropical, em localidades onde a temperatura se mantém alta, pode-se

trabalhar a cada troca um grupo muscular. Por exemplo, no início da semana coloca-se o Taping

no músculo agonista e na segunda troca da semana, coloca-se no antagonista, prevenindo lesões

dérmicas e buscando o equilíbrio entre as estruturas.

H) Importante explicar ao paciente cada etapa para que este possa acompanhar e trazer

informações sobre o andamento do tratamento. Da mesma forma o terapeuta deve manter-se

informado sobre respostas motoras para melhor conduzir o processo de reabilitação.

I) A bandagem é dividida em ponto fixo, ou ponto de tração cauda ou aba.

em caso de descolar as extremidades das abas, pede-se que apare as pontas soltas

cortando cuidadosamente com tesoura.

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J) A pele deve estar limpa e livre de óleos antes da aplicação. Tudo o que limita a

habilidade do adesivo acrílico a gerar aderência à pele, irá limitar tanto a eficácia quanto a duração

da aplicação.

H) Após o banho, hidroterapia ou natação, não seque a bandagem com secador, poderá

irritar a pele, apenas friccione com uma toalha.

Obrigada pela sua presença!

Claudia Antello

REFERENCIAS UTEIS

Ivaldo Bertazzo

Corpo vivo: reeducação do movimento

Gesto orientado: reeducação do movimento

Fases da vida: da gestação à puberdade

Cidadão Corpo: Identidade e Autonomia do Movimento

PUBMED – 17588814 {as supplied by Publisher}

Vicenzino B, Brooksbank J, Offord S, Paungmali A. (2003) Initial effects of elbow Taping on pain-free grip stremght and

pressure threshold.

Aminaka N, Gribble PA. (2005) A systematic review of the effects of therapeutic Taping on patellofemoral pain syndrome.

Illustrated Kinesio Taping – Kenso Kase, DC ISBN 1-880047-24-1

Netter ,Frank H. – Atlas de Anatomia Humana 6ª ed. 2014.

Anatomia orientada para a prática clínica – Moore 7ª ed.

Anatomia para o movimento vol. 1 e 2 – Blandine Calais Germain e André Lamotte

Iracema Serrat Vergotti Ferrigno TERAPIA DA MÃO fundamentos para a pratica clinica ed. Santos 2007

Kase, Stockheimer. Lymphoedema and Chronic Swelling (2006)

JUDITH Boscheinen – Morris , Victoria Davey, W. Bruce Conolly A MÃO – BASES DA TERAPIA 2ª ED. MANOLE

2002

Netter ,Frank H. – Atlas de Anatomia Humana 3D - 6ª ed. 2014.

www.performtex.com / www.rocktaping.com / www.kinesioTaping.com

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