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SCIENTIA FORESTALIS n. 64, p. 136-149, dez. 2003 Matéria seca, concentração e acúmulo de nutrientes em mudas de Eucalyptus grandis em função da idade Dry matter, macronutrients concentration and content in Eucalyptus grandis seedlings according to the age Ronaldo Luiz Vaz de Arruda Silveira Edgar Fernando de Luca Liciana Vaz de Arruda Silveira Horácio Figueredo Luz RESUMO: Mudas de sementes de Eucalyptus grandis da procedência Bofete, cultivadas no viveiro da Eucatex Florestal, foram coletadas nas idades de 55, 69, 83 e 97 dias, sendo separadas em folhas, caule e raízes. O material vegetal coletado foi acondicionado em saco de papel identificado e levado para secagem em estufa até atingir peso constante. Em seguida, as partes das mudas foram pesadas e analisadas quimicamente para quantificar a produção de matéria seca, acúmulo e as concentrações de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn nas diferentes idades. A distribuição da matéria seca total obedeceu à seguinte ordem decrescente: folha > caule > raízes. As concentrações dos nutrientes nas partes das mudas foram reduzidas com o aumento da idade. Para os macronutrientes na época da expedição, aos 97 dias de idade, verificou-se a seguinte ordem decrescente das concentrações nas partes das mudas: folha > raiz > caule, para N; raiz = caule > folha, para P; folha = raiz = caule, para K; caule > raiz > folha, para Ca; raiz > folha > caule para Mg e S. As concentra- ções de Cu, Fe e Zn em todas as partes da muda decresceram com o aumento da idade. A seqüência das concentrações dos micronutrientes nas partes da muda na época de expedi- ção foi: raiz > caule = folha, para B; raiz > caule > folha para Cu e Fe; raiz > folha > caule para zinco e folha > caule > raiz, para Mn. O processo de rustificação das mudas proporcionou redução das concentrações de todos os nutrientes, sendo bastante evidente para N e S e pouco marcante para cálcio. Na época de expedição das mudas, o K foi o macronutriente mais extraído, seguido pelo Ca, N, Mg, P e S. Em relação aos micronutrientes, a ordem de extração foi Mn > Fe > Zn > Cu > B. PALAVRAS-CHAVE: Eucalyptus, Viveiro, Nutrição mineral, Nutriente, Muda SUMMARY: E. grandis seedlings of Bofete progeny, cultivated in nurseries of Eucatex Flores- tal, were collected at ages of 55, 69, 83, and 97 days, separated into leaves, stem, and roots. The seedlings were then placed in identified paper bags, and oven-dried until weight became constant. They were then weighed and chemically analyzed for the determinate of dry matter production, concentrations and accumulation of N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn, and Zn in the several seedling ages. The distribution of total dry matter weight complied with the following descending order: leaf > stem > roots. Conversely to expectations, the highest concentrations

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SCIENTIA FORESTALISn. 64, p. 136-149, dez. 2003

Matéria seca, concentração e acúmulo de nutrientes emmudas de Eucalyptus grandis em função da idade

Dry matter, macronutrients concentration and content inEucalyptus grandis seedlings according to the age

Ronaldo Luiz Vaz de Arruda SilveiraEdgar Fernando de Luca

Liciana Vaz de Arruda SilveiraHorácio Figueredo Luz

RESUMO: Mudas de sementes de Eucalyptus grandis da procedência Bofete, cultivadas noviveiro da Eucatex Florestal, foram coletadas nas idades de 55, 69, 83 e 97 dias, sendoseparadas em folhas, caule e raízes. O material vegetal coletado foi acondicionado em sacode papel identificado e levado para secagem em estufa até atingir peso constante. Emseguida, as partes das mudas foram pesadas e analisadas quimicamente para quantificar aprodução de matéria seca, acúmulo e as concentrações de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mne Zn nas diferentes idades. A distribuição da matéria seca total obedeceu à seguinte ordemdecrescente: folha > caule > raízes. As concentrações dos nutrientes nas partes das mudasforam reduzidas com o aumento da idade. Para os macronutrientes na época da expedição,aos 97 dias de idade, verificou-se a seguinte ordem decrescente das concentrações naspartes das mudas: folha > raiz > caule, para N; raiz = caule > folha, para P; folha = raiz =caule, para K; caule > raiz > folha, para Ca; raiz > folha > caule para Mg e S. As concentra-ções de Cu, Fe e Zn em todas as partes da muda decresceram com o aumento da idade. Aseqüência das concentrações dos micronutrientes nas partes da muda na época de expedi-ção foi: raiz > caule = folha, para B; raiz > caule > folha para Cu e Fe; raiz > folha > caule parazinco e folha > caule > raiz, para Mn. O processo de rustificação das mudas proporcionouredução das concentrações de todos os nutrientes, sendo bastante evidente para N e S epouco marcante para cálcio. Na época de expedição das mudas, o K foi o macronutrientemais extraído, seguido pelo Ca, N, Mg, P e S. Em relação aos micronutrientes, a ordem deextração foi Mn > Fe > Zn > Cu > B.

PALAVRAS-CHAVE: Eucalyptus, Viveiro, Nutrição mineral, Nutriente, Muda

SUMMARY: E. grandis seedlings of Bofete progeny, cultivated in nurseries of Eucatex Flores-tal, were collected at ages of 55, 69, 83, and 97 days, separated into leaves, stem, and roots.The seedlings were then placed in identified paper bags, and oven-dried until weight becameconstant. They were then weighed and chemically analyzed for the determinate of dry matterproduction, concentrations and accumulation of N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn, and Zn in theseveral seedling ages. The distribution of total dry matter weight complied with the followingdescending order: leaf > stem > roots. Conversely to expectations, the highest concentrations

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Silveira et al. 137

of nutrients occurred in leaves for N and Mn only. Seedling hardened process resulted in N and Sdeficiency. The sequence of macronutrient concentration in seedlings at the time of shipment wasthe following: leaf > root > stem for N; root = stem > leaf for P; leaf = root = stem for K; stem > root> leaf for Ca; root > leaf > stem for Mg and S. All macronutrient concentrations in organsdecreased with age, except for Ca. Concentrations of Cu, Fe, and Zn in all seedling specimensdecreased with age. The sequence of micronutrient concentrations in seedling specimens at thetime of shipment was the following: root > stem = leaf for B; root > stem > leaf for Cu and Fe; root> leaf > stem for Zn, and leaf > stem > root for Mn. At the time of shipment, at 97 days of age, Kwas the most extracted macronutrient of all, followed in a descending order by Ca, N, Mg, P, ande S. At the end of the seedling production rotation, Mn was the most extracted micronutrient,followed by Fe, Zn, Cu, and B.

KEYWORDS: Eucalyptus, Nursery, Mineral nutrition, Nutrient, Seedling

INTRODUÇÃO

Na produção de mudas um dos enfoquesprincipais é a qualidade do substrato. Os estu-dos buscam um meio com características físi-cas e químicas adequadas para o crescimentoda muda, além de considerar aspectos econô-micos (Gomes et al., 1977; Campinhos et al.,1984; Gomes et al., 1985.; Gonçalves, 1987;Aguiar et al. 1989; Gomes et al., 1991; Gonçal-ves e Poggiani, 1996; Bouchardet et al., 1999 eSgarbi et al., 1999). No entanto, a maioria dostrabalhos sobre adubação e nutrição de mudasde Eucalyptus não foi realizada em condiçõesde viveiro e utilizaram o solo como substrato(Rocha Filho et al., 1979; Novais et al., 1979a;Novais et al., 1979b; Novais et al., 1980a; Novaiset al., 1980b; Gomes et al., 1982; Goulart et al.,1990). Portanto, raras são as informações so-bre adubação e nutrição do Eucalyptus, na fasede produção de mudas, usando a casca dePinus como a base do substrato.

Os estudos visando quantificar a concen-tração e acúmulo de nutrientes nos tecidos ve-getais das mudas em diferentes idades são im-portantes para determinar a dose e a relaçãoadequada dos nutrientes a ser aplicada nasadubações de cobertura, nos diferentes estádi-os de desenvolvimento da muda. Atualmente,a falta dessas informações faz com que a maiorparte dos viveiros florestais padronizem a apli-

cação de fertilizantes, independente da fase decrescimento da muda.

Os objetivos do presente trabalho foram:analisar o crescimento das mudas expresso pelaprodução de matéria seca, determinar as con-centrações e as quantidades acumuladas denutrientes nos diferentes órgãos da planta emfunção da idade.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no viveiro co-mercial da Eucatex S.A., situado no municípiode Bofete, SP. Foram utilizadas sementes de E.grandis da procedência Bofete, as quais foramcolocadas para germinar, na quantidade de cin-co sementes por células piramidais contidas embandejas de isopor com as seguintes dimen-sões: 34 cm de largura, 68 cm de comprimentoe 12 cm de altura (cada bandeja tem 128 célu-las, sendo a distância entre o centro de umacélula para outra de 4,25 cm). As bandejas fica-ram em canteiros a 1,0 m de altura.

O substrato utilizado foi o produto comer-cial "Plantmax Florestal" que é constituído decasca de Pinus decomposta, casca de arrozcarbonizada, vermiculita e perlita, apresentan-do as seguintes características químicas: pH-CaCl2 = 5,1; M.O (g dm-3) = 458; P-resina (mgdm-3) = 440; K (mmolc dm-3) = 4,7; Ca (mmolcdm-3) = 46; Mg (mmolc dm-3) = 39; H+Al (mmolc

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138 Nutrientes em mudas de eucalipto

dm-3) = 38; Al (mmolc dm-3) = 3; Capacidadede Troca Catiônica (mmolc dm-3) = 128; Satura-ção por Base (%) = 70; B (mg dm-3) = 3,4; Cu(mg dm-3) = 1,9; Fe (mg dm-3) = 58,2; Mn (mgdm-3) = 30,4 e Zn (mg dm-3) = 21,4. O fósforo,potássio, cálcio e magnésio foram extraídos pelaresina trocadora de íons. O boro foi extraídopor água quente e os micronutrientes metáli-cos pelo DTPA (Van Raij et al, 1987).

A germinação iniciou-se 25 dias após a se-meadura, e aos 35 dias, realizou-se o desbas-te, deixando apenas uma planta em cada célu-la.

As adubações foram realizadas aos 30, 40e 50 dias após a semeadura, através de regamanual com aplicação de 1 litro de solução porbandeja, nas concentrações de 5; 7,5 e 10g defosfato monoamônio (NH4 H2PO4 - 12% de N e52% de P2O5 solúvel em H2O).

Aos 55, 69, 84 e 97 dias após a semeadura,as mudas foram selecionadas ao acaso e lava-das em água corrente, tendo o cuidado de reti-rar todo o substrato agregado nas raízes. Emseguida, as mudas foram separadas em folhas,caules e raízes, sendo que cada parte foi acon-dicionada em saco de papel, colocada em es-tufa com circulação forçada de ar na tempera-tura de 70-75ºC, até atingir peso constante.Após a secagem, o material foi submetido àmoagem em moinho tipo Willey de aço inoxi-dável.

As amostras moídas foram submetidas àsdigestões nítrico perclórica e sulfúrica. Nos ex-tratos obtidos, determinou-se o N pelo métodosemi-micro Kjeldahl; Ca, Mg, Cu, Fe, Mn e Znpor espectofotometria de absorção atômica; Patravés do método da colorimetria de molibdatovanadato; K por fotometria de chama; S atra-vés de turbidimetria do sulfato de bário; o Bpor colorimetria de azometina H conformeMalavolta et al. (1997).

A parcela experimental foi constituída de 128mudas (1 bandeja de 8 x 16 células), com bor-dadura dupla, tendo no total 48 mudas úteis,sendo avaliadas em cada idade 12 mudas. Osparâmetros avaliados foram: peso seco de fo-lhas, raízes e caule; concentração e acúmulodos nutrientes nas diferentes partes da muda.O delineamento experimental foi o de blocosao acaso com quatro tratamentos (idade dasmudas) repetidos quatro vezes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Crescimento

A produção de matéria seca dos diferentesórgãos das mudas foi relacionada com a ida-de, obtendo-se relação linear para as folhas equadrática para o caule e as raízes (Figura 1). Aprodução de matéria seca de caule e das raízesfoi equivalente até 69 dias, sendo que nas ida-des posteriores houve maior produção de MSpara o caule. A produção de matéria seca aos97 dias de idade, obedeceu à seguinte ordem:folhas (47%) > caule (33%) > raízes (20%). Naépoca de expedição das mudas, aos 97 diasde idade, a quantidade total acumulada dematéria seca foi de 1243,4 mg/muda.

y = - 1800,9 + 48,942x -0,1814x2

R2 = 0,85**

y = - 343,54 + 9,6098xR2 = 0,72*

y = - 854,37 + 22,145x - 0,0939x2

R2 = 0,90**

y = - 538,65 + 15,35x - 0,075x2

R2 = 0,82**

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

55 69 83 97Idade da muda (dias)

mg

de m

atér

ia s

eca/

mud

a

Raiz Caule Folha Total

Figura 1Matéria seca produzida por mudas de E. grandis emdiferentes idades(Dry matter of E. grandis seedlings at different ages)

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Silveira et al. 139

Concentração dos macronutrientes nos tecidosvegetais

As concentrações de N nos órgãos dasmudas diminuíram consideravelmente com oaumento da idade (Figura 2A). Aos 55 dias, aconcentração deste nutriente nas diversas par-tes da planta foi alta: as folhas apresentavam33,2 g kg-1, enquanto as raízes e o caule, 19,9 gkg-1 e 22,3 g kg-1, respectivamente. Contudo,aos 97 dias, foram bem menores que as obser-vadas aos 55 dias, sendo de (g de N kg-1): 9,7nas folhas; 4,6 no caule e 6,9 nas raízes. Camargo(1997) também encontrou, na condição de vi-veiro, queda acentuada na concentração de Ncom o aumento da idade das mudas clonaisde eucalipto. Independente do estádio de cres-cimento das mudas, as concentrações de N dopresente estudo foram inferiores àquelas encon-tradas por Camargo (1997) em mudas com ida-des entre 75 e 90 dias. As condições derustificação impostas às mudas foram mais se-veras que as de Camargo (1997), principalmen-te em relação às adubações de cobertura, umavez que no período de 90 dias, Camargo (1997)realizou dezessete adubações contra somente3 adubações de MAP no presente estudo.

As concentrações foliares de N na fase en-tre 55 e 69 dias foram consideradas adequadasconforme Dell et al. (1995), que estabelecerama faixa adequada entre 25 a 38 g de N kg-1.Porém, na fase de expedição a concentraçãonas folhas encontrava-se deficiente. Esta defici-ência foi provocada pelo manejo adotado nafase de rustificação, com o corte das aduba-ções de cobertura associada à diminuição dofornecimento de água. Esse prática tem sidousualmente utilizada na produção de mudas deEucalyptus, na fase entre 70 a 90 dias de idade,com o objetivo aumentar a resistência das mu-das ao estresse do plantio, principalmentehídrico. No entanto, apesar dessa prática au-mentar a resistência ao estresse, pode haver

atraso no arranque inicial da muda devido aobaixo estado nutricional de nitrogênio em con-dições severas de rustificação. Existe a neces-sidade de uma melhor avaliação desse tipo demanejo no arranque inicial da floresta.

Assim como o N, as concentrações de Pnas mudas foram elevadas no início, tanto nasfolhas como nas raízes e caule, diminuindoacentuadamente com o aumento da idade (Fi-gura 2B). Na idade de 55 dias, verificaram-sediferenças consideráveis na concentração de Pquando se compararam raízes com as folhas ecaule. Na época da expedição das mudas, nãohouve diferença entre raízes e caule para a con-centração de P. As concentrações foliares deP obtidas no início do ciclo de produção esta-vam acima da faixa proposta como adequada(1,5 a 2,2 g kg-1) por Dell et al. (1995).

As concentrações de P encontradas nasmudas foram superiores às observadas porCamargo (1997) em mudas de quatro clonesde Eucalyptus nas idades entre 45 e 90 dias.

Aos 55 dias de idade, os resultados dasconcentrações de K mostraram que o cauleapresentava maior concentração comparativa-mente as folhas e raízes. No entanto, com odecorrer da idade, as concentrações nos ór-gãos diminuíram, sendo que aos 97 dias, a con-centração de K não variou nas diferentes par-tes da planta, estando próxima de 12 g kg-1 (Fi-gura 2 C). Observou-se ainda, que o K foi oúnico macronutriente que teve queda linear daconcentração nas partes das mudas em funçãoda idade. Ao contrário do N, as concentraçõesde K na fase de expedição das mudas foramconsideradas adequadas conforme Dell et al.(1995), cuja a faixa está compreendida entre 12e 14 g kg-1.

As concentrações obtidas de K nas folhasestavam próximas das encontradas porCamargo (1997), em mudas de quatro clonesde Eucalyptus. Aos 90 dias de idade, esse au-

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140 Nutrientes em mudas de eucalipto

tor obteve concentrações foliares entre 11,1 e14 g kg-1 em função do clone analisado.

Durante o desenvolvimento da muda, verifi-cou-se que as maiores concentrações de cál-cio ocorreram no caule. A concentração de Cano caule apresentou queda linear em função daidade, sendo que a mesma tendência não foiobservada para as folhas e raízes (Figura 2D).Camargo (1997) obteve comportamento simi-lar para a concentração de Ca no caule em fun-ção da idade. A concentração foliar aos 97 diasfoi de 8,5 g kg-1, muito próxima à observadaaos 55 dias, 8,2 g kg-1. Estas concentraçõesfoliares situavam-se próximas da faixa adequa-da (5 a 8 g de Ca kg-1) segundo Dell et al. (1995).Para as raízes, verificou-se que a concentraçãonas idades de 69, 83 e 97 dias foi maior quan-do comparada à de 55 dias. O cálcio foi o úni-co macronutriente que apresentou concentra-ção nas raízes, aos 97 dias, maior que a encon-trada aos 55 dias.

As maiores concentrações de magnésio fo-ram encontradas nas raízes, independente daidade da muda (Figura 2E). Na idade de 55 dias,as concentrações foram de (g kg-1): 17,7 nasraízes, 4,2 no caule e 3,2 g nas folhas. A ampli-tude de variação das concentrações foliares deMg foram pequenas durante o desenvolvimen-to da muda, o mesmo não foi verificado para ocaule e principalmente para as raízes. Aos 97dias, a concentração de Mg nas folhas foi 7,4 e2,5 vezes maior que a encontrada no caule efolhas, respectivamente. Os resultados de con-centração de Mg nas raízes foram concordan-tes àqueles encontrados por Camargo (1997)em dois de quatro clones estudados de Euca-lyptus. As concentrações foliares de Mg esta-vam acima da faixa considerada adequada (1,6a 2,0 g kg-1) segundo Dell et al. (1995). As ele-vadas concentrações de Mg nas mudas pode-

riam ser explicadas pela presença de vermiculita(20 a 28% MgO, segundo Fassbender, 1980) nacomposição do substrato utilizado.

As concentrações de S nas diferentes par-tes das mudas em função da idade apresenta-ram comportamento semelhante (Figura 2F). Asraízes apresentaram maiores concentrações deS quando comparadas ao caule e às folhas. Aos55 dias, a concentração de enxofre no sistemaradicular foi 1,6 e 1,9 vezes maior que aquelaobtida nas folhas e caule, respectivamente. Aconcentração foliar de S aos 97 dias encontra-va-se deficiente quando comparada com a fai-xa proposta como adequada (1,9 a 3,2 g kg-1)por Dell et al. (1995).

A queda acentuada das concentrações denitrogênio, potássio e enxofre nos tecidos ve-getais com o aumento da idade das mudas, édevida ao crescimento das mudas associado àfalta de adubações de cobertura após os 50dias e à dinâmica desses nutrientes no substrato.Pois, os íons NO3

-, K+ e SO4-2 são facilmente

lixiviados através da água de irrigação, uma vezque apresentam baixa adsorção aos colóides(Fassbender, 1980; Van Den Driessche, 1984; May,1984). Essa constatação pode ser explicadaainda pela redução não drástica das concen-trações de fósforo, cálcio e magnésio, que apre-sentam mobilidade mais restrita no substratoquando comparados ao nitrogênio, potássio eenxofre. O fósforo incorpora-se à matéria orgâ-nica e forma compostos com Ca, Fe e Al, sen-do também fixado pelos minerais de argila,como a vermiculita, utilizados na composiçãode substratos (South e Davey, 1983). O cálcio eo magnésio apresentam menor lixiviação quan-do comparado ao potássio, uma vez que sãomais retidos pela matéria orgânica e os mine-rais de argila (vermiculita), devido à sua maiorvalência (Fassbender, 1980).

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Silveira et al. 141

y = 127,02 - 2,3653x + 0,012x2

R2 = 0,94**y = 85,387 - 1,6887x + 0,0091x2

R2 = 0,84**y = 87,645 - 1,8295x + 0,0101x2

R2 = 0,96**

4

12

20

28

36

55 69 83 97Idade (dias)

N (g

kg

-1)

Raízes Caule Folhas

Folhas

Caule

Raízes

y = -0,6306 + 0,1828x - 0,0017x2

R2 = 0,96**y = 0,3442 + 0,1727x - 0,0015x2

R2 = 0,98**y = 0,1508 + 0,2634x - 0,0024x2

R2 = 0,98 **

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

55 69 83 97Idade (dias)

P(g

kg-1

)

Raízes Caule Folhas

Folhas

Raízes

Caule

y = 27,831 - 0,1593x R2 = 0,75*

y = 47,31 - 0,36xR2 = 0,93**

y = 34,539 - 0,2314x R2 = 0,93**

10

15

20

25

30

55 69 83 97Idade (dias)

K (g

kg-1

)

Raízes Caule Folhas

Folhas

Caule

Raízes

y = 20,607 - 0,0929x R2 = 0,78**

y = 40,585 - 0,9092x - 0,0061x2

R2 = 0,77**

y = - 19,688 + 0,8071x - 0,0054x2

R2 = 0,57*

4

7

10

13

16

55 69 83 97Idade (dias)

Ca

(g k

g-1)

Raízes Caule Folhas

Raízes

Folhas

Caule

y = 101,26 - 2,2419x + 0,0131x2

R2 = 0,86**y = 14,533 - 0,2509x + 0,0011x2

R2 = 0,97**y = - 7,462 + 0,3059x - 0,002x2

R2 = 0,997

0

1

2

3

4

5

55 69 83 97Idade (dias)

Mg

nas

folh

as e

cau

le (g

kg-1

)

4

8

12

16

20

Mg

nas

raíz

es (g

kg-1

)

Caule Folhas Raízes

Folhas

Caule

Raízes

y = 21,145 - 0,4377x + 0,0024x2

R2 = 0,98**y = 10,101 - 0,1836x + 0,0009x2

R2 = 0,79**y = 11,462 - 0,2367x + 0,0013x2

R2 = 0,97**

0,4

1,4

2,4

3,4

4,4

55 69 83 97Idade (dias)

S(g

kg-1

)

Raízes Caule Folhas

RaízesFolhas

Caule

A B

C D

FE

Figura 2Concentrações dos macronutrientes nas diferentes partes das mudas de E. grandis em função da idade. (A: Nitrogênio;B: Fósforo; C: Potássio; D: Cálcio; E: Magnésio e F: Enxofre).(Macronutrient concentrations at different parts of E. grandis seedlings according to the age. (A: Nitrogen; B: Phosphorous;C: Potassium; D: Calcium; E: Magnesium, and F: Sulfur))

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142 Nutrientes em mudas de eucalipto

O nitrogênio e o enxofre foram os macronu-trientes com concentrações deficientes na fasede expedição das mudas. Esse resultado mos-tra a importância de se realizar adubação deexpedição no viveiro e de plantio com essesnutrientes quando as mudas estiveremrustificadas. Isso permitiria a correção dessasdeficiências e, conseqüentemente, melhorpegamento e arranque inicial das mudas pósplantio.

A Tabela 1 apresenta os acréscimos ou de-créscimos percentuais das concentrações dosnutrientes nos órgãos em função da idade. Osdecréscimos percentuais das concentraçõesdos 55 aos 69 dias foram de 17% em média,sendo que os maiores decréscimos ocorrerampara o N e S. Comparando a concentração denutrientes aos 97 dias com a de 55 dias, verifi-cou-se um decréscimo percentual médio de53%. De maneira geral, o elemento que maisdiminuiu com o desenvolvimento da muda foiS, seguido pelo N, P, Mg, K e Ca. A concentra-ção de Ca nas raízes apresentou acréscimo como aumento da idade, enquanto que diminuiçãopara o caule.

Concentração dos micronutrientes nos tecidos

vegetais

As maiores concentrações de B nas mudasforam observadas em torno de 69 dias de ida-de (Figura 3A). Neste estádio de crescimentodas mudas, as concentrações mais altas foramencontradas nas folhas seguidas das raízes ecaule. Na fase de rustificação, verificou-se umainversão na concentração deste nutriente, sen-do que os valores mais elevados foram encon-trados nas raízes. O B apresentou comporta-mento diferente quando comparado aos demaismicronutrientes, uma vez que se ajustaram re-gressões cúbicas para a sua concentração emfunção da idade.

Idade (dias)55 69 83 97

Folha 100 63 40 31N Caule 100 54 30 28

Raiz 100 60 38 34Folha 100 93 70 34

P Caule 100 96 79 52Raiz 100 93 73 40Folha 100 88 76 65

K Caule 100 82 63 45Raiz 100 85 70 55Folha 100 123 122 96

Ca Caule 100 92 83 75Raiz 100 154 134 159Folha 100 122 122 94

Mg Caule 100 64 38 24Raiz 100 51 32 42Folha 100 63 37 26

S Caule 100 52 26 22Raiz 100 57 34 34Média 100 83 65 53

Tabela 1Variações percentuais das concentrações dos nutrientesnas mudas de E. grandis em função da idade.(Percent variations of nutrient concentrations in E. grandisseedlings according to the age)

As raízes apresentaram concentrações ex-tremamente elevadas de Cu quando compara-da às das folhas e caule, em torno de dez vezesmaior (Figura 3B). As concentrações de Cu di-minuíram acentuadamente com o aumento daidade, principalmente para as folhas e raízes.

As concentrações de Fe nas raízes foramem torno de 20 a 40 vezes maiores que as obti-das nas folhas e caule (Figura 3C). A explica-ção poderia ser o uso da vermiculita, que con-tém de 3 a 12% de Fe2O3 (Fassbender, 1980),na composição do substrato. Verificou-se queas concentrações nas raízes e no caule decres-ceram rapidamente dos 55 aos 69 dias de ida-de, seguidos de pequenos decréscimos dos 69aos 97 dias. As concentrações de Fe nas fo-lhas, nas idades entre 55 e 83 dias, encontra-vam-se um pouco acima da faixa estabelecidacomo adequada por Dell et al.(1995), que va-riou de 65 a 80 mg de Fe kg-1.

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Silveira et al. 143

y = - 2763 + 111,51x - 1,4435x2 + 0,0061x3

R2 = 0,95**

y =- 1667,9+ 67,206x- 0,8617x2 + 0,0036x3

R2 = 0,85**

y = -2116,3 + 85,567x - 1,1084x2 + 0,0047x3

R2 = 0,79**

0

10

20

30

40

50

60

55 69 83 97Idade (dias)

B (m

g kg

-1)

Raízes

Caule

Folhas

Raízes

Folhas

Caule

y = -1,9432 + 0,676x - 0,0057x2

R2 = 0,96**y = -13,553 + 0,8908x - 0,0064x2

R2 = 0,46 nsy = 77,294 + 2,9194x - 0,0242x2

R2 = 0,93**

130

140

150

160

170

55 69 83 97Idade (dias)

Cu

nas

raíz

es (m

g kg

-1)

8

12

16

20

Raízes Caule Folhas

Raízes

Folhas

Caule

Cu

nas

folh

as e

cau

le (m

g kg

-1)

y = 212,69 - 1,4071x R2 = 0,99**

y = 1787,6 - 39,31x + 0,227x2

R2 = 0,81**y = 33500 - 758,05x + 4,4388x2

R2 = 0,79**

1000

2000

3000

4000

5000

6000

55 69 83 97Idade (dias)

Fe n

as ra

ízes

(mg

kg-1

)

50

100

150

200

250

300

350Fe

nas

folh

as e

cau

le (m

g kg

-1)

Raízes Caule Folhas

Raízes

Folhas

Caule

y = - 2051,6 + 72,411x - 0,4605x2

R2 = 0,71**y = 3125,2 - 60,692x + 0,3112x2

R2 = 0,98**y = 349,92 - 0,2786x

R2 = 0,21 ns

100

250

400

550

700

850

55 69 83 97Idade (dias)

Mn

(g k

g-1)

Raízes Caule Folhas

Raízes

Folhas

Caule

y = 81,966 - 0,6089x R2 = 0,89**

y = 77,182 - 0,4679xR2 = 0,90**

y = 705,09 - 5,3589x R2 = 0,80**

150

200

250

300

350

400

450

55 69 83 97

Idade (dias)

Zn n

as ra

ízes

(mg

kg-1

)

20

30

40

50

60

Raízes Caule Folhas

Zn n

as fo

lhas

e c

aule

(mg

kg-1

)

Raízes

Folhas

Caule

A B

C D

E

Figura 3Concentrações dos micronutrientes nas diferentes partes das mudas de E. grandis em função da idade. (A: Boro; B:Cobre; C: Ferro; D: Manganês e E: Zinco).(Micronutrient concentrations at different parts of E. grandis seedlings according to the age. (A: Boron; B: Copper; C:Iron ; D: Manganese and E: Zinc))

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144 Nutrientes em mudas de eucalipto

As maiores concentrações de Mn aos 55dias foram encontradas nas raízes. O contráriofoi observado na idade de 97 dias, onde a con-centração mais elevada desse micronutriente foiverificada nas folhas, seguida do caule e raízes.As concentrações foliares deste nutriente duran-te todo o desenvolvimento da muda estavamacima da faixa adequada, segundo Dell et al.(1995), estabelecida entre 50 e 546 mg de Mnkg-1. Nota-se que as concentrações de Mn nocaule sofreram pequenas variações durante odesenvolvimento da muda, sendo praticamenteconstante com o aumento da idade (Figura 3D).

As concentrações de Zn em todas as par-tes da muda diminuíram linearmente com a ida-de (Figura 3E). As concentrações mais eleva-das foram obtidas nas raízes, independente daidade da muda, chegando a ser de 8 a 10 ve-zes maiores que aquelas encontradas nas fo-lhas e caule. Verificou-se que a concentraçãodeste nutriente na expedição das mudas foi de(mg kg-1): 31,8 nas folhas, 22,9 no caule e 185,3nas raízes.

Acúmulo dos macronutrientes nas diferentespartes das mudas

A quantidade máxima acumulada de Nocorreu aos 76 dias de idade (Figura 4A). A partirdeste período, verificou-se uma queda noacúmulo total deste nutriente. O total acumula-do, aos 97 dias de idade, foi de 7,9 mg/muda,distribuído em 5,1 mg nas folhas (60%), 1,5 mgno caule (20%) e 1,3 mg nas raízes (20%).

O maior acúmulo de fósforo ocorreu quan-do as mudas tinham 80 dias de idade (Figura4B). Na idade de 97 dias, o total acumulado foide 3,16 mg /muda, com 0,88 mg provenientesdas raízes (28%), 0,93 mg do caule (29%) e 1,35mg das folhas (43%).

O maior acúmulo total de K nas mudas foiverificado aos 86 dias de idade (Figura 4C). Naidade de 97 dias, a quantidade total acumula-da de potássio foi de 15mg /muda, sendo 46%,34% e 20% provenientes das folhas, caule eraízes, respectivamente.

O acúmulo de Ca na muda em função daidade, mostrou que, ao contrário do N, P, K e Mg,esse macronutriente apresentou maior quanti-dade acumulada aos 97 dias (Figura 4D). Nes-sa idade, o total acumulado foi de 12,4 mg/muda, sendo que as folhas contribuíram com5,2 mg (42%), o caule com 4,7 mg (38%) e asraízes com 2,5 mg (20%).

O acúmulo de Mg, em função da idade,encontra-se na Figura 4E. O conteúdo dos 55aos 69 dias foi maior nas raízes, enquanto quedos 83 dias aos 97 dias, nas folhas. A máximaquantidade acumulada ocorreu aos 82 dias deidade. O conteúdo total desse nutriente na épo-ca de expedição das mudas foi de 3,5 mg /muda, sendo 49% provenientes das folhas, 40%e 11% das raízes e caule , respectivamente.

O acúmulo de S sofreu variações durante odesenvolvimento da muda (Figura 4F). Consta-tou-se acentuada queda na quantidade presen-te nas folhas dos 69 aos 83 dias. A absorçãodeste nutriente pelas raízes e folhas variou pou-co dos 55 aos 69 dias. Aos 97 dias de idade, aquantidade acumulada de S (mg/muda) foi de:0,6 nas folhas (34% do total), 0,25 no caule (14%do total) e 0,9 (51% do total) nas raízes.

A seqüência do acúmulo de macronutrientesnas folhas, na época de expedição das mudas,foi de : K> N> Ca> Mg> P> S. Para o caule,foi de : K> Ca> N> P> Mg> S. Nas raízes, aordem foi de : K> Ca> N> Mg³ P> S. Em rela-ção aos macronutrientes, em função da idade,nota-se que na faixa dos 55 aos 69 dias, o N foio macronutriente que apresentou maior quanti-dade acumulada. Após esse período, observou-se queda da quantidade acumulada deste nu-triente, passando a ter menor conteúdo, quan-do comparado ao K e Ca. A ordem decrescen-te de acúmulo total aos 55 dias foi de: N > K >Ca > Mg ³ P > S. Para a idade de 69 dias, aseqüência foi de : K > N> Ca > P ³ Mg > S.Aos 83 dias, foi K > N ³ Ca > Mg ³ P > S,enquanto que aos 97 dias, K > Ca > N > Mg ³P > S.

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Silveira et al. 145

A B

C D

FE

y = - 31,16 + 1,1014x - 0,0072x2

R2 = 0,74*

y = - 16,179 + 0,6172x - 0,0041x2

R2 = 0,59*

y = - 8,6046 + 0,2695x - 0,0017x2

R2 = 0,79**

y = - 6,377 + 0,2147x - 0,0014x2

R2 = 0,56*

1,0

3,0

5,0

7,0

9,0

11,0

55 69 83 97Idade (dias)

mg

N/m

uda

Raiz

Caule

Folha

Total y = - 18,241 + 0,5602x - 0,0035x2

R2 = 0,82**

y = - 6,1832 + 0,1994x - 0,0013x2

R2 = 0,84**

y = -6,5737 + 0,203x - 0,0013x2

R2 = 0,70**

y = -5,4836 + 0,1578x - 0,0009x2

R2 = 0,68**

0,2

0,8

1,4

2,0

2,6

3,2

3,8

4,4

55 69 83 97

Idade (dias)

mg

P/m

uda

Raiz

Caule

Folha

Total

y = -52,647 + 1,5903x - 0,0092x2

R2 = 0,74**

y = -18,269 + 0,5706x - 0,0032x2

R2 = 0,65*

y = - 23,064 + 0,669x - 0,0039x2

R2 = 0,79**

y = -11,315 + 0,3507x - 0,0021x2

R2 = 0,63*

0,5

3,0

5,5

8,0

10,5

13,0

15,5

18,0

55 69 83 97

Idade (dias)

mg

K/m

uda

Raiz

Caule

Folha

Totaly = - 26,232 + 0,7285x - 0,0034x2

R2 = 0,84**

y = -12,378 + 0,3557x - 0,0018x2

R2 = 0,72**

y = -14,046 + 0,3872x - 0,002x2

R2 = 0,84**

y = -1,9981 + 0,0457xR2 = 0,88**

0,5

3,0

5,5

8,0

10,5

13,0

55 69 83 97Idade (dias)

mg

Ca/

mud

a

Raiz

Caule

Folha

Total

y = -11,396 + 0,3629x - 0,0022x2

R2 = 0,66**

y = -2,7053 + 0,1055x - 0,0007x2

R2 = 0,55*

y = -5,4141 + 0,1565x - 0,0009x2

R2 = 0,72**

y = - 3,277 + 0,1008x - 0,0007x2

R2 = 0,73**

0,2

0,8

1,4

2,0

2,6

3,2

3,8

4,4

55 69 83 97Idade (dias)

mg

de M

g/m

uda

Raízes

Caule

Folhas

Total y = - 54,425 + 2,3333x - 0,0317x2 + 0,0001x3

R2 = 0,72**

y = -11,443 + 0,4805x - 0,0064x2 + 0,00005x3

R2 = 0,80**

y = - 26,396 + 1,1383x- 0,0156x2 + 0,00007x3

R2 = 0,62**

y = -16,586 + 0,7145x - 0,0097x2 + 0,00004x3

R2 = 0,55*

0,0

0,3

0,6

0,9

1,2

1,5

1,8

2,1

55 69 83 97Idade (idade)

mg

de S

/mud

a

Raízes

Caule

Folhas

Total

Figura 4Acúmulo dos macronutrientes nas diferentes partes das mudas de Eucalyptus grandis em função da idade (A: Nitrogênio;B: Fósforo; C: Potássio; D: Cálcio; E: Magnésio e F: Enxofre).(Accumulation of macronutrients at different parts of Eucalyptus grandis seedlings according to the age. (A: Nitrogen; B:Phosphorous; C: Potassium; D: Calcium; E: Magnesium and F: Sulfur).

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146 Nutrientes em mudas de eucalipto

O crescimento da muda resultou em menorporcentagem de nutrientes em relação à maté-ria seca produzida. A concentração total denutrientes foi de (g kg-1): 51,3 aos 55 dias; 62,2aos 69 dias; 47,1 aos 83 dias e 36,3 aos 97dias. Isto mostra, de forma geral, que o cresci-mento da muda proporcionou um efeito de di-luição na concentração dos nutrientes na or-dem de 42% quando se comparou as idadesde 69 e 97 dias.

Na Tabela 2 são apresentadas as razõesentre as quantidades acumuladas dos macro-nutrientes nas diferentes idades. A relação N/Kaos 97 dias foi praticamente a metade da en-contrada aos 55 dias. Esse resultado tem gran-de importância prática, sugerindo que as adu-bações de coberturas durante a fase de cresci-mento (30 aos 70 dias) devem apresentar rela-ção N/K na faixa de 1,0 a 1,5 e, na fase derustificação (70 aos 100 dias ou quando asmudas atingirem 20 cm de altura), de 1 N para2 a 3 K (Silveira et al., 2001). O maior forneci-mento de N na fase inicial do crescimento éimportante pelas funções que esse nutrientedesempenha como aumento da área foliar emaior crescimento vegetativo (Marschner, 1995;Malavolta et al., 1997). No entanto, a reduçãodas doses de nitrogênio durante a rustificaçãoé importante para garantir o pegamento e asobrevivência das mudas após o plantio nocampo conforme constatado por Ismael (2001).Além disso, O aumento da dose de potássiocom a idade faz com que as mudas se tornem,fisiologicamente, mais capazes de regular suasperdas de umidade, além de facilitar oengrossamento do caule, fatores essenciais paraa adaptação das mudas às condições adver-sas de plantio, principalmente nos períodos demaior estresse hídrico (Gonçalves, 1995).

A diminuição acentuada da razão N/Ca, K/Ca e o aumento da razão Ca/P com a idade,indica que a exigência de Ca aumenta com ocrescimento da muda. O cálcio é essencial paraa síntese da parede celular na fase secundária

do desenvolvimento e no processo delignificação (Marschner, 1995; Dunisch et al.,1998). Em termos práticos, o fornecimento deCa deverá ser maior na fase de rustificação, poisexiste a necessidade de maior lignificação docaule, cujo objetivo é aumentar a resistência dasmudas ao afogamento de coleto nos solos are-nosos em dias de alta temperatura.

Relações Idade (dias)55 69 83 97

N/K 1,09 0,79 0,67 0,53N/P 3,85 2,82 2,57 2,50N/Ca 2,15 1,35 0,98 0,64N/Mg 3,99 3,33 2,98 2,56N/S 5,86 5,97 8,72 4,53K/P 3,52 3,54 3,85 4,75K/Ca 1,97 1,70 1,48 1,21K/Mg 3,65 4,19 4,47 4,85K/S 5,37 7,50 13,08 8,60Ca/P 1,79 2,09 2,61 3,92Ca/Mg 1,86 2,47 3,03 4,01Ca/S 2,73 4,42 8,86 7,11Mg/S 1,46 1,79 2,93 1,77

Tabela 2Relações entre as quantidades acumuladas demacronutrientes nas mudas de Eucalyptus grandis nasdiferentes idades.(Ratio among the accumulated amounts ofmacronutrientes in the seedlings of Eucalyptus grandis inthe different ages)

Acúmulo dos micronutrientes nas diferentespartes das mudas

O maior acúmulo de B foi observado aos69 dias, ocorrendo uma queda acentuada dos69 aos 83 dias, principalmente para as folhas.O total acumulado aos 97 dias foi de 25,2mgB/muda, sendo 48% proveniente das folhas, 29%das raízes e 23% do caule (Figura 5A).

O maior conteúdo de Cu foi encontrado nasraízes, independente da fase de desenvolvimen-to da muda (Figura 5B). A quantidade acumu-lada nas raízes variou de 71% a 78% do totalconforme idade da muda. Aos 97 dias, o totalacumulado por muda foi de 44 mg de Cu,alocados em 78% nas raízes, 12% nas folhas e10% no caule.

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Silveira et al. 147

y = - 1547,1 + 63,949x - 0,845x2 + 0,0036x3

R2 = 0,86**

y = - 971,4 + 40,599x - 0,5441x2 + 0,0024x3

R2 = 0,87**

y = -395,4 + 16,458x - 0,2197x2 + 0,001x3

R2 = 0,78**

y = - 383,37 + 15,62x - 0,2031x2 + 0,0009x3

R2 = 0,70**

0

10

20

30

40

50

55 69 83 97Idade (dias)

µg d

e B

/mud

a

Folhas

Raízes

Caule

Total

y = - 86,944 + 2,9312x - 0,0163x2

R2 = 0,84**

y = - 40,738 + 1,5221x - 0,0078x2

R2 = 0,73**

y = - 15,513 + 0,5439x - 0,0034x2

R2 = 0,71**

y = - 30,284 + 0,8484x- 0,0051x2

R2 = 0,98**

0

10

20

30

40

50

55 69 83 97

Idade (dias)

µg d

e C

u/m

uda

Raízes

Folhas

Caule

Total

A B

y = 8066,7 - 331,14x + 4,6301x2 - 0,0209x3

R2 = 0,74**

y = 7366,4 - 300,36x + 4,1779x2 - 0,0189x3

R2 = 0,62*

y = 711,32 - 31,224x + 0,4504x2 - 0,0021x3

R2 = 0,79**

y = -1505,8 + 61,163x - 0,7947x2 + 0,0034x3

R2 = 0,63*

0

100

200

300

400

500

600

55 69 83 97Idade(dias)

µg d

e Fe

/mud

a

Folhas

Caule

Raízes

Total y = - 1427,6 + 42,192x - 0,2156x2

R2 = 0,70**

y = - 1062,1 + 30,942x - 0,1704x2

R2 = 0,68**

y = - 30,564 + 2,1482x R2 = 0,72**

y = - 351,52 + 9,558x - 0,0482x2

R2 = 0,85**

20

130

240

350

460

570

680

55 69 83 97

Idade (dias)

mg

de M

n/m

uda

Folhas

Caule

Raízes

Total

C D

y = - 57,053 + 1,7367x - 0,0102x2

R2 = 0,69**

y = - 377,61 + 11,382x-0,07x2

R2 = 0,75**

y = - 272,2 + 8,3103x - 0,0522x2

R2 = 0,74**

y = - 48,358 + 1,3347x - 0,0077x2

R2 = 0,80**

0

30

60

90

55 69 83 97

Idade (dias)

mg

de Z

n/m

uda

Folhas

Caule

Raízes

Total

E

Figura 5Acúmulo dos micronutrientes nas diferentes partes das mudas de Eucalyptus grandis em função da idade (A: Boro; B:Cobre; C: Ferro; D: Manganês e E: Zinco).(Accumulation of micronutrients at different parts of Eucalyptus grandis seedlings according to the age. (A: Boron; B:Copper; C: Iron; D: Manganese, and E: Zinc))

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148 Nutrientes em mudas de eucalipto

A quantidade máxima acumulada de Fe foiobservada aos 83 dias de idade (Figura 5C),sendo que 78% alocados nas raízes. Ao contrá-rio do Fe, a maior quantidade acumulada deMn foi encontrada nas folhas, independente doestádio de desenvolvimento da muda. O maioracúmulo de Mn ocorreu aos 97 dias de idade,sendo que 53% do total estavam alocados nasfolhas.

A mesma tendência observada para o fer-ro, ocorreu para o zinco, onde a maior quanti-dade acumulada encontrava-se nas raízes com-parada às folhas e ao caule. A máxima quanti-dade acumulada deste nutriente foi observadaaos 81 dias de idade, sendo que 69% do totalestava nas raízes.

CONCLUSÕES

Nas condições em que foi desenvolvido opresente trabalho, os resultados obtidos per-mitem as seguintes conclusões:

A distribuição da matéria seca total obede-ceu à seguinte ordem decrescente: folha > caule> raízes;

Somente para o N e Mn, as maiores concen-trações ocorreram nas folhas, sendo que paraos demais nutrientes, no caule ou raízes;

As concentrações dos macronutrientes emtodos os órgãos diminuíram com a idade dasmudas, exceção feita para a concentração decálcio nas raízes;

As concentrações de Cu, Fe e Zn em todasas partes da muda decresceram com a idade;

Na época de expedição das mudas, aos 97dias de idade, o K foi o macronutriente maisextraído, seguido em ordem decrescente peloCa, N, Mg, P e S;

No final do ciclo de produção de mudas, oMn foi o micronutriente mais extraído seguidopelo Fe, Zn, Cu e B.

AUTORES

RONALDO LUIZ VAZ DE ARRUDA SILVEIRA éPesquisador da RRAgroflorestal S/C Ltda. -

Edifício Racz Center - Sala 802 - Rua AlfredoGuedes, 1949 - Piracicaba, SP - 13416-901 - E-mail: [email protected] FERNANDO DE LUCA é Pesquisadordo CENA - Centro de Energia Nuclear / ESALQ/ USP - Avenida Centenário, 303 - Caixa Postal96 - Piracicaba - SP - 13400-970LICIANA VAZ DE ARRUDA SILVEIRA é Professo-ra Doutora do Departamento de Bioestatística -IB/UNESP - Caixa Postal 510 - Botucatu, SP -18618-000 - E-mail: [email protected]ÁCIO FIGUEREDO LUZ é Engenheiro Flo-restal - Eucatex Florestal

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