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Marcos Vinicios da Costa Serrador
Fisioterapeuta /Téc. Segurança do Trabalho
Pós graduado em Biomecânica do movimento e Sist. de Gestão Integrada
DORT - Distúrbio Osteomusculares Relacionado
ao Trabalho, termo abrangente que se refere aos
distúrbios ou doenças do sistema músculo
esquelético, principalmente do pescoço e
membros superiores, relacionados
comprovadamente ou não ao trabalho.
Estágio 1 - Dor e cansaço nos membros superiores
durante o turno de trabalho, com melhora nos fins de
semana, sem alterações no exame físico e com
desempenho normal.
Estágio 2 - Dores recorrentes, sensação de cansaço
persistente e distúrbio do sono, com incapacidade
para o trabalho repetitivo.
Estágio 3 - Sensação de dor, fadiga e fraqueza
persistentes, mesmo com repouso. Distúrbios do sono
e presença de sinais objetivos ao exame físico.
BIOMECÂNICOS/ORGANIZACIONAIS
Vibração;
Posturas estereotipadas;
Repetição;
Ritmo – falta de repouso;
Força;
Compressão mecânica de estruturas;
Remuneração;
Mobiliário.
PSICOSSOCIAIS
Intenso estresse ocupacional;
Monotonia das atividades ;
Ansiedade;
Depressão.
Diagnóstico é clínico e o exame físico é
fundamental;
Sintomas mais comuns: dores, parestesias,
edema, fadiga, perda de força e/ou perda
do controle do movimento, sudorese
excessiva, alodíneas;
Geralmente queixas múltiplas.
“ Diagnosticar uma doença multifatorial só é
possível com uma equipe
multiprofissional!”
Veronesi, 2008
Queixa Principal;
História da Moléstia Anterior;
História da Moléstia Pregressa.
O diagnóstico da LER/DORT é realizado por meio de um
complexo de exames e procedimentos que seguem os
passos :
Analisar as atividades executadas fora do
trabalho, como atividades esportivas e
atividades domésticas.
Analisar as atividades desenvolvidas
atualmente pelo avaliado, onde é analisada a
função desenvolvida, o SSB(segmento em
sobrecarga Biomecânica) da função, tempo
na função e número de afastamento.
INSPEÇÃO
Trofismo;
Coloração;
Textura;
Cicatrizes.
PALPAÇÃO
Sensibilidade;
Dor;
Edema –fibroedema/linfoedema;
Cirtometria/Perimetria.
ADM/Goniometria;
Retrações/ deformidades;
Força muscular;
Marcha;
Testes propedêuticos.
Vista Anterior;
Vista Posterior;
Vista Lateral.
Exames complementares;
Cirurgias.
Objetivos gerais do tratamento;
Tipo de intervenção;
Previsão de alta.
Para uma maior eficácia e eficiência na
avaliação deve ser criado INDICADORES a
serem observados durante a evolução do
tratamento.
I. Itens de Observação
FREQUÊNCIA MENSAL DO USUÁRIO
Satisfatório 75% ou mais de frequência no período;
Regular 74% a 70% de frequência no período;
Insatisfatório 69% ou menos de frenquência no
período.
INTERESSE DO USUÁRIO
Satisfatório responde adequadamente em 75% ou
mais das sessões;
Regular responde adequadamente em 74% à 51% das
sessões;
Insatisfatório responde adequadamente em 50% e/ou
menos das sessões.
I. Itens de Observação
Sensibilidade
PT 1 ° M 2° M
P R P R
Sensibilidade
Não tentável Ausente Parcial ou alterada Normal
PT 1 ° M 2° M
P R P R
Dor
Edema
Deformidade
Retrações
Aumentou Manteve Diminuiu Ausente
PT 1 ° M 2° M
P R P R
Trofismo
ADM/ Goniometria
Diminuiu Manteve Aumentou Adequado
Análise Postural
Piorou Mantém Melhorou S/ alteração significativa
PT 1 ° M 2° M
P R P R
Análise Postural
Força Muscular
Não há contração Esboço de contração Não vence a gravidade Vence a gravidade Vence leve resistência Vence grande resistência
PT 1 ° M 2° M
P R P R
MSD
MSE
MID
MIE
Locomoção
Cadeira de rodas conduzida p/ terceiros Cadeira de rodas – auto condução Marcha com apoio de terceiros Marcha com apoio bilateral Marcha com apoio unilateral Marcha independente
PT 1 ° M 2° M
P R P R
Locomoção
Quanto mais precoce o diagnóstico, mais eficaz será o
tratamento.
Deverá o paciente se afastar do trabalho, ou somente troca
de função?
Avaliar possíveis mudanças ergonômicas e organizacionais.
Evitar que evolua para quadro de dor crônica e quadros
psíquicos crônicos
Participação de equipe multidisciplinar, inclusive dos
profissionais da empresa.
Realizar o tratamento específico.
Tratamento cirúrgico está indicado?
Retornar ao trabalho o mais precoce possível,
evitando-se o agravamento de danos psicossociais.
Preparar o trabalhador para a tarefa;
Eliminar fatores de dificuldade na realização de tarefas;
Reduzir o esforço manual na execução da tarefa;
Acertar a postura do trabalhador ao executar a tarefa;
Eliminar as fontes de compressão mecânica de estruturas
delicadas;
Eliminar movimentos desnecessários: automatizar as
tarefas de altíssima frequência com padrão único de
movimento;
Promover rodízio de tarefas;
Instituir pausas de recuperação;
Reduzir a vibração das ferramentas e/ou controlar o
tempo de ação de ferramentas vibratórias;
Eliminar movimentos desnecessários: automatizar as
tarefas de altíssima frequência com padrão único de
movimento;
Promover rodízio de tarefas;
Instituir pausas de recuperação;
Reduzir a vibração das ferramentas e/ou controlar o
tempo de ação de ferramentas vibratórias.
COUTO H.A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho.
JUNIOR J. R. V. Fisioterapia do Trabalho – Cuidando da saúde Funcional do Trabalho. 2008.
Doenças relacionadas ao trabalho – Manual de procedimentos para os Serviços de Saúde – Ministério da Saúde.
AVAPE – Associação para Valorização de pessoas com Deficiência.