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ARTIMANHA IMPERIALISTA unanimidade pela são de ConattttJJeio e *7< ça, que argfisa, en nào ser mala Baeeesárla nhuma legütaçto sAbre matéria. *3 Inda- tar ar- TtttJflMiiili saaa SSSaT: #rtM^ "A partir da vigência do Decreto n.° 24.47», de 11 de Julho de 1934 até 1948. os grupos da Braailian Trac- tion . (Orupo Llght do Rio e de a Paulo» a* «ubil- diárias da Bond and Cha- re vinham pagando uma taxa anual de Cri 10.00 por quilowatt de potência lns- talada, o que representava uma espécie de rayalty pela utilltaçao das águas que pertencem à Nação Em 11. de fevereiro de 1952, essas empresas es- trangelras conseguiram um Acórdão do Conselho Na-, cional de Águas e Energia Elétrica que estranhamente esposou o ponto de vista contrário i Fazenda Nacio- nal sob a alegação de que ae tornava indispensável a elaboração de uma nova lei sdbre o assunto. Procurando impedir que as empresas estrangeiras deixassem de pagar a refe- rida taxa, o deputado Nel- son Omegna, em 1951, apre- sentou projeto que fixava essa taxa pm CrS 10,00. Tal proposição foi rejeitada por .5Í£ Sendo ataün, ficou a tenda Nacional dlaat dois ptonanclamento* . vert^ãÍM, itto é, o do CoaH seiho 4e Aguts reclamaail do Congresso uma lei íüraa» do o quantum da taxa, CO da Câmara dos Deputado* julgando nio mais .ser ap- cessário nenhum dlpi legaL ate conseqüência ao, ot truates assumi., gostosamente 0 papel de —^ pectadores da contenda Ju< ridica desde que te furta- vam ao pagamento anual da dezenas de milhões de cite* zeiros à Fazenda Pública. A «ituacão se arrasta det- de aquélta dias até hoJOi Não obstante a pretsio rea-! llzada pela Câmara dtw Deputado*, am 1955, atra. véa de requerimento de là< formações, a verdade é, o lmpatte continua. ~ .wTmmmTmm aoaeofret pibllcoí i nat de milhões de cri ''"vidos em virtude da utt- lizaçáo de um bem da Na-i çao brasileira". PACAR O QUÊ? Esse escândalo da adml* nistração brasileira em fa- vor de poderosos grupos econômicos lnternacionaa\ que habilidosamente avqei tetam sutis argumento» Ju- ridicos para te furtarem à •entrega ao Pais de uma par» cela de seus fantásticos lu- cros, mais uma vez demont- tra 6 caráter espoliatlvo do imperialismo. Recentemente, a oplniAo pública do Pais se levantou contra mais um escândalo que o Oovérno pretendia perpretar, sob Imposição do FMI: a compra do material velho da Bond and ghare. Esta ameaça contra a eco- nomls nacional ainda nao está de todo debelada. Poe Isto, é preciso lembrar sem- pre que, como acabamos de ver. em lugar de lhes de- vermos alguma coisa, oa trustes estrangeiros é quo estão a no» dever de Estrutura "O. que se pretende com essa brutal caínpapba.é atingir a nessa causa: a cau- «ada; luta pelas reformas de estrutura, a c-uta da libertação de nosso povo dos seus espoUaâorès estrangeiros" assim o depu- tado' Leonel Brizola denuncia o sentido da onda dt ataques e provocações eontra êle desencadeada no* últimos dia*, tendo à frenjoio.- deputado Joio Calmon e os "Dia- r'n* áàagclados". , :rae*mo tempo, o ex-governador gaú- «ho:veat*fazendo revelações estarrecedoraa aobrq & Mq-te a «oe ae empresas «'associa- dM" afcbrtetem o Banco do Brasil, at Cai-. xat Bcaoetnlcas a oa: toititntos de Previ- dêncla, jg^mento etoco da» eetenta em- presta do» 'TXarloa Aieocladot". devem ao Banco do Brasü J bhhao e SOO milhões de crurelroa. So a revbta "O Cnszeiro" deve. em selt. •fpapagaiot" vencidos, êste ano. 270 miuMfet-de cruzeiro*. .Bis a prova, fornecida por Bxtaola, dat letras descontadas em atraso:' NumeroVencimento Valer : ..-:••• æ, -Crg- ¦ LD 10.540•: 22/1/63100 milhões LD 11.02510/2/8»100 milhões LD 13.41125/3/6340 milhões LD 14.76022/4/4310 milhõet LD 14.76120/5/6310 milhões LD 14.76210/6/6310 milhões B\ eomo ae vê, am monstruoso assalto ao patrimônio público. K para quê? Para que ot "Aaaoeiados" abram, aa tuat paginai ao IBAD e ao MAC, façam campanha eon- tra aa reformas de base, defendam a eom- pra da Bond and Share, advoguem á en- . trega do Brasil.aos imperialistas norte- americanos. Como disse o deputado Brizola, "isso; nâo pode ficar impune. Tem que áer apurado. Os saqueadores tè-n que responder perante a Justiça e b povo'. iNa terceira página: reportagem e manifesto da FMP.) fll Btm "^ .^-^ajB!^ííít»b^bbI ¦SbbbbbbbbbbbbbBc-Í t|H. vi*' ¦ ?B aMBtlB BT*V;:^.M;fmWW&l£m\tM&.'<ítoiJAm BtBt»*»! ltli*JlK**ttl BbbI BKSRv ¦' .vBBmmmmmv?í.*.?r*? /^WÍ.ÍaS»bB R!g^ f ' fBBÍ fl Bb^'^3nf|B5^-''"-y'Ç:5i»tBBH Bfl EneJaVe] mWÊ^^mÊml^/k*'--:'' '^ 19 rs^Wjilt] I mmW^&mWÊmWl- ¦%¦ ¦ ¦><f.M mm iW B mmWÊÈêmÊʧmWsm\W?mW^BB m\mW^w'¦ A^BPfl fl B'J-Vw1MS> ''B^W =Bmm-'mm WÊkW^^y ' VmmWMfl tal mWtmfâmW.mmmW&s'$mmmmT:.-jAmtaT^Pitl bTsM'^ t:, -< zsV^^P^Pttl¦ I IÍÍKiSèaiKlHil P9i ^ i *' JP; \ Mh<*Mt¦ mm fllv^lcSslWÊÊ ü fc y \mM Wl| I mmWmmHgS*, . - ^^m mm\\ B WlWÊm\\WM W$£HSí ^81 - a fliwM^aBü9iiiB Biik^&i^í :>cf tóíi*? fE:ai aaa ,U Bi' - -t| ,1 ,af- y" 0a ,|Í€^i#|I BE*SHaVsj*l bTP^"1 •: -»* JüísBt * SUH WmM mmWfá-: :'.'."'' 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- Contra essa políticaláts tràbalhodora* e I aopòv*j. to reita o Juta.Luta para' conquistaráumejrtfó salarial, paraexigira aprovação ime-diata çjo. aumento dt7Q% parav o funciona»üimoefvií* mllrtar/con-tra a apeovoçao do con»fiteo.' salarial .represen-tado pelo empréstimoçorrtputtòrio, pela mòdi»fieaçfiptjjpjjjft política eco»n6rnicó-fihònceir,a doGoylrrio. (leia matériasna 7» página e editorialfía.â»). :'.;:'.,.

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Marco lotôrio ter SakerPar Oue M. ta Pazeiria NaoUra i DfrHa k InsteO dapaUéa Marco Ante-

nio requarta à msta de C4-mara, bo dia 27 dt junhoúltimo, que tolicltas.se aoMleJtttklo da rttenda aetegulntai Inforntcõts: 1)Teca a Pasenda Nacionalefetuado a cobrança 4a"taxa tebrc o KW" dat era-pratas ptrmissionárlas ouconcessionárias dr energiahidrelétrica a partir doexercício de 1040. até à pre-sente data?; 2» Em casoafirmativo, qual foi o mon-tanta' da receita apurada,ano por ano?; S) Caso aresposta ao primeiro ittmseja negativa, por .que Istost deu?; 4) Que providên-alta tem adotado o Mlnls-t4rio da Fazenda para obrl-gar ai empresa* permlsslo-' nàriaa.ou concessionáriasdt energia hidráulica a efe-'toarem o recolhimento da

I referida "taxa aobre e qui-towatt"?

ARTIMANHAIMPERIALISTA

unanimidade pelasão de ConattttJJeio e *7<ça, que argfisa, en

nào ser mala Baeeesárlanhuma legütaçto sAbrematéria.

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Inda-tar ar-

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SSSaT: #rtM^"A partir da vigência do

Decreto n.° 24.47», de 11 deJulho de 1934 até 1948. osgrupos da Braailian Trac-tion . (Orupo Llght do Rioe de a Paulo» • a* «ubil-diárias da Bond and Cha-re vinham pagando umataxa anual de Cri 10.00 porquilowatt de potência lns-talada, o que representavauma espécie de rayalty pelautilltaçao das águas quepertencem à Nação

Em 11. de fevereiro de1952, essas empresas es-trangelras conseguiram umAcórdão do Conselho Na-,cional de Águas e EnergiaElétrica que estranhamenteesposou o ponto de vistacontrário i Fazenda Nacio-nal sob a alegação de queae tornava indispensável aelaboração de uma nova leisdbre o assunto.

Procurando impedir queas empresas estrangeirasdeixassem de pagar a refe-rida taxa, o deputado Nel-son Omegna, em 1951, apre-sentou projeto que fixavaessa taxa pm CrS 10,00. Talproposição foi rejeitada por

.5Í£

Sendo ataün, ficou atenda Nacional dlaatdois ptonanclamento* .vert^ãÍM, itto é, o do CoaHseiho 4e Aguts reclamaaildo Congresso uma lei íüraa»do o quantum da taxa, COda Câmara dos Deputado*julgando nio mais .ser ap-cessário nenhum dlpilegaL ate conseqüênciaao, ot truates assumi.,gostosamente 0 papel de —^pectadores da contenda Ju<ridica desde que te furta-vam ao pagamento anual dadezenas de milhões de cite*zeiros à Fazenda Pública.

A «ituacão se arrasta det-de aquélta dias até hoJOiNão obstante a pretsio rea-!llzada pela Câmara dtwDeputado*, am 1955, atra.véa de requerimento de là<formações, a verdade é,o lmpatte continua. ~

.wTmmmTmmaoaeofret pibllcoí inat de milhões de cri''"vidos em virtude da utt-lizaçáo de um bem da Na-içao brasileira".

PACAR O QUÊ?Esse escândalo da adml*

nistração brasileira em fa-vor de poderosos gruposeconômicos lnternacionaa\que habilidosamente avqeitetam sutis argumento» Ju-ridicos para te furtarem à•entrega ao Pais de uma par»cela de seus fantásticos lu-cros, mais uma vez demont-tra 6 caráter espoliatlvo doimperialismo.

Recentemente, a oplniAopública do Pais se levantoucontra mais um escândaloque o Oovérno pretendiaperpretar, sob Imposição doFMI: a compra do materialvelho da Bond and ghare.

Esta ameaça contra a eco-nomls nacional ainda naoestá de todo debelada. PoeIsto, é preciso lembrar sem-pre que, como acabamos dever. em lugar de lhes de-vermos alguma coisa, oatrustes estrangeiros é quoestão a no» dever

de Estrutura"O. que se pretende com essa brutal

caínpapba.é atingir a nessa causa: a cau-«ada; luta pelas reformas de estrutura, ac-uta da libertação de nosso povo dos seusespoUaâorès estrangeiros" — assim o depu-tado' Leonel Brizola denuncia o sentido daonda dt ataques e provocações eontra êledesencadeada no* últimos dia*, tendo àfrenjoio.- deputado Joio Calmon e os "Dia-r'n* áàagclados".

, :rae*mo tempo, o ex-governador gaú-«ho:veat*fazendo revelações estarrecedoraaaobrq & Mq-te a «oe ae empresas «'associa-dM" afcbrtetem o Banco do Brasil, at Cai-.xat Bcaoetnlcas a oa: toititntos de Previ-dêncla, jg^mento etoco da» eetenta em-presta do» 'TXarloa Aieocladot". devem aoBanco do Brasü J bhhao e SOO milhões decrurelroa. So a revbta "O Cnszeiro" deve.em selt. •fpapagaiot" vencidos, êste ano. 270miuMfet-de cruzeiro*. .Bis a prova, fornecidapor Bxtaola, dat letras descontadas ematraso:'

Numero Vencimento Valer: ..-:••• , -Crg- ¦LD — 10.540 •: 22/1/63 100 milhõesLD — 11.025 10/2/8» 100 milhõesLD — 13.411 25/3/63 40 milhõesLD — 14.760 22/4/43 10 milhõetLD — 14.761 20/5/63 10 milhõesLD — 14.762 10/6/63 10 milhões

B\ eomo ae vê, am monstruoso assaltoao patrimônio público. K para quê? Paraque ot "Aaaoeiados" abram, aa tuat paginaiao IBAD e ao MAC, façam campanha eon-tra aa reformas de base, defendam a eom-pra da Bond and Share, advoguem á en- .trega do Brasil.aos imperialistas norte-americanos. Como disse o deputado Brizola,"isso; nâo pode ficar impune. Tem que áerapurado. Os saqueadores tè-n que responderperante a Justiça e b povo'. iNa terceirapágina: reportagem e manifesto da FMP.)

fll Btm "^ .^-^aj B!^ííít»b^bbI

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leste .

MAIOR DO MUNDO

A prtmdra seção «a maior fábriea*V•¦¦¦¦•• 4o atando amam de ser ler*¦Unada. Trata-se da fábriea de Balak*M*. na Uciinla, que produzirá anual*mento 1400000 toneladas d* cimento.wsma empresa, pela primeira ves aaWMs, cria-a. m pp^a, iataum»tad-d.asrtroçaodomaUrio-prtaustéaproduto Matada, o» pedreira, • «ata-rtal «traído 4 transportado por um "to*boduto* de nove quilômetros. As cincoestações de bombeamento. tastdadu nomu trajeto, tavufto cada mgwdo MOquilos de motdrlirprima. A fábrica ssrialtamente muanlmds. a automatluçio.a, eletrOnlca e os dispositivos especiais decálculos poderio mudar u doses da ma*tarta-pdre» am taoam da composiçãoqualitativa do cimento e resolver outrastarefas tecnológicas. Em 1964, essa fá-'

definitivamente terminada.

AUTOMATIZAÇÃO

*»TNa empresade Constru-Ção de Má*quinas deCortar Me*tais, em Bo-fia, Bulgária,foi tsrminadoo protótipodo primeirotorno - revól-ver búlgaro,"SR-êOl". «om um statama de direção•utaaattaado. asse tomo tem S motoreselétricos 0 uma velocidade de 40 o 1.000revoluçdes por minuto. A produtividadedo trabalho, coni êsse novo aparelho, au-mentará quatro vezes. Além disso, o tôr-ao permitirá elabora-' vários detalhesemnptame, eem a Intervenção do ope-viria

PETRÓLEO CHINÊS

A indústria do petróleo no Chinaoumprlu eom dois anos de antecipação osobjetivos traçados pelo segundo PlanoQüinqüenal (10M/«2>. Km 1962, a produ-Cia registrou um aumento consideráveld« 104% em relação ao ano anterior. Anradugio dos prlnelpais produtos de pe-«óleo elevou-se em 11%. Mais de 60 no-«ss artigos se Juntaram aos que Já soprodutaam O número total Já alcança otriplo dos que existiam em 1907, últimoano do primeira Plano Qüinqüenal. Ou-tros números: a produção de lubriílcan-tas aumentou 77,3% em 1062 sobre 1861:sulfato de amónla de 20%, também emMacio ao ano anterior.

O orçamento de Cuba, para o ano deHO), prevê a veria de 118.15S.ooo de pesos--Mares pai* a Saúde Pública. Novos

»tala campanhas maciças de vael-

í, aumento d, nomeio de leitos hos-tttatans, «entres sanitários. Mesmo nas•bom, mal* afastadas da capital, eomoMm Ifcestre, estão sendo construídoshospitais. Alguns dadoa das verbos eoma saúde pública em anos anteriores à Pm-votação: 1058/37. 23.601.576 pesoe-délares;mO/50, 20.180.000; 1945, 8.824.145.

BALANÇO TCHKO

Durante os anos ds 1658/61. o vota-me total da renda nacional toheca au-mentou anualmente, rm termos médios,Oe 7,4%, a produção bruta da Indústriasjm 10,7% e a da construção em 10,8%.Hesee período foi raallsado um amplo

Krama de inventa, • tomadas impor-

M medidas para elevar o nivel de vidaSa, população Os salários aumentaramem 1.500 milhões de coroas, os preços dosartigos de consumo baixaram em 4.700milhões de. eoroas. O eonsurao pessoalaumentou durante aqueles anos em 20.1%t O consumo social em 19%.

HffMTO inventivo

Mo ano pUsado, foram apresentadosaa Polftnla mais de 120.000 Inventos eInovações, o que significa um aumento de10% em relação a 1961. Os projetos, quetonam sobre variados setores da eeono*mta polonesa, foram elaborados por enge-nheiros e técnicos (46%), operários (45%),brigadas d« operários e engenheiros ..(7,6%) e por outros trabalhadores (1,4%).Cerca de 70 dos projetos apresentados,sobre economia hidráulica, pequenas in-.dóstrlsa, cinematografia, minas, energé-tioa # Indústria pesada, foram aproveita-dos, o que permitiu a economia nacionalpoupar aproximadamente 2.380 mllhOesde zlotys.

UM JOVIM HUMANO

Aeobo de festejar seu 100* sniversá-rio O putor Ble Stamate, da aldeia deflrlsu, distrito de Turnu Severln (Ru-minta). Sua família compõe-se de umas100 pessoas. Apesar de sua idade, Illesenta-se jovem e continua trabalhan-do. m conta com freqüência aos maismoços Importantes acontecimentos dopaliado de que foi testemunha. Tinhaita elneo anos quando houve a revolu-«IO de 1MB: 34 anos na época da guerrad* independência da Rumánla, em 1877;e, nas Insurreições camponesas de 1807,contra o regime burguês-latlfundlárlotera atada um jovem de 64 anos.

PODER AQUISITIVO

Durante osúltimos qua-tro anos, istoé, no períodode lfis altn. s pro-duelo Indus-trTal d» ita-Pública, t. Pe«moerátlesAieml lubtude M.100 ml-lhfles dt manos para M.100 milhões, o

K representa um aumento de m,i%.10N, a população da RDA comprava

produtos Industriais no valor total de16.400 milhões de msrcos. Ji no ano de1061. a aquisição desses gêneros atingian cifra de 31.400 milhões de marcos.

A vtrdcido tôbro o cato dos bagrinhos^^^ -M<tty ',-*•¦¦

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Gorilismo Estava no FundoDas Provocações em Santos

¦•»--v **! i**ft.«rf*ÍÜrliá»ÍMÍ&

oeste

ÉâaiÉi.

Adoatusr

\Todo um dispositivo, cal-eulada e caprichosamente

montado durante meses ano foi adonodo semanasatrás paia desfechar umverdadeiro fdpe eontn omovimento sindical brasl-tairo, abalar o» prestigio daclasse operária e criar no-vas condições para o desdo-bramsnto da conspiraçãoforWsta que ameaça demorte as liberdades demo-erátlcss e as melhoras con*quietas do movimento po-pulsr de emancipação na-cional. A operação teve porcenário o porto de Santos,servlndo-se a reação de In-terêsses confusos, que en-volviam e envolvem aindaos chamados "bagrinhos",porá assacar contra a ca-tegorla profissional dos es-tlvadores toda espécie deacusações, inclusive a res-ponsabllldade pelo conges-tionamento que ali se verl-fica o causa tantos prejui-sos so Pais. Para tanto, co-mo se viu. todo o tremen-do aparelho de propagandaam poder das cúpulas rea-elonartas, do IBAD.dolPES— vais dizer, da embaixadados Estados Unidos — foipoeto em funcionamento apleno vapor, tudo de formaa dar dimensão nacional, ea mais grave, a uma sim-pies questão local, para des-vlar assim a luta das forçasdemocráticas pelas refor-mas de base, comprometen-do, ao mesmo tempo, umdos mais eombatlvos desta-eamentos da classe opera-ria. que é o Sindicato dosEstivadores do Porto deSantos. Mas a manobra,que aos primeiros instanteschegara a criar um certoestado de Incompreensão emdeterminados setores, foientendida desde o toldo pe-los trabalhadores santistu,que assim puderam enfren-tá-la e dominá-la, pondopor terra as planos do ini-mlgo eom a mesma sereni-dade, a firme» e a auten-tlcldade operária eom quesempre procederam.O INICIODA OPERAÇÃO

Tudo começou à altura4a última campanha elel-toral, quando alguns dema-fogos am Santos, sob a tos-plraçio do cartola HerbertLevy o outros plutocratas daUDN se arvoraram em "ds-temores" dos interesses dostrabalhadoras, propondo-seà obtenção de matriculai naCapitania dos Portos paracandidatas à profissão dsestivador, JA «laborado, noesaenetat o plano visava aessa altura jogar eontn osindicato da elasss o gros-so da opinião pública. Osmatriculados seriam os cha-madas "bagrinhos", traba-lhadores sem profissão de-finida, desempregados ouempregados parciais, que seconcentram em grande nú-mero tanto em Santos co-mo em todos os portos doPais. Para tanto, ao mesmotempo que industriava seuseupinchas no sentido daagitação em torno do aasun-to, o sr. Herbert Levy acer-tava outras medidas com opróprio capitão dos Portos,que era a essa altura seucunhado Dantas Torres,Pouco depois do desenca-deamento da provocação,que nem todos ainda sen-tlam plenamente, o capitãodos Portos, proclomando-setambém perdido de amorespelos operários, expediu1.004 matrículas, eredencl-ando dessa forma ao traba-lho na estiva aqueles tra-balhadores.FLAGRANTEIRREGULARIDADE

Acontece, no entanto, queo número de estivadoressomente pode ser fixado deacordo com o art. 258 daConsolidação das Leis doTrabalho, no que não sebaseou o ato do capitãodos Portos. Com efeito, oart. 258 determina as nor-mas parn a verificação devagas, estabelecendo que asentidades estivadores (osfirmas que, funcionandoeomo intermediárias entreas agências dos armadoress a estiva, eontratam os

serviços dos estivadores) en-vlsráo mensalmente à De-legada do Trabslho Mari-tlmo um quadro demons-tratlvo do número ds ho*ras ds trabalho executadospelos operários estivadores.Verificando-se no eurso deum mês haver tocado a ca-da estivador uma média su*perlor a 280 horas, o nú-mero do homens será au-mentado, de modo que esestabeleça assa média. Oa-so contrário, ainda de aeór*do com o mesmo artigo, asmatrículas continuarão fe-chadas.PROVOCAÇÃODELIBERADA

Ora, nada disso foi leva-do em conta pelo cunhadodo sr. Herbert Levy, eul olevantamento, eivado de Ir-regulsridades, inclusive asubstituição do critério bá-sleo ds hora trabalhada(como determina a lei) perhom-aalárlo, Inovação desua cachola. Nessas condi*çóes procedeu o Stodleatocomo lho cabia, dirigindo-se ao capitão dos Portospara demonstrar a Infração.Mas o capltiio Dantas Tôr-res não quis, porque nioInteressava à execução deseus planos ouvir a palavraponderada do Stodleato, eInclusive continuou a ame-dlção irregular de matai-cuias aos "bagrinhos". En-quanto isso, novos refor-ços foram Jogados em cenapelas forças políticas rea-cionáriaa que executavam amanobre, com o ingresso emJuizo em favor dos matri-cuiados, surgindo então aliminar do Juis Pranels Sei-win Davis. Mss os estiva-dores, por sua ves, hão abri-ram mio ds seus legítimosdireitos, e, por intermédiodo seu Sindicato recorreremao próprio Ministério doTrabalho, qua tomando oo»nhecimento dos fatos ds-terminou ao capitão dosPortos a suspensão da «x-pedlção o o recolhimentodas cadernetas ds matri-cuia Já entregue. A agita-ção forjada pelos politl-queiras a serviço de Hsr-bert Levy nem por issoamainou. Ao contrário,cresceu a ponto do ss» ee-Iianlssda

ate wom swra doorne doe "bagrinhos". fatonoticiado oom mande ss-terdalhaoo o ata eem lá-Crimes do crocodilo petaque há de mais antloperá-rio na imprensa 0» HoPaulo e do Pais. Quase ao

das sérias Irregularidadesque n verificarem am San-tos. suspendeu por sua rei avalidade das matrículas «x-pedidos pelo eap. DantasTorres e o Tribunal Psderalde Recursos cassou a llml-nar do luta Primeis Davis,Mas, posteriormente, no Jul-gamento do agravo da sen-tença o mesmo Tribunaldeu ganho de causa a 270matriculados que haviamimpetrado mandado de se-gurança. Seguiu-se a Issoo não cumprimento, de tal-cio, da sentença e as posiçõeslá conhecidas de todos dojuis Pranels Davis durantea recente crise na ddadeportuária, transformada empraça de guerra, mergu-lnada num Inferno de pres-soes e de ameaças onde asprovocações antioperáriase do mais nítido cunho gol-pista podiam mr sentidasa cada passo.UM MARDE CALÚNIAS

Foi a essa altura dosacontecimentos que o apa-relho de propaganda dareação mais funcionou. Umverdadeiro mar de Intri-gas as mais sórdidas foidespejado sobre a categoriaprofissional dos estivadores.Tudo o que havia de falso foiagitado nos jornais, no rá-dio, na televisão, nas trtbu-nas parlamentares, visandoa apresentar aqueles queestavam com a rasãe e coma lei como se fosse uma eas-ta de privilegiados, de prin-dpes e de sabot -tares dosinteresses da economia na*cional, pois Inclusive fdlançada sobre eles a res*

ponssbllldade do contes-tionamento do porto ds San-tos. A verdade, no entan-te. termina prevalecendosobre o mentira, e oo sete-ns que chegaram o mor*gulhar na confusão forjadapelos veículos do IBAD, doIPÊS e quejandos Já podemver os fatos, em seus deta-lhes, sem % cortina de fu-maça dos provoesdores dogorilismo crioulo.DIREITO PROVADO

Como foi dito, é o art.258 da Consolidação das Leisdo Trabalho, msls s Por-teria 270, de 11/8/1862. pu-bllcado no D.O. de 4/9/1962,que estabelecem o númerode associados do Sindicatodos Estivadores. O Sindi-cato possui atualmente emseus qusdros 2750 associo-dos, número qut longe estádo corresponder a mais de200 hono mensais de tra-balho, limite Iste fixado ps-re qualquer aumento de seusefetivos. Aliás, secundo le-vantamento procedido rigo-rosamenta de acordo com alei. apresentado e aprova-do pelas autoridades com-

Stentes do Ministério do

abaibo, a toses 1750 as-nas 170 horas trab—das por pessoa menmlmen-to. Nio rosto, pois, a maisleve dúvida a respeito durazões que assistem ao Sin-dieato quando oe opõe à In-clusão de novos associadose à absoluta irregulartda-do do ato do capitão' dosPortos, que matriculou1004 "btgrtahos". dos quais271 que impetraram man-dado do segurança, por fór-ça dêste, estão sendo sindi-causados.JOGO ARDILOSO

A am Ofassrvnder manasprevenido podsri surgir, noStanto,

embora nio nsaus^^^W**wi w^^^^^^p^n wmmmm *m*nm-mmj

i mssmo o legitimidadedo ponte ds vista legal daatitude do Stodleato, umaInterrogação om podo ser•té recheada do gravespreocupações: mu afinal,sssa resistindo ao Ingressode novos associados nio éestranharei cm se tratando

Na verdade. • aspiraçãodos "bagrinhos- 4 naturalquo ss verifique. Aliás, omaioria du esttvndoree tam-bém forem "baorinhos".Mu a sdoeio do problemado desemprego nio é funçãodo Stodleato. O "bagrtnho",quo fu do trabalho de cs-uva mn bteo. por possuirgLgft»y»lj£«-qneédevo tar^m dtSJioEluetanada atreves de outrosesminhos enquanto a pró-Pria vida nio criar condi-ções ao Stodleato de lhesoferecer aa Vogas que piei-teia para uma atividadepermanente e estarei eo-mo estivador. Por outrolado, acentue-se que é aprópria lei que assim deter-mina, a nio existir um qua-dro definido de associado*o Sindicato teria de adml-Ur tanta os 1004 Irregular-mente matriculados pelocapitão Dantas Torres eo-mo a totalidade dos desem-pregados existentes emSantas.MAIS UMAFALSIDADE' Uaa o "bagrtnho", apon-tado éssM dias todos pelachamada grande impren-sa como sendo uma vitimadoa estivadores, longe estáde ssr um explorado pelosossodados do Sindicato,que é uma entidade ope-rária autêntica. Como sesabe, apresentando-se dlà-riamente para preenchervagu. que sempre surgem,os ¦ "bagrinhos''

percebemsalários em absoluta Igual*dade de condições com osestivadores. Recebe todo ofruto de seu trabalho, sejaêle quol fór, e mesmo osdescontos que lhes são fei-tos ná qualidade de estiva-dores eventuais religiosa-mente lhes são entreguesdepois. Aliás, todos es ser-J^tSf. _>»uroorttUeo«. de eon-tabllldade. etc, mantidos pe-Jo Stodleato eom u eontrt-traições de seus associados,dessa forma resultam gra*

taltoc para os "tofrtnhoc".No entanto, o que fd ditono curso do crise em San-tos. o continua a ser re-PMldo por certa Imprensa,é que o estivador é um ex-Ptamdtt dos "bagrinhos".PORQUEHA VAGAS?

Uma outra pergunta po-dera surgir a esta altura,sobre u vagu, que diária-riamente explicam a entra-da doe "bagrinhos" no ser-viço de estiva. Será porque os estivadores, que gs-nharlant "salários prlncl-pescos" não querem traba-lhar? Na verdade, o nume-ro atual de associados doSindicato, que é de 2750,corresponde is necassida-des existentes. Esses ho-mens podem dar conta,eom sobra, do serviço exis-tente, e se surgem vagas éporque uma série de íotô-res alheios à vontade doSindicato Isso determina.Assim, concorra fortemen-te par» que surjam clarosnos "pontos'* (onde os es-tlvadores se concentram àespera de chamada) o fa-to de que u agências de na-vegaeio u negam a fasero pedido de homens na vés-era.

Como Isso não é tal-acontece que em um pon-to onde deveriam estar «00homens comparecem apenas

300. e vice-versa, surgindodai as vagu que os "bagrl-nhos" preenchem. Isso,contudo, nio quer dlser queos 2760 associados do Sin-dieato sio tosufldentes, ex-Íressando

apenas u falhui um método obstinada-mento adotado pelas agên-

cias e contra o qual lutamos estivadores desde 1930.08 «SALÁRIOSPRINCIPESCOS»

Outra fantasia criadapdos Inimigos da unidadeda dasse operária, que to-slstem em Jogar setor con-tra setor, é a que dis res-peito su supostos "saláriosprinelpescoe'rque seriampercebidos pelos estivado-res. Um levantamento fei-to no ano passado, bases-do nos sabidamente rigoro-sos dados fomeddos peloImposto de Renda, demons-tre quo a média mensal sa--tartal percebida per eadaestivador atingiu a Ctt•6900,00 (cinqüenta o seismil • novecentos cruset-ros), total bruta Isto bu-ta pare provar qne' os tais"salários prindpsscos" nio

SSâSSnss«• errar prevenções contraos estivadores. Acontece,sim, que esses trabalhado-res, oue ganham por pro-duçfo, em determinadosdlu conseguem perceber sa-lários mais elevados, admada média normal, em quetambém se inclui — regis-tre-se para maior elaresa —seu salário-base de Cr*1330,00, bruto, ou Cri ....1140,80 liquido. Mas, o queliquida o assunto são exa-tamente os dados propor-donados pelo Imposto deRenda, dadoe Irrefutáveisque demonstrem que nosserviços de estiva, em 1962,foram pagos Crt ..-.-.18000777000,00. o que dáa média mensal de Cri ....56 900,00 para cada estiva-dor, eomo já assinalamos.SACRIFÍCIOE PERIGO

t preciso que se note, poroutro lado, que o estivadorenfrenta via de regra tare-fas pesadas e muitas vezesinsalubres, enfrentando ca*da dia os mais diversos pe-rlgos. a oportuno, mesmo,que se leve em conta o altonúmero dn acidentes, mui-tos deles fatais, registradoscada ano, oscilando a mé-dia ao redor de 1025. Alémdisso, é o estivador obriga-do a passar horas a fio emporões sem Ventilação, ab-sorvendo freqüentemen-te emanações as mai3 no*civas à saúde. Aliás, estu-do procedido recentementedemonstra que.o estivador,pelo menos ao fim de 20anos de atividade.-, está so-frendo dos pulmões. Quemquiser que veja como se

procure t estiva e qu pu-se «n revista os quadros deestivadores, onde evulta onúmero de mutilados e en-formos,

Nio por acaso o embuta-tório do Sindicato dos Es-tlvadores de Santos, man-tido por serem deficientesos serviços do IPPETC, éservido por 17 médicos e 12enfermeiras e «seus ser-viços sociais, Igualmentemantidos pdos associados,presta toda espéde de u-slsténcla complementar, eo-mo suplemento de salárioaos acidentados, auxilio-doença, auxilio-aposentado-ria, funeral, pensões tem-porárias e definitivas, etc.tonto assim que em 1062foram gastas Cre33629556,00 para a manu-benção desses serviços, t aque se reduz, enfim, a "vi-da prlnclpesca" dos estiva-dores.UM SEGUNDO LAR

Outro aspecto da quês-tão que merece destaqueem melo à onda de calú-nias levantada pela reaçãoe mus agentes, é o que serefere ás característicaseminentemente demoeritl-cas do funcionamento doSindicato dos Estivadoresde Santos. Em uns qua-dros. de fato, todos sioIguais, não há qualquer u-pécle de privilégio. As fun-ções de contramestres efiscais, que poderiam cons-tituir-se em regalias, são nosntanto distribuídas porigual a todos, à base de ri-goroso rodislc. O Sindica-to é um verdadeiro lar dotrabalhador, a ê nu suasatividades em defesa daclasse, por cuja eficácia to-dos selam, que se alicerça oseu poderio.

Outra característica daeategoria, oportuno lembrarno momento, é o seu sspi-rito de solidariedade huma-na, que nio u «pressaapenu dentro dos quadrosda entidade, mu de seuquadros para fora. Aindana semana passada, eomotantas véaes tem rido fei-to, o Stodleato embarcava"enorme cargo do agualhu• donativos diversos desti-nadoe a enfermos pobres dsCampos do Jordio. Umaoo-mUsio, quo organlsara acoleta, foi junto, à ddadeserrana, levar o carreia-mento, cuidando de sua sus-sio eom um carinho todo .especial. No entanto, quedis disso a Imprensa de ara-

VAIARAM O VBMO

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A imprensa de slugodapenu repete u. ealúntasfortadu pdos Inimigos.dutrabalhadores. User a ver-dade é o que nio lhe inte-ressa. Apresentar os fatostais como são, é o que maisteme. Assim, seguindo a 11-nha da distorção da ver-dade, até o Juis Franels Da-vis foi há dlu a uma esta-çáo de TV para dlser quemandara congelar u eon-tas bancárias do Sindicatoporque tais recursos pode-riam custear "greves Ue-gals" e apontou tais re-cursos como patrimônio deuma entidade que seria mi-lionária. Entretanto, os alu-dldos fundos hão ousavamde dinheiro pertencente àprópria família estivado»,a quotas de previdência, deférias anuais, a descontospara pagamentos diversosde serviços asslstenclais.Quem o ouviu, porém, não'entendeu assim, porque fdtudo dito de maneira a fa-zer passar o Sindicato naconta de uma verdadeirapotência financeira, tudo deacordo com os tais "sala-rios princlpeseos" de quetanto falam.PARA A FRENTE

Passada a tempestade,em qué jogou papel tão sa-Hente o Juis Pranels Da-vis e durante a qual tan-tas provas da velha fl-bra operária deram os es-tlvadores, o Sindicato deSantos prossegue agoranormalmente as suas ati»vldades. Ainda há dias, aposse de sua nova direto-ria, à cuja frente está seudestacado líder DomingosGarcia, foi oportunidadepara que a categoria dessemais uma prova de aua coe-são e de «ua unidade, comoum baluarte inexpugnável,como uma rocha ao encon-tro da qual Irão se desfa-ser quantas ondas se le-vantarem. Quanto ao mais,a defesa doB seus direitos,no respeitante aos 275 ma-triculados aue haviam Impe-trado mandado de seguran-ça, está asora na lnstílnclacorrespondente, E. se a leifôr. respeitada, o Sindicatoterá ganho de eausa. Dequalquer forma, porém, aluta segue- seu eurso, para afrente, para novos êxitos.

A veste da nova Direto-ria do Sindicato aos Estiva-dores de Santos, realizadaquando ainda estavam bemvivat ms impressões dos úl-tltnot acontecimento! nacidade portuária, foi umafesta de unidade. Na fotoutn flagrante da mesa quepresidiu aos trabalhos.

rava, no mêsde nulo, umcomido ele:-toral. Milha-res de rem-poneses, quehaviam sidoImpedidos domarchar In-cor porados

até o local do ato, compareceram Indl-vldualmenta e Interromperam vártas vê-ses o discurso de Adenauer, msnlfestsn-do seu descontentamento contra a políticadn mina dos trabalhadores do cnmpo le-vada a efeito pelo governo de Bonn.Orande parte dos camponeses abando-nou a seguir ostensivamente o local docomido.

' NAO TINHA GRAÇAVários lideres da oposição portuguesaescreveram a Salazar, "desistindo do pe-dir liberdade". Acusaram o ditador de

estar levando à prátíea "amo políticaque está prestas • esgotar cm vldu ebens • nação". Como ss sobe, Satawrprometera plena liberdade pare a epo-slçlo externar seu ponto de vista, "dcedsque suas mensagens fossem submetidu àcensura". Essa piada não conseguiu dCO-pertar o riso da oposição, e esta resolveuterminar com a troca de cartas eem fievinha divertindo-se o ditador.ONDI ESTA O MURO?

O Departamento de Estado não querpermitir que cinqüenta estudantes norte--americanos vão conhecer de perto o"sanguinário regime de Pldel". O govêr-no de Kennedy fêz exortação, apelos,ameaçu. Entre estas, a de multa de 5.000dólares ou penas de prisão que poderioIr até cinco anos, pare cada um dos tal-mosos estudantes. Estas, no entanto, pa-weem dispostos a resistir, e estão em-bsxcando para Londres e Paris, de ondeseguirão até a Tchecoslováqula. Dêstepais irão à Ilha condenada. Quase unuvolta ao mundo para chegar a poucosmllhu de seu próprio território. Afinal,onde está o muro da vergonha?PAO E BANANAS

Um caminhão que transportava elneomil pies, foi seqüestrado bá dias em Büe-noa Aires, po*- um grupo de homens ar-mados, que se denominam "ComandoUnitário contra o Desemprego e a Fome".O caminhão fd eondusldo até um bairroda espital e° o pão distribuído entre osmoradores locais. Vinte e quatro mil pro-fessflres em greve, exigindo também maPMHO msls de pão. Enquanto Isto, sjeslluassustados com a candidatam de vlecatoSolsno Uma, estão promovendo reuniõespare apresentar "formu legais" ds Impo-dir a participação do candidato da Iten-ta Nacional e Popular. Cartas Brandis,Planos Cohens e outras lacsrdtosç estiosondo lançados em profusão, t o pinico.E o povo Já não pede, já seqüestra o pi».CAMPO DE CONCENTRAÇÃO":!-'l";' a ?to*t^^ft"èrtíl^ta;Tlftrtoiiiiíilmantém na Venesuelavirios eampos émconcentração. Num dêlss, na Ob* do Or-chita, estio seqüestrados 10 patriotas, háquatro meses sem ver mus parentes, semassistência médica, com péssima allmen-taçfca, espancados com freqüência. Muitosdéks adquiriram graves doenças nu Pri-soes, principalmente a tuberculose. Estiocompletamente incomunicáveis e, em pro-testo contra essa violência, iniciaram hápoucos diu uma grev9 de fome. Sio ee-tudantes, operários, camponeses e profis-slonals liberais. A OEA está muda, muKennedy achu o tirano venezuelano o má-ximo eomo defensor do nosso (lá dele)sistema de vida.AMOR COLEGIADO

O episódio da semana do emocionantefilme "Os amores de Ohristlne" não apre-sentou, como era esperado, grandes sen-sações. O nome do mascavado que fre»qüentava o ninho de amor da estonteantesenhorita não foi revelado; embora hajaalguns indícios a respeita Que nio pas-Sam afinal de especulações de quem querver o circo pegar fogo. Confnusm cir-culando "terríveis rumores' sotas outrosministros, o que leva a crer que o amorde Mlss Keeler era um tanto coleglado.Enquanto isto, Macmillan vai se aguen-tando qtfento pode, mu já está adml-tindo um grande desgaste eleitoral emBromky, seu reduto Picamos na expec-tativa de novas notícias, particularmentesobre a Identidade do homem da máscara.ÚLTIMAS DO RACISMO

A últimaproezados racistasnorte - ame-ricanos fd adetenção demais de dn-qüentane-WPS «m Oa-dsdén com "oemprego deagul.'hões e'é-tricôs, u&vdos para tooar o gado. Isto se deu na st-mana passada. No mesmo dia, houve vá-rias prisões de negros e brancos (antl--racistas) em vários Estados. Em Char-leston (Carolina do Sul), em duas sema-nas foram presos 2$2 negros. Em Dan-ville (Virgínia), a policia arrombou as

portu de uma Igreja, detendo vários dirl-gentes do Movimento de Integração Ra-ciai, que estavam entregues a suas pre-çes: ainda não foram soltos, pois foi ar-bltrada em 4.000 dólares a fiança. EmBerlim, Kennedy ficou furioso diante domuro antlnaista. ..CHEGA SEMPRE ATRASADO

A Prança está criando sérios proble-mas á unidade do mundo ocidental. Aviagem de Kennedy k Europa é uma eon-seqüência da desobediência do governo deParis. Comentando o discurso pronúncia-do em Prancfort pelo presidente dos EUA,que fés várias critleu (dlretes e todire-tas) à posição francesa, o ministro daInformação, Alain Peyrefltte, disse quenão duvidava du Intenções norte-ame-arleanas, mu... que, «em 1014, a Françaquis ter os Estados Unidos a seu lado, "e também, em 1030, quando estalou c '•guerra, mas os EUA esperaram até 1041".Até que enfim os franceses resolveramentender a "jogada".

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Rio do Janeiro, 5 a 11 do julho do 1963

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: o único caminho ' i *.

O» dados divulgados pelaFundação Gatúlio Vargas re*velam que o cutto de vWa geelevou, tio primeiro semestredeste ano, em 30,8 por cento.Segundo u previsões do pia-no Trienal, esse aumento dé-veria girar em torno de 12,5por cento, dado que a taxafora estimada, para todo oano, em 25 por cento.

E, assinale-se desde logo,essa não é certamente toda arealidade, conhecidas comosão as limitações que deíor-mam as nossas estatísticas''Oficiais ou semi-oíicials. sem-pre manipuladas no propósi-to de "dourar a pílula". Alémoü mais, aqueles dados se re-lerem apenas à Ouanabara,quando todos sabem que emoutras regiões do Pais — es*peclalmente no Norte e noNordeste — os Índices da ca*réstia de vida são ainda maisalarmantes.

De qualquer sorte, bastamê&ses eiementos para compro-var a completa falência doPlano Trienal, isto é, da poli-tica económlco-íinanceira quevem -sendo adotada pelo go-vèrno do sr. João Goulart —primeiro, de forma rígida, pelosr. San Tiago Dantas, e ago-ra, segundo se anuncia, de ma-neira "abrandada", pelo sr.Carvalho Pinto. Em essência,porém, a mesma política: con*trà o povo, a favor dos gru*pos privilegiados, pela perpe-maçao do saque imperialista.

O que vem acontecendo emrelação ao funcionalismo pú-blico civil e militar da Uniãoreflete perfeitamente o con-teúdo reacionário e antipopu-lar dessa politlca. O aumentode vencimentos dos servidoresiederais deveria estar vigoran*do a partir de janeiro, numabase dc 70 por ceu to. Essa eraa reivindicação do íuncionalis-mo, fundamentada na eleva-ção do custo de vida. Entre*tanto, de li para cá já se ve-rifica uma deterioração adi-eional de 30 por cento noa ven-cimentos (os 70 por centoneceaoários em janeiro passam

Em alguns meses de "servi-aos ao BHudT ò ar. Mauro Bailespenetrou na história, enrtquecen-do-a e enriquecehdo-se. O diletopimpolho do apolineo sr. ApolóhioSalles deixou sua cadeira de se-cretário de "O Globo1' para abo-letar-se em macia poltrona do Mi-niitério da Indústria e Comércio.Lsvado pelr'_ mãos do AntônioBalbino, Jurista de truz e picaretadj escol, personagem de proa danossa elite politlca.

Que féz o desembaraçado Mau-ro Salles nesses poucos meses de"serviços ao Brasil", que "O Glo-do" saudou como sintoma de mo-ralização no picadelro governa-mental?

Maurinho (como é tratado pe-los Irmãos Marinho) conseguiumajorav os próprios vencimentos,atribuir-se 13.° salário, participa-ção nos lucros e outras vantagenspecuniárias transmissíveis aosherdeiros em caso de morte.

Empresa miiJHi.' . .-A mentira tem pernas curtas,como curta é a imaginação dosbandoleiros ' que se beneficiaramcom as verbas do mÁD. Este, re-pentinamente, deixou de ter cará-ter patriótico, para se transformarem algo maldito e cuja proximlda-de é'por todos repelida. Algumassemanas antes de funcionar a CPIque Investiga aa atividades desseorganismo, o pobre diabo do JoãoMendes ainda teve topete deocupar a tribuna da Câmara paraproclamar as obras assistenclalsdo IBAD, suas diretrizes cívicas,seus ideais democráticos. Basta-ram alguns depoimentos — queainda não são os mais importan-tes — para ficar patente a noci-vidade da empresa, financiadapelo governo americano para tra-balhar contra o Brasil e os bra»•lleiros. ,.,;¦-.....;-,

Soluçit i Atfoorii

No Rio Grande do Sul, estesemana, caiu outro avião, um ve-lho DC-3 da VARIO. Das trezepessoas que" conduzia, onse mor-reram Imediatamente. Deste for-ma, "a pioneira" garante a ma-nutenção no Brasil do triste in-rllce de Insegurança de roo, que,entre nós, alcança o dobro da mé-dia mundial.

Terão os leitores reparado co-mo oa.Jornais noticiaram com ex-trema dlscreção o desastre, náolhe dedicando senão pequenasnotas de uma ou duas colunas?Temem perder a publicidade daVARIO, em particular e, em ge-ral, fornecer argumentos aos pa-triotas que reclamam a criação daAerqbrás para por termo a essamonstruosidade que é a rendosa

a ser, na prática, 40 por cento)e, mesmo assim, o tgtontocontinua sendo pratetado, tu*jeito a uma chicane, que Já nioé só uma crutídade, rfnu umaprovocação.../.'

E como ae isto ainda fóteapouco, insistem oa represen-tantes do Governo e da maio-ria parlamentar em manter oempréstimo compulsório ind-dindo sobre oa salários e ven-cimentos. Quer dlser: ot íun»cionários da União receberão__ quando, .ninguém sabe —um aumento que já não cor-responde á elevação real docusto de vida e, alem disso,vão-ser compulsõriamentedescontados em folha par» fi-nanciar esse mesmo aumento.Uma dupla, extorsão, como sevê. E os deputados e senado-rés, em sua maioria, aindaprotelam, chlcnam, trlpu»diám sobre a fome de cehte-nas de milhares de famíliasbrasileiras.

Entretanto, enquanto issoocorre em relação ao funeto-nalismo, oa barões do café têmas suas absurdas exigências demaiores lucros prontamenteatendidas, os magnatas da In-dústria de automóveis impõemnova elevação de preços, ostubarões dos artigos ae am-pio consumo aumentam á ven»tade a extorsfo dos consumi-dores — e os porta-voses doOovérno continuam falandoem "vitória <to plano de esta-Mltaçio".

São os fatos, portanto, an-tes de tudo, que indicam ásmassas — funcionários, tra-balhadores, empregados — oúnico caminho a seguir: ore»íorçamento da luta e das pres»soes, inclusive as- que partemdos quartéis, para que sejamatendidas as suas legítimasreivindicações e seja denotadaa atual politlca económico-ti-nanceira, de maior misériapaia o povo e maiores vanta-gens par» os seus espoliado-res. A luta das massas, a pres-são das massas — late é ocaminho.

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'"- Tudo isso foi conseguido 'noa-trà o Instituto de Resseguros doBrasi], com a cumplicidade doAntônio Balbino, que exigiu a re-ciproca. Para isto Balbino fés uniabreve visgem ,à. Europa, entregãn-do o MIC ao Mauro Salles, do quefe. aproveitou este para nomearum- Irmão do titular — Orlandoda Rocha .Carvalho.— para asfunçõss de membro do ConselhoTéénico do IRB.

> Essa movimentação- autobe-neficente do antigo ascretário de"O Globo" ocorreu entre 10. demaio e SS de Junho «Umos. Masapesar da trabalheira que tevepara: colar a boca ás «tos ofl-ciais, - o sr. Mauro Salles aindaconseguiu lncurslonar na áreaprivada, participando com lnegá-vel sucesso da negociata em, tor-ho dó último aumento do açúcar.

Mauro SalUs é catóHco-ro-mano e democrata confesso.

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Mais recentemente tivemos.umpronunciamento valioso. Em som-bria mansão da Capital goianaabriu-se um sarcôfàgo e do seuinterior a voz de uma múmia sol-telrona repeliu Insinuações sobresuas ligações com o IBAD. A mü-mie. que em vida se chamou Al-fredo Nasser, foi a mesma que àfrente do Ministério da Justiçanão moveu uma palha, sequer,para pegar pela gola os terrorla-tas do MAC, para levar à cadelaos bandoleiros que atentavam con-trà o Pais e o povo.

Maa os tempos mudaram. Oscabecllhas da empresa estão, fu-gindo para o exterior ou, a oon-tra-gôeto, confessando tudo. Me»nos o Amaral Neto.

Mas tese é amoral nato.

indústria da morte da nossa avia»ção civil. E* a Isso que se chamaÊresenca

do poder econômico nanprensa: escamotear da opiniãopública o pleno conhecimento defatos dessa gravidade porque ocontrario prejudicaria oa negóciosdo sr. Rubem Berta oa de outroscavalheiros.

Há cerca de um més, es aero-nautea declararam-se em greveem face da demissão, pela mesmaVARIO, do comandante assOeBastos, qae havia dsnsmetodo, ea-mo presidente de Videraçeo Ha-eional dos - Aeronautas, a lnsegu-rança de vôo. V», agem, a opfcilãepublica.qne, mais do que os di-reitos de um líder, os aeronautase eerovlárlos estavam realmentedefendendo a vida dos usaártos-da

. transporte aéreo ne ~

Campanha Contra Brízola'é Peça do Plano Golpista"O qas-os atantes doe ee-

potiadores estrangeiros témemváste, lançando contraJ^|-iesacampanlteden»n.rafei» asasse do que a cau.sa a que sirvo,' a causa daHbestsção de nosso Pais ede nosso povo" — assim odeputado Leonel Brlzola es»ciaram a verdadeiro sentidodoa brutal» ataques e pro»vocações contra éle desferi,doa nu últimas semanas ea" cuja frente aparece odeputado João Calmon, dl»retdr doa "Diários Associa»dos".' ,ACUSAÇÕESDÉMAFt

Essa nova fase da cam-penha contra o ex-governa-dor gaúcho foi Iniciada comum discurso do sr. Calmon,transmitido-por uma enor»mé rede de emissoras de rá.dlo e TV, e anunciado comenorme estardalhaço, dlscur-só. no qusl o diretor dos"Diários Associados", mani-pulando alguns documentos,pretendia' desmoralizar odeputado Leonel Brlzola,sob a acusação de que estementira ao declarar que afazenda que possui no RGSfoi' herdada pela sua esposae que nada recebeu das fa-mulas camponesas ás quaisentregou 45',; da propr.eda-de,- a preços reduzidíssimos,sem Juros e a longo prazo.

Falando também atravésda TV, dias depois, o'depu-tado Leonel Brizola pulve»rizou as acusações, provandoqae houve a herança e quea escritura passada aos cam-ppneses — conforme decla.ração por eles mesmos fd-tá e exibida diante das cá»meras — Unha. ünleamen-te o objetivo de lhes faclll-tar a aquisição de créditono Banc0 do Brasil. Entreos documentos' exibidos pelosr. Brizola figurava uma de-claração assinada pelo sr.João Goulart, testemunhan-do que a Fazenda Pangaréobjeto da falsa denúncia

pertencia de fato ao ca-Sal Brizola ein virtude deherança, tendo havido ape.nas uma permuta entre oCasal t o próprio ar. GoulartUMA PROVOCAÇÃO

Por que, então, o diretordoa "Diários ¦ Associados"insistiu em caluniar, dandoà calúnia aa proporções deum eacàndalo nacional?Dole eram e são os seus ob-jetivos, que., aliás, náo sãodele psasosJmente, maa emgeral du forças golpistas èanrinactenals; 1) detacre-«tar u nfenhas, em espe-atei a reteemer agrária, apre-aentandcwu eomo simples

marmeladas: 2) desmora-Usar, através do sr. LeonelBrisola, u forças naclonu-listas o democráticas que II»deram a campanha pelas re»formu do base # a luta pe»Ia libertação nacional, In-compatiblflutndo-ai com am-pias camadas da opiniãopública, sensível» ás revela»çôes de desonestidade e cor-rupção. Tomados em con-Junto, assei objetivos ser»vem ao fim visado pelos en-tregiitttes a reac.onárlos:Impedir aa reformas e lso-lar aa fôrçaa nacionalistaspara Implantar no Pais um»ditadura gorilista — um"regime de exceção", que Jáem 195.1 Carlos Lacerdaconsidera, através da "in.buna da Imprensa", ser aúmeá. solução política pos-eivei para o Brasil.

Ass.m, a furiosa campa-nha que se desenvolve cun-tra o sr. Leonel Brizola nfto

£ass« de uma provocação,tma pérfida e suja provo-cação — peça de um plano

golpista que vem sendo sis-temáticamente montado Jáhá alguns meses, tendo co-mo centros os Estados daGuanabara e São Paulo. Nodia 22 do último més, nacapital paulista, em ato rea.lixado no Ginásio do Paca.embu, Carloa Lacerda, Ade-mar de Barros, Herbert Le-

vi • Armando Falcão confes-saram abertamente que seprepara um novo golpe. Dl-zem, áa claras: "agosto vemai". No Rio, sucedem-se a»reuniões conspiratlvas de ei-vis « militares do golpe, en-tre oa qual* Denls e SilvioHeckt ce aventureiros der.lotados em agosto de 1961.No interior de São Paulo,de Minas Gerais, Goiás e ou-- tros Estados os latlfundiá-rios aáo concitados a ar-mar-ae para resistir á refor-ma agrária. Levi e Falcão,além de outros notórios ini-mlgos da Pátria, participampessoalmente desses atos emque mentindo deslavada,mente (dizem que a reformaagrária vai extinguir o dl-relto de propriedade, quan-do o que acontece é que elase propõe assegurar esse di-relto a milhões de famíliascamponesas sem terra oucom pouca terra), dizemque "só à bala poderemosdefender a Constituição".

A campanha de calúniascontra. Brizola « a criaçãode um clima emocional emtórnò de atos não aprova-dos de corrupção são ele-mantos desse plano golpista.ONDE ESTAA CORRUPÇÃO

O deputado Leonel BrisolaMs e que tinha da fasar:

passou á eiintia-ofenilvi». Doum lado, denunciou vigoro»semente o verdadeiro senti,do político — provocativo eantlnadonai — da campa»nha contra éle desencadea»da. De outro lado, vem mos-trando, de forma roncreti»,que a desonestidade e a cor-rupção se encontram nocampo de seus detratores —no caio, or "DIArlos Asso.ciados".

Essa tremenda máquinamonopollzndora de Instru-mentos dc divulgação emnosso Pnls. revele Brlzola,foi criada c é mantida, poruma parte, graças á expio-tação de oue são vitimas os,seus trabalhadores e, de ou.tra parte, graças aos favo-n-s cambiais e fiscais arran-cados ao Estado e, mais doque isso, ao verdadeiro aa-que a que submetem o Ban*co do Brasil, as Caixas Eco-nómlcas e os Institutos dePrevidência. "Somente dn»co empresas des quase se.tenta que compõem os "Aa-soclados" — afirmou Brlzolasem ser contestado — de-vem ao Banco do Brasil 1bilhão e 340 milhões de cru-zeiros. E' dinheiro do povo,usado por esses gangsterspara defender a entrega doBrasil aos espolladoret In-ternadònais. E', portento,esaa cadeia de Jornala eemissoras, um serviço públl-co, que deve passar para opatrimônio da Nação".CENSURA, POR QUE?

Segunda-feira última, oministro da Justiça, sr. Abe-lardo Jurema, decidiu adver*tlr aa emissoras de rádio eTV para os "riscos" de deba»tes não educativos, etc. Seupropósito evidente é impedirque prossiga a discussão en-tre Brlzola e Calmon. E' umabsurdo a decisão do minls-tro Jurema. Primeiro, porse tratar dc um ato arbitra-rio e antidemocrático. De.pois. por serem totalmenteinfundadas as suaa alega-ções. Na verdade, o atual de-bate só é pessoal quandointervém Calmon, Amaral eseus sequazes: defendendouma causa Inconfessável,nâo podem senão recorreraos insultos. A discussão, en-tretanto, tem um conteúdoaltamente educativo, pois es-tá contribuindo para mos-trar a vastas camadas dopovo brasileiro como agemos entreguistas, de que mo-do ee mantém essa impren-u vendida à Embaixadaamericana e sm IBAD equanto é Justa e necessáriaa luta doa nacionalistas ademocratas pelas reformasde base a pela conquista denossa libertação nacional.

WÊÊÊÈ •-«te

ana Com Brizola:ol<Tomando posição ao lado

do deputado Leonel -Brlzola,• Frente de MobiM-

zeção: Popular (Integradapor parlamentares, trabalha-dores e estudantes), dlstri-buiu a seguinte nota oficial:"A FRENTE DE MOB1U-ZAÇAO POPULAR, integra-da por parlamentares daFRENTE PARLAMENTARNACIONALlSTA._peIó CGT,pelo Movimento Estudantil,declara publicamente qne vê,nesta campanha de Insultose calúnias que sofre nestemomento seu companheiroLEONEL DE MOURA BRI-ZÜLA,- um claro atentadocontra a evolução do proble-ma social brasileiro atravésdas Reformas de Base econtra ã Estabilidade do Re-gime; Democrático. Foi naação decidida daa forças po-pulares, entre as quais oDeputado Leonel Brizola te-ve papel destacado, que areação encontrou a principalresistência aos seus propó-sitos golpistas em 1961; e nacrise que desde então se de-senvolveu, ininterruptamen-te; este parlamentar tem semostrado um dos mais eíi-cientes -elementos de esclare-cimento e de aglutinação daresistência do povo, que exi-ge a alteração profunda dasestruturas arcaicas e anti-sociais do Pas. Dai a preo-cupação dos defensores deprivilégios, de classe e dasubmissão do Brasil ás gran-des correntes . espoliadorasinternacionais, de destruiros legítimos lideres popula-res.

Os "Diários Associados",que ora se. mobilizam nestabatalha de Insultos e de ca-lúnlas. constituem a maiorconcentração, publicitária dareação, a aue mala poderosatorça de ataque e de confu-são da opinião pública. Tra»dldonalmente é conhecidasua posição, que Jamais • seIdentificou com os interessesdesta Pala « deste povo: es"Diários Aaseeledoa* estive»rsm e, estão contra s-Petro»brás; estiveram e estão con-tra Volte Redonda; estive-tam e estão contra a Etotro-bráaea Companhia Vale doRio Doce; estiveram e estãocontra qualquer aperfeiçoa-mento da. denuterada brasl-teira. Agora seu Ímpeto doatrmdor recrudesceu diante«a atpactoade de teta denosso i companheiro .LeonelBrisola, que, Jã no Inicio desoa defesa, conseguiu -apú-rmr fatos 'que estarrecem aNaçjio « que chamam a aten-çto de todas as forças aa»' r éeate Itete para o

poderio do inimigo 1 nternoque o agride. Dos dementesque recolheu « publicou, re-letivos apenas a cinco dassetenta empresas quecompõem os "Diários Asso-ciados", já ficou patenteadoque esta. organização susten-ta suu campanhas antina-cionals com o dinheiro do po-vo: somente ao Banco doBrasil devem estas cincoempresas, em empréstimosvencidos, Cr$ 1^40.000.000,00(hum bilhão e duzentos equarenta milhões de cruzei-ros); na Caixa EconômicaFederal, cujos recursos ema-nam diretamente das peque-nas poupanças familiares,divida da mesma naturezajã alcança, ao que se sabe,centenas de mllhôeB de cru-zeiros; e as primeiras apu-rações realizadas somenteno Rio e São Paulo revelam,

. desde já, dividas para comos Institutos de Previdênciada ordem dè CrS424.000.000,00 (quatrocentose vinte e quatro milhões decruzeiros).

E isto ocorre no momentoem que o Governo restrin-ge o crédito á indústria na-eional, especialmente a depequeno porte, alegando tal-ta de recursos; no momentoem que se fazem evidentesas manobras que tendem anegar ou a protelar a Justareadaptação dos venclmen-tos de funcionários civis tmilitares à triste realidadeInflacionária; no momentoem que se pretende impor aeste mesmo funcionário e aopovo em geral o sacrifício doempréstimo compulsório pa-ra reequilibrar a economiabrasileira. Reequilibrar estaeconomia que tem uma dasprincipais causas de seu de-

. sequllibrio precisamente nes-ta orgia de créditos de fa-,vor, de manipulações frau-dulentas de câmbio, de sone-gação de Impostos e de cor-rupção sem limites.

Diante da gravidade da ai-tuacão, que prenuncia diasagitados, talvez trágicos, pa-ra nosso povo, a Frente deMobilização Popular declarasua integral solidariedadeao companheiro Leonel Brl-zola; convoca todos os seusmembros — parlamentares,operários, estudantes, fun-cionários civis e militares— para esta campanha dedefesa das mais legitimasuptrações de nosu Pátria;assume ativa-posição de lu-tá diante da eolerte agres-são de agora, que visa me-nos atingir a um de seusmembros do que so próprioMedito que a inspira; a se

constitui em Comissão Na-uunai de inquérito para In-vestigar, até as últimas con-seqüências, o panorama dacorrupção que tão bem jáse caracteriza através dasrevelações trazidas a públl-co pelo Deputado Leonel Brl-zola, apurando a extensãodaa operações cambiais le-alvas, dos empréstimos defavor nos estabelecimentoaoficiais, du dividas qusImobilizam os institutos deprevidência social « desfraudes praticadas contra oimposto de renda — paralevá-los ao conhecimento daautoridades governamentais,ao conhecimento da justiçae, principalmente, ao conhe-cimento do povo brasileiro,que tem o dlreltn de intei-rar-se da enormidade doscrimes que se cometem con-tra a sua Pátria.

a) Osvaldo Pacheco, Dan-te Pelacanl, Hercules Corrêados Reis, Paulo de Melo Baa.tos, Sérgio Magalhães, Maxda Costa Santos, Nelva Mo-reira, Fernando Santana,Vinícius Caldeira Brandt,Teodoro Botlnelly, PolibloBraga, Olímpio Mendes oAntônio Garcia Filho.

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HtfMMI S fMfMImrs^MsstAsBBsVkW a*tamarj__ _» Ê ____________llllirVSJBSJWtl SJBJBJI f UMM

__ Nos úlUmos dias, eom am ca»ráter sistemático quo denunciasuu origens, tem aparecido na im»prensa, sob diferentes protestos, ar-tigos, notas, comentários restrtti-vos ao comércio eom os palies so-clallstas. Cremos que a causa Ime-dista desta nova arremetlda podeser localizada no Incremento rela-tlvamente grande que vem slcsn-çando o nosso Intercâmbio comesta área que a dlplomsda brasl-leira só pôde "descobrir" há qua»tro ou cinco anos. I Isto é parti-culsrmente verdadeiro em ralaçãoà Unllo Soviética, pais com o qualo comércio brasileiro as desenvolvea altos ritmos. Com efeito, desdeo Inicio das trocas, am ltu, o vo-lume dos negócios, nos dois senti-dos, passou de 1 milhão ds dólares,nsquele ano, para 5 milhões, emias», para 25 milhões, em ItdO,para 42 milhões, em 1M1 e, final-mente, para 70 milhões, o ano pas-ssdo. fiste ano, segundo revelaçãofeito pelo ministro Alulslo RéglsBittencourt, até II de maio, as tro-cas entre o Brasil e a União 8o-viétlca Já haviam superado o totaldo ano de 1963, o que toma reala previsto de que poderemos chegarao fim do exercício eom o dobrodaquilo que atingimos o ano pas-sado, ou até msls. Tal resultadoatesta, Igualmente, a plena viabl-lidade da concretização do acordocomercial que firmamos com aUR88. em sbrll último.

B' costume dlser que os números¦ão teimosos quando traduzem fa-tos. Também neste easo. evidente-mente, seria tolice Imaginar qusa série sscondente, quase umaprogressão geométrica, representa-tiva do Intercâmbio Brasll-URSSpudesse decorrer de fatores for-tultos.

Em realidade, o desenvolvimentodo Intercâmbio entre os dois pai-ses, artificialmente contido duran-te tanto tampo, mergulha suas ral-ses em determinadas premissas ob»Jetlvas. Uma delas reside na elr-

eansUnda de qas as saportoqoaqbrasileiras (am valor) apiatsntossese decrescentes, desde o fim da Al*Uma guerra s ds que ss nos limtetássetnos ás áreas ehamadas tradtecionals não poderíamos esperar ss*>não a acentuação de aemelhentdtendência. E' certo que os aoosatemistas oficiais dos países unperia*listss (como o sr. Lincoln Oordos.por exemplo) e aqueles qua sMportadores da Ideologia colonialistanos países subdesenvolvidos (eomoo sr. Eugênio Oudin, por casta*pio), negam a existência do fenô»meno. Mss, até mesmo publica»*çôes oficieis ds ONU Já foram Ia»vadaa a reconhecê-lo (veja-se, en»tre outros, o trabalho "Preços Re*laUvos daa Exportações e Impor*tações dos Paises Subdesenvolvl»dos", editado em 1940). Outra pre»missa obJeUva é a existência nfmesmo planeta em que habltamogde Uma vasta comunidade soclaUs*ta, abrangendo msls ds mn têrcoda humanidade, e cujos índices dtdesenvolvimento econômico e so*ciai nio tém paralelo no mundo oa*pltalista. Cálculos oficiais brasUaWros estimam que dentro de I anosa renda "per capita" na Unllo 8o-vléUca será o dobro da atual, Istoé, 2.800 dólares por ano. Por fun,uma outra premissa objetiva é quao Brasil, detendo Já s esta alturacerca de 4% da população mundial,nao pode senão Impulsionar seu In-tercamblo com o exterior — co-mo Instrumento de desenvolvimen-to econômico. E nesse Incremento*o papel principal só poderá caberaos países socialistas, a favor doaquais trabalha o futuro.

Essas são algumas das rasoespor que consideramos pràtlcamen-te irreversível o aumento do comer*do eom o Leste, com todas ss msg-niflcaa conseqüências que este fatoacarreta Inclusive do ponto de ris-ta do fortalecimento da soberanianacional e do nosso desenvolvi-mento econômico.

Vitória Foi Dos MetalúrgicosJosé LMIs 4a Costa

Os resultados daseleições sindicais rea-Usadas de 27 de maioa 1° de Junho de 1083,no Sindicato dos Tra-balhadores Metalúrgl-cos da Ouanabara, fo-ram de enorme slgnl-ficado, não só para osmetalúrgicos da OB,mas para todo movi-mento sindical doPais.

Das referidas alei-ções, participaram 2chapas: a número 1.que eu ttve a honrade integral, ensebe-cada pelo companhel-ro o deputado federalBenedito Cerquei-ra, denominada Uni-dada e Trabalho, e anúmero 2, encabeçadapelo companheiro Se-bastião de Sonsa, em-pregado da TOM, de»nominada Renovação.

Já nos trabalhos pré-eleitorais, via-se queduas chapas com ca-racteristlcaa comple-temente opostas par-tlclpariam do pleito,em face da posiçãodos Integrantes deuma e outra chapa,

. assim como dos obje-tivos que se propu-nham a atingir.

Da chapa número 1,participariam os com-panhelros msls conhe-cldos da corporação,nio sô por estaremsempre à frente daslutas especificas eimediatas dos meta-lúrglcos, como as lu-tas gerais dos traba-lhadores e do novope-Ias reformas de basec pela libertação doPais.

Da chapa número 2,participariam compa-nhelroa, na sua quasetotalidade desconheci-dos da corporação pe-Ia sua ausência nasbatalhas do setor e

principalmente nas lu-tes gerais da classeoperária. Seu objetivoprincipal era o Já des-moralizado antlcomu-nlsmo.

Uma vez registradasas chapas e iniciada apropaganda, nossosprognósticos se conflr-maram integralmente.Enquanto os membrosda chapa número 1, sos Integrantes de seuComitê Eleitoral reall-savam um amplo tra-balho de eeclareclmen-to em tomo do pro»grama pelo qual stpropunham lutar amaves eleitos, as mem-bros da chapa número1, se desmandaram nosataques pessoais, prin-clpalmente contra oscompanheiros Bsnsdl-to Cerquelra, UlissesLopes, Joio Isassena eo autor destas Unhase pregavam aos qua-tro ventos que, se ven-vessem o pleito, Um-pariam de comunistaso Sindicato. Fleavaclaro para todos que oslogan que traziam de"Renovação", não ti-nha o sentido de apre-sentar melhor e maisavançado programa delutas, mas sim, de fa-ser discriminação Ideo-lógica multo a feiçãodos Inimigos da cias-se operária.

Bastou a divulgaçãodos propósitos da cha-pa número 2, para amesma passar a rece-ber os aplausos dos dl-visionlstas de dentro ede fora da corporaçãoe até mesmo de umasérie de empregadoresque viam, na vitóriada referida chapa, algode bom para eles nosentido do arrefecer aslutas relvindieatóriasetentar amainar o im-peto revolucionário

dos metalúrgicosreflexos em todo aMovimento Sindical.

Definidos os campos,a gloriosa corporaçãometalúrgica, através deseu quadro social, comaua tradição de van-guarda e capacidadede discernir nas horasprecisas o verdadeirocaminho a seguia,marchou resoluta paraas urnas, dando amavitória contundente aesmagadora à chapanúmero 1, eom 8611votos contra apanai1718 da chapa a. 2.

Essa espremi-a rito?ria, qus nio deixe*}nenhuma margem didúvida, significa qudmaio ama vas foramderrotados, ontre^otmetelúrgtoos, * anta.comunismo e toda sor*to de dlrislonlstas •Sue

a corporação, tea-o à frente o Sindica»,

to, com a nova Direto-ria (que tomará posseno dia 16 do corrente)saiu da refrega pro--,f u n d a m e nte forta-lecida para prosseguircom base na unidadede todos metalúrgicos,nas lutas reivindicai o-rias do setor e nascampanhas gerais aolado das demais Entl-dades Sindicais, pelasreformas de base pro-fundas e radicais daque necessita n o s s o'povo para trilhar o*caminho de sua liber-tação.

Por tão expressivofeito, saudámos osmembros do ComitêEleitoral pelo grandetrabalho desempenha-do; aaudamos o qua-dro social que soubemarcar com seus votos,mais um passo Impor-tante na vida de nos-sa Entidade e a corpo-ração em geral.

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Parece que a feUcidade bate áporta do IBAD. Segundo declara-ção do sr. Leonel Brisola, feita natelevisão e no rádio, o própriosr João Ooulart, pessoa de tolerãn-.cia excessiva, perdeu a paciênciacom um dos afilhados daquela lns-tltulção ocidental, o sr. João Cal-mon. Eis o Juízo do sr. Goulartsobre o deputado espírito-santen-tense eleito pela nova MáquinaPendergasten: "Esse Calmon é umpicareta, é um vigarista a serviçodo IBAD".

Calmon, os Diários Associados eo IBAD confundem-se, nas águasda plcaretagem e do vlgariamo. Noentanto, Calmon, os Diários As-soclados e o IBAD, ao mesmo tem-po, representam força considera-vel em nossa civilização ocidental.

Algumas pessoas que tém assis-tido às aparições, na televisão, dogerente "associado", mostram-seperplexas. Essas pessoas não ima-glnavam que fosse tamanha a pe-núria de quadros, no campo dareação. Com efeito, Calmon é umgrosso, um homem de gulchê, es-peclaUsado na arte de negar valese atrasar pagamento de quinzenade redatores. Cumprindo k riscamandamento consagrado nos Jor-nais do honesto sr. Chateaubriand,esse devoto do "não pagarás" ga-nhou prestigio imenso na empresa,projetando-se, daquela plataformade lançamento de notabllidades,para a arena política. E hoje émais uma flor do Jardim lbadea-no da Câmara.

A surpresa dos que viram Cal-mon na TV e o acharam excessl-vãmente bronco não tem razão deser. Calmon é peça comum de umaengrenagem mundial. Truman nãofoi presidente nos Estados Unidos?Café Pilho e Dutra náo foram pre-sldentes no Brasil? Não é hoje aArgentina pais de alto padrão in-telectual, governada por bandos de

macacos fardados de generais?Um picareta a mais, um viga»

rlsta a mais, a flanar pelos corre-dores da Câmara, não é coisa quedeva causar espanto. Tal como ogerente de Jornal especialista ematrasos de pagamento, tal comoessa nova personalidade que segu-ra de mão fechada a gaita "asso-ciada" e que não toma bonde an-dando só para não abrir a mão,também foi candidato a deputado,na relação anticomunista do IBAD,um Artur Junqueira, dlretor-te-sourelro da máquina eleitoral doembaixador Lincoln Oordon. Der-rotado nas urnas, Junqueira lar-gou a tesouraria apontado com'autor de um desfalque de trezen-tos milhões de cruzeiros.

Mas isso não é tudo. Ao ladode Calmon circulam na Câmara,com credencial do IBAD, ArmandoFalcão e João Mendes, enquantoo principal dirigente do IBAD,,Ivan Hassloçer, encontra-se em,Paris, acusado (quem não é acusa-do no IBAD?) por um desfalquemaior que o de Junqueira, desfal-que de um bilhão.

Rio do Janeiro, I a 11 do lwlbo ida 1961 nr 3%.

Page 4: Marco lotôrio ter Saker íltfiÉr Política Finattceira e Par ... · '-. * \> ¦ !.*,,r \~4-' leste . MAIOR DO MUNDO A prtmdra seção «a maior fábriea *V•¦¦¦¦•• 4o atando

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WWu Internacional

<„,..

*.

reflita

' propôs novamente ao Oeldan*aa. àa vésperas da reunião de alto nível aae reattar am Moscou, um acordo que per-salta a eapoaaio definitiva daa provas nu*

o a assinatura de um pacto da nao-entre as potências signatárias doa

de Vareôvla a da OTAN. O dUcur*pronunciado pelo primeiro-ministro da

aa Berlim, onde aa encontrava par*ttelpando daa comemorações do 70.° ani-Tjaaário de Walter Ulbricht. foi conslde-fado paios observadores ocidentais comosaeéssoáe. Na realidade, Kruschlov apre-eentoa aos dirigentes do mundo capitalistauma alternativa realista para resolver dc-«altivamente o problema crucial que an-guetla a humanidade: o do perigo atómt-em Qoe assinem oa representantes dos doisMoooa am acordo final sobre a proscrlção«tal da arma nuclear, am bases realistas• possíveis, complementado em aeguida pelaassinalara dt um paeto de nlo-agressãoentra ea países signatários do Pacto dc

Dt mãos abanando

stennody volta, ao que tudo indica, degolos abanando. A sua excursão europeuvoa revelar mais uma vez aa profundas con-trediçõee que se verificam no campo oci-dental, nos mais diversos terrenos, e a ver-dada da que a liderança norte-americanaati oada vez sendo mais posta em causa.Mio conseguiu unificar o ponto de vista demus associados atlânticos em relação àforça multllateral atômica. Nesse terreno,encontrou resistências que indicam o pc-aift «Ne representa a criação dessa forca.8eoa parceiros da Alemanha ocidental es-tio de acordo. Só que dessjam uma forcaatômica mais Independente do controle nor-te-amerleano, isto é, mais dependente dasInteresses dos generais da Wermacht. E

aabem o que isso representa comopara a paz mundial. Seus amigos

por outro lado, encontram tantas•stflculdades Internas rm relação a essa ma-féria que são Incapazes de se definirem —

varsovia a da OTAN. O acordo ea tornodessaa duas questões criaria, também, oaseguida, aa condições para se checar a amasolução do problema de Berlim e assim ali*minar um da pontos de atrito mala pa*vos da situação internacional, e criar con*dlçôea para se chegar a uma situação dapaz estável na Europa e no mundo.

A propala de Kruschlov. formulada àapotência ocidentais no momento em queKenncdy visita a Europa e se assegura dasdificuldades que tem para controlar a atuaaliados mais belicosos, no momento em quese procura abertamente dotar a OTAN dearmas nucleares, constitui elemento impor*tante para que a chegue a um acordedefinitivo antes que seja Impossível barrardefinitivamente a proliferação doa enge-nhos mortíferos, o que criaria dificuldadespara controlar a sua utilização e colocariao mundo perante riscos mais séria de alo*são dc uma guerra destruldora.

rom perigo de que o prestigio Já abaladodos conservadores se esboroe eompletamtn-te — sobre a criação da força. Oa Italianos,ao que parece, foram mais dóceis k prega-ção do presidente, apear dos choques Ia*terals que se verificaram entro a políticade Kenncdy e os agentes de segurança pe*ninsulares. Na França, como a ate, êlenem passou. E, de Ooulle jà está de via*gem marcada para Bonn, onda discutirárom o velho Adenauer novas medidas paraampliar e solidificar mais, em toda a tar*renos. o perigoso eixo Paris-Bonn. Oa alia*dos atlânticos menores Kennedy nio vtsl*tou, como se quisesse dizer eom Isso queeles só devem obedecer e porque sio malaf:acos nâo devem ser ouvidos.

Volta assim os Estados Unida de mãesabanando. Não conseguiu decidir abre ee-mo organizar a força nuclear da OTAN e.ao que se sabe. sea apela para que espaises da comunidade atlântica auaviaam apressão do MEC e se disponham a cola-borar nas despesas para a "defesa do mun-do ocidental" caíram no vazio.

M«do

Oaoa

-se domingo as eleições na Ar-Oa dias que precedem o pleito es-

: roplttos do ameaças de golpes. Há umado trise, e o govêrno-fantoche de

i utiliza medidas as mais diversa parao ímpeto da gorilas que nio querem

ouvir falar am eleição, mesmo mben-sta que a candidatos que os representampoderio ser "eleitos", sim, os candidatosreacionários e gorilas poderão se eleger. Porquê? Primeiro, como denuncia a Frente Na-cional Popular, porque a fraude está sendopreparada aberta e escandalosamente. Se-gundo, porque nem todo o povo argentinopoderá votar (sabe-se que dezenas de ml-Btaroa de eleitores foram excluídos das lis-tas por seu passado antilmperiallsta e por

serem peronistas). Terceiro, porque há apressão militar que se acentua contra opovo. E' o clima de terror que podará levara uma alteração do quadro eleitoral.

Mesmo assim, apesar de toda a fa-tórea que poderio permitir a vHérl» dacandidatos gorilas, malta doa militaresfascistas vêem atemorizados o pronuncia-mento de domingo. Principalmente porquetodas as prévias Indicam que a tendência doeleitorado, apesar de todas as pressões, édar a vitória a Solano Lima. E a vitóriadeste candidato é o repúdio do povo aosfascistas e lacaios do Imperialismo que do*minam e aterrorizam o povo argentino.

• «HMt.it mediai de imsm sociedadeOsunfos Dantas, de Manaus, Estado do Amazonas)

A pequena produção chega, em nossas, ao termo do seu longo processo de

ovolupto. Ba trás à economia capitalistaaaa leis econômicas e os elementos de de-aanvolvlmento necessários: a base técnica,a diferenciação dos produtores e a massacrescente de braços especializados dispo-nivels, a ampliação dos mercados, a desa-gregação da economia feudal. Com o tra-balho assalariado e as grandes fortunasacumuladas no comércio, na pirataria, notráfico de negros e na pilhagem das co-lônlas, a cooperação simples e a manufa-tura abrem, então, caminho à máquina avapor e à tfonioa moderna.

A pequena produção tem, assim, suahistoria: aeu surgimento, aua evolução eaeu declínio. Seus limites escalonam-se en-tre épocas bom definidas: há 8 ou 10 milanos, o aparecimento dos pequenos pro-wwtárla Independentes e dos mercadoslocais, com base na desagregação da eco-Bomla comunitária e da primitiva proprie-e}ado social; há 5 séculos, o surgimento dapropriedade capitalista, forma superior eultima de propriedade privada, com basena desagregação e exproprlação dos peque-nos proprietáriús, na aplicação da ciênciaà técnica produtiva e no desenvolvimentodo mercado mundial.

No entanto, a grande produção não acondena ao extermínio Imediato. Tem nelauma de suas raízes e necessita de seuconcurso, como economia complementar.Condena-a a uma decomposição mais rá-plda. à dependência crescente, à função dcauxiliar instável e submissa. Eis porque alei geral da acumulação capitalista nãotrás consigo apenas a concentração e acentralização do capital e dos meios de pro-duç&o e a pauperizaçáo do proletariado:traz também, como sua sombra, a minae a proletarlzaçào progressiva da pequenaprodução e do pequeno comércio, das cias-ses médias em geral. Elas se revelam impo-anta face à grande propriedade moderna,baseada na técnica avançada; face ágrande propriedade latifundiária, ali ondeela a conserva, eom seus privilégios ofl-ciais; e face ao Estado burguês, mantpu-lador dos impostos, do câmbio, do crédito.dos preços e tarifas, a serviço do grandecí. pitai e dos monopólios.

Os fatos o confirmam. Nas grandes ri-da.c'.::, a grande indústria absóive q arte-

sanato. As profissões liberais compõem-se,em sua imensa maioria, de trabalha-dores assalariados. O pequeno comércio re-flui sob a pressão crescente das grandeslojas e tios supermercados. O número depropriedades agrícolas cresceu em 62%, nosúltimos 10 anos — mas esse aumento eoin-cid:, no fundamental, com a desagrega-ção da pequena e média propriedade, oalastramento do minifúndio, a multiplica-çào dos efetivos do gemiproletariado e oagravamento do êxodo rural. Todos os anos,100 mil lavradores, do Nordeste e 280 milcamponeses de Minas Gerais estão eon-danados ao êxodo para o Sul t a saeblll*dade social em seu verdadeiro sentido —o da proletarlzação das classes médias —e nào como porta aberta ao deslocamentodas classes e das fortunas, como tentamfazer crer os ideólogos da burguesia.

Os pequenos proprietários estão, assim,como classe de transição, chamados a de-saparecer. Sob o capitalismo, o caminho desua eliminação é o da concorrência desl*gual. da instabilidade, da exproprlação eda miséria. A classe operária nào escondeque elas devem ceder lugar à grande pro-dução e aos níveis alta da técnica moder-na. Abre-lhes, porém, com o socialismo,o caminho da cooperação, à base da pre-priedade comum, t o caminho que a In*corporará amanha à grande familia daprodutores livres de toda exploração, do-nos em conjunto da terra e demais meiosde produção e do Estado; o caminho doacesso á técnica superior, á cultura, à apll*cação ampla da ciência ao processo produ*tivo; de sua Integração definitiva com aclasse operária -— e, através da edlfleaçáosocialista, com a sociedade am classes dofuturo; o caminho que as transformará —de proprietários Individuais de pequenosmeias de produção — em proprietária eo*letivos da grande Indústria moderna a dagrande agricultura coletlvlzada, como par*te de uma sociedade nova, senhora a cria*dora de seu destino,

t, pois, na luta de massa por um go*vêrno nacionalista e democrático, a caml*nho do socialismo — que aa classes o ea*madas médias abrirão caminho para amanova qualidade no trabalho e sta vida so-ciai, integrados com a classe operária ecom as exigências e perspectiva de nossaépoca.

Tribunal dt Contas t AutmbMía •xlatm:';'.',. li !.***..

LacerdaT-'

Va i Ter de ExplicarOnde Meteu o Dinheiro da OBA prestação do contas do

governo de Cario» Lacerda,relativa à gestão a 1062,foi rejeitada pelo Tribunalde Contas da Guanabara. Soas conclusões deste Tribu-nal forem mantidas ala Comissão de Orçamento daAssembléia Legislativa, po.derlo basear uma repre.antaçào no sentido da des*tltulr o chefe do Executvocarioca, de acordo com o ar-tigo 31 da Constituição doEstado, que reza: "A As-semblél» Legislativa poderádestituir o governador se fórresponsabilizado por atosque atentarem contra:

II) a Constituição Federalou a Estadual;

IV) as leis em vigor;VII o ovçamento e as

leis a créditos adicionais;VIII) a probidade da ad-

ministra*", a guarda e oemprego legal dos dinheiro»públicos.GANHAR DINHEIROPOR DECRETO

O parecer de ministroJoão Ura Filho, em que selouvou o Tribunal, apontauma série de Irregular»,dades na conta de Lacerda.No caso, por exemplo, dosrecursos originários da Lo-

ftJMáaaNOVOS

Cr»Antônio Peixoto

•(BrasUla-DFi .. 300,00Samé Yasin (Bra.silia-DF) 200,00Ajuda F. C. B.(Rio-GB) 133.500.00Hoteleiro (Home.nagem ao 41' ani-versãrio do PCB) 1.300.00

TOTAL 154.400,00

teria da Guanabara, o levar»nador usou, para desviá-los,o expediente simples da de»ivtnit' fvVissm élcs deposita'da no Bsnco do CatadoiBEGi i disposição do se.creiàrlo a Saúda. Com Isto,Lacerda, deiconhcceu a As.semblél* Legislativa e o••••iiiiUr constitucional quecaba ao Tribunal de Contas.

iX'.i mniiciia, burlandoa tesouraria a a contabill-dade do Estado, é que La-urda consegue os meioscom que manter ó pessoal eas chefia dai administra-ções regionais, que não seMisu-n.aiii em lei nem emverba orçamentária. E tam-bém assim que, como diz oministro João Lira Filho emmu veto: "o chefe do Exe.cutlvo orienta votos em ciei-ções, dispõe do am público,polariza facções, tenta alie-nar consciências, Intensificasua publicidade pessoal é écapaz de empoíelrarse co-mo um tltere no controle dasmanifestações coletivas",REG t O NÚCLEO

Ao que tudo Indica, o Ban-co do Estado é o centro dosnegócios escusos de Lacerda.Dc fato, o Relatório do Tri-bunal de Contas denunciater o BEG Impedido e an.tróle financeiro por partedaquela órgão e feito todoo possível no sentido de con-fundir os responsáveis pelatomada de conta.

Por qtie todo ase cuida-do? Porque, atravê* daquo*le contrAle, ficariam devida-mente esclarecidas a irregu-hrld.ide» em autarquias co-mo o Departamento de Es.tradas de Rodagem do Esta-do (DEREU) e. sobretudo, aSuperintendência de Urbanl-zação • SaneamentoISURSAN). de onde desapa-receram arca do 373 ml-lhas da «TJuseira,

O Relatório do Tribunal deContas é explicito • éeserespeito: "Ao controle nio éconferida competência paraconhecer os negócios doBanco, ia loco, como deverde oficio. Se lhe fosse atri»bulda essa competência, écerto, muitas dúvida seriam«palrccldas. Veja-a. porexemplo, a que resulta doexame Insatisfatório des pa-gamenta feitos pelo Tesou-ro do Estado ao Dcparta-monto de Estradas de Roda-gem da GB. O confronto en*ta o balai.ço incluído no do-cumentárlo das conta dagestão • o baianos doDEREG demonstram um»diferença de CrS 288.282.642,20; a diferemça terá beneficiado a autar-qula. Nosso Serviço a To-msda de Contas verificouque: a) o valor total pagoe computado pelo DEREGcomo receita do exercidocoincide com os 3V» recebi-dos por força de Lei: b) «oser ultrapassado o vala dadespesa prevista ne Orca-mento, o Departamento deContabilidade lançou a dite-rença contra crédito da au-tarqul» relativo a exercíciosanteriores. Quanto i-SURSAN, ao contrário, doconfronto resultou uma dl.

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OUTRAS MAISVária autras Irregularl-

dada por parta do governodo Estado Uo assinaladasainda- pelo Tribunal de Con-ta, amo 4 o caa do Tea-ta Municipal e da Secreta-ria de Turismo, cujas recel.tas nào vêm sendo recolhi-das ao Tesouro, e que nãotêm apresentado os compro-vantes doa gasta que fa.zsm. contrariando a exlgén-cias da Constituição Esta-duai e a dispositivos do Có*digo de Contabilidade Públl-ca; e o caso do Imposto de5'.* que Incide sóbre a im-portancla total da emissãodo Sweepstake promovidopelo Jockey Club, que nào émala recolhido pelo Estadot depositado no Tesouro,mas simplesmente recolhidopelo Executivo: milhões decruzeiros que nunca mais en-traram nos cofres do Esta.do, desde aue Lacerda assu.mlu o govémo.OPOSIÇÃO TOMAPROVIDÊNCIAS

Os deputados oposlcionis-tas que participam da Co.missão de Orçamento e Fi-nanças da Assembléia Legis-latlva solicitaram fossem in-timados a prestar esclareci-mentos - os diretores daSURSAN, do Teatro Munlci-pai. do Departamento de Es.tradas de Rodagem, além dofilho do governador. SérgioIacerda, considerado comoum dos inspiradores do ma-nuselo criminoso dos recur-sos do Estado.

Para explicarem o motivoque os levaram a recusar-seà colaboração com o Tribu-riàl de Contas na apuraçãodae Irregularidades registra-das na contabilidade públl-ea, serão convocados todosa diretores do BEG.

Somente apa o Interroga.torto da diretora dasas au-tarquiaa * que a deputadosda oposição pronunciarãoseu parecer abre a contasde Lacerda.

Também será Investigadaa origem da milhas em-pregada P°r Lacerda nasua intensa campanha publi-citaria, através do rádio,dos jornais e da televisão.Por outra parte, um Inqué-rito aerá aberto para apurara procedência dos fundosempregados na "caixinha"que ora pretende silenciaros veículos de divulgação,Impedindo*» is sequer men-rionar a decisão de Tribunalde Contas, que impugnou acontabilidade do governador.

REINCIDÊNCIANO CRIME

Não é a primeira va queLacerda tem suas anta re-jcitada pele Tribunal. Jáno ano passado aquela ér.gào, tendo como pereceristao ministro Ivan Lins, daa*provou a contabilidade doGoverno relativa i gatãode 1961.

Mai, naquela ocasião, La-cerda pressionou d« todas amaneiras o Legislativo esta-duai a» que aa recuas-se as conclusas do Tribunalde Contas. E afinal o conse-guiu.

Agora, porém, nio é maispossível permitir que latose repita. Data voa, tato.se da confirmação do queLacerda velo fazer na gover-nança do Estado da Guana*hara: instalar-se como dita*dor, para isto desviando a-cursos públicos do TesouroEstadual, infringindo aConstituição e desmorallzan-do os demais podêres do Es-tado. Não mais existe más.rara nenhuma que lhe pos-sa cobrir a car».

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BlKÉa W 'MatammWMmÊÊm tu» WMMS ¦

Stroessntr Mata Porque Vai CairO dirigente comunista

paraguaio Wilfrido Alvarezcaiu há duas semanas as*saainado pala policiais deStroseaner. O lider popularvinha coordenando as fór-ça demoeritteaa do Para-guai no sentido de liberta-rem aeu povo de uma dl-tadura que o sufoca desde1994.

Recebendo a colaboraçãodireta das missões milita-ra americana instaladasnaquele paia, o general Stro-essner está levando a cabo

um plano de eliminação fi*sica da dirigente» domara-ta paraguaia Essa medi-da desesperada qae a di*tadura está tomando é eon-seqljênela do proceao deunidade daa força» popula-res, que a dispõem a resti*tuir ao povo a liberdadestolhidas há nove anos.

Dias depois do assassinatode Wilfrido Alares, os es-birros da ditadora para-guimmatliaoJoam»TaanCarlos Rlvas, dirigente daJuventude Comunista.

máêméuM

paz e MCiaUimoO que hà de mais útil, atual e oportuno noa folhetos:

A força do comunismo está em sua unidade CrS 150.00O lenlnlsmo em ação CrS 230,00Pela independência nacional Crf 330,00A estrutura da classe operária dos paliescapitalistas Crf 450,00Em espanhol e francês. Atende-se pelo Reembolso. Pedi-doa e valores em nome de H. Cordeiro, rua da Assem-

bléia. 34. salas 204 e 304, Rio (GB).

UMA VIDA KU FAZPês 70 anos, no dia 30 de junho. Walter

Ulbricht, presidente do Conselho de Esta-do da República Democrática Alemã e pri-melro-secretárlo do Comitê Central do Par-tido Socialista Unificado da Alemanha.Nascido em Lelpalg. de uma família de tra-balhadores revolucionários, foi aprendiz decarpinteiro, logo na adolescência, onde co-meçou a irUog-ar a juventude socialista.Depois de sua filiação ao Partido Social-Democrata, no ano de 1912, Walter Ulbrl-cht formou aquele grupo de operários deLelpzlg que, no verão de 1914, junto comKarl Uebknecht. opuseram um NÃO catt-górlco sos i.nperlallsta3 que levavam o,mundo à guerra. Mesmo encerrado no cár-cer* por fazer propaganda fcntlguerreira,sua luta continuou.

Foi um da fundadores do Partido Ce-munista era Lelpzlg. Ao lado de ErnestoThaelmann. lutou decididamente contra ofascismo. O Partido o encarregou de orga-nlzar e ativar a luta eontra Hltler. Depoisda guerra, empregou seus esforços pela uni-dade do povo alemão, e para impedir queo pais se transformasse novamente em focode guerra. Batendo-se contra a divisão daAlemanha, ao ser esta consumada, passoua lutar pela coexistência pacifica entreambos os Estados alemães e manter assima paz em toda a Europa.

Walter Urbricht foi eleito unânime-mente presidente do Conselho de Estado,sucedendo a Wilhelm Pteck, presidente daRDA.

HISTÓRIA 0A ANTIGÜIDADE\ V M l;i;lm

3* edição. Análise e Interpretação à luz da concepção mar-xlsta. Adotada nas escolas secundárias da União Soviética.A venda nas livrarias — Cri 1.000,00Em julho — HISTÓRIA DA IDADE MÉDIA —

E. A. Kosminsky % .Em agosto — HISTÓRIA MODERNA — N. Eíimov

Avitóriadospovossubdesenvolvidos

Os povos do mundo subdesenvolvido Jamais aceitaram o domíniodas raças oolonuilislia.A mMria, a fome, o atraso em qoe esta mwgiãmdos Sm «oramimpostos pela ponta da» batorwta* e paio» canhões doe vaso»•*-• JWel PÜ MÇ0M OpFQMQTftft*A Ma da aas oprimido» pela sua ¦wrtacéo. a metrópoles

a aua vfclênefc e podsrio eontra a quais rodapodiam as naca» aohjaadss,

Oaaa a «et* bs*»** boato, talco*», «primam, a am Mo, eMtekm flbertárb dsea «ne e a agressão, de outro,Na dhe m hoje, todavia um da traça tadaiMntal» * o vitoriatfa fe*a SMfkndee, ê a libertação nacional, é a derrota, apesar

tMMa que osjjrrmj, de «eterna colonial * sreniiotiimo.O «Mia saMusanliMs Meia sua tronsfemaça retotuoioeSria^P^** a a •¦ w^^^^Smwmm^smj Wv RWnfv1*

asma pswpsUs» om a UNE rsafará a WjmiANO PO» •ESTUDANTIS PO MUNDO SUBOESeNVOLVOO.

a 7a na junto. .

rir Rio do Janeiro, 5 a 11 de julho de 1963

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Page 5: Marco lotôrio ter Saker íltfiÉr Política Finattceira e Par ... · '-. * \> ¦ !.*,,r \~4-' leste . MAIOR DO MUNDO A prtmdra seção «a maior fábriea *V•¦¦¦¦•• 4o atando

Novos Caminhos do Teatro Brasileiro - VIO Jovem OlaAíraAoesoo Ouarnlarl 4 um doe res-

ponsavels pela verdadeira revoluçio que abriu no-na perspectivas para o teatro hrtJlieAro. O marcodeaaa reroluçto é. gem dúvida, sua peça ÊJee NlnV"11 ¦^^'«tr^dt, am 1968 pek) Teatro da•veja* de 81o Paulo • qut ficou um ano em cartaz- aó Mgsm cidade.

:,", Depois do sucesso dessa e»tréla, OlanfrancescoOuwniert apresentou aeu segundo trabalho, a pecaClmba, cujo éxlto foi tio retumbante quanto o da• primeira, tendo sido levada ao Teatro du Nações.S!?..PiIÍa\• dPoU * Rom•,• P-1» Companhia MariaDelia Coita. Agora, vem de aer lançada a veralocinematográfica de Gtmba.

A terceira produôào de Guarrueri foi A Semente,onde retrata o drama das lutas de um operário co-munista e problemas do proletariado de Sio Paulo.

Seu talento de ator veio a ser confirmado como desempenho de um dos principais papéis de AMandrigora, de Maquiavel. recentemente encenadano Rio e em Sio Paulo. Também como ator traba-lhou em O Grande Momento,

Um dos mais jovens nomes de nosu cultura.Gianfrancesco Guarnieri é um dos que reúnemmaior soma de experiências sôbre os problemas denosso teatro e é uma das consciências mais lúcidasna compreensão desses problemas.

Gianírancesco Guarnieni:"DevemosFazer Teatro Nacional e Popular //

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PARA QUEMESCREVER

"í* uma questão de posi-cio diante da realidade so-cisl. Ao w encarar o proble-ma. dentro da perspectivada luta de classes, o obje-tivo torna-se surpreender,nesta luta, o que hà de novoe pode levar o processo pa-ra frente. Nio se trata deescrever apenas para opera,rios, mas do ponto de vistada classs operária. Como, noatual momento históricobrasileiro, o problema fun-dementai, dentro desta pers-psetiva, é o da luta pelaemancipação nacional, istoInteressa também à pequenaburguesia e 4 burguesia na-cional, vinculadas a esta lu-ta.

Nâo acredito em condi-çSes de se realisar um tea-tro realmente popular semum poder político popular.No entanto, acho Importan-tes as tentativas neste sen*•WJ*& ¦$ P^wrapacttvade hrta. mas oomo «sxperi-ência,' na medida em qüe re-flltam um contato com opovo e possibilitem ir apren-dendo como atingi-lo.

A mela do Teatro üo Aro-na. v, justamente, não sebasear em bilheteria, paranão ser submetido ao meca--nismo da classe dominante,que tenta abafar o ambientecultural progressista, e, aomesmo tempo, realizar ex-periéncias, que embora espo-rádicas possibilitem um con-tato com um público opera-rio mais amplo".

TEATROPARTICIPANTE

"O teatro é sempre umaforma de participação. Mas,na minha opinião, o que de-vé ser atingido em termosde participação é expressaro que há de novo em trans.formação. Um teatro quedismistifique, que mostre no-vos valores, isto é teatroparticipante, Nâo é essencialque apresente soluções poli-ticas. O mais importante émostrar quais os problemas.

os entraves, por que exls.tem e como surgiram".

TEATRO POLÍTICO"Começamos a fazer tea-

tro como desabafo, sem eperspectiva da melhor ma-nclra de dtaer o que preten-dlamos. Hoje, aprendemosmeio8 diferentes de levantaros problemas para atingiros mesmos objetivos. Com-preendemos qut nam sem-pre a melhor forma é aquelaque indica a solução.

Assim sendo, encaro cometeatro político, o que mos-tra não apenas o novo emtransformação, mas o ho-mem influenciando no pro.cesso « tomando posição dl-anta da realidade social, em-bora não sejam indicadassoluções políticas. No enten-to, o que mais me preocupanão é definir se o que ia-zemos é teatro teclei ou pc*UUco, e sim escrever sobrao qus está acontecendo damaneire mais exata".O CONTEÚDO EA fFORMA NO TEATRO*

seja ampliada, tanto mais oteatro ssrá difundido".QUEM VAI AOTEATRO NO BRASIL

"No Brasil, tem havido umaumento de interesse peloteatro, principalmente nomelo estudantil. O fato delenáo ser de maasas 4 por terele uma forma de expressãode uma cultura a que o povonão tem acesso: i necestã-ria uma alteração ligada ásdemais mudanças ds estrutu-

tura'.AUDIÊNCIATEATRALi SOLUÇÃO

"A solução não se encon.tra, portanto, dentro dosquadros atuais. Forem todatentativa neste sentido è vá-lida, contribui para acumu-lar forças « Impulsionar pa-ra a resolução desta proble-ma.

ü Arena tem procurado,arrastado por est» ©ejetlvo,representar em periferias,em cidades do Interior, agru-pamentos operários, circos,etc. Hu é uma teta apenas:dol**, stpstáculoj em média««c^ft^an^^

diante de uma realidade so-"ciai muito mais complexa, epretendemos refletir não-.mais apenas problemas indi-vlduais, mas todo um pro.cesso social, já náo nos ser-vem mais como forma cieexpressão uma série de as*pectos do teatro realista bur*guês. O que queremos dizeré muito mais do que podeser expresso através do rea-lismo tradicional. Não que-remos fugir ao homem sln-guiar, mas sim procurar, aoidentificar o público com umindivíduo, mostrar, ao mes.mo tempo, o contexto que odetermina, mostrar que êleestá preso a todo um pro-cesso social.

O teatro não está acaban-do como forma de expressão.Êle podr- adquirir novas for-mas, tal a vitalidade e epoder de comunicação quepossui. O que está acabandonao é o teatro, é uma formado teatro. È o teatro numasociedurc que isola e meca-niza o.indivíduo, e restringea cultura a pequenas elites.Tanto mais o Indivíduo vivaem coletividade e a cultura

manter a continuidade.O que se tem que fazer *

lutar de todas as formas,pressionar os órgãos gover-nsmentaia. procurar levar auma mociuicaçáo tio poder.''O TEATROBRASILEIRO

"O teatro brasileiro, no se.tor de dramaturgia teve umgrande impulso de 1855 a1960: escreveu-se muito, sur*giram diversas tendências.Do ponto de vista do espe-táculo também houve umavanço, um enriquecimentono domínio técnico, uma m*-llior formação dos atores,enllm, uma série de conquis-tas.

Ú teatro refletia desta for-ma, uma época de euforia donacional, de afirmação e de.senvolvlmento. Nattiralmen-te. a atual situação econo-mica difícil, a- inflação, ten-dem a influir sobre o teatro,que se encontra diante de umambiente hostil, com orga-nização profissional e lutareivindicatorla ainda defiri-entes.

No entanto, o teatro bra-

sileiro tem se caracterizadopor seu dinamismo, sua pree»cupacáo artística e ánafa departicipação, Uma cornpa-nhla quase que tem qus sedesculpar por apresentar pe-C*a digestivas. Há um con-senso geral de teatro comocoisa séria".O PROBLEMA DOAUTOR BRASILEIRO

"O grande problema do su-tor brasileiro é que com oenesrecimento da vida, oteatro está sendo dominadocada ves mais por uma eliteque passe a determinar oque quer.

Além disco. *, autor bra-sileiro não tem nenhuma es-tabilldade. Vive de sucessos,Enfrenta as maiores dificul-dades para produzir « náotem multas vesss condiçõese tempo para conhecer nos-sa realidade".

PAPEL 00DRAMATURGO

'Todo pessoal de teatro d*via cerrar fileiras na defesadat companhias que queremfazer teatro nacional e po-pular e lutam com as maiores dificuldades para semanter.

Enquanto existirem estascompanhias, hsverá condi-çoes de representar os inte.réssea brasileiros.

O dramaturgo deve lutsrdentro de ssu setor. O Are-ne é um centro de luta, dediscussão, coloca p.-.'lemaspara outras dramaturgos,para a Juventude. £ impor-tanta manter esta frente, utl-Hzar o mu melo de comu-nlcaçáo como arma de luta,enquadrar-se dentro da ba-talha cultural de caráter ge.ral, O que não quer dizerque éle deva se omitir daluta nacional, mas spenstque êle deva participar des-ta luta fundamentalmenteno campo em qua terá me-lhoreg condições e poderádar uma maior ajuda.

É preciso também que êlenão se isole. Que os auto-res se unam nos seus orga.nlsmos de representação.Que criem o mais possível, eescrevam com a maior liber-dade dc expressão para for-marem uma dramaturgiarealmente brasileira".

\mam*M- -si JWbÍbbbbM

ti m —1——ftSjBBBUMB Dss*4a

1Temos, «isitie, um novo ministro «is WjÊméU e ms»

fessor Carvalho Pinto, exgovernador oo Estada «te KaPaulo.

Trata-se, como se sabe, d- um esphite «otero, disciplinado. Atribuem-ue um notávele alegam, os seus defensores, que tsl defeito pessoal.so tornando uma qualidade quando a pessoa ocupa o <de ministre ds K«sanas."Carvalho Pinto vai ajudar o Brasil a laser amia do que o Psls necessita — dissm. E o fato de quo«le seja tão econômico nos teus gsstos pessoais e tamllta*res vai ajudar, pelo exemplo, na poupança e naCão financeira do Brasil".

Per Isso. a publicidade do novo ministro já entrouação. divulgando anedotas cm que se reflete a eua eiordinária "quantidade" de financista: o "páadurlsrao".

Algumas du anedotas aedivertidas.

Disseram, por exemplo,que, quando sala de sua re-•uaenda, em São Paulo, oprofessor Carvslho Pintodeixava a geladeira trance*da á chave para que oo fa-mlllares náo consumissemsbusivsment* es alimentosali guardados.

Sua nobre esposa resolveudesmenUr 0 boato e convi-dou alguns funcionários pa.ra que os mesmos fossem ve-mirar diretamente a lnexis-téncla de cadeado na porta

da geladeira do ema©nador.

LA chegando, es vtsJtaatseforam cenduatdoe até a es»Unhe e> diante da geiaésVra, a -ta. Carvalholhes falou:— Comi ot srs. r—_ver, náo ha cadt«»<,o na per*ta. "^

B. para que alo „se duvida, a boa sosiherapediu ao comandante da pa.trulha colocada á frente damóvel:

— Por fsvor. sentlnela,afaste-se para elas verem,

OiMMalt m oaliboiçoOitrs anedota conta quo a

professor Csrvalho Pinto quanno Rio ds Janeiro foi a de -.ilémleo que lhe forneces*e •que ele pudesse fazer as sino restaurante do Calabou.

a parreira provldéneia éaIo véie passar alguns «nasoliclutr a um diretório aoa*-,'teh'Inha «te estudante, pararjulçõVii por preços reOdloes

«Para limar uai uímw"Uma terceira história se

refere a urna quebra do nó-vo ministro da Faeenda nasua tradição de negar gor-geta* aos seus serv.çals.

Conta-se que o professorCarvalho Pinto acabara dealmoçar em um restaurantee chamou o garçAo para «vi-sá-lo:

— Olhe. tenho um preten-tinho para você.

Anta a surpresa de Ite*mem. que nao contava eoasaquela, o professor atadaacrescentou algo que auge»ria dimensões ^colossais pa>ra o "presentinho":

— Não repare não; 4 pe*ri» você tomar um uísque..."•:-..hberto, o garelo ee>Ia wu a mão para reeebsg,

E o professor, orfulheoa»einivgouOhe um cubo és gt>Io.

PirtaiMgMi dl Nillèri?Não sei. sinceramente, te o pro?ej;or Csrvalhoé uma nova versão d0 "Avareiilo'* üe iMolière. Náo ãaTm,manda cortar, em sua casa, lati.:j du- «iiieljo tão finas quesejam inteiramente transparentes. Nau sei se es crisdeado Palácio têm ordem para servir beb dai em conta-gotas,Sô sei, çom toda a certeza, que o "pãounirUmo7* (aafôr verdadeiro) náo vai valer de coba alguma ao neveministro da Fazenda.

a evasão dos mllhoesT Ima»ginará talvej qu* seja pee»sivel conter a inflação, adepredação da moeda na*cional, sem eletuar profun*das mudanças na estruturaeconômica do Pais, tem da?uma traulitada not, eafelcul»tores, sem tomar medidas"de peito"?

PrafclMMBt dn flaaataiImaginará talves 0 pro-

fessor Carvalho Pinto quealguns pobres preceitos deeconomia doméstica basta,rão para pôr em ordem aslinanças do Pais? Imagina-rá talvez que a poupança dealgum tosto?» seja suflcien-te para conter ou compensar

hnptrlalitmo nia é molaO Imperlsllsmo norte-americano náo 4 uma farrtastkanvençáo dos comunistas para impressionar as criancinhasIngênuas, professor. £' todo éste sistema montado para a»ferir lucros cada vez maiores ás cuttas de uma exploraetecada vez mais rude do trabalho do noss0 povo. a taxadoinflação a que-nós chegsmot Já náo interessa nem soemalt vastos setores d» burguesia nacional; sô interessaaos monopólios. Caso lhe sobre i\m tempinho disponível,

professor, dê uma lida no excelente livro de Alberto Ps»sot Guimarãet, ora lançado pela Civilização Brasileira'Inflação e MonopólÁo mo Brasil. E abra o olho. antas euaseja- tarde, H

Cintar de galinhaEm face do Imperlsllsmo,

nâo há como fugir. Lutarcontra éle não é tarefa parra pinto; é prá galo. Poroutro lado, se o ministro daFazenda não tiver coragemde enfrentá-lo, acaba dei-

xando de ser Pinto, acabacantando de galinha.De qualquer modo, a oe»Cão vai ter drástica para •professor Pinto: ou cresce e.vira galo, ou se intimida avira galinha.

nr romance

Um Diana VidadeIvã Denissovitch

Âltxandr Soljenitsin

Traduçío daB. Albuquerque

Shukhov pedira a sua mulher que lhe explicasse co-mo iria tornar-se pintor se em toda sua vida não souberamanejar um pincel. E que lhe dissesse que tapetes tãoextraordinários eram aqueles e o que representavam. Amulher respondeu-lhe ciue até a pessoa de raciocínio maisfechado poderia pintá-los; era só colocar o molde sôbreo tecido o passar o pincel pelos buracos que Ja estavamfeitos. Os tapetes eram de três tipos: "Troika" (um ori-cal hussardo montado cm um carro tlrario por três for-mosos cavalos i, outro representava uma rena e outroera uma Imitação dos tapetes pernas. Não havia outrosdesenhos além diisses. Mas, mesmo assim, cm todas aspartes eram arrancados das mãos e ainda ficavam agra-decidos. E' natural, porque um tapete verdadeiro não eus-ta 30 rublos, mas milhares.

Shukhov t.-ria dado qualquer coisa para ver aquèleitapetes.

Em tanto tempo passado nos campos e nos rr.rreresIvâ Denissovitch perdera o habito de pensar no que po-rieria acontecer no d!a ou no ano seguinte e temo deviamanter sua família. Tudo os chefes pensavam por Cie?,e era melhor assim. Além disso, ainda lho faltava uminverno, e um verão e outro invento o outro verão paraterminar a, pena. D* qualquer forma, aqueles tapetes tinham-no Intrigado...

Estava claro qua davam bom lucro, t> rapidamente.Ademais, não era coisa que o fizesse inferior a seus pa-tricôs... Mas, para falar a verdade, não agradava a IvãDenissovitch a idéia de trabalhar nos tapetes. Para issoera preciso descaramento e desfaçatez e subornar as pes-soas. ííhukhov Já tinha 40 aiios de mundo, perdera a me-tade dos dentes e a metade do cabelo, mas nunca, subor-nara ninguém nem te deixara subornar. E tampouco qul-terá aprender a f»»r iss0 no c^mpo,

O dinheiro que vem dessa forma ninguém segurs enão deixa a impressão de que foi ganho. Razão tinhamos antigo» ao dizer que é mal gasto a que é mal ganho.

Shukhov ainda tem os braços fortes e as mãos ágeis.Como não encontrará, uma vez em liberdade, trabalho co-mo fornelro, carpinteiro ou funlleiro?Ruim será se, por ser privada de seus direitos civl-cos, não o admitirem em parte alguma nem o deixaremvoltar a sua aldeia. Então, sempre será tempo de lançarmão dos tapetes.Entrementes. a coluna chegara á imensa zona de tra-balho e se dêtivcra diante da guarita- principal, Poucoames, dois liomons da escolta tinham-se separado de umextremo üa zona para dlriglr-sc cortando o campo em dia-

p,onal, com sous capotôes de pele, para as torre» de vi-«ia mais distantes. Enquanto 0s sentipelas nao ocupas-.sem todas as torres, nào deixariam os detentos entrar.O chefe da guarda, com a mctrslhador.a a tiracolo, diri-giu-se á guarita. Pela chaminé da guarita a fumaça salaem redemoinhos, sem cessar. À noite inteira ali fica umguarda para cuidar de que ninguém carregue com as tá-buas ou o cimento.

Através do portão de alambrados. de toda a zont deconstrução e do outio slambrado distante nu-sce o sol,grande, vermelho, como so estvesse envolto em neblina.Alioshka, ao lado de Shukhov, contempla o sol, extasiado,com um sorriso nos lábios, Está magro, só tem a raçãoao campo, com tjenhum biscate ganha nada. De que sealegrará? Nos domingos ainda sempre aos cochlchos eomos outros batistas. Para eles, o campo, como se tsl coita...

O trapo que trouxe colocado como um bocal foi ume-decendose com o hálito pelo caminho e, de frio, conver-teu-se cm lima carapaça de gelo. Shvtkhev tíra-o do rosto,rlelxandoo dependurado do pescoço, e se volta de costaspara o vento, Não pode dizer que o frio lhe tenha pene-trado multo; só as mãos ficaram intelrlçadas dentro dasluvas velhas e mal sente os dedos do pé esquerdo: essabota Já foi remendada duas vezes num lugar que te quel.mou.

Dól-lhe a cintura, e at costa* até os ombros. Comotrabalhar assim"

•26- -2T-

Voltou » cabeça e seu olhar tropeçou com o chefe ésequipe, que ia na última fila. Largo de ombros, toda eletem um ar de força. Sua e.v . u»*5q é carrancuda. Dele aequipe pode esperar pouca.; migalhas do dellcadeae, mas,em compensação, preocupa,,,. illmentá-la em que etrabalho renda para obter . . ração. Conhsee perfei,lamenta os costumes dos campos, nois etta é a segundacondenação que cumpre tem inteniij>;iO.O chefe dê turma, é tudo no campo: se é hábil, está.se salvo; te è ruim, acaba-se entre quatro tábuas. Shu-khov conhecia Andrel prokolievitch d» Ust-IJma, emboraali não estivesse em sua equipe. Tlurin o tomara paratrabalhar com èle quando, desde o campo comum de Ust.. Ijma, forsm trazidos para éste outro campo de trabalhetodos aqueles lncluldot no artigo 38, Shukhov náo temnada a ver eom o chefe do campo, com o "pé-p*.tcM",

com o» ajudantes de engenharia nem com ot engenheiros:em todas as partes representava.o o chefe de turma queo defenrlia com seu peito de aço. Em compenssçáo, aomenor olhar, ao menor gesto é preciso compreendersuas ordens e çxecutá-las a toda pressa. Pode-se enganarqualquer pessoa no campo, menog Andrel Prokofievitch,Então, segue-se adiante.

Shukhov queria perguntar ao chefe de turma ae vâotrabalhar, se será no mesmo local do dia anterior ou emoutro lugar, mas náo se atreve a distrair seus pensamen-tos. Acaba de ganhar uma bata-lha (a turma não foi paraas obras novas) c agora estará calculando certamente aporcentagem de que precisa que os capatazes aprovem:disso depende que a equipe coma melhor nos cinco dlatseguintes.

Tlurin tem e rosto marrado por grandes bexigas devaríola. Está com a face voltada para o vento e nem se.quer pestanej*. Sua pele parece de couro curtido.

Na coluna, os homens agitam os braçot e batem comos pés no chão para se esquentar. Ventlnho chato! Pare-ee que as senttnelas Já estão nas seis atalaias. Contudo,ainda não deixam entrar na -ona. Excesso de zelo.

(Continua)-38 —

Rio de Janeiro, 5 a 11 de julho do 1963 nr *$

Page 6: Marco lotôrio ter Saker íltfiÉr Política Finattceira e Par ... · '-. * \> ¦ !.*,,r \~4-' leste . MAIOR DO MUNDO A prtmdra seção «a maior fábriea *V•¦¦¦¦•• 4o atando

TRT E PREFEITO DE SAO PAULOLESAM TRABALHADORES E USUÁRIOSDOS TRANSPORTES COLETIVOS

í

110 PAULO (Da aucur*K)

— A toque de calas obunal Regional do Traba*

MO reuniu-se c Julgou o dis*ateio coletivo, instaurado ex*oficio, do acordo com pedi.do de seu Juii-presldenle, re*letivo ao lealuftamento sa*isrial dos trabalhadora* dostransportes coletivos de SioPaulo, Nio tiveram os srs.falses sequer » cslma de es.perar 0 término do acordo,Rate vencia no dia 1.° de Ju*lho e Já no dia 38 de Junhodava-se o julgamento.

As desculpa» apresentadas

ra tanta afobação eram

que, sendo o dia 29 fe.riado, e o dia 30 domingo,são haveria tempo w*i umadecisão daquela corte antesde terminada a vigência. Averdade, porém, é bem ou*tra. Apesar de não haveremdecidido a realização de ne*shum movimento grevistapara o dia 1° de Julho, eo*mo alguns procuraram fa*ser crer, o fato é que os tra*balhadores w encontravamcom elevado espirito de lu*ta e vinham reforçando asus organização, para qual*quer eventualidade. Os 3sindicatos que congregam acategoria —- o dos conduto*res de veiculo*, o do-* traba*lhadores cm carris urbanos eo do* empregados em escri*tdrios — já haviam organl.xado comissões dc saláriosna maioria das empresas. Is*ao assustou patrões c auto*rldade*.

Por outro lado, a decisãoda justiça do trabalho ser*Mu como arma de que seutilizou o sr. Prestes Malapara aumento das tarifascm transportes coletivos,apanhando os usuários deempresa em dol* . dias se*

rntes de dc-tcanso, quan*

se torna difícil a mobili*sacio popular.PREJUDICADOS

Como base para os enten*comentos, os sindicatos dostrabalhadores haviam apre*sentado a proposta de 90%ds reajuste, com cláusula

^vendo a revisão dentro

6 meses. As coisas encon*travam.se, ainda, ne fasedas negociações quando, con*forme já ficou dito, o juiz*8residente

entrou com pedi*o de Instauração de dlssl*dio coletivo ex-oflclo.

Na votação os Jubas se dl*vidlrsm: 3 votaram por70%, 3 por 9S%, e 1 por60%, tendo o juis-prealdentedesempatado, optando pelo*63%. Serviram de base pa*ra a decisão os dsdos sobrea elevação do custo de vida,fornecidos pelo SEPT, e queapresentavam aumento, dejaneiro de 62 a maio de 63,da ordem de 63, 64%. Umdos Juizes criticou o SEPTpor haver apresentado emoutra ocasião Índices comdiference para msls, emcerca de 20%, para o mei*mo período.Os trabalhadores se mui-trnm Inconformados, tantocom a forma apressada comque foi rciolvlda a sua quês*tio, com0 com o "quantum".Seus argumentos encontramsólido apoio no levsntamen*to do custo de vida realiza*do pelo Departamento In*tersindical de Estatísticas eEstudos S ó c I o-Econômlcos(DIEESE) de reconhecidoprestigio. Tais levantamen*tos demonstram que a ele*vaçao do custo de vida, deJulho (Inclusive) de 1962 amaio de 1963 atingiu ar ca*sa dos 76,3%. Se se acres*centar a estimativa para omés de junho (de 4,5% a5%), ult-apassa.se os 80%.O "quantum" determinadopelo TRT deixa, portanto,os trabalhadores com umdéficit de mais de 17%, s«*gundo apreciação dos lidereisindicais.

Embora algumas peque*nas vantagens como < o adi*cional por antigüidade, 5%por qüinqüênio e o pagamen*to de uniforme tenham si*do mnntidas pelo Tribunal,uma das cláusulas conslde*radas de importância capi*tal pelos trabalhadores foirejeitada. Exatamente aque-Ia que preconizava a revi*são salarial dentro de 6 me*ses, revisão tao necessáriaem época como a que atra-vessamos, em que os preçosdas utilidades dão saltos as*tronomicos, como no casodo açúcar e, agora, n0 doleite. Nesse particular, se*veras criticas dirigiram ostrabalhadores ao sr. Déciode Toledo Leite, juiz-presi*dente do TRT, por suas atl-tudes incongruentes. Ao fs*zer proposta conciliatória,

defendeu a cláusula acimacltsda; ao proferir o seuvoto, decidiu contra.

A categoria profissionalem foco não se conformoucom o «ajustamento deter,minado pelo TRT e prosse*gue em aua campanha sala*rlal, estando marcada as*sembléla conjunta, pelos 3sindicato», no próximo dis3, onde se estabelecerão osrumos a seguir.«NAO SOU CULPADO»

Mesmo entes do entrar emvigor o rea|ustamcnto sala*rlal citado, já o paulistano,desde o* primeiros minuto*do dia 30 de junho, começoua pagar as novas tarifas detransporte coletivo. A passa*gem de ônibus, que anteicustava 25,00 passou a35,00; a de bondes íoi de20,00 para 30 cruzeiros. Tãorepentina foi a medida to-mada pelo sr. Prestes Malaque Inúmeras pessoas —operários, em sua maioria— dcsprevenldas, ao pagar a-passagem concluíram nãopossuir dinheiro em quanti.dade suficiente, o que provo*cou alguns atritos entre pas*sagelros e cobradores. Tan*tas eram as reclamaçõesque um cobrador da linhaSanta Isabel-Cidade colocou,abaixo do novo preço, umpequeno cartaz com os dlze*res: "Desculpe, eu não souculpado".

A revolta da população émaior por se tratar do se-gundo aumento de tarifasno curto espaço de 6 meses.Em fins do ano passado, sobo pretexto do pagamento do1-1° salário, o prefeito pau.lisiano elevou as passagensde ônibus em 5 cruzeiros, omesmo ocorrendo com osbondes. Após ssslnar o des*pacho referente ás novas ta*rifas, o sr. Prestes Mala, ementrevista a um jornal localdeclarou que se fór cum*prida a promessa, dos go*vemos da União e do Esta.do, de subscrição de aumen*to do capital da CMTC, es.ta poderá até baixar os pre*ços das passagens. Esta pro*messa não entusiasmou ospaulistanos. Alguns acham,'pelo contrário, que, á medi-da em que envelhece, o sc-nolento prefeito vai se tor*nando mais demagogo.

Pernambuco: Novos Sindicatos,Congressos e Lutas SalariaisRECIFE (Do correspon*

dente) — Recentementecriado, o Conselho Regionalda Confederação Nacionaldos Trabalhadores ns In*dúitris (CNTI) Já está de.senvolvendo um programado trabalho, visando a crln*ção de vários novos sindica*tos, nlo só na capital comono Interior do Estado. Aindano dia 26 de Junho o novoórgão esteve reunido com 36representantes de sindica*tos de classe ligado* ás atl*vidades do setor Industrialde Pernambuco.

Ficou acertado, então, queo Conselho Irá nomear vá*rias comissões de lidere*sindicais Industrlários com afina lidado de atuarem jun*to ás várias cstcgorla* detrabalhadores, ainda sem oseu sindicato. Inicialmente,serão formadas associações,que, depois de um determl.nado tempo, serão transfor*madas em sindicatos.

As novas categorias quedo Imediato passarão » serorganizadas são as seguin*tes: trabalhadores do frio(empregados dos írigorifl*cos): os da Indústria da bor*racha; os operários do íós*foro; os trabalhadores daIndústria de Inseticidas e osde pedreiras.

Falando i reportagem, osr. Severino Araújo, presi*dente do Conselho, declarouque a meta da entidade é ade não deixar nsnhum tra.balhador á margem da or*ganização sindical.

CONGRESSONACIONALDOS GRÁFICOS

Depois de haver realizado,aqui, a sua I Conferênciaitfulonnl, os trabalhadoresgriulcos pernambucanos pre*param-se para participar do111 Congresso Nacional dosTrabalhadores ns» Indús*tria* Gráílcss, enviando aoconclave, que se realizara,em Sulvudor, Bahia, uma de*l«'';.'içAo de 10 pessoas, ten.do á frente o presidente doóinao local, sr. Edvaldo Ra*ti..

No conclave, serão dlscu*tldu* as seguintes rclvindl*catõe* do* trabalhado*ri.-: regulamentação profis.sio.ial, redução das Jorna*das aposentadoria especial,com ratos coletivos salário,mínimo profissional, clusslfl*cuç.io e salário profissional,insirlubridade especifica, au*mutação e suas conseqUén*tias, o trabalho da mulher edo menor, aprendizagem eensino técnico profissional econstrução de colônias deíéi ias.

ENCONTRO DOSMETALÚRGICOS

Nos próximos dias 11 12c 13 de julho, os trabalha.dores metalúrgicos de todoo Pnls vão reunir-se em con.gresso no Recife, já estsn*do em franca atividade osmembros da Comliião Orga*nizadora do conclave, que

Movimento Anticonstitucional

Dos Tubarões do Café Tem

Participação Das AutoridadesCURITIBA (Da sucur-

sal) — Violando a Constl-tuição Federal, que proíbeexpressamente manifesta-ções de tal gênero, comer-cio e Indústria desta capi-tal paralisaram totalmentesuas atividades no dia 27de Junho último, promo-vendo um lock-out queteve em vista pressionar ogoverno federal s modlfi-car certos disposições da

SãO PAULO

HHl H^^mi si

O PRESIDENTE do Sindicato dos Condutores de Vei~culos Rodoviários de São.Paulo, tr. Cneo Dantas, tendod sua esquerda o tesoureiro José Antônio Barbosa * à

direita o arquiteto José Vilanova Artigas

Condutores de Veículos em MarchaPaia a Construção de Prédio Novo

'Ueradstamos qne o nosso sindicato aeri e primeira s contar eom am prédio espeeialaseato eetsrttskto sara s stt-vMade sindical • dentro das normas mais modernas, nio apenas no «se se refere ao sudlealismo prtprtaaaento«to, mas, tombem, no «ue dis respeito i própria arquitetura" — foi o «ae nos informou e sr. Cneo Dantas,presidente de Sindicato des Conctatores dc Veies*» Rodoviários • Anexes de Bio Feulo, «o rara dtoer «ae, dentreesa breve, m entidade terá num» das ruas centrais ds capitei bandeirante sm edifício de otto andares, especialxeente construído para oe associados '

uma ViarÍAAO SINDICATO

Procurando Informar me-Ihor nossos leitores sóbreas atividades daquela enti-dade e, Igualmente, sóbre oprédio que pretende cons-trair, a reportagem esteveem sua sede á rua Pirapl-tingul, em contato com suadiretoria. Atendeu-nos opresidente da entidade, sr.Cneo Dantas que, no mo-mento, se fazia acompa-abar pelo primeiro-secre-tirlo, sr. Raimundo Pereirade Araújo.

— "Realmente escle-receu aquele dirigente sln-dical, o Sindicato dosCondutores de Veículos Ro-dovlários e Anexos de SãoPaulo Intensificou suas ati-vidades nestes últimos anos.Pode-se dizer, mesmo, queo crescimento dessas atlvl-dades vem sendo feito nu-ma ordem geométrica e. as-sim, o velho prédio próprioque possuímos à rua Pira-plttogul, 75, Já não aten-de ai nossas necessidades.Basta ama rápida vista deolhos através das depen-dências a fim de que se ve-rlflque tal situação. Atual-mente, estamos ocupandoprovisoriamente nm prédioalugado, maior do que oanterior mas ainda peque-no c incapaz de atender ásnossas solicitações."CM SINDICATO OUENAO * DE CARIMBO

O Sindicato dos Conda-tares de Veículos Rodovia-lias e Anexes de São Paulo,i # «ue se pode dizer a an-tftêse des chamados "sindl-estes de carimbo", Isto é,aquiles «ue funcionam uni-es e exclusivamente emtorno do nome de uma dl-retoria, sem a eoncomltan-toe necessária base de mas-asa. Ao contrário, s sedede sindicato está semoreeada. li sc fawm reuniõesde detonados, reuniões detrabalhadores de emprêsss,tui uma atividade a bem dl-aer febril. Os diverros de-pafCtunentos estão sempre•selos de associados, tal eo- 'me sucede com • deserta-mesto jurídico, o demrta-¦esto médico, o srablnetodentário, para lembrarmosapenas três, Uma ambnlán-cia esta, sempre, i dl«u*a-stein de associados e suasfsmOfcu, com médico* e en-fUrmelrce «se atendem a«tsaleuer hera da noite, m-pitado assim a entidade nmserviço «ne é feito tombemper entras instituições.

— Trata-se de uma exl-geada da categoria", exnll-ess-nos o sr. Cneo Dan-

tos • «nando a categoriaexige, a nós só cabe obede-cer. Sei «ue muitos sindica-Batas, cuja opinião respeito,consideram «ne o sindica-to nio é orna santa casa.ou não existe para suprira deficiência de órgãos taiscomo os institutos de prevl-dência. Sei «tte há essasopiniões, respeitáveis aliás,Mas sei, também, «ne a ce-togorla nossa exige o seumédico próprio, • seu den-tista, toda uma série deserviços vor nós prestados".RAZÃO DE UMCRESCIMENTO

Soubemos que uma dasrazõss do crescimento donúmero de associados dessaentidade se deve ao impul-so dado á atividade sindl-cal por roas últimas direto-rias, principalmente a quefoi recentemente eleita eque é presidida pelo sr.Cneo Dantas, tendo por nrl-melro-secretárlo o sr. Ral-mundo Pereira de Araújocomo segundo-secretárlo osr. Jorge Nolasco Vieira,primelro-tesourelro, o sr.José Antônio Barbosa e se-gundo-tesourelro o sr. An-tonlo Ramos de Araújo, —"Nosso sindicato não espe-ra os aumentos do Oovêr-no", afirmou-nos o sr. Pai-mundo Pereira de Arauto,explicando oue nela exarei-são "aumento do Governo",a categcita entende m rea-Justamente* trazld >s aossalários pela decretação do

salário mínimo.— "Nossa categoria se

antecloa, orientada pelosindicato e Junto aos em-prep-adores, sela amlnàvel-mente, sela através ds de-clsões normativas da Jus-tlça do Trabalho, consegueImpedir que a carestia e a

Inflação tomem ainda maismiseráveis os salários.Orientada pelo sindicato, acategoria tem enfrentadolutas memoráveis, em suaquase totalidade vitoriosas."RESULTADO: UMPRtDIO MODERNO

Em resultado do cada vezmaior afluxo de associados,o velho prédio da nn PI-rapitingul se tornon aca-nhado. Já náo comportavaa série de serviços, presta-dos pelo sindicato Bastadizer que os corredores doprédio viviam cheios e aspessoas mal acomodadas. Odepartamento Jurídico porexemplo, localizado numasala apenas, não comporta-va o afluxo de pessoas oueprocuravam a entidade nãoapenas para se valer dosprésthnos Jurídico*' de suaequlnc de advogados mas,também, a fim de orientar-se e saber come procederem face do contrato de tra-balho.

— "Foi auando, após as-sembléla.** diversas, em queo assunto foi debatido emtodos os sens aspectos, de-cidtu-se «ue o 8'ndleatodos Condutores de VeículosRodoviários e Anexos deSão Paulo precisava de nmprédio novo e muito maior",esclareceu-nos o sr. CneoDantas.ÜM PRtDIO A ALTURA

Conforme a escritora deeompn e venda referenteao imóvel em «ue se encon-trava Instalado, até há pou-em dias, o sindicato, o edi-fido era constituído de umacasa velha, edlflcada paradentro do alinhamento darua, com porão habltável,COUt 8CÍ0 OMslOtfOB* fMfefftfne dormitórios, isto é, uma

antiga e velhada época doe tsosndstros decafé. Tudo isso dentro deum terreno de II metrosde frente por quarenta me-tros da frente ao fundo.Reformar o edifício confor-.me foi cogitado, era Impra-tlcável, caro e Inútil paraos propósitos. Adquirir ou-tro prédio, dificílimo, dadaa alta do preço dos Imóveis.Afinal, após muitas dheus-soes, chegou-se i conclusãode qse o prédio deveria serderrubado até es alicercese em seu lugar ser constrói-do um arranha-céu moder-ao. Esta proposta, discutidaem . todos os seus ângulos,foi finalmente aprovada.UM ARQUITETOMODERNO

Decidiu então, com fun-damento no sentir da ca-tegorla, a diretoria entregara construção do edifício aum arquiteto moderno ten-do a escolha recaído no ar-quiteto João Vilanova Arti-gas, autor de diversos pro-jetos de vulto e conhecidoInternacionalmente. Êsseprofissional se propõe apre-sentar um projeto arqulte-tônico — êle e seu compa-nhelro Carlos Casnaldi —para prédio destinado a sr-de do sindicato, Foi assina-do contrato entre os referi-dos arauitetos e a diretoriado sindicato, devendo áqúS-les profissionais, dentro druns cinco ou seis meses.apresentar finalmente oprojeto que será o primeiroespecialmente destinado àatividade sindical, não obs-tante a existência de sin-dlcatos com prédios própriose modernos.

Êsse proieto, de autoriade um profissional conhece-dor do assunto c que in-curslona outros ramos déatividade que não a pura

4ff simples arquitetura, daráa' São Paulo o mais mod°rno

jprédlo dentro de suas fina-Tidndes.

Concluindo, disse o sr.Cneo Dantas:

— "O mais importanteporém, é que a categoriaestá convencida de que pre-cisa construir um grande

llficlo de oito andaresira a sede de seu sindica-

Para isso, destinou 25%do aumento conseguido em1962 para o fim esneciflcoda construção da sede. por-centagem essa oue será re-forçada ainda êste ano paramais facilmente erguermosa casa do trabalhador. RI-fas. festas, bailes, tudo seráposto em prática a fim deConseguirmos numerário. Abatalha se Iniciou."

política caícelra. O prefeitoIvo Anua associou-se imanifestação ilegal decre-tando feriado municipal afim de garantir o éxlto dabravata. O movimento, le-vedo k prática em nome da"reintegração da políticaeafeeira na ordem demo-crátlco-legal" foi lideradopela Associação Comercialdo Paraná.

A Ilegalidade do ato foidenunciada cm manifestodos trabalhadores sanei-rios, que condenaram eomveemência a posição aasu-mldavernadorprefeito <__participando attv» e' ernni-nosamento da açio anti»constitucional. Enquanto to-to a imprensa, que Inverti-velmente TlarrfI>>f de eub-verslvo qualquer movlmen-to istvtodlcstdrlo reallaadopelos trabalhadores, des eo-satura completa i persll-sacio lesiva aos interessesnacionais • desrespeitado»,da Lei Magna.

tno* » powytw mmmu-no episódio pelo f o-

dor Nej Braga e pelo[to de Curitiba, esto,

aeri o IV Ceomaso Braailst*ro da categoria.

Segundo apuramos tantoao sr. José VUrte, prcçtdcate do órgão local do* tr»balhadores nas indúatrlssmeialúrgicas. virão ao Red.fe representações dc missetodos oi Estados. São Pauloenviará uma delegsçio de200 trabalhadores.PETRÓLEO

Os trabalhadores das com.panhia* de petróleo, atra*vés do seu sindicato, Inicia*ram ums esmpanha paraque ss companhias cumprama cláutule do contrato cole*tivo celebrado em dezembroúltimo, que eitlpula a con*cesião de abono em Julhodo corrente ano. O abono, aser concedido em todo o ter*rltorio nacional, deverá sercalculado de acordo com oaumento do custo de vida.CONQUISTARAMAUMENTO .

Os trabalhadores na in*dústria do açúcar acabamde conquistar novo aumentode salário, com o acordo fir*medo, na Cooperativa dosUhinciros de Pernambuco,entre patrões e empregados.

O Índice do aumento ob*tido foi da ordem de 33%para todos os trabalhadores,que, ainde agora, percebematé 25 mil cruzeiros; e de30% sobre os salários atuaisde 30 mil cruzeiros em dl*ante.

VOLTA REDONDATAMDtMJATEM FiP

VOLTA REDONDA (Do-correspondente) — Foi cons.tltuida nesta cidade a seçãomunicipal da Frente de Mo*bllização Popular. A solenl*dade de Instalação do núcleocontou com a presença deum grande número de tra*balhadores, dirigentes sindi*csls, estudantes, vereadores,professores e proflsslonsisliberais. Na ocasião proferi*rem palestras sobre as re*formas de base o sr. Wsnil.d0 Carvalho e o professorBrasil Lui Diogo. Após asconferências estabeleceu-seanimado dsbate entre cepresentes. Ao finei da reu*nlis foi estruturada uma co*missão de cuco membros,eleita pela assembléia, for*mada de dois vereadores,um engenheiro da Compa*nhla Siderúrgica Nacionalum professor, um escritura*rio e um Jornalista. A comis*sio ficou incumbida de, numprazo breve, convocar outrareunião para a aprovaçãode um programa de traba*lho da Frente de Mobiliza*cão Popular e marcar umadata para a realização deum grande ato público emVolta Redonda pelas, refer*mu de base.

18 Fábricas de Calçados de SP

em Greve: 5 já Estão VitoriosasSAO PAULO (Da sucur-

sal) — Entraram em greve,segunda-feira, dia 1.°, exl-glndo antecipação de rea-juste salarial (o acordo ter-mina em outubro), traba-lhadores de 18 fábricas decalçados de propriedade doslojistas da rua Augusta. Aparalisação deu-se em vir-tude do desespero causadopelos aumentos de tarifasnos transportes e nos alu-guéls, somado ao não aten-dimento, pelos empregado-res, dos pedidos de reajusteque vêm sendo feitos desdemarço"DEMOCRÁTICOS"

A situação de desesperoem que se encontram todosos operários nas Indústriasde calçados de São Paulo,deve-sé também a maneiradesonesta como a anteriordiretoria do sindicato dacategoria tratava dos pro-blemas junto aos patrões, tbastante comentado pelossapateiros o que fêz o ex-presidente Alcides Ribeiro,elemento de proa do Movi-mento Sindical "Democrá-tico", que induziu trabalha-dores de várias fábricas aassinarem um documentoque favoreceu excluslvamen-te aos empregadores, resul-tando dai dispensas emmassas, sem a devida inde-nlzação. Na ocasião em quetal fato se deu, o "demo-crata" Alcides por váriasvezes quase foi agredidopor trabalhadores prejudl-cados, os quais acusavam-

no de haver levado dinhel-ro dos patrões.NOVA DIRETORIA

Onças i atuação da atualdiretoria, com apenas seismeses de gestão, o tradlelo-nal espirito dc luta dos sa-patelros está voltando a vi-gorar. Tanto assim que des-de março o sindicato vem

Íiromovendo reuniões de de-

egados de empresas e ten-tendo Junto aos emprega-dores conseguir antecipaçãode reajuste salarial. Emfunção disso, já foram rea-nadas duas mesas-redon-das na DRT, estando umaoutra marcada para o pró-ximo dia 12.

Devido o empenho danova diretoria, foi possívelaos operários da FábricaScatamachla, depois de 4dias de greve, passarem areceber o pagamento emdia, acrescido de um au-mento salarial de 17%.

VITÓRIAS PARCIAIS

Das fábricas em greve, 5Já assinaram com o sindi-cato dos trabalhadores umcompromisso de que paga-rão a partir de 1.° do cor-rente 20% de antecipação,a exemplo do que fizeramoutras 20 empresas no de-correr dos entendimentosque desde março vêm sen-do tentados. Quanto ãs ou-trás fábricas paralisadas,ficou decidido somente vol-tarem ao serviço depois quea antecipação salarial de20%, no mínimo, fór paga.

_i_^.

Câmara de Niterói AplaudeVôo de Valentina e Bikovski

Atendendo a requerimen-to do vereador José MariaCavalcante, a Câmara Mu-nlclpal de Niterói envioucongratulações ao povo ao-vlétleo, por Intermédio doembaixador da URSS, noBrasil, pelo feito brilhanteda ciência daquele pais "aolançar no espaço um casalde cosmonautas, façanhadigna do aplauso de toda ahumanidade".

PADRE AL1PIO

Também acatando solicl-tação do vereador José Ma-ria Cavalcante, aquela casalegislativa dlriglu-se ao mi-nlstro da Justiça pedindopela libertação do PadreAliplo de Freitas, até recen-temente preso, "numa vio-lação das liberdades asse-curadas pela Constituição".

Raimundo A. Ribdio. de Oampo Maior, __,ta desta maneira a vida dos camponeses de ass is*dio:"Doloroso o cruelanto é o drama qse ss iMwiliivida do nosso camponês.

8611o ao leu, envolto cm completo ahandono, daadecedo começa a carregar pesada crus, ato baixar ae regiõesdos 1 palmos,

Anestesiado pela dor constante, torna-se. por]leeo mse-mo, indiferente aos flagcloa que lhe batem à porta do es-aebre, no correr de aua atribulada existência dc parte.,

Oa acua exploradores, que se cevam com o aeu suore sacrifício, náo têm dêlc nenhuma piedade.

Como verdadeiros vampiros sugam o sangue dissemártir de nossos dias.

escravo negro dc ontem, apesar doa pesarão, eratratado um pouco melhor.

que, eomo objeto exposto a vsnds, i semelhan-«a do nosso atual touro de raça, o seu Senhor, como eranatural, Unha interesse pela sua boa aparência, a fim deobter melhor oferta por ocasião de ser vendido.

Hoje, o nosso camponlo. escravo branco da época, dêlcqueremos somente o produto de seu pesado trabalho, ofe-recendo em troca Ínfima migalha.

O seu pauperismo. e até mesmo a sua morto, nio trásprejuízos nem constrangimento aos açus prepotentes car-rascos.

O cito continua em marcha, sob o mesmo jugo, eomaa mesmas características de fome e doença, movimenta-do apenas por outras mios calosas e por outros farraposhumanos.

Para poder continuar escravizando indefinidamente otrabalhador, os ardilosos exploradores, servlndo-se de suaingenuidade e atraso, usam de toda sorte de artimanhas,criando clima propicio para convencê-lo de que é êle umser Inteiramente livre.

Nio compreende, entretanto, a ludibriada vitima, que,a única liberdade que lhe é realmente permitida, é a debeber cachaça i vontade, sambar amlúdamente e a come-ter outros atos desabonadores.

O Intuito, pois, desta ealculada tapeação, nio temoutro objetivo, senão o de desmoralizá-lo, de enfraquecermais ainda a sua resistência fialca. de amesqulnhar o seucaráter e d: embrutecer o seu espírito.

E ai daqueles, porém, que proclamam e focalizam taisverdades.

Sio, de logo, apontados como perigosos comunistas,Inimigos de. Deus, da Família e da Pátria.

IncompatibUlsados, assim, com a sociedade, são ain-da, alvos de profundas antipatia* dos poderosos, dos apro-veitodores e inconscientes.

As perseguições pululam dc todos os lados e, às vezes,por falsas denúncias, podem bater com os costados nacadela.

Quão bárbaros e desumanos se tomam os homens,quando dominados pela vaidade excessiva ou pela ambi-çáo desenfreada".

S6DRE OS MENDIfiOSValérlo Oarcla Caldas, de Fortaleza, Ceari, esclare-

ce o sentido de sua opinião comentada aqui na nossa edi-cio de número 224. Escreve:

"LI o julgamento que o colunista deu à minha opiniãoa respeito de "mendigos filmados na Ouanabara", quandoatribui a mim o desejo de que ae desse maior ênfase náoaos crimes de Lacerda eontra oa pedintos mas aquela ou-tra espécie de mendigos, os que se encontram a mendigarterra em nossa Pátria, nas sonsa rurais, noa campos, ondea necessidade de uma gleba para produzir alimentos parao sustento e amparo da família transforma em párias .milha-res e milhares de aérea humanos que Ji vêm ganhando cons-ciência de que a terra que habitam c povoam nã0 deveaer propriedade de um grupo de grileiros ambiciosos quecs exploram tapledosamento.

Longe de num fsaer qualquer restrição a assuntostratados com Justos», principalmente quando objetivammostrar ao público o falsidade da vaidade burguesa dsostentar aos outros aquilo que intimamente nio ae sentecm profundidade, eomo seja o humanltarismo da fachadao exlblclonlsta de dar esmoles a miseráveis em nome defé cristo. Acho mesmo que assuntos de tal seriedade niodavam servir de motivos s comentários menos profun»dos. O que pretendi frisar é que, antes de mais nada, de-vemos lutar para garantir os fundamentos de uma socie-dade que permita eliminar o triste espetáculo da exlstên-da de mendigos entre os seus componentes; e que o pon-to de partida, no caso do Brasil, para o estabelecimento detal sociedade, és liquidação do latifúndio, a liquidação damendicância da terra. Afinal chegou a hora de levarmosi prática as virtudes que adquirimos nos nossos conta-tos diários com as massas sofredoras. Bem diz Arraesque o "medroso será cúmplice da fome", e o vacilantecúmplice da miséria".

ATUALIDADEDe Geraldo Lesse, de Beto Hortsonte, recebemos i

poema "Atualidade'', do qual transcrevemos alguns ver-aos:

"Desfas-se enfim o mistérioQue havia sobre as reformasMuda-se até um ministérioPara não mudarem aa normas. •

Comandam já c-g sargentosuma grande quarteladaSão chefes neste momentoDessa turba desatinada.Tubarões (cheios de medo)Entrando estão de galatotAq mudar o velho enredo ¦Do povo pagar o pato.Violento, com muito ardorLeonel Brizolá trabalhaNo afã de reformadorAtlça a quente fornalha".

Líder di categoria dasmanta:«Trabalhadores do Açúcar NãoHomenagearam o sr. João Goulart*

O dirigente sindical LuizTenório de Lima, preslden*te da Federação dos Traba-lhadores nas Indústrias deAlimentação do Estado deSão Paulo, falando a NO-VOS RUMOS, desmentiu anoticia divulgada pela im-prensa segundo a qual ostrabalhadores da Cia. Ust-nas Nacional* da Guanaba*ra, São Paulo, Santos, Cam*pinas. Belo Horizonte, Juizde Fora, Três Rios e Niterói,ofereceram um churrasco aopresidente da República, an*tes deste embarcar, dia- 27de junho para Roma. Sall*entou o líder sindical: —"Não ê verdade que os tra*balhadores da Cia. UsinasNacionais homenagearam opresidente João Goulart comum churrasco, dia 27, naGuanabara. A Federação eos seus sindicatos filiadosdeixam claro que nada tive*ram a haver com tal pro.moção. Sua iniciativa partiudo sr. Hugo Costa, presiden*te do Sindicato dos Traba.lhadores na Indústria do

Açúcar da Guanabara e re-presentante da Cia UsinasNacionais, que é um dosgrandes beneficiados pelobrutal aumento do preço dbproduto. Desta forme, aque*Ia festa foi por conta dosgrandes lucros proporclo*nados pela escorchsnte ele-vaçáo do preço do açúcar,dos quais os trabalhadoresnão participaram".

Continuando, disse Teno-rio de Lima: "Não podemfalar em nome dos traba.lhadores aqueles que aplau*dem o governo, êste mesmogoverno que aumenta ospreços de tudo e nada faxpara conter a alta constou*te do custo de vida. Aplaudi*remos o governo, sim, nodia em que éle tomar medi.das em favor do povo; a re*pelimos, Igualmente, as con*cessões que são feitas aosexploradores do povo. aoslatifundiários c imperial!?-tas. Os trabalhajores <'•>açúcar não são instrumentos'de manobra do sr. Hugo Cos.ta e companhia", concluiu.

H tf Rio ds Janeiro, ü a 11 de Iulho de 1963i

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Preços Sobem 3 Anos em 1: Carne, Leite e Remédiosalg*cisramsatao ,.

niftoato) do JdtaaTaisa Plane Trteaal deGeutono: eeustads vtos vaiaumsntor nnte ano tantoquanto aumentava am trêsanos, antertermente. Ds fs*to, asm eonalderar o rato deJunho, aó noa cinco primei,ros metes o índice do au-mento do» preço» ultraps».

proporcionar-lho

o prazer de um brindesm cada assinatura

a certeza de recebê-laem lua residência

Assinatura anual: 1 000,00e semestral: 600,00. Infor-mafôes: P*ja da Assembléia34, salas 204 s 304. Rio.Estado da Guanabara. Va-lores o correspondência sm

ae H. Cordeiro.

teu sm 10% e refotento aotasemo portado do ano pas.

Ne r*assnte ates do Juiho,a partir ds du 1.*, es retnidioa e as passagens aérea»foram majorado». Oa medi*cemsntos, qus Já no toldodo ano haviam sofrido umrealuitamento médio de40%, tiveram seu» preço»aumentado» de 307o em mé-dia; alguns sm particulsrforam majorsdos sm asucusto ao consumidor ds B09.(por exemplo, os xaropes)e ds sté lOOfl. O preço

daa passagens aéreas, poraua ve», sofreram um au-mento d> 20r'.: a aasasgsrnda kto-e-voita, pato PenteAtoas, psra Slo Paulo. aaa.sou s cuatar CrS 12.400,00;para Balo Horizonte, Cri15.000,00; psra Brasília, Cri36.400,00.

Ainda no decorrer destasemana, também os sutomó.vels terflo seus preços ele-vedes: 6% pau todas ssmarcas.CARNE E LEITE

A earne, qus ad no mis

de Junho aof rea saia menosfleandeaeer*

nsjto^melra pen* • «ea»

cruatlros, Já tem teu preçoatual sob revislo. A lupa*rintendsncta Nacional doAbsateclmento (SUNAB».em relatório oo presidenteda RepAblIce, afirmou seupropósito do permitir parabreve o aumente de quitods earne para 394 etussirospsra o produtor» o que im»pllcare, para § conaumldor,

um paototior aumento daearne de ertmelrs, especial,mente a ajestra, para MOcruteiroa,

Quanta ao leits, sm tela.çáo ao seu preço no Iniciod0 ano (Crf éojsa o litro),está previsto um aumento de30O%TA Confedsnçio Ru.ra| Brasileira enviou memo-rlal i SUNAB solicitandoaumento do preço do litrods leito psra Cri 73J0 aoprodutor, o que provocaráo aumento do eutto do pre-duto para o consumidor pa-ra Cri) 130,00.

AVMKNTO OO COTTO OK VIDA NA OVAJIABUaU IMI ¦ UN

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Htri»Cato 4 uma ddade bslisshna;

vids. Esta 4, no momento, ngrsçadUílme; sem duvida,bem, tudo vem de longe. Os governantessempre ae preocuparam multo mala smembelezar » cidade, — como se ela precl-" - — do qus a «rktor dela par»

da. Veto. mms

es atua habitantes. AM panes aquela mu-slqulnhn que dia: "por fora roupa benita,

agora com o In.»Uma catástrofe

FONTE: Conjuntura EconAmle»; Instituto Btaalltlro ds Ecoseeüa — funéaSSo OSMUs Varai».

por dentro molambo ad".Olham o que scontseeu

eendto no Edlfleto Astorta. iA cidade tida parou e om todos ee cantosad ae ouvia a narrativa da tragédia. Fe*ram mementos de medonha angústls, nloapenaa para aqueles que tam odiar de per.to os acontecimentos ou para oa que fies-vam agarrados is suas tevês vendo, eon*fonáveimente, a desgraça cortando vida»,o fogo comando tudo, mas também patanos quo vivemos os lances através de nar.rstlvas pessoais e do notfcilrio dos Jornais.Agus rio havia s oa bombeiros, mele umsves, saíram do sua obacurtdade para mos-trar que tio sempre hareis, nio apenaa pe-Ia coragem eom que lutam sm dsfsss d»vids de outros, mas também e principal-monto porque tudo de ame Moeetitsm nioexisto.

asa aa as éto-âamiam nato msS^a^a^tàessaestevv^toealdft^baixos, sm aubdrUes dlstoatos, asas que aabem que há sm auaa velas asa ala, aminolw, um momento em que apossuam para viver deve aerque 4 e momento de lutar pela vida « apropriedade alheias. Leio o que dlaaaramsos Jornais. Nno encontre sm isentam, de-les a arroglncl» enfstusda do» falses Hs>roto. Slo homen» do povo, simplesValentina voltando do cosmo», contando oque Barram com a ilmpllddade dos quetêm a consciência do dever cumprido.

Sabem bem, êste» heróicos bombeiros,quo amanhã, quando o Incêndio for esquecato,, quando a vida te tornar normal naddade. quando tudo estiver distante, vol-tarlo ele» s ter ape na» t> simplesmente oshomens que ganham mal, que vivem omsubúrbio» distante» i» que sabem que háum dis em sua» vidas...

gj que tsmbém há diferença de sorte en*tre os herói»; como entre as flore». O quenao Impede qus Mudemos hoje, comovidos,os obscuros heróis, os heróis ds om dia«i do «ma noite: sa bombsarea desta d*dedseem água.

Denunciam as donas-de-casa da Guanabara:

Lacerda Extingue Feiras e MercadosPara Beneficiar Firmas ParticularesO problema do sbasteci.

m.nto da Guanabara foi ob-jsto de pormenorizado estu-cio da Liga Feminina daGuanabara, que em docu-mento entregue so presiden-tu da Assembléia Legislati.% a protestou contra a extin-i.do das íeiras-livres e a en.t.üga dos mercados munici.pais a organizações parti-tularc» c até Internacional».Depois de tratar do progres-i.vo fechamento dos empo*lios públicos de distribulçáo(te gêneros, o manifesto daLFG denuncia que tais esta-belecimentos- estão sendosubstituídos por organiza-ções particulares com fins

UVROSSOVIÉTICOS

Sobre ooonomta, poMttea,mMI»Par***smB»> mmmm^^mms) *»»^B»jBaa*»nmgeducsalo, Mstofto, res»dns, dMte, taamials de*estudo do tusso e dido*nines, ato. em eopa-snoltosto» e fraaads^.mais

exclusivamente esptculatl.vos, e qus Impedem que asmercadorias sejam negocia-dss diretamente entre o pro.dutor a o contumldor.

A entidade sugere, entreoutras medida» psra reaol.ver o problema de abasteci-mento da Guanabara, aconttruçao de srmazéns, ai*los e frigoríficos, s manu-tcnçlo dez mercadinho» mu*nidpsla e ¦ isençlo do im»postos para oa produtos degranja e alimentos sssen-cisls.PROBLEMA SÍRIO

O documento começa pordenunciar qus os aumentosds impostos, eapecislmemsda tsxa dágua, para aton-tler ás exigência» do aeor-do do governo estadual como BID, no valor de 35 bi-lhes» to aroneü-oe, afiava-ram a dtuaelo do povo ds

to •» Brasilm

O prebtoms do abasteci-mente — scnttnus .— quea nosso ver é um dos maisadttoa do etotade, s-grava-ss«to a dia. Radiww a itea

Cal-tarei - tom li ds Ha.

rtte,_JBS » SP . t/WSgâo Paulo

aastoato de latodo. qae emIKo produsta »» pata e_.__« ,:éto aarratoa, ecmaemlMO bl_ift, tosando oom qus d>psn-

j oada ve» mala do eu*«os Estados, sm gincrosaMmsnttetos

As representantes das do*nas-de-casa carioca» reps*lem o plano do governo Cer»loa Lacerda ds acabar cemos mercados municipais, ps*ra subatltuiloz por eataba*leclmentos que venderão ex-eluslvamente excedentes desafras americanas, espieisde lxo agrícola qus oa Ea-tado» Unidos exportem psraoa países subdesenvolvidos.

'A COCEA procura aca*bar com oa mercsdlnhos mu*nlclpals, sob o pretexto deque dlo prejuízo», ou ar.rendá-lo» às grandes orgs*nizaçoes particularea. Exera-pio disso foi o fechamentodo Mercsdo São Luiz Gonss*ga,.em Pledsde, s demoli*ção do Mercado de Madtt-teira, cm beneficio da Clbra-sil. e os entendimento» querealiza para arrendar oMercado do Meter i orga-nlxaçto Ditco,

Ao nwsmo tempo — aérea*cento o documento — o go-vêrno eatsdusl firmou acór*do com a Agenda para oDssenvmvimsnto Intetame*rtoano, no BrasU, dentre doprograma Aliança para oProgresso, no valor ds 150mUhees de eruaviroa. paraa eenerruçlo do novasi asar*aadoa, oe quais, segundo de*•tenda do presidente deaandteato doa VendedereaAmbulantes, servirão para a

venda de sxcedentes agriee»lsa doa EUA V-* vi-io on*latados para a Guanabara.RESPEITO ACONSTITUIÇÃO

Sugere o documento que aAssembléia Legislativa daGuanabara as Informe quan*to i legalidade censtitudo*nal dos acordos firmados en»tro Lacerda e o BID, pois aConstituição eatabelece quoaòmante o Corigreaao podeautortoar smpréstimo» noestrangeiro, por perto dosEstado» e município».

Depot» de exigir que tosoponto da ConaUtulclo aeja•respeitado, a Liga Femininada Guanabara aponta váriasmedida» para melhorar oabastecimento do Estado, en-tre as quais a manutençãodo» mcrcadlnhoB, o aluguelses agricultores, a preçosmódicos, doa bossa nes mar-cados do Estado, com a fi*xaeao do imposto único ebaixo tôbro aa ntat*eaderlaa.A isenção de impostos sò»bre detominedo grupo deprodutos allmsntloto» tom*

.Mm 4 deístsdida «oiocu*monto, que termina atotondoque ss impeça a estfnçio

as grandes orgsrdaaçoes ata*csdJtta» nslss psnstrem,buriande o flaeo e dssvirtu*sndo auss finalidades.

Estudantes Reunidos em SalvadorDiscutem Subdesenvolvimento"No»»a meta mal» próxima

é estabelecer um diálogo queíortadeca a unldsds do mo*vimento estudantil em todoo mundo, e particularmentenos países subdesenvolvidos".Com essas palavras o presi-dente da UNE, Vlnldus Cal*dalra Brant, dlrigium á lm-prensa nacional e eatrangei.

.rs ns entrevista que conce*.deu aíbre e leslizsçlo doSeminário doa Estudantes doMundo subdesenvolvido, aresllzsrse em ftolvader natarnans de 7 a U de julho.

Esclarecendo es objetivosdo encontre Internacional olíder estudantil afirmou que"a reunllo de Salvador aer-virá psra um» Importantetroca de experlêndas, apro.xlmando oa estudante» de to-

do o mundo". Em sus expo-siçao Vinidus Caldeira Brantfêz questão de ressaltar opapel que o Seminário podedesempenhar n0 sentido dereforçar a unidade do movi-mento estudantil, "pois osestudante» dos países subde-«envolvido» sáo os que maisnecessitam da unidade, por-que sofrem unidos".QUE t O SEMINÁRIO

A partir do dia 7, estu-dantes de todos os continen-tes vSo reunir-se no salão dareitoria ds Universidade daBahia para diseutir os trêspontos integrantes do tema-rio; os estudantes e a lutade emancipação nacional; auniversidade e o desenvolvi-mento; o mundo subdesen-volvido e a paz.

Os preparativos do Seminârio foram Iniciados háquase um ano, pois os estu-dantes tinham consciênciadaa dificuldades qus Iriamatravessar. Uma delas, e tsl-vez s mais Importante, eramas passagens para os delega*dos estrangeiros.

Msl» de 30 representaçõesestarão presente» so semlná.rio, que será o maior conda.ve estudantil lnternadonaljá realizado no Brasil.AUTORIDADESCOLABORARAM

Durante a semana quepassou o Seminário foi alvode inúmeras criticas levanta-das contra a ajuda do Go-vêrno psrs sua realização.Inquirido sóbre a interpreta-ção que a UNE dsvs áqudas

acusações, o seu presidenteafirmou: "Aa criticas formu*

.todas por slguns Jornaiscontra o conclave, mostrama posição doa países dornlnan-tes. s o pavor que eles têmdo diálogo. A diretoria daUNE recebo a ajuda goycr-namental e psra a resllz*-ção do Seminário pediu ássutorldadee qus fscilltsssemproblema» eomo os passa-porte» e o transporte dosdelegados sul americanospelo Corrdo Aéreo Nade-nal".

prossegue o lider estudan-tll: "Não fa-jemo» nenhummistério da eolaboraçlo re*cebida, e os jomsllstss po.derão apanhar com » asse».sorla de Imprensa s relaçãods ajuda que noa foi pres-tada?.

A Necessidade deUma PoderosaFrota Mercante

Multas emprisaa dt nnvufpclo exittem noBrasil. Mm, o almbolo da nossa Marinha Merean»te é o Lólde Brasileiro. Imo porque, é o Lôideque fü o traruporte de longo curto, eomo ilocJiamadat ae Unha* lnttriiaelonali. A exceçio dopetróleo, cujo traiuporte é efetuado pela FRO»NAPE, ai nossas mercadorias de, e para o exte-rior, lio trawi»ortadat pelo Lóldt. t êle que operano terreno da competição com at grande* em-presas de navegação internacionais, podendo con-tribuir para que o Brasil ganhe, ou pelo menospoupe divltai em dólares qut vio influir na niabalança de pagamentos com outrai Mfiõee. PorUto, quando falamos em Marinha Mercante, fala-mot fundamentalmente do Lôlde Brasileiro.

t

SITUAÇÃO DA FROTA

Em IMS o BraaU gaitou mato dt 100 milhõesdt dólares em fretes a teguros. Dlaat total, apvnas eatca dt 40 milbogg • Pato etoumguiu reter,através do etíórço rtalliado pelo Lótde. mue poucorctidimento do esforço do Loide face ao vultodas nossas despesas com fretei e seguros raarí-timoi, deve-se principalmente à insuficiência dafrota de longo eurso que se encontra em situaçãorealmente deplorável.

Um dirigente sindicai marítimo, em discursopor ocasilo da pone do novo ministro da Vlaçiocitou dados como os que te seguem e possibilitamfaser uma Idéia do problema. A frota de longocurso do Loide possui apenas 29 unidades emcondições econômicas de operação. A tonalagemdessa frota útil é de 800 mil tdw. Mas, desses 29navios, 90 — do tipo nações — aproximam»se jàdos 20 anos de serviço, limite de tempo após oqual internacionalmente as embarcações são con-sideradas obsoletas. Apenas um navio conta commenos de 12 anos de atividade.

O Loide transporta apenas 11% das expor-tações e importações brssllelrss, quando por di-relto lhe cabem 00%. O sou déficit em navios éde 226 mil tdw.

NOVAS LINHA!

Mas, ocorre que o déficit acima mencionado

é somente em relação às linhas normais que aLoide mantém no lon^o curso. Desde a sua posse,o atual diretor da autarquia vem procurandodinamizar a empresa no sentido de torná-la maisútil à economia nacional. Assim, novas linhasforam aprovadas pelo setor comercial da empresa,algumas das quais já foram inauguradas. Tra-ta-se de linhas principalmente para a AméricaCentral e palies da África, onde há grandes pos-sibilidades de colocação para os pre-utes da in-dústria brasileira. Para explorar rs.-as linhas oLoide precisará de, pelo menos, mais IS navioeptóprloa mm, no sonjunte, devem possuir nmatefttlafem nunca mferior a 100.000 tdw. lm re-sumo: no todo, para explorar as Unhas qua podeexplorar a substituir como é Indispensável, aparta Já obsoleta da sua frota, as necessidade!do Loide seriam da ordem dt 100.000 tdw.

CrOVtsWO NAO COBJÜES *»ONI)I

Ifo entanto, apesar du necsasjdsdei da nossaprincipal empresa de navegação serem dessa er-dem, e do papel que poderia desempenhar umapoderosa frota mercante para aliviar as apertu»ras financeiras internacionais em que o Brasilse encontra, o diretor do Lólde ainda não con-seguiu que o Governo providenciasse para a em*presa os navios no total de 200.000 tdw, pelosquais éle, diretor, ardorosamente vem se batendohá mais de dois anos. O descaso do GrOvêrnochega a ser criminoso. Os ministros da Viiçáotêm-ge orientado por uma mentalidade rodovia»rista e, quando muito, ferroviária, evidentemente,pelas negociatas que nesse setor têm posslbillda»dès de realizar. Em seu diteuno a que nos rafe»rimos, o dirigente sindical marítimo procurouchamar atenção das autoridade! para a necessi-dsde de dar msis atenção ao transporte sobreágua. para a necessidade da formação de umamentalidade marítima que oriente a política detransportes do Governo. O novo ministro da Via-cão, se não quiser ser mais dos noves quadros doOovêrno para enganar as massas, deverá tratardo problema com carinho.

POMA

Rio de Janeiro, 5 a lí de julho de 19Ô3 nt 7:u >

Page 8: Marco lotôrio ter Saker íltfiÉr Política Finattceira e Par ... · '-. * \> ¦ !.*,,r \~4-' leste . MAIOR DO MUNDO A prtmdra seção «a maior fábriea *V•¦¦¦¦•• 4o atando

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AGORAReportagemde

J.LIMA

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A Câmara dos Deputados elaborou e aprovou, encaml-nhando ao Senado que, por sua vez, a jato, emendou e apro-vou, mandando de volta à Câmara que aceitou umas emen-das e rejeitou outras, encaminhando tudo dlreitlnho à Pre-sldéucia da República, para sancionar, a nova Lei do In-quilinato. Tudo rápido, a toque de caixa, como manda ofigurino. E, para completar o esquema, algumas horasantes, o sr. João Ooulart fora buscar a bênção do Papa,deixando o abacaxi para o brilhantlnoso permanente pre-sidente-em-exerciclo, sr. Ranierl Mazilt, que não so sentiuvexado em descascá-lo sem maiores problemas. Enquantotudo desusava pelos corredores, ate a* oficinas da Impren-mr* Uniilnn.il _km& Biuafll-. _______*_._ _._._-._.___. Fsa Nacional, em Brasília, paradas, esperavam nela chega-

autógrafos da lei, para que a publicação ocorresse\r\ _-tl*ft 4A <Ia lunkn _kna_^_-. -1— *_>*._. _ . J__.antes do dia 30 de junho, como de fato se deu.

A lubrlflcação estando perfeita, as engrenagens devi-damente azeitadas, o Congresso Já nem parecia o mesmoque há meses enrola o aumento dos servidores públicosnum Jogo de empurra exasperante. O projeto de aumentodos funcionários, só no Senado, já está há maÍ3 de vintedias...

Enfim estava prorrogada, por mais seis meses, a Lei doInquilinato. Prorrogação que, pelas emendas introduzidas,significa uma lei nova, totalmente diversa daquela apro-vada em 28 de dezembro de 1950. Aos poucos, d* ano emano, de seis em seis meses, os inquilinos vào vendo perdidasas conquistas tão duramente alcançadas.Pelo texto da lei os novos aluguéis, a partir de 29 de

junho de 1983, estão liberados. De certa forma, os alu-guéis de novas locações sempre foram liberados. O artigoque maiores encargos traz ao povo é o que diz que "os alu-guéis dos prédios já alugados, na data da presente lei,poderão ser majorados nas condições e proporções" quese acham discriminadas em outro local desta página.

LEI NECESSÁRIAA Lei do Inquillnato antiga surgiu para aliviar as

pressões da crise habitacional agravada a partir da IIGuerra Mundial, com o aumento da concentração de mão-de-eí>ra nas cidades, em decorrência do surto industrial, edo incremento do êxodo rural. Era a necessária lnterven-••ao .do poder regulador do Estado em um setor onde devepredominar o Interesse social e não a ambição desenfreadanas .tubarões do asfalto. • Contra ela sempre Investiram osproprietários. Por exemplo, em novembro de 1962, quando•se debatia a prorrogação da referida lei, a Câmara Brasi-Jçira da Indústria da Construção, através de seu presi-ciente, o industrial da construção civil. Haroldo Lisboa daGraça Couto, despachou notas para a Imprensa em defe-.sa do projeto que o senador Fernandes Távora (600 prédiosalugados no Ceará) apresentou, liberando os aluguéis,•segundo o sr. Graça Couto, a prorrogação da Lei do In-cjuilinato. então, significava "a condenação da indústriacie construção, o agravamento do problema da habitação,incentivo a exploração pelos proprietários, ruína da cias-se media e que a "única forma de resolver a crise de ha-. bitaçao e interessar os capitais privados na construçãode casas de aluguel". Uma das principais reivindicaçõesdesse porta-voz da construção civil é que todos os con-¦X%zí\ doCCÇÍoVOCWU BarSlrogÍdOS ***, "' *

PREJUDICADA É MENTIRANa realidade, a Lei do Inqulünato não pode ser acusa-da de ter prejudicado a indústria de construção civil. Seesta, em algumas épocas, tem mostrado sinais de estag-nação, de redução no ritmo dos negócios, isso se deve aoutros fatores ligados ao próprio conjunto da economiado País e as peculiaridades dessa indústria. E, ainda maisessas épocas de recessão são Insignificantes se comparadascom as características de constante desenvolvimento daconstrução civil e da indústria imobiliária.

A indústria da construção civil participa da renda na-cional com a percentagem de 2,6%, sendo a que detém osmais elevados índices de operários em todo o Pais Sò-mente o Consórcio Brasileiro de Imóveis, em menos' de 1ano de atividade, quintupllcau o seu capital social pas-sando de 20 para 100 milhões de cruzeiros (Cf. Jornal doBrasil, 12/7/1962.)O poder econômico dessa indústria é fabuloso Hápoucos meses atrás, a Imobiliária Nova Iorque, no Rio foiacusada de manter um programa de televisão em que osr. Amaral Neto defendia a lei estadual que aumentou ogabarito nos bairros de Ipanema e Leblon, fato de muitointeresse daquela firma. .Um outro panamá ainda hoje não de todo resolvido éo que envolve o Parque Henrique Laje e os Marinhos deO Globo e a industria Imobiliária.

MORAR É LUXONo Estado da Guanabara são licenciados anualmente,em mrdia, cerca de 2 SOO 000 metros quadrados de constru-

ção. r;ue são vendidos em sua grande maioria a firmas eparticulares que os destinam a aluguel. Desse total demetros quadrados, aproximadamente 80% são de unida-

des de alto luxo e da categoria média, eom 900 metros qua-arados, o qus nos dá 10 mil residências,, com capacidadede abrigar M mil pessoas.A valorlsaçlo da imóvel* 4 cada ves maior. Por exem-{lo,

nos primeiros novo meses de 1912, os "níveis de co-¦ções do bens de rala elevaram-se a mais do que, porexemplo, o custo da vida" (Cf. Conjuntura Econômica, dt-sembro dc 1902, p. 45). Alegando a "espiral nflaelonária"os construtores vendem os Imóveis por um preço três vê-ns superior ao valor real da construção, sendo comum oM-_2ul«to___£__?»L Ot lOOOftOO por metro quadrado àscustas do comprador.Oomamente, ecoas vendas > ao dio atada na < plantaSegundo a revista Conjuntura Econômica (desembro d»1962) um aumento de 08% da parte financiada do imó-vel é o recurso quo coloca "o vendedor a salvo das con-seqüências lnflacionáriaa vinculadas a um Incrementodos demais preços na escala de 2% ao més", elevação quedeve ser acrescida ao preço Já exorbitante da venda doimóvel. O aluguel de um imóvel comprado nesses termosterá, portanto, de ser elevado, a fim de cobrir todas osdespesas de sua compra, incluindo aquele percentual demajoração correspondente ao aumento do custo de vida.Chegado o dia em que o aluguel percebido cobriu todasas despesas da compra do imóvel, êste deve passar a ser-vir a seu proprietário como uma fonte de ronda constante,

que exija o minlmo de qualquer nova despesa. Como a va-lorização desse Imóvel, no processo lnílaclonário, foi de2 1/2% ao mês, admitamos, o não tendo o aluguel sidoelevado na mesma proporção, não admito o proprietárioque ésse aluguel possa ficar à margem do aumento geraldo custo de vida, mesmo porque o- seu poder nal de com-pra decresceu. A essa altura, o aluguel representa para oproprietário uma renda Imobiliária, uma renda que não pro-duz trabalho socialmente útil e da qual êle procura tiraro máximo proveito.

Para a construção de um prédio de apartamentos, afirma construtora lança mão nao apenas de recursos pró-prios, mas, também, dos recursos provenientes das ven-das feitas por antecipação, nà planta, e dos empréstimosbancários. ísses empréstimos terão de ser cobertos pelopreço de venda dos apartamentos, o que por sua vez vaideterminar o aluguel do mesmo, ao lado de outros fatores.Com o dinheiro que uma firma constrói um prédio dealto luxo, para poucas pessoas, poderia essa mesma firma,se realmente estivesse Interessada na solução do proble-ma habitacional e não em seu enriquecimento imediato,construir um bom número de apartamentos de categoriarazoável para um maior número de pesso<u. A propósito,e ilustrativo e revoltante um anúncio publicado no Correioda Manhã, em 9 de setembro de 1962, e que começava assim:No ponto mais ahic da Lagoa (Fonte da Saudade) oitofamílias privilegiadas residirão no prédio mais snob doRio!" E a firma que constrói o tal prédio metido a bestaé o Consórcio Brasileiro de Imóveis, de cujo capital fala-mos antes, .

ALUGUEL RENDE E MUITO"A despeito das restrições legais Impostas aos contra-tos de aluguel, a renda dos locadores de Imóveis tem cres-cido em ritmo mais rápido do que a proveniente de quais-quer outros ramos de atividade econômica" é b que afir-ma o IBGE (Cf. Flagrantes Brasileiros, n.° 15, p, 22).A Lei do Inquillnato tinha, até agora, conseguidomanter mais ou menos estáveis os aluguéis dos prédios jáalugados. A Inclusão da cláusula contratual de majoraçãoanual já fazia com que os aluguéis pudessem ser anual-mente aumentados de até 5% para os que estivessem abai-xo de Cr$ 20 000,00 mensais. Acima dessa quantia a per-centagem ficava a critério do locador. Isso foi em 19 dedezembro de 1958. De lá para cá. tornaram-se cada vesmais raros os aluguéis abaixo de Cr$ 20 000,00 de modoque o locador pode arbitrar, à sua vontade* sobre um alu-guel acima de vinte contos um acréscimo anual de quan-tos por cento êle queira. Ao locatário só restará aceitar oaumento ou não alugar o Imóvel.

LIBERAR RESOLVE?. Para os que defendem que somente a liberação dosaluguéis ,é que daria aos investidores privados o Impulso ea segurança que os fariam construir mais Intensamente,ajudando assim a aliviar a crise habitacional, daremos oseguinte exemplo: Na França, depois da II Guerra, os alu-guéis dos novos imóveis foram liberados. Mas foram rarosos proprietários que investiram os novos Imóveis e aquelesque o fizeram reclamaram aluguéis equivalentes ao sala-rio de um profissional liberal.

Segundo um. estudioso francês do problema, os princi-pios do liberalismo econômico defendido pelos proprietá-rios de Imóveis só poderiam ser aceitos como teoricamentevalidos em uma sociedade capitalista Ideal em que a pro-cura de residências correspondesse exatamente à ofertadas mesmas. Numa economia liberal restaria ao inquilinouma destas três alternativas:"*| Pagar o aluguel 'justo', o que ocorreria se houvesse¦ . o 'equilíbrio' entra oferta e procura;

-'• X*"o Pagar um aluguel relativamente alto, o que náo**» aconteceria se nlo fosse alcançado o •equilíbrio' (ahipótese de um aluguel relativamente baixo deve 'aèr postade lado, pois os proprietários nlo Investem n nlo sabemque terão lucros);"q Viver debaixo das ponta*, o que aconteceria se o•*. inquilino nlo pudesse ou nlo quisesse pagar o alu-guel exigido pelo proprietário ou se o local que lhe fosseoferecido fosse insuficiente."

A ÒonsJfedçlo (art. HT) «mdlelona o<*aw da pro-Prtedado ao bsm-estar social. Devo aer, portanto, dentrodêsse espirito que o Oovérno dera atuar a nm de dar umasolução ao problema habitacional. A respeito da lntoca-bllidado da propriedade urbana, o* inimigos das reformasalardeiam os mesmos argumentos levantados contra a re-forma agrária. Naturalmente, nlo assiste a nenhum cl-dadfto, concedida por qualquer lei, a desfaçatez de se tornarmilionário as custas do sofrimento do pov . Em atividadesligadas ao interesse público nacional, ao bem-estar social,a intervenção dó Estado é premente e indispensável, a fimde salvaguardar os interesses da maioria espoliada.

Os latifundiários do asfalto, através de seus porta-vo-zes na Imprensa e em outros meios de Informação, utili-zam o manjado argumento da viúva, dos órfãos e dos in-válidos para se lançarem contra a legislação do inquili-pato. £ certo oue há viúvas, órfãos e Inválidos que vivemda renda que lhes dá um ou outro Imóvel alugado. Mashá também viúvas, órfãos e inválidos que possuem umaruma de prédios e mais prédios, rendendo lucros aosmontes. Bste é um dos motivos qüe tornam urgentemen-

. te necessária a realização de um verdadeiro tombamentode bens imóveis, com a relação de seus proprietários « arenda que produzem, a -fim de se conhecer quem realmen-te vive da renda de um aluguel e quem vive a entesourarfortunas as custas do sofrimento do povo.

Por ésse desconhecimento da realidade habitacional,a lei passa a ser Instrumento a serviço dos interesses dosindustriais do aluguel, uma vez que estes desenvolvem umacontinua e intensa campanha visando à derãubada daLei do. Inquillnato ou à sua modificação, como agora acon-teceu. A Associação dos Proprietários de Imóveis é umadas frentes de choque-com que contam os senhorios parafazer propaganda, Influenciar membros do Congresso erealizar manobras na defesa de. seus interesses. No bo-letim que ela publica pode-se ver que para eles reformaurbana é sinônimo de "cubano-sovietlzaçáo do Brasil"...Um fato histórico Interessante, com quase um século,é o que vamos relatar. Em 1882,' um diplomata austríaco,aposentado, o barão Rubner, passando pela cidade de SãoPaulo observava que a cidade crescia, surgiam novos bair-ros e que o aluguel'já aumentava. 8 dizia que seu ho-telelro, por exemplo, naquela cidade, pagava cem mil réisde aluguel pelo seu hotel no primeiro ano, duzentos milréis no segundo e quatrocentos mil reis no terceiro.

EA REFORMA URBANA?No momento em que o povo luta por reformas, em queo próprio presidente da República reconhece que se elasnão vierem pacificamente logo vlrlo depois com sangue,e diz ter formado o "ministério das reformas", a nova Leido Inqulünato surge como a própria anti-níorma, ou me-lhor, contra-reíorma. Pois, afinal, não serve ela cada vezmais aos Interesses dos senhorios do que aos dos lnqui-Unos?A proporção em que se protela a tomada de medidascapazes de dar encaminhamento ao problema habitado-nal, em que se enxertam na Lei do Inquillnato modifica-

çoes que so tendem a agravar o problema, aumentam asdificuldades, os problemas que tornam mais aguda a rei-vlndlcação por parte de todos os trabalhadores, de todasas camadas da população assalariada, de todos os espolia-dos pelos aluguéis, de uma reforma urbana que solucionea crise habitacional brasileira e dê novas perspectivas demelhor moradia a. todos nós. De uma reforma urbana queacabe com o latifúndio do asfalto, que regu'e os aluguéise que construa em massa moradias condignas para o novobrasileiro. .

Salário e aluguelGasto, percentual», sobre o salirlo minlmo da região, comaluguel, em novembro de 1962. (Dados do Serviço de'Esta-tistica da Previdência e do Trabalho).

*Sergipe ;„, 34Rio Branco ; 12São Paulo # 33Espirito Santo ...!!!..! 31Ceará 30Bahia ....!'.'.!!;!!!"' 30Acre 2f>Guanabara _sPorto Alegre .....'.'".:'..".....'.—KW

Domicílios no BrasilTotal: IS milhões de domicílios particulares. (WK)Domicílios alugados nas cidades: 85%. (1990)Domicílios alugados nos subúrbios: 11%. (1960)Em 1950, 6 mun&es e 700 mil donddBos do Brasil at*tinham aparelhos sanitários. Oito milho** a 460 mil>i '

tinham água encartada. Apenas 8,6% dosrede de esgotos.

Em 1N0, 11 milhões a 100 milcaaas alugadas. .: , ¦.•.;•¦*?•,•

Mais 13 milhões e 300 mil habitantes moram sm doml-cilios cedidos (habitações rurais). /..+„,

LucrosLucro* totais das empresas mais diretamente ligadas èindústria de imóveis, em milhões de cruzeiros.Ramo 1969 1960 1961Construções 840 1591 2 SMMateriais paia construção 1168 2 615 S 782Imobiliária 448 425 545Ponte: Conjuntura Econômica, n.° 5, de fevereiro de 1962 cde 1963.

A nova leiEis o art. 4.° da nova lei: '. '"— Os aluguéis dos prédios já alugados, na dat» dapresente Lei poderão ser majorados nas condições e pro-porções a seguir discriminadas: .

— Aluguéis dos prédios locados no período de 31de dezembro de 1962 a 31 de dezembro de 1961, 10%;.II — aluguéis dos prédios locados entre 31 de dezem-bro de 1961 a 31 de dezembro de 1959, 30%; .III — aluguéis dos prédios locados entre 31 de decem.bro de 1959 a 31 de dezembro de 1957, 50%;IV — aluguéis dos prédios locados entre 31, de dosem*bro de 1957 a 31 de dezembro de 1955, 70%;

— aluguéis dos prédios locado* entre 31 de desem-bro de 1955 a 31 de dezembro de 1950, 100%;VI — aluguéis dos prédios locados anteriormente a 31de dezembro de 1950, 200%.Parágrafo único — Os percentuais de majoração pra*'vistos neste artigo serão sempre reduzidos á metade sem*

pre que se tratar de imóveis com área construída'e ho*bitada inferior a 120 metros quadrados."De um modo geral este parágrafo único alivia o» au-mentos previstos, reduzindo-os à metade quando se tra*'tar de Imóvel que corresponda, em média, a um apar-tamento de sala e dois quartos, isto é, a maioria daamoradias das classes trabalhadoras e dos funcionáriospúblicos. Entretanto, as majorações permitida* o são so-bre os aluguéis dos prédios locados em um determinadoperíodo, sèm especificar se essa majoração será calcula-da sobre 0 aluguel pago no primeiro ano de vigência dalocação ou se sobre o último aluguel pago, isto é, o ahi-guel que inclui os acréscimos percentuais anuais permt*tidos de até 5% (para aluguéis, abaixo de Cr$ *»000,00).A ser correta a interpretação dada por um advogado no•/ornai do Brasil do último domingo (30-6-63), '•nlo cs?tarão Impedidos de receber o novo aumento o* locador**que tenham estipuladas em seu favor majorações per-centuais nos contratos, para vigorar anualmente".

Exemplifiquemos. Um imóvel alugado em junho de1960, em São Paulo, por CrS 5621,00 (casa popular do 3cômodos, em subúrbio) terá, segundo o art. 4.°, seu alu-guel majorndo em 30%. No entanto, até junho de 1963,ésse aluguel terá sofrido três aumentos anuais dè 5%,chegando a ser atualmente de Cr$ 6 507,00. Agora, xommais 30%, teremos um aluguel de Cr$ 8459,00, isto é,507o de aumento sobre o valor primitivo de Cr$ 5 621,00.

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