magnetoterapia em fraturas Ósseas

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Magnetoterapia em Fraturas Ósseas. AUTOR: Julieta Garcia Prado Lic. Lic. Terapia Física e de Reabilitação Instituto de Ciências Médicas de Havana. INTRODUÇÃO O uso de campos magnéticos para fins terapêuticos é o que chamamos de magnetoterapia. Actualmente, o campo eletromagnético é um outro agente em nosso arsenal terapêutico e complementar as terapias existentes, podemos influenciar o processo evolutivo de uma doença, às vezes, antes que seja revelado. O magnetismo é considerada um agente físico não-térmico e os seus efeitos biológicos não dependem de outros agentes, como o aumento da temperatura, mas tem efeitos muito subtis em vários níveis, que são amplificados e têm um efeito

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Page 1: Magnetoterapia em Fraturas Ósseas

Magnetoterapia em Fraturas Ósseas.

AUTOR: Julieta Garcia Prado Lic.

Lic. Terapia Física e de Reabilitação

Instituto de Ciências Médicas de Havana.

 

INTRODUÇÃO

O uso de campos magnéticos para fins terapêuticos é o que chamamos de

magnetoterapia.

Actualmente, o campo eletromagnético é um outro agente em nosso arsenal terapêutico

e complementar as terapias existentes, podemos influenciar o processo evolutivo de uma

doença, às vezes, antes que seja revelado.

O magnetismo é considerada um agente físico não-térmico e os seus efeitos biológicos

não dependem de outros agentes, como o aumento da temperatura, mas tem efeitos

muito subtis em vários níveis, que são amplificados e têm um efeito sistêmico é,

portanto, indicada em fases muito agudas do processo da doença devido a isso, não é

contra-indicado na presença de material de osteossíntese ou fixador externo de

substituição da articulação. Tem grande penetração e um efeito significativo sobre o

estímulo trófico de osso e colágeno, um efeito que está ligado à produção local de

microcorrente acelerando a osteogênese. Também tem um efeito significativo no nível

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do aparelho circulatório, age como anti-inflamatório, analgésico e estimulante dos

mecanismos de imunidade. Desempenha um papel fundamental através de fenômenos

piezoelétricos com seu efeito mecânico de compactação das fibras colágenas, é um

estimulante da gênese de fibroblastos e osteoblastos, induzindo a produção de micro-

correntes ao nível da matriz óssea. ( 1)

 

Com base em toda esta experiência acumulada, considerando o impacto que as fraturas

têm nas consultas de reabilitação de cuidados primários e por causa de existir a

possibilidade de usar novos equipamentos de magnetoterapia na comunidade, decidimos

avaliar o valor da magnetoterapia no tratamento de fratura óssea, no âmbito de um

programa de reabilitação.

OBJETIVOS:

Analisar a influência da magnetoterapia na gestão de fraturas ósseas.

Avaliar o potencial de interação com outros procedimentos associados à fisioterapia.

Caracterizar a influência sobre a resposta inflamatória.

Medir a influência sobre o curso da dor.

Esclarecer a influência da recuperação funcional e a incorporação do paciente nas

atividades da vida diária (AVD)

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MATERIAL E MÉTODOS:

Trabalho realizado no Departamento de Medicina Física e Reabilitação Médica e

Pesquisa do Centro Cirúrgico (Cimeq). Foi revisto o banco de dados informatizado do

Departamento, e obteve-se uma amostra de 86 pacientes com fraturas no ano passado, a

quem foram aplicados campos eletromagnéticos de baixa intensidade e freqüência,

enquanto a uma parte da amostra foram aplicado outros agentes físicos.

O programa de recuperação foi semelhante para todos os pacientes de acordo com sua

fase de desenvolvimento.

Os dados foram coletados de prontuários médicos que mostram a idade, sexo, os

procedimentos utilizados, o número de sessões em áreas que foram utilizadas e

avaliação do tratamento. As sessões foram aplicadas diariamente.

A fase aguda foi considerada o período de imobilização do paciente, e a fase crônica

quando a contenção é removida e a inflamação desaparece.

Todas as informações estão resumidas na tabela e gráficos para a análise da mesma.

Os equipamentos utilizados foram, EMF Alemão (Biomagnetics), italiano (Plurimo) e

Italiano-cubana (Biomax) através de aplicações solenóides locais e através de eletrodos

cilíndricos, dependendo do tipo de fratura foi utilizada em trans de execução no local da

fratura, com baixa intensidade (20 a 30 de Gauss) e baixa freqüência (10 e 15 Hz).

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Nós usamos um equipamento de fabricação holandesa ondas curtas (Enraf-Nonius)

Com a aplicação de eletrodos em posição longitudinal, envolvendo as articulações

implicadas no processo.

Usamos protocolos de corrente interferencial de estimulação elétrica e de equipamentos

de eletroterapia, da Série Classic ítalo-cubana.

A avaliação da dor foi realizada através da escala analógica visual de 0-10.

Foram utilizados para a reabilitação muscular, exercícios utilizando ferramentas e

mecanoterapia, uma mesa de fisioterapia, pesos para os membros e um banco de

quadríceps convencional.

CONCLUSÕES:

Os casos onde se aplicou a magnetoterapia não apresentou complicações no primeiro

ciclo de tratamento, e o resultado foi satisfatório.

Amagnetoterapia é uma estratégia terapêutica útil no tratamento de fratura, tendo em

conta a eficácia global.

Os objetivos terapêuticos de reduzir a inflamação e a dor foram obtidos de forma

relativamente rápida, com um conjunto de sessões reduzido .

Page 5: Magnetoterapia em Fraturas Ósseas

Para os casos mais complexos foi preciso mais tempo de tratamento e este deve

continuar.

Nos casos onde não foi aplicada magnetoterapia, foram os casos que não estavam na

fase aguda da fratura.

Os elevados custos socioeconômicos da fratura predominantemente afetam pessoas em

idade ativa de trabalho.

Nos casos que foram aplicadas menos de cinco sessões de tratamento para ambos os

tipos, verificou-se um resultado negativo.

Este trabalho é muito importante nesta fase, deveram ser distribuídos equipamentos de

terapia magnética nos cuidados primários do país, para que assim os pacientes possam

ser atendidos nas suas comunidades.

Recomendamos generalizar este tipo de abordagem clinica, pois este tipo de terapia tem

sido pouco utilizado por nossos serviços, apesar de ser reconhecida mundialmente a sua

eficácia, com especial importância para o facto de existir novos serviços de reabilitação

de magnetoterapia nas unidades de cuidados primários em Cuba e a que todos os

pacientes tem acesso, sem custos de tratamento.

Quadro n º 1 Distribuição por Idade e Sexo

Idade

Sexo

M F Total %

10-20 2 7 9 10.4

21-30 11 8 19 22

Page 6: Magnetoterapia em Fraturas Ósseas

31-40 15 6 21 24.4

41-50 9 5 14 16.2

51-60 11 3 14 16.2

61-70 4 1 5 6

71-80 2 0 2 2.3

Mais de 80 2 0 2 2.3

Total 56 30 86 100

Quadro n º 1: Diagnóstico Evolução Segundo

Gráfico n º 2 Evolução como procedimento terapêutico.

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REFERÊNCIAS

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