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Centro Cultural UFMG

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O edifício que hoje é ocupado pelo Centro Cultural UFMG foi inaugurado em 1906 com um arrojado projeto arquitetônico para a época. Ao longo dos anos, abrigou diferentes instituições, dentre elas, a Escola de Engenharia da UMG, hoje UFMG. Em 1989, foi inaugurado o Centro Cultural UFMG, que realiza a produção, promoção e divulgação da cultura e das artes, atuando em todas as suas esferas, através de exposições, espetáculos de música, poesia, teatro, dança e performance, mostras de filmes, encontro, debates e oficinas. As atividades, em sua maioria, são gratuitas ou são oferecidas a preços acessíveis. O Centro Cultural UFMG localiza-se na Avenida Santos Dumont, 174, esquina com Rua da Bahia, e fica aberto de segunda a sexta-feira de 10:00 às 21:00 horas e aos fins de semana, de 10:00 às 18h.

Aspectos históricos e Artísticos do edifício Alcindo dA silvA vieirA

HistóriaO edifício Alcindo da Silva Vieira, sede do Centro Cultural UFMG, foi o primeiro a ser construído na região do hipercentro. Quando a cidade, ainda em 1906, apenas começava sua história de urbanização, o sobrado foi idealizado pela comissão construtora da nova capital, como símbolo da sua prosperidade, e foi localizado estrategicamente em frente à estação ferroviária, para dar as boas vindas aos visitantes e novos moradores da cidade.

Por sua presença em momentos fundamentais da história de Belo Horizonte, o edifício Alcindo da Silva Vieira tornou-se importante marco da trajetória econômica e política da cidade.

O projeto inicial era que o sobrado se tornasse um grande hotel. Para isso, o português Antônio Maria Antunes,

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fechando o Hotel Antunes em Ouro Preto, mudou-se para a Capital e fez um enorme investimento para construí-lo, mas o projeto não chegou a se concretizar.

Ainda em meados de 1906, o Governo do Estado de Minas Gerais adquiriu a construção em andamento e a transformou no Quartel do 2º Batalhão de Brigada Policial. As obras de adaptação, pintura e acréscimos foram executadas sob a responsabilidade do engenheiro Honório Soares Couto. Desde sua inauguração, em 1906, até 1911, o edifício passou por várias reformas em função das diversas instituições que abrigou, como a Junta Comercial e órgãos do Ministério da Guerra.

Em 1911, a força pública se transferiu para Juiz de Fora, e o sobrado passou a ser sede da Escola Livre de Engenharia. Para atender às finalidades da nova ocupação do edifício, foram necessárias reformas. Novamente o engenheiro responsável foi Honório Soares Couto, juntamente com Emílio Gomes Regata.

Em 1926, o sobrado tornou-se parte do patrimônio da recém-fundada Universidade de Minas Gerais (hoje Universidade Federal de Minas Gerais), que ali instalou a Escola de Engenharia. O nome do sobrado − Alcindo da Silva Vieira − está ligado a este momento da sua história.

Alcindo da Silva Vieira (Rio de Janeiro - RJ, 1888 − Belo Horizonte - MG, 1945) foi professor e diretor da Escola de Engenharia, e reitor da UFMG de novembro de 1944 a dezembro de 1945, período em que participou ativamente da Comissão de Planos de Construção da Cidade Universitária.

Em 1989, depois de uma reforma que durou três anos, o então reitor, Cid Veloso, inaugurou no sobrado o Centro Cultural UFMG, tendo como objetivo desenvolver atividades relacionadas à cultura, às artes e ao lazer, privilegiando a diversidade, a qualidade ética e estética, e a socialização da informação transdisciplinar.

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Características arquitetônicasAs principais características arquitetônicas do sobrado do Centro Cultural UFMG, de estilo neoclássico, se configuram pelo pé direito alto – aspecto imponente da construção, projetado para garantir a circulação de ar – e pela grande quantidade de madeira no piso, no teto, nas janelas, na escadaria e na balaustrada, o que dá ao edifício um ar elegante e acolhedor. Suas portas e janelas são muito maiores do que as utilizadas hoje nas construções, já que, no início do século XX, além de manter relação com o pé direito, elas também tinham de garantir a iluminação natural. As colunas e os umbrais das portas e janelas, que seguem padrão europeu, causam impressão de luxo e riqueza.

Em 1988, por causa da importância deste sobrado na história da capital mineira, ele foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG) e, em 1994, pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

espAços de Arte e culturAO sobrado do Centro Cultural UFMG conta com diversos ambientes, os quais dispõem de estruturas peculiares, em função da diversidade dos trabalhos que são realizados na instituição. O Centro Cultural oferece espaços para residências artísticas, pesquisas, eventos, exposições, cursos, oficinas, além de espaço museológico.

Hall de entradaAmbiente em que se pode observar de imediato o estilo do sobrado, evidenciado por quatro colunas de ferro fundido, piso de ladrilho hidráulico e escadaria e balaustrada de madeira.

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Galerias

O Centro Cultural UFMG dispõe atualmente de três galerias: a do primeiro piso e a sala Ana Horta e Celso Renato, que ficam no segundo andar. As exposições realizadas nas galerias têm como principais objetivos promover e divulgar as diversas manifestações nas artes visuais e oferecer ao público, aos artistas e estudiosos elementos para conhecer a produção artística, visando sempre contribuir para a formação cultural do cidadão.

O projeto Galerias, coordenado por Marcos Hill (curador de Artes Visuais do CCULT/professor da Escola de Belas Artes/UFMG), promove mostras de artes visuais tanto na galeria do primeiro andar quanto na sala Ana Horta e na sala Celso Renato. As exposições nestes ambientes podem ser vistas diariamente, de 10 às 21h.

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Sala Ana Horta

A sala, localizada no segundo piso, recebeu este nome em homenagem à pintora, gravadora, desenhista, cenógrafa e professora Ana Horta (Bom Despacho - MG, 1957 – Belo Horizonte - MG, 1987), que deixou uma obra relevante, mas pequena, devido a sua morte precoce, com apenas 30 anos de idade.

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Sala Celso Renato de Lima

O nome dado a este ambiente é uma homenagem ao pintor Celso Renato de Lima (Rio de Janeiro-RJ, 1919 – Belo Horizonte - MG, 1992), o qual desempenhou importante papel no âmbito da arte mineira de meados dos anos 1970 até a sua morte no início dos anos 1990. Ao lado de Amilcar de Castro (Paraisópolis - MG, 1920 – Belo Horizonte - MG, 2002), Celso Renato é considerado um dos mais singulares artistas em diálogo com o construtivismo em Minas Gerais – movimento artístico nascido no contexto da Revolução Russa, que buscou aproximar as obras de artes plásticas da construção civil e do design de objetos utilitários. O espaço fica aberto diariamente, de 10 às 21h.

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Auditório

O Auditório tem capacidade para 150 pessoas e destina-se a eventos de natureza artística, cultural e de divulgação científica, como espetáculos de teatro, dança, música, performances, sessões de cinema, palestras e debates.

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Memória Gráfica

O Museu Vivo Memória Gráfica, coordenado por Ana Utsch (professora da Escola de Belas Artes/UFMG) e Maria Dulce Barbosa (Associação Memória Gráfica Typographia e Escola de Gravura), tem como proposta consolidar um espaço dedicado à memória das artes do livro e às técnicas de sua produção, promovendo oficinas de caligrafia, tipografia, gravura, edição, ilustração, design, encadernação. O museu também é aberto à visitação e à produção de impressos por estudantes, professores e técnicos da UFMG, e artistas convidados. O projeto é resultado de parceria do Centro Cultural UFMG com a Associação Memória Gráfica Typographia Escola de Gravura

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Pátio

Espaço destinado a diversas manifestações artísticas. Os artistas que apreciam a realização de eventos em um ambiente aberto podem contar com este espaço para expor seus trabalhos.

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Telecentro

O espaço de inclusão digital e acesso à leitura foi desenvolvido a partir de parceria com o Ministério das Comunicações. O Telecentro, coordenado por Rosemary de Fátima V. Mendes (técnica CCULT/UFMG), se destina ao público em geral, possui acesso à internet e promove minicursos, com o objetivo de tornar possível uma utilização eficiente do mundo virtual por parte da população. Hoje, o Telecentro divide espaço com o Projeto Leitura, o qual disponibiliza gratuitamente para a comunidade, jornais e revistas de circulação local, regional e nacional. O projeto tem como objetivo promover o acesso à leitura, informação e pesquisa de modo a despertar a consciência cidadã e possibilitar o letramento político-social. Um dos mais antigos projetos do Centro Cultural UFMG, o Projeto Leitura configura-se como uma das principais fontes de informação para a população que transita no entorno da Praça da Estação. O Telecentro fica aberto diariamente de 10h às 18h.

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Hall Superior

O Hall superior, equipado com um piano e uma decoração aconchegante, é o primeiro espaço a que se tem acesso no segundo piso do sobrado. Nele ocorre o projeto Música e Poesia; quartas-feiras às 20 horas e 30.

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Salas 1, 2 e 3As salas 1, 2 e 3 dispõem de espaços amplos onde se desenvolvem práticas variadas, como ensaios e oficinas de teatro, circo, dança e música.

Salas 4 e 5Nestas salas multimídia são realizadas oficinas diversas envolvendo a escrita, palestras, debates e outras atividades. Os espaços são equipados com quadro branco, mesas, cadeiras, computador e data show, possibilitando maior dinamismo às aulas.

Sala 6Espaço destinado à produção artística e à pesquisa em diversas linguagens das artes visuais. A sala abriga o projeto Ateliê Aberto.

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Programa “MUITAS CULTURAS NO CENTRO”

O programa “Muitas culturas no centro” objetiva reunir as atividades realizadas...

Circuito Cultural Praça da EstaçãoEste projeto, coordenado por Alice de Mello (técnica CCULT/UFMG), tem como objetivo a montagem de roteiro e execução de visitas guiadas por estudantes de Turismo (e outros cursos) da UFMG ao Centro Cultural e ao Circuito Cultural Praça da Estação, com ênfase no patrimônio cultural e artístico do hipercentro de Belo Horizonte. O projeto também visa qualificar funcionários, estudantes da UFMG (bolsistas) e recepcionistas que prestam serviço no Centro Cultural, com a finalidade de recepcionar bem os visitantes.

Projeto CinecentroO Cine Centro oferece ao público em geral uma alternativa de lazer qualificado, através de mostras de filmes de ficção, documentários, curtas e animação, às terças e quintas-feiras, às 19 horas, no auditório do Centro Cultural, com entrada franca.

As mostras sempre contemplam um tema que é definido, preferencialmente, de acordo com as atividades programadas pelo Centro Cultural, temas de pesquisas de professores e pesquisadores da UFMG, um assunto que esteja na ordem do dia ou, ainda, a partir de curadorias específicas. Em algumas mostras as sessões são comentadas por pesquisados da UFMG e convidados de outras instituições. Assim, o projeto possibilita ao público o acesso a produtos culturais cinematográficos diferenciados, oriundos, por vezes, de acervos particulares e institucionais, não disponíveis em circuitos comerciais.

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Projeto Ateliê AbertoO projeto Ateliê Aberto é coordenado por Marcos Hill (curador de Artes Visuais do CCULT/professor da Escola de Belas Artes/UFMG). O projeto permite a residência de grupos de artistas plásticos, selecionados por edital, com duração de um ano. Durante esse tempo, os artistas podem realizar pesquisa e experimentação em artes visuais, além de exposições dos trabalhos desenvolvidos durante a residência artística no CCULT/UFMG. O projeto se desenvolve em parceria com o Museu de Arte da Pampulha e também promove palestras de curadores convidados e dos próprios artistas sobre seu trabalho de criação.

Projeto Cena AbertaO Projeto Cena Aberta é coordenado por Marcos Antônio Alexandre (curador de artes cênicas do CCULT/UFMG, professor da Faculdade de Letras - FALE/UFMG). Deste projeto participam, como residentes, grupos de artes cênicas selecionados através de edital – os quais ocupam o espaço durante um ano para o desenvolvimento de projetos de pesquisa na área e realização de temporada de espetáculo. Os ensaios são abertos ao público, que é convidado a participar do processo criativo dos artistas.

Projeto Música e PoesiaO Música e Poesia, coordenado por Marcos Antônio Alexandre (professor da FALE/UFMG), visa divulgar os trabalhos desenvolvidos pelos alunos dos cursos de Letras, Teatro e Música, possibilitando sua integração com atividades e outros grupos existentes na cidade, além de trazer entretenimento de qualidade para a população, associando duas artes: a música e a poesia. O projeto é uma parceria entre o Centro Cultural e a Faculdade de Letras da UFMG e promove reuniões semanais, todas as quartas-feiras às 20:30h, para incentivar a discussão de textos teóricos, a criação poética, produção de saraus e recitais, leitura e interpretação de textos literários e contação de histórias em língua portuguesa e estrangeira.

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Projeto Museu Vivo Memória GráficaEspaço dedicado às artes do livro, o Museu Vivo Memória Gráfica integra patrimônio material e imaterial ao manter uma oficina tipográfica e um laboratório de história do livro. Através de uma série de atividades semestrais que compreendem cursos, oficinas, mostras e palestras, esperamos contribuir para a transmissão dos percursos de produção, difusão e recepção dos objetos que nos dão a ler a palavra escrita.

Projeto Minas Dança GeraisA direção do GRUPO CONGÁ em parceria com o CCULT/UFMG objetiva divulgar a cultura mineira por meio de cânticos, músicas e danças folclóricas, organizando seminários e palestras sobre a cultura popular mineira, promovendo oficinas de curta duração e encontros entre mestres e estudiosos da cultura popular. Além de realizar apresentações em escolas das redes pública e particular e projetos sociais incentivando a participação dos mesmos nas ações do grupo

Oficina para todosCom o objetivo de ampliar o leque de possibilidades para o público nas diversas áreas da arte e da cultura, foram estabelecidas parcerias com a ONG Memória Gráfica e algumas unidades da UFMG que organizam, por exemplo, atividades de curta duração abordando temas ligados à construção do livro e também oficinas de dança experimentais – a exemplo da Árabe, que é orientada para pessoas com mais de 60 anos e Contemporânea, direcionada ao público jovem.

Projeto YuraiáRealiza atividades baseadas no tema do espetáculo “Yuraiá: O rio do nosso corpo”, como palestras, mesas redondas, encontros com representantes de nações indígenas e pesquisadores dedicados à discussão em torno da dramaturgia brasileira e latino-americana em sua relação com a cultura ameríndia.

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Projeto Prata da CasaDesde 2011, a Série Prata da Casa, vem expandindo sua atuação fazendo apresentações no Conservatório UFMG (Avenida Afonso Pena, 1534, Centro), no Teatro Cariúnas (Rua Luiz de Mello Mattos, 175, Planalto) e agora também no Centro Cultural UFMG (Avenida Santos Dumont, 174, Centro). Já foram interpretadas obras de compositores como Waldemar Henrique, Heitor Villa-Lobos e Cláudio Santoro, e costuma se realizar nas segundas-feiras a consultar a programação.

Projeto Memória Feita à MãoA iniciativa do Centro de Pesquisa e Memória do Teatro (CPMT) do Galpão Cine Horto visa inventariar, restaurar e disponibilizar para o público, através de exposições físicas e virtuais, o acervo de figurinos dos espetáculos A Rua da Amargura (direção de Gabriel Villela), Partido (direção de Cacá Carvalho) e O Inspetor Geral (direção de Paulo José), além de disponibilizar em base de dados online todas as informações levantadas durante o projeto para pesquisa da comunidade interessada.

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Este folheto, integrante da série Circuito cultural praça da estação, foi desenvolvido a partir da pes-quisa de Alice de Mello, coordenadora do projeto. Textos de Alice de Mello e Josiany Diniz. A prepara-ção do original foi realizada por Patrícia Fonseca; diagramação de Augusto Vossenaar e revisão de Paulo Henrique Alves. Fotos de Tiago Garcias e Daniel Ferreira. A capa é de Dayane Gomes e o miolo foi composto em caracteres Can-dara e fotocopiado em papel reciclado 75 g/m2.

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