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3ÍBUCAS 1 ° Tifimestre de 2013 Elias e Eliseu . Um Ministério de Poder para toda a Igreja www. c pad.com.br J ovens A dultos

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Page 1: Lições Bíblicas-Elias e Eliseu, Um Ministério de Poder Para Toda a Igreja-Jovens e Adultos, Mestre, EBD, 1º Trimestre 2013-José Gonçalves-Editora CPAD

3ÍBUCAS1 ° Tifimestre de 2013

Elias e Eliseu■

.

Um Ministério de Poder para toda a Igreja

www. c pad. com. br

J o v e n sA dulto s

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Bíb l ic a s—r r Tmrr nwri r r mrm

Com entário : JOSÉ GONÇALVESLições do 1 ° Trim estre de 2013

• :

Lição 1A Apostasia no Reino de Israel 3

Lição 2 Elias, o Tisbita 1 1

Lição 3A Longa Seca Sobre Israel 1 7

Lição 4Elias e os Profetas de Baal 24

Lição 5Um homem de Deus em Depressão 31

Lição 6A Viúva de Sarepta 39

Lição 7A Vinha de Nabote 46

Lição 8O Legado de Elias 54

Lição 9Elias no Monte da Transfiguração 61

Lição 10Há um Milagre em Sua Casa 68

Lição 11Os Milagres de Eliseu 75

Lição 12Eliseu e a Escola dos Profetas 83

Lição 1 3 A Morte de Eliseu 90

L ições Bíblicas 1

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\

L içõ es Bíb l ic a sMESTRE ■Publicação Trim estral da Casa Publicadora das Assembleias de DeusPresidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil José Wellington Bezerra da CostaPresidente do ConselhoAdministrativoJosé Wellington Costa JúniorDiretor ExecutivoRonaldo Rodrigues de SouzaGerente de PublicaçõesClaudionor de AndradeConsultor Doutrinário e TeológicoAntonio GilbertoGerente FinanceiroJosafá Franklin Santos BomfimGerente de ProduçãoJarbas Ramires SilvaGerente ComercialCícero da SilvaGerente da Rede de LojasJoão Batista Guilherme da SilvaGerente de ComunicaçãoRodrigo Sobral Fernandes_____ _____Chefe do Setor de Educação Cristã César Moisés Carvalho RedatoresMarcelo de Oliveira e Telma BuenoDesigner GráficoMarlon S o a r e s ___________CapaFlamir Ambrósio

Av. B rasil, 3 4 .401 - Bangu CEP 2 1 8 5 2 -0 0 2 Rio de Janeiro • RJ Tel.: <21) 2 4 0 6 -7 3 7 3 Fax: (2 1 ) 2 4 0 6 -7 3 2 6

LIVR A R IA S CPADAM AZO N AS: Rua Barroso, 36 - Centro - 69010-050 - Manaus- AM - Telefax: (92) 2126-6950 - E-mail: manaus@ cpad.com .br Gerente: Ricardo dos Santos SilvaB A H IA : Av. Antônio Carlos Magalhães, 4009 - Loja A - 40280-000- Pituba - Salvador - BA - Telefax: (71) 2104-5 300E-mail: salvador@ cpad.com .br- Gerente: Mauro Gomes da Silva B R A S ÍL IA : Setor Comercial Sul - Qd-5, Bl.-C, Loja 54 - Galeria Nova Ouvidor - 70305-91 8 - Brasília - DF - Telefax: (61) 2107-4750 E-mail: [email protected] - Gerente: Marco Aurélio da Silva PARANÁ: Rua Senador Xavier da Silva, 450 - Centro Cívíco - 80530-060- Curitiba - PR • Te!.: (41)2117-7950 - E-mail: [email protected] Gerente: Maria Madalena Pimentel da SilvaPERN AM BU CO : Av. Dantas Barreto, 1 02 1 - São José - 50020-000 - Recife - PE - Telefax: (81) 3424-6600/2128-4750 E-mail: [email protected] - Gerente: Edgard Pereira dos Santos Junior M ARAN H ÃO : Rua da Paz, 428, Centro, São Luis do Maranhão, MA- 65020-450 - Tel.: (98) 32 31-6030/2108-8400 E-mail: sao lu is@ cpad.com .br - Gerente: Eliel A lbuquerque de Aguiar Jun ior R IO D E JA N E IR O :V icente de C arva lho : Av. Vicente de Carvalho, 1083 - Vicente de Carva­lho - 2 121 0-000 - Rio de Janeiro - Rj - Tel.: (21) 2481 -210 1 / 2481 -2350- Fax: (21) 2481 -591 3 - E-mail: [email protected] Gerente: Severino Joaquim da Silva FilhoN ite ró i: Rua Aurelino Leal, 47 - lojas A e B - Centro - 24020*110 - Niterói - KJ - TeL: (21) 2620-4318 / Fax: (21) 2621-4038 E-mail: [email protected] Iguaçu : Av. Governador Amaral Peixoto, 427 - loja 101 e 103 - Gal eria Veplan - Ce ntro - 26210-060 - Nova Iguaçu - RJ - Tel.: (21) 2 667-4061 Telefax: (21) 2667-8163 - E-mail: [email protected] Gerente: Francisco Alexandre FerreiraC en tro : Rua Primeiro de Março, 8 - Centro-Rio de Janeiro-RJ - Tel: 2509-3258 / 2507-5948 - Gerente: Silvio Tomé Shopp ing Ja rd im G uada lupe : Av. Brasil.22.155, Espaço Comercial 115-01 - Guadalupe - Rio de Janeiro*RJ Gerente: Jucíle ide Gomes da SilvaSAN TA CATARIN A : Rua Felipe Schmidt, 752 - Loja 1, 2 e 3 - Edifício Bougainvillea - Centro - 88010-002 - Florianópolis - SC Telefax: (48) 3225-3923 / 3225-1 128 - E-mail: [email protected] Gerente: André Soares PortoSÃO PAULO : Rua Conselheiro Cotegipe, 2 l 0 - Beãenzinho - 03058* 000 - SP - Telefax: (11) 2198-2702 - E-mail: [email protected] Gerente: Jefferson de FreitasMINAS G ER A IS : Rua São Paulo, 1371 - Loja 1 - Centro - 301 70-131- Belo Horizonte - MG -Tel.: (31) 3224-5900 - E-mail: belohorizonte@ cpad.com .br - Gerente: Williams Roberto Ferreira FLÓ R ID A .3939 North Federal Highway - Pompano Beach, FL 33064- USA - Tel.: (954) 941-9588 - Fax: (954) 941-4034E-mail: [email protected] - Site: http://www.editpatmos.comGerente: Jonas MarianoD istrib u ido r:CEARÁ: Rua Senador Pompeu, 834 loja 2 7 - Centro - 60025-000 - Fortaleza - CE - Tel.: (85) 3231*3004 - E-mail: [email protected] Gerente: José Maria Nogueira LiraPARÁ: E.L.GOUVEIA-Av. Gov.José Malcher 1 579 -Centro-66060-230- Belém-PA-TeL:(9l)3222-7965-E-mail: gouveia@pastorfirmmo .com.br Gerente: Benedito de Moraes Jr.JAPÄ O : Gunma-ken Ota-shi Shimohamada-cho 304-4 T 3 73-0821 - Tel.: 276-45-4048 Fax <81) 276-48-81 31 Celular (81) 90 8942-3669 E-mail: [email protected] - Gerente: Joelma Watabe Barbosa LISBO A - CA PU : Av. Almirante Gago Coutinho 1 58 - 1700-030 - Lisboa - Portugal - Tel.: 351-21 -842-9190Fax: 3 51-21-840-9361 - E-mails: capu@ capu.pt e silvio@ capu. pt - Site: www.capu.ptMATO GROSSO: Livraria Assembléia de Deus - Av. Rubens de Men­donça, 3 .500 - Grande Templo - 78040-400 - Centro - Cuiabá - MT -Te le fax : (65) 644-2136 - E-mail: heliorap@ zaz.com .br Gerente: Hélio José da SilvaMINAS G ERA IS : NovaSião-RuaJarbas L D. Santos, 1651 -Ij.l 02 - Shop­ping Santa Cruz - 36013-150 - Juiz de Fora - MG - Tel.: (32) 321 2-7248 Gerente: Daniel Ramos de OliveiraSÃO PAULO : SOCEP - Rua Floriano Peixoto, 103 - Centro - Sta. Bárbara D’Oeste - SP - 1 3450-970 - Tel.: (19) 3459-2000 E-mail: vendas@ socep.com.br - Gerente: António Ribeiro Soares

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L IV R A R IA V IR T U A L : w w w .cp a d .co m .b r Ouvidoria: [email protected]

CPAD

2 L ições Bíblicas

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Lição 16 de Janeiro de 2013

A A po s ta s ia n o R eino de Israel

T E X T O A U R EO“E sucedeu que (com o se fo ra co isa

leve a n d a r nos pecados de Je ro b o ã o , filh o de Ne ba te), a inda tom ou p o r m u­lh e r a Je za b e l, filh a de E tbaa l, re i dos

s id ô n io s ; e fo i, e se rv iu a Baal, e se en cu rvo u d ian te d e le ” (1 R s 16 .31 ).

V ER D A D E PRÁTICA

-

A

A apostasia na história do povo de Deus é um perigo real e não uma mera abstração. Por isso, vigiemos.

HINO S SUGERIDOS 75, 212, 305

LE IT U R A D IARiA

Seg u nd a - Hb 6 .4 ,5 ,6 A apostasia como um perigo real

T erça - 1 T m 4.1 A apostasia possui seus agentes

Q u arta - 2 T s 2 .3 ,1 2 A apostasia está sujeita ao juízo divino

Q u in ta - Hb 3 .12 A apostasia afasta o homem de Deus

Sexta - At 1 .25 A apostasia exemplificada

Sábado - Hb 6 .1 1 ,1 2 apostasia pode ser evitada

L ições Bíb lic as 3

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:

m

L E IT U R A B ÍB LIC A EM CLASSE 1 Reis 16 .29-34

2 9 - E Acaba, filho de O nri, co­m eçou a re in a r sobre Isra e l no ano trigésim o oitavo de A sa , re i de Ju d á ; e re inou Acabe , filho de O nri, so b re Is ra e l em Sam aria , vinte e do is anos.

3 0 - E fez Acabe , filho de O nri,o que e ra m al aos o lhos do SENHOR, m ais do que todos os que fo ram antes dele.

31 - E su ce d e u que (com o se fo ra co isa leve a n d a r nos p e c a d o s de Je ro b o ã o , f ilh o de Nebate), a inda tom ou p o r m u lh e r a J e z a b e l , f i lh a de Etbaa l, re i dos s idôn io s; e fo i, e se rv iu a Baal, e se encurvou diante dele.

32 - E levan tou um a lta r a B a a l, na ca sa de B a a l que ed ifica ra em Sam aria .

33 - Também Acabe fe z um bosque, de m aneira que Acabe fez m uito m ais p a ra ir r ita r ao SENHOR, D eus de Is ra e l, do que todos os re is de Isra e l que fo ram an tes dele.

IN TER A Ç Ã O !Caro p ro fe sso r, o p a s to r Jo sé Gonçal­ves - p ro fe sso r de Teologia, e sc r ito r e vice-presidente da Com issão de A p o ­logética da CCADB - é o com en ta rista d a s Lições Bíblicas deste tr im estre .O tem a que se rá abordado é "E lias e E liseu : um m in isté rio de p o d e r p a ra toda a Ig re ja ”. E stu d a rem o s a vida d e sse s p ro fe ta s e ve rem o s que ela é um d iv iso r de águas no m in istério e na h is to r io g ra fia ju d a ic a . E lia s e Eliseu de ixa ram um legado de poder, o u sa d ia , sa n tid a d e e a b n eg a çã o à su a p o s te r id a d e . A p a r t i r de seu s m in is té r io s , podem os v e r f lo re s c e r Isa ía s , Je re m ia s , Ezequ ie l, D anie l e outros san tos hom ens que honraram o cam inho daqueles au tên ticos p ro fe ta s do Senhor.

O B JET IV O S

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Identif icar as causas e os agentes da apostasia em Israel.

C o n sc ie n t iza r-se sobre os perigos da apostasia.

Com preender quais foram as conse­quências da apostasia para Israel.

O R IEN TA Ç Ã O PED A G Ó G ICA

Professor, para a primeira aula deste trimestre sugerimos que você reproduza o esquema da página seguinte. Utilize-o para apresentar aos alunos um panorama

geral da vida de Elias e Eliseu. Inicie a aula traçando as principais características

desses profetas bíblicos. Diga à classe, que mesmo diante de uma sociedade

apóstata, Elias e Eliseu obedeceram ao Senhor. Eles porfiaram por realizar a von- tade de Deus contra quaisquer prejuízos.

34 - Em se u s d ia s , H ie l, o b e te lita , e d if ic o u a J e r ic ó ; m orrendo A b irão , seu p rim o ­gên ito , a fundou ; e, m orrendo S eg u b e , seu ú ltim o , p ô s a s su a s p o rta s ; con form e a p a ­lavra do SENHOR, que fa la ra pelo m in istério de Jo su é , filho de Num.

4 L ições Bíblicas

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IN TRO D U ÇÃOPodemos afirmar, com seguran­

ça, que um dos períodos mais som­brios na história do reino do Norte, também denominado “Israel”, ocorreu durante o reinado de Acabe, filho de Onri. Acabe governou entre os anos 874 e 853a.C., e o seu reinado foi marcado pela tentativa de conciliar os elementos do culto cananeu com a adoração israelita.

Uma prim eira leitura dos capítulos 1 6.29 — 22.40 do livro de 1 Reis, revela que essa mis­tura foi desastrosa para o povo de Deus. Na prática, o culto ao Deus verdadeiro foi substituído pela adoração ao deus falso Baal, trazendo como co nseq uência uma apostasia sem precedentes e pondo em risco até mesmo a verdadeira adoração a Deus.

I - AS CAUSAS D A APO STASIA

1 = Casam ento m isto . O tex­to bíblico põe o casamento misto

PALAVR/\-CHAVE

AposiAband

deserçã

tas ia :ono ou o da fé.

de Acabe com Jezabel, filha de Etbaa! rei dos sidônios, como uma das causas da apostasia no reino do Norte. O relato bíblico destaca que Acabe “tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o j

adorou” (1 Rs 1 6.31).Foi em decorrên­

cia desse casam ento pagão que a idolatria entrou com força em Israel. Embora se fale de um casamento poií- f

tico, as consequências dele foram na verdade espirituais. A mistura f. sempre foi um perigo constante na história do povo de Deus. Os crentes devem tomar todoo cuidado para evitar as uniões mistas. A Escritura, tanto no Anti­go como em o Novo Testamento, condena esse tipo de união (Dt 7.3; 2 Co 6.14,1 5).

2 . In s t itu c io n a liz a çã o da i d o la t r i a . A união de Acabe com Jezabel demonstrou logo ser desastrosa, pois através de sua influência, Acabe “levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria” (1 Rs 16.32). A institucionalização da

CARACTERÍSTICAS GERAISELIAS

■ Seu nome significa o “Senhor é Deus”.

■ Exerceu seu m inistério durante os reina­dos de Acabe e Acazias em Israel.

■ Tinha um m inistério mais so litário e pacato.

- Profetizou contra Acabe. E)e enfrentou-o anunciando uma seca iminente.

- Foi assunto ao céu e deixa um Segado para Eliseu.

ELISEU

■ Seu nome quer dizer “Deus é Salvação”.

- Exerceu o seu m inistério nos dias de Jorão, Jeú , Jeoacaz e Joás, do reino do norte.

■ Seu m in is té rio era m ais pessoal e social.

■ Num leito de morte, Eliseu encoraja o rei Jeoás contra os sírios.

■ Mesmo num a sepu ltura , seus ossos transm itiriam virtude de cura para ressus­citar um israelita.

Texto adaptado do "D ic io n á rio B íb lico W y d iffe " , ed ita do p e la CPAD. .

L ições Bíblicas 5

wÊs

mÊÊ

Êa

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idolatria em Israel fica evidente quando o autor sagrado destaca que também Acabe “fez um poste- ídolo, de maneira que cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel, do que todos os reis de ísrael que foram antes dele” (1 Rs 16.33). Não há dúvida de que o culto a Baal estava suplantando o verdadeiro culto a Deus. Havia uma idolatria financiada pelo Estado.

Vez por outra temos visto Satanás tentando se va ler do poder e sta ta l para f in a n c ia r práticas que são contrárias aos princípios cristãos. Por isso de­vemos orar pela nação para que ela seja um canal de bênção e

• não de maldição.

SINOPSE D O T Ó P IC O (1 )

Tanto no Antigo como em o Novo Testamento as Escrituras condenam o casamento misto.

R ESPO N D A

1. De acordo com a Hção, qua is fo ram as ca u sa s da a p osta sia ?

II - OS AG EN TES D A A PO S TA S IA

1. A ca b e . Onri, pai de Aca­be e rei de Israel que reinou entre os anos 885 e 874 a.C, foi um grande administrador, tanto na política interna como na externa de Israel. Mas foi um desastre como líder espiritual do povo de Deus (1 Rs 16.25,26). O pecado de Acabe foi andar nos caminhos idólatras de seu pai, que foi um seguidor de Jeroboão, filho de

Nebate (1 Rs 16.26) e também ter aderido aos maus costumes dos cananeus, trazidos por sua esposa , Jezabel (1 Rs 16.31). Esse fato fez com que Acabe se tornasse um instrumento muito eficaz na propagação do culto idólatra a Baal. Devem os ser imitadores do que é bom e não daquilo que é mau.

2. Je z a b e l . De acordo como relato de 1 Reis 18.19, Jezabel trouxe para ísrael seus deuses fa lso s e tam bém seu s fa lsos profetas. Teve uma verdadeira obstinação na implantação da adoração a Baal em território israelita. Foi sem dúvida alguma uma agente do mal na tentativa de suprimir ou acabar de vez como verdadeiro culto a Deus. Não fosse a intervenção do Senhor através dos profetas, em especial Elias, ela teria conseguido o seu intento. O Senhor sempre conta com alguém a quem Ele levanta em tempos de crise.

SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )

Em Israel, Acabe e jezabel foram os agentes mais eficazes da apostasia.

RESPO N D A

2. De que fo rm a A cabe e Jeza b e l se tornaram agen tes da apostasia em Isra e l?

I I I - AS C O N S E Q U Ê N C IA S D A A P O S TA S IA

1. A perda da identidade nacional e esp iritual. As patavras de Elias: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos?” <1 Rs

6 L ições Bíb lic as

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1 8.21), revela a crise de identidade dos israelitas do reino do Norte. A adoração a Baaf havia sido fomen­tada com tanta força pela casa real que o povo estava totalmente divi­dido em sua adoração. Quem deve­ria ser adorado, Baal ou o Senhor? Sabemos pelo relato bíblico que Deus havia preservado alguns ver­dadeiros adoradores, mas a grande massa estava totalmente propensa ã adoração falsa. A nação que sem­pre fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade.

2. O ju lg a m e n to d iv in o . É nesse cenário que aparece a figura do profeta Elias predizendo uma seca que duraria cerca de três anos (1 Rs 17.1; 1 8.1). A fim de que a nação não viesse a perder de vez a sua identidade espiritual e até mesmo deixar de ser vista como povo de Deus, o Senhor enviou o seu mensageiro para trazer um tratamento de choque à nação. Julgamento semelhante ocorre durante o reino dejeorão, filho de Josafá e genro de Acabe, que recebe uma carta do profeta Elias. Nela é anunciado o ju ízo divino sobre a sua vida e reinado (2 Cr 21.1 2-1 5). O Senhor mostrou claramente que a causa do julga­mento estava associada ao aban­dono da verdadeira fé em Deus. Tempos depois o apóstolo dos gentios irá nos lembrar da neces­sidade de nos corrigirmos diante do Senhor (1 Co 1 1.31,32).

SINOPSE D O T Ó P IC O (3 )

As consequências da aposta­sia à nação de Israel foram duas:

a perda da identidade nacional (e espiritual) e o julgamento divino.

R ESPO N D A

3. A aposta sia trouxe com o con - 1 sequência a p erd a da identidade 9 nacional e o ju lgam en to divino. De I que fo rm a Deus usou Elias p a ra M a tu a r nesse p ro ce sso ?

I V - A P O S TA S IA I

1. Um p e rig o reaS. A apos- ■ tasia era algo bem real no reino ! do Norte. Estava espalhada por 8 toda parte. Na verdade a palavra \ a p o sta s ia significa, segundo os £ léxicos, a b a n d o n a r a fé ou m u­d a r de re lig iã o . Foi exatamente v isso que os israelitas estavam fazendo, estavam abandonan­do a adoração devida ao Deus verdadeiro para seguirem aos deuses cananeus.

Em o Novo Testamento obser­vamos que os cristãos são adver­tidos sobre o perigo da apostasia! Na Epístola aos Hebreus o autor .... coloca a apostasia como um pe- j£j rigo real e não apenas como uma 1 mera suposição (Hb 6.1-6). Se o d cristão não mantiver a vigilância a é possível sim que ele venha a 1 naufragar na fé. J

2 . U m m a l e v i t á v e l , já s observam os que Acabe foi um 4- rei mau (1 Rs 1 6.30). Em vez de

L ições Bíb lic as 7

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seguir os bons exemplos, como os de Davi, esse monarca do reino do Norte preferiu seguir os maus exem plos. O cronista destaca que “ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazero que era mal perante o Senhor, porque Jezabel sua mulher, o instigava” (1 Rs 21.25). Ainda de acordo com esse mesmo capítulo, Acabe se contristou quando foi repreendido pelo profeta, mas parece que foi um arrependimento tardio (1 Rs 21.1 7-29). Tivesse ele tomado essa atitude antes, o seu reinado teria sido diferente.

Por que não seguir os bons exemplos e assim evitar o amargor de um arrependimento tardio?

SINOPSE D O T Ó P IC O (4 )

A apostasia é um perigo real, mas também é um mal evitável através da vigilância do crente.

R ESPO N D A

4. Sobre o re i Acabe, o que o c ro ­n ista destaca?

5. Faça um breve com entário so ­b re os perigos da apostasia .

C O N C LU SÃ O

Ficou perceptível nessa lição que a apostasia no reino do Norte pôs em perigo a existência do povo de Deus durante o reinado de Acabe. A sua união com Jeza­bel demonstrou ser nociva não somente para Acabe, que teve o seu reino destroçado, mas tam­bém para o povo de Deus, que por muitos anos ficou dividido entre dois pensamentos em relação ao verdadeiro culto.

As lições deixadas são bas­tante ctaras para nós: não po­demos fazer aliança com o pa­ganismo mesmo que isso traga algumas vantagens políticas ou sociais; a verdadeira adoração a Deus deve prevalecer sobre toda e qualquer oferta que nos seja feita. Mesmo que essas ofertas tragam grandes ganhos no pre­sente. Todavia nada significam quando mensuradas pela régua da eternidade.

R EFLEX Ã O

Elias fo i um cam peão de Deus, um dos m ais hum anos e fasc inantes pro fetas do Antigo Testam ento .’’

Lawrence O. Richards

8 L ições Bíb lic as

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rRESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

O casamento misto e a institucio­nalização da idolatria.

2 . Promovendo a adoração ao falso deus Baal e procurando suplantar o

verdadeiro culto a Deus.3. Deus usou o profeta para predizer um período de grande fome e dessa forma fazer o povo refletir sobre o

seu pecado.4 . Que “n in gu ém houve, po is, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mal perante o Se­nhor, porque Jezabel sua mulher, o

instigava” (1 Rs 21 .25 ). 5. Resposta pessoal.

AUXILIO BIBLIOGRÁFICO ISubsíd io Lexográfico“A p o s ta s ia[Do gr. apostá sis , afastamento]

Abandono premeditado e conscien­te da fé cristã. No Antigo Testamen­to, não foram poucas as apostasias cometidas por Israel. Só em Juizes, há sete desvios ou abjuração da verdadeira fé em Deus. Para os profetas, a apostasia constituí-se num adultério espiritual. Se a con­gregação hebreia era tida como a esposa de Jeová, deveria guardar- Ihe fielmente os preceitos, e jamais curvar-se diante dos ídolos.

Jeremias e Ezequiel foram os profetas que mais enfocaram a apostasia israelita sob o prisma das relações matrimoniais.

No Primitivo Cristianismo, as apostasias não eram d esco nh e­cidas. Muitos crentes de origem israelita, por exemplo, sentindo-se isolados da comunidade judaica, deixavam a fé cristã, e voltavam aos rudimentos da Lei de Moisés e ao pomposo cerimonial levítico.

Há que se estabelecer, aqui, a diferença entre apostasia e heresia. A primeira é o abandono premedi­tado e completo da fé; a segunda, é a abjuração parcial dessa mesma fé” (ANDRADE, Claudionor Corrêa. D ic io n ár io Teo lóg ico . 1 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.56,57).

L ições Bíb lic as 9

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Subsíd io Biográfico"ELIASElias foi chamado para servir como porta-voz de Deus na oca­

sião em que o reino do norte havia alcançado sua mais forte posição econômica e política desde a separação feita pelo governo Davídico em Jerusalém.

[...] Sua primeira missão foi enfrentar o rei Acabe com o aviso de uma seca iminente, lembrando que o Senhor Deus de Israel, a quem ele havia ignorado, tinha o controle da chuva na terra onde viviam (Dt 11.1 0-1 2). Em seguida, Elias isolou-se e caminhou em direção a leste do Rio Jordão. Nesse lugar, ele foi sustentado pelas águas do ribeiro de Querite e pelo pão e carne milagrosamente fornecidos pelos corvos. É possível que esse “ribeiro” (nahal) seja o profundo vale do Rio Jarmuque, ao norte de Gileade. Quando o suprimento de água terminou por causa da seca, Elias foi divinamente instruído a ir até Sarepta, na Fenícia, onde seria sustentado por uma viúva cuja reserva de farinha e óleo havia sido milagrosamente aumentada até que a estação das chuvas fosse restaurada à terra. A identidade de Elias como profeta ou homem de Deus foi confirmada pela divina ma­nifestação quando o filho da viúva foi restaurado à vida” (D icionário Bíb lico W y d iffe . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.628-29).

“ELISEU[...] Seu ministério profético cobriu toda a última metade do

século IX a.C., atravessando os reinados de Jorão, Jeú, Jeoacaz, e Joás, do reino do Norte. Sua influência estendia-se desde uma viú­va endividada (2 Rs 4.1) até um homem rico e proeminente (4.8) e mesmo até dentro do próprio palácio de Israel (5.8; 6.9; 12, 21, 22; 6.32— 7.2; 8.4; 13.14-19). Além disso, outros reis Qosafá dejudá,2 Reis 3.1 1-1 9, Bem-Hadade da Síria, 8.7-9) e altos funcionários do exército sírio 5.1,9-1 9 procuravam sua ajuda.

Diferentemente de Elias que tinha uma tendência ao ascetismo, e a se afastar dos olhos do público, Eliseu viveu próximo às pessoas que servia, e gostava da vida social. Tinha uma casa em Samaria, a capital (2 Rs 6.32), mas viajava constantemente pelo país, tal como Samuel havia feito antes dele. Frequentemente parava para visitar seus amigos em Suném. Exatamente como Jesus fez, mais tarde, muitas vezes com Maria e Marta. Eliseu chorou quando falou com Hazae!, pois conhecia muito bem o cruel sofrimento que este causaria a Israel (2 Rs 8.1 1,1 2). [...] É evidente que muitos aspectos da pessoa e da obra de Eliseu são capazes de reproduzir em muitos aspectos o caráter e o ministério de nosso Senhor” (D ic io nário B íb lico W ycliffe. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.633).

10 L ições Bíb lic as

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Elias , o T isbita

“E ele lhes d isse : Qual era o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos faiou estas pa lavras? E eles lhe d isse­

ram : Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tisb ita”

<2 Rs 1.7,8).

V ER D A D E PRÁTICA

A vida de Eíias é uma história de fé e coragem. Ela revela como Deus sobe­ranamente escolhe pessoas simpíes para torná-las gigantes espirituais.

H IN O S SUGERIDOS 84, 336 , 3 4 0

LE IT U R A DIARIA

S eg u nd a - 1 R s 18 .36 O Deus de Elias

T e rça - 1 R s 18.41-45 A fé de Elias

Q u a rta - 1 R s 1 7.1 A vocação de Elias

Q u in ta - 2 R s 9 .3 5 ,3 6 A natureza do ministério de Elias

Sexta - 1 R s 18 .18 A função social do profeta Elias

Sábado - Mt 1 7 .10 13 O lugar de Elias nas Escrituras

T E X T O Á U R EO

L ições Bíb l ic as 11

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àí:,;

L E IT U R A BÍBLICA EM CLASSE1 R e is 1 7.1-7

1 - Então, Elias, o tisbita , dos m oradores de GUeade, d isse a Acabe : Vive o SENHOR, Deus de Israe l, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá , senão se ­gundo a m inha palavra .2 - Depois, veio a ele a pa lavra do SENHOR, d izendo :3 - Vai-te daqui, e vira-te pa ra o orien te , e esconde-te ju n to ao ribe iro de Q uerite, que está diante do Jo rdão .4 - E há de s e r que beberás do r ib e iro ; e eu tenho o rd e ­nado aos co rv o s que a li te susten tem .5 - Foi, po is , e fez conform e a p a la v ra do SENHOR, porque fo i e habitou ju n to ao ribe iro de Q u erite , que e stá d ian te do Jo rd ã o .6 - E os co rvo s lhe tra z iam pão e carne pela m anhã, como tam bém pão e carne à noite; e bebia do ribe iro .7 - E sucedeu que, passados d ias, o ribe iro se secou, p o r­que não tinha havido chuva na te rra .

IN TERA ÇA O

Sobre o cham ado de Elias — como ele se deu (onde e quando) — as E sc r i­tu ra s s ilen ciam . Em co n tra p a rtid a , a Bíblia m ostra um E lias ousado, te­m ente a Deus e pronto pa ra rea liza r a vontade d ivina . Isso é fru to de uma verdadeira vocação divina .O verdadeiro cham ado nasce no co­

ração . Ele arde com o cham a interior. Porém , se desenvolve para muito além do recôndito da alm a. O cham ado de Deus na vida de um a pessoa tam bém flo resce pub licam en te . Vai além da fam ília e da ig re ja loca l. Esse cha­m ado que inunda à a lm a , a ig re ja re co n h ece , a lid e ra n ça co n firm a e Deus usa . A fina l de contas, qual é o seu cham ado?

O B JETIV O S

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

D e sc re v e r a vocação e a chamada de Elias.

Co m p reen d er como se deu a atua­ção do profeta Elias.

D e sta ca r o papel de Elias junto a monarquia e nas Escrituras.

O R IEN TA ÇÃ O PED A GÓ G ICA

Prezado professor, para concluir a lição desta semana, sugerimos uma ativida­de prática. Você vai precisar de papel ofício e caneta. Distribua-os à classe. Em seguida solicite a cada aluno para

que escreva o que mais gostam de fazer na vida. Logo após, pergunte se o que apontaram tem haver com o chamado pessoal de Deus. Conclua a atividade

explicando o quanto eles precisam con­siderar o chamado do Eterno nas esferas de suas vidas. Afirme que tal chamado pode ou não se dar na esfera eclesiásti­

ca, mas também na “secular”.

12 L ições Bíblicas

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INTRODUÇÃONesta lição, estudaremos mais

detalhadamente os fatos relacio­nados à vida e à obra de um dos maiores personagens da história sagrada. Elias aparece nas páginas da Bíblia como se viesse do nada. De fato a Escritura silencia sobre a iden­tidade de seus pais e também de sua parentela; diz apenas que ele era tisb ita , dos m oradores * de Ciieade! Parece muito pouco para um homem que irá ocupar um gran­de espaço na história bíblica posterior.

Todavia é esse ho­mem enigmático que protagoniza os fatos mais impactantes na história do profetismo de Israel. Isso aconte­ce quando denuncia os desmandos do governo dos seus dias e desafia os falsos profetas que infestavam o antigo Israel. Elias é um modelo de autenticidade e autoridade espiritual a quem devemos imitar.

I - A ID E N T ID A D E DE ELIAS1. Sua terra e su a gente. O

relato sobre a vida do profeta Elias inicia-se com uma declaração sobre a sua terra e seu povo: “Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade” (I Rs 1 7.1). Estas palavras põem no cenário bíblico uma das maiores fi­guras do movimento profético. Elias era de Tisbe, um lugarejo situado na região de Gileade e a leste do rio Jordão. Esse lugar não aparece em outras passagens bíblicas, mas é citado somente no contexto do profeta Elias (1 Rs 21.1 7; 2 Rs 1.3,8;9.36). Elias se tornou muito maior do que o meio no qual vivia. Na ver­dade, não foi Tisbe que deu nome

a Elias, mas foi Elias que colocou* Tisbe no mapa!

Davi, Pedro, Paulo, também | construíram uma história cheia de | sentido e significância. Todos nós $ deveríamos imitá-los e viver de tal modo que a nossa história se tornasse um testemunho para aí1 posteridade.

2. Sua fé e seu Deus. O nome | do profeta Elias já revela aígo de ‘ sua identidade, pois significa Javé

x é o meu Deus ou ainda Ja v é é D eus. Elias era um israelita e como tal fj professava sua fé no à Deus verdadeiro que através da história havia se revelado ao seu povo.

Com o desenrolar dos fatos vemos o profeta afirmando essa verdade. Por exemplo, quando desafiava os profetas de Baal, Elias orou: “Ó f| Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo” (1 Rs 1 8.36). Deus era o | Senhor dos patriarcas; da nação de ;; Israel e Elias era um servo dEle! Deus era o Senhor de Abraão, um dos maiores personagens da história bíblica, mas Elias estava consciente de que Ele também era o seu Deus! i

Assim como Elias, o crente _ deve saber de forma precisa quem é ■ seu Deus para que dessa forma pos- I sa ter uma fé viva e não vacilante. 8

SINOPSE D O T Ó P IC O (1 )

Elias era oriundo de Tisbe, luga­rejo a leste do Rio Jordão. Seu nome significa “Javé é o meu Deus”.

RESPONDA

/. Q ual o s ig n if ic a d o do nom e Elias?

PALAVRA-CHAVE

Vocação:Esco lha , cham am en­

to, d isposição .

L ições Bíb lic as 13

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Bi

IS - O M IN ISTÉR IO PROFÉTICO DE ELIAS

1. Sua vocação e cham ada.A vocação e chamada de Elias fo­ram divinas da mesma forma como foram as vocações e chamadas dos demais profetas canônicos. Esse fato é logo percebido quan­do vemos o profeta Elias colocar Deus como a fonte por trás de suas enunciações proféticas: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em outra passagem bíblica Elias diz que suas ações obedeciam direta­mente a uma determinação divina (1 Rs 18.36). Somente um profeta chamado diretamente pelo Senhor poderia falar dessa forma.

De uma forma geral todo cris­tão foi chamado para a salvação, po­rém, alguns foram chamados para tarefas especiais. É a nossa vocação e chamada quem nos habilita para a obra do Senhor.

2. A natureza do seu m in is­tério. A natureza divina e, portanto, sobrenatural do ministério do pro­feta Elias é atestada pela inspiração e autoridade que o acompanhavam. A história do profeta Elias é uma história de milagres. É uma história de intervenções divinas no reino do Norte. Encontramos por toda parte nos livros de Reis as marcas da inspiração profética no ministério de Elias. Isso é facilmente confir­mado pelo escritor bíblico quando se refere à morte de Jezabel (2 Rs9.35,36). Assim como Elias predisse, aconteceu! Elias possuía inspiração e autoridade espiritual.

De nada adianta possuir um ministério marcado pela popula­ridade e fama se ele é carente de autoridade e poder divino.

SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )

A inspiração e a autoridade encontradas em Elias denotam a natureza divina do seu ministério.

RESPONDA

2. Que fatos autenticam o ministério profético de Elias?

III - ELIAS E A M O N A R Q U IA

1. Buscando a ju s t iç a . Nahistória do profetismo bíblico ob­servamos a ação dos profetas exor­tando, denunciando e repreendendo aos reis (1 Rs 18.18). O livro de 1 Reis mostra que o profeta Elias foi o primeiro a atuar dessa forma. Na verdade as ações dos profetas revelam uma luta incansável não somente em busca do bem-estar espiritual, mas também social do povo de Deus. Quando um monarca como o rei Acabe se afastava de Deus, as consequências poderiam logo ser percebidas na opressão do povo. A morte de Nabote, por exem­plo, revela esse fato de uma forma muito clara(1 Rs 21.1-1 6). Acabe foi confrontado e denunciado por Elias pela forma injusta como agiu!

2. A restauração do culto. Como vimos, os monarcas bíblicos serviam tanto de guias políticos como espirituais do povo. Quando um rei não fazia o que era reto diante do Senhor, logo suas ações refletiam nos seus súditos (1 Rs 16.30). A religião, portanto, era uma grande caixa de ressonância das ações dos reis hebreus. Nos dias do profeta Elias as ações de Acabe e sua mulher Jezabel sofreram oposi­ção ferrenha do profeta porque elas estavam pulverizando o verdadeiro culto (1 Rs 19.10). Em um diálogo que teve com Deus, Elias afirma que

14 L ições Bíblicas

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a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Deus verdadeiro e em seu lugar levantado outros altares para adoração aos deuses pagãos. Como profeta de Deus coube a Elias a missão de restauraro altar do Senhor que estava em ruínas (1 Rs 1 8.30).

SINOPSE D O T Ó P IC O (3 )

Elias denunciou que a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Senhor.

RESPONDA

3. Descreva a atuação de Elias du­rante a m onarquia na qual viveu.

IV - ELIAS E ALITER A TU R A BÍBLICA

1. No Antigo Testam ento.Até aqui vimos que os dois livros de Reis e uma porção do livro das Crô­nicas trazem uma ampla cobertura do ministério profético de Eiias. O Antigo Testamento mostra que com Elias tem início a tradição profética dentro do contexto da monarquia. Foi Elias quem abriu caminho para outros profetas que vieram depois. Mas Elias não possuía apenas um ministério de cunho profético e social, seu ministério também era escatológico. Malaquias predisse o aparecimento de um profeta como Elias antes “do grande e terrível dia do Senhor” (Ml 4.5).

2. No Novo Testam ento. Emo Novo Testamento encontramos vários textos associados à pessoa e ao ministério do profeta Elias. Je­sus identifica João, o batista, como aquele que viria no espírito e poder de Elias (Lc 1.17; Mt 17.10-13). No monte da transfiguração, o evan­gelista afirma que Elias e Moisés

fafavam com o Salvador acerca da sua '“partida” (Mt 1 7.3; Lc 9.30,31). Quando o Senhor censurou a falta de fé em Israel, ele trouxe como exemplo a visita que Elias fizera à viúva de Sarepta (Lc 4.24-26). No judaísmo dos tempos de Jesus, Elias era uma figura bem popular devido aos feitos miraculosos, o que levou alguns judeus acharem que Jesus seria o Elias redivivo (Mt 16.14; Mc6.1 5; 8.28).

SINOPSE D O T Ó P IC O (4 ) |Com Elias, o Antigo Testa-

mento destaca o desenvolvimento da tradição profética no regime monárquico.

R ESPO N D A4. Que fatos podem se r destacados sobre o m inistério de Elias no Antigo || Testam ento?5. Cite pelo menos três referências bíblicas sobre Elias em o Novo Tes­tamento.

CONCLUSÃOOs comentaristas bíblicos ob­

servam que os capítulos 1 7— 22 do livro de 1 Reis, que cobrem o período do reinado de Acabe, mos­tram que o declínio religioso termina com arrependimento ou julgamento divino. De fato, observamos que a mensagem profética de Elias visava primeiramente a produção de arre­pendimento e não a manifestação dairadivrna. Isso é visto claramente quando Acabe se arrepende e o Senhor adia o julgamento que havia sido profetizado para os seus dias (1 Rs 21.27-29). Fica, pois, a lição para nós revelada na história do profeta Elias: a graça de Deus é maior do que o pccado e suas consequências. Fomos alcançados por essa graça!

L ições Bíb l ic as 15

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A U X ÍL IO B IB L IO G R Á FIC O 1

Subsíd io Sociológico“A Profecia entre o s H ebreusDos nomes hebreus aplicados

aos profetas como representantes de um movimento espiritual em Is­rael, o termo n a b h i’ foi, sem dúvida alguma, o mais largamente usado. Originalmente pensava-se que era derivado de uma raiz indicando um ‘orador’, mas agora é sabido que seu significado básico é ‘chamar’. O r\a- bh i’ era, portanto, um indivíduo que tinha sido chamado por Deus para algum propósito específico, e que assim mantinha um relacionamento espiritual em particular com Ele. O profeta era essencialmente uma fi­gura carismática, autorizado a falar aos israelitas em nome do seu Deus. Antes da época de Samuel, tais indivíduos eram geralmente desig­nados como um ‘homem de Deus’, e na mesma época de Saul e Davi essa expressão era aparentemente sinônimo de n a b h i’. As declarações dos profetas hebreus eram consequ­ência direta de seu relacionamento espiritual com Deus, e, em essência, abrangiam variações sobre temas teológicos e da aliança cultuados na Lei. De fato, não há uma única dou­trina profética que já não tenha sido apresentada, ao menos na forma embrionária, na Tora; deste modo, os profetas podem ser considerados comentadores além de pioneiros do utrinário s” (HARRISON, R. K. T e m p o s do A n tig o T e sta m e n to : Um C ontexto So c ia l, Político e C u l­tu ra l. l .ed . Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.21 8).

V O C A B U LÁ R IOC a r ism á t ic a : Relativo a quem tem carisma. Força divina con­ferida a uma pessoa.R ecônd ito : Oculto, escondido.E c le s iá s t ic a : Pertencente ou relativo à Igreja; eclesiaL

BIBLIOGRAFIA SUG ERIDA

ZUCK, Roy B. T e o lo g ia do A n ­tigo Testam ento . 1. ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2009.DEVER, Mark. A M ensagem do Antigo Testam ento : Uma Ex­posição Teológica e Homilética.1. ed. Rio de Janeiro: 2008.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão CPAD,

n° 53, p .37.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Javé é Deus. 2 . A inspiração e autoridade espi­

ritual.3. Elias combateu a injustiça e buscou a restauração do culto.4. Elias possuía um ministério

de cunho social, profético eescatológico.

5» Mateus 1 6.1 4; Marcos 6.1 5 eLucas 1.17.

16 L íções Bíb l ic a s

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Lição 320 de Janeiro de 2013

A L o n g a Seca Sobre Israel

^ "E 5e o mew que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar

a minha face, e se converter dos seus m aus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e

sarare i a sua te rra ” (2 C r 7.14).

V E R D A D E PRA TICA

£ A longa seca sobre Israel teve como | objetivos disciplinar e demonstrar a Ê soberania divina sobre os homens.

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LE IT U R A D IÁ RIA

Seg u n d a - 1 R s 18.21O que motivou a estiagem

T e rça - 1 R s 18.2 As consequências da estiagem

Q u a rta - 1 R s 1 8 .3 9 FL. As lições deixadas pela estiageml '-- Q U inta - 1 7 .4 ; 18.1 3

As provisões de Deus durante aestiagem

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Sexta - 1 R s 1 7 .1 ; 18.1 ■7. O lugar da profecia na estiagem

Sáb ad o - Tg 5.1 7 ,18 A soberania de Deus na estiagem

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jç õ es Bíb l ic a s 17

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IN TER A Ç Ã O

“Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul [como as torrentes no Neguebe - ARA]". Esta é uma porção do Salmo 126. O povo de Israel está alegre por ter sido liberto do cativeiro através do decreto do rei Ciro. Então, eles se lembraram de Jerusalém. Muros caídos e Templo em escombros, por isso clamaram: ‘Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR.” A imagem que eles tinham era a da região do Neguebe que todo o ano ficava em sequidão. Mas pelo menos uma vez por ano havia chuvas torrenciais e a região enchia-se de águas. Logo após, o rio no Neguebe baixava e começavam brotar flores. O deserto tornava-se pastos verdejantes. Entãor o povo pede em canção: Restaura-nos “como as torrentes no Neguebe (ARA)’’. Professor, Deus pode mudar a nossa sorte e transfor-

^mar o nosso “deserto" em jardim florido.

L E IT U R A B ÍBLICA EM CLASSE1 Reis 18.1-8

1 - E sucedeu que, depo is de m uitos d ia s, a p a la v ra do SE­NHOR veio a E lia s no te rce iro ano, d izendo : Vai e m ostra-te a A cabe , po rque d a re i chuva sob re a te rra .

2 - E fo i E lia s m o stra r-se a g A ca be ; e a fom e e ra extrem ai em Sam aria .

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3 - E A cabe cham ou a O bad ias,o m ordom o . (O b a d ia s tem ia m uito ao SENHOR,

4 - p o rq u e su ced eu que, d e s ­tru in do Je za b e l os p ro fe ta s do SEN HO R, O bad ia s tom ou cem p ro fe ta s , e de c in q u en ta em c in q u en ta os e scon d eu , num a co va , e os su s ten to u com pão e á g u a .)

5 - £ disse Acabe a O badias: Vai pela te rra a todas as fon tes de água e a todos os r io s ; pode s e r que achem os e rva , p a ra que em vida co n se rve m o s os ca ­va los e m u las e não este jam os p riva d o s dos an im ais.

6 - E r e p a r t ira m e n tre s i a te rra , p a ra p a ssa rem p o r e la ; Acabe fo i à p a rte p o r um cam i­nho, e O badias tam bém fo i á p a rte p o r ou tro cam inho.

7 - Estan do , p o is , O bad ias já em cam in ho , e is que E lia s o e n c o n tro u ; e, co n h ecen d o -o e le , p ro s tro u -se so b re o seu ro sto e d is se : És tu o m eu se ­n h o r E lia s?

8 - E d isse-lhe e le : Eu so u ; vai e dize a teu sen h o r : E is que aqu i está Elias.

O B JET IV O S

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

E x p lic a r o porquê da longa estia­gem.

R e la ta r as consequências e lições deixadas pela seca.

C o n s c ie n t iz a r - s e de que Deus é soberano.

O R IEN TA Ç Ã O PED A G Ó G ICA

Prezado professor, para iniciar a lição de hoje é importante conceituar o

fenômeno da estiagem ou seca. Repro­duza na lousa o seguinte esquema: (1)

conceito: (2) diferença: (1) Explique que a seca ou estiagem é um fenômeno do clima, causado pela insuficiência de chuva por um período bem longo. No

entanto (2) há uma diferença entre seca e estiagem. Estiagem é um fenômeno climático que ocorre num intervalo de

tempo, já a seca é permanente.

18 Liç o es Bíbi.tcas

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IN T R O D U Ç Ã O

A longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1 Rs 17.1,2; 18.1,2) é citada emo Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: “Elias [...] orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.1 7). A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível. Todavia, no contexto do reinado de Acabe ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais.

I - O P O R Q U Ê D A SECA

1. D is c ip l in a r a nação . Oculto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando con­frontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxea­reis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 1 8.21). De fato a pala­vra hebraica a s ’iph, traduzida como pensam entos, mantém o sentido de am bivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração divi­

dido somente um remédio amargo surtiria efeito (1 Rs 18.37).

2. R eve la r a d iv ind ad e v e r­dadeira . Quando Jezabel veio para Israe! não veio sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e uma vontade obstinada de fazer de seus deuses o principal objeto de adoração entre os hebreus. De fato observamos queo culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, prin­cipais divindades dos sidônios (1 Rs

16.30-33). A consequ­ência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supos­tamente possuía poder sobre os fenôm enos

naturais. A longa seca sobre o reino do Norte criou as condições neces- % sárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal § divindade não passava de um deus | falso (1 Rs 1 7.1,2; 18.1,2,21,39). |

Deus não precisa provar nada g para ser Deus, mas os homens cos- tumam responder favoravelmente | quando suas razões são convenci- das pelas evidências. I

---------------------------------------------------- ISINOPSE D O T Ó P IC O (1 )

Havia dois motivos majoritários § para o porquê da seca: disciplinar a |f nação e revelar o Deus verdadeiro, f,

R E S P O N D A |

1. De aco rdo com a lição , com o a J seca co n trib u iu p a ra a execução £ do p lano de D eus? '0

II - OS EFEITOS D A SECA |

1. E s c a s s e z e fom e. A Escri- * tura afirma que “a fome era extrema * em Samaria” (1 Rs 1 8.2). A seca já ■§

s r i t i t ~i~m~irciiwM— iiir iT i • í i i i i i m \ m

L içõ es Bíb l ic as 19

PALAVRA-CHAVE

Seca:Tem po seco ; fa lta

ou ce ssa çã o de chuva .

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havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 1 8.5 revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo abatidos. O desespero era geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18.2 diz que a estiagem foi violenta e severa . A verdade é que o pecado sempre traz conse­quências amargas!

2« Endurecim ento ou a rre ­pendim ento. É interessante obser­varmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes sobre a casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo, durante a estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de Israel (1 RsI 8.1 7). Quem resiste a ação divina acaba por ficar endurecido!

Por outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questiona­do (1 Rs 1 8.21), respondeu favora­velmente ante a ação soberana do Senhor: “O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1 Rs 1 8.39). O Novo Testa­mento alerta: “[...] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7,8).

SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 )

g Numa esfera material a seca |í provocou escassez e fome. Mas, do5 ponto de vista espiritual, arrependi-

mento para o povo e endurecimento para os nobres.

RESPONDA

2. Cite duas consequências imedia­tas advindas com a seca ,

III - A PRO VISÃO D IV IN A NA SECA

1. P r o v is ã o p e s s o a l . Hásempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (1 Rs 17.1 -7). A forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância. Primeiramente, Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: “Vai-te daqui” (1 Rs 17.3). Deus julga e não quer que o seu servo experimente as consequências amargas desse ju í­zo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te junto ao ribeiro de Querite” (1 Rs1 7 .3 ). Deus não estava fazendo es­petáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne” (1 Rs 17.6). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!

2. P ro v isã o co letiva . Fica­mos sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provi­são para um grande número de pes­soas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de Obadias, mordomo do rei Acabe, provendo livramento e suprimento para os seus servos: “Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em dn-

2 0 L ições Bíb l ic as

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quenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água” (1 Rs18.4). Em segundo lugar, o próprio Senhor falou a Elias que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal: “Eu fiz ficar em Israel sete mil” (1 Rs 1 9.1 8). Deus cuida de seus servos e sempre lhes provê o pão diário.

SÍNOPSE D O T Ó P IC O (3 )Deus mandou provisão para

os profetas em duas perspectivas: pessoal, ao profeta Elias e coletiva, aos cem outros profetas.

RESPONDA3. De que form a a provisão divina se m anifestou durante a estiagem ?

IV - AS LIÇÕES D EIXA D A S PELA SECA1. A m a je sta d e d iv in a . Há

alguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de Elias, con­forme registrado nos versículos do capítulo 17 do primeiro livro dos Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra contro­le sobre os fenômenos naturais (1 Rs 17.1). Em segundo lugar, Deus mostra a sua onipresença durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus sempre presente: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer passa­das, quer presentes, ou futuras. O profeta disse que não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (1 Rs 17.1).

2 = O p e c a d o tem o s e u c u s t o . Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe durante

o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados: “Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins” (1 Rs 18.1 8). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resulta­do do pecado. O pecado pode ser atraente e até mesmo desejável, mas tem um custo muito alto. Não vale a pena!

SINOPSE D O T Ó P IC O (4 ) |

A estiagem em Israel deixou % duas grandes lições: a primeira % é que Deus é majestoso e sobe- % rano. A segunda, de igual forma é bem clara: que o pecado cobra ||a sua conta. p

RESPONDA %TÁ

4. O que o pro feta a firm a relativo a ||tudo o que ocorrera em Israel? |i5. Quais lições se podem aprender J| através da seca em Israel?

C O NCLUSÃO

A longa seca sobre o reino do Norte agiu como um instrumento de ju ízo e disciplina. Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor fo­ram alcançados. O povo voltou para Deus e o perigo de uma apostasia total foi afastado.

A fome revelou como é vão adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus revela-se de forma maravilhosa.

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L içõ es Bíb l ic a s 21

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V O CA B U LÁ R IOClimático: Relativo a clima; condi­ções meteorológicas (temperatura, pressão e ventos) característica do estado médio da atmosfera num ponto da superfície terrestre.Topografia : Descrição minucio­sa de uma localidade.T o rre n c ia l: Em grande quanti­dade, abundante.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

AHARONI, Yohanan; AVI-YONAH, Anson F (et al). A t la s Bíblico. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999. MERRIL. Eugene H. H istó r ia de Is ra e l no A ntigo T e stam en to : O re ino de sa ce rd o te s que Deus co locou en tre a s nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 53, p.37

A U X ILIO B IBLIO G RÁ FICO I

as■:-á

Subsíd io Geográfico“ R e g iõ e s g e o g r á f i c a s d a

p a le s t in aO terreno da Terra Santa é bas­

tante variado, principalmente devido aos fortes contrastes climáticos de região para região. A principal carac­terística do relevo da Terra Sanla e da Síria é a grande fenda que se estende desde o norte da Síria, atravessando o vale do Líbano, o vale do Jordão, o Arabá e o golfo de Elate, até a costa sudeste da África. Esta fissura divide a Palestina em ocidental — Cisjordâ- nia — e a oriental — aTransjordânia. Há enormes diferenças de altitude em curtas distâncias. A distância entre o Hebrom e as montanhas de Moabe, em linha reta, não passa de 58 quilômetros, embora ao atraves­sá-la seja necessária uma descida de mais de 91 5 metros. Esses con­trastes formam o árido Arabá, na extremidade do deserto da Judeia, com suas escarpas irregulares, e, do lado oposto, os planaltos férteis e irrigados da Transjordânia. Essas variações de terreno e clima deram lugar a padrões extremamente di­versos de povoados na Palestina, que resultaram em divisões políticas correspondentes na maioria dos períodos.

Em várias ocasiões, as regiões mais distintas da Terra Santa são claramente definidas e listadas na Bíblia segundo a topografia e o clima (Dt 1 .7 ;Js 10.40; 1 l . ! 6 ; J z 1.9 etc.)” (AHARONI, Yohanan; AVI-YONAH, Anson F (et aí). A t la s B íb lico . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 14).

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

Disciplinando a nação e revelando quem era a divindade verdadeira.

2 . Fome e escassez.3. Trazendo provisão pessoal, istoé, ao profeta Elias e também de forma coletiva aos cem profetas escondi­

dos por Obadias.4. Que tudo o que estava acontecendo

em Israel era resultado do pecado.5. Resposta pessoal.

2 2 L ições Bíblicas

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A U X IL IO B IB LIO G R Á FIC O IIS u b síd io H istórico

“A ca b e d e Is ra e lO ímpeto de Josafá de envolver-se em tantas confusões procedia da

influência do reino do Norte, começando com Acabe. Depois de suceder Onri em 874, Acabe governou os próximos vinte anos com prosperidade e influência internacional — graças à severa política de seu pai — mas este período também caracterizou-se pela decadência moral e espiritual, Como não bastasse a apostasia entre o povo para com Yahweh, Acabe casou-se com Jezabel, filha do rei Etbaal, de Sidom, a qual inseriu seu deus Baal e a adoração a Aserá em Samaria. Pela primeira vez o culto a Yahweh foi oficialmente substituído pelo paganismo, não havendo sequer permissão para que ambos coexistissem na mesma região.

O m in is té r io de E l ia sAo invés de riscar seu povo da terra, o Senhor levantou um dos mais

fascinantes e misteriosos personagens bíblicos — Elias, o profeta — para confrontar-se com os habitantes de Israel, pregando contra seus pecados ^ e anunciando o julgamento divino. Um dia Elias apareceu subitamente diante de Acabe, e profetizou que Israel passaria por alguns anos de seca, em consequência do afastamento de Yahweh e da associação com Baal (1 Rs 17.1). Três anos mais tarde (1 Rs 18.1), Elias reapareceu e confrontou-se com os profetas de Baal e Aserá no monte Carmelo, que era o mais famoso centro religioso de adoração a Baal. O resultado do conflito foi um total descrédito dos profetas pagãos e seus deuses, j i Após todos eles serem mortos, Elias anunciou a Acabe o fim próximo da seca. Baal, o suposto deus do trovão, do raio e da fertilidade, teve de retirar-se em total humilhação diante de Yahweh, o único e verdadeiro Deus, que provou ser a única fonte de vida e bênçãos.

A s in v a s õ e s de Ben-H adadeA razão para Ben-Hadade atacar Samaria não está declarada, mas

pode-se deduzir que este rei não se agradava da amizade crescente en­tre Israel e Sidom, cuja evidência achava-se na união matrimonial entre Acabe e Jezabel. Ben-Hadade certamente viu a aliança entre as duas nações como um obstáculo ao seu livre acesso ao mar e às principais rotas comerciais da costa. Além disso, caso a cronologia aqui defendida esteja correta, Salmaneser III da Assíria já estaria, por esse tempo, em seu programa de expansão internacional para o oeste, atingindo a Aram e a Palestina, forçando consequentemente o rei Ben-Hadade a colocar-se em posição defensiva. O historiador bíblico indica que Ben-Hadade estava acompanhado de outros trinta e dois reis, um indício de que ele também havia feito outras alianças para tratar com a futura ameaça da assíria. Pode ser, é claro, que ele tenha pedido ajuda, cujo recuo fez Ben-Hadade tentar a coalização à força” (MERRÍL. Eugene H. H istória de Is rae l no Antigo Testam en to : O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.366-68).

L iç õ e s Bíb l ic a s 2 3

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‘‘Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois

pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não

respondeu nada” O Rs 18.21).

V E R D A D E PRATICA

O confronto entre Elias e os profetasde BaaS marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsaadoração em Israel.

HINO S SUGERIDOS 124, 342, 454

Lição 4

Elias e os Pro fetas de Ba a l

T E X T O A U R EO

27 de Janeiro de 2013

LE IT U R A D iA RIA

Segunda - 2 R s 1 .2 ,3 Rejeitando os falsos deuses

T e rça - 1 R s 18 .19 Rejeitando os falsos profetas

Sexta -1 R s 18.21 Rejeitando a falsa adoração

Sábado -1 R s 18 .24 Promovendo a verdadeira adoração

Q u a rta - 2 R s 10.11 Rejeitando os falsos sacerdotes

Q u in ta - Ex 12 .38Rejeitando o sincretismo religioso

2 4 L ições Bíb lic as

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L E I T U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E1 R e is 18 .36-40

36 - Sucedeu , pois, que, o fe re ­cendo-se a o ferta de m an jares,o p ro fe ta Elias se chegou e d is­se : Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, m an ifes­te-se hoje que tu és D eus em Israe l, e que eu sou teu servo , e que conform e a tua pa lavra fiz todas esta s co isas.

37 - Responde-m e, SENHOR, responde-m e , p a ra que este povo conheça que tu, SENHOR, és D eus e que tu fizeste to rn a ro seu co ração p a ra trá s .

38 - Então, ca iu fogo do SE ­NHOR, e consum iu o ho locaus­to, e a lenha, e a s p ed ra s , e o pó, e ainda lam beu a água que estava no rego .

39 - O que vendo todo o povo , ca iu so b re os seu s ro s to s e d isse : Só o SENHOR é Deus! Sóo SENHOR é Deus!

4 0 - £ E lia s lhes d is se : Lança i mão dos p ro fe ta s de Baal, que nenhum deles escape . E lança­ram m ão d e le s ; e E lia s os fez d e sce r ao r ib e iro de Q uisom e ali o s m atou.

INTERAÇÃONão são poucos os fa lso s p ro fe ta s que tentam a to rm e n ta r a vida daqueles que se rvem a Je su s . O p io r é que este s em g e ra i conhecem os sen tim en tos e a s fra g ilid a d e s e sp ir itu a is dos que os ouvem , e não perdem a oportun idade de lem brá-los de que tem au to ridade p a ra d e te rm in a r - lh e s a “v o n ta d e d iv in a P r e z a d o p ro fe sso r , não são poucos os ca so s com que nos d ep a ­ram os com e sse tipo de p esso a , p o r isso , oriente seu s alunos quanto a esse p erig o . Encora je-os a não tem erem os fa lso s p ro fe ta s . A ordem de Je su s pa ra nós em re lação a este s enganadores é : “Acautela i-vos".

O B JET IV O S

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

D e s ta c a r a importância de se con­frontar os falsos deuses.

E x p lica r quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas.

C o n s c ie n t iz a r - s e da necessidade de confrontar a falsa adoração.

I

f '

O R IEN T A Ç Ã O P ED A G Ó G IC A

Professor, para concluir o terceiro tópico da lição, reproduza o esquema da página seguinte de acordo com as

suas possibilidades. Explique aos alunos que a adoração vai muito além do culto semanal. Ela é um estilo de vida. Não há como enganar a si mesmo vinte e quatro

horas por dia. Adoração verdadeira é fruto da sinceridade do coração. Não há

lugar para dissimulação, perversidade e mentiras. Mas sim para a verdade, o amor e a voluntariedade. É tudo aquilo que revela a essência da vida. Sejamos,

pois, verdadeiros adoradores?

!

L ições Bíb l ic as 2 5

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( T f X ,■te. % M !r~ O JL A

IN TR O D U ÇÃ O0 confronto de Elias com

os profetas de Baal, conforme narrado no décimo oitavo capí­tulo do livro de 1 Reis, foi um dos fatos mais significativos da história bíblica. Mais significativo ainda foi a vitória que o profeta de Tisbe obteve sobre os falsos profetas: sig­nificou a continuidade da existência de Israel co m o povo a quem Deus havia escolhido para cum­prir seu propósito salvífico com a humanidade.

Nesta lição, e stu d arem o s como o profeta Elias foi usado pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo com que o povo de Deus a b an d o n asse a fa lsa adoração.

1 - C O N F R O N T A N D O OS FALSOS DEUSES

1. C o n h e c e n d o o f a l s o d e u s B aal. Baal era uma divin­dade cananeia (1 Rs 16.31). Por diversas vezes fizemos referên­cia a esse fato, mas aqui iremos conhecer mais detalhadamente

L esse falso deus, e assim entender

PALAVRA-CHAVE

F a lso :Contrário a

realidade; fingim ento, dissim ulação, dolo.

porque ele causava tanto fascínio no mundo cananeu e também em Israel. A palavra Baal significa p ro ­p rie tá r io , m arido ou senhor.

Os e s tu d io s o s o b se rv a m que esse nome traz esses signifi­cados para demonstrar que a di­vindade pagã exercia controle e posse não somente sobre o lugar

onde se enco ntrava , mas também sobre as pessoas. Os profetas estavam co n sc ie n te s de que não se podia admitir tal fato entre o povo de Deus, e por

isso levantaram suas vozes em protesto contra a divindade pagã (1 Rs 21.25 ,26).

2 , Id e n t i f ic a n d o a f a l s a d iv in d a d e A s e rá . A crença ca­naneia dizia que El seria o deus principal, isto é, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe.0 texto bíblico de 1 Reis 18.17-1 9, faz referência a essas duas divindades. A palavra poste-ídolo neste texto é a tradução do ter­mo hebraico 'a sh e ra ou A se rá , e mantém o significado de bosque p a ra a d o ra ção de ído los. Aserá, conhecida também como Astarote ou Astarte, era uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e tam­bém da colheita. No texto bíblico observamos que ela exerceu uma influência grandemente negativa

C A R A C T E R ÍS T IC A S D A A D O R A Ç Ã O

VERD AD EIR A

■ Produz verdade;■ Produz sinceridade;■ Produz sentim ento nobre;- Produz arrependim ento;■ Produz bom caráter;« Produz entrega e voluntariedade

FALSA

■ Produz m entira;■ Produz d issim ulação ;■ Produz sentim ento egoísta;■ Produz espetáculo ;■ Produz um mau caráter;■ Produz avareza e ganância.

2 6 L ições Bíb l ic a s

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entre o povo de Deus (Jz 2.1 3, 3.7;1 Rs 1 1.33). Assim entendemos o porquê da resistência profética a esse culto.

SINO PSE D O T Ó P IC O (1 )

A crença popular cananita dizia que El era o deus principal, ou seja, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe.

R E S P O N D A

7. De aco rd o com a tição, qu a is as d u a s d iv in dades p a g ã s p rin c ip a is no re ino do N orte?

II - C O N F R O N T A N D O OS FALSOS PRO FETAS

1. P ro f e t iz a v a m s o b e n ­c o m e n d a . Os fatos ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez confirm ar uma verda­de: nenhum sistem a é proféti­co, nenhum profeta pertence ao sistem a. O texto de 1 Reis 18.19 destaca e ssa verdade. Os profetas de Baal eram, de fato, profetas, mas comiam da mesa de Jezabel. Eram profetas, mas possuíam seus ministérios a lu­gados para Acabe e sua esposa. Eles profetizavam o que o rei queria ouvir, pois faziam parte do sistem a estatal de governo. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a igreja, podem ficar com prom etidos com qualquer esquem a religioso ou político. Se a ss im o f iz e re m , perdem su a s v o z e s p ro fé t ic a s (1 Rs22.1 3,14).

2 . E ra m m a is n u m e r o s o s . Acabe e sua esposa, Jezabel, ha­

viam institucionalizado a idolatria no reino do Norte. Baal e Aserá não eram apenas os deuses prin­cipais, mas também os oficiais. O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real necessitava de um grande número de fa lsos profetas. O texto sagrado por diversas vezes destaca esse fato (1 Rs 1 8.1 9). E Elias pôs isso em evidência na presença do povo (1 Rs 18.22). Não havia verdade, autenticidade e tampouco qualidade no falso culto, mas apenas quantidade.

SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 )

Os falsos profetas de Acabe eram mais numerosos e profetiza­vam por encomenda.

R E S P O N D A

2. Explique com o alguém pode de i­x a r de s e r um a voz p ro fé tica .

I I I - C O N F R O N T A N D O A FALSA A D O R A Ç Ã O

1. Em que e la im ita a v e r­d a d e ira . O relato do capítulo1 8 de 1 Reis revela que a ado­ração a Baal possuía rituais que tinham certa semelhança com o ritual hebreu. Usavam altar, havia música, danças e também havia sacrifíc ios. Elias, porém, sabia que aquela religião falsa, apesar de suas crenças e rituais, jam ais conseguiria produzir fogo (1 Rs 18.24). O teste seria, portanto, a produção de fogo!

L ições Bíb l ic a s 2 7

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Observamos que os profetas de Baal ficaram grande parte do dia tentando produzir fogo e não conseguiram (1 Rs 1 8.26-29). Uma das marcas do culto faiso é exa­tamente a tentativa de copiar, ou reproduzir, o verdadeiro. Encon­tramos ainda hoje dezenas de re­ligiões e seitas tentando produzir fogo santo e não logram qualquer êxito. Somente o verdadeiro culto a Deus faz descer fogo do céu (1 Rs 1 8.38)!

2 . No q u e e la s e d i f e r e n ­c ia d a v e r d a d e ir a . A adoração verdadeira se diferencia da falsa em vários aspectos. O relato do capítulo 18 de 1 Reis destaca alguns que co n sid eram o s e s ­sencia is . Em primeiro lugar, a adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história (1 Rs 1 8.36). Abraão, [saque e jacó, foram pessoas reais assim como foram reais as ações de Deus em suas vidas. Em segundo lugar, verdadeira adoração distingue- se também pela participação do adorador no culto. Elias disse: “E que eu sou teu servo” (1 Rs1 8.36). A Bíblia diz que Deus pro­cura adoradores Qo 4.24). Israel havia sido uma nação escolhida

$ pelo Senhor (Êx 1 9.5). Elias invo- | cou, como servo pertencente a

esse povo, os direitos da aliança. | Em terceiro lugar, ela diferencia-

se pela Palavra de Deus, que é o instrumento usado para concre­tizar os planos e propósitos de Deus (1 Rs 1 8.36).

S IN O P S E D O T Ó P I C O (3 )

A verdadeira adoração fir­ma-se na revelação de Deus na história.

R E S P O N D A

3. Como a verdadeira adoração se d ife ren c ia da fa lsa ?

IV - C O N F R O N T A N D OO S IN C R E T IS M O

R E LIG IO S O ESTATAL

1. O perigo do s in cretism o re lig ioso . O dicionário da língua portuguesa de Aurélio define o vo­cábulo sincretism o como “a fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só ele­mento, continuando perceptíveis alguns sinais originais”. Essa defi­nição ajusta-se bem ao culto judeu no reino do Norte durante o governo de Acabe. A adoração verdadeira havia se misturado com a falsa e o resultado não podia ser mais desas­troso. Esse problema da “mistura” do culto hebreu com outras crenças foi uma ameaça bem presente ao longo da história de Israel (Êx 12.38; Ne1 3.3). O sincretismo religioso foi uma ameaça, ainda o é e sempre o será. A fé bíblica não pode se mis­turar com outras crenças!

2 . A r e s p o s t a d iv in a ao s in cret ism o . O texto sagrado diz que logo após o Senhor ter respon­dido com fogo a oração de Elias (1 Rs 1 8.38), o profeta de Tisbe deu instrução ao povo: “Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Qui- som e ali os matou” (1 Rs 18.40). Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio para extir­par o mal precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por sua própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A lei deuteronôm ica dizia que era necessário destruir

2 8 L ições Bíblicas

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todos aqueles que arrastassem o povo de Deus para a idolatria (Dt 1 3.12-1 8; 20.1 2-1 3).

S INO PSE D O T Ó P IC O (4 )

O Deus de Israel é rigorosa­mente contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso.

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R E S P O N D A

4. D efina “s in c re tism o ”.5. P o r que o desa fio en tre E lia s e os p ro fe ta s de Baa l fo i m uito além de um a g u e rra en tre o bem e o m a l?

C O N C L U S Ã O IO desafio do profeta Elias

contra os profetas de Baal foi muito além de uma simples luta

do bem contra o mal. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e, portanto, merecedor de toda adoração. Foi S decisivo para fazer retroceder o coração do povo até então divi- f. dido. Mostrou que o pecado deve ser tratado como pecado e que % a decisão de extirpá-lo deve ser I tomada com firmeza.

A luta contra a faísa ad o ­ração continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como negar que ao nosso redor ecoam ainda os dons advindos de vários cultos falsos, alguns deles travestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma igreja triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça

“O que vendo todo o povo , caiu sobre os seu s ro sto s e d is se : Só o SENHOR é D eusI

Só o SENHOR é Deus!"1 Reis 18.39

L ições Bíb l ic as 2 9

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A U X ÍLIO B IBLIO G RÁ FICOSubsid io Teo lóg ico

“O fru to é d is c e rn id o e s p i ­r itu a lm e n te

Jesus deixa claro que devemos julgar os profetas pelos seus frutos. Paulo e João também nos Instruíram a ‘provar5 ou ‘julgar’ os profetas (1 Ts 5.21; 1 Jo 4.1; 1 Co 14.29). Este fruto não é distinguido pelos nossos cinco sentidos naturais, nem é iden­tificado de modo intelectual - deve ser discernido espiritualmente. Pau­lo escreveu: ‘Mas o que é espiritual discerne bem tudo... comparando as coisas espirituais com as espiri­tuais’ (1 Co 2.15,13). Quando nos arrependemos e limpamos os nos­sos corações de quaisquer motivos ímpios e aceitamos a verdade de Deus, ficamos então em condição de sermos suscetíveis ao direciona­mento do Espírito Santo [...}

Nos d ias de Jesus ex istiam ministros que 'exteriormente pare­ciam justos aos homens’ (Mt 23.28). Mas interiorm ente eles estavam cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os verdadeiros motivos fos­sem expostos pela luz da Palavra viva de Deus. Jesus comparou seus corações ao solo ruim que produzia frutos pecam inosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)” (BEVERE, John. A s s im D iz o S e n h o r? Com o sa b e r quando D eus está fa lando a tra vé s de o u tra pesso a . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p .166).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDALAHAYE, Tim; H1NDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Pro­fe c ia B íb lica . Rio de Janeiro: CPAD, 2008.ZUCK, Roy B. T e o lo g ia do A n ­tigo T estam en to . 1. ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2009.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 53, p .38.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. El e Aserá.2 . Quando por conveniência adota as mesmas práticas e atitudes do

sistema vigente.3 . A adoração verdadeira se firm a na revelação de Deus na história; na participação do adorador no culto;

pela Palavra de Deus.4 . Fusão de elementos culturais dife­rentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis

alguns sinais originais.5. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e me­

recedor de toda adoração.

3 0 L içõ es Bíb l ic a s

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^ .... Lição 5 VrÍ|W"-:

3 de Fevereiro de 2013

Um Homem de Deus em Depressão

M—

T E X T O Á U R EO

“Em tudo som os atribu lados, m as não angustiados; perp lexos, m as não

desanim ados; perseguidos, m as não desam parados ; abatidos, m as não destru ídos” (2 Co 4.8,9)-

V ER D A D E PRATICA

Os conflitos de Elias o levaram a en-.ir -

frentar períodos de depressão e triste­za. Mas o Senhor ajudou-o superar.

H IN O S SUGERIDOS 140, 193, 383

LE IT U R A D IARIA

Segunda - T g 5 .18 Elias, um homem espiritual

Terça - Tg 5.1 7Elias, um homem sentimental

Q uarta - 1 Rs 19.3 Elias, um homem em fuga

Q uinta - 1 Rs 19.4Elias, um homem em isolamento

Sexta - 1 Rs 1 9 .4 ,5 ,6Elias, um homem em autocomiseração

Sábado - 1 Rs 19 .7Elias, um homem sob os cuidadosdivinos

L ições Bíb lic as 31

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L E IT U R A B ÍB LIC A EM CLASSE1 R e is 19.2-8

2 - Então, Je za b e l m andou um m ensageiro a E lias, a d izer-lhe: A ssim me façam os d eu ses e outro tanto, se decerto am anhã a e sta s ho ra s não p u se r a tua vida com o a de um deles.

3 • O que vendo ele, se levantou , e, pa ra escapar com vida, se fo i, e veio a Berseba , que é de Ju d á , e deixou a li o seu moço.

4 - E e le se fo i ao d e se r to , cam inho de um dia , e veio , e se a s se n to u d e b a ix o de um z im b ro ; e ped iu em seu ânim o a m orte e d is s e : Já b a sta , ó SENHOR; tom a agora a m inha vida , po is não sou m e lh o r do que m eus p a is .

5 - £ deitou-se e do rm iu deba i­xo de um z im b ro ; e e is que, então, um anjo o tocou e lhe d is se : Levanta-te e com e.

6 - E olhou, e e is que á su a ca­bece ira estava um pão cozido so b re as b ra sa s e um a botija de água ; e com eu , e bebeu , e tornou a deitar-se.

7 - E o an jo do Sen h o r tornou segunda vez, e o tocou, e d isse : Levanta-te e com e, po rq u e m ui com prido te se rá o cam inho.

8 - Levantou-se , p o is , e com eu, e bebeu, e, com a fo rça daquela co m id a , ca m in h o u q u a re n ta d ia s e q u a ren ta no ites a té Ho- rebe , o m onte de Deus.

IN TER A Ç Ã O

No ambiente eclesiástico é comum pensar que o crente é imune às doenças da alma. È como se o seguidor de Jesu s vivesse dentro de uma redoma de vidro isolado e “proteg ido” de qualquer desconforto psicossocial. Ledo engano! As Escrituras falam claramente das fragilidades hu­manas e descreve-as na vida dos maiores “gigantes espirituais”. A história da Igreja mostra-nos baluartes dos movimentos de despertamentos e aviva mentos espirituais— nos séculos XVIII e XIX — que sofriam profundas crises na alma. Mas o Senhor não deixou de usá-los por isso. Era o caso de David Brainerd, m issionário norte- americano; John Bunyan, profícuo escri­tor cristão e pregador britânico; William

l Cowper, poeta e com positor britânico.

O B JET IV O S _______________

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

C o m p r e e n d e rprofeta Elias.

a humanidade do

Id entif icar as causas e sintomas da depressão de Elias.

D e ta lh a r o tratamento de Deus à depressão de Elias.

O R IEN T A Ç Ã O P ED A G Ó G ICA

Professor, para introduzir a lição dessa semana conceitue a depressão, suas causas e sintomas. (1) Depressão— é um transtor­

no psiquiátrico ligado a um desequilíbrio das substâncias químicas no cérebro.

Portanto, depressão não é tristeza, é uma doença que precisa ser tratada. (2) Causas

e S intom as— genético, tipo de estilo de vida, alimentação, estresse e problemas

de ordem pessoal. Os sintomas gerais são: humor deprimido, isofamento social, comportamento autodestrutivo, tentativa

de suicídio, delírios, etc. Essa é apenas uma sugestão para auxiliar na preparação de sua aula. Não deixe, pois, de fazer a sua

pesquisa. Use livros, revistas, internet, etc.As possibilidades são muitas.

3 2 L ições Bíb lic as

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^fÜlFiUTPÃ P I O■ y j T- 3 g* Í i >-**■ '■: -é. .o

IN TR O D U ÇÃ OMuitas v e ze s ficam os tão

fascinados com o registro bíblico sobre homens e mulheres de Deus que acabamos esquecendo que todos eram humanos' Passamos a enxergá-los como heróis e como tal acreditamos que eles não tinham falhas. To­davia, a Escritura mos­tra os homens de Deus como de fato são — ho­mens fiéis, vigorosos, destemidos, corajosos e ousados — mas ainda assim humanos.

Com Elias também foi assim. Ele foi um pro­feta que deixou seu le­gado na história bíblica como um gigante espiritual. Um servo de Deus de profunda convicção espiritual e consciente de sua missão profética. Por causa disso enfrentou sobera­nos, falsos profetas e o coração de um povo dividido. Isso deixou uma sobrecarga sobre ele, e foi isso que fez aflorar na vida do profeta de Tisbe todo o seu lado humano, frágil e carente da ajuda divina.

i - ELIAS - U M H O M E M C O M O OS O U T R O S

1. Um hom em e sp ir itu a l .Elias era um homem espiritual e vários fatos narrados nas Escrituras atestam essa verdade. Primeiramen­te, vemos Elias como um profeta profundamente envolvido com a Palavra de Deus: “E que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas” (1 Rs 1 8.36). Em segundo lugar, o pro­feta de Tisbe possuía uma profunda vida devocional. Ele era um homem

r PALAVR>\-CH AVE ^

DeprcD istúrbi

carach p o r det

sensa> cansaço , . em grau

me

i s s ã o :o m ental zrizado iânim o , ção de ansiedade m aior ou nor.

de oração: “E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes” (1 Rs 18.42,43). Elias conhecia os infinitos recursos da oração!

2. Um homem sen­tim ental. Mas Elias não era apenas um homem espiritual, ele também era sentimental. O após­tolo Tiago afirma que: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra”

(Tg 5.1 7). Tiago diz duas coisas im­portantíssimas sobre Elias que nós parecemos esquecer: primeiramen­te “Elias era homem”. Elias foi um gigante espiritual, mas era homem! Não era um anjo! Em segundo lugar, Elias possuía “as mesmas paixões”. Elias não era apenas espiritual, era também sentimental! Alegrava-se, mas também entristecia-se! Talvez o que distingue Elias dos demais mortais é que ele não maquiava seus sentimentos. Ele os punha para fora.

SINO PSE D O T Ó P IC O (1 >

Elias era um homem como outro qualquer. Sujeito às intem­péries da vida.

R E S P O N D A

J . Segundo a lição, o que deve s e r . d esta ca d o so b re o lado hum ano de E lia s? J

L içõ es Bíb l ic a s 3 3

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WII - AS C A U SA S D O S

C O N F L IT O S DE ELIAS

1. D ecep ção . O capítulo 18 do Primeiro Livro de Reis narra a fantástica vitória que o profeta Elias obtivera sobre os profetas de Baal. O Senhor havia respondido a oração do seu servo, enviando fogo do céu em resposta à sua oração (1 Rs 18.38). O que Elias e sp e ra v a em resp o sta a e sse avivam ento era um total que­brantamento do povo, incluindo a casa real. Todavia, o avivamen­to não alcançou as proporções desejadas. A casa de Acabe ficou insensível. Jezabel mandou dizer a Elias, em tom de ameaça: “Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles” (1 Rs 1 9.2). Parece que a vitória havia se convertido em derrota! Sem dúvida, Elias havia ficado decepcionado, não com o seu Deus, mas com o príncipe de seu povo!

2. M edo. Diante da ameaça de morte sentenciada pela rai­nha Jezabel, a reação de Elias foi imediata: “O que vendo ele, se le­vantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço” (1 Rs 1 9.3). Elias teve medo e fugiu! O homem que havia confrontado Acabe e os falsos profetas de Baal e A será , agora fugia temendo morrer peta mão de uma mulher! Não devemos esquecer que Elias

à era um homem semelhante a nós e sujeito aos mesmos sentimentos (Tg 5.17). Os gigantes também

; possuem seus momentos de fra­

queza! Não há dúvidas que aqui os sentimentos falaram mais alto do que a fé!

SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )

Os conflitos de Elias estavam associados à decepção e o medo.

R E S P O N D A

2. Cite pelo m enos du a s ca u sa s da d ep re ssã o de E lias.

NI - AS C O N S E Q U Ê N C IA S DO S C O N F L IT O S

1. F u g a e is o la m e n to . Otexto sagrado d estaca a fuga do profeta Elias (1 Rs 19.3). O homem de Deus que havia en­frentado situações tão adversas, agora se vê Impotente diante das ameaças de uma rainha pagã. Ele se viu sem escapatória diante des­sa nova situação e temeu por sua vida. Humanamente falando era ficar e morrer. Devemos observar que o Senhor não recriminou Elias por isso; nós também não deve­mos fazê-lo. Por outro lado, Elias não apenas fugiu; ele também se isolou. “E ele se foi ao deserto” (1 Rs 19.4). Essa é a marca de uma pessoa deprimida — ela busca o isolamento. Somos seres sociais e como tais, não podemos viver no isolamento.

2. A u to p ie d a d e e d e s e jo d e m o rrer. Vemos ainda as mar­cas do comportamento depressivo do profeta na sua atitude de au­topiedade — um termo sinônimo para autocomiseração, cunhado pelos psicólogos. Elias achava que somente ele ficara como um servo fiel do Senhor: “Eu fiquei só”

3 4 L ições Bíb l ic a s

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(1 Rs 1 9.1 0). Ele achava ainda que todos haviam apostatado ou aban­donado a fé. Não havia mais fiéis, somente ele. Como o texto deixa claro, isso era ver a realidade de forma distorcida. Deus possuía ainda seus sete mil (1 Rs 19.18). Mas Elias foi mais além — ele agora queria morrer: “e pediu em seu ânimo a morte” (1 Rs 1 9.4). Os psicólogos observam que este é o sintoma de uma pessoa com depressão profunda. Ela perde o encanto pela vida. Elias, portanto, precisava urgentemente da ajuda do Senhor.

SINO PSE D O T Ó P IC O (3 )

Algumas características que podem d escrever a depressão de Elias são: desejo de fuga, iso­lamento, autopiedade e desejo de morrer.

R E S P O N D A

3. A lém de “fuga" e “iso lam ento”, qua is fo ram as o u tra s consequên­cia s da d ep ressã o de E lia s?

IV - O SO C O R R O D IV IN O

1. P ro v isã o f ís ic a . O socor­ro do Senhor chegou até o profeta na forma de provisão física e material: “E deitou-se e dormiu debaixo de um zim bro ; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come” (1 Rs19.5). Os psicólogos veem aqui um dos sintomas da depressão de Elias — a inapetência ou al­teração dos hábitos alimentares. Nesse estado, a pessoa pode não querer comer como também pode

R EFLE X Ã O

“Os g igan tes tam bém possu em seu s m om entos

de fra q u e za !”

possuir um apetite exagerado. Em ambos os casos é necessário o auxilio de terceiros. No caso do profeta, o anjo do Senhor é quem o auxilia providenciando-lhe ali­mento. Ele precisava alimentar-se e Deus fez com que isso fosse providenciado: “E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se” (1 Rs 1 9.6).

2 . P r o v i s ã o e s p i r i t u a l . E lias a l im e n to u -se de pão e água — elementos de natureza material. Todavia, a forma e o in stru m en to usado por Deus para fazê-los chegar até ao pro­feta eram de natureza espiritual. Como já vimos, o texto sagrado diz que um anjo do Senhor foi quem providenciou aqueles víve­res para o profeta (1 Rs 19.5,6). Mas não for apenas um anjo que prestou auxilio ao profeta; o pró­prio Deus a quem Elias servia o conduziu durante todo o tempo. A própria ida de Elias ao monte Horebe fez parte dessa terapia. Ali, Elias seria revitalizado não apenas na sua vida espiritual, mas também na sua vida emo­cional (1 Rs 1 9.8-1 5).

SINO PSE D O T Ó P IC O (4 )

O so co rre d iv in o tro u xe provisão fís ica e espiritual ao profeta Elias.

Èà

a ç õ e s B íb licas 3 5

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Todavia, é perceptível que o servo de Deus conta com uma forma de auxílio diferenciado — ele não está sozinho neste mundo. Por isso, não depende apenas dos recursos humanos que são tão li­mitados. O Senhor faz-se presente nas horas conflituosas da vida e presta-nos o seu auxílio. Lemos nos Salm os: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (SI 46.1).

R E SPO N D A4. De que form a o Senhor m ostrou o seu cu idado pa ra com o p ro fe ta E lia s?5. Que fo rm a de auxílio d iferencia ­do o se rvo de Deus co n ta ?

C O N C LU S Ã OAcabamos de observar que

os homens de Deus também têm conflitos. Padecem também dos males comuns a todos os mortais.

R EFLEX Ã O

“Quando nos sentim os fatigados após uma grande experiência

espiritual, lem brem o-nos de que o propósito de Deus para a nossa

vida não está term inado/’ Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

3 6 L ições Bíb l ic as

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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

DEVER, Mark. A M e n sa g e m d o A ntig o T e sta m e n to : UmaE xp o s içã o Teo lóg ica e Homi- lé t ic a . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.SEAMANDS, Stephen. F e r id a s q ue C u ra m : Levando N ossos So frim en to s à C ruz. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 53, p.38.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Como homem, Elias possuía sen­timentos, não somente se alegrava,

mas também se entristecia.2 . Decepção e medo.

3 . Autopiedade e desejo de morrer.4 . Provendo recursos m ateriais

e espirituais.5. Ele não está sozinho neste mundo.

AUXILIO BIBLIOGRÁFICO ISubsídio Teológico

“[Uma Resposta de Deus a Elias]

Em um determinado ponto da história, Elias, totalmente triste, dis­se: ‘E eu fiquei só’, achando que era o único israelita que se arrependeu, que creu e que conheceu o perdão de Deus (1 R s l9 . I 4 ) . O Senhor repreende-o e afirma: Também eu fiz ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que se não dobraram a Baal’ (1 Rs 19.18). Em sua Epístola aos Romanos, Paulo cita essa história, com queixa de Elias e a repreensão do Senhor, e acrescenta logo depois: ‘Assim, pois, também agora neste tempo ficou em resto, segundo a eleição da graça’ (Rm 1 1.5).

Por que Deus é tão gracioso que nos escolhe? Porque Ele quer um nome para si mesmo. Na con­sagração do Templo, Salomão ora para que Deus abençoe seu povo: ‘Para que todos os povos da terra saibam que o Senhor é Deus e que não há outro’ (1 Rs 8.60).

[...] Deus chama um povo para ser seu para a sua glória. Ouvir a esse chamado e aceitá-lo é a estra­da para frente e para cima. Recusar esse chamado, por menor que se inicie a recusa, leva apenas ao de­clínio. E o fim não é bom. Oro para que seu fim seja bom e para que suas escolhas, mesmo hoje, cami­nhem nessa direção” (DEVER, Mark. A M ensagem do A n tig o Testa ­m ento: Uma Exp osiçã o Teológica e Hom ilética . l.ed . Rio de Janeiro:2008, p.322).

L ições Bíb l ic as 3 7

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AUXÍLIO B IB LIO G R A FIC C H I______________Subsíd io Devocional

“D istúrbios psicossomáticosA revista Isto É, em sua edição número 2004 [...] faz uma análise

do poder das emoções e os males que as emoções negativas causam ao coração. Esta reportagem científica da Isto É, trata especialmente dos prejuízos do coração. Fala que o primeiro caminho a ser seguido para atingir o coração é através do sistema nervoso autônomo (SNA). Ele envia sinais elétricos, recebidos por fibras nervosas presentes no tecido cardíaco. Seu papel é acelerar ou diminuir o ritmo cardíaco. A outra via é química. Seu principal agente são os hormônios, como a adrenalina, por exemplo, secretados por algumas glândulas. Eles entram em ação após receber as ordens do hipotálamo, parte do sistema límbico, gerando sérios problemas ao coração.

Quando as pessoas têm raiva, irritação, ansiedade, tristeza e depressão acontece o seguinte: as glândulas adrenais, situadas acima dos rins, aumentam a produção de adrenalina e provoca:

- Diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial.

- Maior produção de fatores pró-coagulante, deixando o cor­po mais vunerável à formação de coágulos que podem entupir as artérias.

- Desequilíbrio na atividade do endotélio, tecido que reveste as paredes dos vasos. Ele produz substâncias que ajudam na dila­tação das artérias e outras envolvidas em processos inflamatórios. Como resultado, há maior estreitamento dos vasos e produção de compostos inflamatórios.

- Pelo sistema nervoso, são emitidos sinais que elevam a fre­quência cardíaca.

- Há prejuízo no sistema de defesa do corpo, ficando nosso corpo sujeito às várias doenças.

- A depressão, por exemplo, aumenta o batimento cardíaco e prejudica sua vulnerabilidade. Se não há variação, há sobrecarga do músculo cardíaco.

Tudo isso aumenta as chances de infarto em portadores de fatores de risco, como alto colesterol e hipertensão.

Enfim, as emoções prejudicam terrivelmente o coração, mas também prejudica o estômago, a pele, as vias respiratórias e todos os demais órgãos do corpo.

[...] A melhor prevenção de doenças é ter equilíbrio espiritual e emocional. É trabalhar com tranquilidade e paz. É vencer o ódio, o ressentimento, a preocupação e a ansiedade” (FERREIRA, Israel Alves.1. ed. As em oções de um líder: Com o a d m in is tra r co rre ta m en te a s su a s em oções. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 1 1 7-1 8).

3 8 L içõ es Bíb l ic a s

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Lição 6/ 0 de Fevereiro de 2013

A V iú v a de Sa r e p t a

T E X T O Á U R EO

“Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias,

quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Si-

dom, a uma m ulher viúva” (Lc 4.25,26).

V E R D A D E PRÁ TICA

Para socorrer e sustentar os seus filhos, Deus usa os meios mais inesperados.

H IN O S S U G E R ID O S 28, 126, 24 5

LE IT U R A D IÁ RIA

S eg u n d a -1 R s 1 7 .4 Provisão em Querite

T e rça - 1 R s 17 .12 Escassez em Sarepta

Q u a rta - 1 R s 1 7 .13 Deus em primeiro lugar

Q u in t a - 1 R s 17 .14 A suficiência divina

Sexta -1 R s 1 7 .1 9O poder da oração intercessória de Elias

Sábad o -1 R s 17.21O poder da oração perseverante

L ições Bíb lic as 3 9

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T L E IT U R A B ÍB LIC A8 EM CLASSE

1 Reis 1 7.8-16

IN TER A Ç Ã O

8 - Então, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:9 - Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma m ulher viúva que te sustente.1 0 - Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à por­ta da cidade, eis que estava ali uma m ulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe d isse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba.11 - E, indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe d isse : Traze-me, agora, também um bocado de pão na tua mão.12 - Porém ela d isse : Vive o SENHOR, teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa pa­nela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, paraque o comamos e m orram os.13 - E Elias lhe d isse : Não temas; vai e faze conforme a tua pala­vra ; porém faze disso prim eiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fo ra ; depois, fa ­rás para ti e para teu filho.14 - Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da pa­nela não se acabará, e o azeite da botija não fa lta rá , até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra.15 -E foi ela e fez conforme a pa­lavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.16 - Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conform e a palavra do SENHOR, que fa lara pelo m inis­tério de Elias.

Professor, hoje estudaremos a respeito do cuidado e da provisão divina para com o profeta Elias. No decorrer da lição, procu­re enfatizar o cuidado de Deus para com aqueles que se dispõe a fazer sua vontade.O Senhor não mudou, como um pai amo­roso Ele continua a cuidar de seus filhos. Elias foi fiel ao Todo-Poderoso ao cum prir sua missão — confrontar a apostasia no reino do Norte. A sua devoção e zelo pela Palavra do Senhor, fez com que ele preci­sasse de um lugar seguro para refugiar- se. O próprio Deus escolheu e preparou este lugar, em Sarepta. Ali, uma pobre viúva seria usada como parte do plano de provisão do Senhor. Aprendemos com este episódio que o Pai Celeste é o nosso Provedor. Ele, como o Bom Pastor, supre as nossas necessidades. Confie!

_____O B JET IV O S ______

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

C o m p re e n d e r que Deus é o nosso provedor.

Ex p lic ita r o poder da graça de Deus para com os povos gentílicos.

Conscientizar-se do poder da Pala­vra de Deus e da oração.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, para introduzir o

tópico II da lição utilize o esquema da página seguinte. Reproduza-o confor­

me as suas possibilidades. Fale que além da viúva de Sarepta, as Sagradas Escrituras falam sobre outras m ulhe­

res estrangeiras que o Senhor acolheu através do seu povo. Raabe, Rute e a m ulher siro-fenícia comprovam que Deus não pertence a nenhum grupo específico. Ele é infinito e seu Santo

Espírito sopra onde quer.

4 0 L içõ es Bíb lic as

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M T A P I O.... .......

INTRODUÇÃOA visitado profeta Elias aterra

de Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva pobre, é emblemática por algumas razões. Primeiramen­te, a história revela o cuidado de Deus para com os que se dispõem a fazer sua vontade. Não importa onde estejam,Deus cuida de cada um de seus filhos. Elias foio agente de Deus para confrontar a apostasia no reino do Norte. Necessitava, pois, de um lugar seguro para refugiar-se. Em segundo lugar, o episódio revela a soberania de Deus sobre as na­ções. Mesmo tratando-se de uma terra pagã, Deus escolhe dentre os moradores de Sarepta, uma mulher que servirá como instrumento na construção de seu propósito.

I - UM PROFETA EM TER R A ESTRANGEIRA

1 = A fo n te de Q uerite . Logo após profetizar uma grande seca sobre o reinado de Acabe, Elias recebeu a orientação divina: “Vai- te daqui, e vira-te para o oriente,

PALAVRA-CHAVE

P ro v isã o :A bastec im en to ,fo rnecim en to ,m antim entos.

e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão” (1 Rs 1 7.3). Elias havia se tornado uma p e rso n a non g ra ta no rei­nado de Acabe. E, devido a esse fato, precisava sair de cena por um tempo. Seguindo a orientação

divina, ele refugia-se primeiramente próximo à fonte de Querite. Era um lugar de sombra e água fresca, mas não representava o ponto final de sua jornada. Ele não poderia fixar-se

naquele local porque ali não havia uma fonte permanente, mas uma provisão em tempos de crise (1 Rs1 7.7). Quem faz de “Querite” seu ponto final terá problemas porque certamente secará!

2. Elias em Sarepta. Elias afasta-se de seu povo e de sua terra, indo refugiar-se em território fení­cio (1 Rs 1 7.9). A geografia bíblica informa-nos que Sarepta era uma pequena localidade situada a cerca de quinze quilômetros de Sidom, terra da temidajezabel (1 Rs 16.31). Às vezes o Senhor faz coisas que parece não ter lógica alguma! No entanto, esse foi o único lugar no qual o rei Acabe jamais pensaria

A P A R T IC IP A Ç Ã O DAS M U LH R E S E N T R A N G E IR A S NAS ES C R ITU R A S

R aabeHabitante de Jericó na época da invasão de Israel à Canaã. Sua história é narrada em Josué 2 .1-22; 6.1 7-25. Há, sobre eia, referências claras em o Novo Testam ento. Aqui, o autor sagrado atribui a salvação de Raabe à sua fé (Tg 2 .2 5 ; Hb 1 1 .31).

RuteUma moabita que casou com dois fazendeiros judeus: Malom (Rt 4 .10 ), um dos filhos de Elimeleque e Noemi (4 .3 ; 1.2), e Boaz, um parente de Elimeleque (4 .3).

A m u lh e r S íro -Fen íc iaMulher gentílica, da região de Tiro e Sidom, que pediu a Jesus para curar a sua filha (Mc

\ 7 .26; cf. Mt 1 5 .21 ,2 2 ).Texto adaptado do “ D icionário Bíblico W ycïiffe” , editado pela CPAD.

L ições Bíb l ic a s 41

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em procurar o profeta (1 Rs 18.10). São nas coisas menos prováveis que Deus realiza seus desígnios! Sarepta parecia ser uma terra de ninguém, mas estava no roteiro de Deus para a efetivação do seu propósito.

SINO PSE D O T Ó P IC O (1 )

Num momento de crise Eiras se afastou do seu povo e de sua terra e refugiou-se em território fenício.

R E S P O N D A

J . G eogra ficam ente fa lando , onde f ica va Q uen te e Sa rep ta ?

II - U M A ESTRANGEIRA N O PLANO DE DEUS

1. A s o b e ra n ia e g ra ç a de D e u s . Quando o Senhor ordenou ao profeta que se deslocasse até Sarepta, revelou-lhe também qual era o seu propósito: “Ordenei ali a uma mulher viúva que te susten­te” (1 Rs 1 7.9). Elias precisava sair da região controlada por Acabe e isso, como vimos, aconteceu quando ele se dirigiu a Sidom, na Fenícia.

O tex to é bem c laro em referir-se à viúva como sendo um instrumento que o Senhor usaria para auxiliar a Elias: “Ordenei ali a uma mulher viúva”. Quem era essa viúva ninguém sabe. Toda­via, foi a ú n ic a e s c o lh id a p e lo Senhor, dentre milhares de outras viúvas, para fazer cumprir seu projeto soberano (Lc 4 .25 ,26 ). Era uma gentia que, graças ao desígnio divino, contribuiu para a construção e desenvolvimento do plano divino.

2. A providência de D eus.A providência divina para com Elias revelou-se naquilo que Paulo, muito tempo depois, lembrou (1 Co 1.27). Um gigante espiritual ajudado por uma frágil mulher! Sim, uma mulher viúva e pobre. Muito pobre! Ficamos a pensar o que teria passado pela cabeça do profeta quando o Senhor lhe disse que havia ordenado a uma viúva que o sustentasse. Era de se imaginar que a mulher possuísse algum recurso. Como em toda a história de Elias, a provisão de Deus logo fica em evidência. A providên­cia divina já havia se manifestado nos alimentos trazidos pelos corvos (1 Rs 17.4-6). Agora revelar-se-ia através de uma viúva pobre.

SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )

Pela sua soberania e graça, Deus incluiu uma estrangeira em seu plano.

R E S P O N D A

2. De que fo rm a vem os a ação de D eus se m a n ife s ta r em S a rep ta ?

III - O PODER D A PALAVRA DE DEUS

1. A e sc a s s e z hum ana e a suficiência divina. A mulher que Deus havia levantado para alimentar Elias durante o período da seca disse não possuir nada ou quase nada: “nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.” (1 Rs 17.12). De fato

4 2 L içõ es Bíb l ic as

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o que essa mulher possuía como provisão era algo humanamente insignificante! A propósito, o termo hebraico usado para punhado, dá a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela possuía! Deus queria operaro milagre a partir do que a viúva tinha. A suficiência divina se revela na escassez humana. O pouco com Deus torna-se muito!

2. D eus, a prioridade maior.O profeta entrega à viúva de Sarep- ta a chave do milagre quando lhe diz: “porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze- mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho” (1 Rs 17.13). O profeta era um agente de Deus, e atendê-lo primeiro significava colocar a Deus em primeiro lugar.O texto sagrado afirma que “foi ela e fez segundo a palavra de Elias” (1 Rs 1 7.1 5). Tivesse ela dado ouvidos à sua razão, e não obedecido as diretrizes do profeta, certamente teria perdido a bênção. O segredo, pois, é colocar a Deus sempre em primeiro lugar (Mt 6.33).

SINO PSE D O T Ó P IC O (3 )

Na escassez humana vemos a suficiência divina através do poder da Palavra de Deus.

R E S P O N D A

3. Que lições podem os a p re n d e r do m ifagre na ca sa da v iúva?

IV - O PO DER D A O R A Ç Ã O

1. A oração intercessória. Otexto de 1 Reis 1 7.1 traz a profecia de Elias sobre a seca em Israel. E, de fato, a seca aconteceu. Tiago,

porém , destaca que a predição d e i Elias foi acompanhada de oração: I “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu | que não chovesse, e, por três anos r e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17). Novamente o profeta encontra-se diante de um * novo desafio e somente a oração | provará a sua eficácia. O filho da • viúva morreu e Elias toma as dores da pobre mulher, pondo-se em fe seu lugar e clama ao Senhor (1 Rs r1 7.1 9,20). Deus ouviu e respondeu * ao seu servo.

2. A o ra çã o p e rs e v e ra n te . | Elias orou com insistência (1 Rs k 17.21). Ele estendeu-se sobre o menino três vezes! Isso demonstra a natureza perseverante de sua oração. Muitos projetos não se concretizam, ficam pelo caminho porque não são acompanhados de oração perseverante. O Senhor Jesus destacou a necessidade de sermos perseverantes na oração ao narrar a parábola do juiz iníquo (Lc 18.1). É com tal perseverança que conseguiremos alcançar nos­sos objetivos.

SINO PSE D O T Ó P IC O (4 )

O c la m o r in te rc e ssó r io e perseverante confirmam o poder | da oração.

R E S P O N D A

4. No ep isód io da re ssu rre içã o do filho da v iúva , q u a is a sp ecto s da o ra çã o podem s e r d esta ca d o s?5. Segundo a lição, com o devem os

I a lca n ça r o s n o sso s o b je tivo s?

L ições Bíb l ic a s 4 3

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C O N C LU SÃ O

A soberania de Deus sobre a história e sobre os povos e o seu cuidado para com aquele que o teme se revelam de forma mara­vilhosa no episódio envolvendo o

profeta Elias e a sua visita a Sarepta. Não há limites quando Deus quer revelar a sua graça e tampouco há circunstância demasiadamente difí­cil que possa impedi-lo de mostraro seu poder provedor.

A U XÍLIO BIBLIO G RÁFICO IS u b s íd io G eo g ráfico“SareptaDurante os três anos de seca

sofridos por Israel nos dias de Acabe, Deus enviou Elias, que havia pro­nunciado o julgamento de Israel, à j cidade fenícia de Sarepta, para que ali fosse sustentado. Nesta cidade, a viúva com a qual o profeta viveu desfrutou um suprimento perene de azeite e farinha, e experimentou a alegria de ter seu filho ressuscitado dos mortos (1 Rs 17.8-24). A cidade estava localizada a aproximadamente treze quilômetros ao sul de Sidom, ao longo da costa mediterrânea, na es­trada para Tiro. Também é conhecida como Zarefate em algumas versões (Ob 1.20) e como Sarepta no NT (Lc 4.26) é a moderna Sarafand. Sarepta é mencionada em textos ugaríticos do século XIV a.C. e em papiros egípcios do século XIII a.C junto com Biblos, Beirute, Sidom e Tiro como uma das principais cidades da costa (ANET, p. 477). Tanto Senaqueribe como Esar-Hadom reivindicam ter tomado Sarepta de acordo com as inscrições assírias (ela foi chamada Zaribtu, ANET, p.287)” (D icionário Bíblico W ycliffe. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.1768).

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BIBLIO G RAFIA SUG ERIDA

D ic io n á r io B íb lico W ycliffe .l .e d . Rio de Janeiro : CPAD,2009.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n°53. p.39.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Querite ficava do lado oriental do reino do Norte, na fronteira do Jordão e Sarepta ficava a cerca de

quinze quilômetros de Sidom.2 . Incluindo a viúva em seu plano e provendo o que era necessário

para ela e para Elias.3. Que quando se coloca Deus como prioridade maior, então ha­verá garantia para a provisão da

escassez humana.4 . Os da oração intercessória

e perseverante.5. Com perseverança.

4 4 L içõ es Bíb l ic a s

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A U XILIO BIBLIO GRÁFICO IISubsídio D evocional

“ 1 R e is 1 7 .8-16Aqui nós temos um relato de outra proteção que Elias recebeu e de

outra provisão que lhe foi feita durante o seu isolamento. Da assolação e da fom e se rirá aquele que tem Deus por seu amigo para guardá-lo e mantê-lo. O ribeiro de Querite está seco, mas o cuidado de Deus por seu povo, e a bondade para com ele, nunca cessam, nunca falham, antes, são os mesmos, e continuam e se prolongam para aqueles que o conhecem (S! 36.10). Quando o ribeiro secou, o Jordão não; por que Deus não o enviou para lá? Com certeza porque Ele mostrava que possuía uma va­riedade de formas de sustentar seu povo e não está preso a nenhuma. Deus agora proverá para ele onde ter alguma companhia e oportunidade de ser útil, e não ser, como tinha sido, enterrado vivo. Observe:

[...] O lugar para onde ele é enviado, a Sarepta, uma cidade de Sidom, fora fronteira de Israel (v.9). Nosso Salvador observa esse fato como um sinal antigo do favor de Deus planejado para os pobres gentios, na pleni­tude dos tempos (Lc 4.25,26). M uitas viúvas existiam em Israe l mos d ias de Elias, e é provável que algumas teriam lhe oferecido as boas-vindas em suas casas; mas ele é enviado para honrar e abençoar com a sua presença uma cidade de Sidom, uma cidade gentia, e assim se torna (dizo Dr. Lightfoot) o prim eiro pro feta dos gentios. Israel tinha se corrompido com as idolatrias das nações e se tornado pior do que elas; justamente por isso a sua queda é a riqueza do mundo. Elias foi odiado e expulso pelos seus compatriotas; por isso, ele vai para os gentios como poste­riormente se ordenou aos apóstolos que fizessem (At 1 8.6). Mas, por que para uma cidade de Sidom? Talvez porque a adoração de Baal, que então era o clamoroso pecado de Israel, tinha vindo recentemente dali com jezabel, que era de Sidom (16.31); por essa razão, para lá ele devia ir, para que dali pudesse sair o destruidor daquela idolatria: ‘certamente de Sidom eu chamei o meu profeta, o meu reformador’. Jezabel era a maior inimiga de Elias; porém, para mostrar a ela a impotência da sua malícia, Deus encontrará para ele um esconderijo exatamente no país dela. Cristo jamais esteve entre os gentios, exceto uma vez, quando foi para as partes de Sidom (Mt 1 5.21).

A pessoa designada para hospedá-lo não é nenhum dos ricos mer­cadores ou dos grandes homens de Sidom, nem alguém como Obadias, que era mordomo da casa de Acabe e que alimentava os profetas; mas é ordenado a uma pobre viúva (isto é, ela é capacitada e disposta por Deus), desamparada e solitária, que o sustente. É o modo de Deus, e é a sua glória, fazer uso das coisas loucas deste m undo e honrá-ías. Ele é, de forma especial, o Deus das viúvas, e as alimenta, e por isso elas devem pensar em como poderão retribuir a Ele” (HENRY, Mattew. Com entário Bíblico do Antigo Testam ento : Josué a Ester. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.51 2).

*

L içõ es Bíb l ic as 4 5

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Lição 717 de Fevereiro de 2013

A V in h a de N a b o te

T E X T O A U R EO

Éjr îajlËf

z^S3Sjüi.'J

“4‘ ! v. ' .

"Não e rre is : Deus não se deixa esca rne­ce r ; porque tudo o que o hom em sem e­

ar, isso tam bém ce ifa rá ” (Cl 6 .7).

V E R D A D E PRA TICA

A trama orquestrada pela rainha ‘ Jezabel e o rei Acabe contra Nabote

-

? demonstra quão danoso é render-se aos desejos da cobiça e de uma sa-

>• tisfação pessoal.

IN O S SUGERIDOS 522, 547, 635

LE IT U R A DSARIA

S e g u n d a - Mc 7 .22-23 A raiz da cobiça

Terça - Ef 5 ,5 Fruto da cobiça

Q u a rta - Êx 10 . 1 7i f v \ ’ '• Tr. 1 . ■ Advertência contra a cobiça8■ j v '~ . X, A - ■ - - - •-.:

| Q u in ta - Gn 31.41• A cobiça exemplificada

Sexta - Pv 2 8 .2 0cobtça

Julgamento da cobiça

4 6 L içõ es Bíb l ic a s

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1

L E IT U R A B ÍB LIC A EM CLASSEI Reis 21.1-5; 1 5,1©

I I - E sucedeu , depois desta s co isas, tendo Nabote, o je z ree -

I lita , um a vinha que em Je z re e i e s ta v a ju n to ao p a lá c io de

| Acabe , re i de Sam aria ,2 - que Acabe faiou a Nabote, di­zendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está vizinha, ao pé da minha casa ; e te darei p o r ela outra vinha m eihordo que ela; ou, se parece bem aos teus olhos, dar-te-ei a sua valia em dinheiro.3 - P o rém N a b o te d is s e a A cabe : Guarde-m e o SENHOR de que eu te dê a heran ça de m eus p a is .4 - Então, Acabe veio desgosto­so e ind ignado à sua ca sa , p o r causa da p a la v ra que Nabote,0 je z re e lita , lhe fa la ra , d izen ­do : Não te d a re i a herança de m eus p a is . E deitou-se na sua

I cam a, e voltou o ro sto , e não com eu pão.5 - Porém , vindo a ele Je za b e l, sua m ulher, lhe d is se : Que há, que está tão desgosto so o teu esp írito , e não com es pão?1 5 - E sucedeu que, ouvindo

| Je z a b e l que já fo ra apedre- | ja d o Nabote e m o rre ra , d isse5 Je za b e l a A ca be : Levanta-te e | possu i a vinha de Nabote, o j e ­

z ree lita , a qua l ele te recu sou d a r p o r d inhe iro ; porque Na­bote não vive, m as é m orto .16 - E sucedeu que, ouvindo Acabe que já Nabote era m or­to, A ca be se levan tou , p a ra descer para a vinha de Nabote, o je z ree lita , pa ra a possu ir.

INTERAÇAOA cabe não se contentou com o que tinha — e não e ra pouco, ele tinha "apenas" o governo da nação de Israel,o re ino do Norte, à sua d isposição . Ele poderia co m pra r ou p o ssu ir qua lquer te rra ou vinha em Israe l. M as p o r que

ju sta m en te dese jou a de Nabote? Uma vinha de va lor não apenas financeiro , m as, p rin c ip a lm en te , fa m ilia r . Não sa tisfe ito , e a lim entado pela loucura de sua mulher, Jezabel, Acabe cometeu uma das m aiores in ju stiças na rradas nas Sagradas Escritu ras. Ele perm itiu a m orte de Nabote e tomou pa ra s i a sua vinha. Elim inem os a cobiça do nosso coração , pois, podem os s e r in justos e cru é is com pessoas inocentes.

O B JET IV O S

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

Id en t if ica r o objeto da cobiça de Acabe.

C ita r as causas da cobiça.

C o n sc ie n t iza r-se dos frutos e con­seqüências da cobiça.

O R IEN TA ÇÃ O PED A G Ó G ICA

Prezado professor, na aula desta semana trataremos a respeito da cobiça. A fim

de contextualizar a lição, reproduza, de acordo com as suas possibilidades, o

esquema da página seguinte. Introduza a lição dizendo que a cobiça

é uma consequência da visão de mundo que o ser humano possui. Explique que o mundo onde vivemos é orientado por um estilo de vida materialista, hedonis­ta e pragmatista. Todavia, o Evangelho demanda de cada um de nós um estilo rigorosamente contrário ao mundano.

I; .

ï

L iç õ e s Bíb l ic a s 4 7

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IN TRO D U ÇÃOO episódio envolvendo o

rei Acabe e a vinha de Nabote é um dos mais t r is ­tes do registro bíblico.Uma grande injustiça é cometida contra um homem inocente. Triste porque vemos até onde pode chegar um cora­ção cobiçoso. Por outro lado, o fato é um dos que melhor revela a manifestação da justiça divina ante as injustiças dos homens. Acabe matou Nabote e apropriou-se de suas terras. To­davia, não pôde usufruir do fruto de seu pecado, porque o Senhor, através do profeta Elias, o denun­ciou e o disciplinou.

É triste saber que soberanos, governantes e reis injustos go­vernam, mas é mais maravilhoso saber que um Rei justo governa todo o universo.

I - O O B JETO D A C O B IÇ A

1. O d ire ito à p ro p r ie d a ­de no A ntig o Is ra e l . De acordo com o livro de Levítico, a terra pertencia ao Senhor (Lv 25.23). O

PALAVRA-CHAVE

C o b iça :Desejo veem ente de p o ssu ir bens

m ateria is ; avidez, cupidez.

israelita da Antiga Aliança estava consciente de que o Senhor lhe havia dado o direito de explorar a terra como uma concessão . Assim sendo, ele não poderia vender aquilo que lhe fora dado__________ como herança divina.

O livro de Núm eros destaca esse fato: “A s­sim, a herança dos fi­lhos de Israel não pas­sará de tribo.em tribo; pois os filhos de Israel se chegarão cada um à herança da tribo de

seus pais” (Nm 36.7). Com isso, o Senhor queria proteger seu povo da cobiça, além de garantir-lhe o direito de cultivar a terra para sua subsistência.

Fica, pois, a lição de que não devemos cobiçar aquilo que é do próximo, nem tampouco jogar fora aquilo que o Senhor nos con­fiou como despenseiros.

2 . A h eran ça de Nabote. Acabe queria a vinha de Nabote de qualquer jeito. Diante da in­sistência do rei, Nabote contra argumentou: não poderia desfa­zer-se de sua herança (1 Rs 21.3). Nabote era obediente ao Senhor e invocou o poder da lei para proteger-se. Diante desse fato, o

O E S P IR IT O D O M U N D O

MaterialismoÉ o ceticismo a respeito da existência daquilo que é transcendental. Um estilo devida pau­tado somente nas coisas m ateriais. Após essa vida, dizem os m aterialistas, tudo acaba.

HedonismoÉtica pautada na busca intensa pelo prazer inteiramente pessoal. O sexo, a paz interior e a prosperidade são os sonhos de vida do ser humano.

Pragm atismoÉ o estilo de vida que objetiva o lucro pessoal. Os relacionamentos de ordem sentimental, espiritual e profissional são baseados numa perspectiva de barganha.

4 8 L ições Bíb l ic a s

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rei cobiçoso ficou triste, pois sa ­bia que até mesmo um monarca hebreu precisava submeter-se à lei divina (1 Sm 1 0.25). Mas Jeza- bel, sua esposa, que viera de um reino pagão, ficou escandalizada com esse fato, pois entre os rei­nos gentios os governantes não eram apenas soberanos, eram também tiranos (1 Rs 21.5-7). Dessa forma, ela arquitetou um plano para apossar-se da vinha de Nabote (1 Rs 21.8-14).

Quantas pessoas têm consci­ência da ilegalidade de determina­da coisa, mas como Acabe ficam à procura de justificativas que a tomem legai. Cuidado! Deus há de julgar os tiranos e malfeitores.

SIN O PSE D O T Ó P IC O (1 )

A cobiça transforma indivídu­os comuns em criminosos.

R E S P O N D A

1. De a co rd o com a liçã o , p o r que N abote recu so u ven d er a sua vinha?

II - AS C AUSAS D A C O B IÇ A

1. A casa de cam po de Aca­be. O livro de 1 Reis destaca que Acabe possuía uma segunda resi­dência em Jezreeí (1 Rs 1 8.45,46). Era uma casa de verão. A vinha de Nabote estava, pois, localizada próxima à residência de Acabe <1 Rs 21 .1). O rei Acabe possuía uma casa real, uma casa de cam ­po, mas não estava satisfeito en­quanto não possuísse a pequena vinha do seu súdito, Nabote. É uma verdade que muitas pessoas,

mesmos sendo ricas, não se sa­tisfazem com o que têm. Querem mais e mais, e assim mesmo não conseguem encontrar satisfação. Nenhum ser humano conseguirá satisfazer-se plenamente se o cen­tro da sua satisfação não estiver em Deus.

2. A horta de A cabe. Aca­be estava dominado pelo desejo de “ter”, de “possuir”. Somente a casa de verão, que sem dúvida era majestosa, não lhe satisfazia, queria agora constru ir ao seu lado uma horta para que seus de­sejos pudessem ser realizados. Não se importava em quebrar o mandamento divino: “Não cobi­çarás” (Êx 20.17). Mais do que q u a lq u e r m o tivação exte rn a , Acabe estava totalmente domi­nado pelos desejos cobiçosos de seu coração.

Jamais devemos incorrer no erro de achar que os fins justifi­cam os meios, e assim quebrar a Palavra do Senhor na busca de um desejo meramente egoísta.

SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )

Acabe desejou a propriedade de Nabote, pois queria, ali, cons­truir uma horta.

R E S P O N D A

2. Exp lique o p o rq u ê do d ese jo de | A ca be em se a p o ssa r da vinha de g N abote.

I I I - O F R U T O D A C O B IÇ A 8fjjp

1. Falso testemunho. As ati- | tudes de Acabe foram acontecendo | como reação em cadeia. É evidente ^

L içõ es Bíb l ic as 4 9

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REFLEXÃO

“Por interm édio da história do re i Acabe, constatam os

que o pecado não com pensa

que um desejo pecaminoso não | pode dar frutos bons. O problema f agora não era somente Acabe, j mas também sua famigerada mu- lher, Jezabel (1 Rs 21.7). Foi ela que arquitetou um plano sórdido para apossar-se da propriedade de Nabote. Diz o texto sagrado que ela envolveu várias pessoas nesse intento, incluindo os nobres do reino (1 Rs 21.8). Nobres sem nenhuma nobreza! Escreveu uma carta e selou com o anel de Acabe. Por conseguinte, com o pleno con­sentimento do marido, engendrou o plano, a fim de que Nabote, o Jezreelita, fosse acusado de ter blasfemado contra Deus e contra o rei (1 Rs 21.10). Um simples

| desejo que evoluiu para cobiça e falso testemunho.

2» A s s a s s in a to e a p ro ­p r ia ç ã o in d e v id a . A tram a precisava ser bem feita para não gerar desconfiança. E por isso um jejum deveria ser proclama­do, como sinal de lamento por haver Nabote blasfemado contra o Deus de Israel (1 Rs 21.9). Uma prática religiosa foi usada para dar uma roupagem espiritual ao caso. Como foi planejado, Nabo­te e sua família foram apedreja­dos e mortos injustamente! (1 Rs 21.13). Quantas vezes a Bíblia é usada para justificar práticas pecaminosas! Resolvido o pro-

E blema, agora o rei apoderar-se-ia Vi da vinha de Nabote (1 Rs 21.16).

Um abismo chama outro abismo.

5 0 L ições Bíblicas

O pecado havia evoluído da co­biça para o assassinato!

SINOPSE D O T Ó P IC O (3 )

A cobiça origina o falso teste­munho, assassinato e apropriação indevida dos bens do outro.

RESPONDA

3. Destaque a lguns fru to s da co­biça de Acabe.

IV - AS CO NSEQ UÊNCIAS DA CO BIÇA

1. J u lg a m e n to d iv in o .Tanto Acabe como a sua esposa, Jezabel, estavam convencidos de que ninguém mais sabia dos seus intentos. De fato, ninguém dentreo povo soube dos bastidores des­se estratagema diabólico, exceto Elias, o Tisbita. Tão logo Acabe apossou-se da vinha de Nabote, ordena Deus ao profeta Elias que se apresente ao rei e lhe procla­me o juízo divino: “Falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o Senhor: Porventura, não mataste e tomas­te a herança? Falar-lhe-ás mais, dizendo: Assim diz o Senhor: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lambe­rão o teu sangue, o teu mesmo” (1 Rs 21.19,20).

Alguém pode enganar aos homens, mas nunca ao Senhor. Diante dEle todas as coisas estão patentes (Hb 4,1 3).

2. Arrependim ento e mor­te . Duas atitudes podem ser tomadas diante de uma sentença divina de julgamento: arrepender- se ou rejeitar a correção. No caso de Acabe, o texto sagrado destaca que logo após receber a profecia sentenciando a sua morte, ele

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“rasgou as suas vestes, e cobriu a sua carne de pano de saco, e jejuou; e dormia em cima de sacos e andava mansamente. Então, veio a palavra do Senhor a Elias, o tisbi- ta, dizendo: Não viste que Acabe se humilha perante mim? Porquan­to, pois, se humilha perante mim, não trarei este mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho trarei este mal sobre a sua casa” (1 Rs 21.27-29). Acabe arrependeu-se, mas mesmo assim não teve como se livrar das consequências de suas ações (1 Rs 22.29-40; 2 Rs1.1 -1 7). O pecado sempre tem seu alto custo!

S IN O P S E D O T Ó P IC O <4)

Na cobiça que dominou Aca­be, vemos o julgamento divino, e tam b ém a rre p e n d im e n to e morte.

R E S P O N D A

4. Com o A cabe rea g iu à sen ten ça de ju lg a m e n to d a d a pelo p ro fe ta E lia s ?5. Lendo a h istó ria de A cabe , o que podem os co n s ta ta r?

REFLEXÃO

"Q uem e sco lh e rm o s com o cô n ju g e rea lm en te fa rá a

d ife ren ça ! P o r isso , e sco lh a e s ta r p e r to som en te

d a q u e le s que lhe an im am a fa z e r o bem , não o m al. ”

Lawrence O. Richards

C O N C L U S Ã O

Lendo a história de Acabe, constatamos Sogo que o pecado não compensa. Todas as nossas ações terão consequências, e algumas delas extremamente amargosas. Deveríamos medir nossas inten­ções primeiramente pela Palavra de Deus e somente assim evitaríamos dar vazão aos nossos instintos. Nossas ações glorificariam a Deus 5 em vez de satisfazer nossos egos. Acabe fracassou porque esqueceu- se da Palavra de Deus, preferindo ouvir e seguir a orientação de uma pagã que nada sabia sobre a Lei do Senhor. Quando alguém quebra a Palavra de Deus, na verdade é ele quem está se quebrando!

L iç õ es Bíb l ic a s 51

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V O CA B U LÁ R IOO bsequ ioso : Que presta obsé­quios; serviçal, benévolo; afável no trato.T ir a n o : G overnante in justo e cruel.Fam igerada: Tristemente afa­mada.Sórdido: Que fere a decência, os bons princípios; indecente, indigno, vergonhoso. Engendrou: Dar existência a; formar, gerar.Estratagema: Plano, esquema, previamente estudado e posto em prática para atingir determi­nado objetivo.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

Dicionário Bíblico W ycliffe .1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.HENRY, Mattew. C om entário Bíblico do A n tigo Testam en­to: Jo su é a Ester. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO ISubsidio Teo lóg ico

“ Base lega lO ‘dia de je ju m ’ que Jezabel

proclamou sugere que ela havia convocado os anciãos em assem ­bleia para identificar a causa de algum recente desastre ou difi­culdade (cf. Jí 1.14-18). Alguns sugerem que a a cu sa çã o feita pelos dois ‘v ilões’ era que Nabote abandonara a promessa feita em nome de Deus para vender sua terra ao rei. O fracasso em manter um juramento feito em nome de Deus seria blasfêmia. Nesse caso, após a execução de Nabote, o rei podia legalmente tomar posse da propriedade em disputa. 2 Reis 9.26 acrescenta que os filhos de Nabote foram a ssa ss in a d o s ao mesmo tempo. Com nenhum her­deiro vivo, aparentemente não ha-

o ninguém para disputar a reclamação de Acabe pela terra” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de C ênesis a A poca lip se cap ítu lo p o r capítu lo . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 53, p.39.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS ^

1. Porque a terra era dada como um a concessão e com o tal não poderia ser vendida. A lei mosaica ainda proibia um israelita vender a

herança de seus pais.2 . Acabe possuía uma casa de ve­rão e queria construir ao seu lado

uma horta.3. Falso testemunho, apropriação

indébita e assassinato.4 . Com arrependimento.

5. Que o pecado não compensa.V____________________ L _ _____________ J

5 2 L ições Bíb l ic as

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A U X ÍLIO BIBLIO G RÁ FICO IISubsidio Bíblico

“Tendo Nabote s ido tirado d o caminho, Acabe tom a p osse da vinha.

Os anciãos de Jezreei enviaram despreocupadamente a noticia a Jezabel, como se fosse uma notícia agradável: Nabote fo i a p ed re ja do e m o rreu (v. 1 4). Aqui observamos que: tão obsequiosos estavam os anciãos de Jezreei para obedecer as ordens de jezabel, que ela enviara de Samaria para assassinar Nabote, quanto estavam obsequiosos os anciãos de Samaria para obedecer as ordens de jéu para assas­sinar os setenta filhos de Acabe, embora nada fosse feito segundo a lei (2 Rs 1 0.6,7). Aqueles tiranos, que com suas ordens perversas corrompem as consciências dos seus magistrados inferiores, no fim podem tafvez receber o troco caindo sobre eles, e aqueies que se dispõem a fazer uma coisa cruel por eles estarão prontos a fazer outra coisa cruel contra eles” (HENRY, Mattew. C om entário Bíblico d o A n t ig o Tes tam en to : Jo su é a Ester. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,

v 201 0, p .534).

L ições Bíb l ic a s 5 3

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O L e g a d o de Elias

“E d isse Jo sa fá : Não há aqu i a lgum p ro fe ta do Senhor, p a ra que consu ltem os ao Sen h o r p o r e le? En tão , respondeu um dos se rvo s do re i de Isra e l e d isse : A q u i está E liseu , filho de Sa fa te , que de itava água so b re a s m ãos de E lia s" (2 R s 3.1 1).

-■

m ík5

H IN O S SUGERIDOS 4, 33, 394- -V.r.-:*"

LESTURA D IA RIA

Segunda - 1 Rs 19.16 A origem da chamada

Terça - 1 Rs 19.20 A exclusividade da chamada

Quarta - 1 Rs 19.21 O custo da chamada

Quinta - 2 Rs 2.14 A autoridade da chamada

Sexta - 2 Rs 3.13,14 Os inimigos da chamada

Sábado - 2 Rs 2.1 5 Os resultados da chamada

5 4 L iç õ es Bíb l ic a s

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•*asurc QfíLi&à

■HHRMBSSMHMHI L E IT U R A B ÍB LIC A

EM CLASSE1 R e is 1 9 .16 ,1 7 ,19 -21

16 - Tam bém a Je ú , filho de N insi, u ng irá s re i de Is ra e l e tam bém Eli seu , filho de Sa fa te , de Abel-M eolá, u n g irá s p ro fe ta em teu lugar.

INTERAÇÃO

17 - E há de s e r que o que e sca p a r da esp a d a de H azael, m atá-lo-á Je ú ; e o que e sca p a r da e spada de Je ú , m atá-lo-á Eliseu .

19 - P artiu , po is , E lia s da li e achou a E liseu , filho de Sa fa te , que andava lavrando com doze ju n ta s de bois ad ian te dele ; e ele e sta va com a duodécim a. EU as p a ssou p o r ele e lançou a su a capa so b re ele.

2 0 - Então, deixou ele os bois, e co rre u após E lia s , e d is se : Deixa-me b e ija r a m eu pai e a m inha m ãe e, então, te segu i­re i. E ele lhe d isse : Vai e volta ; porque que te tenho eu fe ito?

21 - Voltou , pois, de a trá s dele, e tom ou um a ju n ta de bo is, e os m atou , e, com os ap a re lh o s dos bo is , cozeu a s ca rn e s , e a s deu ao povo, e com eram . Então , se levantou , e segu iu a E lia s , e o se rv ia .

A lição de ho je te m com o o b je tiv o r e f le t ir a ce rca do legado de Efias. A p re n d e m o s com este p ro fe ta que os hom ens de Deus bem -suced idos em seus m in is té r io s são aque les que têm o co raçã o d isp o s to a se rv ir. Elias se rv iu a D eus com in te g r id a ­de e fo i u m m o d e lo p a ra o seu sucessor, Eliseu. Sabem os que nesta v id a tu d o tem o seu tem po , p o r isso, chegou o d ia em que o m in is té r io de Elias ence rro u -se . Todavia , e/e, com o p ro fe ta do Senhor, não fo i pego de su rp re sa . Com o um líd e r f ie l e ín te g ro d ia n te do Pai Celeste, teve o c u id a d o de s e g u ir a o r ie n ta ç ã o d iv in a n a esco lha do seu sucessor.

O B JET IV O S

Após a aula, o aiuno deverá estar | apto a:____________________________________________________________

R e c o n h e c e r o caráter divino da vocação e chamada de Elias.

D eta lh ar os princípios da exclusi­vidade, autoridade da vocação e a chamada de Elias.

C o m p reen d er como se deu a suces­são e o discipulado de Eliseu.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para introdução da lição sugerimos um estudo dirigido. Divida a classe em três grupos. Depois que já estiverem formados, entregue a cada

grupo uma das questões relacionadas no quadro da página seguinte. Cada grupo

terá, no máximo, cinco minutos para discutir seu tema e outros cinco minutos para expor suas conclusões à classe. Ex­

plique que Elias lançou sua capa sobre os ombros de Eliseu, demonstrando que efe seria seu sucessor. Quando a sucessão foi concluída, Elias a deixou para Eliseu (2 Rs 11-1 4). Conclua a atividade expli­cando que todo ministério é transitório,

e que o mais importante não é como começamos, e sim como terminamos.

L ições Bíb l ic a s 5 5

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IN TRO D U ÇÃ OO teólogo norte-mericano

A.W. Tozer disse certa vez que “nada morre de Deus quando um homem de Deus morre!” Essa máxima é verdadeira em relação ao profeta Elias e ao seu sucessor, Eliseu. Elias exerceu um ministério excepcionai no reino do Norte e, sem dúvida, foi o res- M ponsável por ajudar o povo de Deus a manter a sua identidade. Toda­via, assim como todos os homens, chegou o dia em que precisou pa­rar. Elias teve o cuidado de seguir a orientação divina na escolha do seu sucessor, bem como em prepará-lo da forma correta. Esta lição nos ensinará como se deu esse processo e como podemos aprender com ele.

I - O L O N G O PERCURSO DE ELIAS

1. Uma vo lta às origens.Elias fez um longo percurso até chegar ao Monte Horebe, também conhecido na literatura bíblica como Monte Sinai (Êx 3.1; 1 9.1,2). De Berseba até ao monte Sinai, o percurso era de aproximadamente

~ quatrocentos quilômetros. Foi nes- ' se Monte que o Senhor havia se re­

velado a Moisés muito tempo antes como o grande EU SOU (Êx 3.14). Posteriormente, foi nesse mesmo monte que o Senhor revelou a Lei a Moisés (Êx 1 9 — 20). A distância era grande, mas Elias necessitava voltar às origens da sua fél Sem dúvidas, esses fatos estavam na mente de Elias quando ele para ali se dirigiu. Para reorientar a cami­nhada, nada melhor do que uma volta às origens!

2. Uma r e v e la ­ção transform adora . Vendo que Elias havia se e n c la u su ra d o em uma caverna , o pró­prio Senhor trata de dialogar com o profeta. É nesse diálogo que percebemos que Elias

estava vendo as coisas de forma distorcida. Duas co isas ficam patentes: Deus continuava sendo Senhor da história e Elias não havia trabalhado em vão (1 Rs1 9.9-1 4). O Senhor revela, então, ao profeta a existência de sete mil remanescentes da adoração a Deus (1 Rs 1 9.1 8). Quem eram? Ninguém sabe, mas com certeza pessoas do povo que nem mesmo eram vistas, mas que amavam ao Senhor. Foi o próprio Deus quem os havia conservado. Mas a reve­lação continuou: Deus revelou a Elias a necessidade de um suces­sor (1 Rs 19.1 6). Deus agora tinha

PALAVRA-CHAVE

Sucessor:Aquele que sucede a outrem ou que o su b stitu i em cargo ,

funções.

Q U E S T Õ E S P A R A O E S T U D O D I R I G I D O

O L E G A D O D E E L I A S

1 . “Qual o significado de lançar a capa sobre Eliseu (1 Rs 1 9.1 9)?”

2 . “Porque Eliseu matou seus bois (2 Rs 1 9 .20)?” “Qual o significado desse gesto?”

3 . “Como se deu a chamada de Elias e o térm ino do seu m inistério?”V_________________________ ___________________________ J5 6 L iç õ e s Bíb l ic a s

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outros planos para Elfas. Deveria, portanto, dar lugar a outro. Não somos descartáveis, mas ninguém é insubstituível.

SINO PSE D O T Ó P IC O (1 )

Precisamos nos conscientizar que na obra de Deus não somos descartáveis, mas, de igual forma, ninguém é insubstituível.

R E SPO N D A

1. De que fo rm a o Sen h o r co rrig iu a com preensão que Elias possu ía dos fa to s?

II - ELIAS N A CASA DE ELISEU

1. A exclusiv idade da cha­mada. O texto de 1 Reis 1 9.1 9-21, que trata sobre a vocação de Eli- seu, é rico em detalhes a respeito de sua chamada. Alguns deles se sobressaem nesse relato. Primei­ramente observamos que Deus chama pessoas fiéis. Sem dúvida, Eliseu fazia parte da estatística divina dos sete mil. Em segundo lugar, Deus chama para o seu ser­viço pessoas que são ocupadas. Ele estava trabalhando com doze jun­tas de bois! A obra de Deus não é profissão nem tampouco emprego. Evocação! Em terceiro lugar, Eliseu percebeu que o ministério tem custo! Ele sacrificou os bois e os deu como comida ao povo. Quem põe a sua mão no arado não pode olhar para trás. Em quarto lugar, Eliseu entendeu que o ministério profético é um “servir”. Eliseu pas­sou a servir a Elias.

2. A a u to r id ad e da cha­mada. Quando Elias encontrou a

Eliseu, o texto sagrado registra: ■ “E lançou o seu manto sobre ele” r (1 Rs 19.19). Na cultura bíblica, jj o manto é símbolo da autoridade profética (2 Rs 1.8 cf. Zc 13.4). Lançá-lo sobre outrem demons- | trava transferência de poder e autoridade. Com esse gesto, Eliseu \ estava sendo credenciado para o ofício profético. De nada adianta o ofício se a unção não o acompa­nha! Não é, portanto, o ofício que determina a unção, mas a unção que valida o ofício! Eliseu de fato recebeu autoridade divina, pois exerceu um ministério marcado por milagres. Hoje há muita titula­ção, mas pouca unção de Deus!

SINOPSE D O T Ó P IC O (2 ) |

Deus chama e prepara pes­soas fiéis para a sua obra. A obra do Senhor é para os chamados e vocacionados.

R E S P O N D A

2. De que fo rm a E liseu reag iu à cham ada d iv ina?

I I I - ELIAS E O D IS C ÍP U L A D O DE ELISEU

1. As v ir tudes de Eliseu.O relato de 2 Reis 2.1-8 mostra algumas fases do discipulado de Eliseu. Elias vai a vários lugares [\ diferentes e em cada um deles f| observa-se que o profeta põe o Ê discípulo à prova. Primeiramente, I Eliseu demonstrou estar familia- I rizado com aquilo que o Senhor I estava prestes a fazer (2 Rs 2.1). I Ele estava consciente de que algo I extraordinário, envolvendo o pro- I feta Elias, aconteceria a qualquerJÊ

L ições Bíb i.ic a s 5 7

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momento (2 Rs 2.3), e que ele também fazia parte dessa história. Em segundo lugar, Eliseu demons­trou perseverança quando se recu­sou largar Elias. Ele o acompanhou em Cilgal, Betei,Jericó ejordão (2 Rs 2.1-6). Tivesse ele ficado pelo caminho, não teria sido o homem de Deus que foi! Somente os per­severantes conseguem chegar ao fim. Em terceiro lugar, Eliseu provou ser um homem vigilante quando “viu” Elias sendo assunto aos céus! (2 Rs 2.1 2).

2. A nobreza de um ped i­do. O pedido que Eliseu fez a Elias antes de o profeta ser assunto aos céus é algo que merece uma reflexão à parte. Na verdade, o pedido de Eliseu revela a nobreza da sua chamada. Diante de uma oportunidade única, Eliseu não teve dúvidas, e pediu: “Que haja porção dobrada do teu espírito so­bre mim” (2 Rs 2.9). Eliseu tomou conhecim ento daquilo que seu

mestre fazia, e em outras ocasi­ões ele mesmo fora testemunha

Í esses milagres. Ele não tinha úvidas; queria aquilo para ele, ò que em uma proporção bem íaior. Deus agradou-se do pedido e Eliseu como se agradara do edido de Salomão (1 Rs 3.10).

M uitas v e z e s as p e sso a s referem^^agujjo^

em vez do que é nobre. Preferem escolher o que satisfaz o ego em vez de escolher o que agrada e alegra a Deus.

SIN O PSE D O T Ó P IC O (3 )

Eliseu era perseverante, se ele tivesse ficado pelo caminho, não teria sido o homem de Deus que foi! Somente os perseverantes conseguem chegar ao fim.

R E S P O N D A

3. De que fo rm a E liseu dem on s­trou s e r um hom em v irtu o so ?

IV - O L E G A D O DE ELIAS

1. Esp iritua l. Elias saiu de cena, mas deixou a seu discípu­lo um grande legado. Não era rico, mas foi um gigante na fé. E, como tal, passou ao seu dis­cípulo um exemplo de piedade e serviço . O profeta defendeu ardorosam ente o culto divino (1 Rs 1 8.22-36). Extremamente ousado, enfrentou o rei Acabe e predisse a grande seca sobre Israel (1 Rs 17.1). Somente um homem com semelhante fé em Deus seria capaz de protagonizar os fatos narrados nos livros de Reis (1 Rs 17.8-23; 18.41-46). Eliseu viveu nesse contexto, foi influenciado por ele e teve esse legado como herança.

2. M ora l. O profeta Elias não era apenas um homem de grandes virtudes espirituais; era também portador de singulares predicados morais. O seu valor e coragem são perceptíveis no relato b íb lico . Ele confrontou os profetas de Baal e reprimiu-

5 8 L iç õ e s B íb l ic a s

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os severamente (1 Rs 18.19). A percepção do que era certo, ou errado, do que era justo, ou in­justo, era bem patente na vida de Elias. Por isso ele teve autoridade moral e espiritual para repreen­der severamente a Acabe, quando este consentiu no assassinato de Nabote (1 Rs 21 .1 7-20).

Eliseu aprendera que nin­guém conseguirá ser um homem de Deus como Elias o foi, se não possuir valores morais e espiritu­ais bem definidos.

SIN O PSE D O T Ó P IC O (4 )

Ninguém conseguirá ser um homem de Deus como Elias o foi,

se não possuir valores morais e f espirituais bem definidos.

R E S P O N D A

4. Cite os legados de ixados pe lo | p ro fe ta E lia s lista d o s na lição .5. Como podem os perceber o valor e coragem de EU as no relato bíblico?

C O N C L U S Ã O

A história de Elias e de seu sucessor, Efiseu, é instrutiva para a li­derança espiritual. Com Elias, apren­demos que os líderes são humanos e, portanto, suscetíveis a falhas. Aprendemos que a história do reino de Deus é construída por homens que se dispõem a obedecê-lo.

REFLEXÃO

“D eus m andou E lia s u n g ir E liseu com o seu su ce sso r . Note que não som ente sa ce rd o te s e re is era m ung idos p a ra seu s re sp e c tivo s ca rg o s , m as tam bém p ro fe ta s , E liseu ir ia (1) a u x ilia r E lia s , (2) a u x ila r H azael, re i da S ír ia , e Jéu , re i de Isra e l, a d e r ro ta r os in im igos de D e u s[...] , e (3 ) p ro c la m a r

a p a la v ra de D eus ao rem a n escen te f ie l .” Bíblia de Estudo Pentecostal

L içõ es Bíb l ic a s 5 9

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A U XILIO BIBLIO G RÁFICOSubsidio Bibliográfico“ Eliseu, o sucessorPoucos ‘substitutos’ nas Escri­

turas foram tão eficientes quanto Eliseu que foi o sucessor de Elias como profeta de Deus para Israel. Mas Eliseu teve o profeta Elias como um grande exemplo a ser seguido. Ele permaneceu com Elias até os últimos momentos da vida do seu mestre na terra. Estava disposto a seguir e aprender a fim de receber poder para fazer o trabalho o qual Deus o havia chamado.

Tanto Elias como Eliseu con­centraram seus esforços nas ne­cess id ad es do povo que estava ao seu redor. O impetuoso Elias confrontou e expôs a idolatria, aju­dando a criar uma atmosfera onde o povo pudesse adorar a Deus livre e publicamente, Efiseu então agiu com a finalidade de demonstrar a poderosa natureza de Deus, ainda que cuidadosa, para todos aqueles que vieram a ele em busca de ajuda. Ele passou mais tempo cuidando compassivamente do povo do que em conflitos contra o mal. A Bíblia registra 1 8 encontros entre Eliseu e as pessoas necessitadas. Eliseu teve uma visão mais ampla e de maior alcance na vida do que a maioria das pessoas, porque reconheceu que em Deus havia mais bênçãos a favor da vida. Ele sabia que tudo o que somos e temos vem de Deus” (Bíblia de Estudo Ap licação Pes­soal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,2004, p. 516).

BIBLIO G RAFIA SUG ERIDA

MERRILL, Eugene H. História de Israel no A n tigo Testam ento:O re ino de sa ce rd o te s que D eus colocou en tre as nações. 6. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n° 52, p.40.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

T. Mostrando a ele que havia ainda sete mi( fiéis e, portanto, ele não

havia trabalhado em vão.2. Sacrificando os animais e deixan­do o convívio familiar para acompa­

nhar Elias.3. Dem onstrando discernim ento,

perseverança e vigilância.4 . Moral e espiritual.

5. Ele confrontou os profetas de Baal e reprimiu-os severamente.

6 0 L içõ es Bíb l ic a s

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Lição 93 de Março de 2013

Elias n o M o n t e d a

“E [Jesus] transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e

Elias, falando com ele” {Mt 1 7.2,3).

fejí. :- “ - VERDADE PRATICA

O aparecimento de Moisés e Eiias no Monte da Transfiguração é um tes­temunho de que a Lei e os Profetas cumprem-se em Cristo, o Messias prometido.

H IN O S SUGERIDOS 299 , 304 , 352

LE IT U R A D IA RIA

Segunda - Mt I 7.3O Messias e a tipologia

Terça - Mt 1 7.10O Messias e a escatologia

Quarta - Mt 1 7.12O Messias rejeitado

Quinta - Lc 9.35 O Messias esperado

Sexta ~ Mc 9.12 O Messias humilhado

Sábado - Lc 9.29 O Messias exaltado

L iç õ e s Bíb l ic a s 61

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L E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSEM ateus 1 7.1-8

1 - S e is d ia s d ep o is , tom ou J e s u s c o n s ig o a P e d ro , e a Tiago , e a Jo ã o , seu irm ão , e os conduziu em p a r t ic u la r a um alto m onte.

2 - E tra n s fig u ro u -se d ia n te d e le s ; e o seu ro sto re sp la n ­deceu com o o so l, e a s su a s v e ste s se to rn a ra m b ra n c a s com o a iuz .

3 - E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, fa lando com ele.

4 - E Pedro , tom ando a p a la ­vra , d isse a Je su s : Senhor, bom é e sta rm o s a q u i; se q u e re s , fa ­çam os aqu i trê s ta b ern á cu lo s , um p a ra ti, um p a ra M oisés e um p a ra E lia s.

5 - E, estando ele a inda a fa la r ; e is que um a nuvem lum inosa o s co b r iu . E d a n u vem sa iu um a voz que d iz ia : E ste é o m eu Filho am ado , em quem me co m p ra zo ; escu ta i-o .

6 - E os d is c íp u lo s , o u v in d o isso , ca íra m so b re seu ro s to e t iv e ra m g ra n d e m edo.

7 - E, ap rox im an do-se J e s u s , tocou-lhes e d is s e : Levan ta i- vos e não ten h a is m edo.

8 - E, erguendo eles os olhos, ninguém viram , senão a Je su s .

INTERAÇÃO

Caro professor, nesta lição estudarem os a respeito do profeta Elias no monte da Transfiguração. Este acontecimento teve como objetivo principal dem onstrar que Jesu s de fato era o M essias esperado. Moisés também apareceu neste episódio. Sabemos que ele tipificava a lei e Elias prefigurava os profetas que predisseram a vinda do Messias.No d eco rre r da lição, procure enfatizar que embora Moisés e Elias tivessem grande relevância na história do povo hebreu, eles não possuíam glória própria. Ainda que fossem homens fiéis ao Senhorr eram huma­nos, sujeitos a falhas e erros, porém, eles irradiavam a glória proveniente do Cristo. Que possamos, como Filhos de Deus, rege­nerados em Jesus Cristo, irradiar também a glória do Profeta de Nazaré.

O B JE T IV O S

Após a auía, o aluno deverá estar apto a:

D escreve r o episódio da transfigu­ração de Jesus.

Explicar a tipologia representada em Moisés e Elias.

C onscien tizar-se de que Jesus erao Messias esperado.

O RIEN TA ÇÃ O PEDAGÓ GICA

Professor, para introdução da tição escreva a seguinte indagação no quadro de giz: “O que foi a transfiguração?” Ouça os alunos com atenção, faça as considerações que achar necessárias. Conclua explicando

que a transfiguração foi na verdade uma rápida demonstração da glória de Jesus

Cristo, o Rei dos reis. A divindade de Jesus foi revelada no monte da Transfiguração.

Os discípulos que ali estavam puderam ver o Verbo que se fez carne. Ele é Deus. Infelizmente, na atualidade, muitos não creem mais na divindade de Jesus, por

isso, enfatize que Jesus foi cem por cento homem e cem por cento Deus. Sua glória

foi manifestada em plena humanidade!

6 2 L ições Bíb l ic a s

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IN TR O D U ÇÃ OO relato sobre a transfigu­

ração, conform e narrado nos evangelhos sinóticos, é um dos mais emblemáticos do Novo Tes­tamento (Mt 17.1-13; A Mc 9.2-8; Lc 9.28-36).Além do nome de Moi­sés, o texto coloca em evidência também o de Elias. Entretanto, dife­rentemente dos outros textos até aqui estuda­dos, o profeta não apa­rece aqui como a figura central, mas secundária!

0 centro é d e s lo ca d o do profeta de Tisbe para o Profeta de Nazaré, Je su s . E não mais Elias. Moisés, Pedro, Tiago e João, também nominados nesse texto, aparecem como figurantes numa cena onde Cristo, o Messias pro­metido, é a figura principal.

1 - ELIAS, O M ESSIAS E A T R A N S F IG U R A Ç Ã O

1. Transfiguração. O texto sagrado relata que tão logo subi­ram ao Monte, Jesus foi transfigu­rado diante de Pedro, João e Tiago. Diz o texto sagrado: “o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz” (Mt 1 7.2).

A palavra tra n s fig u ra r , que traduz o termo grego m eta m o rfo ­se, mantém o sentido de mudança de aparência, ou forma, mas não mudança de essência. A transfi­guração mostrou aos discípulos aquilo que Jesus sempre fora: o verbo divino encarnado (Jo 1.1;1 7.1 -5). Os discípulos observaram

que o seu rosto brilhou como o sol j (Mt 1 7.2). O texto revela também I que suas vestes resplandeceram 1 (Mt 1 7.2). Esses fatos põem em evidência a identidade do Messias, I o Filho de Deus.

2. G lória d ivina. Mateus de- I talha que durante a transfiguração [

“uma nuvem luminosa j os cobriu” (Mt 1 7.5). É | relevante o fato de que I M ateus, ao e sc re v e r Io evangelho aos he- I breus, põe em evidên- I cia o fato de que Jesus | é o Messias anunciado | no Antigo Testamento. | Isso pode ser visto na

manifestação da nuvem luminosa, que está relacionada com a mani­festação da presença de Deus (Êx 14.19,20; 24.1 5-1 7; 1 Rs 8.10,11; Ez 1.4; 1 0.4). Tanto Moisés como Elias, quando estiveram no Sinai, presenciaram a manifestação des­sa glória. Todavia, não como os discípulos a vivenciaram no Monte da Transfiguração (Mt 17.1,2).

SINO PSE D O T Ó P IC O (1 )

A transfiguração provou para os discípulos e para nós aquilo que Jesus sempre fora: o verbo ... divino encarnado.

R E S P O N D A

I . E x p liq u e o s fe n ô m e n o s da t r a n s f ig u r a ç ã o d e s c r i t o s n o s evangelhos.

II - ELIAS, O M ESSIAS E A R E S TA U R A Ç Ã O

1. T ip o lo g ia . No evento da transfiguração, o texto destaca os nomes de Moisés e Elias (Mt1 7.3). Para a Igreja Cristã, Moisés

PALAVRA-CHAVE

Transfiguração:M udança de

a p a rên c ia , ou fo rm a , m as não

m udança de essên cia .

L ições Bíb l ic a s 6 3

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REFLEXÃO

“Je su s C ris to é m a is do qu e um g ra n d e fíder, um bom exem plo

ou um g ra n d e p ro fe ta .Ele é o F ilho de D e u s .”

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

prefigura a Lei enquanto Elias, os profetas. É perceptível, nessa pas­sagem, que Moisés aparece como figura tipo lóg ica . Mateus põe em evidência o pronunciamento do próprio Deus: “Escutai-o” (Mt 17.5). E Moisés havia dito exata­mente estas palavras quando se referia ao Profeta que viria depois dele: “O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis” (Dt 1 8.1 5). A transfigura­ção revela que Moisés tem seu tipo revelado em Jesus de Nazaré e que toda a Lei apontava para Ele.

2 . E sc a to lo g ia , Enquanto Moisés ocupa um papel tipológico no evento da transfiguração, Elias aparece em um contexto escatoló- gico. O texto de Malaquias 4.5,6 apresenta Elias como o precursor do Messias. O Novo Testamento aplica a João Batista o cumprimen­to dessa Escritura: “E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à pru­dência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto” (Lc 1.17). Assim como Elias, João foi um profeta de con­fronto (Mt 3.7), ousado (Lc 3. 1 -14) e rejeitado (Mt 1 T .1 8). A presença do Batista, o Elias que havia de vir, era uma clara demonstração da messianidade de Jesus.

SIN O P S E D O T Ó P IC O (2 )

No evento da transfiguração, Moisés prefigurava a Lei e Elias os profetas.

R E S P O N D A2. De que fo rm a pode s e r e x p lica ­do a s a p a riçõ e s de M oisés e E lias no evento da tra n s fig u ra çã o ?

I I I - ELIA S, O M ESSIAS E A R E JE IÇ Ã O

1. O M e s s ia s e s p e ra d o .Tanto os rabinos como o povo comum sabiam que antes do ad­vento do Messias, Elias haveria de aparecer (Ml 4 .5 ,6 ; Mt 17.1 0). O relato de Mateus sugere que os escribas não reconheceram a Jesus como o Messias, porque faltava um sinal que para eles era determinante — o aparecimento de Elias antes da manifestação do Messias (Mt 1 7.1 0).

Com o Jesus poderia ser o Messias se Elias ainda não havia vindo? Jesus revela então que nenhum even to no program a profético deixara de ter o seu cum­primento. Elias já viera e os fatos demonstravam isso. Elias havia sido um profeta do deserto, João também o foi; Efras pregou em um período de transição, João prega na transição entre as duas alianças; Elias confrontou reis (1 Rs 17.1,2;2 Rs 1.1 -4), João da mesma forma (Mt 14.1-4). Mais uma vez fica claro: João era o Elias que havia de vir e Jesus era o Messias.

2. O M ess ias re je itado . O texto de Mateus 1 7.1 -8, que narrao episódio da transfiguração, ini­cia-se com a sentença: “Seis dias depois” (Mt 1 7.1). O texto coloca a transfiguração num contexto onde

6 4 L iç õ e s Bíb l ic a s

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REFLEXÃO

“Os even to s o co rrid o s d u ra n te a T ra n sfig u ra çã o se rvem p a ra d e m o n stra r que Je su s e ra de

fa to o M ess ia s e sp e ra d o .”

uma sequência de fatos deve ser observada. Os eruditos ressaltam que “seis dias” é uma outra forma de dizer: “uma semana depois”. De fato, o texto paralelo de Lucas fala de “quase oito dias”, isto é, uma semana depois (Lc 9.28). O texto, portanto, põe o evento no contexto da confissão de Pedro (Mt 16.13-20) e no discurso de Jesus sobre a necessidade de se tom ar a cruz (Mt 16.24-28). O Messias revelado, portanto, em nada se assemelhava ao herói da crença popular. Pelo contrário, a sua mensagem, assim como a do Batista, não agradaria a muita gente e provocaria rejeição.

SIN O PSE D O T Ó P IC O <3)

João era o Elias que havia de vir e Jesus era o Messias.

R E S P O N D A

3. Com o o fenôm eno da tra n s fig u ­ra çã o d em o n stra que Je su s e ra de fa to o M essia s e sp e ra d o ?

IV - EL IA S, O M ESSIAS E A E X A LTA Ç Ã O

1. H u m ilh a ç ã o . Os intér­pretes destacam que havia uma preocupação dos discípulos sobre a relação do aparecimento de Elias e a manifestação do Messias. Esse fato é demonstrado na pergunta que eles fazem logo após d es­cer o monte da transfiguração (Mt 17.10). Como D. A. Carson observa, o fato é que a profecia referente a Elias falava de “res­taurar todas as coisas” (Mt 17.11) e os d iscípulos não entendiam

;com o o M essias tão esperado pudesse morrer em um contexto de restauração . Cristo corrige esse equivoco, mostrando que a cruz faz parte do plano divino para restaurar todas as coisas (Mt1 7.1 2; Lc 9.31; Fl 2.1-1 1).

2 . Ex a lta çã o . Muito tempo depois, o apóstolo Pedro ainda lembra dos fatos ocorridos e os cita em relação à exaltação e glori­ficação de Jesus e, também, como prova da veracidade da mensagem da cruz: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nos­so Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós m esm os vimos a sua ma­jestade, porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho com­prazido” (2 Pe 1.16,17).

SIN O PSE D O T Ó P IC O (4 )

Jesus deixou claro que a cruz faz parte do plano divino para restaurar todas as coisas.

R E S P O N D A

4. Com o D. A .C a rso n o b se rva a p ro fe c ia re fe re n te a E lia s?5. Com ente, com su a s p a la v ra s , so b re a exa lta çã o do M essia s .

L iç õ e s Bíb l ic a s 6 5

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C O N C L U S Ã O

Vimos, pois, que os eventos ocorridos durante a Transfiguração servem para demonstrar que Jesus era de fato o Messias esperado. Tanto a Lei, tipificada aqui em Moisés, como os Profetas, repre­sentado no texto pela figura de

AUXÍLIO BIBLIO GRÁFICO 1Subsid io T eo ló g ic o“Embora a Transfiguração fos­

se sem dúvida uma maravilhosa revelação da natureza essencial de Jesus, no contexto ela era tam­bém uma poderosa manifestação da natureza do reino que o nosso Senhor pretendia estabelecer com a sua morte.

[...] A chave para entendermos o pretenso significado da transfi­guração é encontrada em Marcos 9.2, na frase ‘seis dias depois’. O que havia acontecido antes dos seis dias? Jesus havia falado sobre a sua cruz e depois a glória, e feito uma promessa específica: ‘Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o Reino de Deus com poder’ (Mc 9.1).

Não é costume de Marcos indi­car um preciso relacionamento entre os eventos. A frase ‘seis dias depois’ faz íntima ligação entre a transfigu­ração e a profecia de Cristo sobre a sua morte e ressurreição — e a pro­messa que fez aos discípulos de que alguns veriam ‘o Reino de Deus com poder’” (RICHARDS, Lawrence O. C om en tár io H istórico-Cultura l do N ovo Testam ento . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 11 5).

Elias, apontavam para a revelação máxima de Deus — o Cristo Jesus. Essas personagens tão importantes no contexto bíblico não possuem glória própria, mas irradiam a glória proveniente do Filho de Deus. Ele, sim, é o centro das Escrituras, do Universo e de todas as coisas (Cl 1.18,19; Hb 1.3; Fl 2.10,1 1).

BIBLIO G RAFIA SUG ERIDA

RICHARDS, Lawrence O. C o ­m entário Histórico-Cultural do N ovo Testam ento . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. MERRILL, Eugene H. H istór ia de Israel no A n t ig o T es ta ­m ento: O re ino de sa ce rd o te s q u e D e u s c o lo c o u e n t r e a s nações. 6. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n°52, p.40.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

A transfiguração, aponta claramente para a divindade de Jesus, mostrando

que Ele era o Messias esperado.Podemos entender que a presença

de Moisés tem uma função tipológica, isto é, a sua missão apontava parajesus Cristo, assim como a função de Elias

estava relacionada à escatologia.3. Serviu para mostrar que João, o batista, era o Elias profetizado, e que, portanto, o seu aparecimento era uma prova incontestável de que Jesus era o

Messias esperado.A exaltação do Messias revelado

na transfiguração, conforme lembrou posteriormente o apóstolo Pedro (2 Pe 1.16-19), era uma prova inconteste da

veracidade da mensagem da cruz.Resposta pessoal.J

6 6 L içõf.s Bíb lic as

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AUXILIO BIBLIO GRÁFICO IISubsidio Teológico

“Embora a transfiguração fornecesse uma confirmação visível da divindade de Cristo, os discípulos, perante os quais Ele havia exibido sua glória, já o havia reconhecido através dos olhos da fé (Mc 8.29). Porém não haviam reconhecido a natureza do seu reino: não entendiam a implicação de tomar a cruz e seguir a Jesus a fim de receberem uma nova vida.

Então Jesus transfigurou-se diante deles e, nessa transformação, eles viram ‘o Reino de Deus com poder’ (Mc 9.1). Eles viram Aquele que apareceu em sua encarnação como um homem comum, brilhar de repente com um extraordinário esplendor. O que eles viram era uma verdadeira transfiguração — uma transformação revolucionária do estado de um ser para outro. Um estado de ser que indiscutivelmente exibia a glória e o poder de Deus. É isso que a transfiguração redefine o reino para seus discípulos. Quando, depois da morte e ressurreição de Cristo o reino de Deus vier ‘com poder’, a característica marcante desse reino não será exércitos de anjos marchando para esmagar o poder de Roma. O reino de Deus vem com poder a fim de mudar os seres humanos comuns em seres que escolheram seguir a Jesus. O reino, pelo menos até à volta de Jesus, consistirá em transformação, e não nas conquistas que eles desejavam” (RICHARDS, Lawrence O. C om entário H istórico -C u ltura l do Novo Testam ento . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 1 1 5).

L içõ es Bíb l ic a s 6 7

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H á um M ilag r e em Su a C a s a

/ATEXTO AUREO

“Então, entra , e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em

todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio" (2 Rs 4.4).

VERDADE PRATICA

A história da multiplicação do azeite da viúva mostra claramente que o Senhor é soberano e gracioso para suprir todas as necessidades de seus filhos.

HINO S SUGERIDOS 1 , 4 , 5 8

LE IT U R A D IARIA

Segunda - 2 Rs 4 .2As carências humanas

Terça - SI 116 .5A compaixão divina

S R Q uarta - Tg 2 .7A fé obediente

Q uinta - 2 Rs 7.1O braço divino

Sexta - Mc 1.40-42O sofrimento humano

Sábado - A t 3 .8 A glória manifestada

Lição 107 0 de Março de 2013

6 8 L ições Bíb lic as

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I

I

L E IT U R A B ÍB LIC A EM CLASSE

2 SReis 4 .1 -7

1 - E um a m u lh er das m u lhe­re s d o s f ilh o s dos p ro fe ta s , clam ou a E liseu d izen do : Meu m arido , teu se rvo , m o rreu ; e tu sa b es que o teu se rvo tem ia ao SENHOR; e veio o c re d o r a levar-m e os m eus do is filh os p a ra serem se rvo s .

2 - E E liseu lhe d is se : Que te hei de eu fa z e r ? D ecíara-m e que é o que ten s em ca sa . E ela d is s e : Tua se rv a não tem n a d a em c a sa , s e n ã o um a bo tija de aze ite .

3 - Então , d isse e le : Vai, pede p a ra ti vasos em p resta d os a todos os teus v iz in hos , vasos vazios, não poucos.

4 - En tão , e n tra , e fe ch a a | p o rta so b re ti e sob re teus fi-

lhos , e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à p a rte o que e s t iv e r cheio.

5 - P artiu , po is, dele e fechou a p o rta sob re s i e so b re seus f ilh o s ; e e les lhe tra z ia m os vasos, e ela os ench ia .

6 - E sucedeu que , cheios que fo ra m os v a so s , d isse a seu filho : Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe d is s e : Não há m ais vaso nenhum . En tão , o aze ite parou .

INTERAÇÃO

Professor, você crê em m ilagres? Então, não terá dificuldades no preparo desta lição, pois estudarem os a respeito de um dos m ilagres de Eliseu: a multiplicação do azeite na casa da viúva. Esta é uma das m ais su rp reen d en te s pa ssagen s bíblicas pa ra aqueles que creem que para o Senhor não há causa impossível. Este milagre nos ensina que o pouco com Deus torna-se muito e a escassez pode converter-se em abundância. O Deus de Eliseu é o nosso Deus. Ele é imutável, e mediante sua graça continua a alcançar os corações daqueles que estão desespe­rados p o r um milagre.No deco rre r da lição, enfatize que o Pai Celeste rea liza m ilagres não porque m erecem os. Não som os m erecedores de nada, sua graça nos basta, m as os m ilagres em nossa vida são decorrentes da bondade divina. Deus é bom!

O B JET IV O S

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

A te n ta r para a real motivação de um milagre.

id en tif icar os instrumentos de um milagre.

7 - Então, veio ela e o fez sa b e r ao hom em de D eu s; e d isse ele : Vai, vende o aze ite e paga a tua d ív ida ; e tu e teus filhos vivei do re sto .

E s p e c if ic a r os reais objetivos de um milagre.

O R IEN TA Ç Ã O PED A G Ó G ICA

Inicie a lição fazendo a seguinte indagação: “Mesmo em meio à escassez, você crê que Deus é poderoso para suprir suas necessi­dades?” Ouça os alunos com atenção. Ex­plique que muitas vezes Deus permite um período de escassez para que venhamos nos humilhar perante Ele e reconhecer a

nossa dependência dEle. Enfatize o fato do quanto a fé daquela viúva e dos seus filhos foi fortalecida depois de experimentarem da provisão divina. Conclua lendo com a

classe Tiago 4.10 e Mateus 5.4.

L ições Bíb l ic a s 6 9

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IN TRO D U ÇÃ O

ã

mm

Na lição de hoje, estudare­mos a narrativa bíblica sobre a multiplicação do azeite na casa da viúva (2 Rs 4.1-7).Não há dúvidas de que esta é uma das mais surpreendentes pas­sagens bíblicas. Nela, vemos o pouco tornar- se muito; a escassez converter-se em abun­dância e o vazio ficar cheio! Vemos ainda como a graça de Deus alcança os corações de­sesperados. Este texto, portanto, é bem claro em revelar que os mi­lagres acontecem primeiramente em decorrência da bondade de Deus e, após, em resposta a uma fé obediente.

I - A M O T IV A Ç Ã O D O M ILA G R E

1» A necessidade humana.As bênçãos de Deus vêm em res­posta a uma necessidade humana. O milagre ocorrido na casa da viúva de um dos discípulos dos profetas confirma esse fato (2 Rs4.1-7). O texto expõe a extrema penúria na qual essa pobre mulher havia ficado. Perdera o marido, que havia falecido, e agora corria o risco de perder também os filhos para os credores se não quitasse uma dívida.

Era costume naqueles dias um credor obrigar um devedor a saldar a sua dívida através do trabalho servil ou escravo (2 Rs 4 .1b). Essa mulher, portanto, necessitava urgentemente que al­guma coisa fosse feita para tirá-la

PALAVRAS-CHAVE

Prov isão :Ato ou efe ito de

p ro ve r ; provim ento , abastecim ento , fo rnecim ento .

daquela situação. Sabedora que o profeta Eliseu era um homem de Deus, recorreu a ele (v. 1). A Escri­tura mostra que o Senhor socorre o necessitado (SI 40.1 7; 69.33; Is 25.4; Jr 20.1 3).

2. A m isericórdia d iv ina. O milagre ocorrido na casa da viúva aconte­ceu como resposta a uma carência humana, mas não apenas isso: ocorreu também graças à compaixão divina.

Não foi apenas por ser pobre que a viúva

foi socorrida, nem tampouco por haver sido esposa de um dos discípulos dos profetas (2 Rs 4.1). O texto diz que ela '‘clamou” ao profeta Eliseu (2 Rs 4.1). O termo hebraico que traduz essa palavra é tsa 'aq, que possui o sentido de d a m a r p o r a juda, ch o ra r em voz alta. O profeta ficou sensibilizado; Deus compadeceu-se daquefa mu­lher sofredora. O Senhor é compas­sivo, misericordioso e longânimo (Êx 34.6; 2 Cr 30.9; SI 11 6.5).

SINOPSE D O T Ó P IC O (1 )

O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana e como resultado da compaixão divina.

R ESPO N D A

7. Segundo a lição, o que m otivou a operação do m ilagre da m ulti­p licação do aze ite?

II - A D IN Â M IC A D O M ILA G R E

1. Um pouco de a z e ite .Diante do clamor da viúva, o pro­feta Eliseu perguntou-lhe: “Que te

7 0 L ições Bíb lic as

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hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite” (2 Rs 4.2).

Duas co isas precisam ser observadas aqui. Em primeiro lu­gar, o milagre acontece na esfera familiar: “o que tens em casa”. O lar e a família são importantes para Deus. Em segundo lugar, um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a bênção de Deus. De fato o texto hebraico destaca que a porção de azeite da mulher era tão minguada que ela quase esqueceu que o pos­suía. No entanto, foi esse pouco que o Senhor usou para operar o grande milagre. O que possu­ímos pode ser bem pouco, mas é suficiente para Deus operar os seus propósitos.

2 . Um a fé o b e d ie n te . A instrução dada peio profeta Eliseu para solucionar o problema da viú­va é bastante reveladora sobre a di­nâmica desse milagre (2 Rs 4.3-5). Num primeiro momento, o profeta chamou a mulher àação: “Vai, pede para ti vasos emprestados”. A fé é demonstrada pela ação (Tg 2.1 7). Jesus também viu a fé do paralítico e dos homens que o conduziram em Cafarnaum (Mc 2.1-12). Em segundo lugar, o milagre deveria acontecer de portas fechadas: “Fecha a porta”, disse o profeta. A mulher obedeceu ao profeta, e o azeite começou a fluir. E, assim, pôde ela salvar os filhos, pagar as dívidas e viver dignamente.

É possível que uma das cau­sas da escassez de milagres hoje esteja na publicidade desenfrea­da. Deus quer privacidade, mas os

SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )

Um pouquinho pode tornar- se muito se vem com a bênção de Deus.

R E S P O N D A

2 . Com o a viúva reag iu à s in s tru ­ções dadas pelo p ro fe ta E liseu ?

I I I - OS IN S T R U M E N T O S D O M ILA G R E

1. O instrum ento humano.Por várias vezes, no livro de 2 Reis, o profeta Eliseu é chama­do de “Homem de Deus” (2 Rs 4.7,9 ,16; 6.9). Sem dúvida esses textos demonstram que Eliseu era um instru m en to de Deus para a operação de m ilagres. Deus usa hom ens! Esse é um fato fartamente demonstrado na Bíblia. Para formar uma nação e através dela revelar seu plano de salvação à humanidade, o Senhor chamou Abraão (Gn 1 2). Para tirar os israelitas do Egito, Deus usou Moisés (Êx 4 .1-17). Para levar

L ições B íb licas 71

REFLEXÃO

“Quando lem os o AT, é fá c il en foca rm os o severo

ju lg a m en to de D eus sob re os rebeldes e m in im izarm os seu

terno cu idado p o r aqueles que o am am e se rv e m .”

Bíblia de Estudo Aplicacão Pessoal

T_«sresir ■ h ih m h h h h l ji. •homens gostam de notoriedade?*. Gostam de aparecer e vangloriar- se (Lc 12.15). Deixam a porta aberta para serem vistos!

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“[ . . .] Elisen era um instrum ento de Deus para a operação de m ilagres. Deus usa homens! Esse é um fato fartam ente

dem onstrado na B íb lia .”

a mensagem do Evangelho aos gentios, o Senhor usou a Pedro (At10 — 11). Deus também chamou a Paulo para ser “um instrumento escolhido” para levar seu nome perante os nobres (At 9.1 5). Para salvar-nos, Deus humanizou-se na pessoa bendita de Jesus Cristo (Jo 1.1,18; Fp 2.1-1 1).

E para sua obra missionária, Ele conta com você! (Mt 28.1 9)

2. O in s tru m e n to d iv in o . Quando uma grande fome a s­solava Samaria, o profeta Eliseu profetizou abundância de alimen­tos: “Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, quase a este tempo, uma medida de farinha haverá por um siclo, e duas me­didas de cevada, por um siclo, à porta de Samaria” (2 Rs 7.1).

O cumprimento dessa profecia parecia pouco provável naqueles dias, a ponto de o capitão, em cujo braço o rei se apoiava, haver ironi­zado: “Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso?” (2 Rs 7.2). Mas a profecia cumpriu-se exatamente como Eliseu havia predito (2 Rs 7.16-20). O texto põe a Palavra do Senhor como agen­te causador do milagre. O cronista observa que esses fatos ocorreram "sequndo a palavra do Senhor” (2

Rs 7.1 6). O que o Senhor faz, Ele o faz através de sua Palavra.

SINO PSE D O T Ó P IC O (3 )

A Palavra do Senhor foi o agente causador do milagre na vida da viúva. O que o Senhor faz, Ele o faz através da sua Palavra.

R E S P O N D A

3. Com qua l e xp re ssã o o c ro n ista iden tifica o p ro fe ta E liseu em seu re la to ?

IV - O O B JE T IV O D O M ILA G R E

1. Uma resposta ao s o fr i­m ento. Todos os milagres realiza­dos por Eliseu deixam bem claro que eles ocorreram em resposta a uma necessidade humana e tam­bém ao sofrimento (2 Rs 4.1-38;5.1-19; 6.1-7).

O Novo Testamento mostra- nos que o SenhorJesus libertava e curava porque se compadecia do sofrimento humano (Lc 13.10-17; Mc 1.40-45).

2. G lorificar a Deus. Os mi­lagres, portanto, são uma resposta de Deus ao sofrimento humano. Todavia, eles não se centralizam no homem, mas em Deus. Os milagres narrados nas Escrituras objetivam a glória de Deus. Em nenhum mo­mento, encontramos os profetas buscando chamar a atenção para si através dos milagres que reali­zavam nem tirar proveitos deles. Quem tentou fazer isso e beneficiar- se de forma indevida foi Geazi, o servo de Eliseu. Entretanto, quando assim procedeu foi severamente punido (2 Rs 5.20-27).

7 2 L ições Bíb lic as

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Em o Novo Testamento, ob­servamos Pedro e Paulo pondo em destaque esse fato e mostrando que Deus, e não os homens, é quem deve ser glorificado (At3.8,1 2; 14.14,1 5).

SINO PSE D O T Ó P IC O (4 )Todos os milagres realizados

por Eliseu ocorreram em respos­ta a uma necessidade humana e também ao sofrimento.

R E S P O N D A4 . Cite um dos o b je tivo s en vo lv i­dos na op era çã o de um m ila g re .5 . Como Pedro e Paulo destacam a re lação dos m ilagres com o ho­m em e D eu s?

C O N C L U S Ã O 1O milagre da multiplicação

do azeite é um testemunho do poder de Deus, que se compa­dece dos sofredores que o bus­cam de todo o coração. O foco, portanto, d e ssa bela h istória não é a v iúva nem tam poucoo profeta Eliseu, mas o Senhor que através da instrumentalida- de do seu servo abençoa essa pobre mulher. A história faz-nos lembrar um outro feito extraor­dinário e muito mais relevante do que esse: a multiplicação dos peixes e pães por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele foi, é e sempre será a resposta a todo sofrimento humano.

REFLEXÃO

“A m u lh er e seu s filhos reco lheram vasos de seu s viz inhos e d esp e ja ra m óleo vegeta l ne les a p a r t ir de

um único fra sco . [ . . . ] O óleo só pa rou de f lu ir quando não havia m ais va silh a s . [ . . . ] O Sen h o r é poderoso p a ra fa ze r in fin itam ente m ais do que tudo quanto

pedim os ou pensam os (E f 3 .2 0 ) . ’’Bíblia de Estudo Aplicacão Pessoal

L ições Bíb lic as 7 3

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..AUXILIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Devocional ‘Feche a porta para a dúvida

Um fator muito importante na história deste milagre é o que aconteceu após a viúva ter tomado emprestadas as vasilhas vazias de seus vizinhos curiosos. Eliseu lhe disse: ‘Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos...’ Sempre haverá muitas pessoas para dizer ao contrário. Há os que replicam: ‘Os antecedentes são contra isso. Tenta­mos antes e falhamos’. Há também os que se queixam: ‘Não podemos suportar isso’. Eliseu simplesmente insistiu para que ela deixasse de fora os incrédulos, e fechasse os ouvidos para a dúvida.

Os vizinhos que estavam cien­tes de sua situação talvez fossem levados a pensar que as atitudes eram excêntricas e, com certeza, a ridicularizariam. Tachariam-na de tola por acreditar em algo tão impossível como que lhe propusera o profeta.

Jesus advertiu: ‘Atentai no que ouvis5 (Mc 4.24). Ele sabia que agimos e reagimos de acordo com aquilo que ouvimos daqueles que estão à nossa volta. Eliseu também sabia quão rapidamente as sementes de dúvida crescem no solo do desespero e da perversidade humana. Dessa manei­ra, recomendou à viúva que entrasse em sua casa e fechasse a porta da dúvida. Assim como Maria, mãe de nosso Senhor, devemos considerar alguns sonhos em nossos corações, ao invés devê-los assassinados numa conversa casual (Mt 7.6)” (BARNETT, Tommy. Há um m ilagre em sua casa: A solução de Deus começa como que você tem. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 36).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BARNETT, Tommy. Há um m i­lagre em sua casa: A solução de D eus co m eça com o que você tem. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.ZUCK, Roy B. Teologia do An­tigo Testamento. 1. ed. Rio dejaneiro: CPAD, 2009.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n°52, p.41.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

I . A necessidade da vrúva e a mi­sericórdia divina.

2 . Agiu com fé e obediência.3, “Homem de Deus”.

4 . Uma resposta ao sofrimento hu­mano ou glorificar a Deus.

5. Eles mostram que é Deus, e não o homem, quem deve ser glorificado

nos milagres.

7 4 L ições Bíblicas

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Lição 1 117 de Março de 2013

Os M ilagres de Eliseu

’‘O ra, o re i fa lava a Ceazi, moço do homem de Deus, d izendo : Conta-me, peço-te, todas as g randes obras que

Eliseu tem fe ito” (2 Rs 8.4).

LE IT U R A D IÁ RIA

Segunda - 2 Rs 4 .4 3 A multiplicação dos pães

Terça - 2 Rs 7.1 Abundância de víveres

Q uarta - 2 Rs 4 .3 6 ,3 7 A ressurreição do filho da sunamita

Q uin ta - 2 Rs 6 .6 O machado flutuante

Sexta - 2 Rs 2 .2 1 ,2 2 As águas de jericó

Sábado - 2 Rs 5 .14 A cura de Naamã

I jçõES Bíb l ic as 7 5

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INTERAÇÃOProfessor, estudaremos nesta lição alguns dos milagres realizados pelo profeta Eli- seu. Este abnegado servo de Deus foi um dos sete mil que não se dobraram diante de Baal. As intervenções sobrenaturais, realizadas por intermédio de Eliseu, são muitas, o que torna impossível tratar de todas em uma única lição. Por isso, as narrativas de seus m ilagres foram divididas em quatro grupos, tornandoo ensino mais didático: milagres de pro­visão, restituição, restauração e ju lg a ­mento. Todas essas intervenções divinas operadas por Eliseu demonstram o poder de Deus. Os milagres tinham como único propósito evidenciar a graça e a glória do Todo-Poderoso. A intenção não era jam ais

. exaltar as virtudes do profeta.

L E IT U R A B ÍBLICA EM CLASSE2 R e is 2.9-14

9 - Sucedeu, po is, que, havendo eles passado , E lias d isse a E li­seu : Pede-me o que queres que te fa ça , an tes que se ja tom ado de ti. E d isse E liseu : Peço-te que h a ja p o rçã o d o b ra d a de teu esp írito sob re m im .

10 - E d is se : C o isa d u ra p e ­d is te ; se me v ires quando fo r tom ado de ti, a ssim se te fa rá ; porém , se não, não se fa rá .

11 - E sucedeu que, indo eles andando e fa lando , eis que um ca rro de fogo, com cava los de fogo, os sep a ro u um do ou tro ; e E lia s sub iu ao céu num red e­m oinho.

___________ O B JE T IV O S

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Elencar os milagres de Eliseu.

Entender o que motivou os milagres de Eliseu.

C om preender os propósitos dos milagres de Eliseu.

O R IEN TA ÇA O PED A G Ó G ICA

Professor, reproduza o quadro da página seguinte de acordo com as suas possi­

bilidades. Inicie a aula com as seguintes indagações: “Você acredita em mila­

gres?” “Qual o verdadeiro objetivo de um milagre?" Ouça os alunos com atenção e diga que Deus não mudou. Ele continua operando milagres e maravilhas. Toda­via, os milagres são para aqueles que

creem. Quem tem um coração duvidoso jamais poderá experim entar dos mila­gres divinos. Para fortalecer a fé dos seus alunos conclua apresentando o

quadro da página seguinte com os vários milagres realizados por Eliseu.

1 2 - 0 que vendo E liseu , c la ­m ou : Meu pa i, m eu pai, ca r ro s de Is ra e l e seus ca va le iro s! E nunca m ais o v iu ; e, tom ando das su a s vestes , a s ra sgou em duas p a rte s .

1 3 - Também levantou a capa de Elias, que lhe ca íra ; e voltou- se e pa rou à borda do Jo rdão .

14 - E tomou a capa de Elias, que lhe caíra , e feriu as águas, e d isse : Onde está o Senhor, Deus de Elias? Então, fe riu as águas, e se d ivid iram elas pa ra uma e outra banda; e Eliseu passou .

7 6 L ições Bíb lic as

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f y

IN TR O D U ÇÃ OEliseu era um lavrador per­

tencente a uma família abastada de Israef, quando foi chamado a exercer o ministério pro­fético (1 Rs 1 9.1 9-21).Sem dúvida, era um dos sete mil que não haviam se dobrado diante de Baal. E essa foi uma das razões pelas quais o Senhor o escolhera. As intervenções sobrena­turais, através de Eliseu, são impressionantes (1 Rs 19.1 6).

Dividimos aqui as narrativas de seus milagres em qua­tro grupos. Nem todos os milagres operados por Eliseu serão estuda­dos aqui, mas os que analisarmos servirão para ilustrar os propósitos divinos na vida de seu povo.

I - OS M ILA G R E S DE P R O V IS Ã O

1. A m u lt ip lic a ç ã o dos pães. Esse é um milagre de pro­

r PALAVR>V C H A V E ^

Mi laSegundo é um a s l

tempon leis da n

visando a sobrenú

g re :' a Bíblia, jspensão ária das atureza, operação

itural de us. ^

visão. Eram cem os d iscípulos dos profetas e só havia vinte pães para alimentá-los (2 Rs 4.42-44). A lei da procura era maior do que a da oferta! O que fazer diante da situação? O profeta Eliseu não olha

às evidencias naturais, mas seguindo a direção de Deus, profetiza que todos comeriam e ainda sobrariam pães! Como? Não havia lógica nenhu­ma nessa predição.

Todavia, milagres não se explicam, acei­tam-se pela fé! Muito tempo depois encontra­mos o Novo Testamento detalhando com ojesus

Cristo operou um milagre com a mesma dinâmica, mas em maior proporção (jo 6.9). Em ambas as histórias, a graça de Deus em pro­ver o necessário para os carentes fica em evidência.

2 . A b u n d â n c ia de v ív e ­res. Jorão, filho de Acabe, estava assentado no trono do reino do Norte e, a exemplo de Jeroboão, foi mau governante (2 Rs 3.1-3).

— sãs— BWiiíHÉíi nirm

MILAGRES DE ELISEU

Milagres Referência Fatores

1. O rio Jordão é dividido 2 Reis 2.1 3 ,14 Água

2. A fonte purificada em Jericó 2 Reis 2 .19-22 Água

3. O azeite da v iúva é m ultiplicado 2 Reis 4.1-7 Azeite

4. Um menino morto e ressuscitado 2 Reis 4 .18-37 A vida de uma criança

5. Um guisado envenenado é purificado 2 Reis 4.38-41 Farinha

6. A com ida dos profetas é m ultiplicada 2 Reis 4 .42-44 Pão e grãos

7. Naamã é curado da lepra 2 Reis 5.1-14 Água

8. Ceazi torna-se leproso 2 Reis 5.15-27 Somente palavras

9. O ferro de um machado flutua 2 Reis 6.1-7 Água

1 0. O exército sírio torna-se cegoV

2 Refs 6.8-23 Oração de Eliseu

Fonte: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Rio c/e Janeiro, CPAD, p. 5T3.

L içõ es Bíb l ic a s 7 7

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19MA consequência de suas ações pecaminosas foi o cerco à cidade de Samaria promovida por Ben-

, Hadade II. Com a cidade sitiada, a < consequência natural foi a escas- \ sez de alimentos. Vendia-se desde \ cabeça de jum ento até mesmoI esterco de pombo na tentativa de

amenizar a fome.P re ss io n a d o pela c r ise , o

rei procurou o profeta Eliseu e o responsabilizou pela tragédia. Sempre o Diabo querendo culpar

i Deus! Todavia, o Senhor demons- | tra, mais uma vez, a sua graça, e | orienta Eliseu a profetizar o fim da

fome! Como nos outros milagres,3 esse tem seu cum prim ento de | forma inteiramente sobrenatural

e inexplicável.

j SINOPSE D O T Ó P IC O (1 )Milagres não se exp licam ,

! aceitam-se pela fé! Aqueles que | duvidam não recebem nada del Deus.

R ESPO N D A/. Q uais m ila g re s de p ro v isã o sã o l is ta d o s na liçã o ?

II - OS M ILAG RES DE R E S T IT U IÇ Ã O

1. A ressurreição do filho ] da sunam ita . Mesmo havendo | deixado o filho morto em casa, a rica

mulher de Suném demonstra uma fé inabalável (2 Rs 4.1 8-37). Quando a caminho, e interrogada por Geazi,

Sj servo de Eliseu, sobre como iam as ! coisas, ela respondeu: “Tudo bem!”

Nada está fora de controle quando | Deus está no comando.

A sequência da história mostrao profeta Eliseu orando ao Senhor sobre o corpo inerte do garoto (2

Rs 4.33,34). Os gestos do profeta parecem não ter sentido, mas sem dúvida refletem a orientação divina (2 Rs 4.34,35). O Senhor responde a oração do profeta e a vida volta novamente ao filho da sunamita (2 Rs 4.35-37).

2. O m a c h a d o q u e f l u ­tu ou . Um dos d isc íp u lo s dos profetas perdera a ferram enta que tom ara em p restad a (2 Rs6.1-7). Naqueles dias, os instru­mentos de ferro eram e scasso s e valiosos. Daí o seu desespero . Duas coisas observam os nesse texto : p rim eiram en te , a m oti­vação do milagre que está bem e x p r e s s a no la m e n to d a q u e ­le que perdera o m achado . O que nos faz lamentar? A nossa motivação está correta? Em se ­gundo lugar, vem os o profeta procurando id entif icar o local onde a ferramenta havia caído. O Senhor está pronto a restituir o que perdemos, mas temos de ter consciência disso.

SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )Nada está fora de controle

quando Deus está no comando. Ele é soberano!

RESPO ND A2. Que lição p o d em o s a p re n d e r com o m ach ado que flu tu o u ?

I I I - OS M ILAG RESDE R ESTA U R A Ç Ã O1. A cura de Naamã. Algu­

mas coisas nos chamam a atenção no relato d e sse m ilagre (2 Rs5.1-19). Em primeiro lugar, ob­servamos que o general sírio fica indignado quando o profeta não age da forma que ele imaginou

7 8 L iç õ e s B íb l ic a s

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(2 Rs 5.1 1). Deus não faz shows, nem tampouco opera para satis­fazer nossa curiosidade.

Em segundo lugar, vem os que Deus não estava interessado na análise lógica de Naamã (2 Rs5.1 1,12), mas apenas em sua obe­diência. Em terceiro lugar, Naamã recebe a cura quando desce ao Jordão (2 Rs 5.14).

Ninguém será restaurado se não descer! Naamã desceu e foi curado. Deus resiste aos sober­bos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6). Em quarto lugar, Naamã tentou re co m p e n sa r o p ro fe­ta pelo milagre recebido (2 Rs 5.15,16). Eliseu recusou! A graça não aceita pagamento por aquilo que faz.

2. As águas de Jericó. O texto de 2 Reis 2.19-22 narra o episódio das águas amargas de Jericó que se tornaram saudáveis através da ação de Eliseu. Aqui,o profeta pede um prato novo e, que neste, se coloque saí. Feito isso, ele profetiza que aquelas águas tornar-se-iam potáveis se­gundo a palavra do Senhor. Tais exigências possuíam um valor simbólico, pois o sal representa um elemento purificador (Lv 2.1 3; Mt 5.1 3). O prato novo simboliza um instrum ento de dedicação especial ou exclusiva a Deus para aquele momento. Em todo caso, foi o poder de Deus que purificou as águas e não o poder desses objetos e ingredientes.

SINOPSE D O T Ó P IC O (3 )Deus não faz shows e não se

agrada daqueles que se utilizam

dos seus milagres para se promo­verem. O Senhor não opera para satisfazer nossa curiosidade.

RESPONDA

3 . C ite p e lo m en o s d u a s liçõ e s e x tra íd a s da cu ra de N aam ã.

I V - OS MILAGRES DE JU LG A M E N TO

1. M a ld ição d o s r a p a z i ­n h o s . Certa v e z , uns jo v e n s debocharam de Eliseu, dizendo- lhe: “Sobe, calvo, sobe, calvo”! Reagindo à situação, o profeta invoca o julgamento divino sobre os zombadores, amaldiçoando-os em nome do Senhor (2 Rs 2.23-2 5). O efeito foi devastador.

Apareceram duas ursas se l­vagens, que se investiram contra os rapazes, matando quarenta e dois deles. Não se pode brinçar com as coisas sagradas e muito m enos e sca rn ece r dos se rvo s de Deus.

2. A doença de Geazi. No relato de 2 Reis 5.20-27, observa­mos as razões pelas quais Geazi foi julgado. Ele supunha que a recusa de Eliseu em aceitar os presentes de Naamã era apenas uma questão pessoal do profeta (2 Rs 5.20). Por isso, resolveu tirar partido da situação. Usou o nome de Eliseu para validar sua cobiça, procurando tornar aceitável o que Deus havia abominado (2 Rs 5.22). Ele deveria saber que Deus não vende suas bênçãos, mas as dá gratuitamente. E, assim, o cobiçoso Geazi trocou o arrepen­dimento pelo fingimento e ainda trocou a bênção pela maldição

L iç õ e s Bíb l ic a s 7 9

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5. Cite pelo m enos d u a s ra zõ es pe la s qu a is C eazi experim en touo ju íz o d ivino .

CONCLUSÃOOs milagres operados por

Etiseu demonstram o poder divi­no. Todos tiveram um propósito específico: evidenciar a graça e a glória de Deus nas mais diferentes situações. Em nenhum momento, essas intervenções exaltam as virtudes do profeta.

Rs 5 .25,27), Em consequência, teve de conviver com a lepra pelo resto da sua vida!

SINOPSE D O T Ó P IC O (4 )Não se pode brincar com as

coisas sagradas e muito menos escarnecer dos servos de Deus.

RESPONDA4. Como os ra p a zes zom baram do p ro fe ta ?

8 0 L ições Bíb lic as

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c

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Multiplicação dos pães e abun­dância de víveres.

2 . O Senhor está pronto a restituir ou restaurar quem perdeu alguma coisa, desde que se tome consci­

ência disso.3 . Deus não opera milagres para satisfazer nossa curiosidade. Ele

também resiste aos soberbos.4 . “Sobe, calvo. Sobe, calvo”.

5. Geazi viu apenas uma ação hu­mana quando deveria ver uma ação divina e também trocou a verdade

pela mentira.

A U X ILIO BIBL IO G RÁ FICO ISubsídio Bibliográfico

“ Deus cura a lep ra d e Na-am ã

O poder divino, o qual se ma­nifestou através da cura da lepra de Naamã, tinha o propósito de demonstrar que o Deus de Israel era maior que as d iv indades da Síria. O milagre aconteceu em be­nefício dos israelitas e também dos sírios. Os israelitas entenderam que Deus desejava fazer deles o seu instrumento para conquistar outros povos. Também está aqui evidenteo ponto de vista profético de queo reino do Norte, assim como o de Judá, estava essencialmente relacio­nado com o cumprimento de Deus para seu povo.

O desespero de Naamã, cau­sado pela impureza do rio Jordão, pode ter sido provocado em parte pela correta comparação que fez com os rios Abana e Farpar. Entre­tanto, a questão verdadeira era a sua má vontade em se humilhar ade­quadamente, e obedecer à ordem de Deus para obter a cura.

O registro da cura de Naamã representa um cativante relato da ‘cura de leproso’. Existe aqui um re­trato notável sobre: (1) A grandeza que não leva a coisa alguma — um grande homem... porém leproso; (2) O testemunho da fé de uma es­crava; (3) Um pedido inesperado e humilde; (4) A obediência e a cura com pleta” (C o m en tá r io B íb lico Beacon. Vol 2. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 349).

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A U X IL IO B IB LIO G R Á FIC O 11Subsíd io B ib liográ fico

- “A f a m a de E l is e u <2 R s 6 .1 2 ) — Vários eventos claramente mostram que os milagres de Eliseu foram realizados com a intenção de p ro d u z ir fé ta n to fo ra como dentro dos limites dc Is rae l. A cu ra de Naamã (2 Rs 5), a reputação conseguida expondo os planos dos sírios (2 Rs 6.12) e o livramento da unidade militar que veio para capturá-los (2 Rs 6.12,13) todos testemunham o poder de Deus. Sirvamos à igreja de Cristo. Porém, nunca percamos a visão daqueles fora de seus limites” (RICHARDS, Lawrence O. G u ia do L e ito r d a B íb lia : Um a a n á lise de G ên esis a A p o ca lip se ca p ítu lo p o r ca p ítu lo . 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 247).

- G e az i é a ta ca d o d e lep ra (2 R s 5 .20-27) — Naamã havia oferecido um presente a Eliseu; porém, o profeta o recusou. No entanto, sua gratidão era tão grande que ele prontamente deu dois talentos de prata a Geazi supostamente para dois jovens profetas necessitados. Eliseu transferiu a lepra de Naamã para Geazi, não só porque ele havia mentido por razões pessoais, mas o que é ainda pior, seu interesse egoísta por dinheiro havia diminuído a eficiên­cia do ministério de Eliseu para Deus. Esse incidente se apresenta como uma impressionante advertência a todos os servos do Senhor que colocam os interesses pessoais à frente da causa do Mestre” (C o m e n tá r io B íb lico Beacon . Vol 2. l .ed . Rio de Janeiro: CPAD,2005, p. 350).

8 2 L içõ es Bíb l ic a s

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TEXTO ÁUREO

“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, en­tre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para tam­bém ensinarem os outros”(2 Tm 2.1,2).

VERDADE PRATICA

A escola de profetas objetivava a transmissão dos valores morais e

espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.

H IN O S S U G E R ID O S 127, 186, 259

LE IT U R A D IARIA

Segunda - 2 Rs 6.1 Educação e instituição

Terça - 2 Rs 6.3 Educação e função

Quarta - 1 Rs 9.1 Educação e treinamento

Quinta - 2 Rs 6i.6 Educação e encorajamento

Sexta - 2 Rs 4.36,37 Educação e experimento

Sábado - 2 Rs 5.26 Educação e exemplo

Lição 1 224 de Março de 2013

Eliseu e a Es c o la dos Profetas

L içõ es Bíb l ic as 8 3

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE2 Reis 6.1-7

1 - E d isse ra m os filhos dos p ro fe ta s a Eli seu : Eis que o lu ­g a r em que hab itam os diante da tua face nos é estre ito .

\ 2 - Vamos, po is , até ao Jo rd ã o , e tom em os de lá, cada um de nós, uma viga, e façam o-nos ali um lugar, p a ra h a b ita r ali.

I E d isse e le : Ide.

I 3 - E d is se um : Serve-te de ire s com os teus se rvo s . E d isse :

| Eu irei.

í 4 - E fo i com eles; e, chegan-

I í do eles ao Jo rd ã o , co rta ra m m adeira .

5 - E sucedeu que, derribando um deles um a viga , o fe r ro caiu na á g u a ; e clam ou e d is ­se : Ai! Meu senhor! Porque era em prestado .

6 - £ disse o homem de Deus: "ú Onde ca iu ? E, m ostrando-lheI ele o lugar, cortou um pau, e oI lançou ali, e fez n adar o ferro .

7 - E d isse : Levanta-o. Então,• ele estendeu a sua m ão e o

INTERAÇAO

P ro fe sso r , j á no A n tigo Testam ento podem os p e rceb e r que a educação re ­lig iosa tinha um lu g a r de destaque en­tre os israe lita s . As Esco las de P ro fetas são uma p ro va desta verdade . E sta s in stitu ições não tinham com o p ro p ó ­sito en sin a r os a lunos a p ro fe tiza rem . A p ro fec ia é um dom d iv ino , p o r isso , som ente o Senhor pode ensinar os seus se rvo s quanto ao p ro fe tiza r. Todavia, um dos ob jetivos era p a ssa r às g e ra ­ções m ais novas a herança cu ltu ra l e esp ir itu a l da nação. Na lição de hoje, e s tu d a re m o s a c e rc a da E sco la de P ro fe ta s sob qua tro p e rsp e c tiv a s : a in stitu ição , os ob jetivo s, o cu rrícu lo e a m etodologia. Boa aula!

O B JETIV O S

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Com preender o real propósito das escolas de profetas.

Saber a respeito do currículo da escola de profetas.

R e lac io nar alguns dos métodos uti­lizados nas escolas de profetas

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza o quadro da página seguinte no quadro de giz. Utilize-o na

introdução da lição. Explique aos alunos que as Escolas de Profetas tinham como

objetivo a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia en­tregado a Israel através de sua Palavra.

Conclua afirmando que os autênticos cristãos empenham-se no estudo e no ensino das Sagradas Escrituras, pois o crente que não recebe instrução na Pa­lavra está sujeito a ser levado por todo

vento de apostasia (Ef 4.1 4).

8 4 L içõ es Bíb l ic a s

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IN T R O D U Ç Ã OPor diversas vezes, vemos a

expressão “filhos dos profetas” aparecer nos livros de Reis. Os filhos, ou discípulos, dos profetas estavam radicados em Betei, Jericó e Gilgal (2 Rs 2.3,5,7,1 5; 4.38). O contexto dessas passa­gens não deixa dúvidas de que e sta e x p r e s ­são pode ser entendida com o sinôn im o para escola de profetas.

O fato serve para mostrar que a educa­ção religiosa, ou for­mal, já recebia desta­que no antigo Israel. __R e ssa lv a m o s que as escolas de profetas não tinham como propósito ensinar a profeti­zar. Isso é uma atribuição divina. Todavia, eram um testem unho vivo de que o povo de Deus, em um passado tão distante, preo­cupava-se em passar às gerações mais novas sua herança cultural e espiritual. Por isso, ve jam os nessa lição, a Escola de Profetas sob quatro perspectivas.

PALAVRA-CHAVE

Escola de P ro fe ta s

Instituição de ensino do Antigo Testam ento

cujo objetivo era a transm issão dos valores m orais e

espirituais que Deus havia entregado a Israe l a través de

sua Palavra.

I. A IN S T IT U IÇ Ã O DAS ES­CO LAS DE PROFETAS1. Noção de o rgan ização

e fo rm a. O texto de 2 Reis 6.1 m ostra que e s s a s E sco la s de Profetas possuíam uma estrutura física. Eles viviam em comunidade

e, portanto, careciam de espaço fís ico não somente para habitar, mas também onde pu­dessem ser instruídos: “Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito. Va­mos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali”.

Observa-se nesse texto que a estrutura

acabou ficando inadequada e um espaço maior foi reclamado. Para que se tenha uma educação de qualidade necessita-se de uma es­trutura adequada. Não podemos educar sem primeiro estruturar!

2. Noção de o rga n ism o e fu n ção . As escolas de profetas estavam sob uma supervisão e, portanto, possuíam um líder es- piritual que lhes dava orientação. {

E S C O L A S D E P R O F E T A S

OBJETIVOSA transm issão dos valores morais e esp irituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.

CURRÍCULO

Em especial o tivro de Deuteronômio, pois especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo; aprendizado prático.

M E TO D O LO G IAEnsino através do exem plo .

L iç o e s Bíb l ic a s 8 5

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¥ Os estudiosos acreditam que as■ escolas de profetas surgiram comI Samuel (1 Sm 10.5,10; 19.20) e,! posteriormente, consolidaram-seI com a monarquia nos ministérios \ de Elias e Eliseu.

No texto de 2 Reis 6.1, verifi­camos que os discípulos dos pro­fetas estavam sob a orientação de Eliseu e era com este profeta que buscavam instrução. Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais capaz de prever o futuro ou operar grandes milagres, mas também um profeta que pos­suía uma missão pedagógica.

SIN O PSE D O T Ó P iC O (1 )

Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais, mas também um profeta que pos­suía uma missão pedagógica.

R ESPO N D A

/. Segundo a lição, o que podem os a p re n d e r sob re o a specto in stitu ­ciona l da Esco la de P ro fe ta s?

I I . OS O B JE T IV O S DAS ESCOLAS DE PRO FETAS

1. Treinam ento. O texto de2 Reis 2.15,16 mostra que fazia parte do treinamento das escolas dos profetas trabalhar sob as ordens do líder, obtendo assim perm issão para a execução de cada tarefa.

Em outras situações obser­vamos que os filhos dos profetas, quando já treinados, podiam agir por conta própria em determinadas situações (1 Rs 20.35). Na igreja o discipulado ocorre quando aquele

que foi ensinado compartilha com outro o seu aprendizado.

2. Encorajamento. Os expo­sitores bíblicos observam que Eii- seu não limitava o seu ministério à pregação itinerante e a operação de milagres, mas agia também como um supervisor das escolas de profetas. Ele fornecia instrução e encorajamento aos jovens que ali estavam.

O contexto de 1 e 2 Reis não deixa dúvidas de que Elias e Eliseu muito preocuparam-se em trans­mitir às gerações mais novas o que haviam aprendido do Senhor. Nessas escolas, portanto, esses alunos eram encorajados a bus­car uma melhor compreensão da Palavra de Deus. Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o educando a buscar a excelência no ensino.

SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )

As Escolas de Profetas forne­ciam instrução e encorajamento aos alunos a fim de que eles bus­cassem uma melhor compreensão da Palavra de Deus.

R E S P O N D A

2. D estaque do is dos ob je tivo s da Esco la de P ro fetas.

I I I . O C U R R ÍC U L O DAS ESCOLAS DE PRO FETAS

1= A E scr itu ra . A com pa­nhando o ministério de Elias, ve­mos que a Palavra de Deus fazia parte do conteúdo ensinado nas escolas de profetas. Dele, Eliseu recebeu essa herança. Quando se

8 6 L iç õ e s Bíb l ic a s

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Is?

s

como um modelo a ser imftado (Mt 9.9; 1 Co 1 1.1).

2. Ensino a través da Pa­lavra . Eliseif não deixou nada escrito. O que sabemos dele é através do cronista sagrado. Mas esse fato não significa que o pro­feta não usasse a Palavra de Deus em sua vida devocional e também como instrumento de instrução nas Escolas de Profetas.

A forma como Eliseu julga­va o comportamento dos reis, aprovando-os, ou reprovando-os, não deixa dúvidas de que usava a Palavra de Deus escrita para discipular os alunos das Escolas de Profetas. Eliseu, por exemplo, mediu a iniquidade de Acabe atra­vés da piedade de Josafá. Acabe era um rei mau porque não andava conforme a Palavra de Deus, en­quanto Josafá era estimado por fazer o caminho inverso.

SINOPSE D O T Ó P IC O (4 )As Escolas de Profetas se ­

guiam o idealismo hebreu concer­nente à educação.

4. C ite d o is d o s m é to d o s e d u ­ca c io n a is u sa d o s na E sco la de Pro fetas.5. O que podem os o b se rv a r a tra ­vés do m in isté rio de E liseu?

CONCLUSÃOAtravés do ministério de Eli­

seu, observamos que as Escolas de Profetas eram dedicadas ao ensino formal. Ali era ensinada a Palavra de Deus. Esse fato, por si só, é de grande relevância para nós, porque demonstra a preocupação do ho­mem de Deus em passar a outroso conhecimento correto sobre o Deus único e verdadeiro.

Os tempos mudam e a cultura também. Hoje, sabemos que a educação secular possui grande importância e, infelizmente para muitos, é a única forma de edu­cação existente. Não podemos ne­gligenciar a educação secular, mas não podemos de forma alguma perder de vista a dimensão espiri­tual do conhecimento divino, que se encontra na Bíblia Sagrada.

RESPONDA

8 8 L iç õ e s Bíb l ic a s

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encontrava no monte Sinai, Elias queixou-se de que os israelitas ha­viam abandonado a aliança divina, destruído os locais do verdadeiro culto e matado os profetas do Senhor (1 Rs 19.10).

A Palavra de Deus, em espe­cial o livro de Deuteronômio, espe­cificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo. A Palavra de Deus era e é essa aliança! Assim como Elias, Eliseu também estava familiariza­do com as implicações do concerto divino. Era a Palavra de Deus que ele ensinava aos seus discípulos. É a Paíavra de Deus que nós também devemos ensinar hoje.

2. A e x p e riê n c ia . Elias e Eliseu eram homens experientes e partilhavam com os outros o que haviam aprendido do Senhor (2 Rs 2.15, 19-22; 4.1-7, 42-44). No entanto, no contexto bíblico, a experiência não está acima da reve­lação divina conforme se encontra registrada na Bíblia. A Palavra de Deus é quem julga a experiência e não o contrário. Elias, por exemplo, afirmou que suas experiências tive­ram como fundamento a Palavra de Deus {1 Rs 18.36).

Os mais jovens devem ter a humildade de aprender com os mais experientes e os mais expe­rientes não devem desprezar os saberes dos mais jovens. O apren­dizado se dá através do processo de interação e a experiência faz parte desse processo.

REFLEXÃO

SINOPSE D O T Ó P IC O <3)O currículo da Escola de Pro­

fetas era em especial o livro de

“Não há ob je tivo m a io r p a ro um e d u ca d o r do que

e n co ra ja r um educando a b u sc a r a exce lên cia

no ensm o.

Deuteronômio, pois especificava os princ íp ios e preceitos que regiam a aliança de Jeová com o seu povo.

RESPONDA3. De a co rd o com a lição , que co n ­teúdos fa z ia m p a rte do cu rr ícu lo da Esco la de P ro fe ta s?

IV. A M E T O D O L O G IA D A ESCOLA DE PROFETAS

1. Ensino através do exem ­plo . As Escolas de Profetas se­guiam o idealismo hebreu con­cernente à educação. Havia uma relação entre professor e aluno na comunidade onde viviam. A educação acontecia também na sua forma ora! e o exemplo era um desses métodos adotados no processo educativo. Não há como negar que Eliseu ensinava através do exem plo. Há vários relatos sobre os milagres de Eliseu, nos quais se percebe que o aprendiza­do acontecia através da observa­ção das ações do profeta.

Ceazi, discípulo de Eliseu, sab ia que seu m estre era um exemplo de honestidade. Em o Novo Testam ento, Jesus Cristo colocou-se como o exemplo má­ximo a ser seguido e Paulo se p

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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

LEBAR, Lois E. Educação queé C ris tã . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.ZUCK, Roy B. Teo log ia do An­tig o Testam ento . 1. ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2009.

S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n°52, p.42.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Que a educação possui formae função.

2 . Treinamento e encorajamento. 3» A Escritura e a experiência.

4 . Ensino através da palavra e do exemplo.

5 . O bservam os que as escolas de profetas eram dedicadas ao en­

sino formal.

f AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOSubsídio Bibliográfico

“Escolas Hebraicas[...] Os profetas prestaram uma

assistência à instrução religiosa do povo através de suas pregações públicas. As referências a um grupo de profeta em Ramá sob o comando de Samuel, e possivelmente em Gi- beá, mesmo tendo sido chamadas de escolas de profetas não devem ser consideradas como as mais recentes escolas de escribas que caracterizavam o judaísmo. Estas foram ocasionadas em sua maior parte pelo declínio do sacerdócio sob o comando de EH e seus filhos, e novamente durante a monarquia (1 Sm 10.5,10; 19.20), e também da necessidade que o povo tinha de receber a instrução religiosa.

Estas associações de profetas não devem ser consideradas como monásticas, mas, na verdade, exis­tiram com o propósito de trazer à tona uma maior influência religiosa sobre sua época.

Presume-se que, no tempo de Esdras, as instituições religiosas tenham sido um esforço escolástico entre os judeus (Ed 7.10). Associa­das ao crescimento das sinagogas e outras instituições pós-exílicas, a educação prim ária, como um padrão de ensino, viria a tornar-se com pulsória, conforme revelado no Taimude” (D ic ionário Bíblico W y c liffe . 1. ed. Rio de janeiro : CPAD, 2009, p. 665).

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Lição 1 331 de Março de 2013

A M o r te de Eliseu

TEXTO ÁUREO

“E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e

lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou

sobre os seus pés” (2 R s 13.21 )„

L E IT U R A D IÁ R IA

Segunda - 2 Rs 1 3 .20 A transitoriedade da vida

Q uarta - 2 Rs 1 3.1 7 O lado divino na profecia

Q uinta - 2 Rs 1 3 .18 O lado humano na profecia

Sexta - 2 Rs 13.21 O justo abençoa em todo tempo

Sábado - 2 Rs 1 3 .2 3 ,2 5 A fidelidade de Deus

Terça - 2 Rs 13 .14 O sofrimento humano

9 0 L iç õ e s B íb l ic a s

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LE ITU R A BÍBLICA EM CLASSE2 Reis 13.14-21

14 - E Eliseu estava doente da sua doença de que m o rreu ; e Jeoás, re i de Israe l, desceu a ele, e chorou sob re o seu ro sto , e d isse : Meu pai, m eu pai, ca rro s de Isra e l e seu s cava le irosI15 - E Eliseu lhe d isse : Toma um arco e flechas. E tom ou um a rco e flechas.16 - Então, d isse ao re i de Is ra ­el: Põe a tua m ão so b re o a rco . E pôs sobre ele a sua m ão; e Eliseu pôs as suas m ãos sobre as m ãos do rei.17 - E d isse : A b re a ja n e la pa rao o r ie n te . E a b riu -a . E n tã o , d isse E liseu : A tira . E a tirou ; e d isse : A flecha do livram ento do SENHOR é a flecha do liv ra ­m ento con tra os s iro s ; porque fe r irá s os s iro s em A feca , até os consum ir.18 - E d isse m a is : Toma as fle ­chas. E tom ou-as. Então, d isse ao re i de Isra e l: Fere a te rra . E feriu-a três vezes e cessou .19 - Então, o hom em de D eus se indignou m uito con tra ele e d isse : Cinco ou se is vezes a de­verias te r fe rid o ; então, fe r ir ia s os s iro s até os consum ir; porém agora só trê s vezes fe r irá s os s iro s .2 0 - Depois, m orreu Eliseu , e o sepu lta ram . O ra , as tropas dos m oabitas invadiam a te rra , à en trada do ano.21 - E sucedeu que, en terrando eles um hom em , eis que viram um bando e lançaram o hom em na sep u ltu ra de Eliseu ; e, ca in­do nela o hom em e tocando os o sso s de E liseu , rev iveu e se levantou sob re os seu s pés.

INTERAÇÃONesta últim a lição do trim estre e stu d a ­rem os os d e rra d e iro s d ias do p ro feta Eliseu. Ele fo i um hom em fie l ao Senhor até o fim dos seu s dias. Todavia, com o hom em ele era m ortal. Não temos como escapar, um dia en fren ta rem os a m or­te. Porém , ela não nos a ssu sta .E liseu co m eçou bem seu m in is té r io p ro fé tico e o en ce rro u tam bém com excelência . Ele viveu todos os seus dias com o se rvo do Sen h o r e com certeza pode d ec la ra r com o o apóstolo Paulo: “C om bati o bom co m ba te , a ca b e i a ca rre ira , g u a rd e i a fé . Desde agora , a coroa da ju s t iç a me está guardada , a qua l o Senhor, ju s to ju iz , me da rá n a ­quele Dia [ . . . ] ” (2 Tm 4 .7 ). Que quando ch eg a r o nosso dia, possam os tam bém d ec la ra r estas m esm as pa lavras.

O B JE T IV O S

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

C onscientizar-se sobre a brevidade da vida e a eternidade de Deus.

C om preender a natureza da profe­cia final de Etiseu.

Explicar o propósito do último mi­lagre de Eíiseu.

O R IE N T A Ç Ã O P ED A G Ó G IC AProfessor para a aula de hoje sugerimos que você reproduza o quadro da página

seguinte conforme as suas possibili­dades. Utiíize-o para concluir a lição,

fazendo um resumo geral da vida de um dos maiores profetas do Antigo Testa­

m ento, Eliseu. Conclua enfatizando queo último milagre relacionado à vida de

Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.

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IN TR O D U Ç Ã ON esta lição , a c o m p a n h a ­

rem os os ú lt im o s p a sso s do profeta Eliseu. Constatarem os que Eliseu foi, de fato, um gigante espiritual.Mas, com o todos os homens, estava sujeito às limitações comuns a todos os mortais — nasceu, cresceu, enve­lheceu e morreu. Fica, portanto, em destaqueo fato de que os homens fazem história, mas Deus é o Senhor da história.

I - A D O EN Ç A T E R M IN A L DE ELISEU

1. A velh ice de Eliseu. Umbom tempo já se havia passado desde a última aparição do pro­feta de Abel-meolá no registro bíblico (2 Rs 9.1). De fato, entre os capítulos 9 e 1 3 de 2 Reis, há

| um intervalo de aproximadamen-I te quarenta anos. Os estudiosos ‘ acreditam que, por essa época,

PALAVRAS-CHAVE

M orte:Térm ino das

a tiv id a d es v ita is do s e r hum ano so b re a te rra .

Eíiseu deveria estar com a idade aproximada de oitenta anos.

Eliseu fora chamado ainda jovem para o ministério profético, mas agora estava velho e doente. Às vezes, idealizamos de tal forma os homens de Deus, que acabamos

nos esquecendo de que eles também são huma­nos. Envelhecem, adoe­cem e também morrem.O texto bíblico deixa bem patente o lado hu­mano do profeta. Fora um grande homem de Deus e ainda o era, mas

ainda assim era um homem.2. O sofrim ento de Eliseu.

O mesmo texto que trata da doença e velhice de Eliseu fala também do seu sofrimento (2 Rs 13.14,20). Eliseu estava doente, e isso sem dú­vida causava-lhe algum sofrimento. Eliseu envelheceu e padeceu.

Mas o foco aqui não é o sofri­mento em si, mas como Deus tratao profeta nesse momento de sua vida e como ele responde a isso. Mesmo alquebrado pela idade, Eliseu continuava com o mesmo vigor espiritual de antes. Possuía

E L I S E U

P ontos fo r te s e êx ito s

Lições de v id a

■ Foi sucessor de Elias como profeta de Deus.■ Teve um m inistério que durou mais de 50 anos.■ Teve um grande impacto sobre quatro nações: Israel,

Judá, Moabe e Síria.■ Foi um homem íntegro que não tentou enriquecer-se à custa dos outros.» Fez muitos m ilagres para a judar aqueles que estavam sofrendo necessidades.

■ Aos olhos de Deus uma medida de grandeza é a d isposição para se rv ir aos pobres como também aos poderosos.■ Um substituto eficaz não só aprende com o seu m estre; também constrói sobre as realizações de seu mestre.

Adaptado da B íb lia de. E s tu d o A p lic a ç ã o Pessoal, CPAD, p. 516.

9 2 L içõ es Bíb l ic a s

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ainda a mesma visão da obra de Deus. Em nada a doença, ou quais­quer outras coisas, impediu-o de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.

SINOPSE D O T Ó P IC O <1)A d o en ça não co n se g u iu

impedir o profeta Eliseu de con­tinuar sendo a voz profética do Deus de Israel.

RESPONDA1. Faça um b reve com en tá rio so ­bre a velh ice de Eliseu .

II - A PROFECIA F IN A L DE ELISEU

1. A ação de Deus na p ro ­fecia. Hoje está na moda o jargão: “Eu profetizo sobre a tua vida”. Embora muito bonito e vestido de roupagens espirituais, tal jargão não passa de orgulho e afetação humana. Isso por uma razão bem simples: nenhuma profecia, que se ajuste ao modelo bíblico, tem seu ponto de partida no querer hu­mano, mas na vontade soberana de Deus (2 Pe 1.20,21).

Eliseu, por exemplo, refletin­do os desígnios divinos, dizia ao profetizar: “Assim diz o Senhor” (2 Rs 2.21; 3.1 6). A expressão “flecha do livramento do SENHOR” (2 Rs1 3.1 7) possui sentido semelhante. A profecia tem sua origem em Deus e não no homem. Eliseu não profe­tizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois profetizar (2 Rs 3.1 5).

2. A participação humana na p r o fe c ia . Vim os que uma

profecia genuinamente bíblica tem sua origem em Deus. Todavia, a Es­critura mostra também que existe a participação do homem nesse processo. É o que vemos em 2 Reis 13.14-19. A indignação de Eliseu quanto à relutância do rei Jeoás de Israel em continuar a atirar as suas flechas, símbolo do livramen­to do Senhor contra os sírios, é bastante significativa. Deixa clara a decepção do profeta com a falta de discernimento e perseverança do rei. Faltou fé a Jeoás! Ele pen­sava certamente tratar-se de uma mera cerimônia na qual ele teria apenas uma participação técnica. A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta. Deveria ter ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez apenas três.

Uma fé tímida obtém uma vitória igualm ente tím ida. Emo Novo Testam ento, o Senhor Jesus irá por em destaque essa verdade (Mt 9.29).

SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )Aprendemos mediante a últi­

ma profecia de Eliseu que uma fé tímida obtém uma vitória igual­mente tímida.

RESPONDA

2. P o r que E liseu se ind ignou co n ­tra o re i?

I I I - O Ú L T IM O M ILAG RE DE ELISEU1. A e te rn idade e f id e lid a ­

de de Deus. É interessante obser­varmos que o último milagre de Eliseu deu-se postumamente. Eli-

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L içõ es Bíb l ic a s 9 3

Page 95: Lições Bíblicas-Elias e Eliseu, Um Ministério de Poder Para Toda a Igreja-Jovens e Adultos, Mestre, EBD, 1º Trimestre 2013-José Gonçalves-Editora CPAD

seu já estava morto quando ocorre algo que desafia a razão humana (2 Rs 13.20,21). Essa passagem revela pelo menos dois aspectos dos atributos de Deus — Deus é eterno. Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias parecem dizer o contrário.

Ao permitir que o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava ao rei Jeoás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo ele havia prometido a ele. Deus é fiel e zela pela sua Palavra para a cumprir.

2. A honra de Eliseu. Além da fidelidade e da eternidade de

t Deus, que ficam bem patentes nesse1 último milagre de Eliseu, há ainda B mais uma lição que o texto deixa em1 relevo. Aqui é possível perceber que,■ mesmo morto, o nome de EliseuI continuaria a ser lembrado comoI um autêntico homem de Deus.

E lia s su b iu ao céu v iv o ,1 Eliseu deu vida mesmo estando0 morto. Os intérpretes destacam * que esse milagre, envolvendo os | restos mortais de Eliseu, mostra

que o Senhor possui planos dife­renciados para cada um de seus filhos. Portanto, não devemos fa­zer comparações nem questionar os atos divinos Qo 21.19-23). A Bíblia fala de homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morrido (Hb 1 1 .4).

SINOPSE D O T Ó P IC O <3)

1 M esm o d epo is de m orto,1 Eliseu foi lembrado como um au-1 têntico homem de Deus.

3. De a co rd o com a liçã o , q u a l o p ro p ó s ito do m ilag re op era d o postum am ente p o r E liseu ?

IV - O LEGADO DE ELISEU

1. L e g a d o sóc io -cu ltu ra l.Já estudam os que Eliseu super­visionava as escolas de profetas (2 Rs 6.1). Esse sem dúvida foi um dos seus maiores legados. Todavia, Eliseu fez muito mais; teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação. Enquanto Elias era um profeta do deserto, Eliseu teve uma atuação mais urbana. Eliseu tinha acesso aos reis e com an­dantes militares, e possuía influ­ência suficiente para deles pedir algum favor (2 Rs 4 .13). Como povo de Deus, não podemos v i­ver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

2. L eg a d o e sp ir itu a l. Há uma exten sa lista de obras e m ilagres operados através do profeta Eliseu. Sem dúvida, eles demonstram seu grande legado. Podemos enumerar alguns: aber­tura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o azeite da viúva (2 Rs 4.1 -7); o filho da sunamita (2 Rs 4.8-37); a panela envenenada (2 Rs 4.38-41); a multiplicação dos pães (2 Rs 4.42-44); a cura de Naamã (2 Rs 5.1 -1 9) e o machado que flutuou (2 RS 6.1-7).

SINOPSE D O T Ó P IC O (4 )Com o povo de Deus, não

podem os v iv e r iso lad o s , mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

RESPO N D A

9 4 L iço es Bíb l ic a s

Page 96: Lições Bíblicas-Elias e Eliseu, Um Ministério de Poder Para Toda a Igreja-Jovens e Adultos, Mestre, EBD, 1º Trimestre 2013-José Gonçalves-Editora CPAD

“A ss im te rm in a a vida do p ro fe ta E liseu . [ . . . ] M esm o sem

te r e sc r ito um a linha , levanta-se com o um dos m a io res p ro fe ta s

b íb licos de todos os tem pos. D evem os im itá-lo em su a vida

de se rv iço e a m o r a D e u s .”

4 . C ite do is dos legados do p ro fe ta E liseu .5. C ite pelo m enos trê s o b ra s do legado de E liseu .

C O N C LU SÃ OAssim termina a vida do pro­

feta Eliseu. Um grande homem de Deus que nunca deixou de

RESPO N D A ser servo. Com eçou pondo água nas mãos de Elias (2 Rs 3.11), um gesto claro de sua presteza em servir , e foi e xa ltad o por D eus. M esm o sem ter escrito uma linha, levanta-se como um dos m aiores profetas b íb licos de todos os tem pos. Devemos imitá-lo em sua vida de serviço e amor a Deus.

REFLEXÃO

L içõ es Bíb l ic a s 9 5

Page 97: Lições Bíblicas-Elias e Eliseu, Um Ministério de Poder Para Toda a Igreja-Jovens e Adultos, Mestre, EBD, 1º Trimestre 2013-José Gonçalves-Editora CPAD

V O C A B U LÁ R IOA fe ta ç ã o : Fingimento; s im u ­lação.A lq u e b ra d o : Fraco, abatido, prostrado.P o s tu m a m e n te : Posterior a morte de alguém.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOSubsídio Bibliográfico“Joás visitou Eliseu devido ao

grande respeito que tinha pelo pro­feta, que estava próximo de falecer. Sua saudação: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!, foi a exclamação que o profeta pro­nunciou na ocasião em que Elias foi levado ao céu (2 Rs 2.1 2). O fato de Joás utilizar esta expressão é uma indicação de que ele reconhecia a proximidade da morte de Eliseu. A ordem relacionada ao uso do arco e das flechas estava relacionada com a Síria, que era a nação que [ oprimia Israel. Uma flecha lançada em direção ao oriente simbolizava a vitória em Afeca; as setas lançadas ao solo simbolizavam a vitória de Israel sobre a Síria.

Eliseu se indignou muito con­tra Joás, por saber que confiar e se apoiar em outras nações era uma atitude errada. Era necessário ter uma completa confiança em Deus para que fossem ajudados contra as nações estrangeiras que pro­curavam oprimir Israel. O poder miraculoso associado aos ossos de Eliseu tinha a finalidade de mostrar a jo á s que o poder do Deus de Isra­el seria manifestado sobre a Síria, mesmo após a morte do profeta” (C o m en tár io B íb lico Beacon. Vol2. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 360-61).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

SOARES, Esequias. O M in isté­rio P ro fé tico na Bíblia: A vozde Deus no te rra . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão

CPAD, n°52. p.42.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

1. Resposta pessoal.2 . Por que o rei não agiu com discer­

nimento e fé.3. Demonstrar a fidelidade de Deus

e o valor do profeta Eliseu.4 . Cultural e espiritual.

5. Abertura do Jordão (2 Rs 2.1 3,1 4); a purificação da nascente de água (2 Rs 2 .19 -22 ); o azeite da viúva

(2 Rs 4.1-7).

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9 6 L ições Bíb l ic as

Page 98: Lições Bíblicas-Elias e Eliseu, Um Ministério de Poder Para Toda a Igreja-Jovens e Adultos, Mestre, EBD, 1º Trimestre 2013-José Gonçalves-Editora CPAD

A n o n o v oR eceb a t o d o s os dias uma pa lavra d e AnimoE FÉ ATRAVÉS DAS AGENDAS 201 3 DA CPAD.

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A g e n d a V a l o r e s C r is t ã o s

Essa agenda contém 12 valores ilustrados com pensamentos dc grandes autores cristãos. No final de cada mês você encontra um valor para destacar e colar na Arca 2013 no final da agenda.

A g e n d a d iá r ia

V iv a b o n s m o m e n t o s

Bonita, simples de usar e com belos textos para abençoar seus dias em qualquer lugar. Urna ótima opção para mulheres especiais!

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Page 99: Lições Bíblicas-Elias e Eliseu, Um Ministério de Poder Para Toda a Igreja-Jovens e Adultos, Mestre, EBD, 1º Trimestre 2013-José Gonçalves-Editora CPAD

GUIA CRÏSTAODE X.BÎTÉÉRA DA

P r e c is a n d o d e u m n o r t e a d o r p a r a e n t e n d e r a B í b l ia ?

Q u e r c o n h e c e r a J e s u s ? P e n s a e m m e l h o r a r s u a v id a

c r is t ã ? E n s in a r a P a la v r a d e D e u s ? P r e p a r a r u m s e r m ã o ?

D e s c u b r a o c a m in h o d e D e u s a t r a v é s d e G u ia

C r i s t ã o d e L e i t u r a d a B í b l i a . U m a o b r a c o m p le t a , l i v r o

a l i v r o , a c e s s ív e l e r i c a e m in f o r m a ç õ e s q u e o a ju d a r á a

d e s c o b r i r , c o m p r e e n d e r e a p l i c a r o s g r a n d e s t e s o u r o s

e e n s in a m e n t o s b í b l i c o s .

• Conhecendo Jesus — Quem era o homem chamado Jesus? Como ele afeta minha vida hoje?

• Ensinando a Bíblia — As verdades essenciais da Bíblia em dez doutrinas essenciais, incluindo

Deus, Jesus Cristo e a Igreja.

W :- - - . ? s r : . - ^ a S -5wáJaBdBlSmsssss!»

• A vida cristã — Como trabalhar com a mensa­gem da Bíblia e aplicá-la em nossa vida.

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Guia Cristão de Leitura da Bíblia