leitor eme edição 45

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1 TAMBÉM NESTA EDIÇÃO ano 14 • número 45 • Setembro de 2013 Telefone/Fax: (19) 3491-7000 Caixa Postal 1820 – 13360-000 – Capivari – SP www.editoraeme.com.br • [email protected] • blog.editoraeme.com.br LANÇAMENTOS IMPRESSO Da moral social às leis morais José Lázaro Boberg faz uma análise sistemática e detalhada das dez leis morais arroladas e comentadas na 3ª parte de O Livro dos Espíritos O aspecto mais revolucionário do espiritismo é ensejar a aplicação prática do conhecimento como fator de transformação pessoal e coletiva. Boberg explora ricamente as leis que regem o Universo e o esforço do espiritismo para melhor interpretá-las. Confira a entrevista e conheça melhor o livro. páginas 2 e 3 A morte sem mistérios Donizete Pinheiro Estudo 14x21 cm 160 páginas R$ 20,00 Registrando os estudos que fez no curso “Conversando sobre a Morte”, o autor aprofunda o tema para instruir ou confortar aqueles que estejam sofrendo por causa da morte e realçar a vida imperecível e a imortalidade do espírito, cujo conhecimento altera toda a percepção sobre as coisas. Vidas que recomeçam Ana Maria de Almeida Josafat (espírito) Romance mediúnico 14x21 cm 200 páginas R$ 22,00 As Vidas que recomeçam do título desta obra pertencem a Rodolfo e Clara, em duas histórias diferentes e emocionantes que nos fazem refletir sobre a lei da reencarnação e principalmente sobre a lei de ação e reação.. Aves peregrinas e Tudo pela música são destaque nos comentários dos leitores página 3 Donizete Pinheiro dá continuidade ao trabalho de Kardec e desmistifica a morte página 4 Li e gostei OK! Doenças, cura e saúde à luz do espiritismo, de Geziel Andrade, chega à Colômbia página 4

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Leitor EME Edição 45

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Page 1: Leitor EME Edição 45

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TAMBÉM NESTA EDIÇÃO

ano 14 • número 45 • Setembro de 2013

Telefone/Fax: (19) 3491-7000 • Caixa Postal 1820 – 13360-000 – Capivari – SPwww.editoraeme.com.br • [email protected] • blog.editoraeme.com.br

LANÇAMENTOS

IMPRESSO

Da moral social às leis moraisJosé Lázaro Boberg faz uma análise sistemática e detalhada das dez leis morais

arroladas e comentadas na 3ª parte de O Livro dos Espíritos O aspecto mais revolucionário do espiritismo é ensejar a aplicação prática do

conhecimento como fator de transformação pessoal e coletiva. Boberg explora ricamente as leis que regem o Universo e o esforço do espiritismo para melhor interpretá-las.

Confira a entrevista e conheça melhor o livro.páginas 2 e 3

A morte sem mistériosDonizete PinheiroEstudo14x21 cm • 160 páginas • R$ 20,00

Registrando os estudos que fez no curso “Conversando sobre a Morte”, o autor aprofunda o tema para instruir ou confortar aqueles que estejam sofrendo por causa da morte e realçar a vida imperecível e a imortalidade do espírito, cujo conhecimento altera toda a percepção sobre as coisas.

Vidas que recomeçamAna Maria de Almeida • Josafat (espírito)

Romance mediúnico14x21 cm • 200 páginas • R$ 22,00

As Vidas que recomeçam do título desta obra pertencem a Rodolfo e Clara, em duas histórias diferentes e emocionantes que nos fazem refletir sobre a lei da

reencarnação e principalmente sobre a lei de ação e reação..

Aves peregrinas e Tudo pela música são destaque nos comentários dos leitores

página 3

Donizete Pinheiro dá continuidade ao trabalho de Kardec e desmistifica a morte

página 4

Li e gosteiOK!

Doenças, cura e saúde à luz do espiritismo, de Geziel Andrade,

chega à Colômbia

página 4

Page 2: Leitor EME Edição 45

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Editorial

Leitor EME é um boletim informativo da Editora EME, distribuído gratuitamenteEditor: Arnaldo Divo Rodrigues de CamargoJornalista responsável: Rubens Toledo – MTb 13.776Jornalista:George De MarcoDiagramação: Editora EMEFotolitos e impressão: Gráfica EMETiragem desta edição: 3.200 exemplaresVendas: (19) 3491-7000 [email protected]

Expediente

Olá!Esta edição traz uma entre-

vista com José Lázaro Boberg sobre seu novo livro, Da mo-ral social às leis morais, além de um trecho da obra para você conhecer melhor.

Outro lançamento que merece atenção é A morte sem mistérios, de Donizete Pinheiro, apresentado aqui numa resenha que dará a di-mensão da importância deste tema para todos os leitores, sejam espíritas ou não. Afi-nal, a morte é a grande certe-za que temos nesta vida.

E temos os comentários de nossos próprios leitores sobre nossos livros, cuja qualidade poderá ser confe-rida também na Colômbia, através da obra de Geziel Andrade, Doenças, cura e saúde à luz do espiritismo.

Até a próxima!

Queremos saber a sua opinião!Envie suas críticas, sugestões

e dúvidas para o e-mail [email protected] ou ligue

para (19) 3491-7000.

SALServiço de

Atendimento ao Leitor

LANÇAMENTO EME

Visite-nos! www.facebook.com/EditoraEMEwww.twitter.com/EditoraEME

O que o motivou a escrever seu novo livro, Da moral so-cial às leis morais?

Sempre nos interessamos pe-los aspectos científicos e filosófi-cos da doutrina. Antes de escre-ver sobre este tema, lançamos os alicerces das ideias sobre o assunto, no livro Leis de Deus – eternas e imutáveis, publica-do pela EME. Alertamos, toda-via, que, diante das constantes remissões que fizemos sobre as leis morais, citando conceitos subsidiários da obra anterior, o leitor estará munido de recursos que facilitarão a apreensão do sentido dos conceitos expen-didos. Fizemos estudos sobre a Terceira Parte, nas questões de 649 a 892, de O Livro dos Espíritos. No livro anterior, fo-ram abordadas nossas reflexões sobre as questões 614 a 648. Com essas duas obras, pode-se desenvolver um estudo sistemá-tico sobre toda a Terceira Parte de O Livro dos Espíritos.

A moral é um departamento da religião, cujas regras deve-mos seguir para sermos salvos ou uma questão humana liga-da ao processo evolutivo?

Não existe “salvação” no sentido religioso, empregada, no geral, pelas religiões judai-co-cristãs, embasadas na uni-cidade de existência. O termo ‘salvação’ é aceito pela Igreja como ‘ir para o céu’. Na dou-trina espírita é entendida como ‘educação’ da alma, sem qual-quer sentido místico. Assim, pois cada um se salva (educa) a si mesmo pela pluralidade de

existências, num continuum infinito. Este é um dos dife-renciais entre o Espiritismo e as demais religiões cristãs. A evolução infinita do Espírito em busca da Perfeição, embora sempre relativa.

Se toda regra precisa estar atrelada a um conceito para não se transformar num dog-ma, que conceito o espiritis-mo faz da moral?

O conceito que o espiritismo faz da moral está na questão 629 de O Livro dos Espíritos, quando Kardec pergunta: Que definição se pode dar à moral?

A moral, então, pode ser vis-ta como uma questão ligada à psicologia humana ou uma habilidade a ser desenvolvida?

Na caminhada evolutiva do Espírito, tudo é construção gradativa. Os valores conquis-tados propiciam a iluminação psíquica do ser. Entendemos que a moral social será sempre desenvolvida gradualmente, num processo eterno, à medi-da que o ser se aproxima das Leis Morais, pela ação efetiva no bem.

O não debater a moral, con-forme Kardec buscou fazer em sua época, seria um dos fatores para não vivenciarmos uma sociedade cristã de fato?

Nos meios religiosos, poucos são os que têm espírito crítico construtivo, formadores de opi-nião para debater teses ético--morais. No geral, as religiões estão engessadas por seus dogmas, não permitindo que seus seguidores tenham ideias

próprias. Aqueles que pensam diferente são, quase sempre, sutilmente, defenestrados do seu movimento.

Seu livro trata das tendên-cias éticas e sociais defendidas pela 3ª parte de O Livro dos Espíritos. Na época em que surgiu o espiritismo, a socie-dade encontrava-se deslum-brada com o progresso que, paradoxalmente, trazia uma degradação social. Por que, ainda hoje, existem contradi-ções na solução deste abismo?

Somos espíritos em evolu-ção e nada nos é imposto pelas Leis Naturais. Cada qual age de acordo com seu entendimento. Diz-se que o tempo é o senhor da razão. Assim, para atingir os mais elevados padrões éticos, cada um tem o seu tempo. Na questão 648 os espíritos dizem que a lei natural da caridade é a mais importante.

A confusão que se faz entre assistencialismo e caridade di-ficultam o entendimento e a prática verdadeira do bem?

O conceito de caridade é bastante amplo. O simples sentido de caridade, confor-me entendia Jesus (o famoso BIP - “Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas” - questão 886, de O Livro dos Espíritos) já é em si uma ferramenta muito im-portante para as boas relações entre os seres.

A caridade e o amor ao próxi-mo são consequências naturais do desenvolvimento do senso

JOSÉ LÁZARO BOBERG é advogado e Mestre em Direito. É casado com Maria Luiza Bo-berg com quem tem cinco fi-lhos (Fabíola, Flávia, Fernando, Flávio e Fúlvio). Foi Diretor da

Faculdade Estadual de Direito do Norte Pioneiro, de Jacare-zinho (PR). Atualmente é pro-fessor nesta instituição e na Fa-culdade do Norte Pioneiro de Santo Antônio da Platina (PR). É autor de 12 livros espíritas, sendo que 10 deles publicados pela EME. Na área jurídica, es-creveu o livro Lei ordinária e seu processo legislativo.

Há muitos anos atuando no

Movimento Espírita em Jacarezi-nho e região, foi fundador e Pri-meiro Presidente do Centro Espí-rita Nosso Lar. Participa também do Centro Espírita João Batista, onde criou o Clube do Livro Es-pírita, Banca do Livro Espírita e Livraria. Como expositor é con-vidado para palestras em várias casas espíritas pelo Brasil.

Seu interesse pela leitura sem-pre foi um hobby, principal-

O autor

Entrevista com o autor

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LANÇAMENTO EME

de justiça. A justiça Divina ou Natural tem o sentido de jus-teza. Quem a implantou é ob-servador da regra, do justo, do reto, do honesto e que aspira ardente e sequiosamente à Per-feição. Muitas vezes, quando se começa a estudar a doutrina es-pírita, ouve-se dos mais “expe-rientes” da Casa, que é preciso fazer ‘caridade’ para estar bem com Deus. E acrescentam a fa-mosa frase de Kardec, “Fora da caridade não há salvação”. Esta máxima é uma verdade incon-testável. Não obstante, a carida-de não é algo artificial que se expressa por objetivos pessoais de ‘salvação’. Ela é resultado do crescimento dos valores da justiça, passo a passo, numa construção lenta e gradativa. Nesta ótica, caridade e amor se materializam à medida que se desenvolve o senso de justiça, ao longo dos tempos. Constitui--se assim, pré-requisito para a manifestação do amor e da cari-dade o desenvolvimento da jus-tiça. É óbvio que estamos nos referindo ao necessário alinha-mento da criatura com as Leis Universais, eternas e imutáveis. Quanto mais o ser humano desenvolve o senso de justiça, mais ele desperta os valores morais, habilitando-se, ‘natural-mente’, a coparticipar na obra da criação, fluindo espontanea-mente, na mesma proporção, a caridade e amor ao semelhante.

A entrevista na íntegra você pode ler em nosso site:

http://editorae.me/entrevistaboberg

mente depois do contato com a Doutrina Espírita. Por isso, em seu tempo livre, Boberg gos-ta de ler e escrever. Também desde cedo teve contato com o espiritismo, quando sua família realizava sessões mediúnicas à moda da casa, com médiuns conhecidos da época.

Confira mais informações e opiniões de Boberg nesta en-trevista exclusiva!

O autor

Entrevista com o autor

A Justiça Divina ou Natural rege todo o Universo. Ela tem mecanismos próprios de equi-libração do Espírito, quando este se afasta de seu alinha-mento vibracional.

O autor, como grande estu-dioso das obras de Kardec, ela-borou esse seu novo livro, per-feitamente sintonizado com as tendências éticas e sociais defendidas na terceira parte de O Livro dos Espíritos, analisan-do com profundidade as leis morais trazidas pelos espíritos e tratando com máxima com-petência cada uma das dez leis morais propostas por Kardec para servir de guia ao homem que deseje se aproximar da perfeição.

Da moral social às leis moraisJosé Lázaro Boberg

Doutrinário16x22,5cm • 256 páginas • R$ 26,00

A obra

Trecho da obraA espiritualidade denomina

as Leis Naturais ou Divinas de Leis Morais; esta última, na classificação de Kardec, é con-siderada pelos Espíritos como a mais importante, pois, não só engloba todas as demais leis naturais, como também se constitui no ápice que todo Espírito aspira atingir: a Perfei-ção Moral. Neste mister, envi-dará esforços no seu processo educativo, o que ocorrerá no ritmo próprio de cada um, em sua ascese evolucional para conquista da felicidade. Toda a estrutura dos princípios Mo-rais está potencializada nas Leis Naturais ou Divinas. Eles são as mesmas para todos os homens, desde os de condição mais humilde até os de posição mais elevada. Esses direitos são eternos e imutáveis. Estando estas leis Naturais gravadas na consciência, o ser em evolu-ção encontra a verdadeira feli-cidade, quanto mais se alinha com elas. Os cristãos batem na tecla, que isto é, religiosamen-

te, fazer a ‘vontade de Deus’. Explicando de outro modo, sempre que entra na faixa de sintonia com as Leis Universais numa espiral evolutiva infinita, a criatura está fazendo a ‘von-tade de Deus’. Estas Leis (Q. 614) é que indicam o que o Espírito ‘deve fazer’ ou‘ não fa-zer’, pois “o Espírito só é infeliz quando delas se afasta”.

Neste sentido, o sentimento de justiça é inato no homem, encontrando-se em estado po-tencial – latente, embrionário, dormente – pronto para ‘vir a ser’, porém, na dependência das condições propícias para se manifestar.

Compete ao ser humano, sua atualização, mediante a limpe-za de seus canais mentais com suporte nos próprios ditames da consciência. Embora inato tem esse sentimento de ser aprimo-rado, pelo progresso moral.

Trecho extraído do capítulo 10.1 – “Justiça e direitos naturais” –,

páginas 231 e 232.

Li e gosteiOK!

A história de Graça Leão sobre um retirante é uma narrativa atual que enfatiza a saga do nordes-tino na busca da riqueza material, o falso sucesso que aniquila o passado do homem e o distancia de Deus... Muito bom!

Tudo pelamúsica

Gostei muito deste ro-mance, pois fala de mui-tas vidas aqui na Terra, e nos traz uma lição de vida, uma aprendizagem sobre a reencarnação. Muito lindo mesmo. Os romances espíritas nos levam a acreditar mais no outro lado da vida. É tudo muito profundo e aprendemos muito.

Aves peregrinas

Raíssa Regiane galdino FeRRaz, moRa em ameRicana/sP

zeniteR maRtins de FigueiRedo

moRa em Piedade /sP

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Todos nós conhecemos a atuação do escritor e econo-mista Geziel Andrade, um profundo conhecedor das obras da codificação espíri-ta. Agora é a vez de nossos irmãos colombianos também terem um melhor contato com a obra deste autor, através do livro Doenças, cura e saúde à luz do espiritismo.

Editado pela AME Colôm-bia, com cessão dos direitos pelo escritor e pela Editora EME, a obra, cujo título foi traduzido para Enfermedades, Cura Y Salud, agradou ao au-tor, com sua capa bonita e seu editorial de qualidade. Geziel também considerou que a versão colombiana está “mui-to bem feita”, proporcionando uma leitura fácil e agradável.

No Brasil, Doenças, cura e saúde à luz do espiritismo está em sua 14ª edição. Publicado pela EME é considerado um sucesso editorial com 23.700 exemplares publicados. A obra mostra como o livre-arbítrio, os sentimentos e pensamentos de cada um podem influenciar na causa de doenças e sofri-mentos, e de que forma nosso corpo espiritual pode influir na organização e saúde de nosso corpo biológico.

O livro também enfoca as recomendações que concor-rem para a cura e a preserva-ção da saúde, tanto da alma, quanto do perispírito e do corpo material.

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RESENhA DA OBRALivro de Geziel Andrade

chega à Colômbia

“Então o crucificaram”.

É desta forma tão sucinta quanto singela que Marcos descreve, em seu evangelho, o momento em que Jesus é pregado no madeiro. Em con-trapartida a este relato breve e pouco informativo, os momen-tos que antecederam à cruz, a chamada ‘paixão’, são longos e detalhados. O mesmo vai acontecer com as narrativas pungentes sobre a volta de Je-sus do reino dos mortos.

O motivo parece bem claro: a morte e a cruz nada signifi-cam, mas a vida e a ressurrei-ção, sim. Não estamos indo de encontro a uma catástrofe, mas de uma mudança, uma revolução na evolução, pois não vivemos para morrer, mas morremos para viver. Porém, se a morte é a “porta da vida”, como escreveu Charles Ri-chet, fisiologista francês, por que chegamos a ela tão des-preparados?

Se as religiões tivessem co-locado a questão da morte de forma natural, preparando o homem, durante sua vida material, para sua libertação e reintegração à sua natureza espiritual, na plenitude de sua essência divina, talvez a situa-ção fosse diferente. Jesus não deixou dúvidas sobre a tese reencarnacionista, mas os teó-logos acabaram por criá-las, transformando a “porta” de Richet numa passagem antina-tural, com julgamentos, con-denações, infernos, limbos e purgatórios.

Foi quando Allan Kardec conversou com os mortos e fez ressurgir, até mesmo den-tro das ciências, o conceito do homem imortal, posto que seja um espírito que sobrevive à carne e, assim, devolvia à mor-te o seu conceito natural. O espiritismo restabelecia a ideia cristã da morte como liberta-ção, de um fenômeno como o é a própria vida e que, portan-to, nada tem a ver com castigo.

Sabedor de uma necessá-ria continuidade do trabalho de Kardec e dos espíritos em desmistificar a morte e romper com o condicionamento mile-nar – e até mesmo paradoxal – de se temer o inevitável, é que Donizete Pinheiro desen-volveu um curso não por acaso chamado “Conversando so-bre a morte”. Dos estudos ali empreendidos resultou o livro A morte sem mistérios, lança-mento da Editora EME.

Ao longo de suas breves 160 páginas, Donizete apro-funda temas como doenças, velhice, eutanásia, suicídio, sono, aborto e, claro, a morte e o medo dela. Fala também sobre desencarnação, a liber-tação do espírito. Não se tra-ta, porém, de uma leitura para espíritas ou não espíritas. Mas, sim, de uma leitura para quem teme e para quem não teme a morte. Como o próprio autor diz, “sempre é bom aprofun-dar o conhecimento sobre o

tema, até para instruir ou con-fortar aqueles que estejam so-frendo por causa da morte”.

Este aprofundamento se constitui num processo com-plexo, que abrange as facul-dades humanas e as eleva ao plano das funções espirituais. Começa pelo indivíduo e se estende ao mundo. Foi isso que intentou Jesus, há dois mil anos, enriquecendo seus ensi-namentos de bem viver para bem morrer com seu próprio exemplo de imortalidade. Ao conhecermos os mecanismos da vida, o medo e o desespero desaparecem. Ao restabelecer-mos a naturalidade do fenôme-no ‘morte’, retomamos a visão consoladora da eternidade.

Em nosso tempo, foi o espiri-tismo que (re)abriu a ‘porta da vida’, de Richet. Obras como a de Donizete Pinheiro se apre-sentam como uma importante chave de conhecimento para fazermos luz em nosso cami-nho, ao cruzarmos por ela.