leitor eme edição 42

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Editorial Além do gosto pela cul- tura e pela arte de escrever, o que mais você herdou de seus pais e avós? Meu conhecimento so- bre a doutrina espírita vem de meus pais, avós e com toda a certeza de existên- cias anteriores. Em 2013 estarei vencen- do mais uma década de exis- tência terrena ao completar 60 anos. Existência esta da qual guardo, em meu reli- cário de caras lembranças, experiências que me fizeram colocar à prova o conheci- mento da doutrina espírita, que tive desde o berço, mas não só; fizeram-me colocar à prova, principalmente, o quanto desse conhecimento eu havia aninhado definiti- vamente em meu coração, todas as vezes que a fé ir- restrita na sobrevivência da alma e os porquês das vicis- situdes terrenas me foram postos como prova das mais variadas formas. Quando surgiu o seu in- teresse pela literatura? Meu interesse pela lite- ratura vem desde a infância, quando recebia livros infan- tis como presente de meus avós, o também escritor Vic- tor Ribas Carneiro e Maria Antônia Carneiro, de saudo- sa e querida lembrança. O primeiro deles foi O Longo Inverno, de Laura Ingalles Wilder, o qual li dezenas de vezes. Depois disso, não pa- rei mais. Como despontou sua mediunidade e como ela au- xilia nos seus livros e no seu dia a dia? A mediunidade se ma- nifestou em meu corpo físi- co desde a infância de uma forma bastante interessante, pois, quando ainda criança muito pequena, eu via vul- tos, rostos e constantemente dois grandes olhos amendoa- dos que pareciam penetrar em meu ser, induzindo-me a uma responsabilidade que eu não conseguia compreen- der na ocasião. No entanto, veio a mani- festar-se mais incisivamente na adolescência, com o estu- do constante feito nas tardes de sábado junto ao Grupo de Jovens do Centro Espí- rita Francisco de Assis, em Curitiba, onde, através da palavra fácil e coerente que eu recebia, logo durante as primeiras palestras pude per- ceber a presença amiga dos mentores a intuir-me cons- tantemente. Mais tarde, desenvolvi a psicografia de uma forma quase que surpreenden- te, pois a facilidade com que ela se desenvolveu me causou espanto e contenta- mento. Além de psicografar mensagens, alguns poemas e livros, a visão dos fatos ocor- ridos durante a psicografia me era, na maioria das ve- zes, apresentado em forma de quadros vivos, uma espé- cie de filme visto de cima, por assim dizer, embora não possa aqui afirmar que a clarividência seja uma me- diunidade da qual eu tenha domínio. Ela surge apenas quando psicografo, ou algu- mas vezes quando ocorre a incorporação. A mediunidade, princi- palmente a da intuição e de pressentimentos, muito me auxilia no cotidiano, pois, ouvindo com atenção e ponderação os “recadinhos do Alto” muitas são as situa- ções que podemos contor- nar, transformando aqueles “grandes” problemas em apenas mais uma provinha a ser cumprida. Em um mundo cada vez mais digital e urbano, por que você optou pela zona rural? Minha opção por viver na zona rural vem do fato de que eu sentia necessidade de um pouco menos de agi- tação em minha vida, mas essa preferência pelo campo sempre esteve presente em meus objetivos, tão logo os filhos não necessitassem de Leitor EME é um boletim informativo da Editora EME, distribuído gratuitamente Editor: Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo Jornalista responsável: Rubens Toledo – MTb 13.776 Diagramação: Editora EME Fotolitos e impressão: Gráfica EME Tiragem desta edição: 3.500 exemplares Vendas: (19) 3491-7000 [email protected] Expediente Esta edição do Leitor EME está como coração de mãe: grande e repleto de coisas boas. A começar pela entrevista com Lia Márcia Machado, falando de seu novo romance, O casarão de madame Sofia. Além de conhecer um pouco mais a autora, você também vai degustar um trecho da obra, que tem gostinho de quero mais – feito comida de mãe. Tem mais dois lança- mentos imperdíveis e os co- mentários de nossos leitores sobre livros da Editora EME que, se você ainda não leu, certamente vai querer ler. E, como o assunto é mãe, confira a repercussão do texto de Rodrigues de Camargo que deixou Lucia Moysés bastante comovida. Com certeza você vai se emocionar, também! Até a próxima! Queremos saber a sua opinião! Envie suas críticas, sugestões e dúvidas para o e-mail [email protected] ou ligue para (19) 3491-7000. SAL Serviço de Atendimento ao Leitor LANÇAMENTO EME Edson, mais tarde Lia se ca- sou novamente, desta vez com Reinaldo Machado, de cuja união nasceu Wilson. Segundo a autora, este filho foi sua fonte de ins- piração para escrever seu primeiro romance, Um fan- tasma de peso. Ela também escreveu O verdadeiro amor liberta e, agora, lança seu novo livro, O casarão de Madame So- fia, todos publicados pela EME. Entrevista com a médium minha presença constante- mente ao lado deles. Quan- to à questão de estarmos vi- vendo em um mundo cada vez mais digital, isso é uma realidade, realidade esta que também chega ao campo, contudo, de forma bem mais equilibrada. Há quem critique o ro- mance espírita por conside- rá-lo menos importante na divulgação do espiritismo. Como você analisa tal críti- ca? Qual a importância do romance espírita? Quanto à importância doutrinária dos romances es- píritas, minha opinião é que, tanto quanto os livros de es- tudo, ou doutrinários, o ro- mance espírita leva o leitor a refletir sobre suas vidas, re- pensando arraigados hábitos e quiçá os modificando para melhor. O leitor pode espelhar- -se nos fatos da narrativa, bem como na conduta dos personagens. Embora estes possam parecer distantes e inacessíveis para algumas pessoas, a maioria sabe que eles realmente existiram, sentiram, sorriram, sofreram, lutaram ou entregaram-se ao desânimo, como nós muitas vezes ainda hoje fazemos, quando as provas terrenas começam a surgir sem pedir licença ou dar aviso de que Trecho da obra A obra Visite-nos! www.facebook.com/EditoraEME www.twitter.com/EditoraEME O casarão de madame Sofia LIA MÁRCIA MACHADO nasceu na cidade de Curitiba, no estado do Paraná, no dia 18 de maio de 1953. Filha e neta de escritores – o pai, dr. Walter Baruffi, e a mãe, a professora Zélia Carneiro Baruffi, além do avô, Victor Ribas Carneiro –, acabou herdando muito cedo, no próprio lar, a afeição pela cultura e o gosto pela arte de escrever. Lia atuou como educa- dora até meados de 2000. Ela também é formada pela Escola de Enfermagem Ca- tarina Labourè, em Curitiba, e em Administração, profis- sões que não exerce desde 2009. Há 14 anos ela vive em uma chácara que se chama Morada da Luz, na cidade de Tijucas do Sul, no Para- ná, onde cuida de sua sogra, hoje com 86 anos de idade. Apesar dos afazeres domés- ticos e demais cuidados familiares, Lia permanece realizando o evangelho, a meditação e o atendimento espiritual aos necessitados. Lia se casou com o mé- dico pediatra Edson Gia- comini e teve dois filhos, Bruno Alexandre e Soraya. Com a desencarnação de 2 3 4 A médium estão chegando para nos colo- car em xeque. O que é testado é o nos- so cabedal evolutivo interior, testado na prática diária, fa- miliar, e também no convívio social, em que estamos inse- ridos não por acaso, mas por uma programação de esco- lhas anteriormente acordadas (antes de nossa encarnação neste plano terreno). Para muitos, o estudo sis- temático pode não chamar muito a atenção, a princípio, mas um romance, sim. Não é a divulgação da doutrina es- pírita e a modificação do Ser que tanto almejamos? Ambos são de suma im- portância. Qual a principal motiva- ção para escrever O casarão de madame Sofia? Escrever romances psico- grafados, a meu ver, não re- quer uma motivação anterior, ou melhor, uma programação específica do que se dese- ja passar para o papel e, por conseguinte, para o leitor. Eis um velho e sábio ditado espí- rita: o telefone toca de lá para cá, e fica a critério do médium atender ou não à ligação. O livro traz algumas pas- sagens ousadas, que muitos podem considerar picantes para uma obra espírita. De que forma a abordagem de temas ousados podem con- tribuir para o fortalecimento dos valores espirituais? O casarão de madame Sofia, embora contenha algu- mas páginas um tanto quanto picantes e ousadas para aque- les que preferem ignorar a reali- dade que nos circunda, sejam eles espíritas ou não, foi e é uma realidade vivida por mui- tas famílias ao redor do globo terrestre. Mulheres, homens, crian- ças e jovens ainda são escra- vizados, dominados, mani- pulados, vendendo o corpo, a própria alma e a dignidade na busca pela sobrevivência de si e dos familiares. Roman- ces psicografados por nossos irmãos desencarnados, aos quais foi dada a permissão do Altíssimo para que suas his- tórias chegassem até nós, tra- zem relatos impressionantes, que nem mesmo a ficção po- deria supor. Esses relatos nos levam a profundas reflexões sobre a nossa própria condu- ta terrena e sobre o quanto ainda temos a aprender, iden- tificando onde e como pode- remos nos tornar melhores do que somos hoje, e preparando para o nosso porvir uma co- lheita vitoriosa. Creio, portanto, ser o ro- mance espírita um magnífico trampolim para que os mais incautos sobre a continuidade da vida após a morte do corpo físico (e sobre a necessidade de ressarcimento das “pen- dengas anteriores”) despertem para um estudo mais aprofun- dado da doutrina espírita. As abordagens ousadas contidas nesta obra, e que para alguns podem parecer, a princípio, denegrir os valo- res espirituais que tanto bus- camos, existem, são reais no mundo em que vivemos, e as viveremos ainda por mui- to, muito tempo. Escondê-las sob o pretexto de que não são apropriadas às leituras espíri- tas seria o mesmo que escon- der de si a face obscura que todos ainda temos dentro de nossos corações. Escrever, relatar fatos e ações sincera e abertamente, sem o melindre da hipocri- sia social, é uma forma de despertar no leitor uma rea- lidade que convive ao nosso lado e que necessita ser vista, analisada, revisada, para que possamos modificar hábitos e atitudes que julgamos, “no outro”, inadequadas. O romance O casarão de madame Sofia mostra essa rea- lidade, mas, ao mesmo tempo, esclarece e orienta o leitor sobre as consequências inevitáveis de nossas ações impensadas, forta- lecendo elos importantes com os valores espirituais necessários à nossa evolução espiritual. Que conceitos doutriná- rios você aborda nesta obra? Como a doutrina espírita pode contribuir com o entendimen- to das intuições e pressenti- mentos, alguns dos temas pre- sentes no livro? Os conceitos doutrinários abordados nesta obra se expli- citam quando, ao analisarmos as atitudes e ações dos persona- gens desta trama, observamos a incessante busca pelo pra- zer, pelo poder, pela felicidade efêmera. Esta obra visa, como tantas outras obras, esclarecer os leitores a respeito da conti- nuidade da vida após a morte do corpo físico, que é, apenas e tão somente, veículo de provas, nada mais. Através das intuições e pressentimentos relatados no li- vro, percebemos a interferência espiritual, buscando exaustiva- mente auxiliar os personagens, para que não se desviem das metas predeterminadas, assim como acontece conosco dia- riamente; porém, raramente te- mos a clara consciência de que ao nosso lado estão inúmeros amigos espirituais a nos orien- tar. Ouvi-los, isso é apenas co- nosco! Marcellus, o autor da obra, tem alguma ligação com a his- tória do livro? O espírito autor desta obra, que se intitula Marcellus (o An- tunes Meirelles Maia do enre- do, nome também fictício), foi e tem sido companheiro e irmão em evolução em várias encar- nações, ligadas à minha família em especial. Nesta obra ele re- lata uma de suas existências. O leitor poderá averiguar que mais uma vez ele teve, bem como os demais envolvidos, a oportunidade para expiar algu- mas de suas dívidas, mas que, em momentos de grande hesita- ção, deixou que o corpo físico, o livre-arbítrio, as paixões e as emoções terrenas o guiassem. Eis aqui, então, a profunda reflexão que sempre se faz ne- barões do café e a escravi- dão ainda era uma realida- de. De família muito pobre e desejando propiciar aos seus familiares uma vida melhor, a jovem Miriam aventura-se na cidade do Rio de Janeiro, em busca de trabalho e no- vas perspectivas de vida. Inexperiente, ela se vê envolvida por madame So- fia, que mantém um casa- rão, tão em moda na época, onde os grandes senhores de terras passam suas noi- tadas entre bebedeiras e prazeres fáceis, proporcio- nados pela ganância de sua Très bien! – disse ma- dame Sofia naquela tarde, quando a chamou a seu es- critório. – Naila acrredita, e eu também, pelo que te- nho observado, que é che- gada a horra de sua inicia- ção, ma petite! Um calafrio percorreu o corpo de Miriam [Josefina], fazendo com que ela se dei- xasse cair sentada na cadeira em frente à mesa de mada- me. Suas pernas tremiam. Ela pensou que fosse desfa- lecer ali mesmo. Percebendo a expressão de horror da jovem, mada- me Sofia riu ruidosamente. – O que é isso, chérie? – desdenhou do sofrimento de Miriam, desnecessário, a seu ver, e continuou: – Homens, ma petite gazelle, são nosso meio de sobrevivência – dis- se ela, apontando o dedo em sua direção –, e não pense você que somos diferrentes das ilustrres damas da socie- dade, que se escondem atrás de um casamento bem arran- jado! E elevando a voz para que suas palavras fossem real- mente assimiladas pela jo- vem: – Todas buscam a mesma coisa: segurrança, dinheirro e prroteção! Dando alguns passos em direção à ampla janela que dava para o jardim, olhou demoradamente para as ro- seiras floridas e, estendendo a fina e delicada mão em direção à jovem, chamou-a para junto de si com um sor- riso maternal. – Venha, chérie! Observe a beleza indescrritível destas florres, cuidadas com tanto esmerro – disse ela, com seu peculiar sotaque. – Não são belas? – Sim, madame... – titu- beou Miriam. – Pois bem! No entanto, prrecisam de cuidados, n’est pas? Miriam aquiesceu com a cabeça. (...) Josefina [Miriam] não con- seguia adormecer, por mais que tentasse. Virando-se de lá para cá, a angústia cada vez mais tomava conta dela. “Por que Carmeliano não desiste? Por que cisma em me atormentar, mesmo após tudo o que já se passou?”, pensava ela, retorcendo ner- vosamente as mãos, que, aflitas, seguravam as contas de madrepérolas de seu ter- ço de orações. Que obses- são era aquela que não lhe dava trégua? A figura altiva de Carme- liano Torres, alguns anos mais jovem, desenhou-se em sua memória, e ela, as- sustada, balançou a cabeça, a fim de espantá-la de seus pensamentos. Em vão. Aqueles olhos muito ne- gros cismavam em fitá-la, como que a dominá-la no- vamente, por mais que ela tentasse ater-se às orações. Então, inconscientemente reviveu seu passado de tor- mentos, os fatos que culmi- navam naquela fatídica noi- te de espera. proprietária, uma senho- ra francesa que viu nesse ramo de exploração de me- ninas ingênuas uma grande fonte de riqueza. Quis o destino que Mi- riam, rebatizada como Jo- sefina, caísse nas garras de um dos barões do café, que, encantado com sua beleza e fortemente atraído por sua juventude, não mediria esforços nem pouparia re- cursos para conquistar e ter para sempre a companhia da bela e graciosa garota, que terá seu destino muda- do para sempre. cessária em cada romance que nos chega às mãos, em forma de sutis e benéficos ensinamentos vivos e reais. A grande surpresa foi que também eu fiz parte dessa trama, o que me dei- xou deveras preocupada e ao mesmo tempo muito mais alerta e consciente dos meus deveres nesta encarnação. No momento, uma nova obra começou a ser escrita. Intitula-se “Zona desconhe- cida”. Como sempre, minha expectativa é grande, pois, a cada nova linha escrita, realidades espirituais me são mostradas, e confesso que muitas delas me fazem refle- tir por dias a fio, como qual- quer leitor que deseja saber qual será o desfecho da obra em andamento. Em todos estes anos como escritora, nunca soube como uma obra começaria ou como terminaria. Coisas de psicografia! Suspense e curiosidade até o final da obra! É assim que tem sido desde o início. Que mensagem você deixaria aos nossos leitores? Recomendo a leitura de O casarão de madame Sofia aos leitores espíritas e afins, pois que se trata de uma obra, embora passada em época um tanto distante da nossa, com um tema central infelizmente ainda extrema- mente atual: a corrupção, o desejo veemente pela dominação, o sentimento humano desregrado e suas vertentes, que avassalam a evolução do espírito. Desejo a todos uma boa leitura e que este romance possa ser mais um cadinho de auxílio na grande obra da redenção de todos nós, despertando no leitor o inte- resse pelo estudo e pelo co- nhecimento dessa magnífica e abençoada doutrina, que redime sem julgamentos o algoz e a vítima, o bem e o mal em nossas vidas. A história deste livro se passa na época do Brasil co- lônia, quando imperavam os Lia Márcia Machado • Marcellus (espírito) 16x22,5 cm 328 páginas R$ 28,00

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Leitor EME edição 42

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Page 1: Leitor EME edição 42

Editorial

Além do gosto pela cul-tura e pela arte de escrever, o que mais você herdou de seus pais e avós?

Meu conhecimento so-bre a doutrina espírita vem de meus pais, avós e com toda a certeza de existên-cias anteriores.

Em 2013 estarei vencen-do mais uma década de exis-tência terrena ao completar 60 anos. Existência esta da qual guardo, em meu reli-cário de caras lembranças, experiências que me fizeram colocar à prova o conheci-mento da doutrina espírita, que tive desde o berço, mas não só; fizeram-me colocar à prova, principalmente, o quanto desse conhecimento eu havia aninhado definiti-vamente em meu coração, todas as vezes que a fé ir-restrita na sobrevivência da alma e os porquês das vicis-situdes terrenas me foram postos como prova das mais variadas formas.

Quando surgiu o seu in-teresse pela literatura?

Meu interesse pela lite-ratura vem desde a infância, quando recebia livros infan-tis como presente de meus avós, o também escritor Vic-tor Ribas Carneiro e Maria Antônia Carneiro, de saudo-sa e querida lembrança. O primeiro deles foi O Longo

Inverno, de Laura Ingalles Wilder, o qual li dezenas de vezes. Depois disso, não pa-rei mais.

Como despontou sua mediunidade e como ela au-xilia nos seus livros e no seu dia a dia?

A mediunidade se ma-nifestou em meu corpo físi-co desde a infância de uma forma bastante interessante, pois, quando ainda criança muito pequena, eu via vul-tos, rostos e constantemente dois grandes olhos amendoa-dos que pareciam penetrar em meu ser, induzindo-me a uma responsabilidade que eu não conseguia compreen-der na ocasião.

No entanto, veio a mani-festar-se mais incisivamente na adolescência, com o estu-do constante feito nas tardes de sábado junto ao Grupo de Jovens do Centro Espí-rita Francisco de Assis, em Curitiba, onde, através da palavra fácil e coerente que eu recebia, logo durante as primeiras palestras pude per-ceber a presença amiga dos mentores a intuir-me cons-tantemente.

Mais tarde, desenvolvi a psicografia de uma forma quase que surpreenden-te, pois a facilidade com que ela se desenvolveu me causou espanto e contenta-

mento. Além de psicografar mensagens, alguns poemas e livros, a visão dos fatos ocor-ridos durante a psicografia me era, na maioria das ve-zes, apresentado em forma de quadros vivos, uma espé-cie de filme visto de cima, por assim dizer, embora não possa aqui afirmar que a clarividência seja uma me-diunidade da qual eu tenha domínio. Ela surge apenas quando psicografo, ou algu-mas vezes quando ocorre a incorporação.

A mediunidade, princi-palmente a da intuição e de pressentimentos, muito me auxilia no cotidiano, pois, ouvindo com atenção e ponderação os “recadinhos do Alto” muitas são as situa-ções que podemos contor-nar, transformando aqueles “grandes” problemas em apenas mais uma provinha a ser cumprida.

Em um mundo cada vez mais digital e urbano, por que você optou pela zona rural?

Minha opção por viver na zona rural vem do fato de que eu sentia necessidade de um pouco menos de agi-tação em minha vida, mas essa preferência pelo campo sempre esteve presente em meus objetivos, tão logo os filhos não necessitassem de

Leitor EME é um boletim informativo da Editora EME, distribuído gratuitamenteEditor: Arnaldo Divo Rodrigues de CamargoJornalista responsável: Rubens Toledo – MTb 13.776Diagramação: Editora EMEFotolitos e impressão: Gráfica EMETiragem desta edição: 3.500 exemplaresVendas: (19) 3491-7000 [email protected]

Expediente

Esta edição do Leitor EME está como coração de mãe: grande e repleto de coisas boas. A começar pela entrevista com Lia Márcia Machado, falando de seu novo romance, O casarão de madame Sofia. Além de conhecer um pouco mais a autora, você também vai degustar um trecho da obra, que tem gostinho de quero mais – feito comida de mãe.

Tem mais dois lança-mentos imperdíveis e os co-mentários de nossos leitores sobre livros da Editora EME que, se você ainda não leu, certamente vai querer ler.

E, como o assunto é mãe, confira a repercussão do texto de Rodrigues de Camargo que deixou Lucia Moysés bastante comovida. Com certeza você vai se emocionar, também! Até a próxima!

Queremos saber a sua opinião!Envie suas críticas, sugestões e

dúvidas para o e-mail [email protected]

ou ligue para (19) 3491-7000.

SALServiço de

Atendimento ao Leitor

Lançamento emeEdson, mais tarde Lia se ca-sou novamente, desta vez com Reinaldo Machado, de cuja união nasceu Wilson.

Segundo a autora, este filho foi sua fonte de ins-piração para escrever seu primeiro romance, Um fan-tasma de peso.

Ela também escreveu O verdadeiro amor liberta e, agora, lança seu novo livro, O casarão de Madame So-fia, todos publicados pela EME.

Entrevista com a médiumminha presença constante-mente ao lado deles. Quan-to à questão de estarmos vi-vendo em um mundo cada vez mais digital, isso é uma realidade, realidade esta que também chega ao campo, contudo, de forma bem mais equilibrada.

Há quem critique o ro-mance espírita por conside-rá-lo menos importante na divulgação do espiritismo. Como você analisa tal críti-ca? Qual a importância do romance espírita?

Quanto à importância doutrinária dos romances es-píritas, minha opinião é que, tanto quanto os livros de es-tudo, ou doutrinários, o ro-mance espírita leva o leitor a refletir sobre suas vidas, re-pensando arraigados hábitos e quiçá os modificando para melhor.

O leitor pode espelhar--se nos fatos da narrativa, bem como na conduta dos personagens. Embora estes possam parecer distantes e inacessíveis para algumas pessoas, a maioria sabe que eles realmente existiram, sentiram, sorriram, sofreram, lutaram ou entregaram-se ao desânimo, como nós muitas vezes ainda hoje fazemos, quando as provas terrenas começam a surgir sem pedir licença ou dar aviso de que

Trecho da obra

A obra

Visite-nos! www.facebook.com/EditoraEMEwww.twitter.com/EditoraEME

O casarão de madame Sofia

Lia Márcia Machado nasceu na cidade de Curitiba, no estado do Paraná, no dia 18 de maio de 1953. Filha e neta de escritores – o pai, dr. Walter Baruffi, e a mãe, a professora Zélia Carneiro Baruffi, além do avô, Victor

Ribas Carneiro –, acabou herdando muito cedo, no próprio lar, a afeição pela cultura e o gosto pela arte de escrever.

Lia atuou como educa-dora até meados de 2000. Ela também é formada pela Escola de Enfermagem Ca-tarina Labourè, em Curitiba, e em Administração, profis-sões que não exerce desde 2009.

Há 14 anos ela vive em uma chácara que se chama

Morada da Luz, na cidade de Tijucas do Sul, no Para-ná, onde cuida de sua sogra, hoje com 86 anos de idade. Apesar dos afazeres domés-ticos e demais cuidados familiares, Lia permanece realizando o evangelho, a meditação e o atendimento espiritual aos necessitados.

Lia se casou com o mé-dico pediatra Edson Gia-comini e teve dois filhos, Bruno Alexandre e Soraya. Com a desencarnação de

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A médiumestão chegando para nos colo-car em xeque.

O que é testado é o nos-so cabedal evolutivo interior, testado na prática diária, fa-miliar, e também no convívio social, em que estamos inse-ridos não por acaso, mas por uma programação de esco-lhas anteriormente acordadas (antes de nossa encarnação neste plano terreno).

Para muitos, o estudo sis-temático pode não chamar muito a atenção, a princípio, mas um romance, sim. Não é a divulgação da doutrina es-pírita e a modificação do Ser que tanto almejamos?

Ambos são de suma im-portância.

Qual a principal motiva-ção para escrever O casarão de madame Sofia?

Escrever romances psico-grafados, a meu ver, não re-quer uma motivação anterior, ou melhor, uma programação específica do que se dese-ja passar para o papel e, por conseguinte, para o leitor. Eis um velho e sábio ditado espí-rita: o telefone toca de lá para cá, e fica a critério do médium atender ou não à ligação.

O livro traz algumas pas-sagens ousadas, que muitos podem considerar picantes para uma obra espírita. De que forma a abordagem de temas ousados podem con-tribuir para o fortalecimento dos valores espirituais?

O casarão de madame Sofia, embora contenha algu-mas páginas um tanto quanto picantes e ousadas para aque-les que preferem ignorar a reali-dade que nos circunda, sejam eles espíritas ou não, foi e é uma realidade vivida por mui-tas famílias ao redor do globo terrestre.

Mulheres, homens, crian-ças e jovens ainda são escra-vizados, dominados, mani-pulados, vendendo o corpo, a própria alma e a dignidade na busca pela sobrevivência de si e dos familiares. Roman-

ces psicografados por nossos irmãos desencarnados, aos quais foi dada a permissão do Altíssimo para que suas his-tórias chegassem até nós, tra-zem relatos impressionantes, que nem mesmo a ficção po-deria supor. Esses relatos nos levam a profundas reflexões sobre a nossa própria condu-ta terrena e sobre o quanto ainda temos a aprender, iden-tificando onde e como pode-remos nos tornar melhores do que somos hoje, e preparando para o nosso porvir uma co-lheita vitoriosa.

Creio, portanto, ser o ro-mance espírita um magnífico trampolim para que os mais incautos sobre a continuidade da vida após a morte do corpo físico (e sobre a necessidade de ressarcimento das “pen-dengas anteriores”) despertem para um estudo mais aprofun-dado da doutrina espírita.

As abordagens ousadas contidas nesta obra, e que para alguns podem parecer, a princípio, denegrir os valo-res espirituais que tanto bus-camos, existem, são reais no mundo em que vivemos, e as viveremos ainda por mui-to, muito tempo. Escondê-las sob o pretexto de que não são apropriadas às leituras espíri-tas seria o mesmo que escon-der de si a face obscura que todos ainda temos dentro de nossos corações.

Escrever, relatar fatos e ações sincera e abertamente, sem o melindre da hipocri-sia social, é uma forma de despertar no leitor uma rea-lidade que convive ao nosso lado e que necessita ser vista, analisada, revisada, para que possamos modificar hábitos e atitudes que julgamos, “no outro”, inadequadas.

O romance O casarão de madame Sofia mostra essa rea-lidade, mas, ao mesmo tempo, esclarece e orienta o leitor sobre as consequências inevitáveis de nossas ações impensadas, forta-lecendo elos importantes com

os valores espirituais necessários à nossa evolução espiritual.

Que conceitos doutriná-rios você aborda nesta obra? Como a doutrina espírita pode contribuir com o entendimen-to das intuições e pressenti-mentos, alguns dos temas pre-sentes no livro?

Os conceitos doutrinários abordados nesta obra se expli-citam quando, ao analisarmos as atitudes e ações dos persona-gens desta trama, observamos a incessante busca pelo pra-zer, pelo poder, pela felicidade efêmera. Esta obra visa, como tantas outras obras, esclarecer os leitores a respeito da conti-nuidade da vida após a morte do corpo físico, que é, apenas e tão somente, veículo de provas, nada mais.

Através das intuições e pressentimentos relatados no li-vro, percebemos a interferência espiritual, buscando exaustiva-mente auxiliar os personagens, para que não se desviem das metas predeterminadas, assim como acontece conosco dia-riamente; porém, raramente te-mos a clara consciência de que ao nosso lado estão inúmeros amigos espirituais a nos orien-tar. Ouvi-los, isso é apenas co-nosco!

Marcellus, o autor da obra, tem alguma ligação com a his-tória do livro?

O espírito autor desta obra, que se intitula Marcellus (o An-tunes Meirelles Maia do enre-do, nome também fictício), foi e tem sido companheiro e irmão em evolução em várias encar-nações, ligadas à minha família em especial. Nesta obra ele re-lata uma de suas existências.

O leitor poderá averiguar que mais uma vez ele teve, bem como os demais envolvidos, a oportunidade para expiar algu-mas de suas dívidas, mas que, em momentos de grande hesita-ção, deixou que o corpo físico, o livre-arbítrio, as paixões e as emoções terrenas o guiassem.

Eis aqui, então, a profunda reflexão que sempre se faz ne-

barões do café e a escravi-dão ainda era uma realida-de. De família muito pobre e desejando propiciar aos seus familiares uma vida melhor, a jovem Miriam aventura-se na cidade do Rio de Janeiro, em busca de trabalho e no-vas perspectivas de vida.

Inexperiente, ela se vê envolvida por madame So-fia, que mantém um casa-rão, tão em moda na época, onde os grandes senhores de terras passam suas noi-tadas entre bebedeiras e prazeres fáceis, proporcio-nados pela ganância de sua

– Très bien! – disse ma-dame Sofia naquela tarde, quando a chamou a seu es-critório. – Naila acrredita, e eu também, pelo que te-nho observado, que é che-gada a horra de sua inicia-ção, ma petite!

Um calafrio percorreu o corpo de Miriam [Josefina], fazendo com que ela se dei-xasse cair sentada na cadeira em frente à mesa de mada-me. Suas pernas tremiam. Ela pensou que fosse desfa-lecer ali mesmo.

Percebendo a expressão de horror da jovem, mada-me Sofia riu ruidosamente.

– O que é isso, chérie? – desdenhou do sofrimento de Miriam, desnecessário, a seu ver, e continuou: – Homens, ma petite gazelle, são nosso meio de sobrevivência – dis-se ela, apontando o dedo em sua direção –, e não pense você que somos diferrentes das ilustrres damas da socie-dade, que se escondem atrás de um casamento bem arran-jado!

E elevando a voz para que suas palavras fossem real-mente assimiladas pela jo-vem:

– Todas buscam a mesma coisa: segurrança, dinheirro e prroteção!

Dando alguns passos em direção à ampla janela que dava para o jardim, olhou demoradamente para as ro-seiras floridas e, estendendo a fina e delicada mão em direção à jovem, chamou-a para junto de si com um sor-riso maternal.

– Venha, chérie! Observe a beleza indescrritível destas florres, cuidadas com tanto esmerro – disse ela, com seu peculiar sotaque. – Não são belas?

– Sim, madame... – titu-beou Miriam.

– Pois bem! No entanto, prrecisam de cuidados, n’est pas?

Miriam aquiesceu com a cabeça.

(...)Josefina [Miriam] não con-

seguia adormecer, por mais

que tentasse. Virando-se de lá para cá, a angústia cada vez mais tomava conta dela.

“Por que Carmeliano não desiste? Por que cisma em me atormentar, mesmo após tudo o que já se passou?”, pensava ela, retorcendo ner-vosamente as mãos, que, aflitas, seguravam as contas de madrepérolas de seu ter-ço de orações. Que obses-são era aquela que não lhe dava trégua?

A figura altiva de Carme-liano Torres, alguns anos mais jovem, desenhou-se em sua memória, e ela, as-sustada, balançou a cabeça, a fim de espantá-la de seus pensamentos.

Em vão.Aqueles olhos muito ne-

gros cismavam em fitá-la, como que a dominá-la no-vamente, por mais que ela tentasse ater-se às orações. Então, inconscientemente reviveu seu passado de tor-mentos, os fatos que culmi-navam naquela fatídica noi-te de espera.

proprietária, uma senho-ra francesa que viu nesse ramo de exploração de me-ninas ingênuas uma grande fonte de riqueza.

Quis o destino que Mi-riam, rebatizada como Jo-sefina, caísse nas garras de um dos barões do café, que, encantado com sua beleza e fortemente atraído por sua juventude, não mediria esforços nem pouparia re-cursos para conquistar e ter para sempre a companhia da bela e graciosa garota, que terá seu destino muda-do para sempre.

cessária em cada romance que nos chega às mãos, em forma de sutis e benéficos ensinamentos vivos e reais.

A grande surpresa foi que também eu fiz parte dessa trama, o que me dei-xou deveras preocupada e ao mesmo tempo muito mais alerta e consciente dos meus deveres nesta encarnação.

No momento, uma nova obra começou a ser escrita. Intitula-se “Zona desconhe-cida”. Como sempre, minha expectativa é grande, pois, a cada nova linha escrita, realidades espirituais me são mostradas, e confesso que muitas delas me fazem refle-tir por dias a fio, como qual-quer leitor que deseja saber qual será o desfecho da obra em andamento.

Em todos estes anos como escritora, nunca soube como uma obra começaria ou como terminaria. Coisas de psicografia! Suspense e curiosidade até o final da obra! É assim que tem sido desde o início.

Que mensagem você deixaria aos nossos leitores?

Recomendo a leitura de O casarão de madame Sofia aos leitores espíritas e afins, pois que se trata de uma obra, embora passada em época um tanto distante da nossa, com um tema central infelizmente ainda extrema-mente atual: a corrupção, o desejo veemente pela dominação, o sentimento humano desregrado e suas vertentes, que avassalam a evolução do espírito.

Desejo a todos uma boa leitura e que este romance possa ser mais um cadinho de auxílio na grande obra da redenção de todos nós, despertando no leitor o inte-resse pelo estudo e pelo co-nhecimento dessa magnífica e abençoada doutrina, que redime sem julgamentos o algoz e a vítima, o bem e o mal em nossas vidas.

A história deste livro se passa na época do Brasil co-lônia, quando imperavam os

Lia Márcia Machado • Marcellus (espírito)16x22,5 cm • 328 páginas • R$ 28,00

Page 2: Leitor EME edição 42

ano 14 • número 42 • maio de 2013

tamBÉm neSta eDIçÃo

Telefone/Fax: (19) 3491-7000 • Caixa Postal 1820 – 13360-000 – Capivari – SPwww.editoraeme.com.br • [email protected]

LançamentoSO casarão de madame Sofia

Inspirada por seu amigo espiritual Marcellus, Lia Márcia Machado nos traz a história de Josefina, jovem de origem humilde que luta para sobreviver no Brasil dos barões e escravos

A jovem viverá uma crescente tensão em busca de uma alternativa para sua vida. Para a autora, “relatar fatos e ações sem o melindre da hipocrisia social é uma forma de despertar no leitor uma realidade que convive ao nosso lado”. Confira a entrevista de Lia Márcia e saiba mais sobre ela e

este seu novo romance.

páginas 2, 3 e 4A moça do espelhoIsabel ScoquiRomance espírita • 14x21 cm • 200 pp. • R$ 22,00 Inspirada por um episódio do livro Nos domínios da mediunidade, de André Luiz, Isabel Scoqui teve a ideia de recriar a história de Estefânia, desencarnada havia 200 anos, que permanece presa à promessa do noivo, revivendo constantemente as mesmas cenas, vinculadas ao espelho e ao retrato enviados por ele, como presentes para ela.

Seja feliz agoraJoseval Carneiro

Autoajuda • 14x21 cm • 184 pp. • R$ 23,00 A ingratidão encerra uma tendência de nos sentirmos insatisfeitos com o presente.

A cada capítulo deste seu novo livro, Joseval Carneiro nos convida a sermos felizes agora, encontrando a satisfação em vivermos como filhos de Deus. Abra a sua mente

e o seu coração e aceite este convite: seja feliz agora!

A repercussão da homenagem às mães feita por Rodrigues de

Camargo, editor da EME página 5

Leitores comentam sobre livros de Mônica Cortat,

Lucia Moysés e Lúcia Cominatto

página 5

O professor, escritor e advogado José Lázaro Boberg falou sobre

“O poder da fé” página 6

DA MÃE DO LIVREIRO ÀS MÃES DO BRASIL

BOBERG NA CÂMARA DE PIRACICABA

65

Sendo maio o mês das mães, Rodrigues de Camar-go, editor da EME, publicou na edição número 14 da Re-vista de Livros EME um tex-to recordando a história de sua própria mãe, Maria Do-lores, “analfabeta, filha de imigrantes espanhóis”, con-forme explica Rodrigues. No texto, intitulado “Maria e o livreiro”, ele faz questão de ressaltar o orgulho de ser fi-lho “desta mulher destemida e abençoada”.

A homenagem de Ro-drigues teve repercussão imediata. Por e-mail, a pro-fessora Lea Canutti, irmã da médium Wanda Albertini

No dia 18 de abril de 2013, a USE (União das Sociedades Espíritas) de Piracicaba realizou a 18ª Comemoração do Dia de Allan Kardec.

Esta data é nacional-mente celebrada como Dia do Livro Espírita em razão do lançamento de O Livro dos Espíritos, que aconte-ceu em 18 de abril de 1857. Em Piracicaba, há 18 anos esta homenagem ganhou o status de lei municipal.

Com a Câmara Muni-cipal repleta de espíritas e simpatizantes da doutrina, o professor, escritor e ad-vogado José Lázaro Boberg proferiu a palestra “O po-der da fé”.

Cada integrante da mesa – composta de verea-dores, secretário municipal (representante do prefeito de Piracicaba), represen-tantes da USE-SP e da USE regional e intermunicipal de Piracicaba – recebeu um exemplar do último lançamento do escritor Bo-berg, Leis de Deus, eternas

Canutti (autora de Getúlio Vargas em dois mundos, pu-blicado pela EME), afirma ter ficado muito contente “pela homenagem a uma mulher especial, sua mãe, e a todas que se enquadram na home-nagem, as médiuns e escri-toras”. Lea se refere à passa-gem do texto em que o edi-tor congratula as mães “que pariram filhos, aquelas que amaram e educaram filhos de outros ventres e também aquelas que pariram livros”.

Outro e-mail, assinado pela autora Lucia Moysés (que escreveu, dentre outros, Nas mãos amigas dos pais, tam-bém publicado pela EME), merece ser transcrito neste es-paço, na íntegra:

“Acabei de ler, muito co-movida, a página de homena-gem a sra. sua mãe.

Histórias, em alguns pon-tos, bem parecida com a mi-nha. Também tive o privilégio de pertencer a uma família numerosa – sete filhos – e ter pais dignos, honestos e preo-cupados em incutir nos filhos valores morais.

e imutáveis, publicado pela Editora EME.

O professor José Láza-ro Boberg é autor de 12 livros espíritas, sendo dez pela EME, tendo também publicado o livro Lei or-dinária e seu processo legislativo, de teor jurídi-co. Boberg é advogado e mestre em Direito. Foi diretor da Faculdade Esta-dual de Direito do Norte Pioneiro, de Jacarezinho (PR). Atualmente é pro-fessor nesta instituição e na Faculdade do Norte Pioneiro de Santo Antô-nio da Platina (PR).

Há muitos anos ele atua no movimento espíri-ta de Jacarezinho e região. Foi fundador e primeiro presidente do Centro Es-pírita Nosso Lar; participa também do Centro Espírita João Batista, ambos de Ja-carezinho. Criou o Clube do Livro Espírita, Banca do Livro Espírita e Livraria, to-dos vinculados ao Centro Espírita João Batista.

Querido em todo o

Da mãe do livreiro às mães do Brasil ESCRITOR BOBERG NA CÂMARA DE PIRACICABA

Obras básicas

Igualmente, tenho uma mãezinha idosa, que no pró-ximo dia 27 de maio comple-tará 100 anos. Ao pé do seu leito, todas as noites, uma das suas filhas (entre as quais me incluo), ora a prece de Cári-tas antes dela dormir. Mesmo agora, quando apenas balbu-cia algumas palavras, não dei-xa de acompanhá-la até o fim.

Agradeço a homenagem. De fato, não tive filhos na pre-sente encarnação, mas Deus permitiu que tivesse facilida-de para escrever e é por meio dos livros que busco dividir o meu amor ‘de mãe’ com todos que os leem.

Muito obrigada e para-béns pela tocante homena-gem”.

Homenagem que todos nós, da Editora EME, reitera-mos.

E caso você queira ler o texto “Maria e o livreiro” na íntegra e receber a Revista de Livros EME, entre em contato conosco: (19) 3491-7000 • [email protected] • www.editoraeme.com.br

Li e gosteiOK!

O Evangelho segundo o EspiritismoAllan Kardec•15,5x21,5 cm • 296 pp.• R$ 13,00 (brochura)• R$ 14,00 (espiral)

O Livro dos EspíritosAllan Kardec•15,5x21,5 cm • 360 pp. • R$ 13,00 (brochura) • R$ 14,00 (espiral)

Com uma tradução exclusiva de Matheus Rodrigues de Camargo, a Editora EME lançou no ano 2000 a primeira edição de O Evangelho segundo o Espiritismo e, no

ano seguinte, a primeira edição de O Livro dos Espíritos. Sucesso no mercado editorial espírita, os livros contam hoje com edições em formato grande e letra maior.

OK!

Nas mãos amigas dos pais

Estou com o livro da professora Lucia Moysés, e estou extremamente encantada com a leitura! Recomendo imensamente para todos os pais que que-rem educar seus filhos den-tro das leis de Deus, com moral, para serem felizes, amando ao próximo e a si mesmos!

DANIELLE GOMES mora no Rio de Janeiro/RJ

Cora do meu coração

Uma história muito bem contada, cheia de muitos detalhes, quanto mais se lê, mais você quer saber, me emocionei com o des-fecho final... Desconhecia trabalhos desta autora, MAS ADOREI!

PATRICIA MANHEZ mora em Avaré/SP

Na cura da almaTodos os dias que leio, mesmo que seja a mesma mensagem, ela sempre me diz algo diferente. Recomendo. O melhor de todos!!

ALINE LEMOS mora em Araguari/MG

Brasil através das palestras que realiza em diversos estados, seus livros já ul-trapassam a casa dos 100 mil exemplares vendidos. E todos eles com cessão dos direitos autorais em prol da própria divulgação.

Boberg se destaca por sua cultura, competência e amor à causa espírita, como um dos

“espíritos do futuro” reencar-nados entre nós, tal o seu des-prendimento e generosidade.

Parabéns à USE de Piraci-caba e à sua diretoria pela di-vulgação e pela belíssima pa-lestra, que agradou até mes-mo aos funcionários, fotógra-fos e jornalistas presentes à Câmara naquela data.

Rodrigues de Camargo

Com a Câmara Municipal repleta de espíritas e simpatizantes, José Lázaro Boberg proferiu a palestra “O poder da fé”

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A cada capítulo são analisadas questões intrigantes e muitas vezes polêmicas, como as características das leis de Deus, a origem e o conhecimento inato que os homens têm dessas leis, a definição de moral e a distinção entre bem e mal, além de uma abordagem objetiva sobre a justiça, o amor e a caridade.

Leis de Deus – eternas e imutáveis

José Lázaro Boberg

Estudo doutrinário

• 16x23 cm

• 272 pp.

• R$ 26,00

Li e gostei