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Leishmania (Ross, 1903) e Leishmanioses Prof. Nidia Silva Menegazzo

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Leishmania (Ross, 1903) e LeishmaniosesProf. Nidia Silva Menegazzo

Gnero Leishmania (Kinetoplastida, Trypanosomatidae)

Protozorios heteroxenos. Hospedeiro vertebrado: formas amastigotas, sem flagelo livre, parasito intracelular. Hospedeiro invertebrado: formas promastigotas e paramastgotas, flageladas, livres ou aderidas ao trato digestivo. Reproduo por diviso binria em ambos hospedeiros.

amastigota

promastigota

Hospedeiros vertebrados: mamferos,mais comumente candeos e roedores; edentados marsupiais, prociondeos, ungulados, primatas, incluindo o homem. Hospedeiros invertebrados: insetos hematfagos flebotomneos (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae). Transmisso: picado do inseto infectado, no momento da hematofagia.

Leishmania Vetor Biolgico Lutzomyia sp

Mosquitos da ordem Diptera, famlia Psychodidae, Sub-famlia Phlebotominae. Mais de 500 espcies catalogadas nas Amricas. Possui atividade predominantemente noturna com picos de atividade entre 1922:00 hrs. O criadouro est associado a reas de solo mido e rico em matria orgnica em decomposio (chiqueiros e galinheiros). O flebtomo tende a permanecer prximo ao ambiente de alimentao, possuindo vos curtos e de altitude ao redor de dois metros.

Lutzomyia sp Caractersticas

2-3 mm de comprimento; cabea pequena, alongada, curva; aparelho bucal picador-sugador; asas com longas cerdas, 9 ou mais veias; machos: fitfagos; fmeas: fitfagas e hematfagas; Nomes populares: mosquito palha, birigui, cangalha, asa dura; fmea: 40 a 60 ovos por desova.

Ciclo de Vida40-70 ovos em matria orgnica mida 6-7 dias FMEA ADULTA machos e fmeas adultos 7-15 DIAS PUPAS LARVAS 15-70 DIAS

Perodo evolutivo:1-3 meses Vida mdia do adulto 2 a 4 semanas Hbito crepuscular/noturno Durante o dia: sombras, umidade Vo silencioso, centenas de metros Meses frios, scos: q ( limite: 20 C )

Morfologia - Amastigotas

No h flagelo livre; poro intracitoplasmtica raramente observada. Interior das clulas fagocitrias (SMF)do hospedeiro vertebrado intracelular. Ovais, esfricas ou fusiformes, ncleo grande a arredondado; Cinetoplasto em forma de pequeno bastonete; 1,5 a 3,0 X 3,0 a 6,5 . Multiplicam-se por diviso binria. Formas infectantes para hospedeiros invertebrados.

Morfologia - Promastigotas

Encontradas no trato digestivo do hospedeiro invertebrado extracelulares. Alongadas, com um flagelo, livre e longo, emergindo do parasito na poro anterior. Ncleo arredondado ou oval, na regio mediana ou anterior do corpo celular. Cinetoplasto em forma de basto, posio mediana entre o ncleo e a extremidade anterior da clula. Flagelo com medidas iguais ou superiores ao maior dimetro do corpo.

Morfologia - Paramastigotas

Pequenas e arredondadas ou ovais. Flagelo curto e exterioriza-se na regio anterior do corpo e sua extremidade pode estar aderida a superfcie cuticular da poro anterior do trato digestivo do vetor atravs de hemidesmossomos. Ncleo em posio mediana e cinetoplasto paralelo. Dimetro> 5,0 a 10,0 X 4,0 a 6,0m.

Morfologia promastigotas metacclicas

Formas infectantes para os hospedeiros vertebrados. Dimetro do corpo nos menores limites apresentados pelos promastgotas. Flagelo muito longo, cerca de duas vezes o comprimento do corpo. Mobilidade intensa, encontrados livres nas pores anteriores do trato digestivo do inseto. No foi observada diviso binria para essas formas.

Diviso binria

Ciclo de vida de Leishmania

HV infectado quando formas promastgotas metacclicas so inoculadas pelas fmeas do inseto vetor, durante repasto sanguneo. Inseto com aparelho bucal curto e adaptado para dilacerar tecidos do hospedeiro e obter sangue. Saliva exerce papel anticoagulante, vasodilatador e antiagregao de plaquetas favorecimento do fluxo de sangue e linfa para alimento. Fatores presentes na saliva do inseto tem ao quimiosttica para moncitos e imunorregulador, com capacidade de interagir com macrfagos, aumentando sua proliferao e impedindo ao na destruio dos parasitos. Maxidilan - presente na saliva de Lutzomyia longipalpis vasodilatador e efeitos imunomodulatrios.

Classificao Atual

LAINSON e SHAW (1987): base em critrios clnicos,epidemiolgicos e biolgicos. Organizao das espcies que parasitam o homem em dois subgneros:Subgnero Leishmania: espcies pertencentes aos Complexos Donovani, Mexicana e Tropica;desenvolvimento nas regies mediana e anterior do trato digestivo do inseto vetor.

Ex. Leishmania (Leishmania) amazonensis

Subgnero Viannia: espcies pertencentes ao Complexo Braziliensis; desenvolvimento na regio posterior do trato digestivo do inseto vetor.

Ex. Leishmania (Viannia) braziliensis

Leishmanioses conceituao

Zoonoses parasitrias com larga variedade de manifestaes clnicas (cutneas, cutneo-mucosas e viscerais ), determinadas por protozorios do gnero Leishmania, transmitidos por mosquitos flebotomneos.Zoonose: micro ou macroparasita adquirido acidentalmente pelo homem de um animal vertebrado onde a infeco ocorre naturalmente (i. e., o animal um reservatrio natural do patgeno).

Leishmanases do Novo Mundo e seus agentes etiolgicos.Leishmanase Tegumentar Americana Cutnea Cutneo-mucosa Cutneo-difusa Leishmanase Visceral Americana

Complexo Braziliensis

Complexo Braziliensis

Complexo mexicana L. (L.) mexicana

Complexo Donovani L. (L.) chagasi*

L. (V.) braziliensis*

L. (V.) braziliensis*

L. (V.) peruviana L. (V.) guyanensis*

L. (L.) pifanoi L. (L.)amazonensis*

L. (L.) donovani L. (L.) infantum

L. (V.) panamensis

Complexo Mexicana

L. (L.) mexicana L. (L.) pifanoi L. (L.) amazonensis*

L. (L.) venezuelensis

Adaptado de Lainson; Shaw, 1987; Mazorchi, 1989. *ocorrncia no Brasil.

Formas clnicasLC

LCM

LCD

LVA

SinonmiasVISCERALKALA-AZAR / CALAZAR FEBRE DUM-DUM FEBRE ESPLNICA INFANTIL ESPLENOMEGALIA TROPICAL

TEGUMENTARESESPUNDIA PIAN-BOSQUE UTA BUBA FURNCULO DO ORIENTE BOTO DE ALEPPO BOTO DE BAGDAD BOTO DE DELHI LCERA DE BAURU FERIDA BRAVA