leia a matéria na íntegra aqui

8
ESPECIAL SETEMBRO 2016 A PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTIVA GARANTE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA. O CUIDADO DEVE SER COM A FORMA E O ACOMPANHAMENTO CERTOS PARA AS HORAS DE EXERCÍCIOS EDUCAÇÃO FÍSICA VIDA ATIVA PROFISSIONAIS HOJE, NO DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, MEMBROS DO CREF5-CE DISCUTEM A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA REGULAR E COMO EXERCITAR-SE SEM RISCO DE LESÕES

Upload: lamkiet

Post on 04-Jan-2017

234 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: Leia a matéria na íntegra aqui

ESPECIAL

SETEMBRO 2016

A PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTIVA GARANTE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA. O CUIDADO DEVE SER COM A FORMA E O ACOMPANHAMENTO CERTOS PARA AS HORAS DE EXERCÍCIOS

EDUCAÇÃO FÍSICA

VIDA ATIVA

PROFISSIONAIS HOJE, NO DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, MEMBROS DO CREF5-CE DISCUTEM A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA REGULAR E COMO EXERCITAR-SE SEM RISCO DE LESÕES

Page 2: Leia a matéria na íntegra aqui

ESPECIAL EDUCAÇÃO FÍSICA é um produto do LAB 282 do Grupo de Comunicação O POVO, sob a coordenação da Diretoria de Marketing. Não pode ser vendido separadamente. Editoras-Executivas: Adailma Mendes e Andrea Araujo | Edição: Adailma Mendes | Textos: Daniel Costa, Janaina Flor, Larissa Viegas, Lua Santos e Marília Candido | Edição de Arte: Andrea Araujo e Carlos Weiber | Design: Carlos Weiber, Ramon Cavalcante e Raphael Góes | Tratamento de Imagem: Gabriel Almeida | Capa: Shutterstock | Diretor-Geral do Comercial: Edson Barbosa | Gerente-Geral Comercial: Aline Viana | Fale Conosco: [email protected] - www.opovo.com.br

VIDA EM MOVIMENTOA PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA DEVE COMEÇAR AINDA NA INFÂNCIA, EVITANDO PROBLEMAS DE SAÚDE CAUSADOS PELO SEDENTARISMO, COMO OBESIDADE E AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL

RA

WP

IXE

L.C

OM

/

SH

UT

TE

RS

TO

CK

2 ESPECIAL EDUCAÇÃO FÍSICA SAÚDE

Page 3: Leia a matéria na íntegra aqui

SUGESTÕES DE ATIVIDADE FÍSICA DE ACORDO COM A IDADE1 a 6 anos. Desenvolvimento da noção de espaço e equilíbrio:NataçãoEsportes com bola (chutar ou arremessar)Atletismo (correr e pular)

7 a 12 anos. Conhecer aptidões físicas, lidar com regras e técnica:FutebolLutas Ginástica

13 a 19 anos. Fortalecer o hábito do esporte, autoconhecimento e proatividade:VôleiBasqueteDanças

20 a 34 anos. Controle de peso corporal e sensação de bem-estar:MusculaçãoPedaladasCircuito

35 a 50 anos. Retardar perdas metabólicas, físicas e hormonais:CaminhadaCorridaPilates

50 a 64 anos. Prevenção de doenças, proteção da massa óssea e melhorar capacidade cardiorrespiratória:HidroginásticaDança de salãoTreinamento funcional

+ de 65 anos. Aliviar dores, manter a independência em atividades diárias e reduzir pressão arterial:CaminhadaHidrogináticaIoga

Janaina FlorESPECIAL PARA O [email protected]

A atividade física é natural ao ser humano, afinal, a movimentação está pre-sente desde o nascimen-to. A prática regular de

exercícios tem uma ligação estreita com a saúde e pode ser realizada por pesso-as de todas as idades, começando ainda na infância. Assim, usufrui-se de muitos benefícios de acordo com a faixa etária.

O Diagnóstico Nacional do Espor-te, pesquisa do Ministério do Esporte realizada em 2013, revelou que 45,9% da população brasileira é sedentária. Desse total, 80,4% dos entrevistados responderam que têm consciência dos riscos. “O sedentarismo traz obesidade, que predispõe hipertensão arterial, doença arterial coronária, colesterol e triglicerídeo aumentando, além de al-guns tipos de câncer. Causa aumento da probabilidade de desenvolver doen-ças metabólicas relacionadas ao siste-ma vascular cerebral, diabete tipo dois, problemas do trato respiratório tam-bém, se houver predisposição”, explica Adriano Loureiro, doutor em Fisiologia, professor adjunto da Universidade Es-tadual do Ceará (Uece) e conselheiro do Conselho Regional de Educação Física da Quinta Região (Cref5-CE).

Andréa Benevides, doutora em Edu-cação, mestre em Saúde Pública e vice--presidente do Cref5-CE, explica que a atividade física deve permear toda a vida do ser humano, sendo importante desde o nascimento. “Hoje temos um estilo de vida que faz com que a gente não realize tarefas diárias, então preci-samos de estímulos. Desde criança, de-vemos nos envolver em práticas corpo-rais como esporte e atividades do lazer.”

De acordo com a profissional, além de melhorias na saúde, a prática de ati-vidade física reduziria as idas aos hospi-tais por problemas do cotidiano, funcio-nando como uma forma de prevenção. “Poderíamos ter uma demanda menor nos hospitais, atendimento melhor e menos gastos com saúde se as pesso-as tivessem essa prática. Muitos males, doenças crônicas e degenerativas pode-riam ser evitados. Câncer, obesidade e doenças cardíacas poderiam ser preve-nidas pela prática de atividade física.”

“Para falar em saúde você tem que ter a ideia de que seu corpo está em

pleno funcionamento, principalmente o sistema cardíaco. Além da prática de ati-vidades físicas, é importante ter alimen-tação saudável e boas relações sociais, tudo isso resulta em qualidade de vida, e ela não está ligada apenas a aspectos físicos”, acrescenta a professora.

PARA AS CRIANÇAS“Um estudo da Organização Mundial

de Saúde, publicado em 2014, mostra que existem no mundo, aproximada-mente, 50 milhões de crianças, de até cinco anos de idade, com sobrepreso e obesidade. Essas crianças, em sua maio-ria, tornam-se também adultos obesos, por isso incentivar a prática de ativida-des físicas na infância é importante”, destaca o professor Adriano Loureiro.

O profissional indica que é impor-tante para os pequenos que eles desen-volvam um estilo de vida saudável. “O ideal são atividades lúdicas, que tornem a prática prazerosa. Se a criança não se interessar, você não pode obrigar, bus-que lugares que tenham profissionais que trabalhem isso de forma lúdica, não como um treinamento de repetições sis-tematizadas de forma militar.”

DU

DA

RE

V M

IKH

AIL

/

SH

UT

TE

RS

TO

CK

FORTALEZA-CE, SETEMBRO 2016opovo.com.br 3

Page 4: Leia a matéria na íntegra aqui

SAUDÁVEL DESDE CRIANÇA COM CONTEÚDOS DINÂMICOS E PRÁTICAS ESPORTIVAS, AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA TÊM CONSEGUIDO TIRAR MUITOS ALUNOS DO SEDENTARISMO, PROPORCIONANDO MAIS QUALIDADE DE VIDA

Daniel CostaESPECIAL PARA O [email protected]

Jogar bola, fazer natação e/ou es-tudar os benefícios dos exercícios físicos. Estas são algumas das ati-vidades realizadas em uma aula de Educação Física. A disciplina,

que é obrigatória a partir do 1° ano do Ensino Fundamental, tem característi-cas únicas em relação às demais pre-sentes no ambiente escolar. “As expe-riências motoras promovidas nas aulas de Educação Física oferecem um acervo cultural de movimento, responsável por desenvolver aspectos como valores hu-manos, habilidades e respeito à diversi-dade”, conta Ricardo Catunda, coorde-nador do curso de Educação Física da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

Além de incentivar hábitos saudá-veis, a matéria escolar também pro-

A DINÂMICA DE CADA IDADE Nas primeiras séries do Ensino Fundamental, como 1° ano, que corresponde a alunos de seis anos de idade, o indicado é praticar jogos e brincadeiras simples, como piques e pular corda, e esportes individuais, como lutas e natação. “Essa etapa tem como objetivo proporcionar o aprendizado de todas as habilidades motoras fundamentais (correr, saltar, arremessar)”, garante Catunda.Após o aprendizado das habilidades motoras fundamentais, os estudantes passam a ter contato com o esporte adaptado, de caráter inclusivo e com baixa exigência de habilidades. “Entre os dez anos e 12 anos, o esporte passa a ser ofertado como conteúdo nas aulas de Educação Física, tendo metodologias e estratégias de ensino que facilitam a participação de todos”, destaca Catunda. “Nesta etapa, a experimentação além do esporte, de diversas atividades, como jogos, danças, ginásticas e lutas, favorecem o equilíbrio no desenvolvimento das crianças”, recomenda. “As atividades devem ser prazerosas e desafiadoras, estimulando a aprendizagem e senso de competência, facilitando a adoção de um estilo de vida ativo e saudável”, completa Catunda.

porciona muitos benefícios corporais e mentais para os estudantes. Segundo Heraldo Simões, professor da Uece e membro do Conselho Regional de Edu-cação Física da Quinta Região (Cref5--CE), os alunos que realizam atividades físicas têm menos chance de desenvol-ver doenças como depressão e obesi-dade. “Ao praticar esportes e jogos, os estudantes conseguem controlar a an-siedade e resolver problemas em curto espaço de tempo”, revela.

Mas antes de garantir essas vanta-gens, Catunda conta que muitos alunos apresentam dificuldades na execução de tarefas durante as atividades físicas. “Resultado de uma baixa qualidade de experiência motora vivida na escola, e fora dela, o analfabetismo motor está relacionado com o sedentarismo”, con-ta. De acordo Simões, isso pode acon-tecer devido ao pouco espaço de lazer presente nas residências dos alunos.

“Eles estão fadados ao analfabetismo motor, ou seja, dificuldades de coorde-nação global, que, em seu conceito cer-to, é a falta de controle dos movimentos que englobam os membros superiores e inferiores”, destaca.

Ainda conforme Simões, esse fenô-meno também possui consequências ao longo prazo, por isso a importância de praticar regularmente atividades físicas e esportivas. “Os efeitos do analfabetis-mo motor é a produção de adultos não ativos, já que tiveram pouca ou nenhuma experiência motora, fazendo-os apresen-tar grande antipatia pelo exercício físico”, revela. Conforme Catunda, as instituições de Ensino Básico têm como missão com-bater esse tipo de problema nas salas de aula. “A escola, em especial a disciplina de Educação Física, assume o papel certo para o enfrentamento ativo dessa situa-ção. A Educação Física reforça essa pre-missa por ser obrigatória”, destaca.

WA

VE

BR

EA

KM

ED

IA

/ S

HU

TT

ER

ST

OC

K4 ESPECIAL EDUCAÇÃO FÍSICA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Page 5: Leia a matéria na íntegra aqui

FIEL AOS ESPORTESCOM MUITAS PESSOAS OU SOZINHO, PRATICAR ALGUM ESPORTE SEMPRE É BENÉFICO PARA O CORPO, PARA A MENTE E PARA AS RELAÇÕES SOCIAIS

Marília CandidoESPECIAL PARA O [email protected]

Quando o esporte entra em cena tudo fica mais diver-tido e a interação acontece mais facilmente. De acordo com o professor de Edu-

cação Física e membro do Conselho Regional de Educação Física da Quinta Região (Cref5-CE) Ralciney Barbosa, em todas as ocasiões em que é inserido, “o esporte assume seu papel social, quer seja na dimensão do lazer, da educação ou de rendimento”. Por meio do esporte é possível ainda fazer novas amizades e interagir socialmente.

REENCONTRO NO ESPORTE

Na infância, o esporte faz parte da vida de muitas pessoas, mas acaba fi-cando de lado quando a vida adulta se aproxima. Para quem volta a praticar certa atividade existem as turmas Mas-ter, uma categoria em que pessoas aci-ma de 25 anos podem participar. Nela, é possível praticar natação, vôlei, futebol, basquete e tênis, por exemplo.

Segundo o professor de Educa-ção Física e conselheiro do Cref5,-CE Fernando Martins, é muito comum encontrar, em Fortaleza, pessoas que buscam essas turmas para o retorno à prática de exercícios. “O segredo dessa atividade é a regularidade nos treinamentos e o conhecimento ple-no do seu limite para evitar doenças cardiovasculares e lesões”, afirma. Os campeonatos Master recebem uma presença grande de participan-tes e é um momento de reencontros.

PARA JOGAR JUNTOMuitos esportes são populares no Brasil, mas o futebol é o rei. Desde pequenas as crianças aprendem a tomar gosto pela bola rolando e isso só cresce de acordo com a idade. Outras práticas, como vôlei e basquete, são bastante incentivadas nas escolas e em clubes.

PARA CURTIR SOZINHONatação, atletismo e esportes que envolvem corrida em geral são as escolhas mais inteligentes para quem, por exemplo, não tem tempo de reunir a turma e bater uma bolinha por aí.

Com campeonatos, medalhas e tro-féus, Roberto Andrade, de 35 anos, par-ticipa da turma Master da Associação de Veteranos e Amigos do Basquete (Avab) há sete anos. “Pratico basquete desde os 13 anos, parando só por alguma do-ença ou lesão”, conta ele, que também é profissional da Educação Física. A turma treina no clube Náutico Atlético Cearen-se. Andrade guarda momentos decisivos na memória e fez muitos amigos durante os anos de esporte.

FOT

OK

OS

TIC

/ S

HU

TT

ER

ST

OC

KA

CE

RV

O P

ES

SO

AL

FORTALEZA-CE, SETEMBRO 2016opovo.com.br 5TURMA MASTER

Page 6: Leia a matéria na íntegra aqui

O MODO E O PROFISSIONAL

CERTOSSEJA AO AR LIVRE COM ASSESSORIA ESPORTIVA OU EM UMA

ACADEMIA, É PRECISO FICAR ATENTO ÀS VANTAGENS DE CADA MODALIDADE ESPORTIVA E À REGULARIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

KIC

HIG

IN /

SH

UT

TE

RS

TO

CK

Lua [email protected]

A primeira ideia ao se pen-sar em praticar alguma atividade física é ir logo para uma academia. De fato, o famoso “puxar

ferro” é uma das soluções mais práti-cas para quem quer manter a saúde e o corpo em dia. “A ciência tem compro-vado, por meio de pesquisas, inúmeros benefícios do treinamento resistido ou treinamento de força, termos que tra-duzem o ‘puxar ferro’, de maneira mais científica. Além da estética e do ganho de força, há também a melhora na qua-lidade de vida das pessoas”, destaca o professor e mestre em Gestão e Educa-ção pela Universidad Autônoma de As-sunción, Sérgio Franco.

6 ESPECIAL EDUCAÇÃO FÍSICA ACADEMIAS E ASSESSORIAS ESPORTIVAS

Page 7: Leia a matéria na íntegra aqui

O QUE FICAR DE OLHO AO CONTRATAR?ASSESSORIAS ESPORTIVAS OU PERSONAL TRAINERÉ fundamental que você exija a identificação através da cédula de identidade profissional. Ela é a garantia de que seu atendimento será feito por um profissional qualificado. Em relação às assessorias, existe ainda a Associação das Assessorias Esportivas em Atividade Física do Estado do Ceará (AEAF-CE), parceira da Cref5-CE. Ela atualmente reúne mais de 30 assessorias esportivas, que possuem um selo de certificação de qualidade.

ACADEMIASÉ fundamental que o aluno observe o credenciamento junto ao Cref5-CE. Este credenciamento da pessoa jurídica é obrigatório e se dá através de um certificado que tem validade anual e deve estar exposto em local visível na entrada da academia.

Segundo Franco, que também é conselheiro do Conselho Regional de Educação Física da Quinta Região (Cref5-CE), todo treinamento é basea-do em volume e em intensidade repre-sentados por números de repetições, séries dos exercícios, carga de treino, cadência do movimento, descanso etc. “O treinamento deve ter o acompa-nhamento do profissional bacharel em Educação Física, caso contrário corre o risco de lesões [no aluno] e de não atin-gir seus objetivos. É muito importante também, antes de iniciar os exercícios, uma avaliação médica e depois uma avaliação física com o profissional de educação física.”

A CÉU ABERTOHá quem ache um tanto monóto-

no ficar em uma academia, preferindo os esportes ao ar livre. E, para evitar riscos de lesões ou práticas erradas, a busca por uma assessoria esportiva é comum. Segundo Rômulo Veras, con-sultor e coach esportivo, “[é importan-

AN

DR

EW

BA

SS

ET

T /

SH

UT

TE

RS

TO

CK

AC

ER

VO

PE

SS

OA

L

te] procurar se certificar que o profis-sional tenha habilitação e experiência para atuar especificamente como trei-nador da modalidade oferecida na sua assessoria esportiva”.

Segundo Veras, que também é membro do Conselho Regional de Edu-cação Física da Quinta Região, assesso-res esportivos podem orientar todas as atividades ao ar livre, como treinamento funcional, corrida, natação, futevôlei e triatlo. “O maior diferencial é o fato de poder praticar os exércitos e atividades em grupo num espaço ao ar livre.”

FISCALIZAÇÃOO Conselho Regional de Educação

Física da Quinta Região tem papel pre-ponderante na orientação, disciplina e fiscalização do exercício do profissional de Educação Física como um todo. Se-gundo Jorge Henrique Monteiro, presi-dente do Cref5-CE, a cada ano que pas-sa, é visível a crescente relevância que se atribui aos profissionais de Educa-ção Física em todo Brasil. A força des-

VIDA DE CORREDORO publicitário Luis Santos já treina com o serviço de assessoria esportiva há cerca de quatro anos. “[Escolhi treinar com assessoria] porque é mais seguro do ponto de vista de prevenir lesões e melhorar resultados. E também pela socialização. É bacana estar em um grupo”. O esportista destaca ainda que a escolha da assessoria se deu por recomendação. “Foi através de uma amiga. Falei com ela que queria correr a Volta da Pampulha e queria treinar com alguém.” Até agora, ele já participou de importantes provas como a São Silvestre, a Volta da Pampulha, a Meia Maratona do Rio e a Meia Maratona de Santiago, além de provas locais.

sa visibilidade, conforme o presidente, pode ser atribuída à “compreensão, por parte da sociedade, de que a práti-ca da atividade física frequente passou a ser fundamental para adoção de um estilo de vida saudável”.

Porém, como alerta Jorge Henrique, é importante que a população, cada vez mais, exija que as atividades físicas se-jam orientadas por um profissional de Educação Física registrado e habilitado. Caso contrário, o Conselho Regional é o órgão que deve ser acionado para irre-gularidades. “Todos nós temos de ser fiscais. Toda a sociedade precisa ter a consciência de que a orientação profis-sional faz a diferença para se obter saú-de”, reforça o presidente que finaliza: “Temos desenvolvido ações em torno da defesa da profissão, dos direitos huma-nos, da promoção da saúde, das políti-cas públicas, da democracia e da defesa da sociedade ser atendida nas ativida-des físicas e esportivas por profissionais de Educação Física devidamente qualifi-cados e habilitados”.

NÚMEROS DO CREF5-CE

fiscalizações foram realizadas pelos fiscais do Cref5-CE, entre janeiro e agosto de 2016, em todo o Estado.

1.190

98notícias crime, que denunciam o exercício ilegal da profissão, foram protocoladas entre janeiro e agosto pelo Cref5-CE, em delegacias de todo o Estado.

14%das pessoas físicas e 29,5% das jurídicas estavam em situação irregular, entre janeiro e agosto. O Cref5-CE notifica e dá um prazo para regularização.

DENUNCIEPara contribuir com a fiscalização do Cref5-CE, basta mandar e-mail para [email protected] com dados do local, a irregularidade e o horário em que ela aconteceu. Não é preciso se identificar.

opovo.com.br 7FORTALEZA-CE, SETEMBRO 2016

Page 8: Leia a matéria na íntegra aqui

QUANDO OS APPS SÃO UM RISCOELES PARECEM SER SIMPLES E FÁCEIS DE USAR E APRESENTAR BONS RESULTADOS. PORÉM, OS APLICATIVOS PODEM TRAZER RISCOS À SAÚDE. CONFIRA QUAIS CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS

Larissa [email protected]

Um ato natural. É assim que Adriano Loureiro, doutor em Fisiologia, professor adjunto da Universidade Estadual do Ceará (Uece)

e membro do Conselho Regional de Educação Física (Cref5-CE), define o movimento humano. “Desde que nascemos, aprendemos a fazer mo-vimentos como andar, subir, pular, agachar... Isso faz parte do nosso cotidiano”, afirma. Para tanto, ele ex-plica que tais atividades diminuíram com o comodismo e o sedentarismo, estando restritas a movimentos de trabalho, prazer e sobrevivência.

Para abandonar tais práticas pre-judiciais à saúde, mais pessoas usam aplicativos como orientador e guia de exercícios de atividades de alta performance. Porém, Loureiro alerta que não se deve deixar de buscar uma orientação profissional. “São aplicati-vos mais relacionados ao condiciona-mento físico, então o professor deve analisar se o aplicativo está orientan-do às atividades corretamente”, escla-rece. Outra dica é tomar os mesmos cuidados de quando se pratica qual-quer atividade física, submetendo-se a exames clínicos (de sangue, eletro-cardiograma etc.). Dentre os riscos da prática de atividades físicas sem acompanhamento, o professor adjun-to da Uece lista dois principais: lesões músculo-esqueléticas e cardíacos.

Para Andréa Benevides, doutora em Educação, mestre em Saúde Pública e vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física, “os aplicativos generali-zam as pessoas”. Ela cita a má orienta-ção de carga e repetição. O que para uns pode ser leve, para outros é inadequado.

OS APPS FAVORITOSPara auxiliar nos exercícios diários:

CUIDADO COM EXERCÍCIOS EM EXCESSO

O overtraining é a sobrecarga de exercícios. Um exemplo dado por An-drea é quando se começa um treino de corrida. “Começo com 2 km, 3 km, 10 km, 21 km... Pratico todos os dias sem dar o repouso necessário. E começam as lesões, o estresse de treinamento.” As consequências incluem cansaço diário e lesões sistêmicas e musculares. “É im-portante que as pessoas saibam dosar o treinamento no dia a dia, tanto o de alto rendimento quanto o de baixo.”

“A Organização Mundial de Saú-de recomenda [a pessoas entre 18 e 64 anos] o mínimo de 150 minutos de atividade moderada por semana, podendo chegar até 300 minutos”, completa Loureiro.

GY

OR

GY

BA

RN

A

Google Fit - Fitness TrackingFunção: rastreador de atividades, com informações instantâneas. Auxilia no alcance das metas desejadas.Sistema operacional: Android.

Fit30Função: 30 dias de desafios de fitness em casa sem equipamentos.Sistema operacional: iOS e Android

.

Just Dance NowFunção: dance em qualquer lugar e a qualquer hora.Sistema operacional: iOS e Android.

EM FAMÍLIAPara Loureiro, as atividades lúdicas estimulam o movimento. Para ele, os jogos “enganam” o cérebro e faz com que as pessoas não se preocupem com os esforços ligados à atividade. Dentre os exemplos que ele cita está o atual Pokémon Go, um aplicativo de realidade aumentada. “Lógico que você tem que ter cuidado, mas para uma determinada faixa etária ele estimula a prática de atividades físicas. Imagina você ficar com o celular atrás de um Pokémon? Você está se movimentando, andando”, apresenta. Videogames também podem ser vistos como uma atividade em família. Jogos do Kinect (Xbox) e do Nintendo Wii, que envolvem repetições de movimentos de dança e de variados esportes, podem atrelar diversão em família e movimento do corpo.

8 ESPECIAL EDUCAÇÃO FÍSICA TECNOLOGIA