la e pós modernidade

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Page 1: LA e Pós Modernidade

Aquilo Que Era Mulher Aquilo que era mulher

Pra não te acordar cedo, saia da cama na ponta do péSó te chamava tarde sabia teu gosto, na bandeja caféChocolate, biscoito, salada de fruta.....suco de mamãoNo almoço era filé mignomCom arroz a lá grega, batata corada um vinho do bomNo jantar era a mesma fartura do almoço E ainda tinha opçãoÉ mais deu mole ela dispensou você...Chegou em casa outra vez doidão...Brigou com a preta sem razão...Quis comer arroz doce com quiabo...Botou sal na batida de limão

Deu lavagem ao macaco, banana pro porco, osso pro gatoSardinha ao cachorro, cachaça pro patoEntrou no chuveiro de terno e sapato, não queria papoFoi lá no porão, pegou treisoitãoDeu tiro na mão do próprio irmãoQue quis lhe segurar, eu consegui lhe desarmarFoi pra rua de novo, entrou no velório pulando a janelaXingou o defunto, apagou a velaCantou a viúva mulher de favela, deu um beijo nelaO bicho pegou a polícia chegouUm coro levou em cana entrouE ela não te quer mais, bem feito

Page 2: LA e Pós Modernidade

Ai Que Saudades Da Amélia Nunca vi fazer tanta exigência

Nem fazer o que você me fazVocê não sabe o que é consciênciaNem vê que eu sou um pobre rapazVocê só pensa em luxo e riquezaTudo que você vê você querAi, meu Deus, que saudade da AméliaAquilo sim é que era mulher

Às vezes passava fome ao meu ladoE achava bonito não ter o que comerE quando me via contrariadoDizia: Meu filho, que se há de fazer

Amélia não tinha a menor vaidadeAmélia é que era mulher de verdadeAmélia não tinha a menor vaidadeAmélia é que era mulher de verdade

Às vezes passava fome ao meu ladoE achava bonito não ter o que comerE quando me via contrariadoDizia: Meu filho, que se há de fazer

Amélia não tinha a menor vaidadeAmélia é que era mulher de verdadeAmélia não tinha a menor vaidadeAmélia é que era mulher de verdade

Page 3: LA e Pós Modernidade