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Jornal ProjovemTRANSCRIPT
Conheça a nossa cidade pela visão dos alunos do Projovem Trabalhador
Amo muito
LazerDiversão é no parque
EsporteA bola da vez: mulher2 7 8Cajazeiras
Um bairro de 20 milhões
de metros quadrados
Salvador
Durante seis meses, cerca de 5 mil jovens, com idade entre 18
e 29 anos e oriundos de famílias com renda mensal de até um
salário mínimo, foram capacitados, em Salvador, através do
Projovem Trabalhador e estão aptos a ingressar no mercado
de trabalho.
O projeto faz parte do Programa Nacional de Inclusão de
Jovens (ProJovem), do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), que desenvolve o treinamento dos participantes em
19 opções, de várias áreas do mercado produtivo, em convê-
nio com a Prefeitura Municipal de Salvador; promovendo,
assim, a inclusão destes jovens no mercado de trabalho.
Os cursos têm duração de 350 horas, sendo 100 de qualifi-
cação social e 250 de capacitação profissional, nas áreas
de Administração, Comunicação e Marketing, Esporte e
Laser, Serviços Domiciliares e Serviços Sociais.
Durante os seis meses de atividades teóricas e práticas, os
participantes recebem uma bolsa mensal no valor de R$
100. Após a conclusão do curso, os jovens, além da possi-
bilidade de emprego no mercado formal, podem atuar
,também, de forma autônoma, a exemplo daqueles que
optaram pelos cursos de manicure, pedicure, depilador,
cabeleireiro e maquiador.
“O Projovem Trabalhador é importante porque ajuda as pes-
soas mais carentes no aprendizado de uma profissão e, depo-
is de todo um processo, encaminha para o mercado de tra-
balho”, afirma Matheus Araújo da Silva, 19, aluno de
Administração e matriculado na 3ª série do ensino médio no
Colégio Estadual Dona Leonor Calmon, em Cajazeiras.
O Idesh (Instituto de Desenvolvimento Humano) congratula-
se com os jovens participantes do Programa, desejando a
todos um futuro promissor. O Instituto agradece o empenho
e a dedicação dos abnegados instrutores e de toda a equipe
de trabalho que não mediram esforços para tornar possível
a execução do Projovem Trabalhador em Salvador.
Júlio Arruda, assessoria de Imprensa
editorial
Por Catiane, Debora e Tássia, Turma 29
Salvador, com sua beleza natural, é preferência nacional dos turistas nesta alta estação. Rica em cultura e campeã em receptividade,
a capital baiana é a terra abençoada por Deus. Com suas praias maravilhosas, ladeiras sinuosas, ruas estreitas e casarões centenári-
os coloridos é a melhor pedida para curtir as férias e esperar o carnaval que agita em torno de 2 milhões de foliões, incluindo turistas
do mundo inteiro. São quase 500 horas de música em uma semana de festa que mistura o que há de melhor entre belo e profano.
Por Leonardo Portugal Ferreira, Turma 22 ço populacional e ao desequilíbrio habitacional do
bairro. Os moradores das áreas invadidas são os Atualmente, o bairro de Cajazeiras apresenta carac-
mais necessitados de assistência, uma vez que são terísticas iguais a qualquer outro de Salvador, ape-
discriminados pela comunidade dos conjuntos, que sar de ter sido planejado. Ocupando uma área 20
não gosta da presença dos excluídos sociais. milhões de metros quadrados e somando uma popu-
lação, estimada em mais de 400 mil habitantes, Apesar do surgimento dos barracos de madeira, Cajazeiras mais parece uma cidade dentro de de taipa e de tijolo sem reboco, as invasões con-Salvador. Com 20 anos de idade, e considerada o pri- trastam com a arquitetura dos conjuntos habitaci-meiro bairro da cidade, previamente planejado, onais de Cajazeiras, que dão ao bairro uma feição Cajazeiras cresceu tanto que passou a ter vida pró- urbana única. Muitas dessas ocupações ilegais já pria. E como acontece com todos os bairros da cida- são bairros oficializados pelas autoridades, como de, também sofreu um grande processo de desor- é o caso do Conjunto Jaguaripe I e II, localizado denamento e necessita de obras de infraestrutura próximo a Cajazeira VIII, beneficiado pelo para que a sua população tenha melhores condi- Programa Viver Melhor do Governo do Estado. ções de vida. Esse tem como finalidade melhorar a qualidade de
vida da população de baixa renda, residente em O Complexo, formado por nove Cajazeiras, quatro
áreas de risco ou insalubres, dando início ao surgi-Fazendas Grandes e a Boca da Mata, é considerado
mento de ruas estruturadas, com rede de esgo-o maior da América Latina, e também convive com
tos, de água e de energia; regularização fundiária, invasões nas encostas e nos vales do Projeto que se
além da implementação das ações sócio-tornaram favelas, aumentadas a cada dia.
educativas, desenvolvidas em parceira com a Atualmente, o Complexo abriga 50 mil pessoas, que
comunidade. moram em invasões, contribuindo, assim, ao incha-
Estrutura urbana atual de Cajazeiras
2
TranportePor Tânia Ferreira e Maiara Almeida, Turma 23
Além das inúmeras oportunidades de emprego no campo temporário, com vínculos formais e infor-
mais, não é possível falar de Salvador sem citar suas maravilhas como o Farol da Barra, nome popu-
lar do Forte de Santo Antônio, construído para defender Salvador dos corsários. Hoje, este monu-
mento é um belo museu bastante visitado. O Elevador Lacerda, inaugurado em 1873, liga as
Cidades Alta e Baixa e tem mais de 70 metros de altura. Em cada uma de suas viagens de 11 segun-
dos, são levadas 128 pessoas.
Por André Luiz e Vanessa, Turma 23 do por meio de professores qualificados, e além da entre outros. O laboratório da escola contém 34
educação gratuita, recebem fardamento duas computadores de última geração. A biblioteca, que Os moradores de Cajazeiras X podem contar com vezes ao ano, material didático e assistência odon- tem um acervo de 12 mil livros, oferece aos alunos a Escola Básica e a Fundação Bradesco, consi-tológica. Além disto, eles têm direito a um cardápio um local para pesquisas escolares. O bairro possui derada uma instituição bastante avançada no de alimentos variados. A Fundação Bradesco, inici- também diversas escolas públicas, municipais e método de aprendizado. A Escola tem 1.329 alu-ada em 1985, em Cajazeiras X, oferece à comuni- estaduais em todos os níveis educacionais, além de nos inseridos nos cursos de alfabetização até o dade cursos profissionalizantes de informática, creches.segundo grau. Os alunos recebem o aprendiza-
Educação em Cajazeiras X
Turma 31 Cascudo discorda e acha que na Festa do Bonfim há con-
vergência de dezenas de festas tradicionais da Europa e A homenagem ao Senhor do Bonfim é muito antiga na
da África. O antropólogo francês Roger Bastide também Bahia, embora haja controvérsias sobre sua origem por-
observa que a cerimônia não é de origem africana, pois tuguesa ou africana. Essa cerimônia acontece na segun-
já existia em Portugal. da quinta-feira de janeiro. Um imenso cortejo de devo-
tos percorre dez quilômetros de Salvador, partindo do Segundo ele, o ritual teria sido difundido por um portu-Largo da Conceição até o Largo do Bonfim. Baianas, ves- guês combatente na Guerra do Paraguai, que, caso ele tidas à caráter, trazem moringas e potes cheios de água não morresse, lavaria o átrio do Senhor do Bonfim. perfumada para a lavagem simbólica das escadarias da Assim, os negros baianos transformaram a lavagem em Igreja do Nosso Senhor do Bonfim. uma festa sincrética do catolicismo e do candomblé.
Pelo fato de ultrapassar os limites da liturgia católica, a
Lavagem do Bonfim chegou a ser proibida pelo Os estudiosos de mitologia negra dizem que a Lavagem
Arcebispo da Bahia e impedida de ser realizada pela do Bonfim é uma cerimônia que tem origem na África,
Força Pública de Salvador no ano de 1890.em homenagem à divindade yorubá Oxalá. Câmara
Origem
Lavagem do Senhor do Bonfim em Salvador
Os pontos positivos e
negativos do bairro
Por Daniela Pinto Cardoso, Turma 22
Cajazeiras é um bairro grande, com a média
de 600 mil habitantes, e tem grande número
de comércios. As pessoas que habitam em
Cajazeiras são de classe média. Todos traba-
lhadores que abrem seu próprio negócio,
como butiques, armarinhos, chaveiros e mer-
cados, para sobreviver.
A população de Cajazeiras cresce cada vez
mais, e a falta de moradia para todos, favore-
ce a construção de casas em lugares de risco,
não permitidos pela SUCOM.
Os engarrafamentos e a falta de sinalização
são constantes no bairro. Lá há muitas esco-
las, por isso a sinalização deveria ser obriga-
tória, mas, infelizmente, quem passar por
Cajazeiras poderá ver que isso ainda é um
grande problema para a população.
3
Os critériosdo Sisu
Por Vanessa Freitas e Michele Reis. Turma 34
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai usar as notas dos alunos
para o ingresso nas faculdades particulares e públicas no Prouni -
Programa Universidade para Todos.
Cada aluno teve que observar sua nota e procurar uma área de acordo
com seu ponto de corte. O aumento deste foi conforme as notas dos alu-
nos inscritos; assim, cada um conseguiu mudar seu curso para outro
desejado, caso sua nota estivesse abaixo do ponto de corte.
Na Bahia, três instituições utilizaram a nota do Enem para seleção de vagas:
UFBA (Universidade Federal da Bahia); IFBA (Instituto Federal de Tecnologia
e Ciência da Bahia) e UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano).
Foto: Vanessa Freitas
Por Elisângela Sales e Tamires Gonzaga,
Turma 28) Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no
O Brasil é considerado um dos países mais grupo das sociedades mais violentas do mundo.
violentos do mundo. O índice de assaltos, Hoje, o país tem altíssimos índices de violência
sequestros, extermínios, violência domésti- urbana, como sequestros, extermínios etc, violên-
ca e contra a mulher é muito alto e contribui cia domestica, praticada no próprio lar, e violência
para tais considerações. Suas causas são contra a mulher, que em geral, é feita pelo marido,
sempre as mesmas: miséria, pobreza, má namorado, ex-companheiro etc.
distribuição de renda, desemprego e desejo Precisamos descobrir o porquê do aumento des-de vingança. A repressão usada pela polícia ses índices nos últimos anos. Onde estaria a raiz para combater a violência gera conflitos e do problema?insegurança na população, que nutrida pela
A violência que mata e a que destrói está muito corrupção das autoridades, não sabe em mais para sintoma social do que doença. São vári-quem confiar e decide se defender com o as as enfermidades sociais que produzem violên-próprio punho, perdendo seu referencial de cia como um tipo de sintoma, portanto não adian-segurança e sua expectativa de vida. ta armar bem a Segurança Pública, entregando a
Não é necessário um cenário de guerra com ela armas de guerra, para repressão policial, se a armas pesadas no centro das cidades, mas “doença” causadora não for identificada e com-de pessoal capacitado para combater a vio- batida. lência e os seus causadores.
Causas
A violência no Brasil
Por Cíntia Batista e Elivânia dos Anjos, T urma 26 segurança, como luvas e protetor auricular. A classe reclama
Imagine você ficar mais de cinco horas segurando e puxando que a corda machuca bastante as mãos e, no final do percurso,
uma corda com as mãos para ganhar pouco mais de R$25. parecem estar surdos.
Essa é a função dos cordeiros no carnaval de Salvador. Eles são Segundo um dos cordeiros, quando acontece briga, os
responsáveis por separar os foliões associados aos blocos dos supervisores não querem nem saber sobre a história, já vêm
que seguem os trios dos famosos fanfarrões do lado de fora da logo batendo e, muitas vezes, tomam as camisetas para não
corda. pagar no final do trabalho aos cordeiros. Outra queixa é do
O trabalho é mal remunerado e oferece muitos riscos à saúde lanche que é muito ruim: um pacote de bolacha, uma água,
e à integridade dessa classe de trabalhadores. “Eles um refrigerante, e, normalmente, quentes. Quando
costumam chutar, bater e xingar os piores nomes”, relatam. argumentados, os supervisores explicam que o lanche é o
As empresas contratadas não oferecem um kit básico de mesmo que eles comem durante o percurso do trio.
Cordeiros: eles levam o carnaval com as mãos
Peça fundamental no carnaval de Salvador, eles são, muitas vezes, humilhados pelos foliões que pulam do outro lado da corda
4
’’Precisamos descobrir o porquê do
aumento desses índices nos últimos anos.
Onde estaria a raiz do problema?’’
Por Carine Neves Machado, Turma 22
A comunidade de Jaguaripe, localizada
no bairro de Nova Brasília, é uma
sociedade bastante habitada, com
aproximadamente 5 mil habitantes.
Antigamente, Nova Brasília tinha
apenas fazendas e chácaras, mas não
era muito habitada. Com o passar do
te m p o, o s fa ze n d e i ro s fo ra m
abandonando suas moradias e o local
começou a ser habitado por casas de
placa, liberadas pelo governo para a
população de baixa renda. Assim, a
população foi crescendo cada vez mais.
A Nova Brasília
5
Por Ângela, Quele e Ana Lúcia, Turma 32 Vista, chegando a 212.235 mil habitantes, segundo o
censo demográfico de 2000.São Caetano formou-se em meados da década de 50,
decorrente do processo de crescimento de Salvador. Sua Dos grandes rios que cortavam a cidade, no sentido oeste-
população, inicialmente, foi composta por trabalhadores leste, o maior deles, o Camurugipe percorre 14 km, desde
braçais, autônomos, biscateiros e pedreiros, oriundos de a sua nascente em Boa Vista de São Caetano, até a foz na
cidades do interior baiano. praia de Costa Azul, em um trajeto de intensa poluição cau-
sada, principalmente, por despejos de esgotos e de deze-O bairro é um dos maiores subdistritos de Salvador, loca-nas de casas que existem dos dois lados de suas margens.lizado na área do Alto do Subúrbio. É o quarto maior ter-
ritório da cidade com 450 mil habitantes, abrangendo Na área de sua nascente, o Camurugipe forma dois impor-
uma área, desde o largo do Tanque até Campinas de tantes diques, que, até meados deste século, integravam o
Pirajá. É dividido em Largo da Geral, Sussunga, Jaqueira, sistema de abastecimento de água de Salvador. O principal
Gorro, Formiga e Gomeia. Além destas áreas, São deles era o Campinas de Pirajá, ligado ao Dique da Boa
Caetano possui outros bairros, como Capelinha e Boa Vista (ou do Ladrão), atravessando a BR-324.
São Caetano: como tudo começou
Por Aline Gleide, Turma Turma 21 Itapuã está localizado em uma região afastada do centro
da cidade, e é mais um ponto turístico de Salvador. Foi “passar uma tarde em Itapuã, ao sol que arde em na década de 70, do último século, que Itapuã passou a Itapuã, ouvindo o mar de Itapuã, falar de amor em receber pessoas que vinham de longe para fixar residên-Itapuã...” Vinícius de Moraes e Toquinho, 1969.cia, sendo ocupada por loteamentos e condomínios, tor-
Segundo a enciclopédia Wikipédia, Itapuã (Itapoan) é nando-se, assim, um dos maiores bairros residenciais. uma palavra original da língua dos índios tupi-guarani, Em decorrência desse crescimento, o bairro sofreu gran-que quer dizer “pedra que ronca” ou designa arpão cur- des mudanças com a urbanização e o crescimento do to, com ponta metálica. Reza a lenda, que uma pedra comércio local.roncava sempre que a maré estava vazante, e isso aca-
Uma das tradições que persiste até os dias atuais, acon-bou dando origem ao nome do bairro, um dos mais famo-tece às segundas-feiras, momento em que os times de sos de Salvador.futebol da vizinhança se encontram para realizar o famo-
O bairro nasceu com a colônia de pescadores Z-6 que so “baba”. O mais antigo é o “Baba da Ressaca” que reú-vivia também de artesanato e da carpintaria naval. ne, bem cedo, os jogadores selecionados entre os mora-Atualmente, são 2.800 pescadores cadastrados na colô- dores do birô.nia, que sobrevivem apenas do sustento do mar.
Itapuã: boêmio, romântico e tradicional
Eu me inscrevi no Projovem Trabalhador,
mas não tinha certeza de ser seleciona-
da, quando fui à internet saber o resulta-
do da seleção, fiquei muito feliz porque o
meu nome estava lá entre 1.500 alunos
selecionados. O Projovem Trabalhador
foi muito importante, para nós, jovens de
baixa renda, aprendermos uma profissão
e interagirmos no mercado de trabalho.
Espero que o Projovem Trabalhador con-
tinue dando oportunidade às pessoas
que, na primeira etapa, não conseguiram
se escrever. (Tamires santos Gonzaga,
Turma 28)
no curso, principalmente, quanto às leis trabalhistas. Consegui entender uma boa parte das ferramentas do marketing: desenvolver pesquisas de um produto; realizar planejamento, criar estratégias de comunicação; conhecer o público alvo, promoções, peças, mídias e enfim, uma série de ferramentas. (Uilma Mendes, 25 anos, Turma 28)
Evolui muitíssimo bem, com tudo o que foi passado
Nesse curso que foi desenvolvi-
do pelo Governo Federal, tive a
chance de aprender sobre o
Marketing Social e pude enten-
der que ele é a nossa comuni-
cação com outras pessoas (cli-
entes). Gostei muito do curso.
Espero muito outros por cursos
profissionalizantes. (Daiane
Santos, 20 anos, turma 28)
Agradeço muito pela oportunidade de
aprender uma profissão. Gostei muito
do curso e dos professores também,
que nos ensinaram muito desde o início.
(Luciene Pereira, 20 anos, Turma 28)
Aprendemos, vivenciamos, participamos de um
misto de situações. Resumo minha fala a um
“muito obrigado” Projovem Trabalhador!!!
(Antonio Jorge dos Santos Ferreira, Turma 28)
O ano de 2009 foi repleto de realizações
e, principalmente, de novas amizades.
A vida é generosa comigo e costumo
brincar que são tantos amigos que, ago-
ra, para entrar um tem de sair o outro.
É claro que esta é apenas maneira
divertida que encontro para somar os
laços verdadeiros que tenho com pes-
soas maravilhosas. Bom, agradeço a
todos os professores por nos auxiliarem
neste¨consórcio social oportunidade¨,
que é apenas o primeiro passo de um
longo caminho em que os desafios a
serem vencidos são muitos. (Ana Paula
Machado, Turma 28)
Aprendi como me comportar em uma
entrevista de trabalho, como usar de
argumentos convincentes e valorizar a
crença no que acredito. O curso ajudou a
minha comunicação, esclareceu quais
são os meus direitos e deveres como cida-
dã e trabalhadora, além de ter aprendido
mais sobre marketing e fotografia. (Elia-
na Lopes, 23 anos, turma 28)
Durante toda a minha vida, este foi o primeiro curso gratuito em que
eu consegui me ingressar. Tentei de todas as formas aproveitar de
tudo. Abracei este curso com todas as minhas forças.
Agradeço pelas aulas de Direito que me abriram os olhos e me fize-
ram enxergar que meu problema tinha solução, só lutando pelos
meus direitos. Assim, agradeço pela oportunidade que vocês do
Projovem me deram. (Josenilde dos Santos, Turma 28)
O Projovem Trabalhador foi algo muito importan-
te para minha vida profissional. Agradeço a todos
que se empenharam no objetivo de colocar em
prática esses cursos para jovens de baixa renda,
que necessitam obter uma carreira profissional,
e, aos professores que se empenharam bastante
para nos ensinar. O Projovem Trabalhador mos-
trou a todos o quanto é importante ter, hoje em
dia, uma formação em nossas vidas. Chegamos
ao final do curso e sabemos que obtivemos con-
quistas como: conhecimento, auto-estima e além
disso, aprendemos a debater uns com os outros.
(Elisângela de Jesus Sales, Turma 28).
?O que os alunos dizem
Nosso avanço no Projovem Trabalhador
6
Por Jéssica Freiras, Turma 31 Outro exemplo da redenção das
Após conquistarem postos, cada vez mulheres aconteceu na natação,
mais destacados no mercado de esporte em que homens sempre
trabalho, as mulheres passaram a ocuparam lugares de destaque, com
ocupar um espaço importante no as brilhantes atuações de Ricardo
esporte brasileiro. Prado, Fernando Sherer e Gustavo
Está duvidando? Vamos analisar, Borges. Em Atenas, dos sete
então, o desempenho feminino nas nadadores brasileiros que chegaram
últimas olimpíadas. Pela primeira vez às finais, cinco foram mulheres.
na história olímpica brasileira, as Desde os últimos 40 anos, uma
mulheres constituíram cerca de 50% mulher não chegava às finais
da delegação. Para ser mais preciso, olímpicas na natação.
os homens somaram apenas dois Até mesmo esportes tradicionais e
atletas a mais que o contingente considerados “de machos”, como o
feminino em Atenas. automobilismo, se rendem ao charme
Com relação aos resultados, a das mulheres. Atualmente, a atenção
surpresa foi maior ainda. Esportes da imprensa e dos patrocinadores
tradicionais no país, como o futebol e voltam-se para Danica Patrick, uma
o basquete, sequer conseguiram baixinha atrevida que chegou à
classificar suas equipes masculinas quarta posição na tradicional prova
para as Olimpíadas. Enquanto isso, as de Indianópolis, liderando a corrida
meninas do futebol e da ginástica por várias voltas. Isto tudo sem
olímpica escreveram uma nova perder a delicadeza, pois Danica
história para as suas modalidades, pode ser vista na mídia, tanto de
graças à inédita medalha de prata do macacão como em um vestido
futebol e pela presença da equipe decotado.
feminina da ginástica entre as doze Talvez, seja esta a chave do sucesso
melhores seleções do mundo. Vale das mulheres esport istas no
ressaltar, aqui, que esse esporte possui mercado publicitário. A aliança entre
também duas grandes referências fe m i n i l i d a d e e b e l e z a , c o m
brasileiras, Daniele Hypólito e Daiane determinação, superação, coragem e
dos Santos. vontade de vencer.
Por Trindade e Rosilene Jesus, T31
A capoeira é um esporte de cultura africana que
encanta os povos com seus movimentos, misturan-
do luta e dança em um lindo espetáculo corporal.
O grupo capoeira “Arte Negra”, fundado pelo mestre
Zé Mário, há mais de 40 anos, no bairro do Jardim
Cruzeiro, na Cidade Baixa, tem uma grande preocu-
pação com a comunidade de baixa renda. O Arte
Negra oferece aulas gratuitas a crianças sem recur-
sos, com o objetivo de afastar jovens da criminalida-
de, e garantir o lazer para todos.
Mulheres no Esporte
A Capoeira
7
Parques da cidade
O lado cultural de uma comunidade carente
Por Vanessa Morais, Sandra Santos e Soraia Cavalcante.
O parque Joventino Perreira da Silva, popularmente conhe-
cido como Parque da Cidade, está localizado na região
entre os bairros do Itaigara, Santa Cruz, Pituba, e Nordeste
de Amaralina e foi criado em 1973 e reformado em 2001.
O Parque possui cerca de 720 mil m². É um local de preser-
vação da mata atlântica, vegetação original da costa brasi-
leira.
O local passou a se destacar no cenário musical, através
do Projeto Música no Parque, por meio do qual shows de
músicos populares são oferecidos de forma gratuita em seu
anfiteatro, chamado de Dorival Caymmi, onde também há
realizações de outras manifestações artísticas.
O Parque dispõe ainda de quadras poliesportivas, parqui-
nhos para crianças, equipamentos de lazer e ginástica,
pista de cooper, ciclovia, praça para idosos, área para piqui-
nique, lanchonetes, posto médico, áreas de concentração e
encontros para estudantes, turistas e grupos da terceira
idade e um amplo estacionamento.
.
Por Taiane Carvalho e Amilton Santana, Turma 34
Um exemplo de onde é possível encontrar lazer e cultura
em um só lugar em Salvador é Pituaçu, localizado na orla
de Salvador próximo a praia de Patamares. Um parque
onde se pode encontrar espécies variadas de peixes,
monumentos do artista Mário Cravo, restaurantes etc.
Tudo por um preço muito acessível.
Aqui, a prioridade é a natureza, além de parque para cri-
ança, música ao vivo, nos finais de semana, e pedalinho
para atravessar o lago.
Este parque deve ser preservado, pois é um lugar de
recriação, onde você pode se divertir sem precisar ter
muito dinheiro, em uma natureza protegida pelo homem,
algo um tanto raro por aqui. Por estas razões, devemos
preservar esse “habitat” de diversos animais e, através
dele, ter contato com a natureza, liberdade e lazer. Tudo
de graça.
Lazer em Salvador
Fotos: Vanessa Morais, Sandra Santos e Soraia Cavalcante.
Fotos: Taiane Carvalho
Dique do TororóPor Vinícuis Dias Moura, T29
O Dique era um lago de águas limpas que abrangia o Vale dos
Barris, o Engenho Velho de Brotas e o Campo da Pólvora; depois da
expansão dos demais bairros, houve um aterro reduzindo o seu
tamanho.
Com o passar dos anos, foram construídos esgotos direcionados
para o Dique poluindo completamente suas águas. Também foi feita
uma reforma na parte externa, restaurando a área verde e o calça-
mento, além da construção de áreas de lazer para crianças e idosos,
palcos flutuantes e alguns bares.
Depois da reforma, foi aumentado o fluxo de pessoas que praticam
caminhadas; porém os carros que circulam ao redor do Dique,
geram uma imensa poluição com o monóxido de carbono, dificul-
tando a respiração das pessoas que caminham ao ar livre.
Edição e Revisão:
Maria Helena Macedo - DRT 2829 - BA
Design Gráfico:
Carlos Vilmar
www.carlosvilmar.com.br
Coordenação Pedagógica:
Prof. Dilza Nascimento de Carvalho
Marlylda Barbuda
Assessoria de Imprensa:
Júlio Arruda
Projeto do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
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Foto: Nilton Souza