jornal movimentos nº 14 especial fórum social temático

7
Veja a íntegra do documento nas páginas 4 e 5 Fórum Social Temático Declaração dos Movimentos Sociais CUT, presença fundamental no Forum “Nós, povos de todos os continentes, reunidos na Assembleia de Movimen- tos Sociais realizada durante o Fórum Social Temático Crise Capitalista, Jus- tiça Social e Ambiental, lutamos con- tra as causas de uma crise sistêmica, que se expressa em uma crise econô- mica, financeira, política, alimentar e ambiental, colocando em risco a pró- pria sobrevivência da humanidade. “ Juventude no Fórum de olho na Rio +20 Página 7 Página 6 Preparando a Rio+20 EDIÇÃO ESPECIAL FORUM SOCIAL MUNDIAL Ano 3 fevereiro de 2012 número 14

Upload: 30697

Post on 26-Mar-2016

216 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Jornal Movimentos edição especial do Fórum Social Temático 2012 em Porto Alegre - RS

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Movimentos nº 14 Especial Fórum Social Temático

Veja a íntegra do documento naspáginas 4 e 5

Fórum Social Temático

Declaração dosMovimentosSociais

CUT, presença fundamental no Forum

“ Nós, povos de todos os continentes,reunidos na Assembleia de Movimen-tos Sociais realizada durante o FórumSocial Temático Crise Capitalista, Jus-tiça Social e Ambiental, lutamos con-tra as causas de uma crise sistêmica,que se expressa em uma crise econô-mica, financeira, política, alimentar eambiental, colocando em risco a pró-pria sobrevivência da humanidade. “

Juventude no Fórum deolho na Rio +20

Página 7

Página 6

Preparando aRio+20

EDIÇÃO ESPECIAL FORUM SOCIAL MUNDIAL

Ano 3 fevereiro de 2012 número 14

Page 2: Jornal Movimentos nº 14 Especial Fórum Social Temático

O Fórum Social Temático (FST)é visto como importante espaçode construção de estratégias deconstrução de um novo mundo.Realizado no período de 24 a 29de janeiro, nas cidades Porto Ale-gre, Gravatai, Canoas, SãoLeopoldo (Região Metropolitana),debateu temas centrais

para a crise capitalista, a justi-ça social e ambiental. Foi,ainda, espaço de construção depropostas para a Cúpula dos Po-vos na Rio+20 e ações que serãorealizadas pelos movimentos so-ciais dos cinco continentes, em ju-nho, na cidade do Rio de Janeiro,quando ocorrerá a

Conferência da ONU sobre De-senvolvimento Sustentável -Rio+20.

O Fórum social se constitui emespaço aberto e plural, que podeser constatado pela programação.As atividades propostas sãogeridas por movimentos, coleti-vos e organizações da sociedadecivil, como parte do processo dereflexão e proposição. Porém, é aAssembleia dos Movimentos So-ciais o espaço mais significativoe que apresenta como sínteses dadiversidade posições e concepçãono que se refere aos temas propos-tos pela organização do FSTemático. Seuprincipal documento a ?Declara-ção da Assembleia dos Movimen-tos Sociais-

denominada Carta de Porto Ale-gre, apresenta um conjuntode proposições voltadas para a de-fesa da vida no planeta, bem como

Edição especial: Fórum Social MundialOpinião

Uma leitura do Fórum Social Temático...e suas perspectiva para o rio + 20 e os desafios do

Partido dos Trabalhadores (PT)

uma nova civilização. Além, dereconhecer que vivemos uma cri-se sistêmica, expressa pela criseeconômica, financeira, política eambiental. Ao mesmo tempo, re-afirmar o carácter anticapitalistado movimento contra aglobalização, da luta pelo meioambiente, da descolonizaçãodos povos oprimidos e da neces-sidade de um maiorenfrentamento ao imperialismo.Tudo isso, é visto como desafiopara os movimentos

sociais dos vários continentes.Na Carta de Porto Alegre, deci-

dem os movimentos sociais rea-firmar os eixos de luta aprovadosna assembleia de Dakar, (realiza-da por ocasião do Fórum Social de2011), de: Lutar contra astransnacionais, lutar pela justiça

climática e pela soberania alimen-tar, lutar para banir a violênciacontra a mulher , lutar pela paz econtra a guerra, o colonialismo, asocupações e a

militarização de nossos territó-rios. Outra decisão é a defesa dasoberania, da autodeterminaçãodos povos e da justiça social, eco-nômica, ambiental e de gênerocomo parte do processo deenfrentamento, da superação dacrise, da propostade fortalecimento doprotagonismo de um Estado livrede corporações, bem como a ser-viço dos povos.

Também, os movimentos soci-ais negam que a ?solução? paraessas crises, estejam noagrocombustiveis, nostransgênicos, na geoengenharia e

no mercado de carbono. Sem con-tar, a proposta de umaeconomia esverdeada, que é con-testada por Boaventura Santos.Para ele, os ”grandes capitais”descobriram o enorme potencialde negócios da economia verde epretendem usá-la para “continuarexplorando os mais pobres”, atra-vés do comércio de licenças,tecnologias e serviços ambientais.

Assim, propomos que os deba-tes e decisões da Conferência daONU, sobre a Economia Verde, sedê considerando a preservação domeio ambiente, a biodiversidadee na perspectiva da erradicação dapobreza e das desigualdades. As-sim, como apontados, instrumen-tos de governança efetivos, paraque se implemente oDesenvolvimento Sustentável.

Na esfera partidária, registra-mos com alegria a decisãopartidária, expressa na participa-ção e pronunciamentos do presi-dente do PT, durante as atividadesorganizadas, no âmbito do FórumSocial Temático, pelo seu presi-dente Rui Falcão e temos comodesafios: fortalecer as

articulações e as mobilizaçõesvisando a participação no proces-so da Rio+20, por meio dos Par-lamentares, dos gestores estadu-ais, municipais e, principalmente,pela presença dos/as companhei-ros/as que atuam em movimentossociais.

Júlio Barbosa, Secretário Nacional de MeioAmbiente do PT

Page 3: Jornal Movimentos nº 14 Especial Fórum Social Temático

Estas são as palavrasde ordem da grande jor-nada de luta a ser reali-zada no dia 5 de junho,em todo o planeta. Emplenária do Fórum Soci-al Temático, realizadadia 28 de janeiro emPorto Alegre, da qualparticiparam mais demil e quinhentosativistas, representando30 países, concluiu-se

Contra o capitalismo, em defesa

da justiça ambiental e social

Edição especial: Fórum Social MundialAmbiental

que o grande inimigo domeio ambiente é o capi-talismo que, na sua sedeinsaciável de lucro ex-plora os trabalhadores,oprimido os povos eagride o planeta.

Esta jornada têm porobjetivo tornar pública aposição dos movimentossociais sobre as questõesambientais e sociais queserão discutidas pelos

chefes de Estado de 192países na Rio + 20,convocada pela ONU. Asorganizações popularesvão denunciar, ainda, atentat iva de“esverdeamento” do ca-pitalismo, que não resol-ve o problema, uma vezque não atinge a origemdas ações de agressãoao meio ambiente.

A “pauta verde” que os

grandes conglomeradoseconômicos e os paísescom programas neo libe-rais começam a discutir,com ampla cobertura eapoio da mídia, nadamais é do que a tentati-va do capital de promo-ver algumas mudançascosméticas para conti-nuarem garantindo seuslucros. É por isso que amil i tância realmentecomprometida não sedeixa enganar como bemresume o sentido de to-dos a frase de RosaneBertotti, da direção exe-cutiva da CUT: “Rejei-tamos a forma como ocapitalismo se reinventana proposta de uma eco-nomia verde. Entende-mos que, para mudar arealidade, não é só pin-tar de verde, é garantirdireitos, liberdade de or-ganização, democracia,proteção social”.

Page 4: Jornal Movimentos nº 14 Especial Fórum Social Temático

A Assembléia dos Movimentos Sociais, reunida no dia 28, no Fórum Social

Temático, do Fórum Social Mundial produziu a declaração, que o Movimentos

reproduz na íntegra

Movimentos Sociais apresentam

declaração produzida durante o Fórum

Nós, povos de todos os continen-tes, reunidos na Assembleia deMovimentos Sociais realizada du-rante o Fórum Social TemáticoCrise Capitalista, Justiça Social eAmbiental, lutamos contra as cau-sas de uma crise sistêmica, que seexpressa em uma crise econômi-ca, financeira, política, alimentare ambiental, colocando em risco aprópria sobrevivência da humani-dade. A descolonização dos povosoprimidos e o enfrentamento aoimperialismo é o principal desa-fio dos movimentos sociais de todoo mundo.

Neste espaço, nos reunimos des-de nossa diversidade para cons-truir juntos agendas e ações co-muns contra o capitalismo, o pa-triarcado, o racismo e todo tipo dediscriminação e exploração. Porisso reafirmamos nossos eixos co-muns de luta, adotados em nossaassembléia em Dakar, em 2011:

Luta contra as transnacionais

Luta pela justiça climática epela soberania alimentar

Luta para banir a violênciacontra a mulher

Luta pela paz e contra a guer-ra, o colonialismo, as ocupaçõese a militarização de nossos terri-tórios

Os povos de todo o mundo so-frem hoje os efeitos do agravamen-to de uma profunda crise do capi-talismo, na qual seus agentes (ban-cos, transnacionais, conglomera-dos midiáticos, instituições inter-nacionais e governos servis) bus-cam potencializar seus lucros àscustas de uma polí t icaintervencionista e neocolonialista.Guerras, ocupações militares, tra-tados neoliberais de livre comér-cio e “medidas de austeridade”expressas em pacotes econômicosque privatizam estatais, arrochamsalários, reduzem direitos, multi-plicam o desemprego e assaltam osrecursos naturais. Tais políticas

atingem com intensidade os paísesmais ricos do Norte, aumentam asmigrações, os deslocamentos for-çados, os despejos, oendividamento e as desigualdadessociais.

A lógica excludente deste mode-lo serve tão somente para enrique-cer uma pequena elite, tanto nospaíses do Norte como nos do Sul,em detrimento da grande maioriada população. A defesa da sobe-rania e da autodeterminação dospovos e da justiça social, econô-mica, ambiental e de gênero são achave para o enfrentamento e a su-peração da crise, fortalecendo oprotagonismo de um Estado livredas corporações e a serviço dospovos.

O aquecimento global é resulta-do do sistema capitalista de pro-dução, distribuição e consumo. Astransnacionais, as instituições fi-nanceiras, os governos e organis-mos internacionais a seu serviço

não querem reduzir suas emissõesde gases de efeito estufa. Agora,tentam nos impor a “economiaverde” como solução para a criseambiental e alimentar o que, alémde agravar o problema, resulta namercantilização, privatização efinanceirização da vida. Rejeita-mos todas as falsas “soluções”para essas cr ises, comoagrocombustíveis, transgênicos,geoengenharia e mercados de car-bono, que são apenas novos dis-farces do sistema.

A realização da Rio+20, no mêsde junho no Rio de Janeiro, pas-sados 20 anos da ECO 92, reforçaa centralidade da luta por justiçaambiental em oposição ao modelode desenvolvimento capitalista. Atentativa de esverdeamento do ca-pitalismo, acompanhada pela im-posição de novos instrumentos da“economia verde”, é um alertapara que os movimentos sociais re-forcemos a resistência e assuma-

Movimentos sociais Edição especial: Fórum Social Mundial

Page 5: Jornal Movimentos nº 14 Especial Fórum Social Temático

mos o protagonismo na construçãode verdadeiras alternativas à cri-se.

Denunciamos a violência contraa mulher, exercida regularmentecomo ferramenta de controle desuas vidas e de seus corpos, e oaumento da superexploração deseu trabalho, utilizado para amor-tecer os impactos da crise e man-ter a margem de lucros constantesdas empresas. Lutamos contra otráfico de mulheres e de criançase o preconceito racial. Defende-mos a diversidade sexual, o direi-to à autodeterminação de gêneroe lutamos contra a homofobia e aviolência sexista.

As potências imperialistas utili-zam bases militares estrangeiraspara fomentar conflitos, controlare saquear os recursos naturais, epromover ditaduras em vários pa-íses. Denunciamos o falso discur-so de defesa dos direitos humanosque muitas vezes justifica as ocu-pações militares. Manifestamos-nos contra a persistente violaçãodos direitos humanos e democrá-ticos em Honduras, especialmen-te en el Bajo Aguan, o assassinatode sindicalistas e lutadores soci-ais em Colômbia e o criminosobloqueio a Cuba – que completa50 anos. Lutamos pela libertaçãodos cinco cubanos presos ilegal-mente nos Estados Unidos, a ocu-pação ilegal das Ilhas Malvinaspela Inglaterra, as torturas e asocupações militares promovidaspelos Estados Unidos e pela OTANna Líbia e no Afeganistão. Denun-ciamos o processo deneocolonização e militarizaçãoque vive o continente africano e apresença da Africom. Nossa lutatambém é pela eliminação de to-das as armas nucleares e contra aOTAN.

Expressamos nossa solidarieda-de com as lutas dos povos do mun-do contra a lógica depredadora eneocolonial das indústr iasextrat ivas e mineirastransnacionais, em particular, coma luta do povo de Famatina, na Ar-gentina, e denunciamos acriminalização dos movimentossociais.

O capitalismo destrói a vida daspessoas. Porém, a cada dia, nas-cem múltiplas lutas pela justiçasocial para eliminar os efeitos dei-xados pelo colonialismo e paraque todos e todas tenhamos quali-dade de vida digna. Cada uma des-tas lutas implica uma batalha deideias o que torna imprescindíveisações pela democratização dosmeios de comunicação, hoje con-trolados por grandes conglomera-dos, e contra o controle privadoda propriedade intelectual. Aomesmo tempo, exige o desenvolvi-mento de uma comunicação inde-pendente, que acompanhe estrate-gicamente nossos processos.

Comprometidos com nossas lu-

tas históricas, defende-mos o trabalho decentee a reforma agráriacomo único caminhopara dar impulso àagricultura familiar,camponesa e indígena epasso central para al-cançar a soberania ali-mentar e a just içaambiental. Reafirma-mos nosso compromis-so com a luta pela re-forma urbana como ins-trumento fundamentalna construção de cida-des justas e com espa-ços participativos e de-mocráticos. Defendemos a cons-trução de outra integração, funda-mentada na lógica da solidarieda-de e o fortalecimento de proces-sos como a UNASUL e a ALBA.

A luta pelo fortalecimento dae d u c a ç ã o ,da ciência ed atecno log iapúbl icas aserviço dospovos, assimcomo a defe-sa dos sabe-res tradicio-nais se tor-n a minadiáveis,uma vez quepersiste suamercantilizaçãoeprivatização.Diante dis-so, manifes-tamos nossa solidariedade e apoioaos estudantes chilenos, colombi-anos, porto-riquenhos e de todo omundo que continuam em marcha

na defesa de esses bens comuns.Afirmamos que os povos não de-

vem continuar a pagar por estacrise sistêmica e que não há saídadentro do sistema capitalista!

Encontram-se na agenda gran-des desafios,que exigemque articule-mos nossas lu-tas e que nosmobi l izemosmassivamente.

Inspiradosna história denossas lutas ena força reno-vadora de mo-v i m e n t o scomo a Pri-mavera Ára-be, o OcuppyWall Street, os“indignados”e na luta dose s t u d a n t e s

chilenos, a Assembleia dos Movi-mentos Sociais convoca as forçase atores populares de todos os pa-íses a desenvolver ações de

mobilização, coordenadas em ní-vel mundial, para contribuir coma emancipação e a autodetermina-ção de nossos povos, reforçandoa luta contra o capitalismo.

Convocamos todos e todas a for-talecer o Encontro Internacionalde Direitos Humanos emsolidaridade com Honduras e aconstruir o Fórum Social Palesti-na Livre, reforçando o movimentoglobal de boicote,desinvestimentos e sanções contrao Estado de Israel e sua políticade apartheid contra o povo pales-tino.

Tomemos as ruas a partir do dia5 de junho, numa grande jornadade mobilização global contra o ca-pitalismo. Convocamos a impulsi-onar a Cúpula dos Povos por jus-tiça social e ambiental, contra amercantilização da vida e em de-fesa dos bens comuns frente àRio+20.

Se o presente é de luta, o futuroé nosso!

Porto Alegre, 28 de janeiro de 2012Assembleia dos Movimentos Sociais

O capitalismo destrói avida das pessoas. Po-rém, a cada dia, nascemmúltiplas lutas pela jus-tiça social para elimi-nar os efeitos deixadospelo colonialismo epara que todos e todastenhamos qualidade devida digna.

Movimentos sociais Edição especial: Fórum Social Mundial

Page 6: Jornal Movimentos nº 14 Especial Fórum Social Temático

A CUT é uma das entidades fundado-ras do Fórum Social Mundial e faz par-te da sua organização. A participaçãodesta central sindical no Fórum SocialTemático deste ano, portanto, não po-deria ser pequena nem pontual.

Partindo da concepção, a muito tem-po elaborada pela militância cutista, deuma central cidadã em que todos os as-suntos que afetam a sociedade dizemrespeito aos trabalhadores, o setor quehoje representa o que de mais avança-do existe no movimento sindical brasi-leiro, participou de todos os momentosdo Fórum. Além disso responsabilizou-se por organizar um conjunto de deba-tes, envolvendo outros setores da soci-edade civil organizada e governos que,certamente contribuíram para elabora-ção de proposta importantes para todaa sociedade, com especial destaque paraos debates que serão travados na Rio+20.

Em conjunto com a CTC DE Cuba, aCGIL da Itália e a Campanha Stop theWall da Palestina promoveu e partici-pou do debate em torno dos temas Oimpacto das mudanças climáticas noBrasil e a Mercantilização da água. Foiorganizadora, ainda do Fórum Social

CUT, presença fundamental

Sindical Edição especial: Fórum Social Mundial

Palestina Livre no encontro do Comi-tê Organizador Palestino e Brasileiro.

Em conjunto com os movimentos so-ciais, ajudará as Mobilizações e LutasAnticapitalistas para 2012 para res-ponder ao agravamento da crise globaldo capitalismo. Crise essa que cada vezmais penaliza a classe trabalhadora,com os governos adotando medidas deausteridade que geram desemprego, re-dução de salários, retirada de direitos eaumento da pobreza.

Com a certeza que “a classe trabalha-dora não pode pagar pela crise”, a CUTse solidariza com os povos que enfren-tam graves dificuldades econômicas ereafirma os eixos delutas definidos naúltima assembléiaglobal do FSM, rea-lizada em Dakar, noSenegal, em feverei-ro de 2011 e conti-nuará lutando:

· Contra astransnacionais

· Por justiça cli-mática e por sobera-nia alimentar

· Para banir a vi-

olência contra a mulher· Pela paz e contra a guerra, o

colonialismo, as ocupações e amilitarização

· Solidariedade ao povo palestinoJoão Felício, Secretário Sindical Na-

cional do PT e de Relações Internacio-nais da CUT, um dos organizadores doFórum, destacou o papel do eventocomo “expressão do trabalho e da soli-dariedade contra o parasitismo da es-peculação”. Defendeu, ainda, a unida-de do movimento sindical e social nadefesa de “um Estado como indutor dodesenvolvimento, para a geração deemprego e distribuição de renda”.

Page 7: Jornal Movimentos nº 14 Especial Fórum Social Temático

A presença de DilmaRoussef f no FórumSocial Temático, emPorto Alegre, foi umdaqueles momentosque ficaram marcadosna h is tór ia desseevento e na históriadas grandes mobiliza-ções no nosso país.Com um discurso for-te, reafirmando seucompromisso com aslu tas soc ia is , a

Internacional Edição especial: Fórum Social Mundial

Presidenta Dilma Rousseff ratifica seu

compromisso com as lutas sociais

presidenta denunciouas “receitas fracassa-das” que osneoliberais impuse-ram ao mundo nas dé-cadas de 80 e 90,como responsáveispela atual crise mun-dial, defendeu a cria-ção do estado da Pa-lestina e falou da im-portância das rela-ções do Brasil com ospaíses vizinhos, com a

África e o mundo ára-be.Mui to ap laudida,

Dilma, reclamou dosresultados da reuniãodo G20, em Cannes,devido a dificuldadedos ricos aceitaremnovas idéias e alter-nativas pois estão do-minados por precon-ceitos políticos e ide-ológicos. Os mesmospreconceitos que le-

varam a América La-tina, em décadas an-teriores, a crise tãoforte quando a que vi-vem hoje os europeus,com o conseqüenteaprofun-damento dapobreza, do desem-prego e da exclusãosocial. Defendeu, ain-da, a importância dosmovimentos, que temido às ruas para pro-testar no mundo todo.