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1 Av. Pedro Calmon, s/nº - Prédio anexo ao Centro de Tecnologia – Cidade Universitária - Ilha do Fundão – CEP: 21945-970 – Rio de Janeiro – RJ www.forumclima.org Diálogos setoriais 1- Fato Relevante O Presidente da República, em 21 de novembro de 2007, através do Decreto n° 6.263, instituiu o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) com o objetivo de elaborar a Política Nacional sobre Mudança do Clima e o Plano Nacional sobre Mudança do Clima. O referido Decreto, define em seu Art. 6° que as estratégias de elaboração do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) deverão prever a realização de consultas públicas, para manifestação dos movimentos sociais, das instituições científicas e de todos os demais agentes interessados no tema. Pelo parágrafo 1° deste Artigo, fica determinado que as reuniões do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), se conformarão em fórum de consulta pública à construção do PNMC. Para tanto, a Secretaria Executiva do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas realizou uma série de reuniões designadas “Diálogos Setoriais: Contribuições à Construção do Plano Nacional sobre Mudança do Clima”, visando coletar contribuições à construção do Plano Nacional de Mudanças do Clima (PNMC). CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS PELO FÓRUM BRASILEIRO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS DIÁLOGOS SETORIAIS PARA FORMAÇÃO DO PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA

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Page 1: CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS PELO FÓRUM BRASILEIRO DE … · consultas públicas, para manifestação dos movimentos sociais, das instituições científicas e de todos os demais agentes

1 Av. Pedro Calmon, s/nº - Prédio anexo ao Centro de Tecnologia – Cidade Universitária - Ilha do Fundão – CEP: 21945-970 – Rio de Janeiro – RJ www.forumclima.org

Diálogos setoriais

1- Fato Relevante

O Presidente da República, em 21 de novembro de 2007, através do Decreto

n° 6.263, instituiu o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) com o

objetivo de elaborar a Política Nacional sobre Mudança do Clima e o Plano Nacional

sobre Mudança do Clima.

O referido Decreto, define em seu Art. 6° que as estratégias de elaboração do

Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) deverão prever a realização de

consultas públicas, para manifestação dos movimentos sociais, das instituições

científicas e de todos os demais agentes interessados no tema.

Pelo parágrafo 1° deste Artigo, fica determinado que as reuniões do Fórum

Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), se conformarão em fórum de consulta

pública à construção do PNMC.

Para tanto, a Secretaria Executiva do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas

realizou uma série de reuniões designadas “Diálogos Setoriais: Contribuições à

Construção do Plano Nacional sobre Mudança do Clima”, visando coletar

contribuições à construção do Plano Nacional de Mudanças do Clima (PNMC).

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS PELO FÓRUM BRASILEIRO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS DIÁLOGOS SETORIAIS PARA FORMAÇÃO DO PLANO

NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA

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Diálogos setoriais

2- Estratégias

Os “Diálogos Setoriais: Contribuições à Construção do Plano Nacional

sobre Mudança do Clima” consistiram em encontros com representantes de

entidades de diversos setores. Nessas reuniões foram apresentadas as propostas de

consulta do FBMC, bem como a estrutura do Plano proposto pela Secretaria de

Mudança Climática e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente

(SMCQ/MMA).

Os Diálogos Setoriais tiveram por objetivo o mapeamento e a identificação de

ações implementadas, bem como aquelas passíveis de implementação futura no que

concerne aos quatro eixos temáticos que compõem o PNMC:

Eixo I - Mitigação;

Eixo II - Vulnerabilidade, Impacto e Adaptação;

Eixo III - Pesquisa e Desenvolvimento;

Eixo IV - Capacitação e Divulgação.

As consultas setoriais suscitaram um conjunto de proposições apresentadas

em documentos gerados e aprovados pelas diversas entidades que compunham cada

um destes setores, sendo os mesmos encaminhados ao FBMC.

3- Setores consultados

Neste primeiro ciclo de “Diálogos Setoriais” foram consultados os setores

apresentados na tabela a seguir com suas respectivas entidades representadas.

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Setores consultados nos Diálogos Setoriais do FBMC

SETOR ENTIDADE PARCEIRA ENTIDADES REPRESENTADAS

Indústria Confederação nacional de

Indústria (CNI)

Filiados à Confederação

Elétrico Associação Brasileira de

Concessionárias de Energia

Elétrica (ABCE)

Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico:

− Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE) − Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) − ABRACE (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Grandes

Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres − ABIAPE (Associação Brasileira de Investidores em Autoprodução de

Energia Elétrica) − ABRAGEF (Associação Brasileira de Geração Flexível) − ABRAGET (Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas) − ABRATE (Associação Brasileira das Grandes Empresas de Energia Elétrica) − APINE (Associação dos Produtores Independentes de Energia Elétrica) − APMPE (Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de

Energia Elétrica) − Fundação COGE (Fundação Comitê de Gestão Empresarial) − SIESP (Sindicato da Indústria de Energia no estado de São Paulo)

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Elétrico ABRACE − Acesita S/A − Aços Villares S/A − Air Liquide Brasil Ltda − Alcoa Alumínio S/A − Aracruz Celulose S/A − Bayer S/A − Belgo Siderurgia S/A − Bhp Billiton Metais S/A − Braskem S/A − Bunge Fertilizantes S/A − Camargo Corrêa Cimentos S/A − Caraíba Metais S/A − Carbocloro S/A Indústrias Químicas − Cbcc Cia Brasileira Carbureto de Cálcio − Cimento Planalto S/A − Clariant S/A − Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) − Copesul Cia Petroquímia do Sul − Coteminas S/A − Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) − Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) − Dow Brasil Nordeste Indl Ltda − Editora Abril S/A − Eka Chemicals do Brasil S/A − Empresa de Cimento Liz S/A − Ferbasa Cia de Ferro Ligas da Bahia − Fosfértil S/A − General Motors do Brasil Ltda − Gerdau Aços Longos S/A

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Diálogos setoriais

− International Paper do Brasil Ltda − Italmagnésio Nordeste S/A − Klabin S/A − Lafarge Brasil S/A − Linde Gaeses Ltda (Aga) − Nadir Figueiredo Indústria e Comércio S/A − Nestlé Brasil Ltda − Novelis do Brasil Ltda − Owens-Illinois do Brasil S/A − Petroquímica União S/A − Prosint Química S/A − Rhodia Brasil Ltda − Rigesa, Celulose, Papel e Embalagens Ltda − Rio Polímeros S/A − Saint-Gobain do Brasil Produtos Industriais e para Construção Ltda − Samarco Mineração S/A − Santana Textil S/A − Solvay do Brasil − Stora Enso Arapoti Indústria de Papel S.A. − Suzano Bahia Sul Papel e Celulose S/A − Tbm Têxtil Bezerra de Menezes S/A − Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas) − Cia Vale do Rio Doce − Vallourec & Mannesmann Tubes − Votorantim Celulose e Papel S/A − Votorantim Cimentos Ltda − Wheaton Brasil Vidros Ltda − White Martins Gases Inds S/A − Yamana Desenvolvimento Mineral S/A

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Diálogos setoriais

Financeiro Conselho Empresarial

Brasileiro para o

desenvolvimento Sustentável

(CEBDS)

Participantes da Câmara Técnica de Energia e Mudança do Clima (CTClima):

− 3M do Brasil Ltda − Asea Brown Boveri Ltda (ABB) − Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta

Reciclabilidade (ABRALATAS) − Alcoa Alumínio S.A. − Amanco do Brasil S.A. − Companhia Brasileira de Bebidas (AmBev) − Aracruz Celulose S.A. − ArcelorMittal Brasil − Banco do Brasil S.A. − Banco Real ABN AMRO. − BASF S.A. − Bayer S.A. − Bolsa de Mercadorias & Futuros − BP Brasil Ltda − Bradesco S.A. − Braskem − Caixa Econômica Federal − Coca-Cola Indústrias Ltda − Companhia Energética de Minas Gerais − CEMIG − Companhia Paranaense de Energia (COPEL) − Cia Siderúrgica Paulista (COSIPA) − Companhia Petroquímica do Sul (Copesul) − Du Pont do Brasil S.A.

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Diálogos setoriais

− Ecoinvest Carbon S.A. − EcoSecurities Brasil − Eletrobras Termonuclear S.A. (Eletronuclear) − EDP Energias do Brasil − Furnas Centrais Elétricas S.A. − Gerdau Açominas S.A. − GDK S.A. − Holcim (Brasil) S.A. − Petróleo Ipiranga − Holding Financeira S.A. − Lorentzen Empreendimentos S.A. − Menezes e Lopes Advogados − Sociedade Michelin de Participações, Indústria e Comércio Ltda. − Natura Cosméticos S.A. − Nestlé Brasil Ltda. − Organizações Globo − Petróleo Brasileiro S.A. (PETROBRAS) − Philips − Pirelli S.A. − Plantar S.A. − Planejamento, Técnica e Adm. de Reflorestamentos − Real Café Solúvel do Brasil S.A. − Companhia Vale do Rio Doce S.A. − Indústrias Votorantim (Grupo Votarantim) − Shell Brasil S.A. − Solvay do Brasil Ltda − Souza Cruz S.A. − Syngenta Seeds Ltda. − Tristão Comercial e Participações S.A. (Grupo Tristão)

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Diálogos setoriais

− UNIBANCO S.A. − Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (USIMINAS) − Varig S.A. (Viação Aérea Rio-Grandense) − Zamprogna Importação, Comércio e Indústria S/A

Organizações da Sociedade

Civil e ONG’s

Fórum Brasileiro de ONGs e

Movimentos Sociais para o

Meio Ambiente e o

Desenvolvimento (FBOMS)

Diversas entidades ambientais e da sociedade civil

Silvicultura − AMS (Associação Mineira de Silvicultura)

− ABRAF (Associação Brasileira de produtores de Florestas Plantadas)

− SINDIFER (Sindicato das Indústrias do Ferro do estado de Minas Gerais)

Fóruns e Comitês Estaduais

de Mudança do Clima

Secretários Executivos de Fóruns Estaduais Comitês e Comissões Estaduais e

Municipais de Mudanças Climáticas (Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de

Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará), além do

Comitê Pernambucano de Enfrentamento das Mudanças Climáticas, do Pró-

Clima Rio Grande do Norte e da Comissão de Mudanças Climáticas do Mato

Grosso.

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Diálogos setoriais

Movimento Municipalista − CNM (Confederação Nacional dos Municípios) − SEMA-MT (Secretaria de Maio Ambiente do estado do Mato Grosso) − SEMA/BA (Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia) − ISAM (Instituto de Integração Social e ambiental) − ICLEI-Brasil (Instituto − AMSOp − Sec.MA/RJ (Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal do Rio de

Janeiro) − FNP (Federação Nacional dos Municípios) − AROM (Associação Rondoniense de Municípios) − AMCPE − IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Municipal) − AMM Associação Matogrossense de Municípios) − ICLEI-Brasil (Governos Locais pela Sustentabilidade) − ELABORE − CONAMA/MMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) − Prefeitura de Belo Horizonte (vice-prefeito) − SEMAM-Fortaleza (Secretaria de Meio Ambiente de Fortaleza)

Agricultura, Floresta e

Mudanças do Uso da Terra

− SEMA/BA (Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia) − WWF-Brasil − SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) − Embrapa − CNM (Confederação Nacional dos Municípios) − SEMA-MT (Secretaria de Meio Ambiente do estado do Mato Grosso) − MAPA (Min. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) − Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel) − MI (Ministério da Integração Nacional) − COTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura)

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Diálogos setoriais

− TCU (Tribunal de Contas da União) − MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) − IBAMA − MME (Ministério de Minas e Ennergia) − MP (Ministério do Planejamento)

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Diálogos setoriais

4- Contribuições

O quadro que segue sistematiza as contribuições entregues pelas entidades

consultadas durante o primeiro ciclo de “Diálogos Setoriais: Contribuições à

Construção do Plano Nacional sobre Mudança do Clima”. Neste quadro

também estão incluídas as contribuições recebidas e aprovadas por consenso nas

reuniões do Fórum que deram origem ao documento “Proposta do FBMC para o

Plano nacional de Enfrentamento das Mudanças Climáticas”, datado de 19 de

abril de 2007 (em anexo).

⇒ Os setores Industrial e Elétrico se posicionaram contra à adoção de redução setorial

de emissões de GEE. Já o CEBDS apresenta como referência o Pacto de Ação em

Defesa do Clima, o qual admite a adoção voluntária de metas de redução de

emissões.

⇒ Aprofundar os mecanismos de consulta com os setores-chaves da sociedade

(empresas, ONGs, entidades civis, academia, dentre outros) através da realização de

diálogos freqüentes e estruturados;

⇒ Reafirmar o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas na

negociação do segundo período de Quioto e em outras iniciativas;

⇒ Articulação entre governos e instituições financeiras para o financiamento de projetos

sustentáveis;

PRESSUPOSTOS

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS NOS DIÁLOGOS SETORIAIS À FORMAÇÃO DO PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA

Quadro Síntese

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Diálogos setoriais

⇒ Tratar com isonomia a silvicultura, enquadrando-a sob os mesmos marcos

regulatórios aplicados aos demais cultivos agrícolas;

⇒ São inviáveis qualquer ação que leve à taxação de carbono sobre a produção no país;

⇒ Ações que levem a pequena e média indústria à inclusão das questões relacionadas à

mudança do clima em seu processo de gestão implicam em adoção de instrumentos

e incentivos fiscais e financeiros com esse fim;

⇒ Fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) com a

implementação da gestão ambiental compartilhada;

⇒ Necessidade de interlocução entre a política do plano diretor de uso e ocupação do

solo e a política tributária. Com os mecanismos extrafiscais é possível incentivar ou

desincentivar determinados tipos de ocupação do solo, a partir da política tributária;

⇒ Inserção das comunidades tradicionais e povos indígenas nas discussões e tomada de

decisão inerentes ao PNMC;

⇒ As ações adotadas pelo PNMC deve contemplar todos o biomas brasileiros,

considerando também as sinergias existentes;

⇒ O PNMC deve contemplar as interações com outros países;

⇒ Transparência e maior participação das entidades envolvidas nas tomadas de decisão

que afetem suas atividades.

⇒ Rever o processo de emissão de carta de aprovação pela CIMCG associada a versão

do Documento de Concepção do Projeto validada, além da adoção de um maior

pragmatismo pela CIMGC quando da outorga das referidas cartas de aprovação;

⇒ Ressaltar a participação dos atores e instituições nas discussões para elaboração de

políticas e planos de mudanças climáticas nos diversos níveis da administração

pública;

⇒ Acompanhar e desenvolver articulação estratégica com o Poder Legislativo, que tem

diversas iniciativas no sentido de regular padrões e procedimentos relacionados aos

efeitos das mudanças climáticas e a emissões de gases de efeito estufa e nem

sempre coerentes com as propostas de Política e Plano de Mudanças Climáticas em

desenvolvimento pelo governo federal.

⇒ A Política e o Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas devem se relacionar com

outras políticas nacionais existentes, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

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Diálogos setoriais

⇒ Tratar a questão do desmatamento considerando as suas interfaces, com maior

destaque à expansão da agropecuária;

⇒ Os projetos de MDL devem ser agilizados e desburocratizados. Maior rapidez e menor

burocracia no processo de aprovação de metodologias e projetos do Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo (MDL), sem prejuízo da integridade ambiental;

⇒ Ampliação da representatividade da Comissão Interministerial, com a criação de

assento para outros atores sociais;

⇒ Adotar mecanismos que diferenciem as más das boas práticas dos setores que usam

e modificam a terra, valorizando estas últimas;

⇒ Criação de alternativas econômicas para a região amazônica;

⇒ Disseminar os compromissos assumidos pelos signatários do “Pacto de Ação em

Defesa do Clima”, lançado em junho de 2007;

⇒ Fim do desmatamento ilegal, garantindo maior governança nas florestas, por meio de

políticas de combate ao desmatamento na Amazônia, na Mata Atlântica e em outras

regiões florestais brasileiras;

⇒ Fortalecimento das instituições responsáveis pelo controle e fiscalização do

desmatamento;

⇒ Dar tratamento diferenciado à aquisição de energia elétrica decorrente de projetos de

eficiência energética, considerando a economia de energia elétrica e a de energéticos

derivados de petróleo;

⇒ Estimular e disseminar ações positivas, a exemplo dos programas de eficiência

energética, desenvolvendo critérios e mecanismos para registro, monitoramento e

verificação de resultados dos projetos de eficiência energética;

⇒ Tratamento prioritário ao licenciamento de projetos de eficiência energética junto às

agências e órgãos em todas as esferas de governo;

MITIGAÇÃO

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Diálogos setoriais

⇒ Fomentar iniciativas que visem a incorporaração de fontes renováveis de energia à

matriz brasileira, e de forma sustentável;

⇒ Levantamento do potencial de geração de energia por fonte renovável, concessão à

iniciativa privada das áreas de interesse estratégico;

⇒ Programa de expansão do uso de fontes renováveis de energia e consolidação dos

programas nacionais de eficiência energética;

⇒ Aprimoramento dos mecanismos de apoio ao desenvolvimento de fontes renováveis

de energia, inclusive no que se refere á comercialização da energia produzida;

⇒ Aumento da participação das fontes de energia renovável na matriz energética

brasileira, através de incentivos internos (a serem desenvolvidos no Brasil) e

externos: MDL e outros (com o governo colaborando com essa iniciativa);

⇒ Incremento de medidas de racionalização e conservação de energia na indústria, nos

transportes e no comércio/serviços;

⇒ Adoção de tecnologias de co-geração e geração de energia utilizando biomassa,

outras fontes renováveis, gás natural e resíduos de processos de beneficiamento

agrícola, industriais, etc;

⇒ Priorização das questões sócio-ambientais, inclusive a mudança climática, nos

programas e ações dos Planos Plurianuais;

⇒ Dissemina programas, como o GHG Protocol;

⇒ Adoção da prática de realização de inventários de emissões de GEE nos municípios;

⇒ Incentivar a implementação de uma sistemática de inventário de GEE nas empresas

do setor elétrico, com estimativas a partir de 1990 para que se tenha uma série

representativa;

⇒ Nos inventários de emissões de GEE, devem ser contabilizadas as emissões

secundárias, relativas ao consumo de energia predial, frotas de veículos e outras

fontes de emissões de GEE, para futura análise e inclusão no inventário de GEE;

⇒ Incentivar as empresas do setor elétrico a utilizar sistemas de aquisição de dados

centralizados para a pronta estimativa das emissões;

⇒ Estimular a utilização de ferramentas já amplamente conhecidas e validadas para a

elaboração de inventários de emissões de GEE para diversos níveis de atividades

antrópicas do setor elétrico. Como exemplo, GHG Protocol, que dão qualidade e

comparabilidade ao inventário e às futuras reduções de emissões;

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Diálogos setoriais

⇒ Incentivar as empresas a considerar o desenvolvimento de um programa de gestão

de emissões de GEE no qual poderão identificar as principais fontes diretas e

indiretas e promover ações de redução do balanço de suas emissões com

treinamento, investimentos ou simplesmente mudanças de atitude no dia a dia da

empresa;

⇒ Estimular e apoiar a elaboração de metodologias do MDL e o efetivo o uso do

Mecanismo ao longo da cadeia produtiva da siderurgia, e buscar outras fontes

internacionais de financiamento para o uso de tecnologias e práticas limpas no setor,

e.g. Banco Mundial, BID, UNFCCC;

⇒ Promover ajustes na regulamentação do MDL com o objetivo de tornar as áreas de

reforma florestal elegíveis;

⇒ Reforçar a defesa política e a promoção comercial do carvão vegetal renovável como

bicombustível sólido no plano internacional, por meio da inclusão do tema na

diplomacia presidencial e na agenda dos departamentos correlatos do MRE, do MMA,

do MCT, do MDIC/APEX e de outros órgãos envolvidos, dedicando o mesmo grau de

atenção dado aos biocombustíveis líquidos, e.g. etanol, biodiesel etc;

⇒ Agilizar e simplificar o processo de licenciamento ambiental para novos plantios

florestais estabelecidos em: áreas de reforma, campo limpo, pastagens, áreas

degradadas e áreas com outras coberturas agrícolas (mesmo acima de 1000 ha);

⇒ Determinar que a madeira de florestas plantadas com espécies arbóreas exóticas

possa ser colhida e comercializada pelo proprietário e transportada sem prévia

autorização de órgãos federais ou estaduais. O único documento obrigatório para

acompanhar a madeira proveniente de florestas plantadas deve ser a nota fiscal.

Esta proposta não exime a obrigatoriedade da obtenção das licenças ambientais

pertinentes;

⇒ Incentivar e ampliar a utilização de resíduos de biomassa como fonte de geração de

energia, no âmbito da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

⇒ Inserir no código de obras dos municípios ações que possam trazer benefícios no que

tange a questão das mudanças climáticas. Como exemplo, a adoção de painéis

solares e conforto térmico nas construções;

⇒ Fortalecer o Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica);

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Diálogos setoriais

⇒ Desenvolvimento de tecnologia de co-geração de energia a partir de biomassa, gás

natural e outros resíduos de processos; Desenvolvimento da tecnologia de produção

de energia a partir de fontes renováveis;

⇒ Promover estudos comparativos das emissões entre as diferentes tecnologias de

geração;

⇒ Todas as ações voltadas para a redução de emissões de gases de efeito estufa

devem contar com os benefícios dos créditos de carbono;

⇒ Todos os investimentos do setor energia elétrica com potencial de redução de

emissões devem contar com créditos de carbono, inclusive projetos, ações e

programas para redução de perdas técnicas de energia seja na transmissão ou na

distribuição;

⇒ Implementação de ações que reduzam os custos de transação dos projetos de MDL;

⇒ Desenvolvimento de metodologia para previsão das emissões em futuros

reservatórios de hidrelétricas;

⇒ Promover o registro das emissões atmosféricas controladas (monitoradas,

controladas ou estimadas) em conformidade com as Resoluções CONAMA e legislação

vigente nos inventários de GEE;

⇒ Contabilizar perdas técnicas na transmissão e na distribuição, para uma futura análise

de emissões de GEE associadas e desenvolvimento de ações de redução;

⇒ Implantar ações de coleta seletiva de resíduos, utilização de papel reciclado, redução

de consumo de papel e outras que, da mesma forma, agregam valor e contribuem

para a disseminação de uma educação ambiental compatível com a atitude

corporativa;

⇒ Definição de metas internas de redução da taxa de desmatamento e queimadas;

⇒ Adoção de Políticas e Ações de Conservação dos Ecossistemas, para a mitigação das

emissões e como estratégia de criação de resiliência.

⇒ Vincular aferição obrigatória dos níveis de emissões veiculares ao licenciamento anual

dos veículos;

⇒ Estabelecer índices mínimos de eficiência energética para veículos e também taxas

diferenciadas segundo o consumo;

⇒ Fomentar a expansão do transporte coletivo, incluindo transportes alternativos que

poluam menos; enfatizando outros modais que não rodoviários.

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Diálogos setoriais

⇒ Consolidar a política de biocombustíveis como contribuição à redução das emissões;

⇒ Criação de um programa de incentivos à descarbonização das unidades de produção

das empresas com metas de redução das emissões por unidades produzidas;

⇒ Adoção de técnicas mais sustentáveis na agricultura e pecuária, de forma a promover

a redução da emissão de metano, assim como aumento da captura de GEE através

da adequação do tipo de pasto utilizado;

⇒ Criar incentivos ao produtor para a utilização de áreas degradadas como forma de

inibir o avanço sobre novas áreas de floresta;

⇒ Efetiva implementação das áreas protegidas, bem como a garantia de recursos

financeiros necessários para tal ação;

⇒ Promover a quantificação das emissões evitadas.

⇒ Incentivar de forma prioritária a repotencialização das usinas hidroelétricas;

⇒ Identificar as vulnerabilidades do país à mudança climática, inclusive no que diz

respeito à biodiversidade, e definição das medidas de adaptação necessárias;

⇒ Realização de estudos de vulnerabilidade para a questão Climática, analisando o

risco de desastres e mapas econômicos para as cidades;

⇒ Adoção de medidas voltadas para a recuperação de áreas degradadas,

principalmente nas anteriormente utilizadas como pastagens;

⇒ A recuperação da Mata Atlântica deve ser vista como prioridade de curto/médio prazo

para garantia de fornecimento de água;

⇒ O Planejamento Urbano deve prever adaptação às mudanças climáticas;

⇒ Estimular lançamento de editais para arborização urbana;

⇒ Incentivar a distribuição subterrânea de energia para estimular arborização urbana;

⇒ Avaliar a vulnerabilidade da agricultura familiar sob o aspecto das mudanças

climáticas, comparando suas emissões com as de agronegócio;

ADAPTAÇÃO E VULNERABILIDADE

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Diálogos setoriais

⇒ Elaborar estudos de impacto do agronegócio na agricultura familiar, nas comunidades

tradicionais e indígenas;

⇒ Estudar a vulnerabilidades das regiões atendidas pelo PAC;

⇒ Plano deve abordar direitos dos atingidos pelos impactos das mudanças climáticas e

justiça climática;

⇒ Promover a aceleração do reflorestamento das áreas de preservação permanente,

especialmente ao longo dos rios (matas ciliares);

⇒ Avaliar os possíveis impactos sobre a geração hidrelétrica dado a mudança do padrão

de chuvas no país;

⇒ Avaliar os impactos econômicos, a curto e médio prazo, dos diferentes cenários das

mudanças climáticas em diferentes setores da economia, especialmente na

agricultura;

⇒ Avaliar os impactos das mudanças climáticas e dos acordos internacionais sobre clima

nas condições e nos postos de trabalho;

⇒ Integrar a questão climática aos programas de cooperação internacional;

⇒ Adotar um programa de abastecimento para as populações residentes em áreas

críticas.

⇒ Promover a recuperação e tratamento digital de séries históricas de dados

meteorológicos;

⇒ Instalação de sistema de coleta de dados sobre o nível do mar na costa brasileira;

⇒ Estruturar o monitoramento de dados hidro-meteorológicos nacionalmente;

⇒ Estabelecer cooperação com países vizinhos para monitoramento de eventos

meteorológicos.

⇒ Estabelecer a geração de cenários climáticos regionalizados;

⇒ Desenvolver plano de estudos detalhado sobre a vulnerabilidade do sistema

energético brasileiro atual, e futuro, às mudanças climáticas;

⇒ Definição de um Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, incluindo

as mudanças climáticas;

⇒ Alocação de recursos para capacitação de pessoal e fomentar conhecimento sobre

mudanças climáticas;

⇒ Adotar um sistema de informação para os produtos exportados explicitando o

conteúdo de GEE nos mesmos;

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Diálogos setoriais

⇒ Na construção de novas usinas deve ser adotado um fundo de compensação, pelo

qual os recursos devam ser conduzidos à repotencialização do parque gerador;

⇒ Os produtos comercializados de setores como transporte e construção civil, devem

informar seu conteúdo de GEE, tanto na produção quanto em sua vida útil;

⇒ Taxar de forma diferenciada a comercialização de automóveis de passeio de grande

potência. As receitas obtidas com esta taxação devem ser usadas na condução do

PNMC;

⇒ Contabilização oficial da contribuição das emissões evitadas:

− Pela redução do desmatamento e queimadas;

− Pelos projetos de MDL no Brasil;

− Pela substituição de gasolina por álcool e de diesel mineral por biodiesel

ou “Hbio”;

− Pelo uso no sistema elétrico de energia renovável, de fontes alternativas,

incluindo o PROINFA;

− Pelo aumento da eficiência, incluindo o PROCEL e o CONPET;

− Pela antecipação no Brasil da substituição de gases do Protocolo de

Montreal com alto potencial de aquecimento global.

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Diálogos setoriais

⇒ Promoção de estudos da real complementaridade hídrico-éolica;

⇒ Desenvolvimento de pesquisas que promovam o valor econômico da biodiversidade

brasileira;

⇒ Incentivar pesquisas relativas ao seqüestro geológico de dióxido de carbono;

⇒ Estímulo à adoção de tecnologias limpas para o setor de siderurgia, floresta plantada

e silvicultura, onde o Brasil possui a tecnologia florestal mais avançado do mundo;

⇒ Criação (com alocação de recursos orçamentários) do Centro de Desenvolvimento de

Biomassa Aplicada, na Embrapa Agro-Energia, com o apoio das entidades

empresariais afins, de universidades e entidades de pesquisas;

⇒ Estabelecer um plano de trabalho para a elaboração de cenários e projeções de

mudanças do clima;

⇒ Elaborar estudos sobre como racionalizar produção brasileira;

⇒ A RedeClima deve contemplar parcerias e dialogar com organizações da sociedade

civil que geram e disseminam conhecimento;

⇒ Compilar estudos sobre os impactos nas zonas costeiras com o aumento do nível do

mar;

⇒ Apoiar pesquisa sobre a terra preta do índio – biocarvão, seqüestro de carbono de

origem antrópica;

⇒ Implementar estudos sobre os possíveis impactos de projetos de créditos de carbono

sobre terras indígenas;

⇒ Realizar estudo sobre os impactos ambientais causados pelas usinas termelétricas em

todo território nacional;

⇒ Realização de projetos cooperativos de Pesquisa e Desenvolvimento para a eficácia

do PNMC;

⇒ Fortalecimento das instituições de pesquisa através da criação de algum mecanismo

de incentivo;

⇒ Definir indicadores de emissões para os diversos setores da economia;

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

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Diálogos setoriais

⇒ Promover pesquisa em fixação de carbono em biomassas como florestas e algas que

contribuiriam para melhorar o balanço de emissões de unidades de produção e

transporte de energia (seqüestro de carbono florestal e agrícola);

⇒ Estudar os impactos da mudança climática nas diversas atividades;

⇒ Promover pesquisas sobre a possível geração de eletricidade por metano captado nos

fundos das represas de UHEs;

⇒ Viabilizar um amplo estudo sobre as perspectivas de mudanças climáticas no Brasil,

supondo cenários de desenvolvimento econômico e de alternativas de produção e

utilização de energia;

⇒ Avaliar as possíveis demandas internacionais para fixação de metas nacionais de

redução de emissões e ações alternativas a serem adotadas pelo Brasil;

⇒ Avaliar a legislação brasileira sobre o tema da mudança climática e dos programas de

desenvolvimento sustentável existentes no Brasil;

⇒ Desenvolver estudos dos possíveis impactos que as regiões costeiras poderão sofrer;

⇒ Desenvolvimento de estudos mais aprimorados sobre os inventários das diversas

fitofisionomias do país, gerando uma base de dados mais específica e precisa quanto

aos às remoções e os estoques de carbono na vegetação e solo de cada ecossistema;

⇒ Atualização dos estudos e iniciativas sobre os estoques de carbono no país;

⇒ Avaliar os programas de governo no âmbito nacional quanto às emissões de gases de

efeito estufa;

⇒ Promover ações de conscientização e informação da sociedade quanto aos efeitos

adversos da mudança do clima, bem como às medidas em curso de redução das

emissões de GEE;

⇒ Buscar a conscientização e responsabilização de toda a cadeia produtiva, incluindo

também os consumidores dos produtos madeireiros, de forma a desestimular a

prática do desmatamento ilegal;

CAPACITAÇÃO E DIVULGAÇÃO

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Diálogos setoriais

⇒ Elaborar um programa de comunicação e educação ambiental, numa parceria entre

governo e a sociedade civil, incluindo o setor privado, com o objetivo de melhor

informar a população brasileira acerca de alternativas para redução das emissões dos

gases de efeito estufa e mitigação de seus efeitos, como o uso sustentável de

florestas plantadas e outras tecnologias limpas;

⇒ Elaborar Plano de Capacitação para Defesa Civil nos municípios;

⇒ Elaborar Plano de Capacitação para os municípios nas questões relacionadas às

Mudanças Climáticas. Este plano deve estar dividido em duas vertentes, para agentes

políticos e gestores públicos;

⇒ Levar o tema das Mudanças Climáticas para todos os níveis escolares com objetivo de

despertar e sensibilizar a comunidade para o tema. Divulgação e capacitação das

questões concernentes à mudança do clima nas comunidades tradicionais e povos

indígenas;

⇒ Divulgar a questão das mudanças climáticas de acordo com as especificidades de

cada localidade;

⇒ Retomada dos programas de controle de queimadas, utilizados no passado, com a

formação de brigadas de incêndios;

⇒ Levar à educação formal e não-formal os conhecimentos da mitigação das

conseqüências sobre a mudança do clima;

⇒ Promover capacitação para pequenas ONGs e pequenos proprietários, em

mecanismos de mercado e captura de carbono, e estabelecer mecanismos de

financiamento existentes e disponíveis;

⇒ Ampliar a divulgação de normas e procedimentos referentes a mudanças climáticas,

como ABNT ISO 14000;

⇒ Estabelecer programas de conscientização ambiental relacionados à emissão de

gases voltados aos técnicos de todas as áreas do setor elétrico;

⇒ Estruturar e fornecer cursos para conscientização de pequenos, médios e grandes

empresários;

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Diálogos setoriais

⇒ Promoção de incentivos fiscais e/ou tarifários para iniciativas de redução das

emissões de GEE a partir do uso de combustíveis fósseis, seus derivados e da adoção

de fontes renováveis;

⇒ Estender a todo o setor produtivo as linhas de financiamento a projetos de eficiência

energética;

⇒ Adotar incentivos e/ou requisitos para bens e serviços energeticamente eficientes em

sua produção e uso;

⇒ Incentivo aos projetos de integração energética/co-geração entre complexos

industriais;

⇒ Adoção de mecanismos de transferência de tecnologia para as empresas brasileiras,

no âmbito das negociações internacionais da Mudança do Clima;

⇒ Financiamento para pesquisa científica e aplicada correlacionadas à mudança

climática global;

⇒ Ampliação de financiamento e subsídios para eficiência energética em programas de

P&D, projetos básicos e para aquisição de equipamentos, construção e montagem,

além de co-geração, através de mecanismos regulatórios que propiciem a venda da

energia excedente para as distribuidoras de energia elétrica;

⇒ Incentivo à certificação das reduções, com isenção de impostos na respectiva

comercialização;

⇒ Criação de fundos de participação em empresas especializadas em projetos de

redução de emissão com investimentos de instituições governamentais;

⇒ Criação de mecanismos de fomento ao mercado de crédito de carbono;

⇒ Revisar os atuais instrumentos nacionais de financiamento, inclusive no âmbito do

BNDES, com o objetivo de facilitar e ampliar a disponibilidade de crédito para a

cadeia produtiva do uso de carvão vegetal renovável na siderurgia, incluindo o

plantio de florestas, tecnologias de carbonização, uso de co-produtos e termo-

redução (interligar instrumentos atuais e possíveis alterações com as regras do

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL);

⇒ Maior participação dos municípios no ITR (Imposto Territorial Rural);

INSTRUMENTOS

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Diálogos setoriais

⇒ Incentivo à criação de comitês de mudanças climáticas nos municípios;

⇒ Promover articulação entre os Planos Nacionais e Municipais de saneamento;

⇒ Promover a efetiva implementação do Código Florestal;

⇒ Investimento na identificação dos ativos e passivos florestais;

⇒ As estratégias do Plano Nacional devem ser intersetoriais e ter investimento do

Governo Brasileiro nos estudos;

⇒ A utilização de Instrumentos financeiros e econômicos, incluindo medidas fiscais e

tributárias para a aquisição de equipamentos para produção de energia mais limpa e

eficiente;

⇒ Criação de mecanismo de incentivo fiscal ou tarifário na comercialização de energia

produzida por fonte ou processo eficiente e limpo (inclusive co-geração de energia);

⇒ Criação de incentivo fiscal que identifique as ações compensatórias e/ou mitigadoras

(nos moldes do Selo Verde);

⇒ Viabilizar o acesso ao MDL para pequenos e médios investidores através de

associações ou iniciativas governamentais.

5- Anexos

5.1- Propostas ao Plano Nacional de Mudanças Climáticas Cultura – Setor de

Silvicultura

5.2- Contribuições do CEBDS ao PNMC

5.3- Contribuições do Fórum brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o

Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS)

5.4- A Indústria Brasileira e a Mudança do Clima - Contribuições ao Plano

Nacional sobre Mudança do Clima

5.5- Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico - Contribuição do Setor Elétrico

para o Plano Nacional de Mudanças Climáticas

5.6- Proposta do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas para o Plano de

Ação Nacional de Enfrentamento das Mudanças Climáticas