jornal correio semana

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Claudio Humberto Leia mais pág. 02 Suplementos podem reduzir risco de câncer de mama TCU apresenta fiscalização de obras da Copa de 2014 Deputado Riva cobra retomada das obras do Memorial Rondon O câncer de mama preocu- pa as mulheres. É o segundo tipo da doença mais frequente no mundo e são esperados para o Brasil, em 2010, 49.240 novos ca- sos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Pois uma descoberta pode ajudar a amenizar os números alarmantes. Suplementos de vitaminas e de cálcio parecem reduzir o risco de ter o problema. O estudo apresentado no 101° Encontro Anual da Associa- ção Americana para Pesquisa do Câncer, realizado entre 17 e 21 de abril, em Washington, Estados Unidos, contou com 268 pessoas do sexo feminino com a patologia e 457 saudáveis. Os suplementos vitamínicos mostraram diminuir a chance de desenvolver câncer de mama em cerca de 30% e, os de cálcio, em 40%. Atento à importância da re- alização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, o Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou na terça- feira (11) o modelo de fiscalização das ações que prepararão o país para sediar o campeonato. O TCU e os tribunais de contas estaduais e mu- nicipais formarão parceria com o objetivo de fortalecer a fiscalização preventiva, aproximar as metodolo- gias de controle e oferecer à socie- dade informações tempestivas so- bre o uso do dinheiro público com a realização do mundial de futebol. Os dados sobre auditorias e acompanhamentos ficarão disponí- veis na internet, em site específico que foi apresentado também no dia 11, e cada tribunal será responsável por publicar documentos e informa- ções sobre os percentuais de exe- cução física e financeira das obras que fiscalizar. O presidente da Assem- bleia Legislativa, deputado José Riva (PP), disse que vai encami- nhar requerimento ao governador Silval Barbosa (PMDB) para que sejam priorizadas retomadas das obras inacabadas no Estado. Nes- ta documentação, o deputado ex- plicou que terá destaque especial o Memorial Rondon, situado no Distrito de Mimoso, município de Santo Antonio do Leverger. As obras estão paralisadas há pelo Leia mais pág. 06 Leia mais pág. 07 Leia mais pág. 07 CE T L A AÚDE S SPONHOLZ menos três anos e a população cobra a conclusão da mesma. “É um bom momento para lembrarmos do compromisso que o governo fez e que ainda não con- cluiu”, disse Riva, se referindo a 5 de maio, data comemorativa ao Dia da Comunicação. “A retomada dessa obra seria um reconhecimen- to ao patrono das Comunicações”, destacou o deputado. RIDENDO CASTIGAT MORES CORREIO DA SEMANA [email protected] Capital - R$ 2,00 - Interior R$ 2,50 Cuiabá, 11 a 17 de maio de 2010 Fundador - J. Maia de Andrade Ano XVIII - Nº 565 Leia mais pág. 04 Dois recordes brasileiros foram conquistados por Mato Grosso na última semana, o de mai- or pamonha e o evento de pesca que reuniu o maior número de equi- Acesse - www.jornalcorreiodasemana.com.br Leia mais pág. 05 Sem NADA à esconder Governador garante, “Nada ficará embaixo do tapete”. Mesmo considerando esse assunto página virada, continuará cobrando duramente o resultado das apurações. Depois da pamonha, agora mais um recorde será esperado na tradicional festa Encontro de violeiros reuniu gerações O mais legítimo som da vi- ola reuniu no último fim de sema- na, na cidade de Poxoréu, as anti- gas e novas gerações de cantado- res de moda sertaneja, um público cativo que acompanha há oito anos o “Encontro de Violeiros”, um evento idealizado por amantes da música de raiz que já entrou para o calendário turístico e cultural de MT. Leia mais pág. 05 Festa do Queijo pes participantes, ambos no mu- nicípio de Cáceres. Agora, outro município de MT se prepara para conquistar mais um recorde, o de maior queijo frescal do mundo. ULTURA C NR - Entrevista fei- ta pelo Jornal A Gazeta, reproduzida pelo site Mída News e agora pelo Cor- reio da Semana. É impor- tante que seja massificada as informações de que o atual governador Silval Barbosa e o ex-governa- dor Blairo Maggi estão prontos para qualquer que seja as intempéries. Governador do Estado desde o último dia 31 de mar- ço, Silval da Cunha Barbosa (PMDB) é um dos muitos mi- grantes que vieram do Sul do Brasil para se instalar no Norte de Mato Grosso, quando na região pouco ou quase nada de serviços públicos existia, o que valeu a ele e a muitos outros, o título de desbravador, por ter enfrentado as intempéries e obs- táculos naturais. Essa condição, muito parecida com os antigos ban- deirantes e colonizadores, lhe permitiram ganhar experiência suficiente para moldar o político arrojado e determinado na con- quista de espaço no difícil e con- turbado mundo político que é cheio de vaidades e de traições. Primeiro prefeito de Ma- tupá (695 km ao Norte de Cui- abá), deputado estadual por dois mandatos, ocupando a pre- sidência e a 1ª secretária da As- sembleia Legislativa e vice-go- vernador eleito em 2006 na cha- pa encabeçada por Blairo Ma- ggi, vai responder as principais perguntas e colocar de forma clara e transparente toda a situ- ação vivida pelo Estado nos úl- timos dias em razão de denún- cias de irregularidades e super- faturamento em aquisição de equipamentos rodoviários num dos maiores programas realiza- dos pelo Estado para atender aos 141 municípios e a socie- dade como um todo.

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Edição n 565 11 a 17 maio 2010

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Page 1: Jornal Correio Semana

Claudio Humberto

Leia mais pág. 02

Suplementos podem reduzirrisco de câncer de mama

TCU apresenta fiscalizaçãode obras da Copa de 2014

Deputado Riva cobra retomadadas obras do Memorial Rondon

O câncer de mama preocu-pa as mulheres. É o segundo tipoda doença mais frequente nomundo e são esperados para oBrasil, em 2010, 49.240 novos ca-sos, de acordo com o InstitutoNacional de Câncer (Inca). Poisuma descoberta pode ajudar aamenizar os números alarmantes.Suplementos de vitaminas e decálcio parecem reduzir o risco deter o problema.

O estudo apresentado no

101° Encontro Anual da Associa-ção Americana para Pesquisa doCâncer, realizado entre 17 e 21 deabril, em Washington, EstadosUnidos, contou com 268 pessoasdo sexo feminino com a patologiae 457 saudáveis. Os suplementosvitamínicos mostraram diminuir achance de desenvolver câncer demama em cerca de 30% e, os decálcio, em 40%.

Atento à importância da re-alização da Copa do Mundo de 2014no Brasil, o Tribunal de Contas daUnião (TCU) apresentou na terça-feira (11) o modelo de fiscalizaçãodas ações que prepararão o país parasediar o campeonato. O TCU e ostribunais de contas estaduais e mu-nicipais formarão parceria com oobjetivo de fortalecer a fiscalizaçãopreventiva, aproximar as metodolo-gias de controle e oferecer à socie-dade informações tempestivas so-

bre o uso do dinheiro público com arealização do mundial de futebol.

Os dados sobre auditorias eacompanhamentos ficarão disponí-veis na internet, em site específicoque foi apresentado também no dia11, e cada tribunal será responsávelpor publicar documentos e informa-ções sobre os percentuais de exe-cução física e financeira das obrasque fiscalizar.

O presidente da Assem-bleia Legislativa, deputado JoséRiva (PP), disse que vai encami-nhar requerimento ao governadorSilval Barbosa (PMDB) para quesejam priorizadas retomadas dasobras inacabadas no Estado. Nes-ta documentação, o deputado ex-plicou que terá destaque especialo Memorial Rondon, situado noDistrito de Mimoso, município deSanto Antonio do Leverger. Asobras estão paralisadas há peloLeia mais pág. 06 Leia mais pág. 07 Leia mais pág. 07

CET LAAÚDES

SPONHOLZ

menos três anos e a populaçãocobra a conclusão da mesma.

“É um bom momento paralembrarmos do compromisso queo governo fez e que ainda não con-cluiu”, disse Riva, se referindo a 5de maio, data comemorativa ao Diada Comunicação. “A retomadadessa obra seria um reconhecimen-to ao patrono das Comunicações”,destacou o deputado.

RIDENDO CASTIGAT MORES

CORREIO DA [email protected]

Capital - R$ 2,00 - Interior R$ 2,50Cuiabá, 11 a 17 de maio de 2010Fundador - J. Maia de AndradeAno XVIII - Nº 565

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Dois recordes brasileiros foram conquistados por MatoGrosso na última semana, o de mai-or pamonha e o evento de pescaque reuniu o maior número de equi-

Acesse - www.jornalcorreiodasemana.com.brLeia mais pág. 05

Sem NADA à esconderGovernador garante, “Nada ficará embaixo do tapete”. Mesmo considerando esseassunto página virada, continuará cobrando duramente o resultado das apurações.

Depois da pamonha, agora maisum recorde será esperado na

tradicional festa

Encontro de violeiros reuniu gerações

O mais legítimo som da vi-ola reuniu no último fim de sema-na, na cidade de Poxoréu, as anti-gas e novas gerações de cantado-res de moda sertaneja, um públicocativo que acompanha há oitoanos o “Encontro de Violeiros”, umevento idealizado por amantes damúsica de raiz que já entrou para ocalendário turístico e cultural deMT.

Leia mais pág. 05

Festa do Queijo

pes participantes, ambos no mu-nicípio de Cáceres. Agora, outromunicípio de MT se prepara paraconquistar mais um recorde, o demaior queijo frescal do mundo.

ULTURAC

NR - Entrevista fei-ta pelo Jornal A Gazeta,reproduzida pelo site MídaNews e agora pelo Cor-reio da Semana. É impor-tante que seja massificadaas informações de que oatual governador SilvalBarbosa e o ex-governa-dor Blairo Maggi estãoprontos para qualquer queseja as intempéries.

Governador do Estadodesde o último dia 31 de mar-ço, Silval da Cunha Barbosa(PMDB) é um dos muitos mi-grantes que vieram do Sul doBrasil para se instalar no Nortede Mato Grosso, quando naregião pouco ou quase nada deserviços públicos existia, o quevaleu a ele e a muitos outros, otítulo de desbravador, por terenfrentado as intempéries e obs-táculos naturais.

Essa condição, muitoparecida com os antigos ban-deirantes e colonizadores, lhe

permitiram ganhar experiênciasuficiente para moldar o políticoarrojado e determinado na con-quista de espaço no difícil e con-turbado mundo político que écheio de vaidades e de traições.

Primeiro prefeito de Ma-tupá (695 km ao Norte de Cui-abá), deputado estadual pordois mandatos, ocupando a pre-sidência e a 1ª secretária da As-sembleia Legislativa e vice-go-vernador eleito em 2006 na cha-pa encabeçada por Blairo Ma-ggi, vai responder as principaisperguntas e colocar de formaclara e transparente toda a situ-ação vivida pelo Estado nos úl-timos dias em razão de denún-cias de irregularidades e super-faturamento em aquisição deequipamentos rodoviários numdos maiores programas realiza-dos pelo Estado para atenderaos 141 municípios e a socie-dade como um todo.

Page 2: Jornal Correio Semana

ACâmarados De-p u t a -dos re-toma nat e r ç a(11) avotaçãod o sd e s t a -ques aoprojeto

Ficha Limpa, que impede a candidatura de políti-cos condenados pela Justiça (2ª instância). Novedestaques precisam ser analisados. O projeto deiniciativa popular contou com mais de 1,6 milhãode assinaturas. O material foi mobilizado pelo Mo-vimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Após avotação, a proposta será encaminhada ao SenadoFederal.

Cuiabá, 11 a 17 de maio de 2010CORREIO DA SEMANA02

A RTIGOS Claudio HumbertoClaudio Humbertocom Teresa Barros e Donizete Arruda

�O HOMEM ERRADO

PODER SEM PUDOR

PROJETO FICHA LIMPA SERÁ VOTADO HOJE

GSI: CHEFE DE GABINETEPEDIU VIOLAÇÃO DE SIGILOA investigação sobre a vida fis-cal de seis oficiais do Exército,três deles generais da ativa, re-velada aqui, foi feita pela Coor-denação-Geral de Pesquisa eInvestigação da Receita Federal,conforme documento em poderda coluna. A ordem do Gabinetede Segurança Institucional aoMinistério da Fazenda, informafonte da Receita, tinha assina-tura eletrônica do coronel LuizFernando Lima Santos, chefe degabinete no GSI.

SUBORDINADOO coronel Luiz Fernando LimaSantos é subordinado do gene-ral Jorge Félix, ministro-chefe doGSI, que ontem desmentiu a vi-olação do sigilo.

ROTA DA VIOLÊNCIAO GSI pediu a investigação em18 de janeiro. A Receita infor-mou à Fazenda o resultado dasua apuração às 9h11 de 17 demarço.

DATA DO VEREDITOÀs 18h56 de 23 de março o Mi-nistério da Fazenda enviou aoGSI, pelo sistema “Note”, o ve-redicto coletivo da quebra desigilo: “nada consta”.

NINGUÉM ACREDITAJorge Félix telefonou aos ofici-ais que tiveram o sigilo quebra-do para jurar que isso não eraverdade. Ninguém acreditounele.

OAB ACHA QUEBRA DE SI-GILO FISCAL ATO GRAVÍSSI-MOPara o presidente da OAB, OphirCavalcante, é gravíssima a que-bra de sigilo fiscal de militarescríticos ao governo Lula. Lem-brou a triste época em que o Es-tado devassava a vida de quemera contra o regime militar. “Adevassa na vida fiscal das pes-soas só pode ser feita com or-dem judicial, dentro de um pro-cesso, quando houver suspeitado cometimento de crime”, diz oestarrecido presidente nacionalda OAB.

NA SARJETAO deputado José Carlos Aleluia(DEM-BA) não estranhou: “Ogoverno Lula está na sarjeta equer levar todo mundo. Agoraataca o Exército”.

QUE DEMOCRACIA?Do líder tucano na Câmara, de-putado João Almeida (BA), so-bre a violação do sigilo: “Esta-mos falando de democracia ou oquê?”

AGENDASó este ano, o ministro LuizAdams (Advocacia Geral daUnião) esteve 32 vezes no STF.Atuando em sessões e despa-chando com ministros.

SUPREMA DIVERGÊNCIA

O corintiano Cezar Peluso, pre-sidente do Supremo, e o ante-cessor Gilmar Mendes divergemtambém no futebol. O santistaMendes quer Neymar e Gansono time de Dunga; Peluso inau-gurou a divergência.

A ÚLTIMA QUE MORREPonta de esperança para Ney-mar e Ganso: dono do pé maisgelado do País, Lula disse emum jantar com ministros doSTF que é contra a convocaçãodeles. Se estivesse torcendo,não teriam a menor chance.

FÉRIAS REMUNERADASProfessores da Universidade deBrasília ainda não trabalharamem 2010: emendaram as fériascom uma greve, que já dura 60dias, para continuar recebendoilegalmente indenização que aJustiça concedeu a um peque-no grupo e depois malandramen-te estendida aos demais.

PRA LÁ DE SESSENTAOutros 60 dias virão de grevena UnB, se depender do secre-tário de RH do Ministério doPlanejamento, Duvanier Fer-reira. A Justiça também jogapesado: mandou devolver a gra-na recebida ilegalmente.

COINCIDÊNCIAO escritório da mulher do go-vernador do Rio, a advogadaAdriana Ancelmo, defende “hátempos” a Service Clean, empre-sa do grupo do empresárioArhur Cesar de Menezes Soa-res Filho, o “rei da terceiriza-ção”, ganhador de licitações, eamigão de Sérgio Cabral.

QUEBRA DE DECOROO vereador Paulo Rogério daSilva (PT), de Cidade Ociden-tal (GO), parece mais um polí-tico que gosta de levar vanta-gem: apesar da renda de R$ 7mil, descolou bolsa do ProUni,para estudantes de baixa ren-da.

MESTRE AURÉLIO, 100A pedido do deputado AldoRebelo (PCdoB-SP), a Câmaravai homenagear nesta terça, às10h, o centenário de nascimen-to do escritor e filólogo alagoa-no Aurélio Buarque de Holan-da Ferreira. A sessão contarácom a viúva, Marina, e do filhode mestre Aurélio.

NA DISPUTAAutor de doze livros sobre o ex-presidente Jânio Quadros,ojornalista Nelson Valente, pro-fessor universitário e articu-lista da coluna, concorre à ca-deira do bibliófilo José Mind-lin, na Academia Brasileira deLetras.

PENSANDO BEM......um governo atropela a lei, agecom arrogância e persegue seuscríticos apenas quando é fraco.

O repórter de um jornalão paulista se preparava para entre-vistar Jânio Quadros na casa dele, no Morumbi. Dia e hora acerta-dos, o então jovem repórter liga o gravador no escritório do ex-presidente:

- 1, 2, 3, entrevista com o ex-presidente Leonel Brizola...Jânio o intercepta:- Se Brizola foi presidente da República, eu não tomei co-

nhecimento e tampouco fui avisado.Estende a mão e despede-se do jornalista.

C.E.R.M de Andrade - Editora - CNPJ - 05788.034/0001 - 06 - Inscrição Municipal: 82205

* Os artigos de opinião assina-dos por colaboradores e/ou

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José Eduardo Moura

OS REIS DO CAnGAÇO

Quando trabalhei na área de marketing de uma multinacional,participei de um seminário nos EUA com gente do mundo inteiro. Coi-sa grande. Num dos exercícios os grupos regionais deviam apresentarseus processos de geração de conteúdo para envio de informações àimprensa. Primeiro os europeus. Depois os norte ameri-canos. E eu vendo aquilo, horrorizado. Do momento emque alguém decidia escrever sobre um assunto até orelease ficar pronto os caras tinham – sem brincadeira –cerca de 40 passos. Quando chegou nossa vez, coloca-mos um processo com 5 passos, uma diferença tão bru-tal que a gringalhada não entendeu nada. Não que fos-semos os reis da eficiência. Nossa diferença nada tinhaa ver com capacidade tecnológica ou qualidade de con-teúdo, nem mesmo com qualificação técnica de pesso-al. A questão era que no processo brasileiro nós, domarketing, assumíamos a responsabilidade integral peloprocesso, sem a preocupação doentia dos gringos decompartilhar o risco com o maior número possível depessoas. Para eles, cada passo tinha que ter alguém daengenharia, do produto e do jurídico dando pitacos. Equando alguém dava uma sugestão, todos tinham queolhar novamente, com o jurídico dando a palavra final. E naquele vai-e-vem, cerca de 60 dias eram consumidos para se produzir um releaseque, quando publicado, tinha gosto de leite desnatado.

Nosso processo era muito menor, mais ágil e rápido, mas imen-samente mais arriscado. Só envolvíamos o jurídico quando acháva-mos que era necessário. E quem “achava” éramos nós, os caras domarquetingue, os brasileiros metidos. Os gringos ficaram indignadoscom a ousadia dos yanomanis e desdenharam de nosso processo,permanecendo com seus 40 passos e dois meses...

Aquele workshop foi um aprendizado. O medo de assumir res-ponsabilidade e os processos engessados eram sintomas de um malque estava espalhado por todos os departamentos da empresa, emespecial nos Estados Unidos. Era assim na engenharia, no jurídico, nofinanceiro, no comercial...

“Para eles, cadapasso tinha que ter

alguém daengenharia, doproduto e do

jurídico dandopitacos”

Luciano Pires. Visite: www.lucianopires.com.br

�� Por: Luciano Pires- Tem que tomar uma decisão!- Ah, mande pro comitê!- Assina aqui?- Eu, hein? Quem é que já assinou?O impulsionador das decisões deles era o medo. Fiquei cisma-

do com aquilo. A empresa treinava todo mundo, gastava uma bala emtecnologia, botava gente viajando pra todo lado, promovia reuniõesem cima de reuniões, falava de inovação e de “produtos disruptivos”,

mas na hora de tomar a decisão não havia um sófariseu disposto a assumir riscos. Procurei uma defi-nição para aquele comportamento, pensei que era“medo”. Mas era mais. Era o velho “cagaço”.

Para mim, “cagaço”sempre foi mais que sim-plesmente “medo”. Medo parece ser algo eventual.Aparece aqui e depois some. Cagaço não. É um es-tado de espírito, constante e sistemático. Uma for-ma de enxergar o mundo...

Aquele pessoal que se dizia super prepara-do só tinha sido treinado em eficiência operacional.Em fazer cada vez melhor aquilo que sempre fez. Nin-guém tinha sido estimulado a julgar e tomar deci-sões. A correr riscos. A assumir responsabilidades.Eram os reis do cagaço. Botei “cangaço” no títulodeste artigo pra não chocar logo de cara.

O imobilismo generalizado implicava num custo gigantesco quenão aparecia nas planilhas do pessoal do financeiro, mas que tinha umimpacto direto no resultado da empresa: um bando de cagões nãofazendo acontecer...

Voltei de lá inconformado com aquela agressão à minha culturabrasileira. Logo eu que sempre disse a meus liderados:

- Quero brigar com você por algo que você fez, não por aquiloque deixou de fazer...

Bem, pra encurtar a história: dois anos depois a empresa que-brou. Ninguém precisava ser gênio para prever que o final seria esse:fracasso.

É pra lá que o cagaço te leva.

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Pão de Açúcar e Casas Bahia: os bastidores de uma fusão

A última semana foi marcada pela incerteza no setor de varejo.O gigante formado em dezembro entre Pão de Açúcar e Casas Bahiapode estar com seus dias contados. A queda de braço da famíliaKlein, insatisfeita com as condições da carta de intenção, colocamem xeque o empresário Abílio Diniz. Perda de credibilidade junto aossócios franceses e queda no preço das ações do grupo são as conse-quências mais previsíveis.

O impasse demonstra um ângulo pouco divulgado das fu-sões e aquisições, a conturbada fase pós compra -responsável em grande parte pelo fracasso dosnovos conglomerados. Jornais e revistas prefe-rem apresentar em suas manchetes a face mais gla-morosa. Investimentos e valores envolvidos, per-fil dos empreendedores, novas fortunas e basti-dores da negociação. Interessantes, geram curio-sidade e vendas adicionais aos veículos.

Os profissionais mais experientes - aque-les cuja foto da carteira de trabalho é uma vagalembrança - sabem que uma empresa nunca é igualà outra. As combinações são quase infinitas. Utili-zemos as classificações por tamanho, nacionali-dade e estrutura societária. Grandes ou pequenas,brasileiras ou multinacionais, familiares ou aber-tas. Tentar decifrá-las é tarefa que só se consegue após algum tem-po, convivendo dia após dia.

Algumas têm estruturas mais orgânicas. Ambientes abertos,sem salas fechadas ou formalidades entre os colaboradores. Lingua-jar coloquial e roupas mais despojadas, refeitórios compartilhadosentre diretores e estagiários e decisões compartilhadas. Horários fle-xíveis, políticas de home office e modernas ferramentas de trabalho adisposição, como notebooks e smartphones.

Outras, por sua vez, têm estruturas que mais se assemelhamàs forças armadas. Promoções por tempo de serviço, respeito aoscargos e a hierarquia, vocabulário formal e respeitoso. Terno e grava-

Por: Marcos Morita

Marcos Morita é mestre em Administração de Empresas e professor daUniversidade Mackenzie. [email protected] /

www.marcosmorita.com.br

“Com o passar dosanos, a cultura daempresa permeia oindivíduo, criando

uma relação de sim-biose entre ambos”.

ta, tailleur e salto alto são os padrões vigentes. Horários pré-deter-minados, salas fechadas e divisões físicas entre a alta hierarquia e ossubordinados.

Apesar das diferenças, não existe relação entre tipos de es-truturas e resultados obtidos pelas organizações. Assim como nãohá empresas iguais, existem profissionais que melhor se adaptam adescrições de cargo mais rígidas, enquanto outros preferem liberda-de e autonomia. Encontrar esta identificação é meio caminho para osucesso profissional.

Com o passar dos anos, a cultura da empresa permeia o indi-víduo, criando uma relação de simbiose entre ambos.Vestimenta, perfil, linguajar e comportamento enviampistas sobre a empresa contratante, antes mesmo devisualizarmos seu crachá.

Coloque agora num mesmo caldeirão empre-sas com estruturas orgânicas e hierárquicas, resul-tantes de fusões e aquisições. A dicotomia entre in-formalidade e formalidade, respeito à hierarquia e va-lor as competências, horários flexíveis e cartões deponto, qualidade de vida e cumprimento de metas decurtíssimo prazo traz insegurança, desmotivação eresistência por parte dos envolvidos. Sonegação deinformações, boicotes e formação de feudos são al-gumas das consequências.

Incerto ainda são os próximos capítulos datrama Pão de Açúcar e Casas Bahia, os quais ocorre-

rão nos bastidores em São Caetano do Sul ou na Avenida BrigadeiroLuis Antônio, em São Paulo. Prever seu resultado é incerto e prema-turo. Todavia afirmo que em caso de final feliz, o trabalho para aconsolidação do novo gigante terá apenas começado, apesar dosapertos de mão, sorrisos e discursos publicados pela mídia.

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Temas tributários para os presidenciáveis

Talvez o melhor momento para se debater com o futuro Presi-dente da República assuntos de interesse da sociedade seja este queantecede o processo eleitoral, tendo em vista que após a eleição ocontato certamente ficará muito mais restrito.

Sugerimos dez pontos sobre tributação de evidentes gargalospara o contribuinte como contribuição para o debatecom os candidatos a presidência. A maioria não de-pende de reforma constitucional, que são:

- Regulamentação do Imposto sobre GrandesFortunas - Sem ter que alterar a Constituição Federal,este é um ponto onde o debate sobre “uso social dodinheiro” teria conseqüências positivas. O ponto emdiscussão é definir é o que seria “fortuna ociosa” etributá-la.

- Troca de tributos pelo Imposto Sobre Movi-mentação Financeira - Sem alterar carga tributária, atroca de tributos (como o PIS e/ou COFINS) pelo Im-posto sobre Movimentação Financeira diminuiria acarga tributária sobre o consumo e funcionaria comomecanismo de combate à sonegação, uma vez que épraticamente impossível sonegar IMF. É necessáriaalteração constitucional e a resistência vem das grandes empresasque fazem planejamento tributário e claro, dos sonegadores.

- Contribuição Social X Impostos e Repartição Tributária - AConstituição de 1988 praticamente incentivou o surgimento de contri-buições sociais (não repartidas com Estados e Municípios) em detri-mento de impostos (repartidos com Estados e Municípios). A reparti-ção tributária entre os entes federados, conjugados com obrigaçõesde cada ente, poderia trazer mais equilíbrio ao Estado Brasileiro, alémde diminuir a corrupção.

- Guerra Fiscal - Item já constante em Reforma Tributária enca-minhada ao Congresso Nacional e que promete discussões mais aca-loradas e apaixonadas que o pré-sal, pois nenhum Estado quer sairperdendo. Seria interessante ver a posição dos candidatos de formabem clara sobre este ponto, pois aí saberíamos se a Reforma Tributária

Por: Paulo Antenor de Oliveira

Paulo Antenor de Oliveira é Analista-Tributário da Receita Federal doBrasil - [email protected]

anda ou não.- Diminuição do número de obrigações tributárias acessórias

- Criadas por Leis, Decretos ou outros instrumentos, infernizam a vidado contribuinte e aumentam o custo das atividades das empresas. Épossível diminuir seu número e fazer o fisco ficar menos “pesado”.

- Modernização aduaneira - Agilidade na aduana significa me-nos custos com taxas de armazenagem, mais competitividade e mais

segurança. Hoje, a falta de integração dos agentespúblicos no comércio internacional também é um pon-to negativo para o Brasil.

- Código de Relacionamento entre o Fisco e oContribuinte - Modernizar as relações entre o Fisco eo Contribuinte diminui custos, diminui a burocracia,traz transparência, aumenta a eficiência e combate acorrupção. Quem não quer?

- Desonerações Tributárias - Seria transpa-rente no período eleitoral o candidato esclarecer sevai promover desonerações tributárias.

- Alta Carga Tributária no Consumo e no Tra-balho - a maior parte da carga tributária recai sobre oconsumo e sobre o trabalhador. É preciso rever essapolítica.

- Imposto Territorial Rural e Cadastro de Ter-ras - Além da arrecadação do ITR ser pífia, não há

fiscalização efetiva e muito menos um cadastro confiável de terras noBrasil. Uma atuação mais forte nesta área evitaria muita “lavagem dedinheiro” e uso de “laranjas”. Nos últimos dezesseis anos, os meca-nismos de fiscalização de terras foram enfraquecidos.

O eleitor-contribuinte deve estar atento às análises dos candi-datos em relação aos problemas do Fisco. Aliás, este é um bom modode perceber o que os presidenciáveis entendem deste assunto. Se aresposta padrão sobre questão tributária for Emenda Constitucional, épreciso desconfiar. No mínimo está sendo pessimamente assessora-do.

“Sugerimos dezpontos sobre

tributação de evi-dentes gargalos

para o contribuintecomo contribuiçãopara o debate com

os candidatos apresidência”.

Page 3: Jornal Correio Semana

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CORREIO DA SEMANACuiabá, 11 a 17 de maio de 2010 03

O estranho pai nossodo vigário ayres britto

Perdoem-me este primeiro parágra-fo, obviamente exaustivo, mas eu preci-so dele para o que vem depois. O Conse-lho Federal da Ordem dos Advogados doBrasil, levando a Ajuris (Associação dosJuízes do Rio Grande do Sul) e outrosrevisionistas a tiracolo, tomou uma go-leada do STF (7 x 2) contra a ideia dereinterpretar a Lei de Anistia. Bom parao país. Bom para a nação. Entre o co-nhecimento jurídico do Conselho Federalda OAB, que se fez representar na causapelo mais enrustido dos petistas, o ad-vogado Fabio Konder Comparato, e a far-ta maioria do STF, eu fico com esta últi-ma. Quem leu meu artigo “A reinterpre-tação da lei da anistia”, divulgado em 25de abril, três ou quatro dias antes dassessões em que o STF deliberou sobre amatéria, terá percebido que os sete vo-tos, quando extravasaram o necessáriocampo do Direito para argumentar nosespaços da Política e da História, segui-ram as mesmas e óbvias trilhas que euhavia intuído no plano do bom senso:mais do que esquecimento, anistia éperdão e sua reinterpretação faria muitomal ao país.

Até aí nada de mais. Coisa sabida,matéria vencida e de martelo batido. Oque me interessa aqui é o voto do ex-candidato a deputado federal pelo Parti-do dos Trabalhadores, o aveludado mi-nistro Ayres Britto, filho das musas ala-goanas. E por que me interessa tantoesse voto? Por uma razão tão simplesquanto grave. Pode-se tolerar erro deDireito no voto prolatado por qualquerministro do STF. Pode-se admitir, igual-mente, a má interpretação de fatos emjulgamento. Mas não se pode silenciarante a adoção de uma premissa falsa

porque falsas premissas evidenciam in-tenção de enganar, de iludir, de embair ointerlocutor induzindo-o ao erro. E me-nos ainda se pode usar o Pai Nosso comofundamento para tais ofícios.

No entanto, o ministro versejador,depois de afirmar em seu voto que “per-dão coletivo é falta de memória e vergo-nha” (veremos, mais adiante, o quantoisso também é falso), saiu-se com a afir-mação de que “quando Cristo fez a be-líssima pregação de que devemos per-doar nossos inimigos, o fez no plano in-dividual, no plano pessoal (...) A huma-nidade tem o dever de odiar seus ofen-sores” (gostou tanto da frase que a re-petiu por três vezes!). E mais adiantesaiu-se com esta: “O hino de todas asigrejas cristãs, que é o Pai Nosso, quan-do diz ‘perdoai as nossas ofensas assimcomo nós perdoamos os que nos temofendido’ o fez no plano individual, noplano pessoal”.

Ora, caro leitor, bem ao contrário doque pretendeu o poeta do ódio aos ofen-sores, o Pai Nosso é a mais coletiva dasorações cristãs. Não há um único “eu” noPai Nosso. Em cada um de seus versícu-los apenas existe o “nós”. O Pai é nos-so; o Reino é para nós; o pão é nosso; operdão do Pai é para nós e deve ser nos-so o perdão aos nossos ofensores; a ten-tação a ser evitada é nossa e os malesde que queremos estar livres, também.Onde ele foi buscar individualismo no PaiNosso não é nem pode ser matéria dealta indagação. Bem ao contrário, é ma-téria da mais rasteira constatação: nochão do ódio ideológico e da conveniên-cia política.

Por fim, qualquer criança pode en-tender para onde conduziria uma políti-ca que se envergonhasse do perdão co-letivo. Para tomar o exemplo mais re-cente, a Copa do Mundo não estaria sen-do realizada na África do Sul. Haveriamuito mais sangue e guerras sem quar-tel nem fim. Viveríamos, ao longo dahistória, na mais pura e inextinguívelselvageria se todas as etnias, nações,povos, religiões e estadistas se manti-vessem na trincheira do ódio e da inca-pacidade de perdoar para onde esse me-nestrel alagoano do infinito desamor gos-taria de levar o Brasil.

Por: Percival Puggina��

“Há algo de podre no Reino da Dinamarca”, disse Hamlet,principal personagem de Shakespeare, sobre os desmandos de seupaís, pouco antes de fingir-se de louco para conseguir driblar seusinimigos internos. Pois há algo senão podre ao me-nos muito estranho na posição de alguns deputadosestaduais na cruzada que empreendem contra o novoSistema de Transporte Coletivo Rodoviário Intermu-nicipal de Passageiros de Mato Grosso, que entreoutras coisas estabelece novas licitações para a ex-ploração do serviço.

Seus argumentos são, basicamente, que aAger não ouviu os empresários e a sociedade antesde preparar o projeto do novo sistema, o que o torna-ria um enlatado que não corresponde a real necessi-dade do mercado. Suspeita-se, contudo, que o panode fundo da oposição a Ager, na verdade, seja umamal disfarçada defesa dos empresários do setor quejá detêm as linhas, cujas licitações estão todas ven-cidas há bastante tempo.

O argumento da falta de participação é des-cabido. Após preparar o projeto, que é seu dever, aAger tentou discuti-lo em uma Audiência Pública,como determina lei, ainda em dezembro passado. No dia da audiên-cia, sem mais nem por quê, o ex-governador Blairo Maggi mandoususpendê-la, cedendo às pressões desse mesmo grupo de deputa-dos.

A audiência finalmente ocorreu essa semana. A audiênciapública é um mecanismo legal, obrigatório e apropriado para quetodos os interessados manifestem suas posições, o que pode, inclu-sive, alterar o projeto original.

Os deputados contrários à nova licitação deveriam saber dis-KLEBER LIMA é jornalista e consultor de marketing em Mato

Grosso. E-mail: [email protected].

“Suspeita-se, contu-do, que o pano de

fundo da oposição aAger, na verdade,

seja uma mal disfar-çada defesa dos

empresários do setorque já detêm as li-

nhas, cujas licitaçõesestão todas vencidashá bastante tempo”.

Por: KLEBER LIMA

Há algo estranhoso, afinal a própria a Assembléia Legislativa acaba de dar um grandeexemplo de transparência e mobilização social ao realizar nada me-nos do que 15 audiências públicas e 16 seminários em todas as regi-ões do Estado, ano passado, levando milhares de pessoas ao debateabsolutamente produtivo sobre o novo ordenamento territorial doEstado.

Como disse o próprio presidente da Assem-bléia ao aprovar o projeto do zoneamento em pri-meira votação, nem tudo que os segmentos produ-tivo e ambiental desejavam foi contemplado, masmuito do que propuseram foi incluído na lei do zo-neamento, “buscando um equilíbrio entre as par-tes”, como frisou Riva.

Provavelmente falta aos deputados que ten-tam boicotar a nova licitação do sistema de trans-portes intermunicipal esse espírito republicano de-monstrado pela Assembléia no caso do zoneamen-to. Se há distorções e impropriedades no projetoelaborado pela Ager, a postura mais correta dessesdeputados seria levar suas posições às audiênciaspúblicas, quantas fossem necessárias, e, no debateaberto e público, corrigi-las. Ao se posicionaremsimplesmente contra as licitações, colocam o inte-resse dos detentores dos atuais contratos acima dointeresse público, dos usuários, do Estado.

Felizmente o governador Silval Barbosa garantiu que hou-vesse essa primeira audiência e já declarou de público que fará aslicitações, como determina a lei, ainda esse ano, regularizando deuma vez por todas o setor em Mato Grosso. Resta aos deputadoscontrários às licitações recuperarem o bom senso e o espírito públi-co que deveria guiar a atividade parlamentar.

Percival Puggina (65) é arquiteto, empresário, escritor, titular do sitewww.puggina.org, autor de Crônicas contra o totalitarismo e de Cuba, a

tragédia da utopia.

“No entanto, o ministroversejador, depois de afirmar

em seu voto que “perdãocoletivo é falta de memória e

vergonha”

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Tem cheiro de golpe político

Antes de comentar tal possibilidade na questão Ciro Go-mes, quero dar uma pincelada no assunto Belo Monte que tam-bém tem muito cheiro de velhacaria política. Está claro que ausina não vai custar só o que se alardeia, isso é de muita inocên-cia, quase angelical. A entrada da Odebrecht e Camargo Corrêano consórcio que tocará as obras é sinal cristalino de que ogoverno vai gastar mais de 30 bilhões de reais na construçãodessa inoperante usina. É uma obra de custo gigantesco e resul-tado suspeito para apenas atender um discursopolítico do senhor presidente tendo como moti-vação maior os votos para Dilminha, sua enteadapolítica. Essas raposas da construção civil noBrasil não entram em concorrência que não te-nham lucros futuros e menos ainda em obra quenão gere recebimento compensatório na sua par-ticipação. O presidente está fazendo loucuraspara manter o discurso.

Belo Monte é uma montanha de mentiras.Uma delas, a principal, é de que o preço mega-watt/hora será de 77,97. Basta somar a isso osincentivos de 75% do Imposto de Renda dadospelo governo e chegará a fácil percepção de queé uma farsa o preço acima. É como se não existis-se o valor do imposto a ser pago pelas ganhado-ras. Então não é perda de reais. A fala do ministro de Minas eEnergia, Marcio Zimmermann ou é de um idiota que não sabeonde está ou é de um contumaz mentiroso ao dizer que “o Brasilestá vitorioso porque Belo Monte produzira a energia mais bara-ta do leque de usinas”.

Isso sem comentar que o governo, na verdade, é que estápor trás de tudo o que vai ser gasto em Belo Monte. Tem 49% doinvestimento e o BNDES vai financiar 80% da obra que tem comoganhadora de sua licitação um monte de empresas desprovidasde capacidade técnica para esse porte de obra. Daí a razão daOdebrechet e Camargo Corrêa estarem de volta ao palco, nofundo chamadas pelo governo federal. Estas não estão preocu-padas com a bilheteria do circo montado pelo presidente da re-pública. Dão o espetáculo, recebem seu cachê e se mandam. Nofundo, o brasileiro fica com 49% da obra e se torna credor de80%. Sabe, tenho para mim que essa obra da usina Belo Monte épura cascata no final do espetáculo. Após outubro e as eleições,o presidente vai dizer que caberá ao novo governo tomar a deci-são final.

As justificativas vão ser as demandas judiciais pelo Mi-nistério Público e o tal Plano Básico Ambiental, que é fundamen-tal para se obter licença do Ibama para o início das obras e queexige detalhamento do que vai ser feito em consonância com asnormas do instituto. Agora, imaginem os leitores se esse amon-

Por: Raphael Curvotoado de empresas pegas a laço de última hora, algumas sem nemsaber o que é fio d’água, vão atender essas exigências. As corti-nas foram abertas, inicia-se o espetáculo. Aí a uva que faltava norecheio: as duas raposas, Odebrecht e Camargo Corrêa, têm tudoprontinho sobre o relatório exigido e só “entregam” se receberemos valores por eles apurados nos projetos preparados e constru-írem Belo Monte. O próximo governo vai ter que bancar a contada festa do atual presidente, hilário, não?

O cheiro de golpe político, titulo do artigo, sai fora de BeloMonte, mas continua com o presidente da república na direçãogeral. Há momentos que me questiono sobre o menosprezo à mi-

nha inteligência e de parte do povo brasileiroque esse grupo de maus políticos que dominamo País procuram impingir. O caso é o do “semrumo e partido” vivido por Ciro Gomes. Nem tan-to. É jogada das grandes, com certeza. Ao trans-ferir o seu título de eleitor para São Paulo, a peçateatral já estava com script pronto. Ciro Gomesnão pode ser candidato a cargo majoritário noCeará porque seu irmão é candidato a reeleiçãoa governador. Com essa impossibilidade, e nãoquerendo ser mais um coadjuvante na CâmaraFederal, a sua candidatura ao Senado da Repú-blica teria que ser migrada para outro estado,como sempre ensinou o Professor José Sarney.

Ao lançar sua candidatura à presidente,o jogo de cena teatral foi feito para o palco pau-

lista, onde ele deu o seu primeiro berro. Colocou seu nome naseara, primeiro como governador e agora encontra um forte moti-vo para ser lançado a Senador por São Paulo. Poderá ser a “saídahonrosa” à sua desistência para presidente e com apoio do PT eseu chefe. Tá eleito. É só pensar sobre a “calma contestatória” doMercadante algum tempo atrás sobre o assunto Ciro como candi-dato a governo de São Paulo e o leitor perceberá que tal jogo játinha começado. O presidente sabe que o resultado de pesquisado Ciro para presidência em nada vai influir na campanha da Dil-minha negativamente com sua desistência, mas sabe muito bemque em qualquer campo de candidatura em São Paulo, vai tirarvotos de Serra.

Levando em conta que apenas 40% dos eleitores brasilei-ros não são analfabetos funcionais e que desses quarenta, 65%estão em São Paulo, a candidatura Ciro se torna alto negócio paratentar fazer frente aos votos culturais serristas e ainda sobrarinfluência em Minas Gerais em contraponto a influência Aécistano território paulista, ambos com alcance no Rio de Janeiro. Comoem política tudo é possível, cá comigo, tem cheiro de golpe polí-tico.

Raphael Curvo é Jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pelaCândido Mendes-RJ, visite: www.prosaepolitica.com.br

“Belo Monte é umamontanha de

mentiras. Umadelas, a principal, é

de que o preçomegawatt/hora será

de 77,97”

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“Um homem é um sucesso quando pula da cama de manhã evai dormir à noite, e nesse meio tempo faz o que gosta” diz BobDylan. Talvez por ser americano, povo predominan-temente protestante, o autor da frase procurou osucesso, para ter dinheiro e comprar um pedacinhodo céu para o descanso eterno. Os protestantes cre-em ser o trabalho a única via para “entrar nos céus”,ou, “só é bem-vindo no reino dos céus aqueles quesão trabalhadores. Se a pessoa progride, ela é maisbem vista aos olhos da sociedade e aos olhos deDeus.”

O Brasil é um país majoritariamente de católi-cos. Não acreditamos que precisamos de dinheiropara morar no céu. Acreditamos que nossos peca-dos são tirados e vamos para o reino dos céus, atra-vés de doações de certa quantia à Igreja e aos ne-cessitados. Que os pobres de dinheiro e os pobres de espírito terãogratuitamente o reino de Deus.

Acho que nasceu daí a nossa intolerância ante o sucesso. Obrasileiro torce e vibra pelo insucesso e sofre intensamente diantedo sucesso alheio. Nas palavras de Michael Korda, “Para ser bemsucedido, é necessário aceitar o mundo como ele é e subir acima

Gabriel Novis Neves

“O Brasil é um paísmajoritariamente de

católicos. Nãoacreditamos queprecisamos de

dinheiro para morarno céu”.

Por: Gabriel Novis Neves

Sucesso

dele”. Como é difícil para nós, aceitar esta verdade!Temos o nosso mundo, fechado, blindado, onde a luz da

salvação não consegue penetrar. O sucesso nos causa sentimen-tos de culpa, e o sucesso dos outros nos incomoda. Fazemos coisaque não gostamos inviabilizando a aceitação do sucesso. Quando

chegamos naquele momento, ninguém pede a curae sim tempo para realizar as coisas que gostamos enão fizemos. “O segredo do sucesso não é fazer oque se gosta, mas sim gostar do que se faz”, (Cecí-lia Meireles).

Não podemos demonizar aqueles que fazemsucesso trabalhando honestamente. Não os con-fundamos com os ladrões, corruptos, bandidos,desonestos, mafiosos, chefes de quadrilhas espe-cializadas em roubar dinheiro público, traficantes,e o pseudos surdo-mudo- cego – o pior de todos.Este ouve, vê, sabe de tudo e se cala.

Que tal aproveitar este período eleitoral,para examinarmos, com a razão, o sucesso? Temponão perderemos, e poderemos evitar desastres para

o nosso país, escolhendo dirigentes de sucesso e não fracassa-dos.

A eleição deste ano é importante para atualizar o estado brasileiro

� �Por: Arnaldo Jabor

Arnaldo Jabor – www.g1.globo.com

Atenção! Foi dada a partida para mais um pá-reo. De um lado tucanos bicudos e do outro saposbarbudos. Mas, não é Fla X Flu. Esta eleição é impor-tante para atualizar o estado brasileiro, que precisaassimilar a complexidade do mundo atual.

Temos a mania de achar que o estado tem deser uma fortaleza, um Deus de onde tudo emana. Dai aimportância da democracia que é plural, ampla. Como disse SérgioBuarque de Holanda: “a democracia no Brasil sempre foi um mal enten-dido.”

Democracia não é demagogia. É necessidade social. O país émuito amplo para caber em uma cabeça só, em um super estado divino.Isso leva a defeitos conhecidos: populismo, corrupção, política do

espetáculo e, claro, autoritarismo.Eleição não é Corinthians e Palmeiras como

acham a CUT e sua líder que usou uma greve paragritar: “vamos quebrar a espinha dorsal do PSDB edo governador.” Isso não é campanha, é terrorismo.

Governar o Brasil não é mandar em tudo. Go-vernar o Brasil não é matar as saúvas como se diziaantigamente. É confiar na sociedade e em seus em-preendedores livres.

Por isso, o estado tem de se reformar para ser enxuto, malhado,eficiente e abrir caminhos que fortaleçam a infraestrutura precária e aeducação catastrófica, pois, estas são as saúvas de hoje.

“A democracia noBrasil sempre foi

um mal entendido.”

Page 4: Jornal Correio Semana

CORREIO DCuiabá, 11 a 17 de maio de 201004 -

ATO GROSSO 100% EQUIPADOM

Sem NADA à esconderGovernador garante, “Nada ficará embaixo do tapete”. Mesmo considerando esseassunto página virada, continuará cobrando duramente o resultado das apurações.

Governador do Estado des-de o último dia 31 de março, Silval daCunha Barbosa (PMDB) é um dosmuitos migrantes que vieram do Suldo Brasil para se instalar no Nortede Mato Grosso, quando na regiãopouco ou quase nada de serviçospúblicos existia, o que valeu a ele e amuitos outros, o título de desbrava-dor, por ter enfrentado as intempéri-es e obstáculos naturais.

Essa condição, muito pare-cida com os antigos bandeirantes ecolonizadores, lhe permitiram ganharexperiência suficiente para moldar opolítico arrojado e determinado naconquista de espaço no difícil e con-turbado mundo político que é cheiode vaidades e de traições.

Primeiro prefeito de Matupá(695 km ao Norte de Cuiabá), depu-tado estadual por dois mandatos,ocupando a presidência e a 1ª secre-tária da Assembleia Legislativa evice-governador eleito em 2006 nachapa encabeçada por Blairo Mag-gi, vai responder as principais per-guntas e colocar de forma clara etransparente toda a situação vividapelo Estado nos últimos dias em ra-zão de denúncias de irregularidadese superfaturamento em aquisição deequipamentos rodoviários num dosmaiores programas realizados peloEstado para atender aos 141 municí-pios e a sociedade como um todo.

O chefe do Executivo tam-bém fala a respeito do ótimo momen-to vivido por Mato Grosso que setornou a vitrine do mundo graçasao seu poder e capacidade produti-va, principalmente vinda do agro-negócio. Fora isso ele confirma quese empenha por obras de infraestru-tura, cobra compromissos com o Go-verno Federal para rodovias, ferro-vias e hidrovias e lembra que os es-forços serão redobrados a partir deagora para que Cuiabá, Mato Gros-so e o Brasil não façam feio na reali-zação da Copa do Mundo de 2014.

A GAZETA - O GOVER-NO DO ESTADO PASSA PORUM MOMENTO DELICADOPOR CAUSA DE DENÚNCIASNA AQUISIÇÃO DE EQUIPA-

MENTOS RODOVIÁRIOS QUEFORAM DISTRIBUÍDOS PARAOS 141 MUNICÍPIOS. O QUEACONTECEU?

Silval Barbosa - Primeirode tudo é preciso se dizer que paramim, enquanto governador do Es-tado e de todos mato-grossenses,essa é uma página virada, é passa-do. Não que eu pretenda esque-cer. Tanto não vou que constante-mente estou cobrando dos órgãospúblicos responsáveis pelas in-vestigações os resultados dasapurações. Neste governo, nadafoi colocado em baixo do tapeteantes, nem agora e nem no futuro.

GAZETA - MAS E QUAN-TO À PARTICIPAÇÃO DE SE-CRETÁRIOS OU EX-SECRETÁ-RIOS?

Silval - Tenho certeza deque o então governador BlairoMaggi (PR), quando noticiado daexistência de denúncias determi-nou que todas as apurações fos-sem realizadas e os responsáveisapontados. De lá para cá eu assu-mi em definitivo o Estado e a mi-nha decisão também foi à mesma,ou seja, investigar até as últimasconseqüências. A sociedade podeter a certeza de que haverá puni-ções e os recursos voltarão aoscofres.

GAZETA - O SENHORACREDITA QUE AS CRÍTICASAO ESTADO SÃO FRUTOS DOMOMENTO POLÍTICO, PORCAUSA DA PROXIMIDADE DASELEIÇÕES?

Silval - Existe sim os apro-veitadores do momento político, sóque a maioria deseja de forma legí-tima, e que é a nossa determina-ção e vontade, a apuração rigoro-sa dos fatos, pois as máquinas exis-tem e são essenciais para o cotidi-ano dos municípios e do povo.Ninguém tem o direito de brincarcom os brios de nossa gente.

GAZETA - O SENHORNÃO TEME UMA REPERCUS-SÃO NEGATIVA NA ELEIÇÃO?

Silval - Não temo. Sou go-vernador, estou trabalhando ecumprindo com minhas obriga-ções. Esforço-me diariamente paradar continuidade ao governo ini-ciado por Blairo Maggi e para me-lhorar nossas ações. Tenho con-vicção que a população reconhe-cerá os avanços conquistados e anossa capacidade gerencial em fa-zer muito mais. Tenho certeza queo eleitor saberá comparar o passa-do ao presente, e reconhecerá quenós temos condições de continu-ar realizando um futuro melhorpara todos.

GAZETA - MAS O QUELEVA O SENHOR A CRER QUEO ESTADO CAMINHA PARA UMDESENVOLVIMENTO SEM RE-TORNO AO PASSADO?

Silval - Vivemos um mo-mento impar, onde Mato Grossose tornou referência para qualquergrande indústria ou empresa domundo. As ações de infra-estrutu-ra que realizamos e a política deincentivos fiscais garantiram isso.Saímos de 2 mil quilômetros de ro-dovias estaduais asfaltadas paramais de 6 mil e 500 quilômetros. Evamos continuar nesta toada, ouseja, não faltarão recursos paraobras rodoviárias. Vou cobrar tam-bém do governo federal a não pa-ralisação das obras de pavimenta-ção das BRs 163 e 158, fundamen-tais na logística de transporte, sejapor rodovia, hidrovia ou ferrovia.Vamos exigir a chegada da Ferro-norte a Rondonópolis, Cuiabá eSantarém, no estado do Pará. AFerronorte ainda será complemen-tada pela ferrovia Leste Oeste, queligará Mato Grosso ao sistema fer-roviário nacional.

GAZETA - O SENHOR EMMENOS DE 30 DIAS DE GOVER-NO LANÇOU DOIS PROGRA-MAS OUSADOS EM ÁREAS ES-

SENCIAIS COMO A SAÚDE E ASEGURANÇA PÚBLICA. É POS-SÍVEL HAVER MELHORASNESTAS ÁREAS?

Silval - Essas áreas já eramprioridade e agora estão receben-do um reforço a mais. Vou perse-guir com obstinação os resultadosde programas como o fila zero, nasaúde, e a drástica redução da cri-minalidade com o máximo de efeti-vo policial nas ruas. A saúde e se-gurança pública atingem direta-mente a vida das pessoas e temosque ter cuidado e atenção especi-al com elas.

GAZETA - ESSE BOMMOMENTO QUE O SENHORFALA EM RELAÇÃO A MATOGROSSO SE REVESTE DE NÚ-MEROS?

Silval - Sim. Nos últimos 7anos, dezenas de grandes indús-trias aportaram em Mato Grosso,representando um crescimentoeconômico inegável e em patama-res chineses. Só em Cuiabá agoraestão sendo instaladas duas no-vas indústrias. A Vicunha implan-tará a maior planta produtora defio de algodão do mundo. A Voto-rantim abrirá a sua segunda uni-dade no Estado e se tornará a mai-or produtora de cimento da Améri-ca do sul, investindo R$ 350 mi-lhões, gerando 1.200 empregos naobra e mais 520 empregos paracolocar a fábrica em funcionamen-to. São apenas dois exemplos dosmuitos colecionados por este go-verno, garantindo a geração demilhares de empregos e uma dis-tribuição de renda com mais justi-ça social.

GAZETA - A VOTORAN-TIM CHEGA GRAÇAS AOS IN-CENTIVOS FISCAIS CONCEDI-DOS PELO SEU GOVERNO? OSENHOR SABE QUE A OPOSI-ÇÃO VAI CRITICAR ESSA PO-LÍTICA DE BENEFÍCIOS NASELEIÇÕES?

Silval - É claro e óbvio queeles vão criticar nossa política deincentivos porque ela funciona,mas vou deixar explícito que vouser ainda mais aguerrido nestapolítica. Estas indústrias estão in-vestindo em Mato Grosso porqueo governo oferece condições emeios para que elas aportem aqui,mesmo havendo propostas de ou-tros estados concorrentes. Algu-mas vezes com incentivos aindamaiores.

GAZETA - MESMO SEN-DO DIFÍCIL GOVERNAR E AOMESMO TEMPO FAZER POLÍ-TICA O SENHOR ACREDITAQUE CONSEGUIRÁ SOBRE-POR ÀS DIFICULDADES E DES-LANCHAR SUA CAMPANHAELEITORAL?

Silval - Primeiro de tudo épreciso saber que aqui, neste go-verno não se mistura política elei-toral com administração. Não acei-to que ninguém faça política parti-dária durante o expediente e vouapresentar para a sociedade comoproposta de nosso governo tudoque foi realizado nos últimos 7anos e com um plus a mais, ou seja,melhorar o que a sociedade consi-dera como necessário e implemen-tar as mudanças que vão garantirno futuro a consolidação do pro-cesso de desenvolvimento deMato Grosso com justiça social equalidade de vida, ou seja, quemsempre fez poderá continuar fazen-do mais.

GAZETA - O SEU PARTI-DO O PMDB TEM ENCONTRA-DO DIFICULDADES EM DEFI-NIR SUA PARTICIPAÇÃO NASCOLIGAÇÕES PROPORCIO-NAIS. ISSO PODE CAUSARALGUM PREJUÍZO?

Silval - Não. A legislaçãoeleitoral limita o número de candi-datos e isso dificulta um pouco osentendimentos, mas nada quecomprometa a coligação com osprincipais partidos do arco de ali-

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A SEMANA Cuiabá, 11 a 17 de maio de 2010 - 05

URISMO E CULTURAT

anças, o PT e o PR, além de outrassiglas também essenciais para anossa vitória como o PCdoB, PTN,PSC entre outros. Mesmo que pre-valeça a disputa por candidaturas,todos os partidos estão imbuídosde fazer parte de um programa con-sistente e de avanço para MatoGrosso.

GAZETA - O SR. ACRE-DITA EM APOIO DE OUTROSPARTIDOS CONSIDERADOSGRANDES COMO O PP?

Silval - Sim. Nós conver-samos com todas as siglas, por-que a política é dinâmica e a qual-quer momento pode haver novascomposições. Tudo é uma ques-tão de conversar e definir as prio-ridades que cada um tem. A únicacoisa que dou como certa é que osque me ajudarem a vencer as elei-ções terão lugar e participação di-reta em nossa gestão.

GAZETA - MATO GROS-SO PODE SE TORNAR A VITRI-NE DO MUNDO GRAÇA A COPADO MUNDO DE 2014. QUAISSÃO OS SEUS COMPROMIS-SOS PARA A REALIZAÇÃO DOEVENTO?

Silval - Neste ano nós va-mos investir mais de R$ 100 mi-lhões de recursos próprios paraobras de infraestrutura que garan-tirão uma grande transformação navida das pessoas de todo o valedo rio Cuiabá. Serão mudanças tãoprofundas que direta ou indireta-mente, beneficiarão todo o Esta-do, graças à exposição para todoo mundo das nossas riquezas e po-tencialidades. Mato Grosso mos-trará para o mundo, através dosesforços do nosso povo, que ofuturo é aqui e agora.

GAZETA - HAVERÁ NO-VOS INVESTIMENTOS?

Silval - Sim. E em todas asáreas. Diariamente, sou procuradopor redes hoteleiras interessadasem aqui se instalar. A Copa passa-rá, mas o seu legado ficará. Nãofaltarão esforços e obras que me-lhorarão a qualidade de vida donosso povo, com a melhoria donosso transporte urbano, de nos-sas ruas e avenidas, nosso siste-ma de saúde, nossa segurançapública, enfim, todas as áreas se-rão contempladas. Quem ganharácom isso é o povo, é MT, é o Bra-sil.

Encontro reuniu geraçõesda moda de viola

O mais legítimo som da vi-ola reuniu no último fim de sema-na, na cidade de Poxoréu, as an-tigas e novas gerações de canta-dores de moda sertaneja, um pú-blico cativo que acompanha háoito anos o “Encontro de Violei-ros”, um evento idealizado poramantes da música de raiz que jáentrou para o calendário turísti-co e cultural de Mato Grosso.

O encontro nasceu em ummunicípio que tem em sua forma-ção e raízes culturais a músicacaipira e está se tornando umexemplo de que uma cidade podese renovar e fortalecer por meiode suas tradições e histórias. Oesforço dos idealizadores e par-ticipantes do evento atrai a cadaano mais participantes, sejamamadores ou profissionais quereforçam às novas gerações amúsica caipira de raiz, como a du-pla Zé Mulato e Cassiano, quehá cerca de quatro décadas levao genuíno som da viola a todosos cantos do Brasil.

Aproximadamente trintaduplas de moda de viola se apre-sentaram nos dois dias do Encon-tro organizado pela PrefeituraMunicipal com apoio do Gover-no do Estado. O evento reuniuduplas amadoras e profissionais,

e ainda cantores mirins que des-de muito cedo já tomam gostopela toada da viola.

O palco foi pequeno paragrandes e renomados talentosque embalam as rodas de músicapelo Brasil de muitos ‘brasis’,como Zé Mulato e Cassiano, Au-rélio Miranda e Aurélio Filho,Paulo Cruz e Zé Eduardo, Zé An-tonio e Divaney, Juliana Andra-de e Jucimara que dedilharam naviola uma das bases da formaçãoda música brasileira.

A secretária de Estado deDesenvolvimento do Turismo,Vanice Marques, visitou o muni-cípio para conhecer o evento eficou surpresa com o público pre-sente. “É um evento belíssimo,que mostra o resgate de uma cul-tura importantíssima para nossaformação, para que a geraçãomais jovem se encante e conhe-ça esses talentos. O evento tor-nou-se uma tradição justamentepelo empenho dos idealizadorese pelo público cativo que circulapelo nosso Estado movido pelamúsica de raiz”, disse a secretá-ria, acrescentando que o eventotrouxe um resgate cultural e tu-rístico por meio de um trabalhoda população local.

O cantor Aurélio Miranda,

natural de Poxoréu e residente emCampo Grande (MS), afirma quea música caipira brasileira passapor mais uma etapa de evoluçãocultural. “Com estímulos comoesse temos o que há de mais le-gítimo da música sendo valoriza-do, com a cultura e valores daterra sendo transmitidos de ge-ração a geração, como o exemploque trago aqui, com meu filhoque aprendeu a ouvir comigo ehoje é meu parceiro musical”, dis-se Aurélio.

RANK BRASIL

MT ganha dois recordes e preparamais um na Festa do Queijo Dois recordes brasileiros foram conquistados por

Mato Grosso na última semana, o de maior pamonha e oevento de pesca que reuniu o maior número de equipes parti-cipantes, ambos no município de Cáceres. Agora, outro mu-nicípio de Mato Grosso se prepara para conquistar mais umrecorde, o de maior queijo frescal do mundo. Curvelândia,cidade na região Sudoeste do Estado, está preparando a tradi-cional Festa do Queijo, de 13 a 15 de maio. No evento, umgrupo de moradores se mobiliza para fazer um queijo frescalque na última edição pesou 750 quilos.

Na festa de 2008, técnicos do Rank Brasil atestaramque o queijo de 690 quilos foi o maior produzido no mundo.Para este ano, a expectativa dos moradores é fazer um queijode até uma tonelada. A equipe do Rank Brasil estará na cida-de para fazer a certificação do queijo.

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Cuiabá, 11 a 17 de maio de 2010CORREIO DA SEMANA06

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Projeto pilotoMinistério da Saúde apresenta projeto piloto de pesquisa a

ser desenvolvido em Mato Grosso na área de Zoonoses

Representantes da Secreta-ria de Vigilância em Saúde (SVS) doMinistério da Saúde (MS) apresen-taram um projeto piloto a ser execu-tado em Mato Grosso na área de Vi-gilância em Zoonoses. O projeto“Estratégia Nacional de VigilânciaIntegrada em Zoonoses” é uma ini-ciativa do Centro de Controle deDoenças e Prevenção (CDC), dosEstados Unidos, que buscou par-ceria com o Brasil.

O secretário de Estado deSaúde, Augusto Amaral, recebeu emseu Gabinete, na manhã da quarta-feira (05/05), o coordenador geral deDoenças Transmissíveis do Minis-tério da Saúde, Wanderson Kleberde Oliveira, a representante do Cen-tro de Controle de Doenças e Pre-venção (CDC/USA/Atlanta), SuelyTiboi, o técnico do Centro de Infor-mações Estratégicas em Vigilânciaem Saúde da Secretaria de Vigilânciaem Saúde do MS (CIEVS/SVS/MS),Matheus de Paula Cerroni, e a repre-sentante da Coordenação de Vigi-lância das Doenças Transmitidas porVetores e Antropozoonoses do MS,Daniele Maria Pelissari, para a apre-sentação do projeto e resposta doaceite do Estado.

Segundo Wanderson Kleberde Oliveira a Secretaria de Vigilânciaem Saúde, do MS, cumpre dentrodos seus protocolos, investir empesquisa que dão respostas nas áre-as de Vigilâncias numa possível an-tecipação de surgimento de pande-mias de doenças que são transmiti-das do animal para o homem. “OBrasil já tem outras parcerias com oCDC americano em áreas de pesqui-sa. Mato Grosso foi escolhido porvários fatores: características doecossistema ( que abrange Cerrado,Pantanal e Floresta), capacidade téc-nica instalada tanto da parte físicaquanto de pessoal do estado (CIE-VS), desenvolvimento econômicobaseado no agronegócio, estadosub-sede da copa, por ter fronteirainternacional além de entender dagrande capacidade do estado no seucrescimento e desenvolvimentoeconômico.

Segundo Suely Tiboi o Cen-tro americano buscou vários países

de interesse para a pesquisa, o Bra-sil foi escolhido, e principalmentecom visualização para Mato Gros-so, por entendermos a necessidadede ter crescimento econômico impor-tante na área de produção de alimen-tos, em harmonia com a saúde dohomem e do animal e com o meioambiente.

“De todas as doenças, 75%são de origem zoonótica (animaltransmite para o homem), sendonosso objetivo ter conhecimentosobre as doenças na sua detecção enas respostas. No processo mundi-al vamos ter uma pesquisa pioneira,com atuação conjunta e que serviráde referencia, no seu resultado final,não só para o Brasil, como para omundo”, afirmou Suely Tiboi.

O secretário de Estado deSaúde, Augusto Amaral, disse simao projeto e que vai articular comoutras áreas de governo na partici-pação da pesquisa envolvendo nãosó a Saúde do Estado como a pastado Meio Ambiente, Agricultura, Ins-tituto de Defesa Agropecuária (In-dea/MT). “Mato Grosso sempre es-teve aberto para os avanços nasvárias áreas de pesquisa e tecnolo-gia. Nesse sentido nos sentimos li-sonjeados de podermos contribuircom o Ministério da Saúde e com asorganizações que trabalham com asaúde no mundo na busca do co-nhecimento do comportamento dasdoenças e formas de transmissão, oque vai contribuir, e muito, nas ações

de Saúde do Sistema Único de Saú-de (SUS) no que tange à VigilanciaAmbiental e Epidemiológica. E paraMato Grosso que tem dentre suaslinhas políticas o desenvolvimentosustentável o fator vigilância emSaúde será preponderante”.

Matheus de Paula Cerroni,do CIEVS nacional, depois de ouviro aceite do estado, disse que vaiformalizar junto ao Ministério daSaúde o projeto para Mato Grossosendo essa uma ação institucional.Ficou estabelecido na reunião, se-gundo Matheus de Paula, que ha-verá a primeira reunião oficial de tra-balho na discussão do desenvolvi-mento da pesquisa, cujos critérios emetodologias vão ser criados emconjunto com as instituições envol-vidas será em 25 e 26 de maio, emBrasília. E, em Mato Grosso, nos dias9 e 10 de Junho de 2010.

Participaram da reunião, porMato Grosso, o superintendente deVigilância em Saúde, Oberdan Fer-reira Coutinho Lira, o responsáveltécnico pelo Centro de InformaçõesEstratégicas em Vigilância em Saú-de (CIEVS /MT), Aparecido Alber-to Marques, a coordenadora de Vi-gilância Epidemiológica, SirianaMaria da Silva, o coordenador deVigilância em Saúde Ambiental,Wagner Luis Peres, da superinten-dente de Atenção a Saúde, MariaConceição Vila, e demais técnicosda Saúde.

Suplementos podem reduzirrisco de câncer de mama

O câncer de mama pre-ocupa as mulheres. É o segun-do tipo da doença mais frequen-te no mundo e são esperadospara o Brasil, em 2010, 49.240novos casos, de acordo com oInstituto Nacional de Câncer(Inca). Pois uma descobertapode ajudar a amenizar os nú-meros alarmantes. Suplementosde vitaminas e de cálcio pare-cem reduzir o risco de ter o pro-blema.

O estudo apresentado

no 101° Encontro Anual da As-sociação Americana para Pes-quisa do Câncer, realizado en-tre 17 e 21 de abril, em Washing-ton, Estados Unidos, contoucom 268 pessoas do sexo femi-nino com a patologia e 457 sau-dáveis. Os suplementos vitamí-nicos mostraram diminuir achance de desenvolver câncerde mama em cerca de 30% e, osde cálcio, em 40%.

Jaime Matta, professorda Faculdade de Medicina dePonce, em Porto Rico, disse aosite Science Daily que a pes-quisa sugere que os suplemen-tos de cálcio estão ligados aoaumento da capacidade de re-paro do DNA, um processo bi-ológico complexo que, se inter-rompido, pode levar à enfermi-dade.

Caso tenha pensado emcorrer para a farmácia e comprarum monte de suplementos, tra-te de deixar a ideia de lado. Nãofoi estabelecida a dosagem ide-al para tal feito e o excesso sem-pre é prejudicial. O Inca infor-ma que amamentação, práticade atividade física e alimenta-ção saudável com a manuten-ção do peso corporal estão as-sociadas a uma menor probabi-lidade de adquirir a doença.

Homens tambémpodem ter estrias

Engana-se quem pensaque estrias teimam em marcarapenas o corpo feminino. As li-nhas inicialmente vermelhas e,depois, brancas também incomo-dam os homens, embora em me-nor escala. De acordo com o der-matologista Jorge Mariz, membroda Sociedade Brasileira de Der-matologia (SBD) e responsávelpela Personal Clinic, no Rio deJaneiro, é cinco vezes mais co-mum em mulheres.

Pode-se dizer que 90%dos casos de gravidez evoluempara estria e o homem não ficagrávido. Tem também o fator hor-monal. Não é comum aparecerestria após os 45 anos, mas temse observado que, com a reposi-ção hormonal, surge depois des-sa idade”, disse o médico.

O aspecto clínico em am-bos os sexos é igual e o rompi-mento das fibras elásticas porconta do estiramento da peleacontece principalmente dos 15aos 20 anos. É que uma das cau-sas do incômodo estético é jus-tamente o grande crescimentodurante a adolescência. Enquan-to o homem aumenta muito a al-tura, a mulher desenvolve as ma-mas e alarga o quadril. As moçasficam com marcas principalmen-te nas nádegas, abdômen e ma-mas; e os rapazes nas costas eparte externa das coxas.

E DUCAÇÃO

Capacitação na Seduc viabiliza investimentos nas escolas públicas

LSE: Investimentos nas escolasTécnicos da Secretaria de

Estado de Educação (Seduc) edas 141 Prefeituras do Estadoparticipam de uma capacitaçãopara a aplicação do Levantamen-to da Situação Escolar (LSE),ações previstas no Plano deAções Articuladas (PAR) daEducação. O PAR é uma ferra-menta de gestão do MEC quepossibilita apoio técnico e finan-ceiro às escolas. Já o LSE é o ins-trumento prático que viabiliza es-tes investimentos.

O evento é de grande re-levância para a Educação Públi-ca pois da participação nesse en-contro dependem os investimen-tos financiados pelo Ministérioda Educação (MEC) nos municí-pios (construção, reforma ouequipamento de escolas).

Conforme a coordenado-

ra do PAR em Mato Grosso, Ma-ria Amélia Ramos, o evento é umapromoção das Superintendênci-as de Infraestrutura e de GestãoEscolar da Seduc, em parceriacom o Fundo Nacional de Edu-cação (FNDE).

A capacitação começouna segunda-feira (3/04) e pros-segue por mais uma semana . Desegunda à quarta-feira foram trei-nados representantes de 42 Pre-feituras. Quinta-feira uma novaturma, para técnicos de 50 muni-cípios. Na segunda-feira (10/04)foram capacitados os técnicosdas 49 Prefeituras restantes.

Cada município é repre-sentando por três técnicos, sen-do um da área pedagógica, outroda área de infraestrutra e um daárea de informática. Pelo menos20 técnicos da Seduc, nas mes-

mas áreas, também participam doevento.

A coordenadora do PARexplica que, após o treinamento,os técnicos irão retornar aos mu-nicípios plenamente capacitadospara a inserção de dados no sis-tema do LSE, que é on line. “Estelevantamento é minuncioso e per-mitirá que se tenha uma situaçãoprecisa da realidade de cada es-cola, nos aspectos pedagógico ede infraestrutura”, informa MariaAmélia. “Será possível saber, den-tre outros itens, quais são as re-ais condições de cada cozinha erefeitório de escola”, exemplifica.

A coordenadora porém fazalerta: a escola que não fizer estelevantamento não irá receber re-cursos do MEC para as áreas ci-tadas.

Para esta capacitação, está

em Cuiabá a coordenadora nacio-nal do LSE, Olga de Jesus Bento.Também estão presentes doisconsultores e um colaborador doFNDE, respectivamente Alexan-dre Rios Alves de Andrade, Leo-nardo Guimarães Rodrigues (daSeduc-MT) e Jailson Nogueira(da Secretaria de Educação doMaranhão) e presidente da Uniãodos Dirigentes da Educação Mu-nicipal (Undime), Válter Khun.

Maria Amélia esclareceque o objetivo final do trabalho égarantir uma boa qualidade à Edu-cação Pública. “Esperamos queocorram melhorias se os estudan-tes e os profissionais da Educa-ção estiveram num ambiente dig-no, salubre e com condições parafacilitar o processo de aprendiza-gem”, enfatiza sobre a importân-cia do LSE.

Enade: nova dataEnade tem nova data; exame será

realizado em 21 de novembro

O Exame Nacional deDesempenho de Estudantes(Enade) 2010 será aplicado nodia 21 de novembro. A altera-ção está publicada no DiárioOficial da União da segunda-feira, 3 de maio. O exame seráaplicado às 13 horas, horário deBrasília-DF. A data do exame,que inicialmente estava previs-to para 7 de novembro, foi alte-rada para não coincidir com aaplicação do Enem 2010, queserá realizado nos dias 6 e 7 denovembro.

Neste ano deverão pres-tar o exame os estudantes ma-triculados no primeiro e no últi-mo anos dos cursos de bacha-relado em Agronomia, Biomedi-cina, Educação Física, Enferma-gem, Farmácia, Fisioterapia, Fo-noaudiologia, Medicina, Medi-cina Veterinária, Nutrição, Odon-tologia, Serviço Social, TerapiaOcupacional e Zootecnia, e doscursos superiores de tecnologiaem Agroindústria, Agronegóci-os, Gestão Hospitalar, GestãoAmbiental e Radiologia.

A relação dos partici-pantes selecionados será divul-gada até o dia 20 de setembro,pelo Instituto Nacional de Es-tudos e Pesquisas EducacionaisAnísio Teixeira (Inep). Estãohabilitados ao Enade 2010 osestudantes ingressantes queaté o dia 02 de agosto tiveremconcluído entre 7% e 22%, in-clusive, da carga horária míni-ma do currículo do curso da IES,e os estudantes concluintes queconcluído pelo menos 80% dacarga horária mínima do currí-culo do curso da IES ou que te-nham condições acadêmicas deconclusão do curso no ano le-tivo de 2010.

Estão dispensados doEnade 2010 os estudantes quecolarem grau até o dia 31 deagosto de 2010 e aqueles queestiverem oficialmente matricu-lados e cursando atividadescurriculares fora do Brasil, nadata de realização do Enade2010 em instituição convenia-da com a IES de origem do es-tudante.

Toda criança precisaaprender a ler e ter direito a estu-dar, mas também precisa ter umainstrução de valores. Serão es-sas duas dimensões, o cogniti-vo e a construção de valorescomo respeito e igualdade, queirão fazer a educação. É o queacredita o professor José Fran-cisco Soares, membro do Con-selho de Governança do movi-mento Todos Pela Educação. Ementrevista ao portal, o consultoreducacional do Grupo Santilla-na no Brasil pontuou que a edu-cação vai além dos livros, e quea escola é responsável por ape-nas uma parte do processo, eque assim como a instituição, a

família e a comunidade devemcumprir os seus papeis.

“A escola é responsáveldireta pela alimentação do ladocognitivo, não que ela deixe deabraçar os outros aspectos, mas asua maior prioridade é essa. A fa-mília, as organizações da socieda-de civil e a comunidade devementrar justamente nessas outrasáreas”, diz o professor.

O Brasil em uma boa faseQuanto ao panorama da

educação nacional, José avalia queo momento é positivo para o ensi-no no Brasil, já que o aluno é colo-cado no foco das iniciativas, semdeixar que os outros envolvidos

no processo sejam desassitidos.Em relação as carências do

sistema educacional brasileiro, oconselheiro do Todos Pela Educa-ção é direto: “Nós temos tudo queprecisamos, mas não usamos tudoque temos. A educação nacionalprecisa de rotina, a escola precisafuncionar todos os dias, o profes-sor precisam estar presentes e oaluno envolvido. Nós só precisa-mos usar os recursos que temos”.

Diversidade pedagógicaQuando questionado so-

bre a aplicabilidade dos instrumen-tos de educação no processo deaprendizagem, José afirma que énecessária a adequação dos cami-

Estresse no trabalho pode trazerrisco de doença do coraçãoMulheres com empregos

estressantes enfrentam maiorrisco de desenvolver doençasdo coração. De acordo com umapesquisa dinamarquesa, a chan-ce é 50% mais elevada quandocomparada com a de quem con-sidera seu trabalho administrá-vel.

Os cientistas chegarama essa conclusão ao analisar asaúde de 12.116 enfermeirascom idades entre 45 e 64 no iní-cio do estudo. Ao longo dos 15anos de acompanhamento, 580participantes foram hospitaliza-das com patologias relaciona-das ao coração, sendo 138 comataque cardíaco, 369 com angi-

na e 73 com outros tipos de en-fermidades cardíacas.

Mesmo depois de deta-lhes do estilo de vida, como ta-bagismo, serem levados em con-ta, a probabilidade adicional per-maneceu elevada: 35%. Yrsa An-dersen Hundrup, que conduziuo estudo no Hospital Universi-tário Glostrup, na Dinamarca, dis-se ao jornal Daily Mail que asmulheres mais velhas talvez te-nham menor risco do que as jo-vens por terem abandonado suascarreiras.

Os resultados foram di-vulgados na publicação Occupa-tional and Environmental Me-dicine.

Especialista: crianças têm que aprender a ter valoresnhos pedagógicos, que têmcomo objetivo o aprendizado,para cada situação.

E para analisar essesavanços e desafios, Franciscodestaca a atuação positiva dosinstrumentos avaliativos, comoas Cinco Metas da Educação, de-fendidas pelo movimento TPE.“A meta parte do direitos doscidadãos e esses instrumentosvão avaliar justamente onde nosencontramos em relação a proxi-midade com esses direitos. Es-ses movimento de apoio a avali-ação da educação são de gran-de contribuição, mas não podemsubstituir o boa injeção pública”,conclui.

Page 7: Jornal Correio Semana

CORREIO DA SEMANACuiabá, 11 a 17 de maio de 2010 07

A SSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Fronteira: Comissão busca soluçõesDeputado Azambuja promove reunião com IBAMA e INDEA e quer definições rápidas

Em reunião da ComissãoEspecial de Integração MT/Bolí-via, da qual o deputado estadualAntonio Azambuja (PP) é presi-dente, foram debatidas questõesrelacionadas ao trafego de ani-mais na fronteira e a importaçãoe exportação de madeiras, comometragem e regulamentação deleis entre os dois países, em bus-ca de soluções relacionadas aoIBAMA e INDEA.

Estiveram presentes a di-

retora técnica do INDEA, MariaAuxiliadora Diniz e o superinten-dente do IBAMA, Ramiro Mar-tins Costa, o deputado Azambu-ja e o assessor jurídico das Co-missões Temáticas da Assem-bleia Legislativa, advogado JoséLacerda.

Por se tratar de assuntosque levantam grande polêmica,como a desinfectação dos pneusdos caminhões que cruzam diari-amente a fronteira, que faz com

que o liquido escorra para den-tro de um riacho localizado emCorixa, divisa de Cáceres com aBolívia, a técnica do INDEA res-saltou que as questões coloca-das em discussão serão levadasà presidência do órgão.

“Em relação a vacinaçãocontra a febre aftosa que estásendo colocada em pauta, con-versarei com a diretoria do IN-DEA para que busquemos umasolução, que atenda aos dois

países sem constrangimento paranenhum dos lados. Acredito queno que couber ao INDEA, trare-mos para a próxima reunião, so-luções plausíveis”, afirma MariaAuxiliadora.

Na opinião de José Lacer-da muitas coisas que estão sen-do barradas não estão previstasno acordo firmado entre os doispaíses.

“Muitas coisas não estãosendo cumpridas, por ambas as

partes, é preciso educar mais emelhor o povo dos dois lados”.

O deputado Azambujaressalta que esta segunda reu-nião teve melhor proveito e acre-dita que as questões estão sen-do esclarecidas passo a passo.A primeira reunião foi com o su-perintendente da Policia Rodo-viária Federal.

“Para a próxima reuniãoentraremos em contato com to-dos os órgãos envolvidos para

que apresentem a definição doque podemos avançar em cadasetor, o IBAMA, INDEA, GE-FRON, PRF e a Receita Federal.Espero que esta terceira reunião,que vamos tentar agendar paraesta semana, ao menos cinco dasentidades envolvidas possamestar presente para que possa-mos dar um enfoque diferente,solucionando as questões, prin-cipalmente no que diz respeito anossa fronteira aqui no MT.

Sérgio Ricardo trabalha paratransformar lagoas da Sadia em

complexo poliesportivoO deputado Sérgio Ricar-

do (PR) participou de uma reu-nião com o Ministério Público,técnicos da Secretaria Estadualde Meio Ambiente (Sema) e re-presentantes da Sadia para tra-tar da recuperação e possíveldoação da área onde se encon-tram as lagoas de tratamento deresíduos do frigorífico da em-presa, em Várzea Grande.

Segundo o parlamentar,a Sadia inaugurou recentemen-te uma nova Estação de Trata-mento de Efluentes, agora loca-lizada no pátio interno da indús-tria, possibilitando a desativa-ção gradual dessas lagoas detratamento que fazem parte deuma área de quase 30 hectares,que engloba ainda uma signifi-cativa extensão de mata nativaàs margens do rio Cuiabá.

“O que eu defendo é atransformação destas lagoas emum complexo poliesportivo e delazer. Há 36 anos, esta área exalamau cheiro e atormenta a popu-lação que merece uma compen-sação”, disse o deputado. Se-gundo ele, na reunião se discu-tiu a implantação de um Termode Ajustamento de Conduta(TAC).

Sérgio Ricardo acredita

que vai ser possível a doaçãoda área para o Estado. Ele pro-põe que a empresa além da do-ação invista nas obras de cons-trução do centro poliesportivo.“Já o governo pode comple-mentar estas obras. A propostaé que no local sejam construí-das pista de caminhada, cam-pos de futebol, enfim, que estecomplexo possa ser utilizadodurante a Copa do Mundo de2014”.

O Estado de Mato Grossocompletou 262 anos no domingo(09.05). Para comemorar a data,muitos eventos foram realizadosem Cuiabá e outros municípiosdo estado. O autor da Lei nº 8.007,de 26 de novembro de 2003, quecria a data,é o deputado João Ma-lheiros (PR).

Os municípios de Cáce-res, Luciara, Paranatinga, Cha-pada dos Guimarães, Santo An-tônio do Leverger, Várzea Gran-de, Acorizal, Tangará da Serra,Alta Floresta, Barra do Garças,Rondonópolis e Sinop, tiveramuma extensa programação parao aniversário de Mato Grosso.

A data de aniversário nãodetermina feriado, porém faz par-te do calendário oficial do estado,que geralmente tem eventos co-memorativos no período de 1º anove de maio. Esses, acontecemem geral nas sedes dos poderesestaduais e municipais, corpora-ções militares e nos estabeleci-mentos de ensino público e pri-vado. O autor da lei lembra quequando os órgãos não têm a opor-tunidade de realizar grandes pro-gramações, ao menos hasteiama bandeira de Mato Grosso e exe-cutam o hino estadual.

“Precisamos ter um mo-mento comemorativo e a data doaniversário apesar de ter sidocriado em 1748, MT só passou ater uma data comemorativa hásete anos.

Riva cobra retomada das obras do Memorial RondonO presidente da Assem-

bleia Legislativa, deputado JoséRiva (PP), disse que vai encami-nhar requerimento ao governa-dor Silval Barbosa (PMDB) paraque sejam priorizadas retoma-das das obras inacabadas noEstado. Nesta documentação, odeputado explicou que terá des-taque especial o Memorial Ron-don, situado no Distrito de Mi-moso, município de Santo An-tonio do Leverger. As obras es-tão paralisadas há pelo menostrês anos e a população cobra aconclusão da mesma.

“É um bom momentopara lembrarmos do compromis-so que o governo fez e que ain-da não concluiu”, disse Riva, sereferindo a 5 de maio, data co-memorativa ao Dia da Comuni-cação. “A retomada dessa obraseria um reconhecimento ao pa-trono das Comunicações”, des-tacou o deputado.

No projeto original apre-sentado pelo Poder Executivo,o Memorial, que está construí-do exatamente no local ondenasceu Rondon, prevê tambéma construção do aeródromo San-tos Dumond, para aeronaves depequeno porte, balonismo e ae-romodelismo; de uma estradaturística, que dará acesso à co-munidade; a restauração de ca-sarios antigos.

Todo programa de pla-nejamento das obras estavamprevistos serem investidos R$

10 milhões para a implementaçãode todo o Plano Diretor. “Con-cluído, o memorial terá a funçãode apoio ao ecoturismo e educa-

ção, proporcionando a inclusãosocial da comunidade do distri-to de Mimoso e região”, lem-brou Riva.

MT comemora262 anos

CET

Gestores eficazO município de Aripuanã vai

sediar, no dia 13, o primeiro de oitociclos de capacitação ‘Gestão Eficaz’que será realizado este ano pelo Tri-bunal de Contas de Mato Grosso. Noevento, estão reunidos prefeitos, ve-readores, secretários municipais, con-tadores, assessores jurídicos e diri-gentes municipais e estaduais dascidades de Apiacás, Castanheira,Colniza, Cotriguaçu, Juara, Juína, Ju-ruena, Nova Bandeirantes e NovaMonte Verde.

O objetivo é levar conheci-mentos diretamente relacionados àadministração pública. Dentre eles, ospontos relevantes do projeto de Leide Qualidade e as alterações orça-mentárias, contas em período eleito-ral, controle interno, despesa públi-ca, licitação e contratos.

A equipe técnica do Tribu-nal também irá ministrar palestras so-bre aumento de subsídio frente à re-visão geral anual, verba indenizató-ria e duodécimo e limite de despesatotal do PL (EC 58/09) do Poder Le-gislativo, agentes comunitários desaúde, impacto da obrigatoriedade doCNPJ para os fundos municipais,entre outros temas.

“Dentro dos preceitos daEducação Corporativa, a iniciativa doTribunal visa interiorizar suas açõeslevando aos jurisdicionados os co-nhecimentos técnicos para a corretaaplicação dos recursos públicos, ga-rante qualidade das políticas públi-cas”, disse a diretora da Escola Su-perior de Contas, Marlene de Olivei-ra Silva, responsável pela preparaçãodos eventos.

A secretária Geral de Contro-le Externo do TCE, Risodalva de Cas-tro, pontuou que a ação está alinha-da ao Planejamento Estratégico dainstituição. Os temas para qualifica-

TCE fará capacitação para gestores em 8 municípios

Consulta sobre controleinterno é respondida

Em resposta à consulta sobre a obrigato-riedade da criação de controle interno nas Câma-ras de Vereadores, o Pleno do Tribunal de Contasde Mato Grosso informou que, por meio de leimunicipal, pode ser autorizada a criação de umaúnica unidade de controle interno para atuar comoórgão central do sistema e atendendo aos doisPoderes (Executivo e Legislativo), mas sob a res-ponsabilidade do executivo.

Outra observação do Tribunal Pleno é quena lei, a ser criada, deve ser estabelecida as obri-gações de cada Poder. Ainda nesse modelo uno,em caso de omissão reiterada da Unidade de Con-trole Interno do Executivo em relação aos inte-resses do Legislativo, cabe proposta de lei pararevogar a utilização compartilhada dessa mesmaestrutura. Do contrário será caracterizado a omis-são do Legislativo em solucionar a demanda pe-rante esta Corte de Contas.

Contudo, o TCE chama atenção para o fatodesses entes municipais terem o dever de organi-zar, cada qual, o seu receptivo sistema de contro-le interno. A consulta foi formulada pelo presi-dente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereadorDeucimar Aparecido da Silva e respondida nasessão do dia 4/5 pelo relator Humberto Bosaipo.

Fundos de Prev. podemconstituir fundo de reserva

Os Regimes Próprios de Previdência Socialpodem constituir fundo de reserva para o exercícioseguinte com sobras do custeio das despesas ad-ministrativas. A informação é conteúdo da resolu-ção de consulta nº 32/2010, deliberada pelo Tribu-nal de Contas após julgamento do processo deconsulta apresentado pelo Instituto de Previdên-cia Social de Comodoro.

Acompanhando do parecer da consultoriatécnica e ministerial, o conselheiro relator WaldirTeis pontuou algumas condições para utilizaçãodas sobras destinadas a despesas administrativasdo RPPS. A constituição da reserva deve feita apartir da vigência da portaria nº 183/2006 do Mi-nistério da Previdência Social, deve estar previstaem lei, a taxa administrativa não pode ultrapassar olimite de 2%.

Dessa forma, não haverá irregularidadequando a taxa de administração no exercício exce-der a 2%, desde que o excesso se refira à reservaconstituída a partir da vigência da portaria. A con-tabilização da reserva deve ser debitada em despe-sas contingenciadas e creditada em reservas paracontingências.

O limite constitucional previsto para des-pesas administrativas dos RRPS é de 2% do valorda remuneração, proventos e pensões dos segu-rados do exercício anterior.

ção também têm por referência aten-der a solicitação do conselheiro JoséCarlos Novelli, que indicou a aborda-gem de assuntos relacionados às ir-regularidades apontadas nos relató-rios de contas anuais nos últimos trêsanos.

Risodalva completa que acapacitação também irá debater tópi-cos atuais no cenário da administra-ção pública, bem como outros assun-tos indicados pelos próprios jurisdi-cionados. “Também será realizadauma apresentação do PlanejamentoEstratégico do TCE sob uma visãogeral e os impactos para os municípi-os e os principais produtos e ativida-des da instituição”, completou.

O próximo Ciclo será realiza-do em Água Boa, no dia 25 de maio.Estarão presentes representantes dosAraguaiana, Barra do Garças, Campi-nápolis, Canarana, Cocalinho, Gaú-cha do Norte, Nova Nazaré, NovaXavantina, Novo SantoAntônio,Novo São Joaquim, Pontaldo Araguaia, Querência, RibeirãoCascalheira e Torixoréu.

Segue o cronograma com demaisCiclo a serem realizados nointerior do Estado e Cuiabá

27 de maio em Vila Rica -Participantes: Alto da Boa Vista, BomJesus do Araguaia, Canabrava doNorte, Confresa, Luciara, Porto Ale-gre do Norte, Santa Cruz do Xingu,Santa Terezinha, São Félix do Ara-guaia, São José do Xingu e Serra NovaDourada.

10 de junho em Primavera doLeste - Municípios Participantes: AltoAraguaia, Alto Garças, Alto Taquari,Araguainha, Campo Verde, DomAquino, General Carneiro, Guiratin-ga, Itiquira, Jaciara, Juscimeira, NovaBrasilândia, Paranatinga, Pedra Pre-

ta, Ponte Branca, Poxoréu, Planaltoda Serra, Ribeirãozinho, Tesouro,Rondonópolis, São José do Povo,São Pedro da Cipa e Santo Antôniodo Leste.

19 de agosto em Sinop - Par-ticipantes: Alta Floresta, Carlinda.Cláudia, Colíder, Feliz Natal, Guaran-tã do Norte, Ipiranga do Norte, Ita-nhangá , Itaúba, Lucas do Rio Verde,Marcelândia, Matupá, Nova Canaãdo Norte, Nova Guarita, Nova SantaHelena, Novo Horizonte do Norte,Novo Mundo, Nova Maringá, NovaMutum, Nova Ubiratã, Paranaíta, Pei-xoto de Azevedo, Porto dos Gaúchos,Santa Carmem, Santa Rita do Trivela-to, São José do Rio Claro, Sorriso,Tabaporã, Tapurah, Terra Nova doNorte, União do Sul e Vera.

17 de agosto em Tangará daSerra

Participantes: Brasnorte, Bar-ra do Bugres, Campo Novo dos Pa-recis, Campos de Júlio, Comodoro,Denise, Nova Marilândia, Nova Olím-pia, Porto Estrela, Santo Afonso eSapezal.

16 de setembro em São Josédos Quatro Marcos - Participantes:Araputanga, Cáceres, ConquistaD’Oeste, Curvelândia, Figueirópolisdo Oeste, Glória do Oeste, Indiavaí,Jauru, Lambari D’Oeste, MirassolD’Oeste, Nova Lacerda, Pontes eLacerda, Porto Espiridião, Reserva doCabaçal, Rio Branco, Rondolândia,Salto do Céu, Vale de São Domingose Vila Bela da Santíssima Trindade.

11 de novembro em CuiabáParticipantes: Acorizal, Alto

Paraguai, Arenápolis, Barão de Mel-gaço, Chapada dos Guimarães, Dia-mantino, Jangada, Nobres, Nortelân-dia, Nossa Senhora do Livramento,Poconé, Rosário Oeste, Santo Antô-nio do Leverger e Várzea Grande

TCU apresenta fiscalização de obras da Copa de 2014Atento à importância da

realização da Copa do Mundo de2014 no Brasil, o Tribunal de Con-tas da União (TCU) apresentouna terça-feira (11) o modelo de fis-calização das ações que prepara-rão o país para sediar o campeo-nato. O TCU e os tribunais decontas estaduais e municipaisformarão parceria com o objetivo

de fortalecer a fiscalização preven-tiva, aproximar as metodologias decontrole e oferecer à sociedade in-formações tempestivas sobre ouso do dinheiro público com a re-alização do mundial de futebol.

Os dados sobre auditoriase acompanhamentos ficarão dis-poníveis na internet, em site espe-cífico que foi apresentado também

no dia 11, e cada tribunal será res-ponsável por publicar documen-tos e informações sobre os per-centuais de execução física e fi-nanceira das obras que fiscalizar.

As obras que receberãorecursos públicos envolvem cons-trução e reforma de estádios e lo-comoção urbana, como pistas paraônibus e veículos sobre trilhos. O

financiamento dos projetos pode-rá ser feito pelo Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômico eSocial (BNDES) e pela Caixa Eco-nômica Federal. A execução seráde responsabilidade dos estadose municípios que receberem o re-passe e a competência para fiscali-zar é dos tribunais de contas esta-duais e municipais, pois nesses

casos o recurso deixa de ser fede-ral.

As obras realizadas direta-mente pela União, a exemplo deportos e aeroportos, e ações deorganização da Copa executadaspor órgãos federais serão fiscali-zadas pelo TCU. O tribunal tam-bém vai analisar empréstimos con-cedidos pelo BNDES e pela Caixa

a estados e municípios.As obras realizadas direta-

mente pela União, a exemplo deportos e aeroportos, e ações deorganização da Copa executadaspor órgãos federais serão fiscali-zadas pelo TCU. O tribunal tam-bém vai analisar empréstimos con-cedidos pelo BNDES e pela Caixaa estados e municípios.

Pleno julga improcedentedenúncia contra Prefeitura

Acolhendo parecer do Ministério Pú-blico de Contas, o Tribunal Pleno julgou im-procedente denúncia contra a Prefeitura Mu-nicipal de Alto Paraguai. Denunciado por su-posta aquisição de imóvel sem a devida autori-zação legislativa, o atual gestor Adair José Al-ves Moreira apresentou documentos compro-vando a legalidade da compra.

Segundo voto do relator, conselheiroAlencar Soares, o Projeto de Lei para a aquisi-ção de imóvel para o funcionamento de ProntoSocorro Familiar foi aprovado pela CâmaraMunicipal de Alto Paraguai, em sessão reali-zada no dia 17 de abril de 2009. O valor acorda-do entre as partes e pago pelo gestor (R$ 35mil) também não foi considerado abusivo.

Page 8: Jornal Correio Semana

CORREIO DA SEMANA08 Cuiabá, 27 de abril a 03 de maio de 2010