jornal batista nº 18-2015

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 18 Domingo, 03.05.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Dia Batista de Ação Social Submissos a Cristo contra a violência doméstica Leia na próxima edição: Convenção Batista Brasileira lança a Carta de Gramado e decisões do Conselho Geral em sua reunião de abril

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Com o tema "Submissos a Cristo contra a violência doméstica", a edição desta semana do Jornal Batista dedica-se ao Dia Batista de Ação Social. Nas páginas 08 e 09 encontramos alguns estudos para auxiliar no trabalho em sua igreja. Trazemos também como destaque nesta edição, notícias sobre os eventos que têm acontecido no meio da nossa juventude batista brasileira. Confira também: - A grande serpente da atualidade (pág. 05); - Três anos de lutas por um novo Haiti (pág. 11); - Despertar 2015: as inscrições já estão abertas! (pág. 14); - Ética pastoral: tratando os outros como gostaria de ser tratado (pág. 15).

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Page 1: Jornal Batista nº 18-2015

1o jornal batista – domingo, 03/05/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 18 Domingo, 03.05.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Dia Batista de Ação Social

Submissos a Cristo contra a violência doméstica

Leia na próxima edição:

Convenção Batista Brasileira lança a Carta de Gramado e decisões do Conselho Geral em sua reunião de abril

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2 o jornal batista – domingo, 03/05/15 reflexão

E D I T O R I A L

Dia Batista de Ação Social

O que busca a de-nominação Batis-ta quando institui um dia especial-

mente dedicado à ação so-cial? As respostas podem ser muitas, mas uma delas é necessária: ser coerente com o Evangelho ensinado por Jesus.

Dentre os vários modos possíveis de ser igreja, não há nenhum que possa igno-rar os mais fragilizados da sociedade e manter-se fiel aos ensinos de Jesus. Não há como ler os evangelhos, ignorar o sofrimento alheio e conseguir considerar-se um discípulo fiel de Jesus.

Em todo o tempo o Mestre enfatizou a importância de se amar as pessoas, fazendo dessa orientação Seu man-damento principal, como relata Mateus 22.36-40. E Ele deu um balizamento a esse mandamento: importar-se com o outro como se importa consigo. Tendo isso em men-te, Jesus afirma: “Em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7.12). Qualquer eventual dúvida é desfeita com a nar-rativa de Mateus 25.31-46, quando Jesus se identifica com os marginalizados e sofridos, ensinando-nos que os atos genuínos de culto passam necessariamente pelo cuidado prático às pessoas que sofrem. E o seu oposto

lógico: não há fidelidade genuína sem o engajamento real com essas pessoas.

Seus apóstolos ensinaram o mesmo. Paulo afirma que devemos nos dedicar “Uns aos outros com amor frater-nal” (Rm 12.10). Tiago ensina que “A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada, é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mun-do” (Tg 1.27). E João afirma que nosso amor não deve ser só de palavras, mas em “Ação e em verdade” (I Jo 3.18). Seria possível listar outros textos que repetem essa mesma mensagem, mas seria necessário? Há ainda al-guma dúvida de que Deus se importa com os que sofrem?

Como todos temos dificul-dade em enxergar o claro e evidente, cabe (re)afirmar que o modo como Deus ex-pressa o seu amor e cuidado com os sofridos neste mundo passa pela ação da igreja. Foi isso que Jesus ensinou em Mateus 5.13-16 quando disse que nós, Igreja do Senhor, somos sal e luz do mundo. Serão os nossos atos que da-rão visibilidade do amor de Deus: “Brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 5.16).

Se o cuidado pelo outro é um ensino central nos evan-

gelhos e nós, batistas, fun-damentamos nossa fé nos ensinos de Jesus e seus após-tolos, o mais natural seria que nossas igrejas estivessem en-volvidas intensamente com ação social. Mas será essa a realidade? Sabemos que não.

É certo que há muitas igre-jas que lutam “Pelos direi-tos do órfão e defendem a causa da viúva” (Is 1.17) e que envolvem seus recursos financeiros e humanos no cuidado dos mais frágeis, cumprindo o que nos ensi-nou Jesus: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mt 9.12). Mas, há muitos que, simplesmente, ignoram os ensinos do Mestre. E essa realidade, em intensidades amplamente diferenciadas, envolve a todos nós.

O Dia Batista de Ação Social pode então ser per-cebido, diante do exposto, sob duas perspectivas. Cer-tamente uma data de cele-bração do que fazemos em nome de Deus, para o bem da criação de Deus, visando a glória de Deus. Dia de se alegrar por podermos ter o privilégio de participarmos ativamente da obra reden-tora de Deus, expressando em atos concretos o imenso amor que Ele tem por toda a sua criação. E não é pouco o que a denominação Batis-ta realiza em benefício dos mais fragilizados em nosso

Brasil e em vários países. Ao mesmo tempo, incita-nos a um dia de arrependimento por percebermos em nós as marcas do que há de mais desprezível na humanida-de. Dia para reconhecermos nosso egoísmo, nosso medo, nossa indiferença homicida, nosso cinismo que consegue vislumbrar bênção de Deus, onde só existe mesquinhez. Nossa vaidade revestida em frágil piedade explicitada em nossos sonhos de grandeza, nossa desobediência da Pala-vra de Deus, sob inconsisten-tes expressões de culto.

Esse dia nos ajuda a reco-nhecer quem somos: discí-pulos em caminhada que dialoga com o Espírito Santo, mas flerta com as errantes propostas malignas. E mais, que é possível a celebração conjugada ao arrependimen-to. Aliás, só há verdadeira celebração cristã após o ge-nuíno arrependimento, afinal, como lamentou Paulo em Romanos 7.18-20, vivemos uma contradição inevitável. O que não podemos é ignorar as verdades do Evangelho de Jesus Cristo e negar a nossa fé.

Celebremos com humilda-de e sonho o Dia Batista de Ação Social!

Remy Damasceno, pastor,coordenador do

Departamento de Ação Social da Convenção Batista

Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 03/05/15reflexão

(Dedicado a exemplar lei-tora de OJB, Edla Lins de Oli-veira, da Igreja do Catete - RJ)

Uma das mais di-vulgadas peças da música erudita é o coro “Aleluia”.

Por isso, é muito conhecido pelo cidadão comum (até mesmo pelo ateu) esse tre-cho do oratório religioso “Messias”. Com aquele coro, Haendel contribuiu grande-mente para o louvor de Deus e o orgulho da Inglaterra; é um perfeito exemplo da ma-estria de Haendel.

Em 1732, com a produção de oratórios de um novo tipo, Haendel iniciou também uma nova fase em sua vida (ver: Christopher Hogwood, Haendel. London: Thames and Hudson, 1988).

Ao compor esta obra, Ha-endel teve uma sublime ins-piração; ele confessou: “Pen-sei que estava vendo o céu diante de mim” (ver: Julian Herbage, Messiah. London: Max Parrish, 1948).

Diferentemente de Johann Sebastian Bach (1685-1750), cuja “Paixão, segundo São Mateus” durante um século ficou esquecida pelos músi-cos da Alemanha, seu com-patriota e contemporâneo Georg Friedrich Haendel (1685-1759) sempre viveu cercado pela fama. Aos 53 anos de idade, Haendel já era famoso: sinal do sucesso da sua carreira musical em Londres, foi a construção de uma estátua no parque de Vauxhall pelo escultor fran-cês Louis François Roubiliac, que, em 1761, ergueu na Abadia de Westminster um monumento ao compositor recentemente falecido (ver: Tim Blanning, O triunfo da música. São Paulo: Cia. das Letras, 2011).

O oratório “Messias” es-treou no “New Musick Hall”, em Dublin (Irlanda), em um concerto beneficente, em 13

de abril de 1742 (OJB, 16 e 30 abr 1978).

Em Londres (Inglaterra), em 1743, a recepção a Ha-endel e ao seu novo oratório foi hostil; havia oposição à execução de música religio-sa nos teatros; a obra só foi apreciada a partir de 1750 (ver: Edmond Lemaître, Gui-de de la Musique Sacrée – L’ âge baroque. Paris: Fayard, 1992). Até 1759, época da morte de Haendel, o oratório tinha sido apresentado 56 vezes. Além de óperas, Ha-endel compunha e executava obras religiosas, para um pú-blico voluntário de ouvintes, constituído de nobres e bur-gueses, que queriam assistir a um concerto musical. Em cada compasso, Haendel procurou obter a atenção do público pagante.

O povo inglês identificou--se com este oratório de Ha-endel, que dava a um tema sério (a glória do Messias) o esplendor de sua música, e à aspiração nacional (o desenvolvimento econômi-co e a expansão colonial) um motivo de orgulho (ver: Hans A. Neunzig, Uma nova música europeia. Bonn: Inter Nationes, 1985).

Em 1978 o Departamento de Música, que existia na estrutura da Convenção Ba-tista Brasileira, publicou a partitura de canto do orató-rio. Na ocasião, escrevemos: “Agora, trechos poderão ser executados. Desejamos que sejam cantados pelos coros das Igrejas Batistas do Bra-sil”. No decurso de 40 anos (1956/1996) escrevemos oito artigos, sempre incentivando várias gerações de músicos e apreciadores de música sa-cra. Nisto, associamo-nos às palavras de Bernard Holland: “A arte religiosa opera sob o princípio de que Deus quer o melhor” (NYT, 13 dez 07).

A vitória de Jesus é cele-brada pelo famoso coro “Ale-luia”; depois de uma curta

fanfarra. Sustentada pelos trompetes e timbales, segue--se a exclamação do coro, no estilo do coral protestante.

A revista “Veja” pretendeu orientar seus leitores em Bra-sília em como escapar da fo-lia (música popular) durante o Carnaval, mas não encon-tramos nenhuma matéria so-bre como aproveitar o tempo ouvindo música erudita.

Desde 1956 temos o costu-me de ouvir o “Messias” du-rante o Carnaval, a Semana Santa ou o Natal. A primeira vez que ouvimos esse orató-rio, na íntegra, foi por meio de um disco LP, gravado em 1954, com o Coro da Socie-dade Coral de Huddersfield e a Orquestra de Liverpool, sob a regência de Malcolm Sargent, na residência do es-cultor Leonardo e da cantora lírica Eunice Lima Vianna da Cunha Lima (OJB, 13 set 1956). Na década de 90, pas-sei aos CDs de Colin Davis e Neville Marriner.

Em 2006, a Music Critics Association votou as melho-res gravações: em LP - Colin Davis (1966), Neville Mar-riner (1976) e Christopher Hogwood (1980); em CD – Andrew Davis (1990), Chris-topher Hogwood (1991), Colin Davis (1993), Neville Marriner (1995), Robert Shaw (2004) e Charles Mackerras (2006).

A primeira vez que esta coluna musical registrou a execução do coro “Aleluia” por uma instituição musical evangélica foi no primeiro concerto do Coral “Excel-sior”, em 19 de novembro de 1951, regido por Guilherme Loureiro (OJB, 13 dez 1951).

Foi em 20 de novembro de 1954 que, pela primeira vez, ouvimos, em uma Igreja Batista (a de São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro), o trecho do “Messias”, nº 23, “Ele foi desprezado”, pela contralto Wilsênia Sales, e o de nº 24, “Sobre Si caíram

as nossas dores”, pelo coro, sob a regência de Heitor Ar-golo (OJB, 13 jan 55). Na época eram raros os trechos do oratório traduzidos para o português.

Em nossa modesta opinião, as interpretações do “Mes-sias” deveriam satisfazer al-guns requisitos referentes à capacitação dos intérpretes e algumas condições necessá-rias a um bom desempenho.

Para bem executar a parti-tura de Haendel, o regente deve discernir entre os es-tilos de uma performance convenientemente barroca; ele deve observar a urgência narrativa da obra e exigir a clareza nos solos vocais.

Os mais incisivos comen-tários da orquestra aparecem no acompanhamento das árias “O thou that tellest” (nº 9a) e “Rejoice greatly” (nº 18). Os instrumentistas devem parecer que respiram juntamente com os solistas vocais. O trompetista deve provar sua habilidade técnica no trecho “The trumpet”.

Nos trechos mais difíceis atribuídos ao coro, como, por exemplo, o de nº 28, “He trusted in God” (Ele confiou em Deus), em que o popula-cho de Jerusalém zomba de Jesus, o teor dramático surge no canto transparente dos co-ristas e na execução coerente da orquestra.

Os coristas, no trecho nº 4, “And the glory of the Lord shall be revealed (E a glória do Senhor será revelada), dão um caráter cadenciado e alegre à interpretação.

A soprano solista deve emi-tir um som delicado, espe-cialmente nos limites supe-riores da voz. Na ária nº 18, “Rejoice greatly, o daughter of Zion!” (Regozija-te, gran-demente, ó filha de Sião!), deve mostrar uma técnica ágil.

À voz da contralto solista, profunda e clara, por exem-plo no trecho nº 9a, “O thou

that tellest good tidings to Zion” (O tu que anuncias boas novas a Sião), não deve faltar energia.

O tenor solista deve evi-tar a aceleração da emis-são vocal. No trecho nº 2, “Comfort ye, comfort ye my people” (Consolai o meu povo), quando se aproxima de passagens agitadas, deve cantar em uma mistura de ternura e equilíbrio.

O baixo solista deve pos-suir um som robusto e uma emissão severa, em uma ária algo deprimida, o tre-cho nº 48, “The trumpet shall sound” (A trombeta soará).

Nos coros, Haendel usou livremente sua considerável experiência, desenvolvida na música-de-igreja (“Lau-date Pueri” e “Dixit Domi-nus”).

Enquanto os recitativos “accompagnato” desempe-nham um importante pa-pel na descrição dos mais dramáticos momentos do oratório, às árias Haendel reservou uma nova função. Durante a década preceden-te (1731-1741), Haendel, gradualmente, abandonou a tradição operística italiana; ele se interessou pelos novos gêneros ingleses e deixou de depender dos hábitos das estrelas da ópera.

Então, criou-se o novo tipo de oratório inglês. No “Messias” encontramos as importantes árias “Rejoice greatly” e “The trumpet shall sound”, mas alteradas pelo próprio Haendel (ver: Donald Burrows, Haendel: Messiah. Cambridge: University Press, 1991).

Aos nossos amados leito-res, recomendamos o livro de Donald Burrows e as gra-vações do King’s College de Cambridge (Stephen Cleo-bury), da Christ Church Ca-thedral de Oxford (Christoph Hogwood) e do “Montever-di” (John Eliot Gardiner).

MÚSICARolando de nassau

Ouvindo o “Messias”, de Haendel

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4 o jornal batista – domingo, 03/05/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Fazer o bem cansa?

reflexão

“E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houver-mos desfalecido” (Gl 6.9)

Há duas coisas cla-ras afirmadas na Bíblia. A primei-ra é que somos

chamados a dar testemunho do Cristo, fonte de todo o bem que existe no mundo. A segunda coisa acrescenta que o mundo persegue as pessoas que fazem o bem, tentando desencorajá-las. Por isso, recomenda Paulo: “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desani-marmos” (Gl 6.9).

Fazer o bem cansa. As for-ças unidas da maldade se especializam em criar obs-táculos na vida dos filhos de Deus. Diante da ajuda

que prestamos, não raro re-cebemos ingratidão, críticas zombeteiras, perseguição. O grande objetivo é o de nos desencorajar. Diante de tantas posturas de ingratidão e de injustiça, dá vontade de chutar o balde, cuidar da própria vida e parar a atitu-de de ser corretos e fazer o bem.

Uma das formas de evitar o cansaço, na vida de fazer o bem, é implantar em nossa motivação a grande verda-de: “Não se deixem enganar – de Deus não se zomba. Pois o que o homem seme-ar, isto também colherá” (Gl 6.7). Acreditar e vivenciar a soberania de Deus é nossa grande fonte de perseverança espiritual. Por isso, “Não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio co-lheremos”.

Alonso S. Gonçalves, pastor do Igreja Batista Central em Pariquera-Açu - SP

Compaixão é a ca-pacidade de sentir a dor do outro. To-dos os seres huma-

nos têm essa capacidade, pois ela não se dá apenas a partir de valores éticos, mas no processo de cognição humana. É possível ignorar a dor do outro, mas não é pos-sível anular o sentimento de que foi, de alguma maneira, tocado com a dor do outro.

Assim como somos ca-pazes de sentir compaixão pelo outro, deveríamos ser capazes de sentir compaixão social.

Em relação à compaixão interpessoal, somos desperta-dos quando vemos noticiário onde há, por exemplo, crian-ças envolvidas. Sentimos compaixão quando sabemos que alguém foi assaltado e levaram o carro da família. Já a compaixão social não é tão mensurável assim.

Há uma concepção de que não é preciso ter compaixão com quem não tem emprego ou não pode fazer no míni-mo três refeições ao dia. Há uma dificuldade em atender as necessidades básicas de uma família onde a miséria faz parte do seu cotidiano.

Por que somos capazes de nutrir compaixão na relação

pessoal e, ao mesmo tempo, nem todos, é claro, serem in-sensíveis às necessidades do outro quando o plano da dis-cussão se dá no econômico?

Fomos doutrinados pela “utopia” do livre mercado. Há uma postura ativa para desenvolver a insensibilida-de social frente aos sofrimen-tos dos menos competitivos, dos pobres e excluídos do mercado, como um fator necessário para a moderni-zação e o progresso econô-mico.

A lógica por trás dessa in-sensibilidade social é sim-ples. O economista, ganha-dor do Prêmio Nobel em Economia em 1974, Friedri-ch Hayer, considerado um proeminente articulador do neoliberalismo, entendia as coisas assim: tendo como pressuposto a complexidade do mercado, não é possível conhecê-lo perfeitamente. Assim, qualquer tentativa em solucionar problemas sociais é uma intervenção na economia. Como o mer-cado não pode ser conhe-cido de modo suficiente, essa intervenção prejudica o mercado que precisa ser li-vre. Quando o mercado está ineficiente, gera crise eco-nômica e crise econômica, consequentemente, gera cri-ses sociais e mais problemas para os mais pobres. Dessa forma, a causa do aumento

da pobreza e dos problemas sociais seria a tentativa de solucionar conscientemente os problemas sociais. O mais sensato é não procurar in-tervir com Políticas Públicas Sociais.

Uma vez o mercado tendo uma “mão invisível”, qual-quer iniciativa em amenizar ou encurtar a pobreza atra-vés do Estado, é prejudicial ao sistema de livre mercado. A sensibilidade social, se-gundo os neoliberais, que funciona, não é aquela que é resultado de planos e ações organizados pela sociedade e o Estado, mas, sim, aquela produzida pela dinâmica do mercado.

Há no país duas posturas reconhecidamente claras. Um discurso neoliberal, onde os recursos do Estado não poderia, necessariamen-te, serem direcionados para programas sociais, uma vez que tais programas acomo-dam pessoas e a atividade econômica não é satisfatória. Quem assim articula, pensa que o Estado está fazendo mais mal do que bem provi-denciando recursos para os mais pobres. Frases como “É preciso ensinar a pescar e não dá o peixe” funcionam como “chavão” nesse caso.

Por outro lado, há uma iniciativa e, igualmente, um discurso, onde não é possí-vel deixar que o livre merca-

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

O professor Hélio J anny Te ixe i -ra da Univer -sidade de São

Paulo (USP), define pla-nejamento assim: “Planeja-mento é um processo que visa a uma definição an-tecipada dos resultados a alcançar e dos meios para tal . Em outras palavras, planejamento é a simula-

ção das ações e situações futuras desejadas”.

Ackoff diz que: “Planeja-mento é algo que fazemos antes de agir, isto é, tomada antecipada de decisão. Pla-nejamento é um processo que se destina a produzir um ou mais estados futuros desejados e que não deve-rão ocorrer a menos que alguma coisa seja feita”.

Precisamos pensar em planejamento em todas as áreas de nossa vida, não

podemos fazer por fazer, é necessário planejar sempre. Alguém disse que: “Quan-do você falha em planejar, está planejando falhar”.

Você já ouviu falar do ciclo do planejamento? Quando observamos o ci-clo do planejamento, que é: necessidades e objetivos, programa, pessoal, material e execução, avaliação (pla-nejar, executar e avaliar), percebemos que já fazemos isso em nosso dia a dia.

O importante é planejar para não sofrer as conse-quências do não planeja-mento.

A Bíblia diz em Tiago “Se o Senhor quiser faremos isso ou aquilo” (Tg 4.15). Veja bem que há depen-dência de Deus e também dois planos, um plano A e um plano B.

Não podemos fazer nada sem depender de Deus, sem Ele nada vai acontecer. Ao mesmo tempo, é neces-

sário planejar, ter metas, alvos e colocar em prática aquilo que idealizamos.

George Santayana (1863-1952) falava que “Existem três tipos de pessoas: as que fazem as coisas aconte-cerem, as que ficam olhan-do as coisas acontecerem, e as que nem sabem o que es tá acontecendo. Que você faça parte daqueles que fazem as coisas acon-tecerem, com um bom pla-nejamento.

Compaixão social

Planejamento

do dê conta de famílias que estão empobrecidas. Essa discussão está no campo político e o Congresso Na-cional representa bem essa polaridade. É preciso desen-volver a compaixão social.

O que é visível e mensurá-vel é o atual sistema econô-mico vigente que continua produzindo suas vítimas que

são sacrificadas em nome do livre mercado. É preciso ter compaixão social, sentir a dor do outro. Se deixar por conta do sistema econômico com o seu livre mercado, não apenas a mão será in-visível (expressão de Adam Smith), como o ser humano também continuará invisível em suas necessidades.

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5o jornal batista – domingo, 03/05/15reflexão

trabalham e, os mais impru-dentes, deixam à mostra os números dos seus telefones.

Sei perfeitamente que este é um grande invento. Ne-cessário, entretanto, tudo o que é usado de maneira exagerada, não presta. E o que vemos? Os afazeres do-mésticos sendo colocados de lado. A prioridade é ver o que se passa na internet. Não há mais diálogos pessoais. Não há mais tempo para isso. Filhos estão sendo deixados desarrumados. De um lado, as esposas são esquecidas. Do outro, nem parece que os maridos estão em casa. Como tudo serve para des-truir, as refeições são resu-midas em uma frase: “Come o que tiver na geladeira. Não me amola!”. Se alguma dis-cussão ocorrer, neste exato momento tem sempre um candango no “face” dizendo assim para a esposa: “Como você está bonita! Uau... Que coisa linda!”. A desgraça co-meça aí.

Outro dia, li no Jornal “Agora”, de São Paulo, que

ou má. As orientações de Paulo a Tito, que podem ser lidas em Tito 2.1-10, nos aju-dam a refletir, por exemplo, sobre o tipo de comporta-mento que Deus espera dos homens e mulheres, dos jovens casados e solteiros, e também dos trabalhadores. Disse Jesus: “Assim resplan-deça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifi-quem a vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16).

Certeza de salvação: O verdadeiro crente tem segu-rança e firmeza a respeito da vida eterna. Ele sabe que as-sim como Deus não permitiu que o trigo fosse sacrificado por causa do joio (Mt 13.28-29), também não permitirá que o salvo perca a sua salva-ção. Veja os que Jesus disse

um sujeito estava em um campo de futebol entretido com o jogo e a esposa, ao lado, teclando “carícias” no celular com outro. Alguém percebeu e colocou um bi-lhete no bolso do “fanático” torcedor, alertando para que verificasse o telefone da esposa quando chegasse em casa. E há algo ainda mais alarmante envolvendo tudo isso, além das obriga-ções rotineiras de um casal que estão sendo deixadas. Acredite se quiser: até a frequência nos cultos está sendo prejudicada pelas novas tecnologias. Essa é a essência, a tragédia da coisa. Na história, Cleópatra faleceu de uma picada de víbora autoinfligida. O após-tolo Paulo, ao ajuntar um punhado de gravetos na Ilha de Malta, foi surpreendido por uma cobra. No caso da internet, ninguém pode mais continuar alegando que não conhece a sua periculosida-de, seu mal; tão grande, mas tão grande, que pode levar à perdição eterna.

em relação as suas ovelhas: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que as entregou para mim, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai” (Jo 10.28-29). O verdadeiro crente sabe que tem destino certo e seguro, pois é comparado ao trigo santo que será guardado no celeiro de Deus. Jesus garan-te que eles “Resplandecerão como o sol no reino de seu Pai” (Mt 13.43). Os ímpios, por sua vez, apesar de con-viverem temporariamente com os verdadeiros cristãos, não herdarão a salvação (Mt 13.40-42).

Enfim, apesar de da mistura na lavoura de Deus, os verda-deiros crentes em Cristo são pessoas inconfundíveis.

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Um homem cruza uma tempestade de neve, quando escuta um ruído.

Vê uma cobra ferida e quase morta de frio. “Me ajuda”, diz. “Você é perigosa”, res-ponde o homem. “Não vê que estou quase morrendo e não posso lhe fazer mal nenhum”, implora a serpen-te. Compadecido, o homem a recolhe e leva para a sua casa. Durante algum tem-po, convivem em harmonia. Mas, um dia, enquanto aca-riciava a cabeça da cobra, ele recebe a picada fatal. “O que é isso?”, diz o homem, à beira da morte. “Salvei sua vida, lhe dei comida, carinho e agora você me envenena?”. E a serpente responde: “Mas, você sabia que eu era uma cobra, não sabia?”.

Recorro à Folha de São Paulo do dia 13 de setembro de 1994 para justificar parte do que eu me proponho a dizer. São as palavras do es-

Antonio Pirola, colaborador de OJB

A parábola do joio e do trigo descrita em Mateus 13.24-30 e 36-43, descreve

ilustrativamente a triste rea-lidade do povo evangélico na atualidade. Hoje, muitos recebem o título de “crente” ou entram para um grupo evangélico sem nunca terem tido uma experiência pesso-al de conversão. Não se vê mudança de vida, apenas de religião. Além disso, algumas seitas cristãs modernas são tão esquisitas do ponto de vista teológico, que a ima-gem do povo evangélico está ficando comprometida. Os princípios e valores cristãos que há séculos nortearam a formação doutrinária do povo de Deus estão sendo

critor Paulo Coelho que nos alertam: “A essência pode esconder o mal”. Havia pro-metido aos leitores retornar a este tema quando a ocasião aparecesse. Então, dia após dia, estamos ouvindo relatos incríveis sobre a ferramenta mais usada na atualidade: o computador. Sozinho, até que ele tem grande serventia. Com a internet então, nem se fala. O danado é que também apresenta uma malignidade sem precedentes na história da humanidade. Nenhum invento criado até hoje está conseguindo fazer tanta des-truição no ceio da família quanto à cibernética. É claro que a internet tem o seu lado útil, prático e bom. Todavia, seu poder aniquilador nem sempre é perceptível aos seus incautos usuários.

No Brasil, a internet já está embutida na quase totalida-de dos divórcios. O sujeito tem uma “briguinha” com a esposa ou vice-versa e já quer saber como funciona o “face”. Muitos estados já apresentam a internet como

abandonados. É um tem-po de semeadura de joio nos campos de trigo. Diante disso, como podemos iden-tificar o verdadeiro cristão? A parábola nos indica pelo menos três características dis-tintivas do verdadeiro crente:

Experiência de conversão: O texto diz que o Filho do Homem semeou a boa se-mente no seu campo e que o maligno semeou o joio (Mt 13.24-25). Isso significa que nas Igrejas de Cristo há pessoas verdadeiramente convertidas e transformadas pelo poder de Deus. Mas, a Bíblia não esconde que falsos cristãos também têm sido plantados na lavoura do Se-nhor. Não é de se estranhar que tantas coisas estranhas estejam acontecendo na vida das igrejas. Precisamos ser

a campeã, a causadora prin-cipal das separações. Como a serpente que perturbou Eva até a consumação do pecado, este novo instrumento rasteja como víbora pelas nossas casas por cima de camas, mesas e estofados. Está em um inocente telefone celular. Seu veneno mortal chama-se: “redes sociais”. Do Twitter, passando pelo Facebook, até chegar ao WhatsApp, as informações indiscretas, os golpes, as fofocas e os flertes proibidos assolam as famílias mais estruturadas. Até respei-táveis donas de casa estão se entregando ao fatídico instrumento e já aparecem na “rede” em roupas minúscu-las. Às vezes, até sem nada.

Nem membros de grupos religiosos estão imunes a esta tentação. Os relatos “peço-nhentos” são fora do comum. As pessoas estão adicionando aos seus contatos indivídu-os estranhos, que antes de qualquer conversa já sabem tudo sobre o outro. Têm nas mãos a relação de amigos e parentes; do emprego onde

mais rigorosos ao receber novos membros. O ideal é que cada crente ofereça pro-vas de sua conversão e saiba no mínimo dar testemunho de sua nova vida em Cristo, além, é claro, de apresentar um razoável conhecimento da Palavra de Deus.

Bom testemunho cristão: Os filhos do Reino são cha-mados na parábola de “boa semente” pelas seguintes razões: Possuem uma nova natureza espiritual; são com-prometidos com os valores do Reino; e possuem atitu-des características de um ser-vo de Deus. Na sua essência e, além dela, eles são com-pletamente diferentes dos “filhos do maligno” (v.38). A Bíblia diz em Mateus 7.17-20 que observando os frutos, saberemos se árvore é boa

Tempos de joio nos campos de trigo

A grande serpente da atualidade

Page 6: Jornal Batista nº 18-2015

6 o jornal batista – domingo, 03/05/15 reflexão

Antonio Mendes, pastor da Primeira Igreja Batista de Atibaia - SP

No texto de II Sa-muel 11.6-13 é notório como o pecado macula e

deforma o caráter de um homem. Nos versículos an-teriores, vemos como Davi se envolveu com o pecado chegando a adulterar com Bate-Seba.

Depois do pecado conce-bido e sua desastrosa conse-

quência com a gravidez de Bate-Seba, Davi, em vez de buscar o arrependimento, buscou encobrir o seu peca-do. Ele começou a engendrar maneiras para encobrir o que havia feito.

Nesta tentativa, seu cará-ter começa a ser totalmente deformado. Quando Urias chegou, Davi perguntou-lhe como estavam Joabe e os sol-dados e como estava indo a guerra. Se ele realmente tinha interesse em saber, poderia ter ido à guerra e não ter fica-

Nilson Dimarzio, colaborador de OJB

O escritor Carlos H e i t o r C o n y contou, em uma entrevista, que

em visita a um Mosteiro no Norte da Itália, soube que um dos monges, ocupante de uma das celas, havia fei-to o voto de silêncio. Não falava com ninguém e não queria sequer ouvir a voz humana. Quando alguém estivesse conversando per-to de sua cela, ele tapava os ouvidos com ambas as mãos para não ouvir o que estivesse sendo dito. Uma estranha atitude, não há como negar.

Deus nos dotou do precio-so dom da linguagem, que é a expressão do pensamento por meio da palavra, o que permite a comunicação com

os nossos semelhantes. O exercício desse dom torna a vida muito mais bela e interessante, permitindo o diálogo, tão necessário no convívio social. É o po-deroso meio de expressão dos nossos sentimentos e da transmissão de conhe-cimentos. Querer alguém mudar o que Deus estabe-leceu é cometer verdadeira aberração, privando a si mesmo de um dos prazeres da vida, ao tempo em que deixa de prestar ajuda aos semelhantes.

Por incrível que pareça, é exatamente o que muitos crentes estão cometendo ao se negarem a falar do amor de Deus aos seus colegas, parentes e amigos, muitos dos quais partem para a eter-nidade sem o conhecimento da verdade, sem o necessário preparo para o encontro com

do ocioso no palácio. Ele não tinha nenhum interesse de como estava a guerra, mas, sim, de começar um plano para justificar o pecado já cometido.

Em seguida, passa a ter um interesse pelo descanso de Urias manifestando um cuidado, interesseiro para que Urias fosse para a cama e se deitasse com sua esposa, Bate-Seba. Se Urias assim fizesse, Davi poderia dizer que o filho gerado por ele em Bate-Seba era de Urias.

Deus, o que é profundamen-te lamentável.

Jesus, após sua ressurrei-ção, constituiu os crentes como suas testemunhas. “Re-cebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8). Ora, qual é a função da teste-munha diante do juiz, senão falar do que sabe ou que ouviu sobre o fato concreto? Portanto, a nossa missão, como testemunhas de Cristo, é falar das bênçãos grandes que o Senhor tem para os que o amam; é alertar as pessoas sobre a oportunida-de da salvação e o perigo da incredulidade. Pedro e João entenderam claramente a missão que haviam recebi-do do Senhor, por isso que, diante das autoridades de

O pecado fez de Davi um homem com caráter menti-roso e interesseiro. Ele deu um dia a mais de folga para Urias e o embebedou, a fim de conseguir o seu intento, mas nada deu certo. Sabem por quê? Porque do outro lado tinha um homem de caráter, Urias, simplesmente um soldado.

Ele jamais admitiu ir para casa sabendo que seus ami-gos estavam dormindo ao ar livre, desprotegidos. En-quanto ficou longe da guer-

Jerusalém que desejavam impedi-los de pregar, dis-seram com toda coragem: “Nós não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20). Mas, mui-tos de nós temos deixado de falar, de pregar, de ensinar a Palavra de Deus, em uma omissão pecaminosa, pois, “Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17). Uma pes-quisa revela que apenas 5% dos crentes estão ganhando pessoas para Cristo. Quanto aos demais 95%, esses se contentam em ouvir e ou-vir e ouvir pregações, sem, entretanto, levar ao campo prático aquilo que ouvem. Há, portanto, urgente neces-sidade de um reavivamento no que tange ao evangelismo pessoal. Orando, meditando nos textos bíblicos referentes ao assunto, e cada um se

ra, jamais permitiu ir para casa e descansar. Tinha um caráter leal aos seus compa-nheiros.

Cuidado com o pecado. Procure com todas as forças evitá-lo e, se cair, busque a confissão e não o encobrir para alcançar a misericórdia de Deus, como diz em Pro-vérbios 28.13. No processo em que se opõe à confissão, o caráter é o primeiro a ser atingido e pode levar às con-sequências maiores. O peca-do deforma o caráter.

predispondo a obedecer ao “ide” e pregai.

Caio Fábio escreveu uma interessante mensagem so-bre “A Igreja fora do portão”, em que instiga seus leitores a sair das quatro paredes dos templos, para uma verdadei-ra cruzada de evangelização, procurando levar aos pés de Cristo o maior número possível de pessoas, antes do advento da segunda vinda.

Eis aí um apelo que espera encontrar ressonância em nossos corações. Abando-nemos o voto do silêncio. Falemos do Evangelho. Par-ticipemos dessa cruzada de evangelismo, a começar em nossas casas, levando aque-les nossos queridos ainda não salvos, e também os que es-tão afastados, a uma tomada de posição ao lado de Cristo. E que isso se faça, enquanto é tempo. Amém.

O pecado deforma o caráter

O voto de silêncio

Page 7: Jornal Batista nº 18-2015

7o jornal batista – domingo, 03/05/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Em Florianópolis - SC, foi realizado o Encon-tro de Líderes da Re-gião Sul. Missões Na-

cionais e representantes das convenções e associações batistas dos três estados do sul do Brasil se reuniram para alinhar a visão missionária para a região até 2020.

“Fortalecidos pela coo-peração”, com base em I Coríntios 3.4-9, foi a men-sagem do pastor Vanderlei Marins, presidente da Con-venção Batista Brasileira (CBB), no primeiro dia do evento. “Cooperação é dar, oferecer, viver. Sem co-operação não há vitória, encorajamento, encanto,

contentamento, que chega ao coração de Deus”, afir-mou pastor Vanderlei.

Além da presença do pastor Fernando Brandão, diretor--executivo de Missões Na-cionais, também participa-ram do encontro os geren-tes-executivos de missões, evangelismo, administração e suporte, comunicação e mobilização. O pastor Daniel Eiras, missionário coordena-dor de Missões Nacionais na região sul, também esteve no encontro.

A região sul, onde estão os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ainda é um vasto campo missionário, que carece de orações e de um aumento de ações evangelizadoras. Para ver a Pátria inteira transfor-

mada por Cristo, não pode-mos deixar de olhar para o sul.

Para promover o avanço do Evangelho no sul do Bra-sil, foram traçadas metas e estratégias que viabilizam a geração de um movimen-to intencional de plantação de igrejas multiplicadoras, formando líderes autócto-nes, disseminando a visão de plantação de igrejas entre os pastores e líderes do sul. Entre as ações previstas até 2020 estão a criação de 17 polos de plantação de igrejas multiplicadoras, correspon-dendo a 64% da população da região. Assim, plantare-mos uma igreja para cada 10 mil habitantes.

Interceda pelos desafios missionários do sul do Brasil.

Redação de Missões Nacionais

Os missionários e voluntários do Projeto Cristolân-d ia têm como

parte da rotina a ida às ruas a fim de compartilhar o amor de Cristo com usuários de drogas e moradores de rua. Com o objetivo de realizar um impacto mais abrangente, no domingo, dia 29/03, foi realizado um culto ao ar livre com evangelismo, louvores e pregação da Palavra de Deus.

Redação de Missões Nacionais

Os missionários Enox e I s abe l Dantas nasceram em Quixeramo-

bim - CE e, após terem repre-sentado Missões em outros campos, estão novamente em sua cidade natal impactando vidas por meio do Evangelho.

Recentemente, uma das

A iniciativa de um culto na rua foi realizada em parceria com a Igreja Batista da Piam, em Belford Roxo - RJ. Como resultado, muitas pessoas foram alcançadas e aceitaram a Cristo como salvador e Se-nhor de suas vidas.

Somos gratos a Deus por nossos voluntários empenha-dos nesse trabalho e continu-amos intercedendo por aque-les que ainda não conhecem o amor de Cristo. Que você e sua igreja se juntem a nós na conquista da Pátria para Cristo.

nossas frentes missionárias de Quixeramobim viveu mo-mentos únicos. Muitos adoles-centes e jovens entraram nas águas e se batizaram, reco-nhecendo Jesus Cristo como Senhor de suas vidas. Pastor Enox realizou os batismos.

Continue orando por este Projeto, a fim de que os mis-sionários continuem sendo usados pelo Senhor no alcan-ce de vidas.

Encontro reúne líderes da região sul do Brasil Cristolândia Rio promove culto na rua

Batismos no interior do Ceará comprovam multiplicação do Evangelho

Líderes da Convenção Batista Catarinense recebem em sua sede estadual o pastor Fernando, e o pastor Jeremias Nunes, gerente-executivo de comunicação e mobilização (à esq.)

Pastor Fernando Brandão apresenta o orador da primeira noite do Encontro Regional de Líderes, pastor Vanderlei Martins

Irmão Juarez Solino, gerente-executivo de Administração e Finanças apresenta os objetivos do Encontro Regional de Líderes

Pastor Fernando Brandão, diretor-executivo de Missões Nacionais, visita o Seminário Batista Catarinense. Organizado em 2013, o seminário conta com 65 alunos e é dirigido pelo casal, pastor Jonas de Oliveira, diretor-geral, e Jacinta Oliveira, diretora acadêmica

Pregação resultou em vidas salvas

Pastor Enox com os jovens e adolescentes

Page 8: Jornal Batista nº 18-2015

8 o jornal batista – domingo, 03/05/15 notícias do brasil batista

Nadiedja Souza, secretaria executiva da ABAS / CBPE

Estudo de caso realizado a partir de um fato onde a mulher, voluntariamente, se colocou como informante. As informa-ções registradas foram asseguradas com nome fictício, mas os dados são reais.

Esther tem 45 anos, uma filha e um filho, que são casados, e avó de três netos e uma neta. Identifica-se etnicamente como negra e é evangélica.

Esther conta que se casou aos 18 anos, teve três filhos, sendo que sua primeira gravidez foi de gêmeas, no qual após dois meses de nascidas uma veio a falecer. Depois teve um menino, formando assim um casal.

Esther diz que sua vida foi muito difícil financeiramente. Morava em uma casa atrás da casa de sua sogra. Seu esposo, desempregado, se virava como ajudante de pedreiro e ela trabalhava como costureira.

Nessa época ele bebia muito e a agredia moral e verbal-mente. Sendo que, um dia, sem motivo, ele a agrediu com um soco no nariz, causando grande sangramento e uma leve lesão. Essa agressão foi na frente de amigos que bebiam com ele e que depois a socorreram. Ela sempre evitava falar com ele quando estava bêbado, muitas vezes ele chegava em casa de madrugada sujo e deitava na cama, mas ela não dizia nada; quando ele dormia, o lavava em cima da cama tirando toda a sujeira do seu corpo. Depois de anos, graças a Deus, ele deixou a bebida, pois ela pedia muito esse grande

Estudo Bíblico

Violência

Ycléa Cervino

“A terra está cheia de violência” (Gn 6.13).

Essa realidade que existia no início da humanidade con-tinua até hoje e haverá de acontecer até a volta de Jesus.

Não podemos mudar, mas somos responsáveis para livrar alguns da violência, aqueles que estiverem dentro do nosso raio de ação.

Deus repudia a violência de qual-quer espécie: contra a natureza, con-tra pessoas, contra seus pertences. “Ai daqueles que fazem violência a um homem e à sua casa, a uma

pessoa e à sua herança” (Mq 2.2). Em toda a Bíblia há orientações sobre como tratar o próximo, especialmen-te aqueles mais vulneráveis, como o órfão e a viúva.

A mulher, embora sendo esperado dela a submissão aos homens - pai ou esposo -, devia ser bem tratada. Lemos em Gênesis 21.14-19 o caso de Agar, que foi expulsa de casa por Sara. Abraão, com pesar, permitiu, mas Deus supriu suas necessidades e valorizou a sua descendência.

Em Deuteronômio 21.10-14 lemos algo incluído nas leis de Moisés sobre o respeito à dignidade da mulher. Em tempo de guerra, se um homem quisesse desposar uma

mulher capturada, podia levá-la para casa e cuidar dela. O cuidado incluía a parte física (cabelos, unha, roupa), a parte emocional (deixava-a chorar os seus mortos por um mês inteiro), e a parte volitiva (de acordo com a vontade). Finalmente, diz a Lei, “Não a venderás por dinheiro, nem a tratarás como escrava” (Dt 21.14).

O tema sobre violência contra a mulher está sendo muito debatido hoje em dia, mas a Bíblia tem en-sinos claros sobre toda a sorte de violência. Deus é um Deus de paz, de amor, de bondade, de mansidão, de gentileza, e quer que seus filhos e seguidores sejam semelhantes a Ele.

Que assim sejamos!

milagre. Porém, ele arrumava mulheres fora e ainda dizia que não a deixava por mulher alguma, que ela era a mulher da sua vida.

Cansada de tanto sofrer com essa situação, ela se converteu. Suas orações eram para vê-lo salvo em Cristo Jesus. Foram anos orando e jejuando junto com as irmãs da igreja. Mas, as irmãs a alertavam que ela devia estar preparada para a resposta de Deus, pois nem sempre é do jeito que queremos. Depois de longos anos de lutas, descaso e humilhações, ele sem mostrar qualquer mudança, ela se separou, vindo logo o divórcio. Ela não aguentava mais tanta agressão que sofria, foram 23 anos casada com um homem que nunca quis mudar. Hoje, ela é uma mulher graduada, tem um bom emprego e diz: “Estou viva, não estou louca, como muitas, que enlouqueceram, que estão depressivas, ou como outras que morreram”.

Esther diz que quando conheceu a Lei Maria da Penha percebeu-se em algumas fases da violência, mas não perdeu a fé e, com a ajuda de Deus, mudou a sua história. Hoje, se sente uma mulher de coragem, sendo protagonista da sua própria história e superando a violência vivida.

Às vezes achamos que violência só é aquela que deixa marcas visíveis, mas têm violências que deixam marcas na alma - um grito também é uma das formas constrangedoras da violência. Esther passou por muitos momentos difíceis e dolorosos, chegando a pensar que não conseguiria, mas Deus tinha um lindo plano para sua vida. Aleluia.

Este caso de Esther mostra que ela foi mais que vencedo-ra, conseguiu superar várias situações adversas em sua vida

Departamento de Ação Social da CBB

Estudo Infantil - Violência Doméstica

Texto bíblico - Gênesis 37.1-37

Introdução

Desde os primórdios dos tem-pos que uma questão muito séria e real se apresenta na história da humanidade. Não

era denominada de violência familiar, mas vários casos são registrados na Bí-blia a exemplo de Caim, que chegou a decepar a vida de Abel. Mas, queremos deste feito destacar a história de José do Egito, que fora vendido pelos próprios irmãos. Por inveja e ciúmes o rejeitaram, tornando-o alvo de uma triste façanha. Mas, no decorrer deste estudo, veremos como José se saiu vitorioso sabendo aproveitar as chances que Deus lhe deu.

Pesquisas mostram grande índice dessa questão. No Brasil, assim como

Estudo de caso de violência doméstica contra mulher

Dia Batista de Ação Social Submissos a Cristo contra a violência doméstica

Page 9: Jornal Batista nº 18-2015

9o jornal batista – domingo, 03/05/15notícias do brasil batista

milagre. Porém, ele arrumava mulheres fora e ainda dizia que não a deixava por mulher alguma, que ela era a mulher da sua vida.

Cansada de tanto sofrer com essa situação, ela se converteu. Suas orações eram para vê-lo salvo em Cristo Jesus. Foram anos orando e jejuando junto com as irmãs da igreja. Mas, as irmãs a alertavam que ela devia estar preparada para a resposta de Deus, pois nem sempre é do jeito que queremos. Depois de longos anos de lutas, descaso e humilhações, ele sem mostrar qualquer mudança, ela se separou, vindo logo o divórcio. Ela não aguentava mais tanta agressão que sofria, foram 23 anos casada com um homem que nunca quis mudar. Hoje, ela é uma mulher graduada, tem um bom emprego e diz: “Estou viva, não estou louca, como muitas, que enlouqueceram, que estão depressivas, ou como outras que morreram”.

Esther diz que quando conheceu a Lei Maria da Penha percebeu-se em algumas fases da violência, mas não perdeu a fé e, com a ajuda de Deus, mudou a sua história. Hoje, se sente uma mulher de coragem, sendo protagonista da sua própria história e superando a violência vivida.

Às vezes achamos que violência só é aquela que deixa marcas visíveis, mas têm violências que deixam marcas na alma - um grito também é uma das formas constrangedoras da violência. Esther passou por muitos momentos difíceis e dolorosos, chegando a pensar que não conseguiria, mas Deus tinha um lindo plano para sua vida. Aleluia.

Este caso de Esther mostra que ela foi mais que vencedo-ra, conseguiu superar várias situações adversas em sua vida

conjugal, inclusive a violência sofrida. Muitas mulheres sofrem violência em seus lares, por isso precisamos oferecer em nossas igrejas espaços de escuta e trabalhos específicos, como rodas de conversas e outros que visem apoiar e ajudar a mulher que se encontra em situação de violência. A Igreja deve ter voz e não se omitir nas múltiplas formas de violên-cias como também outros desafios sociais contemporâneos. Não nos enganemos: a violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo não poupa a Igreja, é, infelizmente, ainda bastante atual.

Seja uma mulher de coragem e mude a sua história

Termino com dois pensamentos relevantes que devemos refletir:

“Não à violência do coração, não à violência da palavra, não à violência do punho” - Martin Luther King.

“Coloco-me ao lado de todos para lamentar a omissão das lideranças religiosas - inclusive de Igrejas cristãs - sobre a violência contra a mulher. Todo cristão deve estar disposto a levar às últimas consequências a luta em defesa da mulher vítima de violência” - Carlos Queiroz.

“Somos desafiados a cada dia a cumprirmos a missão Inte-gral e a sermos Integralmente Submissos a Cristo”.

“E não sede conformados com este mundo, mas sede trans-formados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

Departamento de Ação Social da CBB

Estudo Infantil - Violência Doméstica

Texto bíblico - Gênesis 37.1-37

Introdução

Desde os primórdios dos tem-pos que uma questão muito séria e real se apresenta na história da humanidade. Não

era denominada de violência familiar, mas vários casos são registrados na Bí-blia a exemplo de Caim, que chegou a decepar a vida de Abel. Mas, queremos deste feito destacar a história de José do Egito, que fora vendido pelos próprios irmãos. Por inveja e ciúmes o rejeitaram, tornando-o alvo de uma triste façanha. Mas, no decorrer deste estudo, veremos como José se saiu vitorioso sabendo aproveitar as chances que Deus lhe deu.

Pesquisas mostram grande índice dessa questão. No Brasil, assim como

em outras partes do mundo e diferen-tes culturas e classes sociais, crianças e adolescentes são vítimas no dia a dia da violência doméstica, sendo esta uma questão universal. Os casos registrados, que são conhecidos, são apenas um alerta. Nem tudo vem a publico. Crianças sofrem silenciosas em seus casulos.

Desenvolvimento

a) - Violência Domestica - “Transgres-são” do poder de proteção do adulto e a negação do direito que crianças e adolescentes têm de serem tratadas como sujeitos, pessoas em condição de desenvolvimento.

b) - Certeza do cuidado de Deus - Gê-nesis 39.2.

José não ficou chorando, lamentando--se por ser rejeitado pelos irmãos. Longe do seu pai, ele se lembrava das lições ensinadas pelo pai sobre como Deus cuida de nós. Ele sabia e sentia que Deus estava com ele. Pro-vavelmente ele orava e não perdia as esperanças de que Deus mudaria a sua história. Ele teve fé no Deus de Israel e não deixou que o medo, o pavor, tiras-se a certeza de que tudo passaria. No Salmo 91.11-12, o salmista fala como Deus nos protege e guarda em todos os nossos caminhos.

c) - A lição do perdão - Gênesis 45.15.José conscientizou-se de que tudo o

que aconteceu foi permitido para que ele se transformasse em benção para sua família. Deus o levou a ser bem sucedido para que ele e sua família provassem o melhor desta terra. José

entendeu que a vingança não era a vontade de Deus para vida dos seus irmãos, então os perdoou, fazendo-os ver que pessoas boas generosas, perdo-am. Em Mateus 6.14-15, Jesus ensina como acontece a questão do perdão. Se quisermos o perdão de Deus, temos que aprender a perdoar os devedores.

Conclusão

A história de José nos ajuda a com-preender verdades a serem vividas dife-rente de algumas situações. Precisamos entender que o nosso auxílio e amparo vem de Deus. Não é de da vontade de Deus que soframos. Mas, se situações tristes há em nossas vidas, precisamos nos lembrar de que contamos com Deus a todo instante segurando a nossa mão.

Estudo de caso de violência doméstica contra mulher

Dia Batista de Ação Social Submissos a Cristo contra a violência doméstica

Page 10: Jornal Batista nº 18-2015

10 o jornal batista – domingo, 03/05/15 notícias do brasil batista

Page 11: Jornal Batista nº 18-2015

11o jornal batista – domingo, 03/05/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

No mês de abril, o casal André e Verônica Bahia completou três

anos servindo como missio-nários da JMM no Haiti. Eles são os pioneiros dos batistas brasileiros nesse campo, uma nação onde o vodu ainda é largamente difundido e que ainda se recupera de sua maior tragédia recente: um terremoto em 2010.

“Como temos motivos para agradecer ao Pai por sua fi-delidade e cuidado conosco esse tempo inteiro. Você também faz parte do que o Senhor está fazendo aqui, em nós e através de nós, no Hai-ti”, diz o pastor André Bahia.

Uma das frentes do minis-tério do casal Bahia é con-duzida na comunidade hai-tiana de Kat-Kalen, distante uma hora e meia de carro de Porto Príncipe. Faz um ano que nossos missionários chegaram àquela comunida-de, com pouco mais de 220 residências e população de 1.200 pessoas, para sinalizar o Reino de Deus através de um programa experimental de apoio ao desenvolvimento integral.

“Após um período de sen-sibilização, capacitação e discipulado, o comitê local aceitou o desafio de realizar um diagnóstico participativo de toda a comunidade, e realizamos um fórum para apresentação dos resultados. Esses são encontros com pe-quenos grupos de voluntários

Lyubomyr Matveyev – missionário especial da JMM na Ucrânia

“Al e g r o - m e grandemen-te no Senhor porque, final-

mente, vocês renovaram o seu interesse por mim. De fato, vocês já se interessa-vam, mas não tinham opor-tunidade para demonstrá-lo” (Fp 4.10). Essas palavras, assim como o restante da carta que o apóstolo Paulo escreveu aos crentes de Fili-pos, demonstram a gratidão dele aos irmãos em Cristo pelo seu cuidado para com ele, pelo seu interesse, ajuda financeira, orações e visitas.

Essas palavras de gratidão de Paulo aos filipenses revi-veram de modo especial e pessoal nos nossos relacio-namentos com os irmãos, as Igrejas Batistas brasilei-

que analisam, discutem e buscam em Deus ideias para a melhoria de vida das 307 famílias do distrito”, explica o pastor Bahia. “Até junho, o planejamento é apoiá-los para que as ideias sejam transformadas em ações no poder do Espírito”, acres-centa.

O ministério dos nossos missionários também tem sido abençoado com a atua-ção de outros obreiros, tanto locais, quanto brasileiros que atuam no Haiti, além de voluntários.

Foi o que aconteceu em março, quando o casal Da-niel e Larissa, da Terceira Igreja Batista de Brasília - DF, pôde abençoar as crianças do orfanato coordenado pelo ca-sal Eliel e Haydée Gonçalves, da JMM.

Um outro exemplo de pes-soa que soma forças ao minis-tério desenvolvido no Haiti é o doutor Alberto Andrade, que depois de vivenciar sua quarta caravana missionária

ras e Missões Mundiais nos últimos meses. Não é que vocês não se interessavam antes, pelo contrário, “Vo-cês já se interessavam” (Fp 4.10b). No entanto, “Não tinham (tamanha) oportu-nidade para demonstrá-lo” apropriadamente como na hora de maiores problemas e necessidades nas nossas vidas e ministérios.

Que bênção poder ter os irmãos e irmãs, igrejas e missões, que renovam, aumentam, intensificam seu interesse, intercessão e aju-da para conosco. Assim tem acontecido nos últimos me-ses, desde o início da guerra em nosso país.

Somente para lembrar, te-mos vivido uma escalada militar no país. Com isso, au-mentou o número de provo-cações e tentativas de deses-tabilizar a vida em geral em todos os setores e estados. A

ao país caribenho, decidiu ir além e reservou todo o primeiro semestre deste ano para “Usar sua vocação como voz e mãos de Deus por um novo Haiti”, segundo afirma o pastor Bahia.

“Especializado há mais de vinte anos como otorrino-laringologista, ele aceitou o desafio de investir na forma-ção de agentes comunitários de saúde em Kat-Kalen e em uma Igreja local, apoiando nosso programa de desen-volvimento integral”, explica o missionário. “Parte do seu tempo também é dedicado ao atendimento clínico das crianças do orfanato dirigido pelo casal Eliel e Haydée e em outros três projetos mis-sionários de brasileiros de outras agências servindo na região metropolitana de Por-to Príncipe”, complementa.

Em Cottard, também na região metropolitana da ca-pital, o casal André e Ve-rônica Bahia teve ainda a oportunidade de participar

Ucrânia está cheia de agentes que realizam atentados em vários locais.

Foi o que nos aconteceu no primeiro dia do ano: uma ca-tástrofe. A água encanada no nosso bairro foi contaminada com produtos químicos (não somente metais pesados, mas um tipo de veneno). Como resultado, milhares de pesso-as (inclusive idosos e bebês) foram hospitalizadas, com febre alta, vômito e diarreia. Nossos filhos se recuperaram desses dois últimos proble-mas e já estão bem.

Ficamos proibidos de usar água encanada (até para lavar as mãos e tomar banho, nem lavar roupas ou louça) por um período indeterminado. Tinha que ir praticamente todos os dias buscar água nas casas de membros da igreja (para cozinhar e beber) e em outro lugar pegar água de um caminhão (para poder

de um culto de gratidão pela atuação da família Registre (missionários da terra) naque-la comunidade.

Segundo o missionário, durante o culto foi lembrado que aquela comunidade, em 2009, foi alvo de ações missionárias na viagem da primeira caravana do Tour of Hope ao Haiti.

“Aquela região era domi-nada pelo vodu e, depois do terremoto de 2010, uma Igreja surgiu do trabalho ini-

lavar louça e tomar banho em casa).

Mesmo passando por um tempo pesadíssimo, estamos gratos a Deus, pois a reali-dade nos outros estados do nosso país tem sido pior: destruição, perigo, desempre-go, falta de água e comida, guerra, morte. Mesmo assim, passando por tudo aquilo, resolvemos informar nossos intercessores brasileiros.

Aí, sem esperar muito, logo sentimos como “vocês re-novaram seu interesse por nós”, intensificaram e apro-fundaram o seu cuidado para conosco. Muitos começaram a escrever e prometer que orarão mais. Gente que não conhecemos antes, mas que se fez presente na hora de nosso perigo e necessidade. Queremos dizer para todos que “renovaram seu interesse por nós” e para todos que começaram a se interessar,

cial com crianças. Juntos, louvamos ao Senhor por es-ses cinco anos de trabalho e realizações que, durante esse tempo, recebeu outras caravanas missionárias, a construção de unidades do Pepe (programa socioedu-cativo) e a primeira turma do Projeto Radical Haiti”, conta o pastor André Bahia. “Ore pelas Igrejas do Haiti, para que sejam relevantes nas comunidades onde estão inseridas”, conclui.

ou seja, orar por nós, com as palavras de Paulo: “Vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações” (Fp 4.14). Hoje estamos “Alegres grandemente no Senhor, por-que vocês renovaram (inten-sificaram) seu interesse por nós” (Fp 4.10a).

Deus seja louvado pela preocupação que você, igre-jas e Missões Mundiais têm demonstrado para conosco.

Três anos de lutas por um novo Haiti

Palavras de gratidão

André Bahia participa de fórum comunitário em Kat-Kalen André e Verônica Bahia, com as filhas Sara e Jéssica, foram os pioneiros dos batistas brasileiros no Haiti

O médico Alberto Andrade serve como voluntário em Kat-Kalen

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Existem momentos que são inesquecí-veis: aquela partida que você marcou três

gols, a festa da sua melhor amiga, o acampamento onde conheceu sua namorada, ou até o dia em que você fez uma amizade na faculdade. Todos esses são momentos simples e inesquecíveis que guardamos no coração e na memória. Só de falar, a gen-te pode sentir o cheiro e o gosto desses dias. Experiên-cias assim não se compram, nem se vendem. Por isso, é necessário que esses mo-mentos sejam vividos.

O Juventude, Fé e Teologia sempre é uma noite que pro-porciona esses momentos. A noite do dia 27 de março reuniu jovens de vários can-tos do Rio de Janeiro para esta noite de boa música, boa teologia e bons amigos. A capela do Seminário do Sul estava lotada para ouvir a missionária Analzira Nas-cimento, que lançou durante a noite o seu livro “Evange-lização ou Colonização - O risco de fazer missão sem se

A Juventude Batis-ta Brasileira vai realizar a Confe-rência Despertar

2015 e as inscrições já es-tão abertas!

A Conferência vai acon-tecer nos dias 15, 16, 17 e 18 de julho de 2015, na cidade de Campo Grande - MS. As inscrições podem ser realizadas exclusiva-mente pelo site www.des-pertar2015.com.

Esse evento vai receber jovens das mais diversas partes do Brasil e isso é empolgante demais. É um ajuntamento com a cara da juventude onde vamos considerar a experiência, o movimento, o transcultura-lismo, a geração, o alcance, a possibilidade, a juventu-de, a influência, o legado, a motivação, a capacitação, o futuro, o retorno, a trans-formação, a experiência, a benção e o poder de pro-mover mudanças em nossa sociedade.

É um encontro para con-versarmos honestamente sobre o que Jesus falou

importar com o outro”. Além de poder ouvir o fantásti-co testemunho de vida da Analzira, foi enriquecedor entender a proposta que o livro nos traz. Fomos incen-tivados a olhar o outro com atenção e carinho, reconhe-cendo a necessidade que ele tem por Jesus. Pensando assim, não temos o direi-to de desrespeitar o nosso próximo, mas amá-lo, como Jesus nos amou. O segredo da evangelização não está na arte de evangelizar, na estratégia ou no folheto que se entrega, mas na maneira

como nos relacionamos com as pessoas, se nosso olhar comunica amor, se sabemos bater um papo com elas. É a vida comunicando Jesus através dela mesma.

Temas como teologia, es-piritualidade, sociedade e religião ocupam espaço de muita relevância na agenda da juventude e são assuntos que estão na pauta da galera. Nós, jovens, nos preocupa-mos com o transcendente e com o invisível. Há inúmeras indagações e questões sobre o que é certo e errado nessa sociedade pós moderna /

pós internet que inquietam muitas vezes o coração da juventude. A JBB considera isso algo importante e estra-tégico para a nossa pastoral contemporânea. Queremos contribuir com os jovens cristãos brasileiros em seu processo de formação de pensamento e influenciar essa geração a amar a Deus profundamente.

Nosso desejo é que a ga-lera tenha sido tocada pela palavra que foi ministrada naquela noite. Queremos aguçar a mente da juventu-de para assuntos relevantes,

trazendo à tona o que está na Bíblia, na capa do jornal e na conversa do WhatsApp. É um convite a um bate-papo mais profundo, comprome-tido e voltado para um sen-timento de uma vida com mais sentido. Esperamos através deste projeto gerar vida e bons encontros.

Temos a expectativa de que outras edições do Juventude, Fé e Teologia aconteçam em 2015 por todo o Brasil. Por isso, fique ligado (a), quem sabe a sua cidade não é a próxima a receber um tempo especial como esse?

no sermão do monte “Vos sois a luz do mundo”. Essa verdade não pode passar despercebida pela nossa juventude porque o mun-do precisa de gente apai-xonada por Deus e com a disposição de oferecer sua vida integralmente ao Reino. Cada momento da programação está sendo pensado para expressar o Evangelho de uma forma integral, contemporânea, profunda, inspiradora, ale-gre e entusiasta.

A Conferência é para in-comodar quem se acomo-dou. É muito triste viver sem tocar o coração das pessoas, passar pela vida e não se importar em fa-zer parte do movimento de Deus na vida de tanta gente. Por isso, em julho, esperamos os nossos jovens para mais uma edição do Despertar 2015. Vem com a gente!

{Pastor, sua contribui-ção é fundamental para realização da Conferên-cia. Estimule e envie seus jovens!}

Despertar 2015: as inscrições já estão abertas!

JBB realiza o Juventude, Fé e Teologia no Rio de Janeiro

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Elias Gomes de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Missionária Parque das Missões - Duque de Caxias – RJ

“E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhe-cimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo” (Fp 1.9-10).

Estamos vivendo tem-pos difíceis em todos os aspectos, mas um assunto tem merecido

reflexão nos dias de hoje: a ética pastoral. Temos visto muitos comportamentos es-tranhos, principalmente em relação à nossa liderança cristã. Por isso, torna-se rele-vante fazer as seguintes per-guntas: as igrejas evangélicas estão vivendo uma crise de ética? Os pastores e líderes preservam as Escrituras ou re-petem nos púlpitos a famosa “cultura do jeitinho”?

Para iniciar a exposição, temos que saber a diferença entre ética e ética cristã. A definição no dicionário ca-racteriza-a como: “Um con-junto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade”. Pelo que temos observado as pessoas decidem o que fazer de acordo com a situação, não pensando o que é certo ou errado e, sim, definindo conforme o interesse pessoal.

O pastor Lourenço Stélio Rega define a ética cristã como: “A visão é a partir da interpretação dos textos bí-blicos, mas é um tema pouco presente na agenda de priori-dades das igrejas”. O cristão deve evitar uma abordagem baseada em teologismo, de-terminando o certo e o erra-do com base nos resultados esperados. Também devem fugir de uma análise e con-textual, como fazem alguns liberais, estabelecendo uma ética do tipo “você decide”. A proposta básica da ética evangélica deve ser a de-ontológica, ou seja, a igreja determina o certo e o errado a partir de diretrizes éticas estabelecidas na Bíblia e de conduta moral previamente exigida por Deus em sua Palavra.

A Bíblia está recheada de histórias sobre a nossa res-ponsabilidade de manter a ética ministerial como igre-ja e pastores sem mácula. O apóstolo Paulo escreve:

“Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo” (I Co 11.1). Uma igreja ou pastor que busca ser um imi-tador de Cristo desenvolverá uma postura ética acima de qualquer acusação.

Não podemos tapar o sol com a peneira e dizer que a caminhada de todos é um mar de rosas. Existem alguns sem ética, imorais e vergo-nhosos que agem na surdina, na calada da noite, que sem piedade ao ministério de outro age de maneira a tirar vantagens de alguma forma. Como aqueles que vestidos de uma capa de falsa piedade utilizam-se de oportunida-des para pescar no aquário alheio, roubando com pa-lavras doces as ovelhas de outro. Que acolhe aqueles que levados por satanás bus-cam denegrir a imagem de homens honestos e com eles compactuam, comem na mesma mesa e juntos tramam a perversidade.

O escritor John Maxwell, em seu livro “Ética é o Me-lhor Negócio”, da Editora Mundo Cristão, escreve que as pessoas fazem uma opção antiética por três razões. A primeira é porque agem com conveniência. Se uma men-tira favorece, a tendência é optar por esse caminho. A segunda é que nunca jogam para perder. Poucas pessoas querem sair perdendo de alguma situação, afirma o autor.

Por último, as pessoas re-lativizam as escolhas. Es-colhem fazer aquilo que é

certo conforme as circunstân-cias. Maxwell (2006) afirma: “Cada um segue seu próprio padrão ético. Enquanto, no passado, nossas decisões eram baseadas na ética, hoje é nossa ética que se baseia nas decisões que tomamos. Se é bom para mim, então é bom”.

O interessante é que nem sempre o ser humano age de acordo com a integridade que exige de outras pessoas. Um estudo citado na obra de Maxwel revela que no ambiente de trabalho, por exemplo, 43% das pessoas admitem ter se envolvido em pelo menos uma situação antiética no ano anterior e, 75% já passaram por situação parecida sem fazer nada a respeito. O escritor Maxwel registra que a mesma pes-soa que sonega impostos ou rouba material de escritório exige honestidade e integri-dade na empresa de quem compra ações, no político no qual vota e no cliente com o qual negocia.

No livro “A Busca da Mo-ral”, da Editora Vida, Stanley Grenz afirma que o mundo vive no meio de uma crise de moralidade e que há um de-clínio da influência da igreja na sociedade. Tal discussão merece atenção em algumas situações, tais como: utilizar o púlpito para ofender os membros, o autoritarismo, a falta de sigilo pastoral, o uso excessivo de benefícios da igreja e enriquecimento ilícito são atitudes praticadas por alguns.

O pastor e escritor Louren-ço Stélio Rega, colaborador inclusive deste conceituado Jornal, diz que a crise ética é reflexo da visão incorreta do que seja a missão da igreja e do cristianismo. A igreja deve oferecer satisfação garantida aos clientes (cristãos) que são exigentes cada vez mais. Com isso, existem, muitas das vezes, a quebra das re-gras éticas.

Destacamos também a im-portância da ética na for-mação pastoral. Temos que reforçar o estudo da ética na educação teológica para não termos um evangelho antié-tico, anti-histórico e escravi-zador. Mas o grande desafio da liderança é fazer com que os cristãos entendam que alguns assuntos como: virgindade, honestidade, fi-delidade, dentre outros, não são opções comportamen-tais, mas referenciais éticos. Como ministros de Deus devemos insistir na pregação destes referenciais bíblicos para mantermos uma geração organizada e sem desvios de condutas e doutrinários.

A falta de ética também é vista nos conteúdos das pregações, quando os pas-tores prometem “mundos e fundos” para suas ovelhas, induzindo o povo a uma falsa esperança porque miséria e desemprego não se resolvem com correntes e campanhas de oração, mas com uma boa política econômica e distri-buição da riqueza da nação. A liderança não exerce seu papel profético de ser sal

da terra e nem convocam o povo para mudar a realidade social, mas o induz a esperar por “milagres” que não pas-sam de enganações.

Outro problema é o despre-paro emocional dos pastores. A maioria não foi treinada para lidar com riqueza, com poder e com fama. Muitos pastores vieram das classes menos privilegiadas e, quan-do veem muito dinheiro, aca-bam ficando soberbos e sem escrúpulos. O orgulho e o egoísmo são dois elementos que levam os pastores a te-rem falta de ética. O egoísmo é uma das doenças ligadas ao ego. Já o orgulho, o cau-sador da queda de Lúcifer, caracteriza-se no espiritual, no intelectual e no material.

A Bíblia revela todo o con-selho de Deus e seu plano para a salvação do homem, visando também moldar o seu caráter e transformar vi-das. Ser cristão ético significa viver corretamente como seguidor de Jesus.

Confesso que este texto é um desabafo, muito mais que um texto para instrução geral, pois há tempo venho observando estes desvios em nossas igrejas. Pesso-as sem piedade, sem ética, sem sentido de respeito e cooperação que buscam de toda forma engordar seus rebanhos à custa do trabalho de outro.

Meu desejo é que Deus nos abençoe a cada dia para termos pastores segundo o coração de Deus e com com-portamentos éticos e cristãos.

Ética pastoral: tratando os outros como gostaria de ser tratado

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