investigação forense no hospital
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Investigação Forense no Hospital
Albino Gomes
Inves.gação Forense no Hospital
• Adequada abordagem, documentação e referencia, são as chaves para o sucesso das vi9mas de violência
• As vi9mas de abuso ou violência apresentam necessidades especiais no processo de abordagem
• O espólio requer especial atenção
Inves.gação Forense no Hospital
• O hospital deve ter procedimentos e normas para abordagem e tratamento do espólio
• O Enf.º forense é o profissional ideal para a elaboração desses regulamentos e normas
• O Enf.º forense deve também par9cipar na elaboração de normas e procedimentos médico-‐legais no hospital
Inves.gação Forense no Hospital
• O Enf.º forense tem um papel importante na observação da interacção e comunicação não verbal entre o doente e a família ou pessoa significante
• Um Enf.º forense astuto e atento tem a capacidade de manter o balanço profissional entre a abordagem de enfermagem à doença natural e a doença suspeita
Papel na Qualidade Hospitalar/Gestão de Risco
• Quando a família ou o doente apresentam uma reclamação sobre a qualidade ou desadequação de cuidados prestados pelos profissionais de saúde, o Enf.º forense representa uma ponte de ligação importante
• O Enf. Forense deve recolher dados específicos, para aferir qualidade de cuidados e risco de abordagem do doente por parte da equipa
Papel na Qualidade Hospitalar/Gestão de Risco
• O problema surge quando os dados são recolhidos por pessoas sem qualquer 9po de formação na área forense
• Os intervenientes podem dificultar a inves9gação, por receio das conclusões
• O Enf. Forense e a equipa de qualidade devem definir papéis e responsabilidades, para reconstrução de casos suspeitos
Comportamentos Criminosos: oportunidades no hospital
• A cultura interna dos hospitais, cria um ambiente ideal para a prá9ca de actos criminosos
• Os estudos indicam que o hospital representa uma “janela de oportunidades” para o crime
• Crimes mais frequentes: – Adulteração de infusões – Adulteração de equipamentos – Furto de estupefacientes
Comportamentos Criminosos: oportunidades no hospital
• Contribuem para estes actos alguns comportamentos: – Ordens ou indicações orais sem prescrição – Passagens de turno em serviço de urgência com diversos doentes
– As equipas acham que a equipa a seguir vai fazer o que falta fazer
– As visitas podem ter comportamentos de risco (confusão no serviço, ou altura da troca de turno)
Comportamentos Criminosos: oportunidades no hospital
• Equipas com elementos muito novos e com pouca experiência
• A troca de turno com a sua confusão, ambiguidade de papéis e responsabilidades, é uma janela de oportunidades
Mortes Reportáveis
• É importante que todos os profissionais, percebam as suas responsabilidades médico-‐legais na denuncia de determinadas mortes
• Todos os factos devem ser reportados: hora, causa e circunstancia da morte
• As mortes violentas requerem sempre no9ficação ao MP
Morte Suspeita da Vi.ma
• Quando o doente morre no hospital, é assumido que a morte é um processo natural e que não existe suspeita
• Recolher os dados sobre a intervenção médica realizada à vi9ma
• Recolher dados laboratoriais • Registar ECG prémortem e outros dados de monitorização (gasimetria, sinais vitais)
Morte Suspeita da Vi.ma
• Registar os fármacos administrados, tratamentos e procedimentos, assim como quem os realizou
• Registar a iden9ficação das visitas que 9veram com a vi9ma e o tempo de duração
Desafios
• A denuncia de morte suspeita, pode surgir em período tardio
• As amostras laboratoriais podem ter sido destruídos, assim como o material invasivo
• A maior parte dos equipamentos (monitores) tem memória e guardam dados durante bastante tempo
• As bombas infusoras guardam vários dados em memória
Desafios
• Manter o material invasivo no cadáver
• Guardar infusões, conteúdo gástrico, urina e outros fluidos per9nentes
• Solicitar EADS, e o processo clínico
• Solicitar backup do registo informá9co
Úlceras de Pressão
• Actualmente as úlceras de pressão indicam a qualidade dos cuidados prestados
• As vi9mas que já trazem úlceras de pressão do exterior, devem ser avaliados minuciosamente, documentados e fotografados
• Prevenção do risco de negligencia
Contenção
• Registo da prescrição da contenção • Descrever as zonas que foram con9das e que material foi u9lizado
• Descrever o comportamento da vi9ma • Tipo de contenção (química, manual) • Se ocorrer morte o enfº forense deve descrever as lesões e o local da contenção no diagrama corporal
• Fotografar a vi9ma
Estupefacientes
• Controlo da administração de estupefacientes • Folha de registo de dados • Se suspeita de administração, solicitar doseamento
• Colocar estupefacientes em cofre • Monitorização do consumo • Verificar registo de enfermagem
SUICÍDIO NO HOSPITAL
Formas de suicídio
• Enforcamento Na casa de banho, quarto (75%) • A9rar-‐se do telhado ou janela (20%) • Ingestão de medicamentos • Imulação • Ferimentos com arma branca • Fuga do hospital e na sequência, a9rar-‐se de lugares altos.
TISHLER CL & REISS NS. Inpa.ent suicide: preven.ng a common sen.nel event. General Hospital Psychiatry 2009;31:103-‐109.
Factores de risco em unidades psiquiátricas
• Homem jovem. • Desempregado. • Relações familiares pobres. • Depressão, esquizofrenia, transtorno de personalidade.
• Antecedentes familiares de doença mental e/ou de suicídio em parentes de 1º grau.
• Risco agudo (imediato): ansiedade grave e agitação (79%).
TISHLER CL & REISS NS. Inpa.ent suicide: preven.ng a common sen.nel event. General Hospital Psychiatry 2009;31:103-‐109.
Factores de risco em unidades clínicas e cirúrgicas
• Doente em tratamento clínico ou cirúrgico • Delirium, demência e agitação e impulsividade.
• Grande impacto psíquico devido a doença crónica debilitante ou diagnós9co recente de doença grave, de mau prognós9co
BOSTWICK JM & LINEBERRY TW. Editorial on “Inpa.ent suicide: preven.ng a common sen.nel event”. General Hospital Psychiatry 2009;31:101-‐102.
Factores de risco relacionados à unidade de saúde
• Falhas na segurança do local (trancas nas portas, alarmes, janelas).
• Avaliação de risco de suicídio incompleta ou inexistente na admissão.
• Falha na iden9ficação e remoção de objetos de risco.
• Falha no treino específico da equipa de saúde, na comunicação , na frequência de observação dos doentes, na elaboração do local e do plano terapêu9co.
TISHLER CL & REISS NS. Inpatient suicide: preventing a common sentinel event. General Hospital Psychiatry 2009;31:103-109.
TISHLER CL & REISS NS. Inpatient suicide: preventing a common sentinel event. General Hospital Psychiatry 2009;31:103-109.
TISHLER CL & REISS NS. Inpatient suicide: preventing a common sentinel event. General Hospital Psychiatry 2009;31:103-109.
TISHLER CL & REISS NS. Inpatient suicide: preventing a common sentinel event. General Hospital Psychiatry 2009;31:103-109.
TISHLER CL & REISS NS. Inpatient suicide: preventing a common sentinel event. General Hospital Psychiatry 2009;31:103-109.
PERGUNTAS ??