Teoria Geral da AdministraçãoTeoria Geral da Administração

Prof. Elvis MagnoProf. Elvis Magno

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: edição compacta. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.1 Origem. As origens da Escola das Relações Humanas decorrem

dos seguintes fatores, a saber:

1. Necessidade de humanizar e democratizar a administração;

2. O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia e a sociologia;

3. Experiência de Hawthorne realizada entre 1927 e 1932, sob coordenação de Elton Mayo.

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.2 Elton George Mayo.

• Antropólogo (Universidade de Adelaide – Austrália).

• Professor de filosofia mental e moral1911 (Universidade de

Queensland – Austrália)

• Professor de pesquisa industrial:

1923 (Universidade da Pensilvânia – EUA)

1926 (Universidade de Harvard – EUA)

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.3 Experiência de Hawthorne.

Empresa: Western Electric Company.

Pesquisa: bairro de Hawthorne em Chicago (40 mil funcionários).

Objetivo: As experiências buscavam detectar de que modo fatores ambientais (como iluminação do ambiente de trabalho) influenciava a produtividade dos trabalhadores.

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.3 Experiência de Hawthorne. Foi dividida em 4 fases distintas. Na primeira fase, separaram os funcionários em dois

grupos, A e B. No grupo A ocorreu variação de iluminação, e no grupo B esta se manteve constante e boa. Acreditava-se que o grupo com iluminação boa (B) teria uma produção maior do que a do outro.

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.3 Experiência de Hawthorne. Na segunda fase, começaram a observar os grupos

trabalhando. Com as observações percebeu-se que uma pessoa(s) do grupo detinha poder de comando mesmo sendo par de trabalhos. Perceberam com isso a existência de uma organização informal.

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4.3 Experiência de Hawthorne. Na terceira fase, iniciou-se o estudo de relações humano

no trabalho e ocorreram entrevistas com os funcionários. Como resultado, houve o reconhecimento da organização informal e de um pacto de lealdade entre os membros do grupo.

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.3 Experiência de Hawthorne. A quarta e ultima fase ficou conhecida como a sala de

soldagem. Talvez a mais cruel descoberta. Já com os estudos suspensos em 1932, descobriu-se que o grupo pode impor punição coercitiva a um membro do grupo, se este fugir as normas. O grupo determina uma meta justa de trabalho.

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.4 Conclusões de Hawthorne. Os funcionários possuíam acordos informais de produzir

apenas o mínimo de peças necessários para receber o salário que desejavam. Estavam produzindo abaixo de sua capacidade;

fingimento dos trabalhadores com a relação a complexidade do serviço para mascarar sua baixa produção (objetivavam ter controle de quando e quanto produzir);

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.4 Conclusões de Hawthorne. Aumentos na produção teriam sido provocados por

alterações ocorridas na situação social das trabalhadoras, na sua motivação e satisfação, e nos padrões de supervisão adotados; não apenas por incentivos econômicos, contrariando os princípios científicos;

Inadequação do pensamento de HOMO ECONOMICUS (pessoa motivada somente pelo dinheiro);

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.4 Conclusões de Hawthorne.

• Maior conhecimento dos problemas para melhoria

gerencial (relacionamento e sentimento de importância).

• Falta de contato pessoal ou grupos inibe a produtividade

(sentimento de repressão);

• Ênfase na liderança gerencial como fator motivador de

desenvolvimento.

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.5 Mary Parker Follet: princípio de coordenação e conflito.

Maneiras de se trabalhar um conflito:

1. Imposição: imposição do lado mais forte sobre o mais fraco.

2. Barganha de interesses: ambos os lados fazem concessões sobre seus interesses chegando a um acordo.

3. Integração: ambos os lados não estão dispostos a abrir mão de sua posição; isso gera necessidade de alteração da regra estabelecida.

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4.5 Mary Parker Follet: princípio de coordenação e conflito.

Obstáculos para se resolver um conflito pela integração:

1. Postura tirânica das pessoas.

2. Linguagem e a forma de se expressar.

3. Influência dos líderes sobre as pessoas.

Padrão organizacional ideal: coordenação por intermédio da comunicação.

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

4.6 Crítica a Escola das Relações Humanas. Oposição cerrada ao Clássico: preocupou-se somente

em criticá-la;

Limitação do campo e da aplicação: priorizou apenas as relações humanas;

Concepção ingênua do operário: operário feliz nem sempre é produtivo;

Inadequada visão dos problemas: conflitos devem ser evitados (trabalhando as relações humanas).

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

Estudo de Caso 2: Como empresária, Celeste Aguiar Luz considera-se uma

mulher bem-sucedida. Sua empresa, a Lucenlac, alcança excelentes resultados financeiros e elevada lucratividade. Contudo, Celeste nota que o ambiente interno de sua empresa é frio, inamistoso e negativo. O clima é pesado e agressivo. Quando passa por entre os funcionários, Celeste percebe que não é bem recebida. Afinal, qual é o problema? O que Celeste pode fazer para solucionar/amenizar o problema na visão da Escola das Relações Humanas?

Cap. 4 – Teoria das Relações Humanas

Questões:

1) Você acredita que a formação acadêmica de Elton Mayo influenciou na forma como conduziu as pesquisas em Hawthorne? Porquê?

2) Quais as conclusões tirou-se da experiência de Hawthorne?

3) Segundo Mary Parker, como se pode lidar com os conflitos entre as pessoas? Explique-os.

4) Fale em poucas palavras sobre as 4 fases da experiência de Hawthorne.