interface entre sistemas discretos de...

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202 INTERFACE ENTRE SISTEMAS DISCRETOS DE AUTOMAÇÃO Flávio Batista da Silva 1 [email protected] Prof. Edson Mancuzo 2 [email protected] Abstract - This project consists of the communication between treadmill and robotic arm being controlled by Programmable Logic Controller (PLC) via discrete signals sent by sensors. This aims to reduce human effort. The system is formed by an articulated robotic arm with six degrees of freedom, which will make the process simulation industrial assembly of motor vehicles. To acquire this goal were defined quantities of sensors, engine power and speed of the treadmill. In order to obtain a fully automated production line, through the communication between robot and conveyor handling simple, innovative, intuitive and built with materials easily found in the market Keywords: Automation. Robotic Arm. Conveyor. Resumo - Este projeto consiste na Comunicação entre braço robótico e esteira sendo controlado pelo Controlador Lógico Programável (CLP), através de sinais discretos enviados por sensores. Que tem como finalidade diminuir esforço humano. O sistema e formado por um braço robótico articulado com seis graus de liberdade, que fara a simulação do processo industrial de montagem de veículos. Para adquirir essa meta foram definidas quantidades de sensores, potência do motor e velocidade da esteira. Com objetivo de obter uma linha de produção totalmente automatizada, através da comunicação entre robô e esteira de manipulação simples, inovadora, intuitiva e construída com material facilmente encontrado no mercado. Palavras-chave: Automação. Braço Robótico. Esteira. 1 INTRODUÇÃO Atualmente, a utilização de robôs no setor industrial está tornando-se uma tendência nas linhas de produção devido à capacidade em exercer atividades com precisão, sem fatores de risco ao ser humano. A robótica e sua tecnologia tem a preocupação com o desenvolvimento de dispositivos robóticos, com o objetivo principal da substituição do homem na execução de atividades produtivas. 1 Aluno do 6º Termo, do Curso Tecnologia em Mecatrônica Industrial – FATEC-Garça/SP. 2 Docente da Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC.

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202

INTERFACE ENTRE SISTEMAS DISCRETOS DE AUTOMAÇÃO

Flávio Batista da Silva

1

[email protected]

Prof. Edson Mancuzo2

[email protected]

Abstract - This project consists of the communication between treadmill and robotic arm being controlled by Programmable Logic Controller (PLC) via discrete signals sent by sensors. This aims to reduce human effort. The system is formed by an articulated robotic arm with six degrees of freedom, which will make the process simulation industrial assembly of motor vehicles. To acquire this goal were defined quantities of sensors, engine power and speed of the treadmill. In order to obtain a fully automated production line, through the communication between robot and conveyor handling simple, innovative, intuitive and built with materials easily found in the market

Keywords: Automation. Robotic Arm. Conveyor.

Resumo - Este projeto consiste na Comunicação entre braço robótico e esteira sendo

controlado pelo Controlador Lógico Programável (CLP), através de sinais discretos enviados por sensores. Que tem como finalidade diminuir esforço humano. O sistema e formado por um braço robótico articulado com seis graus de liberdade, que fara a simulação do processo industrial de montagem de veículos. Para adquirir essa meta foram definidas quantidades de sensores, potência do motor e velocidade da esteira. Com objetivo de obter uma linha de produção totalmente automatizada, através da comunicação entre robô e esteira de manipulação simples, inovadora, intuitiva e construída com material facilmente encontrado no mercado. Palavras-chave: Automação. Braço Robótico. Esteira.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, a utilização de robôs no setor industrial está tornando-se uma

tendência nas linhas de produção devido à capacidade em exercer atividades com

precisão, sem fatores de risco ao ser humano. A robótica e sua tecnologia tem a

preocupação com o desenvolvimento de dispositivos robóticos, com o objetivo

principal da substituição do homem na execução de atividades produtivas.

1 Aluno do 6º Termo, do Curso Tecnologia em Mecatrônica Industrial – FATEC-Garça/SP.

2 Docente da Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC.

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A Comunicação de robôs com os demais meios produtivos, como os

manipuladores, varia de acordo com a aplicação, como se percebe nas indústrias

automobilísticas, onde robôs robustos que manipulam as peças e ferramentas nas

montagens dos veículos, e suportam grandes cargas até os denominados “nano

robôs”, os quais integrarão o campo da medicina, com maior intensidade em um

futuro próximo, no auxílio ao tratamento de doentes até a realização de pequenas

“cirurgias”.

Hoje, grande parte dos manipuladores robóticos possui capacidade de

movimentos semelhantes à de um braço humano, que envolve motores e

controladores.

Para elaboração da pesquisa sobre o funcionamento de motores, foi aplicada

a programação em (CLP) para manipulação do robô.

Segundo Koivo (1989), as juntas dos manipuladores geralmente são

acionadas por motores de corrente contínua (motores DC) ou motores de passo.

Além destes, vale lembrar que os servomotores, que são basicamente construções

similares aos motores de passo, mas com um sistema de sensoriamento integrado

com encoder ou resolver para a realização de seu controle e caixa de redução para

aumento de torque, os quais dominam as aplicações nas juntas dos robôs atuais, no

que diz respeito à precisão e confiabilidade, pois podem responder rapidamente aos

cálculos de cinemática complexos, passando por cálculos derivados e integrais de

movimentos que resultam nos deslocamentos.

Segundo Miyadaira (2011, p. 21), os microcontroladores (MCU) são pequenos

dispositivos dotados de “inteligência”, basicamente constituídos de CPU (Central

Processing Unit em inglês ou Unidade Central de Processamento, em português),

memória (dados e programas) e periféricos (portas E/s, I²C, SPI, USART etc.). Suas

dimensões reduzidas são resultantes da alta capacidade de integração, em que

milhões de componentes são inseridos em uma única pastilha de silício pela técnica

de circuitos integrados (CI’s).

Esta pesquisa contempla a interligação de um braço robótico com um sistema

produtivo simulado por uma bancada didática de automação industrial. Para a

simulação foram utilizados sensores industriais interligados ao processador robótico.

O trabalho é relevante, pois a utilização de braços robóticos permite o

aumento da produtividade, padronização da qualidade, contribuindo, portanto, para a

automação industrial e preservar a integridade do operador com maior segurança.

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2 PROTÓTIPO FUNCIONAL

Para a realização do projeto de Pesquisa, buscou-se o referencial teórico,

para ancorar as questões colocadas, por meio de documentos escritos e eletrônicos.

Como metodologia, será elaborado e desenvolvido um protótipo funcional,

que se constituirá na construção de uma esteira, utilizando motor redutor modelo

(MRP. 710-37), CLP Festo modelo (FC600), sensor Indutivo e Capacitivo e o robô

da Mitsubishi Modelo RV-1A.

Para o funcionamento adequado, a esteira irá trazer as peças de acordo com

a linha de produção; quando a peça chegar no sensor indutivo a esteira para, e o

sensor capacitivo envia um sinal para o robô buscar a peça para começar a montar

a produção do automóvel. Automaticamente, quando o robô retirar a peça, a esteira

volta a ligar, repetindo o mesmo processo.

A interface desse sistema ocorrerá através da comunicação do sensor

capacitivo que enviará um sinal para bornes de entrada do robô, e junto com a

programação MelfaBasic irá interpretar e executar o comando para o robô buscar a

peça, e fazer o processo programado da montagem do veiculo.

Para tanto, será criado um ambiente simulando uma linha de produção,

utilizando movimento do braço mecânico, por meio de uma garra paralela ou angular

que suporte grandes quantidades de cargas para movimentos de transporte e

manipulação.

2.1 Robôs RJ-1A

O robô foi desenvolvido pela empresa (MITSUBISHIELECTRIC), de pequeno

porte, para realizar simulações de linha de produção, com fins didáticos, conforme

figura 1.

Figura 1- Robô RJ-1A

Fonte: Mitsubishi (2006).

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2.1.2 Características do Robô RJ – 1A

As características são:

- Especificações gerais: 1 kg de carga útil, com alcance de 418 mm, 2200

m/s. Velocidade + / - 0,020 mm/s Respeitabilidade.

- Compacto Corpo Leve - O RV-1A ocupa um espaço mínimo e é fácil de

instalar. Um corpo principal de peso inferior a 20 kg torna o robô fácil de transportar

ou deslocá-lo.

- De alto desempenho All-purpose Robô Industrial- Equipado com um

servomotor AC-eixo completo e encoder absoluto. O robô oferece um tempo de

contato curto com velocidade máxima de 2,1 m/s.

- Funções melhoradas de Rede- A incorporação de uma CPU de 64 bits

aumenta compatibilidade rede para Ethernet e CC-Link. A conectividade com PCs e

CLPs de alto desempenho, sensores de visão permite velocidades de

processamento mais elevadas e aumento da produtividade.

- Poupança de Energia e Segurança- Uso de um servomotor AC reduz todas

as saídas de eixo para menos do que a capacidade de 50 W e motor a menos de

200 W, criando economias de energia para as operações da planta.

2.2.3 Estruturas

O Robô RJ – 1A, formado por 6 eixos (J1 á J6) é constituído por base, ombro,

antebraço, bloco de cotovelo e pinça, conforme figura 2.

Figura 2 - Componente do braço robótico

Fonte: Mitsubishi (2006).

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2.1.4 Painel de controle

O painel de controle permite executar tais funções como :

POWER: Liga/Desliga;

START: executa o programa no robô (contínuo);

STOP: para o robô imediatamente, e os servos continua ligado:

RESET: desativa um alerta de erro;

EMG. STOP: aciona emergência, e os servos motores serão desligados;

REMOVE T/B: utilizado para remover o T/B com o controlador ligado;

CHNG DISP: Alterna entre os parâmetros mostrados no display, Velocidade

Programa e Linha do programa.

END: Para o programa após executar a última linha

SVO.ON: Liga os Servo Motores

SVO.OFF: Desliga os Servo Motores.

Na figura 3, a exposição do painel.

Figura 3 - Painel de controle

.

Fonte: Mitsubishi (2006).

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2.1.5 Chave de Modo de Operação

No AUTO(Op.), a operação só é possível através do painel de controle, com a

operação por sinais externos ou do Teaching Box é bloqueada.

TEACH: Permite o acesso ao Teaching Box. A operação por sinais externo

ou painel de controle é bloqueada.

Auto(Ext.): A operação só é possível através de sinais externos. A operação

pelo painel de controle ou do Teaching Box é bloqueada, con forme figura 4.

Figura 4 - Chave de moto de operação

Fonte: Mitsubishi (2006).

2.1.6 Controlador Teaching box

O Controlador Teaching box possibilita todos os comandos do robô: (criar,

salvar, deletar programação, controlar movimentos do braço e definir suas

posições).

O Teaching Box é composto por:

1- Botão de Emergência – Desliga os servos do robô

imediatamente.

2- T/B Enable/Disable – Chave para habilitar e desabilitar o Teach

Box.

3- Display LCD – Mostra o Status do robô e dá acesso a todos os

menus.

4- Botões TOOL/JOINT/XYZ – Seleciona o tipo de coordenada de

movimentação.

5- Botão MENU – Retorna ao Menu inicial.

6- Botão STOP – paralisa a execução do programa em execução.

7- Botão STEP/MOVE – Pressionado junto com o botão

DEADMAN, liga os servomotores e permite a movimentação do robô.

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8- Botão + FORWD – Avança nas linhas de programação e

aumenta a velocidade do robô.

9- Botão – BACKWD – Retorna nas linhas de programação e reduz

a velocidade do robô.

10- Botão COND – Habilitam as linhas de programação

11- Botão ERROR RESET – Restabelece um erro e reativa o

programa

12- Botões JOG – Movimenta o robô de acordo com a coordenada

selecionada

13- Botão ADD/- Adiciona e grava uma posição, move o cursor para

cima

14- Botão RPL/- Regrava a posição corrente, move o cursor para

baixo

15- Botão DEL/- Deleta o caractere anterior, pressionado junto com

a tecla POS CHAR, move o cursor para a esquerda

16- Botão HAND– Abre e fecha a garra, pressionado junto com o

botão C+/C-, move o cursor para a direita.

17- Botão INP/EXE – Seleciona a opção no menu, executa o

comando selecionado.

18- Botão POS CHART – Habilitam os botões de letras e números

19- Botão DEADMAN – Pressionado junto com o botão

STEP/MOVE, ativa os servomotor.

Na figura 5, os comandos do Teaching Box

Figura 5 -Teaching Box

Fonte: Mitsubishi (2006).

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3 PROGRAMAÇÃO

3.1Programações por aprendizagem

Os métodos de programação por aprendizagem exigem que o programador

conduza o manipulador, movendo-o fisicamente, de modo a realizar as manobras

que ele deve aceitar.

A programação envolve o uso de um joystick, um teclado comum ou portátil

chamado de Teaching Box, para guiar o robô ao longo de uma trajetória planejada.

Essa trajetória pode ser continua ou ponto a ponto que envia ao controlador que

transforma em coordenadas de movimentos desejados.

3.1.2 Programação On-line e Off-line

Para programação do robô, pode-se utilizar a programação on-line, em que o

operador atua diretamente no robô, ou off-line, em que se utiliza linguagem de

programação.

A programação on-line de um robô, de um modo geral, pode consumir muito

tempo, levando em consideração que uma linha de produção parada é prejuízo.

Em muitas aplicações, envolvendo processos de produção em massa, como

soldagem a ponto em linhas de produção automobilísticas, os requisitos temporais

de reprogramação devem ser minimizados ao máximo.

Então, se conclui que a linha de produção adequada é off-line que em

pequenos e médios lotes de produção, onde os tempos envolvidos podem ser

substanciais, a utilização de Programação Off-line é altamente recomendada.

Conformes vantagens:

Redução do tempo ocioso: O robô pode manter-se na linha de

produção enquanto a próxima tarefa estiver sendo programada. Isto acrescenta

maior flexibilidade aos robôs.

Ambientes potencialmente perigosos: Redução do tempo de

permanência do operador próximo ao robô, reduzindo assim o risco de acidentes por

comportamento anormal do equipamento.

Sistema Simplificado de Programação: Pode-se usar a programação

off-line para programar uma grande variedade de robôs sem a necessidade de

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conhecer as peculiaridades de cada controlador. Reduz-se assim o índice de

reciclagem dos programadores.

Integração com sistemas CAD/CAM: Habilita a interface com banco de

dados de peça centralizando a programação de robôs com estes sistemas

possibilitando o acesso a outras funcionalidades, como por exemplo, planejamento e

controle.

Depuração de Programas: Sistemas de programação off-line com

CAD/CAM integrados podem produzir um modelo da planta (robô + célula de

trabalho) que podem ser usados para detecção de colisões dentro do espaço de

trabalho e se será possível executar determinados movimentos evitando assim

danos ao equipamento.

4 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO DO ROBÔ

4.1 MelfaBasic

Comandos de controle de movimento e posição-Basic. Estes comandos

responsáveis pela definição da posição e Coordenadas, bem como cessão de

interpolação, velocidade.

4.1.2 Linguagens BASIC

Este tipo de linguagem se caracteriza por um algoritmo linear e simples, sem

compilação em módulos separados, sem abstração de dados ou algoritmos,

existindo apenas tipos de dados predefinidos e as chamadas às sub-rotinas não

utilizam passagem de argumentos. Este tipo de linguagem geralmente é

interpretado, linha por linha. Como as linhas de código são sintaticamente

independentes, este método simples de interpretação não causa problemas,

Conforme figura 6.

Figura 6: Lógica de Programação Melfa e Basic

Fonte: Scribd (2008).

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4.1.3 Cirus Studio

Ambiente de programação para todos os robôs da Mitsubishi, onde se cria

programação, e transferência elaborada no Teaching Box na linguagem robô (Melfa

BASIC) Isso é feito de forma eficiente pelo acoplamento direto entre computador e

robô através de uma interface de rede ou uma conexão serial que durante a

execução da programação do robô é monitorado e visualizado pela função de

diagnóstico da Programação Cirus, e apresentado na tela de monitoramento do

computador, conforme figura 7.

Figura 7- cirus studio

Fonte: O autor

5 CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

Controlador lógico Programável (CLP) é um dispositivo eletrônico, baseado

em um microprocessador, projetado para controlar sistema automatizados, capaz de

armazenar e executar instruções definidas pelo software.

Segundo a National Eletrical Manufactures Association (Nema), o CLP é um

aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável para armazenar

internamente instruções e implementar funções especificas, como: lógicas,

sequenciamento, temporização, contagem e aritmética, controlador, por meio de

módulos de entrada e saída.

Suas variáveis são:

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Variáveis de entradas: são sinais externos recebidos pelo CLPs

Variáveis de saída: são os dispositivos controlados por cada ponto de

saída do CLP, conforme figura 8.

Figura 8 - Estrutura de um Controlador Lógico Programável

Fonte: Georgini (2002).

Os primeiros CLP´s surgiram na década de 1960, como consequência das

necessidades das indústrias automotivas de aumentarem a qualidade e

produtividade de suas linhas de produção. Antes, todas as tarefas de controle de

processos industriais eram feito através de Relês, que necessitavam ser

reconstituídos a cada vez que precisava ser modificada sua lógica de controle.

Os CLPs têm sido empregados com muita frequência no controle de máquina

operadoras, têxteis e da indústria de alimentos, conforme figura 9.

Figura 9 - Controlador logico programável.

Fonte: Festo (2013).

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Principais características do CLP:

24 entradas digitais de 24 Vcc

16 saídas digitais a relê, protegidas contra curto circuito

256 registradores

Software de programação por diagrama de contatos (ladder)

Memória Flash RAM para armazenamento de programas

3 entradas digitais

1 saída digital

Comunicação em Rede Ethernet

5.1 Linguagens de Programação Ladder

De acordo com Georgini (2002), o Diagrama Ladder é a linguagem baseada

na representação gráfica da lógica de hardware com relês. A linguagem ladder pode

assumir dois estado (fechado ou aberto) para cada contato que é representado por

uma variável booleana que assumem estados (verdadeiro ou Falso), conforme figura

10.

Figura 10 - Representação de um programa desenvolvido em ladder

Fonte: Franchi e Camargo (2008).

Para logica da esteira nesse projeto o software utilizado é da Festo 4.10 e a

programação é elaborada em Linguagem Ladder

A linguagem Ladder e controlar o acionamento de saídas dependendo

da combinação dos contatos de entrada.

A programação é efetuada pelo diagrama Ladder conforme figura 11.

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Figura 11- Lógica de programação diagrama Ladder

Fonte: O autor

Lógica programada:

Primeiro. Pressionando o botão liga (I0.0) seta flag 1 (F0.0 ) e reset

esteira (O0.0)

Quando o Sensor Indutivo (I0.3) estiver normalmente fechado liga

esteira(O0.0) .

E quando o Sensor Indutivo (I0.3) estiver com o contato aberto desliga

esteira(O0.0).

Quando pressionar o botão Reset (I0.1) aciona saída do flag (F0.1) que

inverte sentido de rotação do motor (O0.1)

Quando pressionar o botão desliga (I0.2) reset flag 1(F0.0) e flag 2

(F0.1) todo circuito e desligado.

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6 SENSORES

Dispositivo que detecta um estímulo físico como calor, luz, campo magnético

e transmite em sinal a um elemento indicador.

6.1Sensores Indutivos

O sensor indutivo são dispositivos eletrônicos que detecta a presença de

metais especialmente em ambientes sujos ou molhados. Também são conhecidos

como sensores de proximidade.

Segundo Rosário (2005, p.69), O sensor indutivo é formado por um indutor de

núcleo aberto. Essa abertura chama-se entreferro. Com núcleo aberto, o campo

magnético tem de passar pelo ar e, por conseguinte, sua intensidade e menor.

Quanto uma peça metálica é aproximada do núcleo do indutor, o campo magnético

passa pela peça, e a sua intensidade aumenta [...].

Os modelos de sensores de proximidade indutivos são usados em processos

de fabricação - por exemplo, para medir a posição dos componentes da máquina.

Eles também são usados em sistemas de segurança, em aplicações como detecção

da abertura de uma porta, e em robótica, onde se pode monitorar um robô ou a

proximidade de seus componentes em relação a outros objetos, de modo orientá-lo

adequadamente. Conforme figura12.

Figura 12 - Sensor de proximidade indutivo

Fonte: Festo (2013)

6.1.2 Sensor Capacitivo

É um sensor capaz de detectar a aproximação de objetos sem a necessidade

de contato físico, com princípio funcionamento semelhante ao de um capacitor que

vem a ser um componente eletrônico capaz de armazenar cargas elétricas. Ele

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mede a distância entre a face frontal do sensor e um objeto alvo. Os sensores

capacitivos são largamente utilizados para a detecção de objetos de natureza

metálica ou não, tais como: Madeira, papelão, cerâmica, vidro, plástico, alumínio,

laminados ou granulados, pós de natureza mineral como talco, cimento, argila.

Funcionamento do sensor de proximidade capacitiva a variação do dielétrico. Pois

um oscilador alimenta um capacitor formado por duas placas em sua extremidade,

que é a parte sensível do aparelho. Quando algum material ingressa nesta região,

provoca uma variação de capacitância alterando o oscilador que é detectado pelo

circuito de acionamento do Sensor Capacitivo, atuando sua carga em série. (Priel,

2009).conforme figura 13.

Figura 13 - Sensor de proximidade capacitivo

Fonte: Festo (2013).

7 POLIA

As polias são amplamente empregadas nas indústrias, por transmitirem torques e velocidade com a possibilidade de ajustes e posicionar peças devido ao sincronismo de seus dentes, conforme figura 14.

Figura 14 - Polia Sincronizada

Fonte: Copyright (2012).

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8 CORREIAS DENTADAS

E uma cinta flexível, que é responsável pela transmissão de rotação para

transmitir força e movimento de uma polia ou engrenagem entre dois eixos árvores

paralelas ou reversas por um par de polias, ou uma motriz (fixada ao eixo motor).

Figura 15 e 16 - Especificações da correia e imagem da correia

Fonte: Copyright Rexon (2011)

Figura 16 - Correia

Fonte: Copyright Rexon (2011)

9 MOTOREDUTOR

Motoredutor é um conjunto composto por motor elétrico e redutor de

engrenagem. O objetivo do motor redutor é fornecer movimento rotativo (RPM) com

torque elevado (Nm), conforme a figura 17.

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Figura 17 - Motoredutor (MRP-710)

Fonte: Motron (2013).

Figura 18- Especificação do Modelo: MRP-710

Fonte: Motron (2013).

Característica Motoredutor:

Corrente contínua

Imã permanente

Massa 280g e 540g

12 Vcc

Engrenagens sinterizadas

Baixo consumo

10 CÁLCULOS DE VELOCIDADE DA ESTEIRA

Transmissão

D1= ø 24 mm D2= ø 64 mm N1= 37RPM N2= xRPM DM = ø 54mm

Sendo:

D1= Diâmetro da Polia Motora

D2= Diâmetro da Polia Movida

DM= Diâmetro Médio eixo movido

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N1= RPM do Motor

N2= RPM da Movida

Relação de transmissão

10.1 Calculo para RPM da polia movida, eixo da esteira.

10.1.2 Comprimento desenvolvido para esteira em volta

L = x 54 = 169.6 mm

10.1.3 Cálculos para velocidade linear da esteira

V = N2 x L = 13.875 x 169.6 =2353.2 mm/min

Ou

V = x D2 x N2 = x 0.54 x 13.875 = 23.53 m/mim

Ou

m/s

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados apresentados na comunicação entre robô e esteira

automatizada demostraram o quanto é importante para o ambiente da indústria

automobilística e nas áreas de segurança do funcionário como também para

proteger do esforço físico. Significa, portanto, que os objetivos foram atingidos e a

prática está de acordo com a teoria que ancorou os argumentos colocados para a

construção do artigo.

O artigo encontra-se concluído, mas passível de continuidade da pesquisa

para a inovação e aprofundamento das questões levantadas.

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12 REFERÊNCIAS

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BURGOSELETONICA.Disponível em:

<http://www.burgoseletronica.net/fonte_estabilizada.html>. Acesso em 28 maio

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CENTINKUNT, Sabri. Mecatrônica. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

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programacao-de-robos-industriais>. Acesso em 25 abr. 2013.

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Disponível em: <http://www.demar.eel.usp.br/>. Acessado em 26 abr. 2013.

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matica/sensordeproximidadeindutivo.htm?fbid=YnIucHQuNTM3LjIzLjE4LjEwMjAuNT

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APÊNDICES APÊNDICE A - LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO DO ROBÔ RJ-1A, ATRAVÉS DO SOFTWARE CIRUS STUDIO. 1 HOPEN 1 10 MVS P1 21 DLY 2 25 *MAINLOOP 26 GOSUB *ESPC 27 GOSUB *PC1 28 GOTO *MAINLOOP 29 HLT 30 *ESPC 31 IF M_IN(7)=0 THEN *ESPC 32 DLY 3 33 IF M_IN(7)=0 THEN *ESPC 34 RETURN 35 *PC1 36 MOV P2 37 MOV P3 38 HCLOSE 1 39 DLY 3 40 MOV P4 50 MOV P5 60 MOV P6 80 MOV P8 90 MOV P9 100 HOPEN 1 101 DLY 3 110 MOV P8 111 GOSUB *PIN 112 RETURN 113 *PIN 114 MOV P12 115 MOV P13 116 MOV P14 117 MOV P1 130 MOV P16 140 MOV P15

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145 DLY 1 146 HCLOSE 1 147 DLY 2 150 MVS P16 155 MOV P1 156 DLY 2 160 MOV P17 180 MOV P19 181 MOV P18 183 DLY 2 184 HOPEN 1 185 DLY 3 190 MOV P19 200 MOV P17 210 MOV P1 215 DLY 2 220 MVS P16 230 MOV P15 240 DLY 1 250 HCLOSE 1 260 DLY 2 270 MOV P16 280 MOV P1 282 DLY 2 290 MOV P17 300 MOV P20 310 MOV P21 312 DLY 2 313 HOPEN 1 314 DLY 1 320 MOV P20 330 MOV P17 340 MOV P1 350 MVS P23 360 MVS P22 370 DLY 1 380 HCLOSE 1 390 DLY 1 400 MVS P23 410 MVS P1 420 MVS P24 430 MVS P25 440 MVS P26 450 DLY 1 460 HOPEN 1 470 DLY 1 480 MVS P25 490 MVS P24 500 MVS P1 510 HLT