intercom 2009
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Boletim informativo produzido pela Jornal Júnior para o Intercom 2009TRANSCRIPT
Olhar entrevista Luiz FerrarettoO professor e pesquisador Luiz Ferraretto é, atualmente, um dos nomes mais expoentes do radiojornalismo nacional. Seu livro “Rádio: Veículo, História e Técnica” compõe a bibliografia básica de qualquer jornalista. Em entrevista ao Olhar, Ferraretto falou sobre a profissão de jornalismo, o maior evento nacional da comunicação e as possibilidades de produção de conteúdo na Era Digital. Confira a entrevista completa.
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Boletim Informativo da Agência Júnior de Jornalismo
Edição EspecialDomingo, 6 de setembro de 2009
TV Digital
Convergência de mídias, Interatividade, Televisão!
Especialistas de todo o Brasil expõe seus artigos sobre TV Digital no Intercom 2009, e TV Universitária da UNESP é
destaque
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CidadesGP reúne pesquisas que retratam a realidade dos grandes centros urbanos. O destaque foi a pesquisa
Cidade dos medos X Cidades dos sonhos sobre o
Rio de Janeiro
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Jornalismo
GP sobre história e jornalismo comandado pela presidente da Associação Brasileira de História da Mídia, Marialva Carlos Barbosa, discute as pesquisas em jornalismo e
aponta erros comuns
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Estudantes apresentam trabalhos no Intercom
Domingo, 6 de setembro de 2009
olhar2
Num cenário de convergência de mí-
dias a televisão não fica de fora, vem aí
a TV Digital. O telespectador que acom-
panhava passivamente os programas tra-
dicionais agora pode interagir com o que
aparece na telinha. Apertando o botão do
controle remoto, um repertório de infor-
mações sobre o programa se mostra na
frente da pessoa. O próprio telespectador
será o protagonista da programação.
Grupo de Trabalho discutiu sábado
pela manhã a TV Digital. O tema foi mui-
to debatido e especialistas do assunto de
todo o Brasil expuseram seus artigos mais
atuais. Dentre 10 participantes, 4 são
estudantes do programa de mestrado em
TV Digital da Unesp - Bauru.
Dentre eles, está Giovana Sanches,
jornalista formada na Unesp e mestranda
do programa de TV Digital. Giovana apos-
ta no poder da conscientização pela in-
teratividade: “Eu acredito num conteúdo
educativo da TV pública digital, pois só ela
propicia o incentivo à cidadania e cultu-
ra”, afirma. Giovana ainda lembra que nas
emissoras comerciais isso se torna difícil
porque elas dependem do lucro para so-
breviver e o espaço para programas edu-
cativos fica menor.
A TVU, Televisão Universitária da
Unesp, é a televisão digital pioneira na
comunidade acadêmica. “A TV ainda está
em fase de implantação, mas já existe
uma grade programas. O meu trabalho
pretende integrar programas da TVU de
3 minutos que abordam um ensino infor-
mal, diferente do das escolas”, ressalta.
Renan Simão
Diversidade de assuntos e técnicas marcam as apresentações
EXPEDIENTE
Diretoria de Recursos Humanos Cristiano
Pátaro Pavini e Danielle Mota Cruz
Diretoria de Projetos Douglas Calixo e
Kelli Franco
Diretoria de Finanças Murilo Tomaz e
Marina Mazzini
Diretoria de Marketing Davi Rocha e Olavo
Barros
Diretoria de Assessoria da Comunicação Renato
Oliveira e Ariani Barbalho Diretor Presidente Diogo Zambello Zacarias Edição Diogo Zambello Zacarias Projeto Gráfico e Diagramação Ana Paula
Campos
Televisão para ensinar
O congresso anual de comunicação reúne em Curitiba pes-
soas de quase todos os estados brasileiros. Os alunos - maioria
no evento - de cursos de comunicação saíram de suas casas
para apresentar projetos de pesquisa ou iniciação científica
concorrendo em diversas categorias.
A estudante do quarto ano de jornalismo da Universidade
Federal de Viçosa, Maristella Paiva, saiu de Minas Gerais para
apresentar um projeto na categoria de jornalismo radiofônico.
O trabalho da mineira ganhou prêmio em primeiro lugar no
Expocom-Exposição da Pesquisa Experimental em Comunica-
ção - Sudeste de 2009 nessa modalidade.
Fugindo da regra, o Advogado Jairo Pontes veio de Fortale-
za, Ceará, para apresentar trabalho no congresso. Participando
pela primeira vez em um evento do tipo ele afirma que as
ciências da comunicação e do direito podem “andar juntas” em
vários aspectos em defesa da democratização da informação.
Jairo destaca também o fato de que o sistema público de
comunicação deve se “desatrelar” da política para que as infor-
mações e os demais conteúdos midiáticos cheguem de forma
imparcial a toda população brasileira.
Vinda de Ilhéus na Bahia, a estudante do segundo ano do
curso de Radio e TV da Universidade Estadual de Santa Cruz,
Laísa Dias, produziu um projeto de pesquisa sobre a reconstru-
ção de identidade da sociedade atual perante o uso dos sites
de relacionamentos. No trabalho, Laísa abordou aspectos da
reconstrução dos chamados “perfis” dentro desse tipo de site e
os motivos que influenciam para que as pessoas alterem suas
verdadeiras identidades.
Foram enviados cerca de 1800 trabalhos para o Intercom,
dos quais mais de 1600 foram aprovados para o congresso.
Além da apresentação de trabalhos, vários grupos de pesquisa
se reúnem durante o congresso. O conteúdo dos grupos de
pesquisa, beneficiarão os mais diversos cursos da grande área
da comunicação.
Vanessa Cancian
unespUNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
Domingo, 6 de setembro de 2009
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Atividades
Mídia, padrões de beleza e baixa renda
Os padrões de beleza socialmente im-
postos sempre foram objetos de trabalhos
das mais diversas áreas do conhecimento.
A tese “Marcas e baixa renda combinam?
Estudo sobre o consumo da beleza por
trabalhadoras domésticas”, de Janaína
Jordão, mestre em Comunicação pela Uni-
versidade Federal de Goiás, abordou tais
questões. O trabalho que foi apresenta-
do no Intercom na manhã deste sábado,
dia 5, esclareceu que o padrão de mulher
considerado “ideal” pelas domésticas en-
trevistadas era a magreza, alta estatura e
cabelo loiro.
Analisando trabalhadoras domésticas
da cidade de Goiânia e comparando com
os discursos das mídias televisivas mais
acessadas por elas, a pesquisadora per-
cebeu que a apropriação do discurso mi-
diático sobre beleza era absorvida pelas
trabalhadoras, e que esse padrão era di-
tado na época principalmente pela novela
“A Favorita”.
Em uma era em que há uma grande
confusão entre o “ser” e o “ter”, é preciso
rever quais são as prioridades para uma
boa vivência, segundo Janaína. A igualda-
de não pode ser apenas no discurso, tem
que se concretizar na sociedade. A busca
por uma beleza ideal parece não ter fim,
mesmo que custe mais do que é possível
pagar. Como afirma Janaína, “no caso da
beleza, elas não vão parar de consumir
por causa do preço. Se for caro, elas pro-
curam preços que sejam viáveis às pesso-
as de baixa renda”.
Busca pela beleza ganha cada vez mais espaço no cotidianoHenri Chevalier
Foto: Paula Machado
A mestre em Comunicação Janaína Jordão
conclui influência da mídia no consumismo
História do jornalismo é discutida em GPComunicadora explica erros comuns em pesquisas sobre jornalismo
O Grupo de Pesquisas sobre história
do jornalismo apresentou na manhã deste
sábado, 5, o artigo “Combates: por uma
história da mídia e do jornalismo no Bra-
sil”, de Marialva Carlos Barbosa - presiden-
te da Associação Brasileira de História da
Mídia -, Universidade Federal Fluminense
e Ana Paula Goulart Ribeiro, da Universi-
dade Federal do Rio de Janeiro.
O texto faz uma reflexão crítica sobre
as pesquisas em história do jornalismo.
De acordo com Marialva, as pesquisas
tem que partir do nível micro para o ma-
cro, ou seja, da análise do objeto para a
contextualização mais ampla. A presiden-
te comparou a pesquisa com uma árvore:
“Se você não entender a estrutura da fo-
lha, fica complicado entender como fun-
ciona a árvore. É assim com a pesquisa”,
disse enquanto explicava que a maioria
das pesquisas não sai do nível micro para
o macro. Esse seria um dos principais mo-
tivos que atravancam o desenvolvimento
dos conteúdos pesquisados.
Outro problema das pesquisas em jor-
nalismo é a falta de contextualização das
teses em relação à história. Eles são ex-
tremamente pontuais e segundo Marialva,
“a História é um sistema complexo e tem
que ser tratada como tal”.
As pesquisas no Brasil estão concen-
tradas na região Sudeste, principalmente
por ser mais populosa e ter mais poder
econômico. “Mesmo aqui no congresso
do Intercom, que você tem um universo
de mais de quatro mil pessoas inscritas,
se você for ver o quantitativo da região
Norte e Centro-Oeste, é bem modesto por
que não há incentivo aos pesquisadores.
E ainda tem as características físicas do
território, que dificultam a mobilidade”,
lamenta Marialva.
Domingo, 6 de setembro de 2009
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Entrevista
Luiz Ferraretto visita redação da Jornal Júnior e bate um papo com a equipe
Os alunos de comunicação do Brasil,
sobretudo os de Jornalismo, já estão fa-
miliarizados com o nome de Luiz Arthur
Ferraretto. O professor gaúcho é autor de
livros famosos do meio acadêmico, como
por exemplo a obra: “Rádio: Veículo, his-
tória e técnica”.
Ontem, Ferraretto veio à redação da
Jornal Júnior no Intercom, e conversou
com a equipe do Olhar sobre as novas
tendências do Jornalismo, as novas con-
vergências das mídias e sobre o maior
evento de comunicação do país.
OLHAR: Qual é o significado de um Con-gresso de comunicação que reúne comu-nicólogos de vários lugares do país?FERRARETTO: O Intercom é a grande
oportunidade da troca de opinião e infor-
mação entre pesquisadores. É importante
discutir a Comunicação, pois ao discutí-la,
você está debatendo a sociedade brasi-
leira. Hoje por mais remoto que seja um
agrupamento humano, por mais longe
que ele esteja da civilização, ele vai ter
que estar muito longe para não ter algum
tipo de comunicação midiatizada por al-
guma tecnologia. E mesmo que ele não
tenha uma comunicação mediada, a co-
municação humana está presente sempre
na sociedade.
OLHAR: O tema do Intercom desse ano é Comunicação, Educação e Cultura na Era Digital. Você é um dos grandes pes-quisadores da radiodifusão brasileira. Como você vê a inserção do Rádio na Era digital? Você acha que a Internet re-volucionou o Rádio?FERRARETTO: Toda tecnologia que en-
tra no ambiente comunicacional altera
todos os elementos anteriores. Quando a
internet começa a se consolidar, ela traz
uma idéia que, embora não totalmente
verdadeira (Ferraretto não acredita que a
interatividade proporcionada pela internet
seja tão grande como dizem), ela trouxe
a idéia de interatividade. A internet mu-
dou o ambiente comunicacional pela idéia
de interativida-
de. Ela deu a
possibilidade do
Rádio estar em
todos os lugares
do mundo. Hoje
até mesmo as
Rádios Comuni-
tárias que não conseguiram se legalizar
conseguem operar pela internet para o
mundo inteiro. A internet deu essa liber-
dade: a rádio deixou de ser de um lugar
específico e passou a ser o lugar de onde
ela chega ou onde há o interesse pela co-
municação.
OLHAR: Como o rádio reage ao proces-so de consolidação da internet como ele-mento emulsificador das mídias?FERRARETTO: Nesse processo de con-
vergência, o fator mais importante, talvez,
para o rádio não seja especificamente a
internet. Este é o segundo fator, perde
por pouco para outra grande tecnologia
dessa era que é o celular. O celular “ma-
tou” o radinho transitorizado. Para dentro
do celular foi o FM, mas não foi o AM. E
aí mudou muita coisa para o Rádio. Por
questões técnicas, a nova tendência é que
a Rádio se torne freqüência modulada.
Isso implicaria na
quase “extinção”
do AM. E quem
poderia, talvez,
salvar essa gran-
de escola de co-
municação que é
a Rádio por am-
plitude modulada é a Rádio Digital.
OLHAR: Você acredita que as radiodi-fusoras brasileiras já estão preparadas para trabalhar com a Rádio Digital? E os
Professor fala sobre Intercom, jornalismo, convergência de mídias e a Era DigitalDouglas Calixto
É importante discutir a Comunicação,
pois ao discutí-la, você está debatendo a sociedade brasileira
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Luiz Ferraretto visita redação da Jornal Júnior e bate um papo com a equipe Professor fala sobre Intercom, jornalismo, convergência de mídias e a Era Digital
jornalistas e produtores saberão lidar com Rádio Interativa?FERRARETTO: O modelo de Rádio Digital
no Brasil tem que ser barato – tecnologia
aberta – para que a transição do analógi-
co para o digital seja efetivada com suces-
so: esse é o primeiro passo. Infelizmente,
as rádios comunitárias e as rádios com es-
truturas menores não terão condições de
fazer a transição e perderam espaço na
Rádio Digital. As demais emissoras terão
que aprender a trabalhar com a interati-
vidade, o que é o principal desafio que
elas terão. Já os jornalistas terão que ter
uma perspectiva convergente, terão que
operar aparelhos que eles não operavam
anteriormente. Mas, fundamentalmente,
eles terão que fazer com que o conteú-
do tenha uma forma profunda, elevada,
crítica. E que esse conteúdo esteja apre-
sentado de uma forma agradável ao pú-
blico. Achar que forma é mais importante
que conteúdo é bobagem. Não adianta a
mídia, o formato, se o conteúdo não for
bom.
OLHAR: No seu livro “Rádio: História, ve-ículo e técnica” você enumera questões fundamentais para a produção jornalísti-ca do Rádio. Porém, cada vez mais nas rádios noticiosas do Brasil, é difícil encon-
trar padronização e segmento de estru-turas que privilegiem a boa narrativa da notícia. Como você vê essa defasagem?
FERRARETO: A grande preocupação que
existe nos meios de comunicação é vender
anúncio. Alguns se preocupam com qua-
lidade. Estes vão criar padrões de produ-
ção e aqueles não vão se preocupar com
isso. Porém, quando eu fiz o meu livro eu
procurava achar
um padrão médio
para poder ensinar
as pessoas a pro-
duzir em rádio. Eu
não me preocupo
se o sujeito escre-
ve em caixa alta
ou em caixa baixa
numa emissora de
rádio. Preocupo-me com que ele fale cor-
retamente, que se expresse corretamente
e de uma forma interessante com o seu
público. O problema todo é que muita
gente se forma dentro do mercado. E lá
não tem uma pessoa que vai te orientar,
dizer se está bom ou ruim. E aí entra a
Universidade, a formação cultural do in-
divíduo e a formatação dele na Universi-
dade. Porque aí ele vai saber dizer saber
dizer o que é correto e o porquê é correto
para a utilização de certas técnicas.
OLHAR: Para finalizar, qual a sua expec-tativa para o jornalismo, para a comuni-cação social em si? Com as mudanças tecnológicas, o que o os profissionais da área devem procurar?FERRARETTO: A função do jornalista é
de mudar a sociedade usando a informa-
ção correta. Quando
a gente “bate no
peito” e diz que fez
um bom trabalho
durante o dia, nós
podemos dormir
tranqüilos e não nos
deixar levar pelos
circos de poder que
nós nos envolvemos
nessa profissão. Nós não somos importan-
tes porque aparecemos na mídia: no dia
em que deixamos de aparecer na mídia,
nós deixamos de existir para as pessoas
que nos viam. E, logo, para as pessoas
que não nos viam a gente nunca existiu. A
gente tem que existir como interferência
na sociedade e essa interferência se dá
por uma informação séria. Seguindo es-
ses preceitos, ou apenas relembrando-os,
temos um futuro seguro para a profissão.
Achar que forma é mais importante que conteúdo é bobagem. Não adianta a mídia, o formato, se o conteúdo
não for bom
Rio de Janeiro: sentimento de seguran-
ça aumentou a sociabilidade da popula-
ção durante o Pan
olhar
Pesquisa
Medo e Sonho: pesquisa aborda as duas faces do Rio de Janeiro
O Núcleo de pesquisas Comunicação e
Culturas urbanas debateu, na manhã do
sábado, o retrato das grandes cidades na
mídia e sua percepção pelo público. Na
sessão 1 do núcleo, foram apresentados
5 trabalhos relacionados aos fenômenos
sociais que envolvem a realidade dos cen-
tros urbanos.
Dentre as pesquisas apresentadas,
vale destacar “Cidade dos medos x Cidade
dos sonhos: o paradoxo das representa-
ções do jornal O Globo durante o Pan no
Rio de Janeiro”, realizada pela Professora
Vânia Fortuna, da Universidade Veiga de
Almeida (UVA), e pelo Professor Ricardo
Freitas, da Universidade Estadual do Rio
de Janeiro (UERJ).
A pesquisa foi baseada na cobertura
feita pelo jornal “O Globo” sobre os Jogos
Panamericanos de 2007 e ocorrências po-
liciais noticiadas nesse período. Vânia afir-
ma que o evento foi
supervalorizado e
que o jornal associa
a presença de um
efetivo maior de
policias a um mo-
mento de felicidade
e liberdade vivido
pelo Rio. “Durante
o Pan as pessoas saíam mais, sociabiliza-
vam mais. O Rio viveu um momento de
euforia, mas com uma preocupação cons-
tante do que aconteceria após o fim do
evento”, afirma.
A pesquisa mostrou que “O Globo”
deixou de lado, no período do evento, sua
visão de cidade perigosa, admitindo um
novo olhar sobre a
cidade, retratada
como segura e fe-
liz. “O Rio é de fato
uma cidade dos so-
nhos e possui uma
alegria permanente
de viver, o proble-
ma é que a violência
marca de forma brutal o imaginário e o
cotidiano da cidade”, comenta Ricardo.
O legado deixado pelo Pan America-
no no Rio é algo polêmico, entretanto,
segundo Vânia, houve um lado positivo.
Foram adiquiridos mais de 1.500 carros
novos para a segurança pública, além de
câmeras instaladas por toda a cidade e da
restauração de importantes ícones arqui-
tetônicos. Todavia, a professora ressalta
que a receita dos jogos poderia ter sido
melhor investida. “Faltou planejamento
por parte dos governos federal, estadual
e municipal. A preocupação deveria ser
com algo mais aprofundado, e não só com
a ‘maquiagem’ da cidade”, diz Vânia.
Professores discutem paradoxo vivido pela cidade dos sonhos e dos medos
Renato Oliveira
A preocupação deveria ser com algo mais aprofundado,
e não só com a “maquiagem” da cidade
Foto: Kelli Franco
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