interações medicamentosas trabalho

25
ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR AMANDA CAVALCANTE SILVA DANIELLE GALINDO JANINA MARQUES JOSÉ RICARDO MARIA NICILENE MAX FELIPPE SYMON JONANTAN INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Upload: amanda-cavalcante

Post on 07-Dec-2015

230 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Interações medicamentosas é o evento clinico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico do ambiente.Quando dois medicamentos são administrados concomitantemente a um paciente, eles podem agir de forma independente entre si, ou podem proporcionar aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou de efeito tóxico de um ou de outro. O desfecho de uma interação pode ser perigoso quando promove aumento da toxicidade de um fármaco.Porém, há interações benéficas e úteis, como a prescrição deliberada de anti-hipertensivos e diuréticos, em que estes aumentam o efeito daqueles ou reduzem seus efeitos adversos. No entanto, as características do paciente podem favorecer a ocorrência das interações.

TRANSCRIPT

Page 1: Interações Medicamentosas Trabalho

ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR

AMANDA CAVALCANTE SILVA

DANIELLE GALINDO

JANINA MARQUES

JOSÉ RICARDO

MARIA NICILENE

MAX FELIPPE

SYMON JONANTAN

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

CARUARU,2013

Page 2: Interações Medicamentosas Trabalho

1. Introdução

O QUE SÃO INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS?

Interações medicamentosas é o evento clinico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico do ambiente.

Quando dois medicamentos são administrados concomitantemente a um paciente, eles podem agir de forma independente entre si, ou podem proporcionar aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou de efeito tóxico de um ou de outro. O desfecho de uma interação pode ser perigoso quando promove aumento da toxicidade de um fármaco.

Porém, há interações benéficas e úteis, como a prescrição deliberada de anti-hipertensivos e diuréticos, em que estes aumentam o efeito daqueles ou reduzem seus efeitos adversos. No entanto, as características do paciente podem favorecer a ocorrência das interações.

CLASSIFICAÇÃO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações farmacodinâmicas são aquelas em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro no seu sítio de ação ou no mesmo sistema fisiológico. São as mais frequentes e podem propiciar:

1) Sinergismo: ocorre quando dois ou mais fármacos são administrados conjuntamente têm o mesmo efeito farmacológico.

2) Antagonismo: acontece quando a administração conjunta de fármacos pode levar à diminuição do efeito, por exemplo, por competição ou bloqueio do receptor.

3) Alterações no equilíbrio hidroeletrolítico.4) Aumento dos teores plasmáticos de lítio, no caso de diuréticos

tiazídicos.

Interações farmacocinéticas ocorrem quando um fármaco modifica o processo pelo qual outro é absorvido, distribuído, biotransformado ou excretado.

Na absorção

Alteração de pH gastrointestinal; Adsorção, quelação e outros mecanismos de complexação; Alteração na motilidade gastrointestinal; Redução na absorção.

Na distribuição

Competição pela ligação a proteínas plasmáticas; Hemodiluição com redução de proteínas plasmáticas;

Page 3: Interações Medicamentosas Trabalho

Na biotransformação

Indução enzimática; Inibição enzimática;

Na excreção

Alteração de pH urinário; Alteração na excreção ativa tubular renal; Alteração no fluxo sanguíneo renal; Alteração na excreção biliar e no ciclo êntero-hepático.

Interações farmacêuticas ou incompatibilidades ocorrem in vitro, isto é, antes da administração dos fármacos no organismo, quando se misturam dois ou mais numa mesma seringa, equipo ou outro recipiente. Devem-se a reações químicas ou físico-químicas que resultam em:

Alterações organolépticas; Formação de novo composto; Diminuição da atividade ou inatividade de um ou mais dos fármacos

originais; Aumento da toxicidade de um ou mais dos fármacos originais.

Interações medicamento-alimento o uso concomitante de medicamentos e alimentos pode ter implicações clinicas importantes, contudo, muitas dessas combinações não produzem interações ou resultam em interações sem importância clínica.

Como resultado, alguns medicamentos são preferentemente administrados com alimentos, seja para aumentar a absorção ou para diminuir o efeito irritante sobre o estômago; de modo oposto, há medicamentos que têm a disponibilidade e a eficácia diminuídas se administrados com alimentos. Nestes casos, a administração deve ser feita com o estômago vazio, ou seja, uma hora antes ou duas horas depois das refeições.

2. Metodologia

O trabalho realizado no PSF Caiucá I, nas tardes dos dias 05, 12, 19 e 26 de março de 2013, com visitas domiciliar, acompanhados por agentes comunitários de saúde (ACS) e do preceptor João Paulo, foram visitadas 42 residências, no total de 48 pacientes atendidos.

Dentre as diversa classes de medicamentos foram detectadas durantes as visitas: contraceptivos, antifúngicos, anti-hipertensivos, diuréticos, antilipemiantes, psicotrópicos, antiarrítmicos, hipoglicemiantes, anti-inflamatórios, anti-hiperglicemiantes e antibióticos.

Pode-se observar que 62,5% dos pacientes fazem uso de anti-hipertensivo e 33,3% de diuréticos, levando em consideração esses dados, foram analisadas as interações dos medicamentos relacionados com a hipertensão, como anti-hipertensivos, diuréticos, hipolipemiantes,

Page 4: Interações Medicamentosas Trabalho

hipoglicemiantes e anti-hiperglicemiantes, que mais foram citados pelos pacientes.

3. Interações medicamentosas:

Ácido acetilsalicílico (AAS)

Ácido valproico: pode aumentar as concentrações séricas de ácido valproico livre

Anticoagulantes (anisindiona, femprocumona, heparinas de baixo peso molecular, varafrina): aumento da atividade anticoagulante e risco de sangramento.

Celecoxibe: aumento do risco de sangramento gastrintestinal. Cetorolaco: pode resultar em aumento dos efeitos adversos

gastrintestinais (úlcera péptica, sangramento e perfuração gastrintestinal).

Corticoides sistêmicos (por exemplo, predinisona, predinisolona, dexametasona, metilpredinisolona): aumento do risco de ulcerações gastrintestinais e concentração séricas sub-terapêuticas do AAS

Diltiazem, verapamil: pode resultar em prolongamento do tempo de sangramento.

Estreptoquinase: aumento do risco de complicações hemorrágicas. Furosemida: pode diminuir o efeito diurético da furosemida. Ginkgo, Ticlopidina, Venlafaxina: aumento do risco de sangramento. Ibuprofeno: possível redução do efeito antiplaquetário do AAS. Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), como capitopril

e enalapril: o uso concomitante com o AAS pode diminuir a efetividade do inibidor da ECA.

Inibidores da receptação de serotonina (citalopram, fluoxetina, paroxetina, sertralina): aumento do risco de sangramento.

Metotrexato: aumento risco de toxicidade do metrotexato (leucopenia, trombocitopenia,anemia,ulcerações nas mucosas).

Nitroglicerina: pode aumentar as concentrações da nitroglicerina e depressão aditivada função plaquetária.

Sulfonilureias (exemplo, clopropamida, tolbutamida): aumento do risco de hipoglicemia.

Vacina contra varicela: pode aumentar o risco de desnvolvimentode síndrome de Reye.

Page 5: Interações Medicamentosas Trabalho

Anlodipino

Antifúngico azólicos, amiondarona, bloqueadores B-adrenégicos; inibidores de protease podem aumentar o efeito do anlodipino com risco de toxicidade

Fentalina pode aumentar o risco de hipotensão Clopidrogel pode ter concentrações plasmáticas diminuídas pelo

anlodipino. Erva-de-são-joão (Hipericum perfuratum) pode diminuir o efeito de

anlodipino.

Amiondarona

Alprazolam, anticoagulantes cumrínicos, aripiprazol, betabloqueadores adrenérgicos, bloqueadores de canais de cálcio, budesonida, buspirona,ciclosporina, clonazepam, clopidogrel, corticoesteróides, diazepam, ergotamina e análogos, digoxina, docetaxel, estatinas, estrógenos conjugados, fentanila, fenitoína, lindocaína, midazolam, metotrexato, procainamida, quinidina, teofilina, vincristina,: podem ter suas concentrações plasmáticasaumentadas pela amiondarona.

Antiarrítmicos da classe 1A, cisaprida, fluoroquinolonas, inibidores de protease, loratadina, tioridazina, pimozida: contraindicado o uso concomitante, pelo aumento do risco de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de pontes, parada cardíaca).

Fenitoína, nevirapina, rifampicina, rifapentina: pode ocorrer diminuição da concentração plasmática da amiondarona, reduzindo o efeito.

Metronidazol, trazodona: pode ocorrer aumento da concentração plasmática e do efeito da amiondarona.

Atenolol

Amiondarona, bloqueadores de canal de cálcio diidropiridínicos, diltiazem, fentanila, quinidina, verapamil: podem aumentar o efeito hipotensor, bradicardiazante do atenolol e o risco de parada cardíaca.

Bloqueadores alfa-1-adrenérgicos (na primeira dose) e digoxina: podem ter seu efeito aumentado pelo atenolol.

Clonidina moxonidina: em uso concomitante com atenolol, pode ocorrer crise hipertensiva durante a suspensão desses medicamentos. Suspender o betabloqueador antes de retirar a clonidina ou moxonidina, monitorar a pressão arterial.

Page 6: Interações Medicamentosas Trabalho

Erva-de-são-joão (Hipericum perforatum) pode diminuir efeito do betabloqueador.

Hipoglicemiantes podem ter os sintomas de hipoglicemia mascarados pelo atenolol e causar hiper ou hipoglicemia.

Atorvastatina

O risco de miopatia durante o tratamento com inibidores da HMG-CoA redutase se apresenta aumentado com a administração concomitante de ciclosporina, fibratos, niacina ou inibidores do citocromo P450 3A4 (por exemplo, eritromicina e antifúngicos azólicos)

• Inibidores do citocromo P450 3A4: a atorvastatina é metabolizada pelo citocromo P450 3A4. Administração concomitante de atorvastatina com inibidores do citocromo P450 3A4 pode levar a aumentos na concentração plasmática de atorvastatina. A extensão da interação e potencialização dos efeitos dependem da variabilidade dos efeitos sobre o citocromo P450 3A4.

• Eritromicina/claritromicina: a coadministração de atorvastatina e eritromicina (500 mg, a cada 6 horas) ou claritromicina (500 mg, a cada 12 horas), inibidores conhecidos do citocromo P450 3A4, foi associada a concentrações plasmáticas mais elevadas da atorvastatina.

• Inibidores da protease: a coadministração de atorvastatina e inibidores da protease, inibidores conhecidos do citocromo P450 3A4, foi associada ao aumento nas concentrações plasmáticas de atorvastatina.

• Cloridrato de diltiazem: a coadministração de atorvastatina (40 mg) com diltiazem (240 mg) foi associado com concentrações plasmáticas

maiores de atorvastatina.• Cimetidina: um estudo de interação de atorvastatina com cimetidina foi

realizado e não foi observada interação clinicamente signifi cativa. Suco de grapefruit: contém 1 ou mais componentes que inibem a CYP

3A4 e pode aumentar as concentrações plasmáticas de atorvastatina, especialmente com consumo excessivo de suco de grapefruit (> 1,2 litros por dia).

• Indutores do citocromo P450 3A4: a administração concomitante de atorvastatina com indutores do citocromo P450 3A4 pode levar a reduções variáveis nas concentrações plasmáticas de atorvastatina.Devido ao mecanismo de interação dupla de rifampicina, (indução e inibição do citocromo P450 3A4 de hepatócito transportador de captação OATP1B1), não é recomendada a coadministração de atorvastatina com rifampicina, porque a administração de atorvastatina após administração de rifampicina foi associada com uma redução significativa das concentrações plasmáticas de atorvastatina.

Page 7: Interações Medicamentosas Trabalho

• Antiácidos: a coadministração de atorvastatina com um antiácido na forma de suspensão oral contendo hidróxido de magnésio e de alumínio provocou uma diminuição nas concentrações plasmáticas de atorvastatina de aproximadamente 35%; entretanto, a redução no LDL-colesterol não apresentou alterações.

• Antipirina: uma vez que a atorvastatina não afeta a farmacocinética da antipirina, não são esperadas interações com outros fármacos metabolizados através das mesmas isoenzimas.

• Colestipol: as concentrações plasmáticas de atorvastatina foram menores (aproximadamente 25%) quando o colestipol foi administrado com atorvastatina. Entretanto, os efeitos nos lípides foram maiores quando a atorvastatina e colestipol foram coadministrados em comparação à administração isolada de qualquer dos fármacos.

• Digoxina: quando foram coadministradas doses múltiplas de digoxina e atorvastatina 10 mg, as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio não foram afetadas. Entretanto, as concentrações de digoxina aumentaram em aproximadamente 20% após a administração diária de digoxina com atorvastatina 80 mg. Pacientes utilizando digoxina devem ser monitorados adequadamente.

• Azitromicina: a coadministração de atorvastatina (10 mg, 1 vez ao dia) eazitromicina (500 mg, 1 vez ao dia) não alterou as concentrações plasmáticas da atorvastatina.

• Contraceptivos orais: a coadministração com um contraceptivo oral contendo noretindrona e etinilestradiol aumentou os valores de AUC da noretindrona e do etinilestradiol em aproximadamente 30% e 20%. Estas elevações devem ser consideradas na escolha do contraceptivo oral em mulheres utilizando atorvastatina.

• Varfarina: foi realizado um estudo de interação de atorvastatina com varfarina e não foi observada qualquer interação clinicamente signifi cante.

• Anlodipino: a farmacocinética da atorvastatina não foi alterada pela coadministração de atorvastatina 80 mg e anlodipino 10 mg, no estado de equilíbrio.

• Outros tratamentos concomitantes: em estudos clínicos, a atorvastatina foi utilizada concomitantemente com agentes anti-hipertensivos e terapia de reposição de estrógenos sem evidências de interações adversas clinicamente significantes. Estudos de interação com agentes específi cos não foram realizados.

Capitopril

Alfainterferona 2, alopurinol, azatioprina, diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio podem ter efetividade/toxicidade aumentada pelo capitopril.

Page 8: Interações Medicamentosas Trabalho

Bupivacaína, clorpromazina, diuréticos de alça (primeira dose), diuréticos tiazídicos (primeira dose) podem aumentar o efeito do captopril.

Ácido acetilsalicílico ou anti-inflamatórios não-esteróides: podem diminuir a efetividade do captopril.

Clortalidona

Em consequência da administração concomitante dos seguintes medicamentos podem ocorrer interações com:

Medicamentos que afetam o nível sérico de potássio: o efeito hipocalêmico dos diuréticos pode ser aumentado pela administração concomitante de corticosteroides, ACTH, agonistas beta2, anfotericina, carbenoxolona e estimulantes laxativos, e altas doses de penicilina e, salicilatos (vide “Advertências e precauções”).

Lítio: os diuréticos aumentam o nível de lítio no sangue; portanto, esse nível deve ser monitorizado em pacientes sob terapia concomitante de clortalidona com lítio. Onde o tratamento com lítio induziu poliúria, os diuréticos podem exercer um efeito antidiurético paradoxal.

Glicosídeos digitálicos: Hipocalemia ou hipomagnesemia induzida por tiazida pode favorecer a ocorrência de arritmias cardíacas induzidas por digitálicos (vide “Advertências e precauções”).

Outros agentes anti-hipertensivos: os diuréticos potencializam a ação dos fármacos anti-hipertensivos (por ex., guanetidina, metildopa, betabloqueadores, vasodilatadores, bloqueadores do canal de cálcio e inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina e inibidores diretos da renina).

Medicamentos que afetam o nível sérico de sódio: a hiponatremia provocada pelos diuréticos pode ser intensificada pela administração concomitante de alguns medicamentos que também produzem a hiponatremia, tais como: - antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, antineoplásicos, etc. Cautela é recomendada na administração a longo prazo desses medicamentos (vide “Advertências e precauções”).

Álcool, barbitúricos, narcóticos ou antidepressivos: a administração concomitante de diuréticos tiazídicos com álcool, barbitúricos, narcóticos ou antidepressivos pode potencializar a hipotensão ortostática.

Alopurinol: a administração concomitante de diuréticos tiazídicos pode aumentar a incidência de reações de hipersensibilidade ao alopurinol.

Medicamentos anti-inflamatórios não-esteroidais: a administração concomitante de certos medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides (por ex., indometacina), incluindo inibidores da COX-2, pode reduzir a atividade diurética e anti-hipertensiva dos diuréticos, tendo ocorrido casos isolados de deterioração da função renal em pacientes predispostos.

Page 9: Interações Medicamentosas Trabalho

Agentes anticolinérgicos: a biodisponibilidade de diuréticos tiazídicos pode ser aumentada por agentes anticolinérgicos (atropina, biperideno), aparentemente em função de uma diminuição da motilidade gastrintestinal e da taxa de esvaziamento gástrico.

Agentes antidiabéticos: pode ser necessário reajustar a dosagem de insulina e de agentes antidiabéticos orais.

Ciclosporina: O tratamento concomitante com ciclosporina pode aumentar o risco de hiperuricemia e complicações do tipo gota.

Agentes antineoplásicos: a administração concomitante de diuréticos tiazídicos pode reduzir a excreção renal de agentes citotóxicos (ex., ciclofosfamida e metotrexato) e potencializar seu efeito mielossupressor.

Amantadina: a administração concomitante pode aumentar o risco de reação adversa causada por amantadina.

Vitamina D: a administração de diuréticos tiazídicos com vitamina D pode potenciar o aumento do cálcio no soro.

Sais de cálcio: a administração de diuréticos tiazídicos com vitamina D pode potencializar o aumento do cálcio sérico.

Relaxantes da musculatura esquelética: os diuréticos potencializam a ação dos relaxantes musculares, como derivados do curare.

Diazóxido: a administração concomitante de diuréticos tiazídicos pode aumentar o efeito hipoglicemiante do diazóxido.

Resinas de troca iônica: a absorção de diuréticos tiazídicos é prejudicada pela presença de resinas de troca aniônica como a colestiramina ou colestipol, e uma diminuição do efeito farmacológico pode ser esperada. No entanto, organizando os horários de administração da clortalidona e resina, de forma que a clortalidona seja administrada pelo menos 4 horas antes ou 4-6 horas após a administração da resina, pode potencialmente minimizar a interação.

Enalapril

Ácido acetilsalicílico ou anti-inflamatórios não-esteróides e rifampicina: pode resultar em diminuição de efeito do enalapril.

Alfainteferona 2, azatioprina: o uso concomitante com enalapril pode resultar em anormalidades hematológicas.

Bupivacaína, diuréticos de alça (primeira dose), diuréticos tiazídicos (primeira dose), diuréticos poupadores de potássio, metformina, suplementos de potássio, trimetoprima: podem aumentar o efeito/toxicidade do enalapril.

Clomipramina: pode ter efeito aumentado pelo enalapril.

Espironolactona

Page 10: Interações Medicamentosas Trabalho

Ácido acetilsalicílico ou anti-inflamatórios não-esteróides podem reduzir o efeito da espironolactona.

Alcaçuz: risco de hipopotassemia e/ou redução da efetividade do diurético.

Arginina, digoxina e inibidores da ECA podem ter o efeito aumentado pela espironolactona.

Digitoxina pode ter o efeito aumentado ou reduzido pela espironolactona.

Outros diuréticos poupadores de potássio: risco aumentado de hiperpotassemia.

Sotalol pode ter risco de cardiotoxicidade aumentado por diuréticos

Ezetimiba

Em estudos pré-clínicos, demonstrou-se que a ezetimiba não induz enzimas de metabolização do citocromo P-450. Não foram observadas interações farmacocinéticas clinicamente relevantes entre a ezetimiba e os medicamentos reconhecidamente metabolizados pelos citocromos P-450 1A2, 2D6, 2C8, 2C9 e 3A4 ou N-acetiltransferase.

A ezetimiba não exerceu efeito sobre a farmacocinética dos seguintes compostos: dapsona, dextrometorfano, digoxina, anticoncepcionais orais (etinilestradiol e levonorgestrel), glipizida, tolbutamida, ou midazolam durante a co-administração. A cimetidina, co-administrada com a ezetimiba, não exerceu efeito sobre a biodisponibilidade da ezetimiba.

Antiácidos: a administração concomitante de antiácidos reduziu a taxa de absorção da ezetimiba, embora não tenha exercido efeito sobre a biodisponibilidade. Esta redução da taxa de absorção não é considerada clinicamente relevante.

Colestiramina: a administração concomitante de colestiramina reduziu a AUC média da ezetimiba total (ezetimiba + glicuronídeo de ezetimiba) em aproximadamente 55%. A redução adicional do LDLC pelo acréscimo da ezetimiba à colestiramina pode ser minimizada por esta interação.

Ciclosporina: em um estudo que envolveu oito pacientes submetidos a transplante renal, com clearance de creatinina >50 mL/min e que estavam recebendo dose estável de ciclosporina, uma única dose de 10 mg de ezetimiba resultou em aumento de 3,4 vezes (variação de 2,3 a 7,9 vezes) da AUC média para a ezetimiba total em comparação com uma população de controle sadia de outro estudo (n= 17). Em um estudo diferente, um paciente submetido a transplante renal com insuficiência renal grave (clearance de creatinina de 13,2 mL/min/1,73 m2) que estava recebendo diversos medicamentos, inclusive ciclosporina, apresentou exposição 12 vezes maior à ezetimiba total em comparação com os controles de comparação. Em um estudo cruzado

Page 11: Interações Medicamentosas Trabalho

de dois períodos, a administração de 20 mg de ezetimiba diariamente durante durante 8 dias com uma única dose de 100 mg de ciclosporina no 7º dia a 20 indivíduos saudáveis resultou em aumento de 15%, em média, na AUC da ciclosporina (variação de 10% de redução a 51% de aumento) quando comparado a uma dose única 100-mg de ciclosporina isoladamente.

Fibratos: a segurança e a eficácia da co-administração de ezetimiba e fenofibrato foram avaliadas em um estudo clínico, CoAdministração com fenofibrato); a co-administração da ezetimiba com outros fibratos não foiestudada. Os fibratos podem aumentar a excreção biliar de colesterol, levando à colelitíase. Em um estudo pré-clínico conduzido em cães, a ezetimiba aumentou as concentrações de colesterol na vesícula biliar. Embora a importância para os seres humanos deste achado pré-clínico seja desconhecida, a co-administração de ezetimiba com fibratos (exceto com o fenofibrato) não é recomendada até que o uso em pacientes seja estudado.

Fenofibrato: em um estudo farmacocinético, a administração concomitante de fenofibrato aumentou as concentrações de ezetimiba total em aproximadamente 1,5 vezes. Esse aumento não foi considerado clinicamente significativo.

Genfibrozila: em um estudo farmacocinético, a administração concomitante de genfibrozila aumentou as concentrações de ezetimibe total em aproximadamente 1,7 vezes. Esse aumento não foi considerado clinicamente significativo. Não estão disponíveis dados clínicos.

Vastatinas: não foram observadas interações farmacocinéticas clinicamente importantes quando a ezetimiba foi co-administrada com atorvastatina, sinvastatina, pravastatina, lovastatina, fluvastatina ou rosuvastatina.

Varfarina: A administração concomitante de ezetimiba (10 mg em dose única diária) não apresentou um efeito significativo sobre a biodisponibilidade da varfarina e sobre o tempo de protrombina em um estudo de doze adultos saudáveis do sexo masculino. Houve relatos pós-comercialização de Razão Normalizada Internacional (INR) aumentada em pacientes que tenham ezetimiba adicionado à varfarina. A maioria destes pacientes também estava recebendo outros medicamentos.

Furosemida

Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra): aumento do risco de hipopotassemia e/ou redução da efetividade da furosemida.

Anti-inflamatórios não-esteroides, ácido acetilsalicílico, colestiramina e colestipol: podem diminuir o efeito farmacológico da furosemida.

Page 12: Interações Medicamentosas Trabalho

Anti-inflamatório esteroides e clobibrato: podem aumentar o efeito farmacológico da furosemida e a concentração das transaminases; clofibrato pode ter seus efeitos adversos na musculatura esquelética aumentados.

Aminoglicosídicos (gentamicina, tobramicina), betabloqueadores (sotalol), digitoxina, digoxina, dofetilida inibidores da ECA (primeira dose) e lítio: podem ter o efeito farmacológico/tóxico aumentados pela furosemida.

Bepridil: uso concomitante pode levar a hipopotassemia e subsequente cardiotoxicidade (torsades de pointes).

Bloqueadores neuromusculares (pancurônio, vecurônio): podem ter o efeito aumentado ou diminuído pela furosemida.

Ginseng: o uso associado aumenta o risco de resistência ao diurético.

Glibenglamida

Ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios não-esteroides (AINE): pode haver aumento no risco de hipoglicemia.

Álcool: uso de etanol com hipoglicemiantes orais pode provocar hipoglicemia e reação semelhante à do dissulfiram.

Bloqueadores beta-adrenégicos podem alterar o metabolismo glicêmico causando hiperglicemia, hipoglicemis e hipotensão.

Bosentana: pode elevar a concentração de enzimas hepáticas. Ciclosporina: pode aumentar a toxicidade do imunossupressor,

causando disfunção renal, colestase eparestesia. Claritromicina: pode haver aumento das concentrações da

glibenclamida, com aumento de risco de hipoglicemia. Disopiramida: o uso em associação pode levar a hipoglicemia. Fluoroquinolona como o ciprofloxacino podem alterar o metabolismo

glicêmico, causando hipoglicemia ou hiperglicemia. Glucomanano pode diminuir a absorção da glibenclamida. Inibidores da monoamina oxidase (IMAO) podem aumentar a secreção

de insulina causando hipoglicemia, depressão do sistema nervoso central e vertigens.

Genfibrozila, sulfametoxazol, voriconazol podem inibir o metabolismo hepático de glibenclamida, causando hipoglicemia.

Plantas como psullium podem aumentar o risco de hipoglicemia. Rifapentina e rifampicina podem provocar redução do efeito

hipoglicemiante por indução do metabolismo hepático. Varfarina: o uso concomitante pode potencializar o efeito do

anticoagulante, aumentando o risco de hemorragias.

Hidroclorotiazida

Page 13: Interações Medicamentosas Trabalho

Alcaçuz: pode resultar em risco aumentado de hipopotassemia e/ou redução da efetividade do diurético.

Anti-inflamatório não-esteroides e colestiramina podem diminuir o efeito da hidroclorotiazida.

Carbamazepina: o uso concomitante pode resultar em hiponatremia. Cilclofosfamida, digitálicos, inibidores da ECA (primeira dose), lítio,

saisde cálcio, sotalol, topiramato: podem ter efeito aumentado pola hidroclorotiazida.

Clorpropamida e glipizida podem ter o efeito diminuído pela hidroclorotiazida.

Ginkgo biloba: o uso concomitante pode resultar em aumento da pressão arterial.

Insulina

Bloqueadores B-adrenérgicos podem alterar o metabolismo glicêmico e prolongar e mascara sinais e sintomas de hipoglicemias.

Ciprofloxacino e outras fluoroquinolonas podem alterar o metabolismo glicemico, causando hipoglicemia ou hiperglicemia.

Erva-de-são-joão (Hipericum perfurato), feno-grego (Trigonella foenumgraecum), Psyllium, melão-de-são-caetano (Momordica charantia) e goma guar podem aumentar o risco de hipoglicemia.

Inibidores de monoamina oxidase (IMAO) podem estimular a secreção de insulina causando hipoglicemia, depressão do sistema nervoso central e vertigens.

Losartana

Anti-inflamatórios não-esteroides, fluconazol, rifampicina: podem diminuir a efetividade da losartana.

Lítio: pode ter a toxicidade (fraqueza, tremor, sede, confusão) aumentadas pela losartana.

Metformina

Bloqueadores B-adrenérgicos: podem alterar o metabolismo glicêmico causando hiperglicemia e hipertensão.

Cefalexina e cimetidina: podem elevar as concentrações plasmáticas de metformina pela inibição de sua excreção tubular.

Ciprofloxacino, outras fluoroquinolonas: alteração do metabolismo da glicose, com hipoglicemia ou hiperglicemia.

Contraste radiológicos iodados: risco da acidose lática e falência renal aguda.

Page 14: Interações Medicamentosas Trabalho

Enalapril: pode causar acidose lática e hiperpotassemia. Glucomanano: risco de redução da absorção do cloridrato de

metformina. Inibidores da monoamina oxidase (IMAO): podem estimular secreção de

insulina provocando hipoglicemia, depressão do sistema nervoso central e vertigens.

Plantas como Psyllium, Momordica charantia, Hypericum perfuratum e Trigonella foenum-graecum ou produtos derivados: podemaumentar o risco de hipoglicemia.

Topiramato: pode alterar a biotransformaçao de ambos os fármacos.

Metoprolol

Amipndarona, bupropiona, bloqueadores de canais de cálcio do tipo diidropiridímicos, cimetidina, citalopram, difenidramida, diltiazem, dronedarona, escitalopram, fenelzina, fluoxetina, fentanila, hidralazina, hidroxicloroquina, inibidores de protease (ex.: ritonavir), paroxetina, propafenona, propoxifeno, quinidina, rifapentina, tioridazina, verapamil: podem aumentar o efeito/toxicidade do metoprolol.

Bloqueadores alfa-1 adrenérgicos (primeira dose), clonidina (na retirada) de lidocaína: podem ter o efeito/toxicidade aumentado pelo metoprolol.

Digoxina: aumento do risco de bloqueio atrioventricular e toxicidade digitálica.

Erva-de-são-joão (Hipericum perfuratum), fenobarbital (barbitúricos), rifamicina e venlafaxina: podem diminuir o efeito do metoprolol.

Hipoglicemiantes: podem ter o efeito mascarado pelo metoprolol e causar hiper ou hipoglicemia.

Nifedipino

Atenolol propranolol e demais bloqueadores B-adrenérgicos, mibefradil e amiondarona: risco de hipotensão grave e bradicardia.

Cimetidina e compostos azólicos como cetoconazol, flconazol e itraconazol podem elevar a concentração plasmática do nifedipino, elevando o risco de incidência de efeitos adversos.

Clopidogel: pode haver redução da resposta ao clopidogel. Erva-de-são-joão (Hipericum perfuratum) pode reduzir a

biodisponibilidade do nifedipino. Fenotoína: pode haver um aumento da toxicidade da fenotoína (ataxia,

tremor, etc.). Ginkgo, ginseng e suco de toranja (pomelo ou grapefruit) podem elevar

a incidência de efeitos adversos associados ao nifedipino. Nafcilina pode reduzir a eficácia do nifedipino, devido a inibição de seu

metabolismo hepático.

Page 15: Interações Medicamentosas Trabalho

Indinavir e saquinavir: pode haver aumento da concentração e toxicidade do nifedipino.

Quinidina, quinupristina/daltopristina: pode haver aumento da toxicidade cevido ao nifedipino.

Rifampicina pode reduzir a eficácia do nifedipino. Sulfato de magnésio (via parenteral): o uso concomitante aumenta o

risco de hipotensão e bloqueio neuromuscular. Tacrilimo: pode haver redução da concentração de tracolimo.

Propranolol

Agentes hipoglicemiantes, bloqueadores alfa-1- adrenérgicos (primeira dose), clonidina (retirada), clopromazina (fenotiazinas), digitálicos e lidocaína: podem ter efeito/toxicidade aumentado pelo propranolol.

Agonista beta-2 adrenérgicos: podem ter o efeito diminuído pelo propranolol.

Anriácidos: podem diminuir o efeito do propranolol. Amiondarona bloqueadores de canais de cálcio tipo di-hidropiridina, di-

hidroergotamina, cimetidina, diltiazem, epinerfrina, ergotamina, fenlefrina, fentanila, fluvoxamina, haloperidol, mefloquina, propoxifeni, quinidina, sertralina e verapamil: podem aumentar o efeito/toxicidade do propranolol.

Tioridazina: aumenta o risco de cardiotoxicidade.

Ramipril

Quando administrado concomitantemente o ramipril pode interagir com as seguintes drogas: alopurinol, pode causar reações de hipersensibilidade;

Azatioprina, poderá ocorrer leucopenia e anemia devido à mielossupressão;  

Trimetoprima, pode ocorrer severa hipercalemia; ciclosporina, pode ocorrer insuficiência renal;

Lítio, pode elevar o seu nível, causando toxidade; diuréticos de alça, pode causar hipotensão postural que é geralmente transitória;  

AINES, poderá ocorrer a diminuição do efeito anti-hipertensivo e natriurético;

Potássio e diuréticos poupadores de potássio, poderá levar à hipercalemia; 

Diuréticos tiazídicos em doses muito elevadas podem causar severa hipotensão26 postural;

Álcool, pode potencializar o efeito e a aspirina pode reduzir a efetividade

do ramipril.

Page 16: Interações Medicamentosas Trabalho

Sinvastatina

Acenocumarol, ácido fusídico, amprenavir, Amiondarona, cetoconazol, ciprofloxacino, claritromicina, colchicina, desatinibe, eritromicina e outros macrolídeos, fluconazol, indinavir, imatinibe, nefazodona, nelfinavir, nicotinamida (ou niacina, acima de 1 g/dia), risperidona, ritonavir, saquinavir, vafarina, verapamil e voriconazol: aumentam o efeito/toxicidade da sinvastatina.

Atazanavir, darunavir, fosaprenavir, itraconazol, lopinavir e tipranavir: aumenta o risco de miopatia e/ou rabdomiólise.

Bosentana, carbamazepina, efavirez, Erva-de-são-joão (Hipericum perfuratum), farelo de aveia, fenitoína, pectina, rifanpicina e oxcarbazepina: diminui o efeito da sinvastatina.

Ciclosporina, danazol, genfibrozila: aumentam o efeito/toxicidade da sinvastatina

Digoxina: pode ter seu efeito/toxicidade aumentada pela sinvastatina. Diltiazem: aumenta o efeito/toxicidade da sinvastatina. Levotiroxina: pode ter sua efetividade diminuída pela sinvastatina.

4. Condutas Recomendadas Para Reduzir o Risco de Interações Farmacológicas

A redução do risco de interações farmacológicas envolve algumas condutas que os profissionais devem adotar ao selecionar e realizar monitoria de esquemas terapêuticos:

Identificar os fatores de risco do paciente: idade, doença, hábitos alimentares, fumo, uso de álcool, entre outros.

Registrar, de modo completo e com exatidão, os medicamentos usados pelo paciente, prescritos e não prescritos.

Conhecer mecanismos de ação farmacológicas em uso ou em consideração. Muitas interações são dependente de dose; nesse caso, a dose do medicamento indutor poderá ser reduzida para que o efeito sobre o outro medicamento seja diminuído.

Considerar opções terapêuticas, substituindo um dos fármacos por outro com propriedades símiles e com menor risco de interações.

Evitar esquemas terapêuticos complexos, sempre que possível. Educar o paciente, que deve conhecer sobre sua doença, os benefícios

e riscos da terapia. Estimular o paciente a indagar sobre sua doença e o tratamento que recebe e verificar se ele sabe sobre a forma de uso dos medicamentos.

Page 17: Interações Medicamentosas Trabalho

Acompanhar o paciente para prevenir a ocorrência de interações e as reações adversas a medicamentos.

Individualizar a terapia, indispensável ao se considerar a grande variedade de respostas a um mesmo esquema terapêutico.

Estar alerta com qualquer medicamento que tenha baixo índice terapêutico ou que requeira a manutenção de teores séricos específicos.

Considerar característica indutora ou inibidora enzimática. Considerar que idosos estão sob maior risco, principalmente pela

redução das funções hepáticas e renal, que podem tornar mais lenta a eliminação dos fármacos.

Adotar precaução quando for necessário empregar medicamentos que não requerem prescrição.

Considerar que alterações fisiológicas associadas a fatores como idade e gênero também influem na prescrição individual a reações adversas resultante de interações farmacológicas.

5. Conclusão

Os medicamentos com baixo índice terapêutico e os que requerem controle cuidado de dose são os mais associados à ocorrência de efeitos perigosos quando sua ação é significantemente alterada. Pacientes podem fazer uso concomitante de medicamentos integrantes sem apresentar prova de efeito adverso. Não é possível distinguir claramente quem irá ou não experimentar uma interação farmacológica adversa.

Muitas interações farmacológicas não apresentam consequências graves e muitas que são perigosas em potência ocorrem apenas pequenas proporções de pacientes. Os profissionais da saúde devem individualizar o regime terapêutico, com base na melhor prova cientifica disponível, conforme a situação de cada paciente, considerando as características e parâmetros específicos do mesmo.

A contra indicação indica que o risco de uma associação supera eventual benefício ao paciente, que não a torna recomendável; as interações graves são as que podem oferecer risco de morte e/ou que requerem intervenção médica para diminuir ou prevenir eventos adversos graves; as interações moderadas podem resultar em exacerbação das condições clínicas do paciente e/ou requerer alteração na terapia.