instrumentos de gestão de recursos hídricos subterrâneos entre bacias que partilhem zonas de...

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______________________________________________________________________ RELATÓRIO FINAL INSTRUMENTOS de GESTÃO de RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS entre BACIAS que PARTILHEM ZONAS de RECARGA de AQÜÍFEROS ODALIDADE: “DEMANDA INDUZIDA”. EDITAL nº: 014/2006 – PROGRAMA de “GESTÃO TECNOLÓGICA em RECURSOS HÍDRICOS”. PROCESSO nº: EDT-3001/06.

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Este Projeto é seguramente um estudo pioneiro sobre recarga de aqüíferos em comum ou partilhada. Por certo, que em qualquer composição de ordens diversas de sub-bacias pode haver partilha de recarga, afora aquele tipo de recarga que ocorre em todos os solos e em algumas formações superficiais susceptíveis a esse tipo de processo. A questão da recarga foi escolhida ser estudada entre divisores de bacias de 2ª ordem, como lida essa ordenação a partir do rio principal em direção a montante. Assim, a bacia do Paracatu é uma bacia de 2ª ordem do Vale do rio São Francisco, no caso a de maior área perfazendo 45.047,56 km2. Como bacias vizinhas se têm a oeste São Marcos, a sudoeste Alto Paranaíba e a norte São Mateus, que formam as bacias escolhidas para esse estudo. Cabe ressaltar que toda essa área é em si uma área agrícola e que dela diversas fontes alimentam os cursos d’água que correm para os quatro grandes rios. Algumas preocupações são fundamentais quanto ao aspecto da partilha de recarga:1 – as zonas de recarga são áreas sensíveis, dos pontos de vista de dinâmica e ambiente.2 – se houver partilha, qualquer efeito adverso sobre a área de recarga de partilha afetará duas ou mais bacias.3 – as zonas de partilhas podem, conforme o tipo de relevo, implicar em resultados de perda de infiltração sobre aqüíferos locais, caso a ação antrópica induza a não recarga.4 – as zonas de recarga são áreas sensíveis do ponto de vista da possibilidade de infiltração de substâncias químicas.5 – a noção de partilha em zona de recarga pode ser realizada para todos e quaisquer tipos de aqüíferos, sejam os mais superficiais ou os mais profundos. DA PROPOSTA INICIALOs objetivos gerais e específicos da proposta original são:OBJETIVOS Integrar conhecimentos sobre estrutura dos aqüíferos partilhados entre as bacias do Paracatu, São Marcos Leste e Alto Paranaíba. Descrever a tipologia química das águas, nas várias áreas de exsudação, pelos aspectos próprios que identifiquem a procedência das mesmas em referência aos vários tipos de aqüíferos.  Modelar procedimentos lógicos de gestão de bacia hidrográfica com foco no uso consuntivo da água e de estratégias de plantio em áreas extremamente sensíveis como as zonas de recarga.  Modelar uma estrutura própria de programação com metodologia reconhecida (CommonKADS) para desenvolvimento de sistemas de conhecimento. Os modelos criados a partir de tal metodologia aliam a inteligência artificial às informações multidisciplinares necessárias ao auxílio à decisão no processo de gestão de bacia pelos comitês. OBJETIVOS ESPECÍFICOS1 - integrar a cartografia topográfica na escala de 1:100.000 das quatro bacias de modo orto-retificado.2 – levantar os dados de estruturas rúpteis nas quatro bacias.3 – integrar os mapeamentos lito-estratigráficos das quatro bacias.4 – integrar os mapas orto-retificados topográficos e de estruturas rúpteis das quatro bacias.5 – produzir a interpretação sobre as estruturas dos aqüíferos em relação às zonas de recarga com as áreas precisas de recarga, os reservatórios e as áreas de exsudação, conforme os tipos de aqüíferos.6 – estudar estruturalmente as condições especiais de exsudação e afloramento de águas em áreas como Veredas.

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RELATÓRIO FINAL

INSTRUMENTOS de GESTÃO de RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS entre BACIAS que

PARTILHEM ZONAS de RECARGA de AQÜÍFEROS

ODALIDADE: “DEMANDA INDUZIDA”. EDITAL nº: 014/2006 – PROGRAMA de “GESTÃO

TECNOLÓGICA em RECURSOS HÍDRICOS”. PROCESSO nº: EDT-3001/06.

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FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS Diretoria de Desenvolvimento e Serviços Tecnológicos Setor de Recursos da Água UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO / Escola de Minas / Departamento de Geologia - Programa de Pós-graduação em “Evolução Crustal e Recursos Naturais”, Área de concentração em “Geologia Ambiental e Conservação de Recursos Naturais” INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS APLICADAS Diretoria de Geografia e Geomática Projeto FAPEMIG - EDITAL nº: 014/2006 – PROGRAMA de “GESTÃO TECNOLÓGICA

em RECURSOS HÍDRICOS”.

INSTRUMENTOS de GESTÃO de RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS entre BACIAS que PARTILHEM ZONAS de

RECARGA de AQÜÍFEROS

Belo Horizonte Outubro de 2009

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EQUIPE TÉCNICA Paulo Pereira Martins Junior (CETEC/UFOP) Geól., Dr.Sc.T. – Coordenação e concepção João Álvaro Carneiro (CETEC) Eng. Flor., Esp., Econom. Vagner Fernandes Knupp (CETEC) Químico, Dr.Sc. Marcus Manoel Fernandes (CETEC) Eng. Agron., Dr.Sc Cláudia Constantino Saltareli Saraiva (IGA) Eng. Cartógrafa, Dra. Aliane Maria Mota Baeta (IGA) Eng. Agrimensora, M.Sc. Fernando de Castro Bolivar (IGA) Admin. Empr., Grad. Bruna Rocha VieiraSantos (IGA) Eng. de Agrimensura, Estag. Cláudio Diniz Pinto Leite Admin. Empr., Grad., Prest. de Serv. Luciano Rios Scherrer Bach. Matemática, M.Sc. Prest. de Serv. Lawrence de Andrade Magalhães Gomes Geógr., M.Sc., Bolsista Vitor Vieira Vasconcelos TNM Informática e Meio Ambiente, Bach.

Filosofia, Mestrando em Geoprocessamento, Prest. de Serv.

Leandro Arb d’Abreu Novaes Geógr., Esp.SIG, Bolsista Vinicius Coutinho Santa Cecilia Geógr., Esp.SIG, Bolsista Leandro Cosme de Oliveira Geógr., Esp.SIG.

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____________________________________________________________________________________________________________________________________________ Universidade Federal de Ouro Preto / UFOP - Escola de Minas - Departamento de Geologia ______________________________________________________________________ Instituto de Geociências Aplicadas - Diretoria de Geografia e Geomática

Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais / CETEC - Diretoria de Desenvolvimento e Serviços Tecnológicos - Setor de Recursos da Água

PRESIDENTE

ALFREDO GONTIJO DE OLIVEIRA

DIRETORIA de DESENVOLVIMENTO e SERVIÇOS TECNOLÓGICOS

MARCÍLIO CÉSAR DE ANDRADE

DIRETORIA de PLANEJAMENTO GESTÃO e FINANÇAS

RONARA DIAS ADORNO Av. José Cândido da Silveira, 2000 / Cidade Nova / Telefone: (31) 3489-2000 / Fax: (31) 3489-2200. home page: http://www.cetec.br / correio-e: [email protected] / CEP 31170-000 – Belo Horizonte – MG

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SUMÁRIO ................................................................................................................................. Pág. LISTA DE ILUSTRAÇÕES (Figuras, Tabelas e Quadros)

PPRRIIMMEEIIRROO CCAAPPÍÍTTUULLOO INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1 DA PROPOSTA INICIAL......................................................................................... 1 OBJETIVOS .................................................................................................................. 1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 2 PROBLEMAS ................................................................................................................ 2 TEMAS EXTRAS........................................................................................................... 3 SISTEMAS HÍDRICOS E CIRCULAÇÃO HÍDRICA ................................ 4 SISTEMAS HÍDRICOS CONTINENTAIS ........................................................ 5 DEFINIÇÕES .......................................................................................................................... 5 DEFINIÇÕES HIDRO-BIOLÓGICAS ............................................................................ 5 DEFINIÇÕES HÍDRICAS .................................................................................................. 5 DEFINIÇÕES MORFOLÓGICAS .................................................................................... 6 DEFINIÇÕES LÍTICO-PEDOGEOMÓRFICOS .......................................................... 6 SISTEMAS HÍDRICOS – BASES PARA GESTÃO HÍDRICA, AGRÍCOLA E GEO-AMBIENTAL .............................................. 8 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8 PROBLEMAS ............................................................................................................... 9 OBJETIVOS ................................................................................................................. 9 ASPECTOS ESTRUTURAIS REGIONAIS .................................................................. 9

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................................................................................................................................. Pág. ENERGIA POTENCIAL e MORFOLOGIA DE CURSOS d’ÁGUA ................. 10 ESTÁGIO EVOLUTIVO da BACIA do PARACATU ............................................... 12 GEO-ESTABILIDADE VERSUS GEOVULNERABILIDADE ........................... 15 ENERGIA – EXERGIA – EMERGIA...................................................................... 17 PADRÕES de DRENAGEM no PARACATU ................................................................ 18 CORRELAÇÕES entre CORPOS d’ÁGUA e ESTRUTURAS RÚPTEIS ........... 19 CONSIDERANDO uma BACIA HIDROGRÁFICA como “O SISTEMA” ......... 22 CONSIDERAÇÕES GERAIS sobre as TROCAS de ENERGIA e MASSA nos ECOSSISTEMAS ........................................................................................................... 25 CLASSIFICAÇÃO em ÁREAS HOMOGÊNEAS .................................................. 25 ESTÁGIOS EVOLUTIVOS das SUB-BACIAS de 3ª ORDEM ............................ 30 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 32

SSEEGGUUNNDDOO CCAAPPÍÍTTUULLOO SOBRE AQÜÍFEROS SUBTERRÂNEOS .................................................... 34 CICLO da ÁGUA no PLANETA .............................................................................. 34 AQÜÍFEROS .............................................................................................................. 34 AQÜÍFEROS SUPERFICIAIS ....................................................................................... 34 AQÜÍFEROS SUBTERRÂNEOS .................................................................................. 35 SISTEMAS ROCHOSOS e AQÜÍFEROS SUBTERRÂNEOS ............................. 36 SISTEMAS RÚPTEIS e DÚCTEIS .......................................................................... 37 SISTEMAS de SOLOS, SAIBROS e ROCHAS SEDIMENTARES ................... 37 POROSAS ................................................................................................................... 37

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................................................................................................................................. Pág. SOLOS PORTADORES e SAIBROS PORTADORES ................................................. 37 SISTEMAS GRANULARES em GERAL ............................................................... 37 ROCHAS GRANULARES ............................................................................................. 37 AQÜÍFEROS GRANULARES ....................................................................................... 38 SISTEMAS GRANULARES FRATURADOS ................................................................ 38 AQÜÍFEROS SUB-SUPERFICIAIS – AQUIPERMS ............................................ 38 SISTEMAS ESTRATIFICADOS ............................................................................. 40 ROCHAS E AQÜÍFEROS ESTRATIFICADOS E SUPERPOSTOS EM SEQÜÊNCIA ................................................................................................................ SISTEMAS FRATURADOS em GERAL ............................................................... 42 SISTEMAS KÁRSTICOS ......................................................................................... 42 SISTEMAS KÁRSTICOS FRATURADOS .................................................................... 43 SISTEMAS de ROCHAS METAMÓRFICAS ........................................................ 43 SISTEMAS de ESPESSOS SAIBROS ..................................................................... 43 SISTEMAS em ROCHAS ALCALINAS em GERAL ........................................... 44 SISTEMAS em ROCHAS de EFUSÃO BASÁLTICA........................................... 44 SISTEMAS em ROCHAS ÍGNEAS MASSIVAS ................................................... 44 ÁREAS de EXSUDAÇÃO – Aex ............................................................................ 45 FONTES OU NASCENTES .......................................................................................... 46 RECARGA PARTILHADA entre BACIAS HIDROGRÁFICAS – RPbh .......... 46 CONDIÇÕES SUPERFICIAIS ENTRE AQÜÍFEROS PARA OCORRÊNCIA DE PARTILHA DAS ÁGUAS INFILTRANTES ....................... 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 47

TTEERRCCEEIIRROO CCAAPPÍÍTTUULLOO

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................................................................................................................................. Pág. QUÍMICA DA ÁGUA DE FONTES E DE POÇOS ................................... 48 CONDIÇÕES QUÍMICAS de AQÜÍFEROS para PARTILHA das ÁGUAS ................................................................................................................ 48 A QUÍMICA da ÁGUA como INDICADOR de TRAJETOS de PERCOLAÇÃO................................................................................................. 48 ÁGUAS QUIMICAMENTE IDÊNTICAS em FONTES de VERTENTES OPOSTAS em BACIAS DISTINTAS ............................................. 48 Substrato rochoso, saibros ou saprolitos ...................................................................... 48 Substrato de solos ........................................................................................................ 49 Estruturas estratigráficas .............................................................................................. 49 Estruturas rúpteis e dúcteis .......................................................................................... 49 Solos distintos .............................................................................................................. 49 CARACTERIZAÇÃO dos VÁRIOS SISTEMAS de COLETA d’ÁGUA na BACIA HIDROGRÁFICA .................................................................. 49 AS ÁREAS de ESTUDOS COMPARATIVOS ao LONGO da ÁREA TAMPÃO .................................................................................................................... 66 O QUE É COMUM E COMPARATIVO E CONDIÇÕES GERAIS PARA SER IDÊNTICO ......................................................................................................... 77 SORÇÃO..................................................................................................................... 77 TRAJETO x COBERTURA de SOLOS e/ou de FORMAÇÕES SUPERFICIAIS .......................................................................................................... 77 SITUAÇÕES COMPARATIVAS sobre as LOCALIZAÇÕES das AMOSTRAS das TRÊS CAMPANHAS – METAIS ................................. 78

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO -- AA RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS - 1ª CAMPANHA .............. 89 ESTUDO de CASO PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU .................................................................... 89

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................................................................................................................................. Pág. INTERPRETAÇÃO ESPACIAL dos TEORES ....................................................... 90 HIPÓTESE de RECARGA PARTILHADA ............................................................ 91 MÉTODO da PONDERAÇÃO do INVERSO da DISTÂNCIA – IDP ................ 96 CONCLUSÕES DA CAMPANHA 1 ................................................................... 151 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 153

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - B RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS - 2ª CAMPANHA .......... 154 ESTUDO DE CASO PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU .................................................................. 154 CONCLUSÕES DA CAMPANHA 2 ..................................................................... 213

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - C

RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS - 3ª CAMPANHA ............ 215 ESTUDO DE CASO PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU .................................................................. 215 CONCLUSÕES DA CAMPANHA 3 ..................................................................... 274

QQUUIINNTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO RESULTADOS ANALÍTICOS ESPAÇO-TEMPORAIS ....................... 276 ESTUDO DE CASO PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU .................................................................. 276 FONTES E VERTENTES DE MODO TEMPO-COMPARATIVO .................... 276 ÍONS e ANÍONS MAIORES E POSSÍVEL CARACTERIZAÇÃO DE FAMÍLIAS DE ÁGUAS ................................................................................... 277 ÍONS e ÂNIONS em TRAÇO, MAIS e MENOS IMPORTANTES nas

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................................................................................................................................. Pág. Três CAMPANHAS ................................................................................................. 278 O QUE SE PODERÁ OBSERVAR ........................................................................ 285 DINÂMICA das VARIAÇÕES - Alumínio ........................................................... 287 DINÂMICA das VARIAÇÕES - Bário .................................................................. 289 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Berílio ............................................................... 291 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Cádmio ............................................................. 293 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Cálcio ................................................................ 295 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Chumbo ............................................................ 297 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Cobre ................................................................ 299 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Cromo ............................................................... 301 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Ferro ................................................................. 303 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Fosfato .............................................................. 305 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Lítio .................................................................. 307 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Magnésio .......................................................... 309 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Manganês ......................................................... 311 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Níquel ............................................................... 313 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Potássio ............................................................. 315 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Sódio ................................................................. 317 DINÂMICA das VARIAÇÕES – Zinco ................................................................. 319 CONCLUSÃO SOBRE A ANÁLISE TEMPORAL ............................................. 319 ANÁLISE ESPACIAL INTEGRADA ................................................................... 319 CONCLUSÃO DA ANÁLISE ESPACIAL ......................................................................320

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................................................................................................................................. Pág. ANÁLISE TEMPORAL INTEGRADA DOS ÍONS MAIORES .................................321 ANÁLISE ESPACIAL INTEGRADA DOS ÍONS MAIORES ....................................321 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................322

SSEEXXTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO MONITORAMENTO do USO da TERRA com ÊNFASE na COBERTURA VEGETAL, nos PERÍODOS de 1964, 1989 e 2005 ....................................................................................................................... 323 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 323 OBJETIVOS ............................................................................................................. 325 DESCRIÇÃO SUCINTA da COBERTURA VEGETAL NATIVA .................... 323 Campo ........................................................................................................................ 324 Campo Cerrado .......................................................................................................... 325 Cerrado....................................................................................................................... 325 Vereda ........................................................................................................................ 325 Floresta Estacional Decidual (Mata Seca e Caatinga Arbórea) .................................. 325 Floresta Estacional Semidecidual ............................................................................... 326 Corpos d’água ............................................................................................................ 326 Eucalipto ..................................................................................................................... 326 Pinus ......................................................................................................................... 326 Outros ......................................................................................................................... 326 METODOLOGIA ..................................................................................................... 327 APRESENTAÇÃO da ÁREA de ESTUDO ........................................................... 328 APRESENTAÇÃO dos RESULTADOS ................................................................ 332 Ano – 1964 ................................................................................................................. 332

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................................................................................................................................. Pág. Ano – 1989 ................................................................................................................. 335 Ano – 2005 ................................................................................................................. 338 COMPORTAMENTO GERAL da PAISAGEM nos PERÍODOS ANALISADOS ......................................................................................................... 241 ANÁLISE dos RESULTADOS nos PERÍODOS CONSIDERADOS, por CLASSES de USOS DOS SOLOS e POR CLASSES de DECLIVIDADE ....................................................................................................... 345 Campo ........................................................................................................................ 345 Campo Cerrado .......................................................................................................... 348 Cerrado....................................................................................................................... 351 Floresta Estacional Decidual ...................................................................................... 353 Floresta Estacional Semidecidual ............................................................................... 355 Pinus .......................................................................................................................... 357 Eucalipto ..................................................................................................................... 359 Outros ......................................................................................................................... 361 CONCLUSÕES GERAIS ........................................................................................ 363 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................364

SSÉÉTTIIMMOO CCAAPPÍÍTTUULLOO ORGANIZAÇÃO, SISTEMA e MÉTODO OSM para COMITÊS de BACIAS HIDROGRÁFICAS com FOCO na GESTÃO dos ESPAÇOS GEO-AMBIENTAIS ..................................................................... 365 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 365 A GESTÃO dos RECURSOS HÍDRICOS sob o ENFOQUE da LEI 9.433/97 ..................................................................................................................... 366 PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO DAS ZONAS DE RECARGAS DE AQÜÍFEROS – ZRAs ....................................................................................... 366

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................................................................................................................................. Pág. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 370 PROPOSIÇÃO ......................................................................................................... 370 MODELO DE GESTÃO para COMITÊS de BACIA BASEADO nas TEORIAS de ORGANIZAÇÃO de SISTEMAS e MÉTODOS ............................................................................................................ 371 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 371 SISTEMAS – COMITÊ DE BACIA ............................................................................ 375 1 – IDENTIFICAÇÃO DO AMBIENTE DO SISTEMA DO COMITÊ ........................... 375 2 – IDENTIFICAÇÃO DO SISTEMA COMITÊ ........................................................... 377 2.1 – OBJETIVOS ...................................................................................................... 377 2.2 – ENTRADAS ....................................................................................................... 378 2.3 – OPERAÇÕES .................................................................................................... 378 2.4 – SAÍDAS ............................................................................................................. 378 2.5 – RETROALIMENTAÇÃO – CONTROLE E AVALIAÇÃO .................................. 378 ORGANIZAÇÃO – COMITÊ DE BACIA ................................................................... 379 CONCEITO DE COMITÊ: ........................................................................................... 379 Gerência de Gestão da Bacia .................................................................................. 383 a) Coordenação de Estudos e Projetos .................................................................. 384 b) Coordenação de Transferência Tecnologia ....................................................... 387 c) Coordenação de Informações Tecnológicas ..................................................... 387 d) Coordendação de Outorga e Cobrança .............................................................. 387 Gerência de Operações............................................................................................ 388 a) Coordenação de Gestão Institucional ................................................................ 388 b) Coordenação de Gestão Administrativo-Financeira – Equipe Financeira Função/Atividades .................................................................................................... 388

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................................................................................................................................. Pág. MÉTODOS – COMITÊ DE BACIA ............................................................................ 392 Modelo de Relatório de Viagem – R.V. ................................................................... 394 Modelo de Documento de Circulação Interna – C.I. .............................................. 395 Modelo de Documento de Denúncia – D.D ............................................................. 396 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 397 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................398

OOIITTAAVVOO CCAAPPÍÍTTUULLOO DESENVOLVIMENTOS EM commonKADS........................................... 399 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 399 OBJETIVOS ............................................................................................................. 399 PROBLEMAS .......................................................................................................... 400 PROBLEMAS ESPECÍFICOS ................................................................................ 401 MÉTODOS ............................................................................................................... 401 LÓGICA para MODELOS de INTEGRAÇÃO de CONHECIMENTOS para AUXÍLIO à DECISÃO .................................................................................... 403 SOBRE O CONHECIMENTO ............................................................................. 403 MODELAGEM AMBIENTAL com GEOPROCESSAMENTO e INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – IA ..................................................................... 406 BASES das GEOCIÊNCIAS AGRÁRIAS e AMBIENTAIS para a IMPLEMENTAÇÃO de SISTEMA INTELIGENTE ................................ 407 MODELAGEM UML de CIÊNCIAS AMBIENTAIS INTERDISCIPLINARES ........................................................................................ 409 TEMAS de MODELAGEM GEO-AMBIENTAL e INTERDISCIPLINAR para ORDENAMENTO do TERRITÓRIO ............................................................ 411 REGRAS de OCUPAÇÃO TERRITORIAL .......................................................... 411

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................................................................................................................................. Pág. VARIÁVEIS para FUNDAMENTAÇÃO e de GERAÇÃO de INFERÊNCIAS ........................................................................................................ 414 MÉTODO de DECISÃO sobre ORDENAMENTO do TERRITÓRIO ............... 416 LÓGICA das GEOCIÊNCIAS AGRÁRIAS e AMBIENTAIS para a ARQUITETURA de CONHECIMENTOS ................................................. 417 LÓGICA INTERDISCIPLINAR para AUXÍLIO à DECISÃO de USO da TERRA ...................................................................................................................... 419 1 - Inteligência artificial ............................................................................................... 419 2 - Sistemas Especialistas e Multi-Especialistas ............................................................ 420 3 - Questões agro-silvi-ambientais ................................................................................ 420 4 - Qualidade e avaliação da terra ................................................................................ 420 ZONAS de RECARGA de AQÜÍFEROS e AGRICULTURA INTENSIVA ............................................................................................................. 423 CONSERVAÇÃO de ZRAs .................................................................................... 425 MATRIZES de CONHECIMENTOS GEO-AGRO-AMBIENTAIS ................... 425 SOLUÇÕES com INTELIGÊNCIA COMPUTACIONAL .................................. 431 MODELO de ORGANIZAÇÃO – MO – em NÍVEL CONTEXTUAL .............. 431 MO -1 PROBLEMAS E OPORTUNIDADES ................................................................. 431 MO-2 ASPECTOS VARIANTES .................................................................................. 434 MO-3 VIABILIDADE DE EXECUÇÃO ........................................................................ 438 CONCLUSÕES ........................................................................................................ 439 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................440

NNOONNOO CCAAPPÍÍTTUULLOO ARQUITETURA DE CONHECIMENTOS ................................................ 443 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 443

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................................................................................................................................. Pág. OBJETIVOS ............................................................................................................. 444 FUNDAMENTOS .................................................................................................... 444 RODAS de CORRELAÇÕES ................................................................................. 446 O QUE SÃO as RODAS de CORRELAÇÕES e de IMPACTOS ........................ 447 NÚCLEO TEMÁTICO da BASE CONCEITUAL do sisORCI® ......................... 448 VETORES CONECTIVOS ..................................................................................... 448 INTEGRAÇÃO do SISTEMA de INFORMAÇÃO GEO-AMBIENTAL - SIGEA com a LÓGICA de um SISTEMA de AUXÍLIO à DECISÃO - SisDec .................................................................................................................... 449 CONSTRUÇÃO PROPEDÊUTICA do CONHECIMENTO ............................... 451 ESTRUTURA GERAL dos VETORES ................................................................. 451 CONHECIMENTO em CONTEXTOS .................................................................. 451 PROBLEMAS .......................................................................................................... 452 CONSTRUÇÃO do ORGANOGRAMA de RODAS e CORRELAÇÕES para RECARGA de AQUÍFEROS .......................................................................... 452 CONCLUSÕES ........................................................................................................ 464 ANEXO 1 – Conteúdo das Rodas de Correlação ....................................... 465

RODAS ................................................................................................................... 465 Ecologia-Economia ................................................................................................. 465 Gestão do Território ............................................................................................... 465 Investimentos ........................................................................................................... 466 Trabalho ................................................................................................................... 467 Cartografia .............................................................................................................. 467 Lito-estratigrafia ....................................................................................................... 467

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................................................................................................................................. Pág. Climatologia .............................................................................................................. 467 Geotecnia .................................................................................................................. 467 Hidrografia ................................................................................................................ 467 Geomorfologia .......................................................................................................... 467 Hidrogeologia ........................................................................................................... 468 ABORDAGEM PLURIDISCIPLINAR.................................................................. 471 Cartografia .............................................................................................................. 471 ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR ................................................................. 472 Cartografia .............................................................................................................. 472 Agricultura .............................................................................................................. 472 Desmatamento ......................................................................................................... 473 Vegetação ................................................................................................................. 473 Uso do Solo ............................................................................................................... 473 SOLO ........................................................................................................................ 474 Rocha ........................................................................................................................ 474 Propriedade Rural .................................................................................................. 475 Bacia Hidrográfica ................................................................................................. 475 Sistemas Hídricos .................................................................................................... 477 Circulação Hídrica ................................................................................................. 478 Partilha de Recarga ................................................................................................ 479 Zonas de Recarga de Aqüíferos ............................................................................ 479 Aqüífero Subterrâneo ............................................................................................ 480 Aqüífero ................................................................................................................... 480

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................................................................................................................................. Pág. Aqüífero Superficial ............................................................................................... 480 Água ......................................................................................................................... 480 Química da Água .................................................................................................... 481 Interpretações Químicas sobre Partilha de Água na Recarga ........................ 481 Fontes ........................................................................................................................ 481 MODELO INTERPRETATIVO ............................................................................. 482 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 483

DDÉÉCCIIMMOO CCAAPPÍÍTTUULLOO CONCLUSÕES .................................................................................................... 485 PRIMEIRO CAPÍTULO SISTEMAS HÍDRICOS E CIRCULAÇÃO HÍDRICA ........................... 485 SISTEMAS HÍDRICOS – BASES PARA GESTÃO HÍDRICA, AGRÍCOLA E GEO-AMBIENTAL ........................................ 485 CONCLUSÕES ........................................................................................................ 485 SEGUNDO CAPÍTULO SOBRE AQÜÍFEROS SUBTERRÂNEOS .................................................. 486 CONDIÇÕES SUPERFICIAIS ENTRE AQÜÍFEROS PARA OCORRÊNCIA DE PARTILHA DAS ÁGUAS INFILTRANTES ..................... 486 TERCEIRO CAPÍTULO QUÍMICA DA ÁGUA DE FONTES E DE POÇOS ................................. 487 O QUE É COMUM E COMPARATIVO E CONDIÇÕES GERAIS PARA SER IDÊNTICO ....................................................................................................... 488 SORÇÃO................................................................................................................... 488

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................................................................................................................................. Pág. TRAJETO x COBERTURA de SOLOS e/ou de FORMAÇÕES SUPERFICIAIS ........................................................................................................ 488 SITUAÇÕES COMPARATIVAS sobre as LOCALIZAÇÕES das AMOSTRAS das TRÊS CAMPANHAS - METAIS ......................... 488 QUARTO CAPÍTULO – A RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS - 1ª CAMPANHA ............ 489 ESTUDO de CASO dos VALES do PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU ........................................................................... 489 CONCLUSÕES DA CAMPANHA 1 ..................................................................... 491 QUARTO CAPÍTULO - B RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS - 2ª CAMPANHA ............ 491 ESTUDO de CASO dos VALES do PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU ........................................................................... 491 CONCLUSÕ ES DA CAMPANHA 2 .................................................................. 493 QUARTO CAPÍTULO - C RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS - 3ª CAMPANHA ............ 494 ESTUDO de CASO dos VALES do PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU ........................................................................... 494 CONCLUSÕES DA CAMPANHA 3 ..................................................................... 495 QUINTO CAPÍTULO RESULTADOS ANALÍTICOS ESPAÇO-TEMPORAIS ....................... 496 CONCLUSÃO DA ANÁLISE ESPACIAL .............................................................. 496 ANÁLISE TEMPORAL INTEGRADA DOS ÍONS MAIORES ............................. 496 ANÁLISE ESPACIAL INTEGRADA DOS ÍONS MAIORES ............................... 497 SEXTO CAPÍTULO

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................................................................................................................................. Pág. ESTUDOS DA VEGETAÇÃO NATURAL E DESMATAMENTOS DE 1964 A 2005 ........................................................................................................................ 498 SÉTIMO CAPÍTULO ORGANIZAÇÃO, SISTEMA e MÉTODO para COMITÊS de BACIAS HIDROGRÁFICAS ...................................................................................................... 499 OITAVO CAPÍTULO DESENVOLVIMENTOS em CommonKADS .............................................................. 499 NONO CAPÍTULO ARQUITETURA DE CONHECIMENTOS ................................................................... 500 CONCLUSÕES INTEGRADORAS ....................................................................... 504 ANÁLISE ESPACIAL INTEGRADA DOS ÍONS MAIORES ............................... 505

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURAS

PPRRIIMMEEIIRROO CCAAPPÍÍTTUULLOO FIGURA 1 – Rede completa de drenagem da bacia do Paracatu desenhada a partir

do vôo USAF de 1964 disponível na escala original de 1:100.000. ..................... 11 FIGURA 2 – Leis empíricas determinadas para o Paracatu. ................................................... 14 FIGURA 3 – Queda acumulada na bacia do Paracatu. ........................................................... 15 FIGURA 4 – Perfis longitudinais da Bacia do Paracatu. ......................................................... 16 FIGURA 5 – Áreas de iso-padrões de rede de drenagem do Paracatu. ................................. 20 FIGURA 6a – Rosetas das freqüências de direções das mesofraturas da totalidade do Vale e

6b - freqüências das direções retificadas dos cursos d’água da totalidade do Vale. Observa-se que expressiva parte dos cursos d’água tem relações com as estruturas rúpteis. .............................................................................. 22

FIGURA 7 – As áreas de máximas densidades de meso-fraturas, nascentes

constituindo verdadeiras áreas de exsudação e de corpos d’água especiais como Veredas, áreas pantanosas, áreas de inundação permanentes e temporárias que constituem áreas típicas para modelos também típicos

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................................................................................................................................. Pág.

com critérios especiais de gestão geo-ambiental sobre um território de 45.060km2. . ........................................................................................................ 23

FIGURA 8 – Carta de chuvas anuais no Vale do Paracatu e em amplas áreas vizinhas,

nos vales dos rios Alto Paranaíba, São Marcos, São Bartolomeu e Mucuri. Representação integrada sobre muitos anos (NUNES & NASCIMENTO, 2004). . ...................................................................................... 28

FIGURA 9 – Um caso de classificação em áreas homogêneas do Vale do Paracatu no

qual a excessiva complexidade de uma bacia de 2ª ordem fica evidente; este fato subsidiou a decisão de se usar as sub-bacias de 3ª ordem como as unidades preferenciais de classificação das sub-bacias de 4ª a 8ª ordens. . .............................................................................................................. 29

SSEEGGUUNNDDOO CCAAPPÍÍTTUULLOO FIGURA 1 - Rochas cretácicas Ka com aqüífero granular no Vale do

Paracatu com sistema de estruturas rúpteis; escala original 1:250.000 (Projeto CRHA, 2006). . ...................................................................................... 38

FIGURA 2 – Caso típico de aqüífero de transição no Vale do Paracatu em depósitos

Terciários e Quaternários com indicação de algumas estruturas rúpteis reconhecidas em aerofotos; escala original 1:250.000. (Projeto CRHA, 2006). . ...................................................................................... 40

FIGURA 3 – Exemplo de aqüífero cretácico sobre rochas do Proterozócio / Eocambriano no

Vale do Paracatu; escala original 1:250.000. (Projeto CRHA, 2006). . ................ 41 FIGURA 4 – Área dominante de exsudação no Vale do Paracatu. . ........................................ 45

TTEERRCCEEIIRROO CCAAPPÍÍTTUULLOO FIGURA 1 – Vista geral da área tampão nos divisores de águas entre Paracatu, São

Marcos, Alto Paranaíba e São Bartolomeu no Distrito Federal, e nos Estados de Minas Gerais e Goiás. (linha pontilhada é de 4 km de largura em ambas vertentes; linha preta cheia é de 8 km em ambas vertentes e linha vermelha é de 15 km em ambas vertentes). . ............................................. 68

FIGURA 2 – Área 1 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas. . ................... 69 FIGURA 3 – Área 2 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas. . ................... 70 FIGURA 4 – Área 3 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas. . ................... 71 FIGURA 5 – Área 4 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas. . ................... 72 FIGURA 6 – Área 5 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas. . ................... 73 FIGURA 7 – Área 6 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas. . ................... 74 FIGURA 8 – Área 7 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas. . ................... 75

Page 22: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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................................................................................................................................. Pág. FIGURA 9 – Área 8 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas. . ................... 76 FIGURA 10 – Uma visão comparativa dos teores dos íons em traço analisados,

considerando-se a 1a campanha. . ................................................................... 88

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - A FIGURA 1 – Resultados espaciais para o elemento Al ao longo da área tampão. . ............... 101 FIGURA 1-A: Diagrama de caixa do Alumínio. ..................................................................... 102 FIGURA 1-B: Diagrama de Caixa para o Alumínio (mg/l) por área. ...................................... 103 FIGURA 2 – Resultados espaciais para o elemento Ba ao longo da área tampão – teores

em mg/l. . .......................................................................................................... 104 FIGURA 2-A: Diagrama de caixa do Bário. ........................................................................... 105 FIGURA 2-B: Diagrama de Caixa para o Bário (mg/l) por área. ............................................ 106 FIGURA 3 – Resultados espaciais para o elemento Be ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 107 FIGURA 3-A: Diagrama de caixa do Berílio. ......................................................................... 108 FIGURA 3-B: Diagrama de Caixa para o Berílio (mg/l) por área. .......................................... 109 FIGURA 4 – Resultados espaciais para o elemento Cd ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 110 FIGURA 4-A: Diagrama de caixa do Cádmio. ....................................................................... 111 FIGURA 4-B: Diagrama de Caixa para o Cádmio (mg/l) por área .......................................... 112 FIGURA 5 – Resultados espaciais para o elemento Ca ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 113 FIGURA 5-A: Diagrama de caixa do Cálcio. ......................................................................... 114 FIGURA 5-B: Diagrama de Caixa para o Cálcio (mg/l) por área. .......................................... 115 FIGURA 6 – Resultados espaciais para o elemento Pb ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 116 FIGURA 6-A: Diagrama de caixa do Chumbo. ..................................................................... 117 FIGURA 6-B: Diagrama de Caixa para o Chumbo (mg/l) por área. ....................................... 118 FIGURA 7 – Resultados espaciais para o elemento Cu ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 119 FIGURA 7-A: Diagrama de caixa do Cobre. ......................................................................... 120

Page 23: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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................................................................................................................................. Pág. FIGURA 7-B: Diagrama de Caixa para o Cobre (mg/l) por área. .......................................... 121 FIGURA 8 – Resultados espaciais para o elemento Cr ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 122 FIGURA 8-A: Diagrama de caixa do Cromo. ........................................................................ 123 FIGURA 8-B: Diagrama de Caixa para o Cromo (mg/l) por área. ......................................... 124 FIGURA 9 – Resultados espaciais para o elemento Fe ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 125 FIGURA 9-A: Diagrama de caixa do Ferro. .......................................................................... 126 FIGURA 9-B: Diagrama de Caixa para o Ferro (mg/l) por área. ........................................... 127 FIGURA 10 – Resultados espaciais para o elemento PO-4 ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 128 FIGURA 10-A: Diagrama de caixa do Fosfato PO-4. ............................................................. 129 FIGURA 10-B: Diagrama de Caixa para o Fosfato PO-4 (mg/l) por área. .............................. 130 FIGURA 11 – Resultados espaciais para o elemento Li ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 131 FIGURA 11-A: Diagrama de caixa do Lítio. .......................................................................... 132 FIGURA 11-B: Diagrama de Caixa para o Lítio (mg/l) por área. ........................................... 133 FIGURA 12 – Resultados espaciais para o elemento Mg ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 134 FIGURA 12-A: Diagrama de caixa do Magnésio. .................................................................. 135 FIGURA 12-B: Diagrama de Caixa para o Magnésio (mg/l) por área. ................................... 136 FIGURA 13 – Resultados espaciais para o elemento Mn ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 137 FIGURA 13-A: Diagrama de caixa do Manganês. ................................................................ 138 FIGURA 13-B: Diagrama de Caixa para o Manganês (mg/l) por área. ................................. 139 FIGURA 14 – Resultados espaciais para o elemento Ni ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 140 FIGURA 14-A: Diagrama de caixa do Níquel. ....................................................................... 141 FIGURA 14-B: Diagrama de Caixa para o Níquel (mg/l) por área. ........................................ 142 FIGURA 15 – Resultados espaciais para o elemento K ao longo da área tampão – teores

Page 24: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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................................................................................................................................. Pág.

em mg/l. ......................................................................................................... 143 FIGURA 15-A: Diagrama de caixa do Potássio. ................................................................... 144 FIGURA 15-B: Diagrama de Caixa para o Potássio (mg/l) por área. .................................... 145 FIGURA 16 – Resultados espaciais para o elemento Na ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 146 FIGURA 16-A: Diagrama de caixa do Sódio. ........................................................................ 147 FIGURA 16-B: Diagrama de Caixa para o Sódio (mg/l) por área. ......................................... 148 FIGURA 17 – Resultados espaciais para o elemento Zn ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 149 FIGURA 17-A: Diagrama de caixa do Zinco. 150 FIGURA 17-B: Diagrama de Caixa para o Zinco (mg/l) por área. ......................................... 151

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO -B FIGURA 1 – Resultados espaciais para o elemento Al ao longo da área tampão. . ............... 163 FIGURA 1-A: Diagrama de caixa do Alumínio. ..................................................................... 164 FIGURA 1-B: Diagrama de Caixa para o Alumínio (mg/l) por área. ...................................... 165 FIGURA 2 – Resultados espaciais para o elemento Ba ao longo da área tampão – teores

em mg/l. . .......................................................................................................... 166 FIGURA 2-A: Diagrama de caixa do Bário. . .......................................................................... 167 FIGURA 2-B: Diagrama de Caixa para o Bário (mg/l) por área. ............................................ 168 FIGURA 3 – Resultados espaciais para o elemento Be ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 169 FIGURA 3-A: Diagrama de caixa do Berílio. ......................................................................... 170 FIGURA 3-B: Diagrama de Caixa para o Berílio (mg/l) por área. .......................................... 171 FIGURA 4 – Resultados espaciais para o elemento Cd ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 172 FIGURA 4-A: Diagrama de caixa do Cádmio. ....................................................................... 173 FIGURA 4-B: Diagrama de Caixa para o Cádmio (mg/l) por área .......................................... 174 FIGURA 5 – Resultados espaciais para o elemento Ca ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 175

Page 25: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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................................................................................................................................. Pág. FIGURA 5-A: Diagrama de caixa do Cálcio. ......................................................................... 176 FIGURA 5-B: Diagrama de Caixa para o Cálcio (mg/l) por área. .......................................... 177 FIGURA 6 – Resultados espaciais para o elemento Pb ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 178 FIGURA 6-A: Diagrama de caixa do Chumbo. ..................................................................... 179 FIGURA 6-B: Diagrama de Caixa para o Chumbo (mg/l) por área. ....................................... 180 FIGURA 7 – Resultados espaciais para o elemento Cu ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 181 FIGURA 7-A: Diagrama de caixa do Cobre. ......................................................................... 182 FIGURA 7-B: Diagrama de Caixa para o Cobre (mg/l) por área. .......................................... 183 FIGURA 8 – Resultados espaciais para o elemento Cr ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 184 FIGURA 8-A: Diagrama de caixa do Cromo. ........................................................................ 185 FIGURA 8-B: Diagrama de Caixa para o Cromo (mg/l) por área. ......................................... 186 FIGURA 9 – Resultados espaciais para o elemento Fe ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 187 FIGURA 9-A: Diagrama de caixa do Ferro. .......................................................................... 188 FIGURA 9-B: Diagrama de Caixa para o Ferro (mg/l) por área. ........................................... 189 FIGURA 10 – Resultados espaciais para o elemento PO-4 ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 190 FIGURA 10-A: Diagrama de caixa do Fosfato PO-4. ............................................................. 191 FIGURA 10-B: Diagrama de Caixa para o Fosfato PO-4 (mg/l) por área. .............................. 192 FIGURA 11 – Resultados espaciais para o elemento Li ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 193 FIGURA 11-A: Diagrama de caixa do Lítio. .......................................................................... 194 FIGURA 11-B: Diagrama de Caixa para o Lítio (mg/l) por área. ........................................... 195 FIGURA 12 – Resultados espaciais para o elemento Mg ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 196 FIGURA 12-A: Diagrama de caixa do Magnésio. .................................................................. 197

Page 26: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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................................................................................................................................. Pág. FIGURA 12-B: Diagrama de Caixa para o Magnésio (mg/l) por área. ................................... 198 FIGURA 13 – Resultados espaciais para o elemento Mn ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 199 FIGURA 13-A: Diagrama de caixa do Manganês. ................................................................ 200 FIGURA 13-B: Diagrama de Caixa para o Manganês (mg/l) por área. ................................. 201 FIGURA 14 – Resultados espaciais para o elemento Ni ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 202 FIGURA 14-A: Diagrama de caixa do Níquel. ....................................................................... 203 FIGURA 14-B: Diagrama de Caixa para o Níquel (mg/l) por área. ........................................ 204 FIGURA 15 – Resultados espaciais para o elemento K ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 205 FIGURA 15-A: Diagrama de caixa do Potássio. ................................................................... 206 FIGURA 15-B: Diagrama de Caixa para o Potássio (mg/l) por área. .................................... 207 FIGURA 16 – Resultados espaciais para o elemento Na ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 208 FIGURA 16-A: Diagrama de caixa do Sódio. ........................................................................ 209 FIGURA 16-B: Diagrama de Caixa para o Sódio (mg/l) por área. ......................................... 210 FIGURA 17 – Resultados espaciais para o elemento Zn ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 211 FIGURA 17-A: Diagrama de caixa do Zinco. ........................................................................ 212 FIGURA 17-B: Diagrama de Caixa para o Zinco (mg/l) por área. ......................................... 213

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - C FIGURA 1 – Resultados espaciais para o elemento Al ao longo da área tampão. . ............... 224 FIGURA 1-A: Diagrama de caixa do Alumínio. ..................................................................... 225 FIGURA 1-B: Diagrama de Caixa para o Alumínio (mg/l) por área. ...................................... 226 FIGURA 2 – Resultados espaciais para o elemento Ba ao longo da área tampão – teores

em mg/l. . .......................................................................................................... 227 FIGURA 2-A: Diagrama de caixa do Bário. ........................................................................... 228 FIGURA 2-B: Diagrama de Caixa para o Bário (mg/l) por área. ............................................ 229

Page 27: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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................................................................................................................................. Pág. FIGURA 3 – Resultados espaciais para o elemento Be ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 230 FIGURA 3-A: Diagrama de caixa do Berílio. ......................................................................... 231 FIGURA 3-B: Diagrama de Caixa para o Berílio (mg/l) por área. .......................................... 232 FIGURA 4 – Resultados espaciais para o elemento Cd ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 233 FIGURA 4-A: Diagrama de caixa do Cádmio. ....................................................................... 234 FIGURA 4-B: Diagrama de Caixa para o Cádmio (mg/l) por área .......................................... 235 FIGURA 5 – Resultados espaciais para o elemento Ca ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 236 FIGURA 5-A: Diagrama de caixa do Cálcio. ......................................................................... 237 FIGURA 5-B: Diagrama de Caixa para o Cálcio (mg/l) por área. .......................................... 238 FIGURA 6 – Resultados espaciais para o elemento Pb ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 239 FIGURA 6-A: Diagrama de caixa do Chumbo. ..................................................................... 240 FIGURA 6-B: Diagrama de Caixa para o Chumbo (mg/l) por área. ....................................... 241 FIGURA 7 – Resultados espaciais para o elemento Cu ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 242 FIGURA 7-A: Diagrama de caixa do Cobre. ......................................................................... 243 FIGURA 7-B: Diagrama de Caixa para o Cobre (mg/l) por área. .......................................... 244 FIGURA 8 – Resultados espaciais para o elemento Cr ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 245 FIGURA 8-A: Diagrama de caixa do Cromo. ........................................................................ 246 FIGURA 8-B: Diagrama de Caixa para o Cromo (mg/l) por área. ......................................... 247 FIGURA 9 – Resultados espaciais para o elemento Fe ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ........................................................................................................... 248 FIGURA 9-A: Diagrama de caixa do Ferro. .......................................................................... 249 FIGURA 9-B: Diagrama de Caixa para o Ferro (mg/l) por área. ........................................... 250 FIGURA 10 – Resultados espaciais para o elemento PO-4 ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 251

Page 28: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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................................................................................................................................. Pág. FIGURA 10-A: Diagrama de caixa do Fosfato PO-4. ............................................................. 252 FIGURA 10-B: Diagrama de Caixa para o Fosfato PO-4 (mg/l) por área. .............................. 253 FIGURA 11 – Resultados espaciais para o elemento Li ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 254 FIGURA 11-A: Diagrama de caixa do Lítio. .......................................................................... 255 FIGURA 11-B: Diagrama de Caixa para o Lítio (mg/l) por área. ........................................... 256 FIGURA 12 – Resultados espaciais para o elemento Mg ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 257 FIGURA 12-A: Diagrama de caixa do Magnésio. .................................................................. 258 FIGURA 12-B: Diagrama de Caixa para o Magnésio (mg/l) por área. ................................... 259 FIGURA 13 – Resultados espaciais para o elemento Mn ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 260 FIGURA 13-A: Diagrama de caixa do Manganês. ................................................................ 261 FIGURA 13-B: Diagrama de Caixa para o Manganês (mg/l) por área. ................................. 262 FIGURA 14 – Resultados espaciais para o elemento Ni ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 263 FIGURA 14-A: Diagrama de caixa do Níquel. ....................................................................... 264 FIGURA 14-B: Diagrama de Caixa para o Níquel (mg/l) por área. ........................................ 265 FIGURA 15 – Resultados espaciais para o elemento K ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 266 FIGURA 15-A: Diagrama de caixa do Potássio. ................................................................... 267 FIGURA 15-B: Diagrama de Caixa para o Potássio (mg/l) por área. .................................... 268 FIGURA 16 – Resultados espaciais para o elemento Na ao longo da área tampão – teores

em mg/l. ......................................................................................................... 269 FIGURA 16-A: Diagrama de caixa do Sódio. ........................................................................ 270 FIGURA 16-B: Diagrama de Caixa para o Sódio (mg/l) por área. ......................................... 271 FIGURA 17 – Resultados espaciais para o elemento Zn ao longo da área tampão – teores 272

em mg/l. ......................................................................................................... FIGURA 17-A: Diagrama de caixa do Zinco. ........................................................................ 273 FIGURA 17-B: Diagrama de Caixa para o Zinco (mg/l) por área. ......................................... 274

Page 29: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

25

................................................................................................................................. Pág.

QQUUIINNTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO FIGURA 1 – Resultados analíticos sobre o Al em água de fontes. A FIG. 1a é de

Junho de 2007, a FIG, 1b é de setembro de 2007 e a FIG. 1c é de agosto de 2008 ............................................................................................................ 286

FIGURA 2 – Resultados analíticos sobre o Ba em água de fontes. A FIG. 2a é de

Junho de 2007, a FIG.2b é de setembro de 2007 e a FIG. 2c é de agosto de 2008. ................................................................................................................ 288

FIGURA 3 – Resultados analíticos sobre o Be em água de fontes. A FIG. 3a é de

Junho de 2007, a FIG. 3b é de setembro de 2007 e a FIG. 3c é de agosto de 2008. ............................................................................................... 290

FIGURA 4 – Resultados analíticos sobre o Cd em água de fontes. A FIG. 4a é de

Junho de 2007, a FIG. 4b é de setembro de 2007 e a FIG. 4c é de agosto de 2008. ............................................................................................... 292

FIGURA 5 – Resultados analíticos sobre o Ca em água de fontes. A FIG. 5a é de

Junho de 2007, a FIG. 5b é de setembro de 2007 e a FIG. 5c é de agosto de 2008. ............................................................................................... 294

FIGURA 6 – Resultados analíticos sobre o Pb em água de fontes. A FIG. 6a é de

Junho de 2007, a FIG. 6b é de setembro de 2007 e a FIG. 6c é de agosto de 2008. ............................................................................................... 296

FIGURA 7 – Resultados analíticos sobre o Cu em água de fontes. A FIG. 7a é de

Junho de 2007, a FIG. 7b é de setembro de 2007 e a FIG. 7c é de agosto de 2008. ............................................................................................... 298

FIGURA 8 – Resultados analíticos sobre o Cr em água de fontes. A FIG. 8a é de

Junho de 2007, a FIG. 8b é de setembro de 2007 e a FIG. 1c é de agosto de 2008. ............................................................................................... 300

FIGURA 9 - Resultados analíticos sobre o Fe em água de fontes. A FIG. 9a é de

Junho de 2007, a FIG. 9b é de setembro de 2007 e a FIG. 9c é de agosto de 2008. ............................................................................................... 302

FIGURA 10 - Resultados analíticos sobre o PO-4 em água de fontes. A FIG. 10a é de

Junho de 2007, a FIG. 10b é de setembro de 2007 e a FIG. 10c é de agosto de 2008. ........................................................................................ 304

FIGURA 11 - Resultados analíticos sobre o Li em água de fontes. A FIG. 11a é de

Junho de 2007, a FIG. 11b é de setembro de 2007 e a FIG. 11c é de agosto de 2008. ............................................................................................. 306

FIGURA 12 - Resultados analíticos sobre o Mg em água de fontes. A FIG. 12a é de

Junho de 2007, a FIG. 12b é de setembro de 2007 e a FIG. 12c é de agosto de 2008. ............................................................................................. 308

FIGURA 13 - Resultados analíticos sobre o Mn em água de fontes. A FIG. 13a é de

Page 30: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

26

................................................................................................................................. Pág.

Junho de 2007, a FIG. 13b é de setembro de 2007 e a FIG. 13c é de agosto de 2008. ............................................................................................... 310

FIGURA 14 - Resultados analíticos sobre o Ni em água de fontes. A FIG. 14a é de

Junho de 2007, a FIG. 14b é de setembro de 2007 e a FIG. 14c é de agosto de 2008. ............................................................................................... 312

FIGURA 15 - Resultados analíticos sobre o K em água de fontes. A FIG. 15a é de

Junho de 2007, a FIG. 15b é de setembro de 2007 e a FIG. 15c é de

agosto de 2008. ............................................................................................... 314 FIGURA 16 - Resultados analíticos sobre o Na em água de fontes. A FIG. 16a é de

Junho de 2007, a FIG. 16b é de setembro de 2007 e a FIG. 16c é de agosto de 2008. ............................................................................................... 316

FIGURA 17 - Resultados analíticos sobre o Zn em água de fontes. A FIG. 17a é de

Junho de 2007, a FIG. 17b é de setembro de 2007 e a FIG. 17c é de agosto de 2008. ............................................................................................. 318

SSEEXXTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO FIGURA 1 - Localização hidrográfica da área de estudo. .................................................... 329 FIGURA 2 - Divisão da área de estudo por unidade federativa. ........................................... 330 FIGURA 3 – Cobertura vegetal e espaço antropizado da área de estudo em 2005. ............. 331 FIGURA 4 – Percentual de cobertura vegetal e espaço antropizada na parte mineira da

área de estudo – 1964. .................................................................................... 333 FIGURA 5 - Percentual de transformação da paisagem mineira na área de estudo em

1964. ................................................................................................................ 333 FIGURA 6 – Cobertura vegetal e espaço antropizado na parcela mineira da área de estudo

em 1964. .......................................................................................................... 334 FIGURA 7 - Percentual da cobertura vegetal e do espaço antropizado na parte mineira da

área de estudo em 1989. ................................................................................. 336 FIGURA 8 - Percentual de transformação da paisagem mineira na área de estudo em

1989. ................................................................................................................ 336 FIGURA 9 – Cobertura vegetal e espaço antropizado na parcela mineira da área de estudo

em 1989. .......................................................................................................... 337 FIGURA 10 – Percentual da cobertura vegetal e do espaço antropizado na parte mineira

da área de estudo em 2005. ............................................................................ 339 FIGURA 11 - Percentual de transformação da paisagem mineira na área de estudo em

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27

................................................................................................................................. Pág.

2005. .................................................................................................................................... 339 FIGURA 12 – Cobertura vegetal e espaço antropizado na parcela mineira da área

de estudo em 2005. ....................................................................................... 340 FIGURA 13 - Transformação da paisagem na parte mineira da área de estudo. .................. 343 FIGURA 14 – Evolução do espaço antropizado nos períodos de 1964, 1989, 2005 e

cobertura nativa remanescente em 2005, na parcela mineira da área de estudo. ........................................................................................................... 344

SSÉÉTTIIMMOO CCAAPPÍÍTTUULLOO FIGURA 1 – Ambiente do Sistema - Comitê de Bacia. ......................................................... 375 FIGURA 2 – Sub-Sistema Comitê De Bacia. ........................................................................ 376 FIGURA 3 - Procedimentos de controle e avaliação e os procedimentos de

Retroalimentação. ............................................................................................ 379 FIGURA 4 – Estrutura organizacional do Comitê de Bacia. ........................................... 380 FIGURA 5 – Comitês de Bacia Hidrográfica. ........................................................................ 382 FIGURA 6 – Agências de Água. ........................................................................................... 391 FIGURA 7 - Modelo resumido de como será o fluxo das informações no sistema

Comitê. ........................................................................................................... 393

OOIITTAAVVOO CCAAPPÍÍTTUULLOO FIGURA 1a - Apresentação da relação em contexto das possíveis interconexões entre

as Áreas do conhecimento, a Visão do ambiente e as condições de usos da terra, água e bio-sistemas. ....................................................................... 410

FIGURA 1b - Detalhamento epistemológico-metodológico entre as Áreas de

conhecimento, a Visão das Disciplinas Ambientais, as Implicações da Visão Interdisciplinar necessárias para a Produção do Conhecimento aplicado e as Condições de Uso enquanto possibilidades ontológicas, legalidade, viabilidade ecológica e duração do uso (desafio para várias gerações) e a tipologia de interações desejáveis com o ambiente. ....................................................................................................... 410

FIGURA 2 – Questões lógicas sobre uso da terra em ZRAs e APRs para agricultura,

silvicultura e projetos agroflorestais. Questões técnicas do “como plantar” devem ser consideradas. Os geo-sistemas podem estar nas condições estável, meta-estável e instável. ...................................................................... 432

FIGURA 3 – Diagrama de classes em nível de contexto em UML; são indicados os

objetos geológicos (ZRAs, reservatórios de aqüíferos e zonas de

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28

................................................................................................................................. Pág.

descarga). Processos naturais e/ou induzidos podem alterar as taxas de trocas de energia e massa. Os métodos de segurança (conservação, ocupação ideal, restrições de uso, rendimentos, métodos de conservação) são programáveis. Símbolos: int – informação numérica; string informação textual; boolean - informação lógica; void – informações variantes no tempo; list – lista de variáveis. ..................................................... 435

FIGURA 4 - Diagrama de Classes UML em nível de contexto, em que os objetos e

processos são representados segundo visão delineada pelas variáveis trazidas de matrizes conhecimento geo-agro-ambientais de (algumas quebras de regras na representação se justificam para facilitar ao leitor; Os símbolos são: int – informação numérica; string – informação textual; boolean - informação lógica; void - informações variantes no tempo). ............................................................................................................ 436

FIGURA 5 – Diagrama de Atividades em nível de contexto para pesquisas.

Consideram-se, para auxílio à decisão as condições limites (área de preservação, área de conservação, segurança química, métodos obrigatórios de segurança geotécnica, compatibilidades recíprocas e incompatibilidades entre os vários parâmetros). .......................... 437

NNOONNOO CCAAPPÍÍTTUULLOO FIGURA 1 – Exemplo de Organograma ORCI. .................................................................... FIGURA 2 – Organograma ORCI para Zonas de Recarga de Aqüíferos. No organograma

ORCI não existe hierarquia, mas relações seqüenciais, em paralelo e/ou em simultaneidade. São relações conceituais, sistêmicas, por vezes hierárquicas, de sensibilidade e outros tipos. ................................................... 454

FIGURA 3 – Organograma ORCI acessado pelo sistema de informação. ............................ 461 FIGURA 4 – Conteúdo de uma roda do sistema ORCI, acessível ao usuário por

hyperlink. ......................................................................................................... 461 FIGURA 5 – Grafo ontológico da estrutura sistema e subsistemas para gestão de

aqüíferos, pela visualização em referência Shrimp, da plataforma de manipulação Jambalaya de (STOREY et al., 2001), acessada via programa Protégé. ........................................................................................... 463

DDÉÉCCIIMMOO CCAAPPÍÍTTUULLOO FIGURA 1 – Anos 1964, 1989 e 2005. ............................................................................ 499 FIGURA 2 – Ano 2005. ..................................................................................................... 499 FIGURA 3 – Sistema semiótica ontológico de representação dos conteúdos

de conhecimentos Projeto GZRP em Grafo ontológico da estrutura sistema e subsistemas para gestão de aqüíferos, pela visualização em referência Shrimp, da plataforma de manipulação Jambalaya (STOREY et al., 2001), acessada via

Page 33: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

29

................................................................................................................................. Pág.

programa Protégé. ...................................................................................... 502 FIGURA 4 – Organograma ORCI para Zonas de Recarga de Aqüíferos.

No organograma ORCI não existe hierarquia, mas relações seqüenciais, em paralelo e/ou em simultaneidade. São relações conceituais, sistêmicas, por vezes hieráquicas, de sensibilidade e outros tipos. ....................................................................... 503

FIGURA 5 – Modelo integrado da estrutura desejável de gestão de um Comitê de

bacia hidrográfica. ................................................................................. 506

TABELAS

PPRRIIMMEEIIRROO CCAAPPÍÍTTUULLOO TABELA 1 – Dados cartográficos das medidas de características dos cursos d’água

pelas suas ordens segundo o ordenamento de Strahler. . .................................. 12 TABELA 2 – Parâmetros das leis empíricas. . ......................................................................... 13 TABELA 3 – Transformidades solares de fluxos de energia global

(ODUM, 1996, p. 42). . ........................................................................................ 18

TTEERRCCEEIIRROO CCAAPPÍÍTTUULLOO TABELA 1 a - Análises Químicas da 1ª Campanha dos Pontos 1 a 8. . ........................ 51 TABELA 1 b - Análises Químicas da 1ª Campanha dos Pontos 9 a 16. . ...................... 52 TABELA 1 c – Análises químicas da 1ª campanha dos pontos 17 a 21. . ...................... 53 TABELA 2 a - Análises químicas da 2ª campanha dos pontos 1 a 8. . ........................... 54 TABELA 2 b - Análises químicas da 2ª campanha dos pontos 9 a 15. . ........................ 55 TABELA 2 c - Análises químicas da 2ª campanha dos pontos 16 a 19. . ...................... 56 TABELA 3 a - Análises químicas da 3ª campanha dos pontos 1 a 10. . ........................ 57 TABELA 3 b - Análises químicas da 3ª campanha dos pontos de 11 a 18. . ................. 58 TABELA 3 c - Análises químicas da 3ª campanha dos pontos 19 a 25. . ...................... 59 TABELA 4 a – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 1 a 8. ............ 60 TABELA 4 b – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 9 a 16. . ........ 60

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30

................................................................................................................................. Pág. TABELA 4 c – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 17 a 21. . ...... 61 TABELA 5 a – Íons maiores das amostras da 2ª campanha dos pontos 1 a 8. ............ 62 TABELA 5 a – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 1 a 9. ............ 63 TABELA 5 b – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 10 a 18. . ...... 63 TABELA 5 c – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 19 a 25. . ...... 64 TABELA 6 - Organização dos pontos das três campanhas de modo articulado. . ................... 65 TABELA 7 – Sumário das bacias com fontes e poços amostrados nas três campanhas. . ...... 79 TABELA 8 – Área 1 relações das amostras de fontes em função das rochas portadoras. . ..... 80 TABELA 9 - Área 2 relações das amostras de fontes em função das rochas

portadoras parametamórficas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2. . ..................................................... 81

TABELA 10 - Área 2 relações das amostras de fontes em função das rochas

portadoras supergênicas e indiferenciadas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2. . .......................... 82

TABELA 11 - Área 4 relações das amostras de fontes em função das rochas

portadoras supergênicas e indiferenciadas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2. . .......................... 83

TABELA 12 - Área 6 relações das amostras de fontes em função das rochas

portadoras supergênicas e indiferenciadas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2. . .......................... 84

TABELA 13 - Área 6 relações das amostras de fontes em função das rochas

portadoras supergênicas e para metamórficas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2. . .................... 85

TABELA 14 - Área 8 relações das amostras de fontes em função das rochas

portadoras supergênicas e para metamórficas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2. . .................... 86

TABELA 15 - Área 9 relações das amostras de fontes em função das rochas

portadoras supergênicas e para metamórficas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2. . .................... 87

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - A TABELA 1 – Primeira campanha áreas, meses 06 e 07 de 2007, fontes 1, 2, 3 e 4 –

pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço. . .................................... 93 TABELA 2 - Primeira campanha áreas, meses 06 e 07 de 2007, fontes 6, 7 e 8, pontos

amostrais em negrito, íons diversos em traço. ................................................. 94

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31

................................................................................................................................. Pág. TABELA 3 - Primeira campanha área 9, meses 06 e 07 de 2007, fontes, pontos

amostrais em negrito, íons diversos em traço. ................................................. 95 TABELA 4a – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante

a 1ª campanha. ............................................................................................. 97 TABELA 4b – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 1ª

campanha. ..................................................................................................... 98 TABELA 4c – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 1ª

campanha. ....................................................................................................... 99 TABELA 5 – Elementos presentes com alguma expressividade na 1ª

campanha. l. .................................................................................................. 100 TABELA 6-1: Estatística Descritiva para o Alumínio. ............................................................ 101 TABELA 6-2: Estatística Descritiva para o Alumínio (mg/l) por área. .................................... 102 TABELA 7-1: Estatística Descritiva para o Bário. ................................................................. 104 TABELA 7-2: Estatística Descritiva para o Bário (mg/l) por área. ......................................... 105 TABELA 8-1: Estatística Descritiva para o Berílio. ................................................................ 107 TABELA 8-2: Estatística Descritiva para o Berílio (mg/l) por área. ....................................... 108 TABELA 9-1: Estatística Descritiva para o Cádmio. ............................................................. 110 TABELA 9-2: Estatística Descritiva para o Cádmio (mg/l) por área. ..................................... 111 TABELA 10-1: Estatística Descritiva para o Cálcio. .............................................................. 113 TABELA 10-2: Estatística Descritiva para o Cálcio (mg/l) por área. ...................................... 114 TABELA 11-1: Estatística Descritiva para o Chumbo. .......................................................... 116 TABELA 11-2: Estatística Descritiva para o Chumbo (mg/l) por área. .................................. 117 TABELA 12-1: Estatística Descritiva para o Cobre. .............................................................. 119 TABELA 12-2: Estatística Descritiva para o Cobre (mg/l) por área. ...................................... 120 TABELA 13-1: Estatística Descritiva para o Cromo. ............................................................. 122 TABELA 13-2: Estatística Descritiva para o Cromo (mg/l) por área. ..................................... 123 TABELA 14-1: Estatística Descritiva para o Ferro. ............................................................... 125 TABELA 14-2: Estatística Descritiva para o Ferro (mg/l) por área. ....................................... 126

Page 36: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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................................................................................................................................. Pág. TABELA 15-1: Estatística Descritiva para o Fosfato. ............................................................ 128 TABELA 15-2: Estatística Descritiva para o Fosfato (mg/l) por área. .................................... 129 TABELA 16-1: Estatística Descritiva para o Lítio. ................................................................. 131 TABELA 16-2: Estatística Descritiva para o Lítio (mg/l) por área. ......................................... 132 TABELA 17-1: Estatística Descritiva para o Magnésio. ........................................................ 134 TABELA 17-2: Estatística Descritiva para o Magnésio (mg/l) por área. ................................ 135 TABELA 18-1: Estatística Descritiva para o Manganês. ....................................................... 137 TABELA 18-2: Estatística Descritiva para o Manganês (mg/l) por área. ............................... 138 TABELA 19-1: Estatística Descritiva para o Níquel. ............................................................. 140 TABELA 19-2: Estatística Descritiva para o Níquel (mg/l) por área. ..................................... 141 TABELA 20-1: Estatística Descritiva para o Potássio. .......................................................... 143 TABELA 20-2: Estatística Descritiva para o Potássio (mg/l) por área. .................................. 144 TABELA 21-1: Estatística Descritiva para o Sódio. ............................................................... 146 TABELA 21-2: Estatística Descritiva para o Sódio (mg/l) por área. ....................................... 147 TABELA 22-1: Estatística Descritiva para o Zinco. ............................................................... 149 TABELA 22-2: Estatística Descritiva para o Zinco (mg/l) por área. ....................................... 150 TABELA 23: Estatística Descritiva para os íons (mg/l) da Campanha 1. .............................. 152

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - B TABELA 1 – Segunda campanha áreas 1 e 2 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em

traço. ................................................................................................................ 156 TABELA 2 - Segunda campanha, áreas 4, 6 e 8 – pontos amostrais em negrito, íons diversos

em traço. .......................................................................................................... 157 TABELA 3 - Segunda campanha área 9 – pontos amostrais em negrito, íons diversos

em traço. ........................................................................................................... 158 TABELA 4a – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante

a 2a campanha. .............................................................................................. 159 TABELA 4b – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 2a

campanha. ..................................................................................................... 160

Page 37: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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................................................................................................................................. Pág. TABELA 4c – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 2ª

campanha. ....................................................................................................... 161 TABELA 5 – Elementos presentes com alguma expressividade na 2ª

campanha. ..................................................................................................... 162 TABELA 6-1: Estatística Descritiva para o Alumínio. ............................................................ 163 TABELA 6-2: Estatística Descritiva para o Alumínio (mg/l) por área. .................................... 164 TABELA 7-1: Estatística Descritiva para o Bário. ................................................................. 166 TABELA 7-2: Estatística Descritiva para o Bário (mg/l) por área. ......................................... 167 TABELA 8-1: Estatística Descritiva para o Berílio. ................................................................ 169 TABELA 8-2: Estatística Descritiva para o Berílio (mg/l) por área. ....................................... 170 TABELA 9-1: Estatística Descritiva para o Cádmio. ............................................................. 172 TABELA 9-2: Estatística Descritiva para o Cádmio (mg/l) por área. ..................................... 173 TABELA 10-1: Estatística Descritiva para o Cálcio. .............................................................. 175 TABELA 10-2: Estatística Descritiva para o Cálcio (mg/l) por área. ...................................... 176 TABELA 11-1: Estatística Descritiva para o Chumbo. .......................................................... 178 TABELA 11-2: Estatística Descritiva para o Chumbo (mg/l) por área. .................................. 179 TABELA 12-1: Estatística Descritiva para o Cobre. .............................................................. 181 TABELA 12-2: Estatística Descritiva para o Cobre (mg/l) por área. ...................................... 182 TABELA 13-1: Estatística Descritiva para o Cromo. ............................................................. 184 TABELA 13-2: Estatística Descritiva para o Cromo (mg/l) por área. ..................................... 185 TABELA 14-1: Estatística Descritiva para o Ferro. ............................................................... 187 TABELA 14-2: Estatística Descritiva para o Ferro (mg/l) por área. ....................................... 188 TABELA 15-1: Estatística Descritiva para o Fosfato. ............................................................ 190 TABELA 15-2: Estatística Descritiva para o Fosfato (mg/l) por área. .................................... 191 TABELA 16-1: Estatística Descritiva para o Lítio. ................................................................. 193 TABELA 16-2: Estatística Descritiva para o Lítio (mg/l) por área. ......................................... 194 TABELA 17-1: Estatística Descritiva para o Magnésio. ........................................................ 196

Page 38: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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................................................................................................................................. Pág. TABELA 17-2: Estatística Descritiva para o Magnésio (mg/l) por área. ................................ 197 TABELA 18-1: Estatística Descritiva para o Manganês. ....................................................... 199 TABELA 18-2: Estatística Descritiva para o Manganês (mg/l) por área. ............................... 200 TABELA 19-1: Estatística Descritiva para o Níquel. ............................................................. 202 TABELA 19-2: Estatística Descritiva para o Níquel (mg/l) por área. ..................................... 203 TABELA 20-1: Estatística Descritiva para o Potássio. .......................................................... 205 TABELA 20-2: Estatística Descritiva para o Potássio (mg/l) por área. .................................. 206 TABELA 21-1: Estatística Descritiva para o Sódio. ............................................................... 208 TABELA 21-2: Estatística Descritiva para o Sódio (mg/l) por área. ....................................... 209 TABELA 22-1: Estatística Descritiva para o Zinco. ............................................................... 211 TABELA 22-2: Estatística Descritiva para o Zinco (mg/l) por área. ....................................... 212 TABELA 23: Estatística Descritiva para os íons (mg/l) da Campanha 2. .............................. 214

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - C TABELA 1 – Terceira campanha áreas 11,12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 – pontos amostrais em

negrito, íons diversos em traço. ....................................................................... 217 TABELA 2 -. Terceira campanha áreas 23, 24, 25, 19, 21, 22 – pontos amostrais em negrito,

íons diversos em traço. . ................................................................................... 218 TABELA 3 - Terceira campanha áreas 1, 2 , 3, 4, 7, 8, 9 e 10 – pontos amostrais em negrito,

íons diversos em traço. .................................................................................... 219 TABELA 4a – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante

a 3ª campanha. ............................................................................................. 220 TABELA 4b – Terceira campanha áreas 23, 24, 25, 19, 21, 22 – pontos amostrais em

negrito, íons diversos em traço. ..................................................................... 221 TABELA 4c – Terceira campanha áreas 1, 2 , 3, 4, 7, 8, 9 e 10 – pontos amostrais em

negrito, íons diversos em traço. ..................................................................... 222

TABELA 5 – Elementos presentes com alguma expressividade na 3ª campanha. ................................................................................................... 223

TABELA 6-1: Estatística Descritiva para o Alumínio. ............................................................ 224 TABELA 6-2: Estatística Descritiva para o Alumínio (mg/l) por área. .................................... 225

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................................................................................................................................. Pág. TABELA 7-1: Estatística Descritiva para o Bário. ................................................................. 227 TABELA 7-2: Estatística Descritiva para o Bário (mg/l) por área. ......................................... 228 TABELA 8-1: Estatística Descritiva para o Berílio. ................................................................ 230 TABELA 8-2: Estatística Descritiva para o Berílio (mg/l) por área. ....................................... 231 TABELA 9-1: Estatística Descritiva para o Cádmio. ............................................................. 233 TABELA 9-2: Estatística Descritiva para o Cádmio (mg/l) por área. ..................................... 234 TABELA 10-1: Estatística Descritiva para o Cálcio. .............................................................. 236 TABELA 10-2: Estatística Descritiva para o Cálcio (mg/l) por área. ...................................... 237 TABELA 11-1: Estatística Descritiva para o Chumbo. .......................................................... 239 TABELA 11-2: Estatística Descritiva para o Chumbo (mg/l) por área. .................................. 240 TABELA 12-1: Estatística Descritiva para o Cobre. .............................................................. 242 TABELA 12-2: Estatística Descritiva para o Cobre (mg/l) por área. ...................................... 243 TABELA 13-1: Estatística Descritiva para o Cromo. ............................................................. 245 TABELA 13-2: Estatística Descritiva para o Cromo (mg/l) por área. ..................................... 246 TABELA 14-1: Estatística Descritiva para o Ferro. ............................................................... 248 TABELA 14-2: Estatística Descritiva para o Ferro (mg/l) por área. ....................................... 249 TABELA 15-1: Estatística Descritiva para o Fosfato. ............................................................ 251 TABELA 15-2: Estatística Descritiva para o Fosfato (mg/l) por área. .................................... 252 TABELA 16-1: Estatística Descritiva para o Lítio. ................................................................. 254 TABELA 16-2: Estatística Descritiva para o Lítio (mg/l) por área. ......................................... 255 TABELA 17-1: Estatística Descritiva para o Magnésio. ........................................................ 257 TABELA 17-2: Estatística Descritiva para o Magnésio (mg/l) por área. ................................ 258 TABELA 18-1: Estatística Descritiva para o Manganês. ....................................................... 260 TABELA 18-2: Estatística Descritiva para o Manganês (mg/l) por área. ............................... 261 TABELA 19-1: Estatística Descritiva para o Níquel. ............................................................. 263 TABELA 19-2: Estatística Descritiva para o Níquel (mg/l) por área. ..................................... 264

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................................................................................................................................. Pág. TABELA 20-1: Estatística Descritiva para o Potássio. .......................................................... 266 TABELA 20-2: Estatística Descritiva para o Potássio (mg/l) por área. .................................. 267 TABELA 21-1: Estatística Descritiva para o Sódio. ............................................................... 269 TABELA 21-2: Estatística Descritiva para o Sódio (mg/l) por área. ....................................... 270 TABELA 22-1: Estatística Descritiva para o Zinco. ............................................................... 272 TABELA 22-2: Estatística Descritiva para o Zinco (mg/l) por área. ....................................... 273 TABELA 23: Estatística Descritiva para os íons (mg/l) da Campanha 3. .............................. 275

QQUUIINNTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO TABELA 1 a – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 1 a 8. .......... 279 TABELA 1 b – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 9 a 16. ....... 279 TABELA 1 c – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 17 a 21. ...... 280 TABELA 2 a – Íons maiores das amostras da 2ª campanha dos pontos 1 a 8. .......... 281 TABELA 3 a – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 1 a 9. .......... 282 TABELA 3 b – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 10 a 18. ..... 282 TABELA 3 c – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 19 a 25. ...... 283 TABELA 4 – Íons e ânions presentes com alguma expressividade nas 1ª, 2ª e 3ª

campanhas. ..................................................................................................... 284 TABELA 5 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Alumínio. .......................................................................................................... 287 TABELA 6 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Bário. ............................................................................................................... 289 TABELA 7 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Berilo. .............................................................................................................. 291 TABELA 8 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Cádmio. ........................................................................................................... 293 TABELA 9 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Cálcio. .............................................................................................................. 295 TABELA 10 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Chumbo. .......................................................................................................... 297

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................................................................................................................................. Pág. TABELA 11 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Cobre. .............................................................................................................. 299 TABELA 12 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Cromo. ............................................................................................................. 301 TABELA 13 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Ferro. ............................................................................................................... 303 TABELA 14 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Fosfato. ............................................................................................................ 305 TABELA 15 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Lítio. ................................................................................................................. 307 TABELA 16 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Magnésio. ........................................................................................................ 309 TABELA 17 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Manganês. ....................................................................................................... 311 TABELA 18 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Níquel. .............................................................................................................. 313 TABELA 19 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Potássio. .......................................................................................................... 315 TABELA 20 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Sódio. .............................................................................................................. 317 TABELA 21 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao

Zinco. ............................................................................................................... 319 TABELA 22– Testes de Kruskal-Wallis e de Scan para Variável Contínua. ................................ 320 TABELA 23 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente

aos íons maiores. ............................................................................................. 321 TABELA 24– Estatística Espacial Scan para Variável Contínua nos íons

maiores. ............................................................................................................ 322

SSEEXXTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO TABELA 1 - Compatibilização de nomenclaturas para monitoramento da vegetação na

parcela mineira da área de estudo - 1964, 1989 e 2005. ................................. 324 TABELA 2 - Divisão da região de estudo por unidades federativas e respectivas

áreas. ............................................................................................................... 330 TABELA 3 – Área, percentual da cobertura vegetal e do espaço antropizado na parte

mineira da área de estudo em 1964. ................................................................ 332

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................................................................................................................................. Pág. TABELA 4 – Área, percentual da cobertura vegetal e do espaço antropizado na parte

mineira da área de estudo em 1989. ................................................................ 335 TABELA 5 – Área, percentual da cobertura vegetal e do espaço antropizado na parcela

mineira da área de estudo em 2005. ................................................................ 338 TABELA 6 - Comparação dos resultados das classes de cobertura vegetal e do

espaço antropizado, nos períodos de 1964, 1989 e 2005. ............................... 342 TABELA 7 - Divisão da parcela mineira da área de estudo por classes de

declividade. ...................................................................................................... 345 TABELA 8 - Distribuição da tipologia vegetal Campo por tipologia topográfica na

parcela mineira da área de estudo. .................................................................. 347 TABELA 9 - Distribuição da tipologia vegetal Campo Cerrado por tipologia topográfica

na parcela mineira da área de estudo. ............................................................. 350 TABELA 10 - Distribuição da tipologia vegetal Cerrado por tipologia topográfica na

parcela mineira da área de estudo. .................................................................. 352 TABELA 11 - Distribuição da tipologia vegetal Floresta Estacional Decidual por

tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo. ............................ 354 TABELA 12 - Distribuição da tipologia vegetal Floresta Estacional Semidecidual por

tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo. ............................ 356 TABELA 13 - Distribuição da tipologia vegetal Pinus por tipologia topográfica na parcela

mineira da área de estudo. .............................................................................. 358 TABELA 14 - Distribuição da tipologia vegetal Eucalipto por tipologia topográfica na

parcela mineira da área de estudo. .................................................................. 360 TABELA 15 - Distribuição do espaço antropizado Outros por tipologia topográfica na

parcela mineira da área de estudo. .................................................................. 362

OOIITTAAVVOO CCAAPPÍÍTTUULLOO TABELA 1 – Relações comuns de acesso e/ou oferta de conhecimentos locais no Brasil

entre natureza do conhecimento, formas de armazenamento no sistema a ser informatizado, e a disponibilidade e avaliação do conhecimento, em se tratando de conhecimento universal aplicável aos vários casos de bacias e de propriedades rurais. As células sombreadas indicam correlações mais estreitas e as não-sombreadas as menos estreitas. ............. 405

TABELA 2 - Variáveis paramétricas e efeitos esperados quando se usa a terra; são

relações lógicas para auxílio à decisão sobre plantar, ou não plantar, como plantar, com quais condições tecnológicas e manutenção da integridade geo-ambiental das ZRAs. Os graus na última coluna são para os riscos químicos e mecânicos, em função das variáveis paramétricas; os riscos crescem de 1 a 10. O aperfeiçoamento dos

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................................................................................................................................. Pág.

índices de risco para diversas bacias é necessário para melhor precisar a avaliação; os sombreados correspondem às definições e condicionantes acima. .................................................................. 423

TABELA 3 - Temas em relação com as ciências especialistas e com as

questões centrais em relação ao uso de terras em ZRAs e APRs. .................. 424 TABELA 4a – Comparação das variáveis de Aptidão de solos e Geotecnia. ........................ 426 TABELA 4b – Comparação das variáveis de Aptidão de solos e Geotecnia. ........................ 427 TABELA 5 - Articulação das condições de aptidão de solos, geotécnicas e de

objetivos agrícolas, florestais e agro-florestais. A manutenção da infiltração em uma ZRA é condição radical do processo de conservação do recurso hídrico na bacia. O sombreado e os espaços em branco indicam as interseções onde ocorrem relações diretas. Essa tabela informa a necessidade da busca das implicações lógicas entre todos os aspectos considerados para cada caso de terreno. ......................................... 428

TABELA 6 - Estudo de caso hipotético para agricultura, silvicultura e zoocultura

em rocha granular. As Variáveis selecionadas na coluna Condições paramétricas indicam condições especiais que devem, em nível de detalhe, serem estudadas para estabelecer os Critérios de decisão com os atributos geotécnicos de “alta estabilidade”, “vulnerável” e “instável” das TAB. 2 e 4 com as condições de decisão; assim como para os temas da coluna. ............................................................................................................. 430

NNOONNOO CCAAPPÍÍTTUULLOO TABELA 1 – Relações entre as Tonalidades das Rodas de Conteúdo e os

Fenômenos abordados pelo projeto GZRP. ..................................................... 454 TABELA 2 – Conteúdo do Projeto GZRP referente aos vetores do organograma

ORCI e as modalidades cósmicas de Dooyeweerd. ......................................... 456 TABELA 3 – Produtos entregues no projeto GZRP, por vetor do organograma ORCI,

com sua respectiva localização no Relatório Final. .......................................... 459

DDÉÉCCIIMMOO CCAAPPÍÍTTUULLOO TABELA 23 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª , 2ª e 3ª ) referente

aos íons maiores. ........................................................................................ 496 TABELA 24 – Estatística Espacial Scan para Variável Contínua nos íons

maiores. ...................................................................................................... 497 TABELA 1 – Relações entre as Tonalidades das Rodas de Conteúdo e os

Fenômenos abordados pelo projeto GZRP ............................................. 503 TABELA 2 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª , 2ª e 3ª ) referente

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................................................................................................................................. Pág.

aos íons maiores. .......................................................................................... 504 TABELA 3 – Estatística Espacial Scan para Variável Contínua nos íons

maiores. .......................................................................................................... 505

QUADROS

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - A QUADRO 1 – Amostragens nas diversas áreas na 1ª campanha. . ............................. 90

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - B QUADRO 1 – Amostragens nas diversas áreas da 2ª campanha. . ........................... 155

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - C QUADRO 1 – Amostragens nas diversas áreas da 3ª campanha. . ........................... 216

OOIITTAAVVOO CCAAPPÍÍTTUULLOO QUADRO 1 – Conjunto de Critérios: Condições de uso x Áreas do

conhecimento , com critérios determinantes apresentados nos componentes dessa matriz de auxílio à decisão. . ....................... 413

QUADRO 2 - Algumas variáveis paramétricas e de processos mensuráveis são

importantes para modelar as condições ideais de OT pelo viés “permissão x impedimentos x precauções específicas”. . ............ 416

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PPRRIIMMEEIIRROO CCAAPPÍÍTTUULLOO.

INTRODUÇÃO

Este Projeto é seguramente um estudo pioneiro sobre recarga de aqüíferos em comum ou partilhada. Por certo, que em qualquer composição de ordens diversas de sub-bacias pode haver partilha de recarga, afora aquele tipo de recarga que ocorre em todos os solos e em algumas formações superficiais susceptíveis a esse tipo de processo.

A questão da recarga foi escolhida ser estudada entre divisores de bacias de 2ª ordem, como lida essa ordenação a partir do rio principal em direção a montante. Assim, a bacia do Paracatu é uma bacia de 2ª ordem do Vale do rio São Francisco, no caso a de maior área perfazendo 45.047,56 km2. Como bacias vizinhas se têm a oeste São Marcos, a sudoeste Alto Paranaíba e a norte São Mateus, que formam as bacias escolhidas para esse estudo. Cabe ressaltar que toda essa área é em si uma área agrícola e que dela diversas fontes alimentam os cursos d’água que correm para os quatro grandes rios. Algumas preocupações são fundamentais quanto ao aspecto da partilha de recarga: 1 – as zonas de recarga são áreas sensíveis, dos pontos de vista de dinâmica e

ambiente. 2 – se houver partilha, qualquer efeito adverso sobre a área de recarga de partilha

afetará duas ou mais bacias. 3 – as zonas de partilhas podem, conforme o tipo de relevo, implicar em resultados de

perda de infiltração sobre aqüíferos locais, caso a ação antrópica induza a não recarga.

4 – as zonas de recarga são áreas sensíveis do ponto de vista da possibilidade de

infiltração de substâncias químicas. 5 – a noção de partilha em zona de recarga pode ser realizada para todos e quaisquer

tipos de aqüíferos, sejam os mais superficiais ou os mais profundos. DA PROPOSTA INICIAL Os objetivos gerais e específicos da proposta original são: OBJETIVOS

� Integrar conhecimentos sobre estrutura dos aqüíferos partilhados entre as bacias do Paracatu, São Marcos Leste e Alto Paranaíba.

� Descrever a tipologia química das águas, nas várias áreas de exsudação, pelos

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aspectos próprios que identifiquem a procedência das mesmas em referência aos vários tipos de aqüíferos.

� Modelar procedimentos lógicos de gestão de bacia hidrográfica com foco no uso

consuntivo da água e de estratégias de plantio em áreas extremamente sensíveis como as zonas de recarga.

� Modelar uma estrutura própria de programação com metodologia reconhecida

(CommonKADS) para desenvolvimento de sistemas de conhecimento. Os modelos criados a partir de tal metodologia aliam a inteligência artificial às informações multidisciplinares necessárias ao auxílio à decisão no processo de gestão de bacia pelos comitês.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1 - integrar a cartografia topográfica na escala de 1:100.000 das quatro bacias de modo

orto-retificado. 2 – levantar os dados de estruturas rúpteis nas quatro bacias. 3 – integrar os mapeamentos lito-estratigráficos das quatro bacias. 4 – integrar os mapas orto-retificados topográficos e de estruturas rúpteis das quatro

bacias. 5 – produzir a interpretação sobre as estruturas dos aqüíferos em relação às zonas de

recarga com as áreas precisas de recarga, os reservatórios e as áreas de exsudação, conforme os tipos de aqüíferos.

6 – estudar estruturalmente as condições especiais de exsudação e afloramento de

águas em áreas como Veredas. PROBLEMAS

Os problemas apresentam-se em torno de uma hipótese central, a saber – deve haver partilha de recarga nas condições reinantes das respectivas bacias e rochas estratificadas, e em comum partilhadas. Daí decorre que: 1 – Pressupõe-se que ocorram recargas partilhadas em virtude de condições pedológicas, geomorfológicas e líticas nos altos de divisores de águas entre as bacias em questão, a saber, Paracatu, Alto Paranaíba, São Marcos Leste e São Bartolomeu. 2 – A estrutura de partilha deve implicar em partilhas eventuais via estruturas rúpteis profundas e transversas aos altos de divisores de águas, coberturas sedimentares nesses altos, formações superficiais e solos partilhados nos plateaux. 3 – A química das águas pode indicar mais ou menos as condições específicas de partilha pela semelhança química de teores dos elementos maiores e menores, e eventualmente de elementos em traço.

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4 – A semelhança química pode, todavia, advir de condições especiais da infiltração de modo a produzir semelhança química que necessariamente não signifique partilha. 5 – O atendimento de todos esses quesitos indica necessariamente partilha, mas o não-atendimento de um ou mais quesitos não impede a existência de partilha. TEMAS EXTRAS

Com os trabalhos de campo ficou claro que conviria apresentar-se um estudo mais detalhado descritivo das fontes em virtude de suas variedades e características geo-ecológicas notáveis.

O assunto sobre as fontes é em si um conjunto de aspectos ecológicos, hidrogeológicos e hidrológicos notáveis. Neste sentido tem-se por fato que as fontes devam ser descritas pelos macro-aspectos seguintes: 1 – rocha portadora ou rochas portadoras, quando ocorrer na interface de mais de uma rocha estratificada e imediatamente superpostas. 2 – fontes que brotam pontualmente, fontes espraiadas, fontes em brejo, fontes que merejem na superfície, fontes em Veredas, etc. 3 – a vegetação deve ser entendida como parte da área de fonte em virtude de que existem características das fontes que são ligadas à vegetação, pelo fato de favorecerem a conservação dos solos, servirem de área de alagamento e manterem a água com menor índice de evaporação e, por fim, por constituírem-se em diferentes fito-ecossistemas distintos sobre grandes superfícies.

Este projeto também abriu à possibilidade de se estender a questão hídrica da partilha no âmbito de uma discussão sistemática mais ampla sobre os recursos hídricos e, em particular, sobre como tratar com a questão da circulação hídrica no contexto do tema maior dos sistemas hídricos.

O tema específico do projeto é tratado no contexto maior dos sistemas hídricos e da circulação hídrica, embora o fato central seja a partilha.

O trato dos sistemas hídricos foi em muito ampliado pelos estudos regionais realizados em diferentes vales como o do Rio das Velhas e no Vale do Paracatu no âmbito de projetos como o Projeto MDBV (1992-1994; MARTINS Jr. et al. 1994), Projeto MPEH (1997-1999; MARTINS Jr. et al., 1999), Projeto CRHA (2003-2006; MARTINS Jr. et al., 2006), Projeto ACEE (2005-2008; MARTINS Jr. et al., 2008) e o atual projeto em relato Projeto GZRP (2006-2009).

O foco sobre os dois aspectos considerados fundamentais por serem os mais includentes são: (1) a circulação hídrica e (2) os sistemas hídricos. Começa-se, portanto, a apresentação do relatório com o macro conceito de sistemas hídricos.

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SISTEMAS HÍDRICOS E CIRCULAÇÃO HÍDRICA

Cabe desenvolver com precisão duas definições que podem parecer óbvias, mas que se entende, que por serem os temas mais abrangentes, necessitam pelo menos, que sejam fornecidas definições bem claras e objetivas para o entendimento ser perfeito, ou pelo menos que expressem com clareza o que se entende por tais temas.

� Circulação hídrica é o conjunto de trocas de massa, energia e informação que flui por todo o planeta na atmosfera, hidrosfera, biosfera e litosfera, tendo a água circulação nos quatro estados físicos – sólido, líquido, vapor e plasma; a circulação em seres vivos deve fazer parte do processo geral bem como a circulação nas obras humanas apesar das peculiaridades desses dois fatos.

� O Sistema hídrico global constitui a totalidade da circulação da água no planeta, como o grande sistema unitário, com todos os subsistemas que envolvem os oceanos, os cursos d’água, os lagos, pântanos, os aqüíferos subterrâneos, as zonas de recarga desses aqüíferos, os reservatórios, e as áreas de exsudação; também os glaciares continentais, oceânicos e as geleiras de altitude fazem parte como subsistemas; os cursos d’água, por sua vez, devem ser divididos, conforme os casos, em subsistemas próprios em virtude das características bióticas próprias no interior desses corpos d’água e/ou também em referências às florestas de galeria associadas; por fim para os sistemas hídricos continentais deve-se também incluir as rochas portadoras, os sedimentos superficiais e os solos, constituindo-se as partes sólidas dos sistemas hídricos, todavia tão integrados entre eles que devem ser considerados partes constitutivas dos próprios sistemas hídricos.

Deve ficar, portanto claro que a água em si não constitui “o sistema hídrico”, mas

apenas a parte dinâmica dos vários sistemas hídricos.

As duas definições acima deixam claro que existe interdependência entre cada subsistema, mas que cada um pode ser tratado como um sistema em si para fins de observação e compreensão de sua estrutura, dinâmica e eventualmente biota associada. A interligação entre esses sistemas, como um todo, constitui a circulação hídrica. Esta pode ser considerada para cada unidade natural que são as bacias hidrográficas, mas há uma ressalva para a complexidade dos sistemas aqüíferos karsticos. As bacias hidrográficas de geleiras, que podemos assim denominar, constituem casos não existentes em nosso País, mas são expressivas, por exemplo, na alimentação hídrica da bacia do Solimões e do Amazonas.

A interdependência da circulação hídrica é um fato observado por todos com os atuais eventos de alterações climáticas.

Segue então o estudo inicial sobre os sistemas hídricos do Vale do Paracatu, que é a bacia tomada por referência, vistos na escala de 1:250.000 para o conjunto da área dessa bacia. Por outro lado, o sistema de recarga entre essa bacia de 2ª ordem e das outras três bacias, também de 2ª ordem, constituem o objeto central desse estudo.

Cabe ainda ressaltar que, se partilha existe, hipótese inicial do projeto, isto se

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torna de extrema importância pelo fato de que os processos de gestão de bacias hidrográficas de 2ª ordem deverão também ser realizados entre os vários comitês concernidos de modo articulado, para que sejam eficientes.

Esta mesma reflexão aplica-se a quaisquer relações de partilhas entre bacias de maior ordem tomadas de modo crescente da foz do rio principal para montante.

SISTEMAS HÍDRICOS CONTINENTAIS DEFINIÇÕES

É Importante perfazer-se algumas definições e acrescentar mais algumas outras ou condicionantes segundo novos entendimentos, que sejam práticos e ao mesmo tempo faça jus a complexidade do mundo real. Assim, as definições se dividirão em hidro-biológicas, hídricas strictu sensu, morfológicas, hidro-pedogeomórficas e biológicas de ecossistemas aquáticos. DEFINIÇÕES HIDRO-BIOLÓGICAS

São sistemas hidro-biológicos todos aqueles que dependem da vegetação aquática e da vegetação ribeirinha, bem como da vegetação em geral pelo fato de que a circulação hídrica é guiada pela vegetação nas seguintes situações: 1 – controle e favorecimento da infiltração em todas as áreas de uma bacia hidrográfica. 2 – controle ou favorecimento bom ou danoso do escoamento superficial imediato pós-chuvas com conseqüências boas ou más para a qualidade da água superficial de corpos d’água superficiais. 3 – manutenção dos corpos d’água contra a própria erosão interna aos mesmos por meio da vegetação ripária. 4 – manutenção da vida animal aquática pela vegetação de borda e vegetação interna aos corpos d’água. 5 – controle da variabilidade físico-química de corpos d’água bem como da estratificação interna da água em corpos mais ou menos estacionários como barragens, lagos e pântanos. DEFINIÇÕES HÍDRICAS

As condições hídricas referem-se a duas condições gerais (1) a quantidade de água disponível em quaisquer tempos e ciclos e (2) a qualidade da água em quaisquer tempos ou ciclos.

A quantidade relativa da água em função da disponibilidade hídrica ofertada de montante e as geoformas das calhas e corpos d’água em geral permitirão dividir-se os

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sistemas hídricos em: (1) corredeiras (2) cascatas, cachoeiras, cataratas (3) remansos (4) áreas de inundação temporárias (5) áreas de inundação permanente (6) áreas de meandros ativos (7) áreas de meandros separados do circuito recente (8) lagos continentais (9) lagoas costeiras (10) pântanos (11) áreas de turfas. Deve-se citar ainda (12) as geleiras por serem tanto dinâmicas quanto portadoras de vida microscópica, sobretudo. DEFINIÇÕES MORFOLÓGICAS

A forma do terreno ainda que seja um aspecto dos sistemas rochosos e sedimentares são aspectos também determinantes nos sistemas hídricos e, portanto devem ser considerados como partes definidoras dos mesmos. São alguns exemplos mais notáveis: 1 – áreas de estreitamento dos cursos d’água com formação de corredeiras. 2 – cursos d’água encaixados em áreas de fraturas e falhas. 3 – cursos d’água em planícies aluvionares. 4 – deltas de rios. 5 – áreas litorâneas. 6 – lagoas litorâneas. 7 – áreas de manguezais. 8 – áreas de pororocas. 9 – áreas de quedas d’água em geral. 10 – condições de relevo que favorecem ainda excessos de geopotencial. 11 – perfis de cursos d’água com máxima entropia de evolução do relevo. DEFINIÇÕES LÍTICO-PEDOGEOMÓRFICOS

Agregam-se neste grupo as seguintes unidades com nítido interesse para a gestão: 1 – zonas de recarga de aqüíferos subterrâneos. 2 – áreas precisas de recarga dentro das zonas de recarga. 3 – solos favorecedores da infiltração. 4 – solos favorecedores do escoamento rápido imediato pós-chuvas. 5 – formações superficiais mais ou menos favorecedoras à infiltração. 6 – declividades associadas à vegetação. 7 – áreas de altas declividades com altos plateaux com boa infiltração. 8 – áreas arenosas que absorvem rapidamente a água permitindo acumulação e seca em superfície.

Com esse quadro geral fica estabelecido assim o campo de situações naturais das quais as zonas de recarga de aqüíferos subterrâneos é neste projeto o objeto central de estudo sob o ponto de vista da circulação partilhada pelo viés da recarga partilhada entre bacias de 2ª ordem.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Projeto MDBV (1992-1194). (Coord. Rosa & Martins Jr.) Metodologia para Enquadramento de

Cursos d’Água. Estudo de Caso Rio das Velhas. Belo Horizonte: FAPEMIG / CETEC. Memória Técnica do CETEC. 1994. Diversas Notas Técnicas, mapas e Relatório Final.

Projeto MPEH (1997-1999). (Coord. Martins Jr.) Aplicação da Eco-termodinâmica ao Desenvolvimento de Tecnologia Econômico-ambiental – Estudo de Caso Gerenciamento de Bacia Hidrográfica: Belo Horizonte: FAMPEMIG / CETEC – EPAMIG – UFMG. Projeto CAM – 10013/97. Maio de 2000.

Projeto MPEH (1997-1999)-01. MARTINS Jr., P. P., FERREIRA, O.C., VITRAL, J.J.A., ANTUNES, J.A., NETO, J.A.F., CANTISANO, M.A., MOREIRA, C.V.R., BRANT, R.. Princípios e Métodos da Análise Exergética Aplicada a Estudos de Bacia Hidrográfica, Ecossistemas e Sistemas de Produção sob Perspectiva Ecológica e Econômica. Belo Horizonte: CETEC / UFOP – Projeto MPEH. Relatório Final. v. 1. 2000. 157 p.

Projeto MPEH (1997-1999)-02. MARTINS Jr., P. P., FERREIRA, O.C., VITRAL, J.J.A., ANTUNES, J.A., NETO, J.A.F., CANTISANO, M.A., MOREIRA, C.V.R., BRANT, R., FORTINI, A. Ensaio de Integração da Análise Exergética a um Esboço de Teoria de Valores, Análise Econômica e Estudo de Caso em Produção Mineral. Belo Horizonte: CETEC / UFOP / UFMG. Projeto MPEH. Relatório Final. v. 2. 2000. 50 p. Anexos.

Projeto CRHA (2003-2006). (Coord. Martins Jr.) Conservação de Recurso Hídrico no Âmbito da Gestão Ambiental e Agrícola de Bacia Hidrográfica. Belo Horizonte, Ouro Preto: MCT-FINEP-Fundo Setorial CT-Hidro/2002. CETEC / UFOP / IGAM. 2006. www.cetec.br/crha. Relatório Final, 58 Notas Técnicas; mapas in Portal. 2006.

Projeto ACEE (2005-2008). (Coord. Martins Jr.) Arquitetura de Conhecimentos em Ecologia-economia para Gestão Ambiental de Bacia Hidrográfica. Convênio CNPq. 507.379 / 2004-7. Duração 2005-2008. CETEC-UFOP-DEGEO. 2008. Três Relatórios de Bolsas e Relatório Final. 2008. Memória Técnica do CETEC.

Projeto GZRP (2006-2009). Atual projeto em relato.

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– SISTEMAS HÍDRICOS – BASES PARA GESTÃO HÍDRICA, AGRÍCOLA E GEO-

AMBIENTAL INTRODUÇÃO

No Projeto CRHA (2003-2006) desenvolveu-se estudos sobre o território da bacia do rio Paracatu, maior sub-bacia de 2ª ordem do Vale do rio São Francisco. Neste projeto desenvolveu-se o estudo dos sistemas hídricos desse Vale no interesse de associar a questão da recarga com os outros vales. O Vale do Paracatu apresenta um complexo de sistemas hídricos que inclui áreas de partilha de recarga com outras bacias, além de variadas áreas de aqüíferos subterrâneos como o kárstico-fraturado, áreas de transição como o quase-aqüífero Quaternário, o granular cretácico, aqüíferos Terciário-Quaternários e aqueles fraturados de rochas para-metamórficas. Outros aqüíferos são superficiais entre eles os cursos d’água, em muitos casos encaixados, com zonas orientadas pelas estruturas rúpteis maiores, as áreas de pequenos corpos d’água (Veredas e áreas de inundação) e as áreas principais de exsudação. Esse quadro do ponto de vista da Geologia estratigráfica se apresenta em uma bacia sedimentar Neo-Proterozóica / Eo-cambriana com sedimentos predominantemente sub-aquáticos marítimos / sub-aéreos litorâneos e continentais, posteriormente metamorfizados. Cabe ressaltar que os tipos de floras em galeria devem também fazer parte da noção de sistemas hídricos e isto será alvo de avaliações específicas, sobretudo, com foco voltado para as questões de gestão de bacia hidrográfica e de biomas.

As rochas são expressivamente fraturadas e as fraturas são importantes no processo de estruturação de todos os tipos de aqüíferos. As condições descritas permitem um zoneamento de áreas hídricas da bacia, de tal modo que as diferentes paisagens hídricas impliquem em questões distintas de procedimentos de gestão geo-ambiental.

Os sistemas de fraturamento são homogêneos quanto às direções das fraturas,

em todos os tipos de rochas, o que indica que, pelo menos, em uma fase avançada de tectonismo o conjunto rochoso sofreu, por igual, as tensões cizalhantes, e/ou de compressão e/ou de descompressão. Todavia, a distribuição de densidades espaciais dos fraturamentos não é homogênea sobre toda a área. Isto tem implicações na distribuição dos grandes corpos hídricos, fato notável nos aqüíferos superficiais.

O fato de existirem rochas granulares em forma de plateaux com rochas do Cretácio implica, pelo fraturamento, que o Cretácio foi um tempo de tectonismo importante, pelo menos em face de soerguimentos crustais, sabidamente comprovados do ponto de vista geomorfológico. As rochas cretácicas da Formação Areado são bons aqüíferos, quase transitivos, todavia, com amplas áreas de máxima densidade de nascentes. Os fraturamentos nos sedimentos TQd são insignificantes pela posição sobreposta e superficial a todas as outras rochas. Têm a característica de quase-aqüíferos ou meios de transição, sendo isto denotado pelo grande número de fontes associadas aos mesmos, todavia.

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PROBLEMAS

Em função da ampla ocupação agrícola e pastoril da bacia, a classificação em

“áreas-tipo hídricas” favorece o estabelecimento de geocritérios dominantes para cada área. Assim, do ponto de vista da gestão geo-ambiental existem diversos aspectos ecológicos e de circulação hídrica que se imbricam e implicam em cuidados especiais: (1) cada área-tipo merece trato agro-ambiental com alguns itens de especificidade, (2) erros se acumulam pela inexistência conceitual e prática de licenciamento de projetos agrícolas em termos geo-ambientais, além dos licenciamentos baseados em aptidão agrícola e agroclimatologia do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária - MAPA, (3) a outorga de uso de recursos hídricos não capta, como legislação e práticas, os aspectos aqui tratados, (4) à relação quantidade d’água deve-se incluir não somente a questão qualidade das águas, mas também a tipologia e topologia das áreas homogêneas de circulação, das áreas especiais onde se densificam características como áreas de recarga, áreas de exsudação e/ou de corpos d’água especiais e (5) faz-se necessário o desenvolvimento de modelos de gestão hídrica e geo-agrícola integrados. OBJETIVOS (1) apresentar de modo integrado as relações que devem ser consideradas para um modelo de gestão de recursos hídricos, no qual se considerem não somente esses recursos, mas os sistemas naturais, as relações plantas / água / solos e os sistemas produtivos de modo integrado, (2) mostrar as estruturas geológicas, nas relações rochas versus estruturas rúpteis, a divisão de zonas hídricas que constituem a bacia do rio Paracatu e (3) estabelecer relações lógicas interdisciplinares para dar prosseguimento ao desenvolvimento de uma tecnologia de gestão agrícola / geo-ambiental / hídrica regional. ASPECTOS ESTRUTURAIS REGIONAIS

A bacia do rio Paracatu é a maior bacia afluente de 2ª ordem do rio São Francisco com 65.060 km2. A situação dessa sub-bacia é peculiar do ponto de vista geológico e apresenta as seguintes macro-características: (1) tem uma forma alongada com eixo maior de N45O-S45SE, (2) é estreitada em sua parte meio-norte e expressivamente mais larga em sua parte meio-sul,

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(3) apresenta forte inflexão do divisor ocidental para leste, com nítida orientação estrutural, e o rio Paracatu também apresenta essa mesma inflexão, (4) o rio Paracatu nasce a SSO dirige-se para norte, inflete a leste e no local de inflexão recebe o rio Preto que desce de NNO acompanhando o eixo maior da bacia, (5) as malhas fluviais são de tipos diversos na totalidade do território, a saber: paralelas, encaixadas segundo direções principais dos eixos e de estruturas rúpteis, em planícies de inundação com amplos meandros e dendriformes, como principais feições (FIG. 1). ENERGIA POTENCIAL e MORFOLOGIA DE CURSOS d’ÁGUA

A bacia do Paracatu é tipicamente uma bacia que atingiu a máxima entropia do relevo. Esta avaliação procede inteiramente de estudos desenvolvidos com o uso do método de YANG (1971), que permite uma excelente análise sobre o estado de maturidade de uma bacia hidrográfica, sob a perspectiva de considerar conjuntamente a energia potencial de relevos e a morfologia de rios. O método usado conduz de um modo transdisciplinar à idéia de entropia máxima como o estado meta-estável de maior equilíbrio dinâmico no qual o relevo deva se encontrar, ou não, em uma dada bacia ao fim de uma etapa de processo morfogênico.

Duas leis se revelam úteis para descrever tal estado de coisas. As duas se enunciam como: [1] Lei da queda média do curso d’água – sob condições de equilíbrio dinâmico a razão entre os gradientes médios de dois cursos de diferentes ordens, em uma mesma bacia, é próxima da unidade e [2] Lei do dispêndio mínimo de energia – durante a evolução da bacia em direção à condição de equilíbrio um curso d’água natural faz seu percurso de tal modo que a taxa (potência) de uso de energia potencial por unidade de massa de água ao longo do trajeto é a mínima.

A idéia subjacente é de que uma bacia pode estar em estado de equilíbrio, o que significa o estado de maior maturidade para uma determinada fase da conjugação dos fatores de soerguimento crustal e efeito das chuvas, fatores esses que atuam em antagonismo. Para estar em condição de máxima entropia, isto é, funcionando com os mais baixos geopotenciais possíveis para a situação, a bacia deve ter atingido a máxima relação de perda de geopotenciais em todos os seus compartimentos.

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FIGURA 1 – Rede completa de drenagem da bacia do Paracatu desenhada a partir do vôo

USAF de 1964 disponível na escala original de 1:100.000.

De um ponto de vista da gestão ambiental tal situação, se verificada, pode indicar quatro questões, a saber: � a bacia está em equilíbrio, portanto a erosão pode não progredir de modo notável

espontaneamente,

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� a bacia está em desequilíbrio, portanto existem áreas da mesma, altamente susceptíveis a processos erosivos espontâneos,

� qualquer mudança climática pode alterar as relações de equilíbrio do perfil de

maturidade da bacia, em especial se as chuvas aumentarem de intensidade, seja ao longo da totalidade do ano hidrológico ou seja especificamente na estação mais chuvosa,

� a intervenção do homem deve se manter no sentido de não alterar o estado de

equilíbrio da bacia, qualquer que seja esse estágio e � tal condição de não alteração será válida, tanto quanto durarem as condições

geotectônicas vigentes e/ou as condições climáticas reinantes cujas forças naturais são obviamente não-controláveis, mas que podem ser minimizadas pela vegetação natural e por projetos agrícolas rigorosamente implantados com métodos de conservação dos solos e da água. .

ESTÁGIO EVOLUTIVO da BACIA do PARACATU

A partir de análise da bacia com o método de YANG (1971), pode-se perceber que os processos com funções opostas de criação (+) e destruição de geopotenciais (-) a saber, o soerguimento crustal regional (+) e o efeito erosivo das chuvas (-) chegaram a um nível, se não de máxima entropia, todavia, bem próximo desse nível.

O número de elementos fluviais do Paracatu está indicado na TAB. 1 pelas ordens dos cursos d’água. Os dados mensurados, segundo os parâmetros para calcular as leis empíricas de Horton como calculados pelo ordenamento de cursos d’água, segundo Strahler, estão na TAB. 2. TABELA 1 – Dados cartográficos das medidas de características dos cursos d’água pelas suas

ordens segundo o ordenamento de Strahler.

Ordem dos cursos d’água

Número de correntes

Comprimento total - km

Área das bacias km2

Desnível total m

1 5.439 13.698 24.624 363.820 2 1.295 4.790 8.537 48.665 3 285 2.686 5.135 15.910 4 63 1.499 2.808 3.930 5 17 1.074 2.090 1.130 6 6 492 1.161 240 7 1 363 1.270 53

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TABELA 2 – Parâmetros das leis empíricas.

Ordem dos

cursos d’água

Número de correntes -

Nu

Comprimento médio – Lu

(m)

Queda média Yu (m)

Declividade média Su

Área drenagem

média - Adu

(km2) 1 5.439 2.518 66,9 0,0266 4,53 2 1.295 3.699 37,6 0,0102 6,59 3 285 9.425 55,8 0,0059 18,02 4 63 23.794 62,4 0,0026 44,57 5 17 63.176 66,5 0,00105 127,06 6 6 82.000 40,0 0,00049 181,83 7 1 363.000 53,0 0,00015 1270,00

m/m (adimensional). Os valores médios por sub-bacia são ajustados às leis empíricas (FIG. 2): ln Nu = A – B.u ln Lu = C – D.u ln Su = E – F.u ln Adu = M – N.u O ajuste das leis empíricas fornece os valores dos respectivos parâmetros: A = 9,937 B = 1,406 C = 6,779 D = - 0,821 E = - 2,750 F = 0,833 M = 14,062 N = -0,941

Usando as equações acima, é possível estabelecer uma relação entre o

percurso virtual e a queda por sub-bacia, considerada como um curso d’água único, caracterizado pelos valores médios dos respectivos parâmetros.

Somando-se os percursos virtuais, a partir do início da corrente de ordem 1 pelo

método de Strahler até o fim da corrente de ordem u, obtém-se a abscissa do diagrama de queda da bacia; somando-se as quedas obtêm-se as respectivas ordenadas. Assim: Xu = Σ1

u Lu = Σ1u e 6,779 + 0,821 u = e 6,779 Σ1

u e 0,821 u

Yu = Σ1

u Su Lu = Σ1u [e – 2,75 - 0,833u e 6,779 + 0,821u] =

= e– 2,75 + 6,779 Σ1

u e (–0,833 + 0, 821) u = 56,20 e – 0,012u

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y = -1,4064x + 9,9371R² = 0,9975

y = 0,8211x + 6,7786R² = 0,9812

y = -0,8333x - 2,75R² = 0,9933

y = 0,914x + 14,062R² = 0,9727

0

5

10

15

20

25

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

1 2 3 4 5 6 7 8

Ln Adu m2

ln Nu, Lu, Su

Ordem

Bacia do Paracatu - Leis empíricas.

Lu

Nu

Su

Ad

FIGURA 2 – Leis empíricas determinadas para o Paracatu.

Com o mesmo procedimento, obtém-se o diagrama da queda acumulada na bacia, no estado de equilíbrio dinâmico, usando a equação de Xu acima, juntamente com: Yu = e– 2,75 + 6,779 x Σ0

u 1 = 56,20 u visto que, segundo o modelo de YANG (1971), a queda total na bacia (da cabeceira da corrente de ordem 1 à foz da corrente u), no estado de equilíbrio dinâmico, se distribui igualmente pelas sub-bacias, ou seja, a queda Yu não depende do valor de u.

Com os dados não-ajustados dos parâmetros (TAB. 2), pode-se construir o

diagrama da queda observada na bacia, sendo Xu = Σ1u Lu e Yu = Σ1

u Yobserv. A FIG. 3 abaixo mostra as quedas acumuladas. Fica evidente que a bacia atingiu o estado de máxima maturidade de seu perfil evolutivo.

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15

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00

Queda acumulada m

Percurso km

Morfologia da Bacia do Rio Paracatu

Y obs. M Y teórico

FIGURA 3 – Queda acumulada na bacia do Paracatu.

Para facilitar a comparação dos resultados deste e de outros estudos, o gráfico de queda acumulada é convertido em perfil longitudinal, tomando-se a maior cota observada como referência e deduzindo-se dela, sucessivamente, as quedas por sub-bacias (FIG. 4). GEO-ESTABILIDADE VERSUS GEOVULNERABILIDADE

Considerando-se a necessidade de desenvolvimento de Tecnologia de Gestão Geo-ambiental – TGGa, voltada para a identificação da estabilidade e da geovulnerabilidade de sistemas naturais, mister se faz definir o que vem a ser estabilidade em relação à geovulnerabilidade, já que tanto esses conceitos e fenômenos não são de tão simples delimitação, oferecendo, talvez, um desafio para estruturar este tipo de desenvolvimento.

Todo sistema natural é transiente, isto é, não funciona em estado permanente.

Esperar tal estado em fenômenos naturais seria absurdo já que toda a Natureza funciona por ciclos e/ou por pulsos, bem como por rupturas em seus diversos subsistemas. Nada é estacionário, portanto, a geovulnerabilidade deve ser definida em função dessas condições transientes.

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Perfís da Bacia do Rio Paracatu.

y = -62,186Ln(x) + 397,22

R2 = 0,9961

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00

Percurso km

co

ta m

perf. Obs prfl. Teór. prfl. Eqilib. Log. (prfl. Eqilib.)

FIGURA 4 – Perfis longitudinais da Bacia do Paracatu.

Durante um determinado período de tempo é possível se fazer uma abstração e

admitir que um subsistema esteja estável, ou mais propriamente meta-estável. A meta-estabilidade significa, por sua vez, que o subsistema possa estar, ou não, funcionando na condição de máxima entropia, isto é, de maior estabilidade para aquele estado atual de sua evolução. Um subsistema pode estar em condição meta-estável sem estar em máxima entropia, e assim mesmo estar estabilizado pelo efeito de uma série de elementos dos ecossistemas existentes que estabilizam a estrutura do sistema.

A estabilidade ocorre quando o balanço total de forças internas do macro-

sistema, ou de forças que atuem sobre esse sistema, permite mantê-lo longe do equilíbrio com perdas pouco perceptíveis, tal que, em média, seja possível ocorrer, por exemplo, uma alteração no subsolo que compense as perdas de solos e/ou de nutrientes para fora do sistema, neste caso com a formação de neo-solos. Essa formação de neo-solos deveria assim acompanhar par e passo o processo de perdas.

Em outro sentido, a meta-estabilidade é também uma função fundamental da

presença da vida como agente de estabilidade e como agente “geológico ativo (⇒)”, quando construtor de ambientes geológicos, e como “agente passivo (⇐)”, quando oferece resistência à produção de entropia sobre o macro-sistema continente.

Deve-se incluir a atmosfera como agente de alta eficiência mecânica e de

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produção de entropia e de novas ordenações. Nesse sentido a vida, e em particular as assembléias vegetais, são as maiores responsáveis pela manutenção de um determinado regime ou estado-situação, como forma de resistência à evolução em direção à máxima entropia. Sem ela isso significa tender ao arrasamento completo da estrutura de uma bacia hidrográfica e das oscilações de relevo dentro dela, o que vem a ser o estado de total maturidade de uma bacia e do relevo, que por sua vez só pode ser reativado, isto é, ter gerado novos geopotenciais por três tipos eventos: � soerguimento continental ou epeirogênese (cita-se o amplo soerguimento do final

do Cretácio que permitiu as geoformas evoluírem para como se apresentam atualmente),

� variação eustática do nível do mar com diminuição ou mesmo aumento de nível, � movimentação tectônica compartimentada em uma área em questão, produzindo

desníveis ou novos geopotenciais. A geovulnerabilidade deve ser um indicador de: � como eventos podem afastar uma sub-bacia hidrográfica de sua condição de meta-

estabilidade para um patamar mais baixo de um novo estado de meta-estabilidade.

De modo evidente, em qualquer processo de gestão deve-se considerar que a intervenção antrópica poderá e deverá ser no sentido de se beneficiar do patrimônio natural para os processos produtivos, sem produzir irreversibilidade que leve a bacia para um novo estado meta-estável, portanto, menos organizado ou com menos potencial do que o então existente.

A geovulnerabilidade se reconhece mais facilmente nos nós do sistema, isto é, em todos os nós ou entrecruzamentos onde o cibernismo possa ser alterado para além do estado de flutuação inerente e normal ao sistema, ou seja, o estado de flutuação que não leva o sistema para longe de sua condição própria de equilíbrio, ou no máximo leve o sistema para uma flutuação muito próxima ao equilíbrio. ENERGIA – EXERGIA – EMERGIA

Considerando-se ainda que todo e quaisquer processos geológicos e biológicos precisam de energia, e que a energia de qualquer sistema não é inteiramente ativada para exercer trabalho sobre o ambiente, salvo com a destruição do próprio sistema, define-se que a energia interna de qualquer sistema, que não esteja presa na própria estrutura desse mesmo sistema e que possa exercer trabalho sobre o ambiente, é denominada exergia (GEORGESCU-ROEGEN, 1970; AYRES, 1973). Quando a exergia é reportada à constante solar que tem por valor 2cal / cm2 / minuto e multiplicada pela transformidade pode-se assim expressar a energia interna livre como emergia, segundo definição de ODUM (1996).

ODUM (idem) detalha os cálculos dos vários valores de exergia em função da energia solar incidente como emergias calculadas para diversos processos naturais, para a produção agrícola e industrial. Na TAB. 3 apresentam-se cálculos de ODUM

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(idem) para algumas transformidades solares de processos de fluxo de energia global. TABELA 3 – Transformidades solares de fluxos de energia global (ODUM, 1996, p. 42).

Item global solares

emergia solar * esj / ano

fluxo de energia J / ano

Transformi-dade solar

esj / J

1 - fluxos globais 9,44 x 1024 2 - ventos superficiais 6,31 x 1021 1.496 3 - energia física das

chuvas sobre terras 9,0 x 1020 10.488

4 - energia química, chuva sobre terras 5,187 x 1020 18.199

5 - energia física de cursos d’água 3,395 x 1020 27.764

6 - ondas absorvidas nas praias 3,09 x 1020 30.550

7 - ciclo sedimentar da Terra 2,746 x 1020 34.377

8 - energia de fluxos químicos 1,948 x 1020 48.459

Nota: Os significados são: esj / ano ≡ emergia solar em joule / ano, J / ano ≡ energia em

joule / ano e esj / J ≡ emergia solar em joule / Joule [cálculos em ODUM (op. cit.) às páginas 42 e 43]. Para * tem-se o fluxo de emergia solar global.

1 – soma da emergia solar, geológica e de marés. 2 – vento na superfície da terra. 3 – energia física das chuvas em terras altas. 4 – energia química potencial nas chuvas. 5 – energia física nas correntes de rios. 6 – energia de ondas absorvidas nas praias. 7 – o ciclo sedimentar da Terra como trabalho exercido de soerguimento crustal, que

favorece retomar erosão sem mudança líquida em elevação indicadas pelo fluxo de calor (SCLATER et al., 1980).

Ambas, exergia e emergia, são expressas em joule e são dois modos de se

expressar esta energia livre pronta para exercer trabalho sobre o ambiente circundante. Esta definição é importante para se entender a questão das taxas de energia dos processos geológicos que são sempre taxas de exergia ou de emergia conforme se queira medir de um ou de outro modo.

A geovulnerabilidade pode então ser definida como: � o conjunto de condições tais que, no limite de um processo de intervenção

antrópica ou mesmo de alteração naturalmente induzida, a taxa de intensidade exergética disponível nos vários sub-sistemas permita que o sistema natural maior flutue para longe de sua condição anterior de equilíbrio meta-estável, de modo avançado e mesmo irreversível.

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PADRÕES de DRENAGEM no PARACATU

Os padrões de drenagem informam alguns aspectos importantes quanto à noção de maturidade de bacia. Esses padrões e o substrato rochoso devem ser considerados tanto para o estágio atual de evolução do relevo, mesmo que esse esteja em estado de entropia muito avançada ou quase máxima, como também para a condição de mudanças das regras de evolução como já citadas: (1) soerguimento continental (2) soerguimentos de parcelas do território e (3) mudanças climáticas com especial ênfase no incremento de chuvas anuais.

Na FIG. 5 os padrões de drenagem do Paracatu são indicados áreas com potencialidade para reativação sob uma ou mais das três condições e ainda com condições antrópicas indutoras de desequilíbrio. Na FIG. 6a, 6b as direções e quantidades de estruturas rúpteis são evidenciadas do ponto de vista de associação com as direções de cursos d’água, comparativamente (SILVA et al., 1989). CORRELAÇÕES entre CORPOS d’ÁGUA e ESTRUTURAS RÚPTEIS

Os padrões do Vale do Paracatu são notáveis em distribuição de área, isto é, distribuição espacial relativa em virtude de vários fatos estruturados, tais como: (1) estruturas dúcteis com expressão topográfica (2) estruturas rúpteis abundantes (3) tipo de rochas com baixo metamorfismo (4) tipos líticos com forte presença de rochas com dominância quartzosa (5) relevos suaves e amadurecidos

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FIGURA 5 – Áreas de iso-padrões de rede de drenagem do Paracatu. (6) área antiga do Proterozóico-Eo-Cambriano com diferentes tipos de tectonodinâmica, mas com uma relativa baixa movimentação tectônica (7) estabelecimento regional de quatro grandes fases petrogenéticas que podem ser sintetizadas como:

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fase 1 aquela que se compõe de formação de seqüências sedimentares dominantemente de áreas litorâneas e neríticas do Proterozóico superior / Eo-Cambriano; fase 2 na qual se implantaram o metamorfismo baixo e o tectonismo relativamente fraco; fase 3 na qual ocorre um registro na coluna local como um possível grande período erosivo versus soerguimentos e a fase 4 na qual se implantam, então, em um país estável as grandes transgressões deposicionais do Cretácio, de depósitos aquáticos continentais e também sub-aéreos, produzindo o que viriam a ser os grandes plateaux de sedimentos sobre os quais seguem, como mesmas tendências gerais, os depósitos do Terciário e do Quaternário, estes últimos se apresentando como resultados de processos fluviais mais recentes.

A FIG. 7 apresenta relações especiais notáveis que representam áreas

expressivas cujas características dominantes são importantes para se estabelecer modos regionais de gestão. A divisão do Vale nessas áreas regionais serve como uma classificação especialista e regionalizada em áreas homogêneas pelos corpos d’água, sobre a qual se poderá trabalhar o zoneamento em áreas homogêneas pelos hidro-sistemas com a agregação de sub-bacias de 4ª a 8ª ordens em algumas poucas classes típicas. São variáveis importantes para esse tipo de classificação em áreas homogêneas:

(1) número de drenos por sub-bacia (2) comprimento dos drenos (3) densidade de drenagem (4) taxa de bifurcação de drenagem (5) contribuições específicas média de longo período (6) contribuições específicas - mínima e máxima e (7) tempo de concentração (MARTINS Jr. & ROSA, 1992, 1993-b; MARTINS Jr. et al., 1993-a, 1994-a, 1994-b).

Embora a classificação dessas áreas regionais (1º nível) tenha sido estabelecida pela noção de máximos de estruturas rúpteis, de fontes e de corpos d’água especiais, fica claro que na escala de 1:250.000 (2º nível) noções nítidas de regionalismo podem ser adotadas com critérios a serem detalhados em zoneamentos em escala de maior detalhe (3º nível).

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6a 6b

FIGURA 6a – Rosetas das freqüências de direções das mesofraturas da totalidade do Vale e 6b - freqüências das direções retificadas dos cursos d’água da totalidade do Vale. Observa-se que expressiva parte dos cursos d’água tem relações com as estruturas rúpteis.

É evidente que o trato interdisciplinar com os tipos de solos, a aptidão de solos,

a agroclimatologia e a modelagem digital de declividades, todos associados, permitirão completar um quadro regional de tendências favoráveis à implantação de projetos agrícolas, perfazendo o 4º nível de auxílio à decisão, no qual, as propriedades rurais são consideradas em seus aspectos locais de modo interdisciplinar, onde a variabilidade de condições dos terrenos fica de fato evidente. CONSIDERANDO uma BACIA HIDROGRÁFICA como “O SISTEMA”

Um sistema sempre se compõe de estruturas nas quais entram, saem e são processadas matéria (M), energia (E) e informação e/ou neguentropia (I); eventualmente um sistema pode também sofrer aumento de entropia interna sem que necessariamente venha a se estabelecer em um estado de irreversibilidade máxima.

A bacia é um sistema amplo, todavia, pode-se afirmar que a bacia é mais do que um único sistema. Trata-se de um “sistema de sistemas”, ou seja, um sistema complexo. Isto vale para a bacia maior, quanto para qualquer sub-bacia de quaisquer ordens pertencentes a essa bacia maior. Sendo todas essas bacias consideradas como um sistema, e fazendo-se uma abstração da presença do homem tecnológico para se considerar exclusivamente esses sistemas naturais, em certos casos ocupadas quase que somente com o homem vernacular, ainda existente no planeta, pode-se constatar que existem poucas formas das bacias trocarem M, E e I com o meio externo seja recebendo, seja doando M e/ou E e/ou I biótica e/ou I de vários tipos como nutrientes, solos, vida vegetal e animal, etc..

Os modos de troca naturais, sem influência antrópica, em uma bacia hidrográfica

podem ser reconhecidos como unicamente possíveis, a partir de: � entrada da chuva, da energia solar incidente, da saída como escoamento

superficial, do transporte de sedimentos, da erosão, da evaporação, da evapotranspiração, da migração de animais e das trocas genéticas.

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FIGURA 7 – As áreas de máximas densidades de meso-fraturas, nascentes constituindo

verdadeiras áreas de exsudação e de corpos d’água especiais como Veredas, áreas pantanosas, áreas de inundação permanentes e temporárias que constituem áreas típicas para modelos também típicos com critérios especiais de gestão geo-ambiental sobre um território de 45.060km2.

As trocas com o meio externo à bacia, não resolvem, todavia, a questão de

desorganização do sistema, seja pelo viés natural seja pelo viés antrópico. Todo sistema natural em seu componente inorgânico caminha para maior entropia pela perda do geopotencial até a condição de máximo aplainamento de uma bacia, que em um caso típico têm-se as áreas aluvionares de grandes planícies de inundação que estejam quase ao nível do mar.

A mobilização interna em qualquer bacia, em qualquer tipo de clima, pode ser possibilitada por processos de máximas significâncias para a gestão geo-ambiental,

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com os seguintes fatores: (1) evapotranspiração (2) produção / manutenção de umidade relativa (3) infiltração em solos e aqüíferos (4) escoamento superficial total (5) escoamento superficial imediato pós-chuvas (6) retenção em aqüíferos (7) trocas dos aqüíferos com os cursos d’água (8) escoamento superficial, embora com valores médios anuais mantidos, mas com

descrontrole por incremento excessivo na estação chuvosa (9) perda universal de solos (10) condições de conservação das zonas de recarga dos aqüíferos (11) todo tipo de erosão (12) colmatação de barragens, lagos e pântanos (13) trocas eólicas (14) trocas por glaciares (15) desertificação (16) salinização de solos e/ou de fundos de lagos ressecados (17) trocas de gazes com a atmosfera (18) produção de folhedo (serrapilheira) (19) e a produtividade primária (GERSMEHL, 1976); em referência a outros aspectos,

que não sejam necessariamente ligados ao clima, tem-se ainda: (19 - 1) a vida animal e a cadeia trófica total e (19 – 2) o aumento ou a diminuição da área total vegetada, que podem ambos (19 – 3) ser afetadas pelo clima e seus agentes.

Fica claro que atmosfera tem o aspecto de ser o agente de maior eficiência

sobre os ambientes em geral.

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CONSIDERAÇÕES GERAIS sobre as TROCAS de ENERGIA e MASSA nos ECOSSISTEMAS

Sistemas naturais são mais ou menos dinâmicos, Nesse sentido pode-se ter que a duração de suas existências, como um todo, e de suas fases cíclicas de trocas apresentem-nos os critérios últimos da noção temporal das trocas. A duração total de um ecossistema remete ao tempo geológico, mas a duração de seus ciclos remete-o aos ciclos circadianos, sazonais e de mais longa duração - decenais, centenárias, milenares, decamilenares, etc.

A noção de troca é fundamental como base para se decodificar o funcionamento dos ecossistemas dado que se descreva preliminarmente sua estrutura geral. Estrutura aqui é entendida tanto como o substrato quanto o sistema biótico e hídrico, e ainda como super-estrutura o clima – clima estrutural de uma região e clima estruturante. Trocas são todos os processos supergênicos atuantes em determinado sistema como os que mantêm a geodinâmica dos desertos, lagoas costeiras, etc.

Cada sistema natural tem um estilo próprio de trocas possíveis, configurando o ecossistema dinâmico. De um modo geral a fase biótica dos ecossistemas possui dinâmica própria o suficiente para recobrir diversas fases distintas de evolução do substrato. As vezes pode ser significantemente afetada pelas mesmas como em casos de vulcanismo intensivo e explosivo. Às vezes sucede bem o contrário.

Por certo, a destruição e a reconstrução atuam de modos convergentes nos sistemas naturais. Nessas situações gerais, e em cada caso típico, é que jaz a necessidade de se fazer o estudo das fronteiras, e a classificação das áreas homogêneas de uma bacia e de seus ecossistemas associados, conjuntamente. CLASSIFICAÇÃO em ÁREAS HOMOGÊNEAS

A classificação em áreas homogêneas, de modo interdisciplinar, é o melhor modo com o qual se pode conhecer as inter-relações em um ecossistema, conforme a escala de representação, e assim se chegar a estabelecer a sinergia e a hierarquia da importância relativa das diversas variáveis paramétricas de sustentatibilidade desses ecossistemas. Tal divisão possibilitará, com maior facilidade, aplicar-se a abordagem transdisciplinar aos diversos subsistemas para uma avaliação exergética dos mesmos com essa abordagem. A avaliação exergética poderá ser feita, em princípio para as seguintes situações (MARTINS Jr. - Coord., 1998-2000; MARTINS Jr. et al., 2000-a, 2000-b): � exergia do terreno e relevo envolvendo a cobertura vegetal, a declividade e os

atributos físicos, � energia da chuva segundo o tipo de superfície sendo impactada, � a exergia da química das chuvas será considerada pela existência de produtos

capazes de reagir quimicamente e produzirem acidez, destruir florestas, poluir águas, afetar o sistema respiratório, destruir monumentos e obras de engenharia pela doença do concreto, etc.,

� exergia da função produtividade primária, em particular a transformação da matéria orgânica em folhedo (serapilheira) e húmus altamente maturo,

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� exergia das formas das sub-bacias do ponto de vista da acumulação e produção possível de escoamento superficial,

� exergia das rochas como geradoras de solos nas diversas condições de trocas em relação às suas condições de gênese,

� exergia dos diversos corpos de águas como lagos, represas, lagunas e pântanos, � exergia do clima como taxas potenciais para a erosão e produção de incêndios

naturais, � no que diz respeito as matas existe também um importante fator no folhedo seco

como elemento potencial para produção de incêndios e neste caso a exergia é a totalidade da energia interna ainda existente no folhedo,

� exergia para a propensão à perda universal de solos, � energia cinética dos ventos para exercer trabalho sobre os sedimentos e transportá-

los nas diversas condições possíveis e � exergia como possibilidade de produção de erosão e de sedimentos em processos

de erosão acelerada, entre outros aspectos.

Nessas considerações acima não se está incluindo o homem, numa primeira abordagem, em virtude do fato de que, excetuando intervenções drásticas, os estágios atingidos pela intervenção humana devem ser considerados como um estágio efetivo de evolução do sistema, portanto, do próprio referencial de base do mesmo. Trata-se assim do que é, e não do que desejaríamos que fosse. O sistema sob intervenção, ou não, é o sistema natural como se encontre.

A cartografia de trocas de energia e massa nos ecossistemas encontra em algumas variáveis básicas aquelas que são - condição necessária e suficiente para se representar um quadro geral do sistema. Tal quadro deve permitir que se saiba: � quais são as forças ativas predominantes e as secundárias, � quais as trocas entre litosfera, biosfera, atmosfera e hidrosfera, � quais as transformações, � quais as perdas e quais os eventuais ganhos e o que são perdas e ganhos

relativamente, � se o sistema geral está em equilíbrio dinâmico ou não? � se o sistema aumenta sua desordem a mais rápida taxa do que sua reconstituição

natural? � se o sistema permite ou já tem produção de subsistemas pioneiros?

Ao mesmo tempo, tendo-se esses fatores reconhecidos como básicos poder-se-á mapear todo e quaisquer ecossistemas e conhecê-los por termos comparativos entre os mesmos. A importância de tal feito, nunca é demais salientar, é fundamental por se tratar dos aspectos críticos dos ecossistemas, e assim vir a ser possível evidenciar não somente suas estruturas, mas também sua vulnerabilidade.

São variáveis de maior interesse para a cartografia de trocas de energia e massa (MABBUT, 1968; HUANG & FERNG, 1990 e 1991; MARTINS Jr. & ROSA, 1992): � insolação, � ventos (direções sazonais e intensidade),

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� pluviosidade - Anual total: Chuvas anuais – chuva máxima anual, chuva máxima no período chuvoso, coeficiente de variação anual, coeficiente de variação do período, no de dias de chuva anual, no de dias de chuva no período chuvoso; Cartas mensais de Janeiro a Dezembro; Carta de chuva anual (FIG. 8),

� temperaturas médias, mínimas, máximas e integrais das distribuições sazonais em unidades de tempo, devidamente escolhidas com análise estocástica para maiores períodos de medidas,

� declividade do terreno por classes – modelo digital de terreno, � tipologia de solos por vertente, planícies e plateaux, � distribuição das formas do modelado por sub-bacia, � distribuição das rochas por sub-bacia, � distribuição da isotropia / anisotropia dos atributos de rochas por sub-bacia, � distribuição da isotropia / anisotropia dos atributos de solos por sub-bacia, � fator de conformidade / índice de Gravelius, � contribuições específicas máxima, mínima e média, � distribuição vetorial do escoamento superficial, � infiltração com distribuição setorial, � evaporação e evapotranspiração sazonal média, máximas e mínimas, � propensão a incêndios conforme a sazonalidade na relação produtividade primária,

matéria seca, tipo de vegetação, temperatura e umidade relativa média, máxima e mínima sazonais,

� estrutura e dinâmica da erosão [voçorocas e laminar] (MARTINS Jr. et al., 1998), � propensão à perda universal de solos abaixo do nível de formação de solos ou

abaixo de processos erosivos que produzam alterações do modelado (WISCHMEIER et al., 1958; WISCHMEIER & SMITH, 1965, 1978; WISCHMEIER et al., 1971),

� medida anual de composição como % da produção anual de versus evapotranspiração anual do folhedo (serapilheira) (MEENTEMEYER & ELTON, 1977) (THORNWAITE & MATHER, 1955),

� produtividade primária potencial nítida [líquida] não ajustada como o primeiro nível trófico no ecossistema (MEENTEMEYER, 1977) (MOSS, 1985) (LEITH & BOX, 1972),

� produtividade primária líquida ou nítida potencial média (MOSS, 1985), � produtividade primária, valor ajustado {g m-2 ano-1} e � Produtividade anual líquida ou nítida acima do chão (ROZENZWEIG, 1968) que é o

log da produtividade nítida acima do chão pelo log da evapotranspiração real.

Os parâmetros para computar a geodinâmica superficial em ambientes agrícolas, incluem a energia das chuvas associada aos vários fatores de Wischmeier que são: (1) A - Perda de solos (ton / acre / ano) (2) R - Fator de chuva e de escoamento superficial (3) K - Fator de erodibilidade do solo (4) L - Fator de comprimento da vertente (5) S - Fator do gradiente da vertente

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(6) C - Fator de uso e manejo do solo (7) P - Fator de prática conservacionista (8) R - Índice de erosividade da chuva.

FIGURA 8 – Carta de chuvas anuais no Vale do Paracatu e em amplas áreas vizinhas, nos

vales dos rios Alto Paranaíba, São Marcos, São Bartolomeu e Mucuri. Representação integrada sobre muitos anos (NUNES & NASCIMENTO, 2004).

Alguns desses fatores são naturais (A, R, K, L, S, R) e outros antrópicos (C, P).

Em níveis de maior associabilidade, esses fatores devem ser correlacionados às variações dos atributos físicos dos solos, às declividades, à pluviosidade, aos tipos de solos, às geoformas e a vegetação como modo de integrá-los não somente aos campos agrícolas, mas a uma visão regional, semi-regional e local.

A FIG. 9 apresenta uma classificação da bacia do Paracatu tendo a base geomorfológica como padrão de fundo; desse modo em virtude da complexidade das áreas muito extensas recomenda-se a classificação para sub-bacias de 3ª ordem em diante, lidas as ordens da foz do rio principal para os divisores de águas.

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FIGURA 9 – Um caso de classificação em áreas homogêneas do Vale do Paracatu no qual a

excessiva complexidade de uma bacia de 2ª ordem fica evidente; este fato subsidiou a decisão de se usar as sub-bacias de 3ª ordem como as unidades preferenciais de classificação das sub-bacias de 4ª a 8ª ordens.

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ESTÁGIOS EVOLUTIVOS das SUB-BACIAS de 3ª ORDEM

Os estudos das bacias de 2ª ordem, como a do Vale do Paracatu, não excluem estudos detalhados em escalas de 1:50.000 até 1:15.000, como escala de semi-detalhe e de detalhe para auxílio à decisões, respectivamente. Fica claro que tais estudos favorecem especificar diversos temas de maior importância para a gestão de bacia hidrográfica, a saber: (1) detalhamento de áreas de cursos d’água para instalação de mini-centrais

hidroelétricas MCH a fio d’água, para atendimentos locais como irrigação e para uma política de produção de energia distribuída

(2) análises optimizadas do campo amostral para mapeamento de atributos físicos para

descrição geotécnica de terrenos (3) especificação de aptidão de solos para propriedades rurais (4) detalhamento de estudos para traçar os percursos de vias (5) localização de áreas para pequenas centrais hidroelétricas PCH (6) mapas para detalhar a implantação de corredores florestais [ecológicos,

econômicos e ecológico-econômicos] a partir de decisões tomadas sobre o campo regional, nos Comitês e outros órgãos, para a implantação efetiva dos corredores sobre todas as variações territoriais ambientais registráveis em escala de detalhe nas propriedades rurais, quando os planos vêm do regional para o local, bem como muitos outros temas.

CONCLUSÕES

Fica claro que os métodos de zoneamentos de bacias hidrográficas são diversos, e por força, para servirem para diferentes descrições e usos. Os modos de se obter as zonas homogêneas favorecem as várias lógicas específicas de gestão a serem implantadas.

As figuras referentes às zonas de “tipos de drenagens” e de intersecção das

“estruturas rúpteis, áreas de exsudação e áreas de corpos d’água especiais” representam modos diversos para se classificar terras. No entanto, a classificação por sub-bacias (FIG. 7), apresenta outro método, no qual, as sub-bacias são o foco, neste exemplo, com as variáveis de classificação dos geossistemas com as variáveis morfométricas sobre os tipos de geoformas, em superposição. Tais classificações devem ser usadas ao mesmo tempo em virtude de cada uma delas apresentar características e informações próprias para vários tipos de decisões sobre uso da terra, potenciais hídricos, geo-sensibilidade, e outros muitos temas. As classificações pela exergia dos processos de trocas de energia e massa podem ser feitas sobre a base dessas classificações mais fundamentais.

No Paracatu fica evidente que a distribuição da rede de drenagem obedece a uma lógica que é derivada em diversas instâncias dos eventos tectônicos Proterozóicos

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/ Eo-Cambrianos, isto é, derivada de uma seqüência de eventos tectônicos com respostas de strain (criação de estruturas dúcteis e rúpteis), soerguimento, deposição sedimentar e mais soerguimentos. Um rejuvenescimento cretácico ocorreu com alguma tectônica rúptil, erosão crescente e remontante, mais deposições, gerando atualmente um complexo sistema de redes hídricas com áreas típicas de geração de geopotenciais. Fica também claro que a bacia do Paracatu atingiu um estágio de maturidade notável, embora ainda com geopotenciais exploráveis, tanto para MCHs como para PCHs.

Na realidade atual sobre o uso de terras, e no Paracatu em especial, não existem regras mais adequadas para esses usos, do que aquelas já dadas pela legislação. Embora abrangentes, ainda são faltantes de detalhamentos para a tipologia de áreas. Não se tratou aqui de casos de usos ilícitos, que é outro aspecto distinto da lógica de uso racional. Essa obedece à lógica dos processos supergênicos e das relações de geovulnerabilidade e geo-sustentabilidade dos usos em relação às características dominantes.

Não se pode ainda ignorar que a classificação em áreas hídricas não é suficiente para completar a amplitude de decisões que envolvem a agroclimatologia, a aptidão de solos, as áreas sob proteção, as áreas para reflorestamentos ecológicos e ecológico-econômicos, as áreas de preservação, as de manejo e as áreas geotecnicamente sensíveis e, não menos, a área total tolerável para ocupação pelo homem. As zonas de recarga de aqüíferos são críticas e de especial interesse nesse conjunto de aspectos.

As diversas formas de classificar as áreas homogêneas permitirão, assim, responder às diversas demandas lógicas para decidir sobre: - o uso de terras, a preservação, a conservação das mesmas e dos ecossistemas associados. Este trabalho dá seqüência à implementação do campo epistemológico e metodológico das Geociências Agrárias e Ambientais (MARTINS Jr., 1998).

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SSEEGGUUNNDDOO CCAAPPÍÍTTUULLOO

SOBRE AQÜÍFEROS SUBTERRÂNEOS É corrente ouvir-se, nas falas públicas, algumas impropriedades sobre o que são aqüíferos subterrâneos, como também correntemente denominam-se por poços artesianos, poços que no mais das vezes são apenas poços tubulares. Assim entende-se que é bom trazermos um acordo de denominações, que, embora não sejam eventualmente de muito uso traduzam, todavia, exatamente aquilo que se quer dizer e significar. Assim se apresentam uma série de definições mais ou menos seqüenciadas em um sentido lógico de caracterização: CICLO da ÁGUA no PLANETA São todos os processos de armazenamento e transporte da água em todos os estados da matéria sólido, líquido e gasoso (excetuando o estado de plasma). O ciclo da água atravessa de modo integral a litosfera, biosfera, hidrosfera e atmosfera. A noção de tempo é importante pelo fato do ciclo natural incluir as águas fósseis, que em algum tempo estiveram em circulação, as águas oceânicas, a água na atmosfera, a água nos seres vivos, a água de cursos d’água e de todos os outros tipos de corpos hídricos superficiais, as geleiras, as águas subterrâneas e as águas juvenis, já há muito tempo guardadas em corpos rochosos relativamente isolados da superfície e cujas origens remontam à própria gênese desses corpos rochosos ou estiveram bem próximas no tempo e nos processos ligados a essa gênese. Inclui-se entre as águas juvenis aquelas oriundas da hidratação do mineral olivina da rocha peridotito, passando a serpentina a partir da isóbata de 500oC, entre o topo do manto superior do planeta e sob a sub-superfície dos fundos oceânicos, produzindo assim fumarolas oceânicas, nas quais esse peridotito do manto superior, por efeito dessa serpentinização das olivinas, perde água desses minerais para o oceano, alimentando essas transferências desde os primórdios da Terra no Éon Arqueano. Os oceanos vêm crescendo em volume desde o Éon Arqueano e pode ser um aumento estimado de 50% do volume atual sobre o volume original (HESS, 1962). AQÜÍFEROS São todas as estruturas subterrâneas e superficiais sub-aéreas nas quais se acumulam e transitam a água que circula no planeta; neste caso reporta-se fundamentalmente a idéia de aqüíferos aos corpos d’água continentais.

AQÜÍFEROS SUPERFICIAIS São todas as estruturas rochosas que contêm água, com residência por tempos

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indeterminados, relativamente estacionárias ou em trânsito sub-aéreo. São os seguintes aqüíferos superficiais:

� os cursos d’água – rios, riachos, ribeiros, córregos � os lagos, lagoas, � pântanos, � Veredas, � áreas alagadas permanentes e intermitentes, � planícies de inundação e � meandros abandonados com água.

AQÜÍFEROS SUBTERRÂNEOS

São todos os tipos de reservatórios de água em rochas de quaisquer tipos – sedimentares clásticas e/ou químicas, metamórficas e ígneas. AQÜÍFEROS DE TRANSIÇÃO Denominação pouco comum, mas se tratam de aqüíferos rasos, em solos ou em rochas intemperizadas, nos quais a água pluvial infiltra e imediatamente transita, formando nascentes que chegam a ser importantes dentro das bacias hidrográficas; os tempos de residência da água podem ser considerados muito pequenos e por isso são os aqüíferos de transição e portanto muito frágeis à intervenção humana. ZONA DE RECARGA DE AQÜÍFEROS – ZRA – Importante notar que a circulação da água em rochas implica em um processo de infiltração que possui diversos estilos em função dos tipos de rochas, dos modos em que tais rochas estejam presentes na superfície e em profundidade, das estruturas rúpteis e dúcteis, e também das coberturas superficiais que podem ser solos como também formações superficiais que podem incluir solos e rochas alteradas em qualquer nível de intemperismo; as ZRAs podem se estender sobre grandes superfícies com diversos locais específicos de infiltração ou áreas precisas de recarga - APR como também sobre grandes superfícies de infiltração. ÁREA PRECISA DE RECARGA – APR Entende-se como uma área determinada de infiltração em um aqüífero profundo seja ele derivado de rochas sedimentares, ígneas ou metamórficas; uma ZRA pode conter uma ou mais APR, em função de combinações de fatores tais como os estratigráficos, estruturas rúpteis e dúcteis, estrutura do relevo como aspectos seccionantes do relevo em relação aos reservatórios dos aqüíferos, características físicas das superfícies de solos e saibros também denominados saprolitos, que são as rochas alteradas química e mineralogicamente pelos processos da geodinâmica externa. RESERVATÓRIOS DE AQÜÍFEROS – Rsv – São as partes das rochas que contêm a água subterrânea infiltrada como também a água juvenil que está armazenada, eventualmente desde a formação da rocha. Os Rsv são de diversos tipos todos em função das características mais própria das

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rochas portadoras sejam elas rochas sedimentares, ígneas e/ou metamórficas. Entre as rochas metamórficas os reservatórios são menos prováveis em função dos graus mais altos de metamorfismo quer essas rochas, sejam orto-metamórficas, isto é, originárias de rochas ígneas, ou para-metamórficas, isto é, originárias de rocha sedimentares metamorfizadas. Os aqüíferos em rochas sedimentares são os que guardam maior abundância de água. Os aqüíferos em rochas carbonáticas, também sedimentares são os mais transientes, complexos e frágeis e podem permitir altíssima circulação hídrica. Os aqüíferos em rochas ígneas podem ser também bons reservatórios se forem derivados de rochas extrusivas, especialmente aquelas que formam estruturas alveolares como no caso dos geodos e outros alvéolos comuns a esses tipos de rochas extrusivas, e nessas rochas os reservatórios podem estender-se por grandes áreas. Os aqüíferos em rochas ígneas intrusivas e em rochas metamórficas são aqueles que têm a menor possibilidade de armazenamento de água em volume. SISTEMAS ROCHOSOS e AQÜÍFEROS SUBTERRÂNEOS

Vamos entender por sistemas rochosos os modos que as rochas se associam e guardam água em função de suas origens serem metamórficas, ígneas e sedimentares. Ainda se podem considerar as condições de localização por superposição, lateralidade e látero-verticalidade que envolve tanto rochas sedimentares entre si como essas em relação com as rochas ígneas e metamórficas. A intrusão e a extrusão também fazem parte desse quadro. A noção de fácies que provoca o fenômeno da látero-verticalidade tem importância também. Os sistemas rochosos aqüíferos podem assim apresentar algumas condições estruturais tais como:

� Sistemas isolados

� Sistemas confinados

� Sistema em um único andar estratigráfico, local ou mesmo regional

� Sistemas em andares estratigráficos superpostos, locais ou regionais

� Sistemas com intercomunicação por meio de estruturas rúpteis

� Sistemas com intercomunicação, por meio de situação de rochas extrusivas posteriormente sepultadas na continuidade do ciclo sedimentar

� Sistemas kársticos, que são únicos entre as rochas sedimentares

� Sistemas estratificados e com comunicação por estruturas rúpteis.

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SISTEMAS RÚPTEIS e DÚCTEIS

Os sistemas de rochas submetidos a processos reólogicos, com resultados rúpteis e dúcteis podem vir a conter água. Nestes casos, a água se acumula nas partes das rochas mais susceptíveis de serem intemperizadas e que permitem a circulação profunda. No caso das estruturas dúcteis, se as rochas sedimentares tiverem sofrido baixa diagênese a probabilidade de conter água aumenta por poder haver infiltração pelas bordas das seqüências clásticas de sedimentos, que podem melhor favorecer a infiltração. SISTEMAS de SOLOS, SAIBROS e ROCHAS SEDIMENTARES POROSAS SOLOS PORTADORES e SAIBROS PORTADORES

Solos permitem armazenar água ao limite denominado capacidade campo do solo. Por certo que essas quantidades de água podem ser expressivas, e o são para os ecossistemas e formação de fontes.

Saibros ou saprolitos podem armazenar, mas nessa condição de alteração das rochas ígneas e metamórficas a infiltração se dará apenas onde haja algum tipo de aumento de porosidade e/ou de vazios derivados de processos como o de alteração por intemperismo no qual dentro dos saibros sobrem cascalhos e/ou pedregulhos derivados do processo de alteração esferoidal das rochas matrizes. SISTEMAS GRANULARES em GERAL ROCHAS GRANULARES

São rochas sedimentares e particularmente aquelas de predominância clástica. São por todos os meios as melhores portadoras de água subterrânea. As rochas sedimentares que não tiverem sofrido diagênese expressiva são ainda as melhores para reter água; tudo isto ressalvadas condições mais específicas que dêem características específicas em dada região.

A plataforma ou paleo-continente Paleo-Proterozóico / Eo-Cambriano, atualmente aflorante, sustenta as rochas clásticas depositadas durante o Cretácio, portanto sobrepostas às rochas daquele tempo anterior. As rochas do Cretácio apresentam as qualidades de serem clastos típicos com alta porosidade, grande extensão superficial, superpostas às rochas para-metamórficas do Paleo-Proterozóico / Eo-Cambrianas do paleo-continente de São Francisco. Os sedimentos Terciário-Quaternários e os Quaternários constituem-se em nosso entender como aqüíferos de transição distribuídos em função dos processos superficiais de desenvolvimento do relevo, que advém desde o Eoceno principalmente.

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FIGURA 1 - Rochas cretácicas Ka com aqüífero granular no Vale do Paracatu com sistema de

estruturas rúpteis; escala original 1:250.000 (Projeto CRHA, 2006). AQÜÍFEROS GRANULARES São todos os tipos de aqüíferos estabelecidos em rochas sedimentares não metamorfizadas (exclui-se aqui as rochas carbonáticas kársticas), com maior ou menor grau de diagênese, ou levemente metamorfizadas. Neste caso dependendo para o aqüífero ser expressivo o tipo de granulometria dos minerais constitutivos da rocha, então portadora de água, é de fato determinante. O mais grandioso exemplo de aqüífero granular é o Aqüífero Guarani na bacia sedimentar do Paraná.

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SISTEMAS GRANULARES FRATURADOS

ROCHAS GRANULARES FRATURADAS

As rochas granulares são mais faturáveis quanto mais tiverem avançado no processo de metamorfismo e ainda guardem seu aspecto nitidamente sedimentar; pode-se dizer mesmo que atinjam graus de alta diagênese e/ou de baixo metamorfismo.

Rochas granulares mais clásticas são também fraturáveis por eventos tectônicos mais recentes e expressivos. Ocorrem mesmo na área em estudo no Vale do Paracatu. Não se admite nestes casos que as fraturas venham necessariamente favorecer em demasia a infiltração em virtude do fato de que a granulometria e a porosidade são de todo modo muito mais importantes. AQÜÍFEROS GRANULARES FRATURADOS São aqueles que apesar das rochas serem sedimentares tenham passado por algum efeito mecânico rúptil de fraturamento em processos de rejuvenescimento de fraturas e falhas mais antigas pré-existentes em rochas subjacentes às tais rochas sedimentares, tendo ocorrido tal rejuvenescimento rúptil, usualmente em tempo mais recente do que o Cretácio, e/ou o Terciário e o Quaternário (FIG. 1). AQÜÍFEROS SUB-SUPERFICIAIS – AQUIPERMS

Incluem-se nestes sistemas aqüíferos em solos e em formações superficiais de modo geral sedimentares como é o caso das aluviões. Esses aqüíferos podem ter diferentes dimensões, tipos e situações topográficas. O fato de serem superficiais pode favorecer a formação de aqüíferos que são áreas e volumes mais propriamente de transição (FIG. 2) entre a água pluvial que infiltra, percola e imediatamente sai pelos locais de exsudação ou mesmo em aqüíferos que funcionam com reservatórios. A importância dos mesmos é enorme e não podem ser negligenciados no balanço da circulação hídrica e na sustentação de vazões ecológicas e manutenção de sistemas florais.

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FIGURA 2 – Caso típico de aqüífero de transição no Vale do Paracatu em depósitos Terciários

e Quaternários com indicação de algumas estruturas rúpteis reconhecidas em aerofotos; escala original 1:250.000. (Projeto CRHA, 2006).

SISTEMAS ESTRATIFICADOS ROCHAS E AQÜÍFEROS ESTRATIFICADOS E SUPERPOSTOS EM SEQÜÊNCIA

A condição de estratificação de rochas sedimentares, ígneas intrusivas e extrusivas e também rochas metamórficas, em quaisquer graus de metamorfismo que venham a ser estratificados no decorrer da evolução tectônica, aparecerão em superfície e poderão vir a constituir aqüíferos estratificados. Entende-se que aqüíferos estratificados possam ser isolados entre os mesmos ou também que possam ser com intercomunicação. A estratificação implica que mais de

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um aqüífero possa ocorrer superposto, um ao outro ou uns aos outros. Essas condições seriam mais próprias a bacias sedimentares. Neste caso, a bacia do Fanerozóico sedimentar do Paraná tem condições de ser um excelente exemplo deste fato e o aqüífero Guarani é necessariamente superposto por outros aqüíferos menores. No caso da bacia Paleo-Proterozóica / EoCambriana do Paracatu, de certo modo transformada em bacia de plataforma relativamente rasa durante o Mesozóico, pode ocorrer também superposição de aqüíferos em rochas para-metamórficas e em rochas granulares do Cretácio e do Terciário.

A superposição deve ser entendida como andares de fato em que as rochas estão superpostas fisicamente e não somente diferentes aqüíferos em rochas não fisicamente superpostas, mas seqüenciadas no tempo geológico. Ambos os casos podem ocorrer (Fig. 3).

FIGURA 3 – Exemplo de aqüífero cretácico sobre rochas do Proterozócio / Eocambriano no

Vale do Paracatu; escala original 1:250.000. (Projeto CRHA, 2006).

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SISTEMAS FRATURADOS em GERAL ROCHAS FRATURADAS

Em princípio todo e qualquer tipo de rocha pode ter passado por processos de deformações e terem sido submetidas a efeitos rúpteis e também dúcteis. Em rochas metamórficas e em rochas ígneas as condições reológicas são mais visíveis no Brasil em virtude dos eventos tectonotermais terem sido muito intensos até o final do Paleo-Proterozóico. Todavia, os eventos de rejuvenescimento tectônico do Cretácio deixaram marcas reológicas em muitos sistemas rochosos e são essas estruturas as mais sensíveis aos processos de infiltração, tanto mais quanto essas rochas sejam constituídas de sedimentos clásticos e com processos de intemperismo que possam ser avançados e também favoráveis. AQÜÍFEROS FRATURADOS EM GERAL São todos aqueles de todos os tipos de rochas ígneas, metamórficas e sedimentares que sofreram, em diferentes fases de evolução tectonotermal da crosta, efeitos mecânicos geradores de deformação rúptil, isto é de fraturamento do corpo rochoso; essas fraturas de quaisquer tamanhos que sejam e as falhas de grandes proporções em superfície podem ser os loci especiais de infiltração da água pluvial, em especial quando a rocha já tenha passado por alteração químico-mineralógica expressiva que favoreça a infiltração. SISTEMAS KÁRSTICOS ROCHAS KÁRSTICAS

No grupo de rochas kársticas, necessariamente sedimentares, de origem físico-química e/ou biótica estão os carbonatos calcários e dolomitos. Essas rochas quando expostas aos processos supergênicos são extremamente sensíveis aos efeitos da água pluvial e água de rios de modo que os processos de dissolução dessas rochas permitem a constituição de verdadeiros sistemas de circulação hídrica subterrânea sobre distâncias tão grandes quanto for a extensão do sistema rochoso.

A estrutura profunda de um sistema kársticos em nada obedece à evolução superficial do relevo. De fato, chega mesmo a ser contraditório com esse e cria uma arquitetura complexa de vazios que só obedece às: (1) áreas de fraqueza rochosas, em geral comandadas pela alta solubilidade mineralógica, (2) pelas eventuais condições de diagênese e (3) pelas fraturas e/ou também estruturas dúcteis, eventualmente existentes que são áreas bem propícias ao desenvolvimento de infiltração. s AQÜÍFEROS KÁRSTICOS Karst é uma palavra de língua eslava da região da antiga Iugoslávia, adotada internacionalmente como termo técnico, e por isso deve ser escrito com k. Esses

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aqüíferos são compostos de dois tipos de rochas sedimentares, as de carbonato de cálcio e as de carbonato de magnésio denominados dolomitos; estas rochas têm desenvolvimento especial em suas gêneses e também quando são transformadas em aqüíferos; tal condição advém do efeito da água percolante na rocha produzir reações físico-químicas de dissolução desses carbonatos, gerando um complexo sistema de grutas, dolinas, galerias de amplas extensões, rios subterrâneos cujas direções de cursos nada têm a ver com os rios de superfície.

SISTEMAS KÁRSTICOS FRATURADOS ROCHAS KÁRSTICAS FRATURADAS

Constituem as rochas kársticas submetidas a fraturas, cuja distribuição em volume evidencia serem zonas de fraqueza submetidas a processos de alteração físico-química e química, de modo a permitir a abertura de espaços de dissolução da rochas e criação de vazios internos ao corpo rochoso. AQÜÍFEROS KÁRSTICOS FRATURADOS São aqueles que combinam as características típicas dos relevos karst com rochas que tenham sido fraturadas de modo efetivo; nestes casos pressupõe-se que essas rochas carbonatadas sejam simplesmente sedimentares ou possam também ter passado por diagênese ou por metamorfismo de baixo ou de alto grau. SISTEMAS de ROCHAS METAMÓRFICAS

As rochas metamórficas são complexas o suficiente para se vir a ter aqüíferos distintos. Rochas ígneas metamorfizadas não são boas portadoras de água quando estão na superfície e sejam afetadas pelo intemperismo. Rochas sedimentares metamorfizadas de baixo grau podem e devem favorecer a criação de aqüíferos de maiores volumes. Rochas metamorfizadas, em geral, não são candidatas a produzir bons reservatórios de grandes volumes, mas não devem ser desconsideradas. O metamorfismo pode ser um fator de alta coesão mineralógica que impeça o favorecimento a criação posterior de vazios porosos para o armazenamento da água. SISTEMAS de ESPESSOS SAIBROS

Saibros ou saprolitos são rochas duras profundamente alteradas pelo intemperismo com modificação químico-mineralógica forte, com tendência a se produzirem as argilas, pelo efeito da alteração dos feldspatos, tendo também quartzo e micas em geral como minerais de maior importância relativa.

Não se constituem como sistemas notáveis, e talvez sejam os mais raros, mas podem se constituir em aqüíferos, sobretudo quando ocorrem sob efeitos de erosão esferoidal caso muito comum nas Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira.

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SISTEMAS em ROCHAS ALCALINAS em GERAL

Rochas alcalinas compõem um conjunto de rochas ligadas a processos vulcânicos restritos, isto é, com o evento vulcão restrito ao cone e a algum espaço em torno. As rochas alcalinas caracterizam-se pela ausência de quartzo livre e apresentam grandes variedades, embora raras no conjunto de rochas.

Aqüíferos alcalinos – os aqüíferos em corpos de rochas alcalinas ligados a vulcões, propriamente ditos com rochas não extrusivas compõem aqüíferos, nos quais a água juvenil e água de superfície podem se misturar, eventualmente, e percorrem os volumes de rochas portadores de sais, muitas vezes com acréscimo de temperatura, hidrotermalismo, derivado de calor remanescente no sistema vulcânico que pode ser inerte ou mesmo ativo. No caso de MG são casos típicos os aqüíferos de São Lourenço, Cambuquira, Poços de Caldas e outros. Esses aqüíferos são os mais típicos em produzirem o que se pode denominar efetivamente por água mineralizada. SISTEMAS em ROCHAS de EFUSÃO BASÁLTICA

Rochas ígneas extrusivas são provenientes em geral de vulcões com corrimento de lava, mas também de lava intrusiva em rochas sedimentares, condição especial na qual a lava se resfria com grandes espaços vazios e ainda em condições extrusivas em bacias sedimentares, como também em áreas de rochas duras e em áreas costeiras, mar adentro. Assim a caracterização que se segue apresenta o essencial desse sistema aqüífero: Aqüíferos em rochas ígneas extrusivas – são aqueles que podem ocorrer em áreas sob influência de derrames de lava que, ao final do resfriamento, podem gerar grandes espaços intersticiais e/ou de fluxo livre da própria lava para ocorrer infiltração e armazenamento de água tanto líquida quanto sólida. Este é o caso do relevo tipo scablands no Estado de Washington nos EUA. Os derrames de basaltos da bacia sedimentar do Paraná oferecem reservatórios para aqüíferos subterrâneos. SISTEMAS em ROCHAS ÍGNEAS MASSIVAS Rochas ígneas massivas – estas rochas correspondem ao grupo de rochas granitóides e metamórficas. São massivas por serem ígneas e metamórficas de profundidade. Para a formação de sistemas aqüíferos necessário é haver porosidade suficiente e assim as condições de alta intemperismo dessas rochas e em especial com a contribuição de sistemas de fraturas permite a criação de aqüíferos em geral de pequeno porte. Aqüíferos em rochas duras (ígneas e/ou metamórficas) também denominados aqüíferos confinados – são aqueles que ocorrem nesses tipos de rochas e por dois motivos podem ser considerados confinados, a saber: (1) pelo fato de serem rochas cujos saprolitos ou saibros são menos porosos e não tão profundos ou grandes em relação àqueles de rochas sedimentares e por dependerem, também, (2) de alteração meteórica ou químico-mineralógica avançada para facilitar a infiltração e retenção da água em poros dos minerais alterados.

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ÁREAS de EXSUDAÇÃO – Aex – São áreas nas quais a produção do relevo pela erosão remontante, em evolução constante, corta amplas partes de reservatórios de aqüíferos subterrâneos. Esse recorte produz as fontes que são de diversas formas e tipos. Áreas em que se acumulem maior número de fontes podem ser denominadas de áreas preferenciais de exsudação. Toda fonte é uma pequena área de exsudação, mas deixa-se este nome para áreas de maior densidade de fontes no território de uma bacia hidrográfica (FIG. 4).

Figura 4 – Área dominante de exsudação no Vale do Paracatu.

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FONTES OU NASCENTES São pequenas áreas de saída da água subterrânea para a superfície; em geral as fontes é que alimentam os cursos d’água tanto nos períodos úmidos quanto nos períodos secos, mas nesses são a única fonte provedora de água para os rios. RECARGA PARTILHADA entre BACIAS HIDROGRÁFICAS – RPbh – São áreas dentro das quais a extensão das rochas e/ou das formações superficiais e/ou de solos acumulam e/ou permitem a simples transição da água pluvial para vertentes de diferentes bacias hidrográficas. Tal fato advém de diversos motivos próprios às rochas, ao relevo, a estratigrafia, as estruturas rúpteis e dúcteis isoladamente ou em vários modos de associações, entre os fatores existentes. Pode-se denominar com as siglas ZRA-p ou também APR-p. CONDIÇÕES SUPERFICIAIS ENTRE AQÜÍFEROS PARA OCORRÊNCIA DE

PARTILHA DAS ÁGUAS INFILTRANTES Em uma ZRA partilhada com recarga partilhada entre bacias hidrográficas, ZRA-p, deve-se considerar que entre quaisquer sub-bacias, de quaisquer ordens podem ocorrer partilhas. Todavia, as partilhas consideradas neste projeto e que se recomenda como tema sejam consideradas entre bacias de 2ª ordem e bacias de 3ª ordem, sobretudo quando as sub-bacias de 3ª ordem se articulam nas fronteiras entre 2 ou mais bacias de 2ª ordem. Trata-se de se ler as ordens a partir do rio principal para montante. Partilhas podem necessariamente ocorrer entre sub-bacias de 5ª ordem ou em mais altas ordens em virtude de serem sub-bacias pequenas que ocorrem nas partes mais altas da bacia principal, todavia a noção de partilha é efetivamente marcada, para fins práticos ente diferentes Comitês de BH para as grandes bacias de 2ª e 3ª ordens. A noção de partilha exige algumas evidências prévias da possibilidade da existência da mesma: 1 – estratigráficas – a(s) rocha(s) portadora(s) deve(m) ser comum(ns) a mais de uma bacia. 2 – ainda estratigráficas – a(s) rocha(s) portadora(s) deve(m) estar em atitude que permita fluxos indistintos para ambas ou mais vertentes de duas ou mais sub-bacias de 2ª e 3ª ordens essas quando em fronteira com outra bacia de 2ª ordem. 3 – é indiferente que uma ZRA e também uma APR seja de uma rocha estratigraficamente superficial ou não. 4 – estruturas rúpteis podem ser elas mesmas espaços de infiltração da água para ambas bacias por atravessarem-nas, quaisquer que sejam as rochas partilhadas substrato de mais de uma bacia ou rochas contíguas lateralmente que sirvam de divisor

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de águas entre bacias. 5 – rochas isoladas, como rochas ígneas, podem ser espaços de partilha, quando houver passagens para mais de uma vertente. 6 – aqüíferos rasos do tipo de aqüíferos de transição podem ser também espaços de partilha do processo de recarga, sobretudo de formações do Cretácio e do Terciário-Quaternário como no caso dos Vales do Paracatu, São Marcos, Alto Paranaíba e São Bartolomeu. 7 – rochas eruptivas efusivas podem, necessariamente, ser foco de partilha entre bacias, quando atravessam a extensão dos divisores de água. 8 – rochas sedimentares, que cobrem grandes extensões, pode ser palco de evolução de mais de uma frente de evolução de relevo que construa bacias distintas, e nesses casos a partilha é altamente provável de ocorrer. 9 - rochas e solos têm importância pelo fato de que os solos, em especial, poderem recobrir rochas distintas e recobrirem vertentes contíguas de duas bacias hidrográficas distintas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HESS, H.H. History of the Ocean Basins. Petrologic Studies: A Volume to Honer A.F.

Buddington. 1962. p.: 599-620. PROJETO CRHA. (Coord. Martins Jr.) Conservação de Recurso Hídrico no Âmbito da Gestão

Ambiental e Agrícola de Bacia Hidrográfica. Belo Horizonte, Ouro Preto: MCT-FINEP-Fundo Setorial CT-Hidro/2002. (2003-2006). CETEC / UFOP / IGAM. 2006. www.cetec.br/crha. Relatório Final, 58 Notas Técnicas; mapas in Portal. 2006.

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TTEERRCCEEIIRROO CCAAPPÍÍTTUULLOO

QUÍMICA DA ÁGUA DE FONTES E DE POÇOS

CONDIÇÕES QUÍMICAS de AQÜÍFEROS para PARTILHA das ÁGUAS

As condições químicas não são condições decisórias em si mesmas, mas indicam, de fato, se duas bacias podem ou não partilhar recargas. No mínimo para recarga comum as características químicas devem ser idênticas e neste sentido a amostragem de fontes se faz imperiosa para este tipo de comprovação. Não se pode, todavia, dizer que química idêntica seja necessária e o bastante conclusiva sobre a partilha, mas é condição sine qua non.

A QUÍMICA da ÁGUA como INDICADOR de TRAJETOS de PERCOLAÇÃO

A química da água é um dos aspectos que pode indicar com segurança se pode ocorrer partilha de recarga e de todo modo indica se é o caso de se ter um mesmo tipo de água na área crítica de possível partilha entre bacias de 2ª ordem. A química somente não é um fator de decisão absoluto, mas é condicionante entre todos os aspectos.

A indicação de águas partilhadas na recarga não implica, todavia, que necessariamente a assinatura química tenha que ser de teores idênticos para todos os elementos em todas as fontes, e que não possa ocorrer variabilidade temporal nos períodos de chuva e seca no intervalo de um ano hidrológico.

ÁGUAS QUIMICAMENTE IDÊNTICAS em FONTES de VERTENTES

OPOSTAS em BACIAS DISTINTAS

Águas idênticas quimicamente podem identificar trajetos partilhados, e neste caso é o único indicativo além da existência de coberturas idênticas para ambos os lados das vertentes. No entanto, coberturas e rochas não são iguais e as águas com química equivalente podem indicar apenas que a partilha se dá em nível dos solos e formações superficiais, o que já são casos de partilha de grande importância ecológica bem como indicadores de cuidados conservacionistas que os agricultores deverão praticar.

Substrato rochoso, saibros ou saprolitos

No caso do substrato ser rochoso nesta região (FIG. 1) os aqüíferos seriam mais restritos pelo fato de predominarem rochas parametamórficas de muito baixa porosidade e ainda com predominância de sílica.

Substrato de solos

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O substrato de solos está representado na FIG. 2 com notável maior variedade

do que o número de rochas. De modo geral são solos ácidos e necessariamente formados pela ação meteórica do tempo sobre os minerais dessas rochas.

Substrato de formações superficiais

Formações superficiais, como tais, não foram estudadas para a escala de representação cartográfica em questão. Não parecem notáveis na Região, todavia.

Estruturas estratigráficas

A localização das fontes sempre o mais próximo possível da inflexão das

vertentes para as 4 bacias não permitiria observar-se importante variação estratigráfica vertical e látero-vertical, embora de uma localidade para outra ocorram algumas variações ligadas a rochas.

Estruturas rúpteis e dúcteis

As estruturas rúpteis no Vale do Paracatu não são bem distribuídas nas vertentes dessas 4 bacias de 2ª ordem. Assim entende-se que elas não são fatores determinantes da infiltração, embora em vários casos devam desempenhar papel de importância.

Os tipos de rochas são, do ponto de vista da constituição mineralógica, pouco

facilitadoras de processos de alteração que levem a uma maior porosidade, que facilite a infiltração e que, todavia ocorre nos solos e formações superficiais de menor expressão nessa área selecionada, pelo menos na escala de observação.

Solos distintos

O quanto podem solos distintos afetar a qualidade natural da água ou sua assinatura química? Essa questão faz sentido pelo fato de que a química dos solos, a granulometria, a porosidade e a presença de argilas troca-íons afetarão necessariamente a química das águas de infiltração.

As argilas troca-íons podem mascarar a química da água percolante. O que é valido e pode ser considerado, que são as argilas troca-íons, até mesmo pelo fato de que a concentração de teores medidos ser baixa em geral para os metais, os pesticidas e o íons maiores, relativamente. Todavia deve-se considerar o argumento de que a cobertura seja idêntica em muitos trechos em ambas as vertentes das 4 bacias (FIG. 2).

CARACTERIZAÇÃO dos VÁRIOS SISTEMAS de COLETA d’ÁGUA na

BACIA HIDROGRÁFICA

A coleta se fez com bombonas, leitura de coordenadas em GPS, leitura de pH, temperatura do ar, temperatura da água, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido e

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descrição e fotografia do ponto amostrado. Em geral podia-se, conforme o acesso amostrar de 3 a 4 fontes por dia. Na última campanha decidiu-se também por amostrar alguns poços para se estabelecer alguns contrastes da química das águas profundas com aquelas que emergem das fontes. As várias tabelas abaixo apresentam os dados consistidos saídos do laboratório da Fundação CETEC.

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Tabela 1 a - Análises Químicas da 1ª Campanha dos Pontos 1 a 8. 1ª campanha 1 2 3 4 5 6 7 8

Determinação / unidade 55962/1184 55962/1185 55962/1186 55962/1187 55962/1215 55962/1216 55962/1217 55962/1218

Datas 09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 12.06.2007 12.06.2007 13.06.2007 13.06.2007

2,4,6 triclorofenol / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Molinato / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Trifluoralina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Simazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Atrazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Pentaclorofeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Hexaclorobenzeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Lindano / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Heptacloro + heptacloroepóxido / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Aldrin + Dieldrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Clordano (alfa+gama) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endossulfan (I e II) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

DDT / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Metoxicloro / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Permetrina (cis + trans) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Fluoreto / mg/L 0,05 0,05 0,05 0,21 0,14 0,09 0,1 <0,01

Cloreto / mg/L 0,2 0,26 0,33 0,63 0,76 0,82 0,35 0,21

Nitrato / mg/L 0,58 0,53 0,91 1,19 1,27 1,13 2,8 6,5

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 0,13 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 1,96 <0,1 <0,1 0,12 0,29

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Tabela 1 b - Análises Químicas da 1ª Campanha dos Pontos 9 a 16. 1ª campanha 9 10 11 12 13 14 15 16

Determinação / unidade 55962/1245 55962/1246 55962/1247 55962/1306 55962/1307 55962/1308 55962/1309 55962/1310

Datas 14.07.2007 14.07.2007 14.07.2007 27.07.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007

2,4,6 triclorofenol / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Molinato / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Trifluoralina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Simazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Atrazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Pentaclorofeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Hexaclorobenzeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Lindano / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Heptacloro + heptacloroepóxido / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Aldrin + Dieldrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Clordano (alfa+gama) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endossulfan (I e II) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

DDT / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Metoxicloro / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Permetrina (cis + trans) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Fluoreto / mg/L <0,01 <0,01 0,39 0,06 0,08 0,03 0,16 0,12

Cloreto / mg/L 0,15 <0,01 2,2 0,23 0,22 0,17 1,17 0,76

Nitrato / mg/L 0,84 0,09 0,42 0,77 0,12 0,22 0,49 0,27

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L 0,13 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,1 <0,1 0,49 <0,1 0,31 <0,1 <0,1 <0,1

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Tabela 1 c – Análises químicas da 1ª campanha dos pontos 17 a 21. 1ª campanha 17 18 19 20 21

Determinação / unidade 55962/1311 55962/1312 55962/1313 55962/1314 55962/1315

Datas * * * * 27.06.2007

2,4,6 triclorofenol / µg/L * * * * <0,1

Molinato / µg/L * * * * <0,1

Trifluoralina / µg/L * * * * <0,1

Simazina / µg/L * * * * <0,1

Atrazina / µg/L * * * * <0,1

Pentaclorofeno / µg/L * * * * <0,1

Hexaclorobenzeno / µg/L * * * * <0,1

Lindano / µg/L * * * * <0,1

Heptacloro + heptacloroepóxido / µg/L * * * * <0,1

Aldrin + Dieldrin / µg/L * * * * <0,1

Clordano (alfa+gama) / µg/L * * * * <0,1

Endossulfan (I e II) / µg/L * * * * <0,1

Endrin / µg/L * * * * <0,1

DDT / µg/L * * * * <0,1

Metoxicloro / µg/L * * * * <0,1

Permetrina (cis + trans) / µg/L * * * * <0,1

Fluoreto / mg/L 0,1 <0,01 <0,01 <0,01 0,06

Cloreto / mg/L 0,26 0,1 <0,01 <0,01 0,12

Nitrato / mg/L 0,42 0,92 0,08 0,26 1,57

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Page 98: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Tabela 2 a - Análises químicas da 2ª campanha dos pontos 1 a 8. 2ª campanha 1 2 3 4 5 6 7 8

Determinação / unidade 56254/2054 56254/2055 56254/2056 56254/2057 56254/2058 56254/2059 56254/2148 56254/2149

Datas 17.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 18.10.2007 18.10.2007 18.10.2007 18.10.2007

2,4,6 triclorofenol / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Molinato / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Trifluoralina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Simazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Atrazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Pentaclorofeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Hexaclorobenzeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Lindano / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Heptacloro + heptacloroepóxido / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Aldrin + Dieldrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Clordano (alfa+gama) /

µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 Endossulfan (I e II) /

µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

DDT / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Metoxicloro / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Permetrina (cis + trans) /

µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Fluoreto / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Cloreto / mg/L 3,68 1,24 1,74 1,6 1,62 3,01 1,31 1,54

Nitrato / mg/L 1,75 0,21 0,48 0,17 1,18 0,15 0,69 0,36

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

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Tabela 2 b - Análises químicas da 2ª campanha dos pontos 9 a 15. 2ª campanha 9 10 11 12 13 14 15

Determinação / unidade 56254/2150 56254/2151 56254/2152 56254/2153 56254/2154 56254/2155 56254/2156

Datas 19.10.2007 19.10.2007 18.10.2007 19.10.2007 19.10.2007 19.10.2007 22.10.2007

2,4,6 triclorofenol / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Molinato / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Trifluoralina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Simazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Atrazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Pentaclorofeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Hexaclorobenzeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Lindano / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Heptacloro + heptacloroepóxido / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Aldrin + Dieldrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Clordano (alfa+gama) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endossulfan (I e II) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

DDT / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Metoxicloro / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Permetrina (cis + trans) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Fluoreto / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 0,16 0,16 <0,05

Cloreto / mg/L 3,81 0,48 1,72 4,37 3,12 14,97 1,82

Nitrato / mg/L 3,81 2,17 1,38 1,12 0,77 0,34 0,41

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 2,79 <0,05 <0,05 <0,05 2,79 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,1 3,19 <0,1 <0,1 <0,1 3,19 <0,1

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Tabela 2 c - Análises químicas da 2ª campanha dos pontos 16 a 19. 2ª campanha 16 17 18 19

Determinação / unidade 56254/2157 56254/2158 56254/2159 56254/2160

Datas 23.10.2007 24.10.2007 24.10.2007 23.10.2007

2,4,6 triclorofenol / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Molinato / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Trifluoralina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Simazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Atrazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Pentaclorofeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Hexaclorobenzeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Lindano / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Heptacloro + heptacloroepóxido / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Aldrin + Dieldrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Clordano (alfa+gama) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endossulfan (I e II) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

DDT / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Metoxicloro / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Permetrina (cis + trans) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Fluoreto / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Cloreto / mg/L 0,53 2,59 3,02 3,12

Nitrato / mg/L 2,93 1,24 4,16 7,14

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Page 101: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Tabela 3 a - Análises químicas da 3ª campanha dos pontos 1 a 10. 3ª campanha 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Determinação / unidade 57082/1606 57082/1607 57082/1608 57082/1609 57082/1610 57082/1611 57082/1612 57082/1613 57082/1614 57082/1615

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

2,4,6 triclorofenol / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Molinato / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Trifluoralina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Simazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Atrazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Pentaclorofeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Hexaclorobenzeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Lindano / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Heptacloro + heptacloroepóxido / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Aldrin + Dieldrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Clordano (alfa+gama) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endossulfan (I e II) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

DDT / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Metoxicloro / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Permetrina (cis + trans) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Fluoreto / mg/L 0,014 0,087 0,073 0,208 0,052 <0,01 0,01 0,057 0,033 0,023

Cloreto / mg/L 0,035 0,455 0,368 1,111 0,117 0,137 0,019 0,187 0,838 0,071

Nitrato / mg/L 0,027 0,212 0,033 0,062 0,023 0,075 0,013 0,107 0,407 0,206

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L 0,02 0,219 0,041 0,069 0,025 0,94 0,028 0,134 0,087 <0,05

Page 102: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Tabela 3 b - Análises químicas da 3ª campanha dos pontos de 11 a 18. 3ª campanha 11 12 13 14 15 16 17 18

Determinação / unidade 57082/1616 57082/1617 57082/1618 57082/1619 57082/1620 57082/1637 57082/1638 57082/1639

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

2,4,6 triclorofenol / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Molinato / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Trifluoralina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Simazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Atrazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Pentaclorofeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Hexaclorobenzeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Lindano / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Heptacloro + heptacloroepóxido / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Aldrin + Dieldrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Clordano (alfa+gama) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endossulfan (I e II) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

DDT / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Metoxicloro / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Permetrina (cis + trans) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Fluoreto / mg/L 0,223 0,027 0,207 <0,01 0,247 0,01 0,019 0,15

Cloreto / mg/L 0,224 0,036 0,484 0,043 0,993 0,204 0,046 2,572

Nitrato / mg/L <0,05 <0,05 0,049 0,075 2,954 1,268 0,062 6,178

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L 0,109 <0,1 0,226 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L 0,057 <0,05 0,808 2,27 2,938 <0,05 <0,05 0,067

Page 103: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Tabela 3 c - Análises químicas da 3ª campanha dos pontos 19 a 25. 3ª campanha 19 20 21 22 23 24 25

Determinação / unidade 57082/1640 57082/1641 57082/1642 57082/1643 57082/1644 57082/1645 57082/1646

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

2,4,6 triclorofenol / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Molinato / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Trifluoralina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Simazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Atrazina / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Pentaclorofeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Hexaclorobenzeno / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Lindano / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Heptacloro + heptacloroepóxido / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Aldrin + Dieldrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Clordano (alfa+gama) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endossulfan (I e II) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Endrin / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

DDT / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Metoxicloro / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Permetrina (cis + trans) / µg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Fluoreto / mg/L 0,156 0,095 0,017 0,21 0,046 0,218 0,01

Cloreto / mg/L 0,565 0,228 0,044 0,119 0,139 0,799 0,106

Nitrato / mg/L 0,193 0,325 0,189 0,844 1,702 8,135 0,759

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 0,127

Sulfato / mg/L 0,062 <0,05 <0,05 <0,05 1,094 0,129 <0,05

Page 104: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Tabela 4 a – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 1 a 8. 1ª campanha 1 2 3 4 5 6 7 8

Determinação / unidade 55962/1184 55962/1185 55962/1186 55962/1187 55962/1215 55962/1216 55962/1217 55962/1218

Datas 09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 12.06.2007 12.06.2007 13.06.2007 13.06.2007

Fluoreto / mg/L 0,05 0,05 0,05 0,21 0,14 0,09 0,1 <0,01

Cloreto / mg/L 0,2 0,26 0,33 0,63 0,76 0,82 0,35 0,21

Nitrato / mg/L 0,58 0,53 0,91 1,19 1,27 1,13 2,8 6,5

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 0,13 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 1,96 <0,1 <0,1 0,12 0,29

Tabela 4 b – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 9 a 16. 1ª campanha 9 10 11 12 13 14 15 16

Determinação / unidade 55962/1245 55962/1246 55962/1247 55962/1306 55962/1307 55962/1308 55962/1309 55962/1310

Datas 14.07.2007 14.07.2007 14.07.2007 27.07.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007

Fluoreto / mg/L <0,01 <0,01 0,39 0,06 0,08 0,03 0,16 0,12

Cloreto / mg/L 0,15 <0,01 2,2 0,23 0,22 0,17 1,17 0,76

Nitrato / mg/L 0,84 0,09 0,42 0,77 0,12 0,22 0,49 0,27

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L 0,13 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,1 <0,1 0,49 <0,1 0,31 <0,1 <0,1 <0,1

Page 105: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Tabela 4 c – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 17 a 21. 1ª campanha 17 18 19 20 21

Determinação / unidade 55962/1311 55962/1312 55962/1313 55962/1314 55962/1315

Datas 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007

Fluoreto / mg/L 0,1 <0,01 <0,01 <0,01 0,06

Cloreto / mg/L 0,26 0,1 <0,01 <0,01 0,12

Nitrato / mg/L 0,42 0,92 0,08 0,26 1,57

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Page 106: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Tabela 5 a – Íons maiores das amostras da 2ª campanha dos pontos 1 a 8. 2ª campanha 1 2 3 4 5 6 7 8

Determinação / unidade 56254/2054 56254/2055 56254/2056 56254/2057 56254/2058 56254/2059 56254/2148 56254/2149

Datas 17.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 18.10.2007 18.10.2007 18.10.2007 18.10.2007

Fluoreto / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Cloreto / mg/L 3,68 1,24 1,74 1,6 1,62 3,01 1,31 1,54

Nitrato / mg/L 1,75 0,21 0,48 0,17 1,18 0,15 0,69 0,36

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Page 107: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Tabela 5 a – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 1 a 9. 3ª campanha 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Determinação / unidade 57082/1606 57082/1607 57082/1608 57082/1609 57082/1610 57082/1611 57082/1612 57082/1613 57082/1614

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

Fluoreto / mg/L 0,014 0,087 0,073 0,208 0,052 <0,01 0,01 0,057 0,033

Cloreto / mg/L 0,035 0,455 0,368 1,111 0,117 0,137 0,019 0,187 0,838

Nitrato / mg/L 0,027 0,212 0,033 0,062 0,023 0,075 0,013 0,107 0,407

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L 0,02 0,219 0,041 0,069 0,025 0,94 0,028 0,134 0,087

Tabela 5 b – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 10 a 18. 3ª campanha 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Determinação / unidade 57082/1615 57082/1616 57082/1617 57082/1618 57082/1619 57082/1620 57082/1637 57082/1638 57082/1639

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

Fluoreto / mg/L 0,023 0,223 0,027 0,207 <0,01 0,247 0,01 0,019 0,15

Cloreto / mg/L 0,071 0,224 0,036 0,484 0,043 0,993 0,204 0,046 2,572

Nitrato / mg/L 0,206 <0,05 <0,05 0,049 0,075 2,954 1,268 0,062 6,178

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 0,109 <0,1 0,226 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/L <0,05 0,057 <0,05 0,808 2,27 2,938 <0,05 <0,05 0,067

Page 108: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Tabela 5 c – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 19 a 25. 3ª campanha 19 20 21 22 23 24 25

Determinação / unidade 57082/1640 57082/1641 57082/1642 57082/1643 57082/1644 57082/1645 57082/1646

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

Fluoreto / mg/L 0,156 0,095 0,017 0,21 0,046 0,218 0,01

Cloreto / mg/L 0,565 0,228 0,044 0,119 0,139 0,799 0,106

Nitrato / mg/L 0,193 0,325 0,189 0,844 1,702 8,135 0,759

Brometo / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/L <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 0,127

Sulfato / mg/L 0,062 <0,05 <0,05 <0,05 1,094 0,129 <0,05

Page 109: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Tabela 6 - Organização dos pontos das três campanhas de modo articulado.

1ª campanha

Articulação de fontes da 1ª e 2ª campanhas

2ª campanha

3ª campanha

Articulação de fontes da 3ª e 2ª campanhas

Articulação de fontes da 3ª e 1ª campanhas

1 21 – 22 1 1 9 – 8 9 – 21 – 22

2 14 – 5 – 6 2 2 10 – 5 – 6 – 4 14 – 10 – 13 – 12

3 13 – 12 – 4 3 3 1 – 2 3 – 1 13 – 15

4 15 – 1 4 4 2 – 4 – 3 12 – 15

5 17 – 18 5 5 5 – 7 1 – p2 – 16 – 3

6 2 – 3 6 6 11 22 17 – 18

7 16 – 1 7 7 21 – 20 – 10 19 5 – 7

8 19 – 20 8 8 p23 – 24 – 25 19 – 6 – 20

9 11 – 12 9 9 7 – 8 – 9 7 21

10 7 – 10 10 10 16 – 17 – 18 20 19

11 8 – 9 11 11 15 – 15 – 14 25 – 5 23 – 24

12 7 – 9 12 12 p13 p13 – 14 16 – 17 – 18 – 11

13 7 – 8 13 13 11 17 – 18 10 – 9

14 10 – 9 14 14 12 4 – 13 – 14

15 13 – 14 15 15 1 – 2 – 3

16 1 – 2 16 16

17 17 18 17 17

18 18 18

19 isolados 19 19 isolados isolados

20 8, 5, 6, 11 20 6, 12, 19, 8, 4, 8, 22, 6, 11

21 19, 15, 4, 3 21 12, 16

22 16 22

23

24

25 Notas: números indicados com um p são para poços. Números contidos entre 2 barras são simétricos nas vertentes opostas. Cores correspondem a

campanhas. Números com sinal de significam o mesmo ponto amostrado mais de uma vez em outra campanha. Números são considerados

isolados para uma única campanha, mas podem ser isolados para três campanhas e significa que não têm pontos simétricos em outras vertentes.

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66

AS ÁREAS de ESTUDOS COMPARATIVOS ao LONGO da ÁREA TAMPÃO

Ao longo da área tampão, que se situa no alto dos divisores de águas entre as bacias do Paracatu, Alto Paranaíba, São Marcos e São Bartolomeu, escolheram-se áreas menores dentro das quais se buscariam de modo representativo, um conjunto de pontos amostrais em fontes, de modo a se poder representar a área tampão como um todo. A pré-escolha de áreas menores deveu-se a: 1 – não se poder amostrar em tempo do projeto a totalidade de fontes ou um número próximo ao total. 2 – os acessos às fontes não serem fáceis e em várias fontes, conforme a localidade poder-se-ia gastar todo um dia para somente amostrar uma única fonte. 3 – os pontos de fontes amostrados deveriam sempre estar em vertentes opostas. 4 – os pontos amostrados deveriam também ser razoavelmente alinhados de modo a se poder recobrir tanto quanto possível pontos amostrados sobre mesmas rochas, sobre mesmos solos. 5 – todas as rochas e todos os solos deveriam ser amostrados. 6 – os pontos deveriam ser tratados para interpretação aos pares, aos triplos e aos quádruplos para a avaliação em área simétrica. 7 – os pontos deveriam ser também tratados de modo estatístico de tal maneira que uma visão de conjunto possa também emergir. As três campanhas foram, assim, realizadas com as seguintes premissas amostrais: 1 – acesso a toda a área tampão de norte a sul. 2 – acesso a áreas concentradas – áreas de 1 a 8 - de modo a facilitar acessos às fontes e representatividade geral da área total a amostrar em função de distribuição e de acessos mais facilitados tanto pelo fato das estradas quanto pelo fato de acessos a pé. 3 – relações espaciais das fontes com os solos e as rochas em ambas vertentes. 4 – na 1ª campanha sempre se preferiu acessar uma fonte mais próxima do divisor de águas. 5 – nas 2ª e 3ª campanhas sempre se dedicou a acessar pontos repetitivos e pontos mais abaixo nas vertentes. 6 – a repetição foi escolhida sem preferência de localidade pelo simples fato de observar alguma permanência ou não de condições hidroquímicas no espaço e no tempo.

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7 – alguns poços foram amostrados em meio a áreas de fontes já amostradas para simples comparação de água de nascentes e águas mais profundas, um tanto confinadas. 8 – sempre se procurou obter pontos amostrais de fontes, que se consideravam simétricas em ambas vertentes em questão. 9 – regiões menos amostradas foram nitidamente de muito mais difícil acesso e/ou pela semelhança foram consideradas áreas que não impediriam uma análise comparativa adequada.

As amostras são consideradas viesadas, não aleatórias, em virtude mesmo do fato de que se deveriam amostrar as fontes existentes. A representatividade espacial cobre amplamente a área regional das quatro bacias. As áreas numeradas de 1 a 8 são áreas principais de amostragem, ao se levar em conta os acessos por estradas e caminhadas / escaladas (FIG. 1 a 9). O número total de pontos amostrais foi considerado na 1ª campanha para cobrir as fontes mais próximas do topo da área tampão. Nas 2ª e 3ª campanhas trabalhou-se com novos acessos, repetição de alguns poucos acessos e também acesso a alguns poços em áreas entremeadas de pontos amostrais de fontes, para simples comparação entre águas de circulação mais superficial e águas de circulação mais profunda. Os mapas das FIG. 2 a 8 apresentam as relações espaciais relativizadas na Tabela 6. Os traços que unem fontes amostradas significam pontos mostrais considerados simétricos para todos os efeitos. As TAB. 1a a 1c, 2a a 2c, 3a a 3c, 4a a 4c e 5a a 5c são apresentadas na TAB. 6 pelo fato de que as análises químicas então realizadas devem ser analisadas em relação entre as três campanhas, embora a análise por campanha esteja apresentada primeiramente na seqüência dos três capítulos seguintes. Na FIG. 1, na qual se vê a área tampão delineada, as linhas limítrofes escolhidas foram de 4, 8 e 15 km da cumeeira às vertentes nas quatro bacias. Nas seguintes FIG. de 2 a 9 estão cada área e as fontes amostradas.

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FIGURA 1 – Vista geral da área tampão nos divisores de águas entre Paracatu, São Marcos,

Alto Paranaíba e São Bartolomeu no Distrito Federal, e nos Estados de Minas Gerais e Goiás. (linha pontilhada é de 4 km de largura em ambas vertentes; linha preta cheia é de 8 km em ambas vertentes e linha vermelha é de 15 km em ambas vertentes).

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FIGURA 2 – Área 1 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas.

Área 1

Pontos Distância em Km

5-6 4,527

9-8 6,876

10-5 13,86

12-4 3,275

13-12 2,069

14-5 4,406

21-22 2,649

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FIGURA 3 – Área 2 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas.

Área 2

Pontos Distância em Km

2-4 9,695

4-3 0,435

5-7 14,96

15-1 6,724

16-1 6,501

16-3 1,446

17-18 0,906

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FIGURA 4 – Área 3 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas.

Área 3

Pontos Distância em Km

6-20 3,845

19-6 3,505

19-20 1,916

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FIGURA 5 – Área 4 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas.

Área 4

Pontos Distância em Km

7-21 0,038

10-19 0,283

11-12 3,29

11-22 0,62

20-10 0,475

20-19 0,981

21-20 0,446

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FIGURA 6 – Área 5 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas.

Área 5

Pontos Distância em Km

7-9 3,536

7-8 2,406

8-9 2,968

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FIGURA 7 – Área 6 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas.

Área 6

Pontos Distância em Km

10-9 0,917

16-17 2,929

17-18 0,482

18-11 6,885

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FIGURA 8 – Área 7 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas.

Área 7

Pontos Distância em Km

12-4 0,022

13-13 0,05

13-14 0,093

15-14 4,289

15-15 4,976

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FIGURA 9 – Área 8 com a totalidade de pontos amostrados nas 3 campanhas.

Área 8

Pontos Distância em Km

1-2 3,645

11-17 0,007

17-18 0,318

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O QUE É COMUM E COMPARATIVO E CONDIÇÕES GERAIS PARA SER

IDÊNTICO A noção de comparabilidade em semelhança e dessemelhança é fundamental na análise da questão partilha. Em resumo a idéia é:

quão idêntico é o que se tem por semelhante. quão diferente é o que se tem por dessemelhante.

quão semelhante é a se considerar dois semelhantes. quão dessemelhante é a se considerar dois dessemelhantes.

Essas questões devem ser respondidas por viés de se reconhecer que: 1 – a infiltração e o escoamento sub-aéreo partilhado não implica idênticas quantidades para ambas vertentes. 2 – o escoamento sub-aéreo partilhado não força que a água em fontes opostas no relevo venham se apresentar com a mesma assinatura química. 3 – a noção de quão semelhante e de quão dessemelhante é essencial para se decidir do ponto de vista hidroquímico se a recarga deve ser a mesma ou não. 4 – critérios últimos dizem respeito a rochas e solos partilhados e a estrutura rúpteis e dúcteis que de um modo ou de outro permitam infiltração partilhada.

SORÇÃO

Todos os eventos de sorção [ absorção e adsorção ] afetam de diversos modos a assinatura química em função das trocas iônicas que ocorrem em solos e saibros. A coleta, que em alguns casos ocorre em meio com vegetação densa, sobretudo quando a nascente mareja água, pode afetar a qualidade química, mas em uma primeira aproximação os dados físico-químicos não pareceram identificar tal fato o que pode em nível de íons em traço ser verdade.

TRAJETO x COBERTURA de SOLOS e/ou de FORMAÇÕES SUPERFICIAIS

Por trajeto entende-se todo o percurso de percolação da água desde a superfície às fontes. Obviamente que os trajetos são distintos e assim pode-se também explicar uma não homogeneidade não somente em função do espaço como também do intervalo de tempo de coleta. Esses e outros fatores acima citados são alvos desse estudo de critérios de decisão sobre partilha de recarga.

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SITUAÇÕES COMPARATIVAS sobre as LOCALIZAÇÕES das

AMOSTRAS das TRÊS CAMPANHAS - METAIS

Esse estudo comparativo é base para a averiguação das semelhanças entre as amostras de modo quantitativo. Nos capítulos anteriores o foco foi totalmente voltado para as questões de espacialização de modo a ser ter uma percepção nítida do que significariam os diferentes pontos amostrais, que envolveram pontos coletados uma única vez, pontos coletados com repetição e alguns pontos de água subterrânea de poços. Com esse conjunto de observações pode-se obter as seguintes respostas do ponto de vista da comparação: 1 – semelhanças quantitativas relativas. 2 – dessemelhanças quantitativas relativas.

A noção de relatividade não comporta nessa fase a noção de valor absoluto e tampouco a noção do significado desses valores absolutos, isto é, se traduzem situações naturais ou situações já sob impacto da produção agrícola via insumos. 3 – esses estudos foram feitos com a busca da simetria de coleta em relação com as vertentes em primeira mão. 4 – e em segunda etapa considerou-se também a simetria de coleta por solos e/ou por rochas nas vertentes opostas.

A TAB. 1 apresenta os pontos das três campanhas agrupados por áreas conforme denominação dada com o intuito de se guardar a simetria em relação as vertentes, isto é, tomando-se em escala as nascentes como pontos simétrico opostos em cada lado da vertente. Algumas fontes foram revisitadas somente a título de se averiguar se haveriam variações perceptíveis de um tempo a outro.

Todas as fontes estavam ligadas às seguintes rochas: arenito vulcanoclástico, meta-sedimentos síltico-argilosos, com intercalações de meta-grauvaques, corpos de metacalcários, com intercalações subordinadas de metassedimentos síltico-argilosos e arenosos, crosta detrito-laterítica, cobertura indiferenciada, meta-sedimentos arenosos com metacalcários, calcisilicáticas e xistos calcíferos. Em comparação, as análises hidroquímicas são apresentadas com as rochas locais compreendidas dentro da área tampão (TAB. 7 a 15).

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TABELA 7 – Sumário das bacias com fontes e poços amostrados nas três campanhas.

Campanhas

Cruzamentos 1ª Campanha - Junho 2ª Campanha -

Setembro 3ª Campanha - Julho/Agosto

Área 1

Bacia do Rio Alto Paranaíba Coleta 1,

Bacia do Rio Paracatu Coletas 2 e 3 Coletas 16, 17 e 18 Coleta 11 (revisitação coleta 17-set)

Área 2

Bacia do Rio Alto Paranaíba Coleta 4 Coletas 13 e 14 Coleta 12 (revisitação coleta 4-jun) e Coleta 13 (revisitação coleta 13-set)

Bacia do Rio Paracatu Coleta 15 Coletas 14 (poço) e 15

Área 3

Bacia do Rio Alto Paranaíba Coletas 9 e 10 Coleta 19 Coleta 16

Bacia do Rio Paracatu Coleta 11 Coletas 17 (poço) e 18

Área 4

Bacia do Rio São Marcos Coleta 9

Bacia do Rio Paracatu Coletas 7 e 8

Área 4

Bacia do Rio São Marcos Coleta 5 (Curvas de nível) Coleta 25

Bacia do Rio Paracatu Coleta 6 Coletas 23 (poço) e 24

Área 6

Bacia do Rio São Marcos Coleta 7 Coleta 11 Coletas 21 (revisitação coleta 7-jun) e 22 (revisitação coleta 11-set)

Bacia do Rio Paracatu Coleta 8 Coletas 10 e 12 Coletas 19 (revisitação coleta 10-set) e 20

Área 7

Bacia do Rio São Marcos Coleta 20 Coleta 5 (poço)

Bacia do Rio Paracatu Coleta 19 Coletas 6 (poço)

Área 8

Bacia do Rio São Bartolomeu Coletas 16 e 17 Coleta 2 Coletas 1 e 2 (poço)

Bacia do Rio São Marcos Coleta 3 Coleta 4

Bacia do Rio Paracatu Coletas 15 e 18 Coleta 1 Coletas 3 (poço) e 7

Área 9

Bacia do Rio São Bartolomeu Coletas 13, 14 e 21 Coletas 9 (poço) e 10 (poço)

Bacia do Rio Paracatu Coleta 12 Coletas 4, 5 e 6 Coleta 8 (poço)

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TABELA 8 – Área 1 relações das amostras de fontes em função das rochas portadoras.

Baixa ou nenhuma incidência Pequena a média incidência Alta incidência

ÁREA 1

1ª campanha 2ª campanha 3ª campanha

Amostra 1 2 3 16 17 18 11

Unidade Geológica Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico Determinação / unidade 55962/1184 55962/1185 55962/1186 56254/2157 56254/2158 56254/2159 57082/1616

Datas 09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 23.10.2007 24.10.2007 24.10.2007 01.10.2008

Alumínio total / mg/L 0,35 0,40 0,41 <0,10 2,99 0,11 <0,10

Bário total / mg/L 0,011 0,005 0,021 0,009 0,094 0,051 0,049

Berilo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001

Boro total / mg/L <0,07 <0,07 <0,07 * * * *

Cádmio total / mg/L <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 0,0012 <0,0005

Cálcio total / mg/L 0,28 0,51 0,86 0,23 3,79 0,47 0,22

Chumbo total / mg/L <0,005 <0,005 0,009 <0,005 0,008 <0,005 <0,005

Cobre total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004

Cromo total / mg/L <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04

Ferro total / mg/L 0,87 0,64 0,10 1,00 26,8 0,61 0,39

Fosfato total / mg/L P 0,01 0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,08

Lítio total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 0,005 <0,005 <0,005

Magnésio total / mg/L 0,061 0,121 0,103 0,283 1,06 0,198 0,192

Manganês total / mg/L 0,011 0,011 0,025 0,018 0,157 0,023 0,011

Níquel total / mg/L <0,004 0,009 <0,004 <0,004 0,014 <0,004 <0,004

Potássio total / mg/L 0,29 0,23 <0,10 0,22 2,47 2,06 2,05

Sódio total / mg/L 0,17 0,28 0,16 1,00 4,47 0,13 0,17

Zinco total / mg/L <0,02 <0,02 <0,02 0,18 0,03 0,02 0,03

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TABELA 9 - Área 2 relações das amostras de fontes em função das rochas portadoras parametamórficas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2.

ÁREA 2

1ª campanha 2ª campanha 3ª campanha

Amostras 4 13 14 15 12 13 14 15

Unidade Geológica

Meta-sedimentos

síltico-argilosos, com intercala-ções

de meta- grauvaques

Meta-sedimentos

síltico-argilosos, com intercala-ções

de meta- grauvaques

Meta-sedimentos

síltico-argilosos, com intercalações

de meta- grauvaques

Meta-sedimentos

síltico-argilosos, com intercalações

de meta-grauvaques

Meta-sedimentos

síltico-argilosos, com intercala-ções de metagrau-

vaques

Meta-sedimentos

síltico-argilosos, com intercalações

de meta-grauvaques

Meta-sedimentos

síltico-argilosos, com intercala-ções

de meta- grauvaques

Corpos de metacalcários, com

intercalações subordinadas de metassedimentos síltico-argilosos e

arenosos

Determinação / unidade 55962/1187 56254/2154 56254/2155 56254/2156 57082/1617 57082/1618 57082/1619 57082/1620

Datas

09.06.2007 19.10.2007 19.10.2007 22.10.2007 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

Alumínio total / mg/L 1,60 0,12 0,16 0,16 0,29 <0,10 0,45 0,19

Bário total / mg/L 0,024 0,021 0,051 0,075 0,014 0,036 0,083 <0,005

Berilo total / mg/L <0,005 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001

Boro total / mg/L <0,07 * * * * * * *

Cádmio total / mg/L <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005

Cálcio total / mg/L 3,63 5,85 9,71 29,6 3,2 11,3 19,1 1,59

Chumbo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Cobre total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 0,026 0,005 <0,004

Cromo total / mg/L <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04

Ferro total / mg/L 1,94 0,21 8,42 0,24 0,75 0,08 0,59 0,2

Fosfato total / mg/L P 0,10 0,14 0,11 <0,01 0,04 0,2 <0,01 <0,01

Lítio total / mg/L 0,007 0,009 0,009 0,006 0,007 0,013 0,013 0,005

Magnésio total / mg/L 6,507 4,59 6,01 17,2 5,4 9,17 7,37 4,1

Manganês total / mg/L 0,686 0,003 0,166 0,005 0,018 0,001 0,17 0,008

Níquel total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004

Potássio total / mg/L 1,66 0,59 0,74 1,57 1,65 0,88 1,55 0,25

Sódio total / mg/L 12,61 7,86 9,86 1,18 13,8 16,5 5,65 1,19

Zinco total / mg/L <0,02 0,05 0,11 0,07 <0,02 0,04 0,03 <0,02

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TABELA 10 - Área 2 relações das amostras de fontes em função das rochas portadoras supergênicas e indiferenciadas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2.

ÁREA 3

1ª campanha 2ª campanha 3ª campanha

Amostras 9 10 11 19 16 17 18

Unidade Geológica Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Indiferen-ciado

Indiferen-ciado

Crosta detrito-

laterítica

Indiferen-ciado

Indiferen-ciado

Determinação / unidade

55962/1245 55962/1246 55962/1247 56254/2160 57082/1637 57082/1638 57082/1639

Datas

14.07.2007 14.07.2007 14.07.2007 23.10.2007 01.10.2008 01.10.2008

Alumínio total / mg/L 0,19 0,36 0,21 0,15 0,46 0,13 0,1 Bário total / mg/L 0,007 <0,005 0,006 0,014 0,005 <0,005 0,016 Berilo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Boro total / mg/L <0,07 <0,07 <0,07 * * * * Cádmio total / mg/L <0,0005 <0,0005 <0,0005 0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 Cálcio total / mg/L <0,03 0,08 1,01 0,73 0,65 0,34 0,81 Chumbo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/L <0,004 0,006 0,006 <0,004 0,014 <0,004 <0,004 Cromo total / mg/L <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/L 0,01 <0,01 <0,01 0,59 0,35 0,18 0,15 Fosfato total / mg/L P

0,21 0,28 2,63 0,02 0,02 <0,01 0,02 Lítio total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 0,008 <0,005 <0,005 <0,005 Magnésio total / mg/L

0,079 0,065 1,32 0,885 0,27 0,093 1,49 Manganês total / mg/L

0,003 0,052 0,092 0,097 0,004 0,005 0,013 Níquel total / mg/L <0,004 <0,004 0,024 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Potássio total / mg/L 0,34 <0,10 0,51 0,72 0,55 0,13 0,53 Sódio total / mg/L 0,21 0,13 2,21 1,52 0,49 0,15 1,35 Zinco total / mg/L <0,02 0,05 <0,02 0,03 0,17 <0,02 0,03

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TABELA 11 - Área 4 relações das amostras de fontes em função das rochas portadoras supergênicas e indiferenciadas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2.

ÁREA 4

1ª campanha 2ª campanha 3ª campanha

Amostra 5 6 7 8 9 23 24 25

Unidade Geológica Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Indiferen-ciado

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Indiferen-ciado

Indiferen-ciado

Crosta detrito-

laterítica Determinação / unidade

55962/1215 55962/1216 56254/2148 56254/2149 56254/2150 57082/1644 57082/1645 57082/1646

Datas

12.06.2007 12.06.2007 18.10.2007 18.10.2007 19.10.2007 01.10.2008

Alumínio total / mg/L 0,46 1,73 0,45 <0,10 0,53 0,1 0,28 0,22 Bário total / mg/L <0,005 <0,005 0,006 <0,005 <0,005 0,007 0,005 <0,005 Berilo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Boro total / mg/L <0,07 <0,07 * * * * * * Cádmio total / mg/L <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 Cálcio total / mg/L 0,51 0,21 0,03 0,04 0,40 4,26 0,58 0,29 Chumbo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Cromo total / mg/L <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/L 0,01 <0,01 1,08 0,29 0,21 0,1 0,92 0,15 Fosfato total / mg/L P

0,12 1,27 <0,01 0,07 <0,01 0,09 0,01 0,02 Lítio total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Magnésio total / mg/L

0,124 0,116 0,007 0,041 0,025 2,81 0,085 0,05 Manganês total / mg/L

0,01 0,009 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 0,006 0,01 Níquel total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Potássio total / mg/L 0,18 0,46 0,22 0,31 0,28 0,33 0,12 0,27 Sódio total / mg/L 0,31 0,25 <0,05 0,08 <0,05 2,07 0,28 0,26 Zinco total / mg/L 0,07 0,03 <0,02 0,03 <0,02 0,06 2,85 <0,02

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TABELA 12 - Área 6 relações das amostras de fontes em função das rochas portadoras supergênicas e indiferenciadas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2.

ÁREA 6

1ª campanha 2ª campanha 3ª campanha Amostra 7 8 10 11 12 19 20 21 22

Unidade Geológica Indiferen-

ciado Indiferen-

ciado

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Indiferen-ciado

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Indiferen-ciado

Crosta detrito-

laterítica Determinação / unidade

55962/1217 55962/1218 56254/2151 56254/2152 56254/2153 57082/1640 57082/1641 57082/1642 57082/1643

Datas 13.06.2007 13.06.2007 19.10.2007 18.10.2007 19.10.2007 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 Alumínio total / mg/L 5,75 0,18 1,81 3,43 0,19 4,03 0,41 6,27 2,29 Bário total / mg/L <0,005 <0,005 0,035 0,032 0,005 0,013 <0,005 0,005 0,005 Berilo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Boro total / mg/L <0,07 <0,07 * * * * * * * Cádmio total / mg/L 0,0009 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 Cálcio total / mg/L 0,52 0,21 3,67 4,69 0,61 0,42 0,39 0,5 0,48 Chumbo total / mg/L <0,005 <0,005 0,011 0,017 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 0,02 <0,004 0,018 0,02 Cromo total / mg/L <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/L 0,01 0,01 1,05 7,67 0,15 6,99 0,31 1,69 3,53 Fosfato total / mg/L P

0,72 4,5 0,02 0,02 <0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 Lítio total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Magnésio total / mg/L

0,068 0,057 0,874 1,15 0,222 0,082 0,08 0,072 0,35 Manganês total / mg/L

0,004 0,004 0,014 0,015 0,009 0,017 <0,003 0,006 0,016 Níquel total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Potássio total / mg/L 0,27 0,13 0,34 0,33 0,21 0,61 0,12 0,41 0,39 Sódio total / mg/L 0,21 0,14 4,34 5,21 <0,05 0,78 0,23 0,76 0,89 Zinco total / mg/L <0,02 <0,02 <0,02 0,14 <0,02 <0,02 0,04 0,07 0,35

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TABELA 13 - Área 6 relações das amostras de fontes em função das rochas portadoras supergênicas e para metamórficas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2.

ÁREA 7

1ª campanha 3ª campanha Amostra 19 20 5 6

Unidade Geológica Indiferen-

ciado Indiferen-

ciado Indiferen-

ciado

Metassedimentos síltico-argilosos,

com intercalações de meta-

grauvaques Determinação / unidade

55962/1313 55962/1314 57082/1610 57082/1611

Datas

01.10.2008

Alumínio total / mg/L 0,31 2,24 <0,10 0,13

Bário total / mg/L <0,005 0,005 <0,005 <0,005

Berilo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,001 <0,001

Boro total / mg/L <0,07 <0,07 * *

Cádmio total / mg/L <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005

Cálcio total / mg/L 0,04 0,09 0,32 2,99

Chumbo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Cobre total / mg/L <0,004 <0,004 0,009 <0,004

Cromo total / mg/L <0,04 <0,04 <0,04 <0,04

Ferro total / mg/L <0,01 <0,01 0,73 0,15

Fosfato total / mg/L P 0,47 0,57 <0,01 <0,01

Lítio total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Magnésio total / mg/L 0,036 0,062 0,289 0,77 Manganês total / mg/L

0,006 0,005 0,01 0,017

Níquel total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004

Potássio total / mg/L <0,10 0,16 0,18 0,35

Sódio total / mg/L 0,2 0,18 0,17 3,88

Zinco total / mg/L 0,02 <0,02 <0,02 0,1

Page 130: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 14 - Área 8 relações das amostras de fontes em função das rochas portadoras supergênicas e para metamórficas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2.

ÁREA 8

1ª campanha 2ª campanha 3ª campanha

Amostra 15 16 17 18 1 2 3 1 2 3 4 7

Unidade Geológica Indiferen-

ciado Indiferen-

ciado

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Indiferen-ciado

Indiferen-ciado

Indiferen-ciado

Indiferen-ciado

Indiferen-ciado

Crosta detrito-

laterítica

Indiferen-ciado

Meta-sedimentos

síltico-argilosos,

com intercala-ções de meta-

grauvaques

Determinação / unidade 55962/1309 55962/1310 55962/1311 55962/1312 56254/2054 56254/2055 56254/2056 57082/1606 57082/1607 57082/1608 57082/1609 57082/1612 Datas

27.06.2007 27.06.2007 * * 17.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

Alumínio total / mg/L 0,12 3,22 0,10 0,35 1,37 1,92 5,66 <0,10 0,18 <0,10 9,69 0,13

Bário total / mg/L <0,005 0,006 <0,005 <0,005 0,021 0,007 0,037 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Berilo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001

Boro total / mg/L <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 * * * * * * * *

Cádmio total / mg/L <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 0,0009 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005

Cálcio total / mg/L 0,28 0,79 0,03 <0,03 2,56 0,11 3,75 0,18 0,25 0,21 0,38 0,26

Chumbo total / mg/L 0,01 0,006 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Cobre total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 0,015 <0,004

Cromo total / mg/L <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04

Ferro total / mg/L 0,01 0,05 <0,01 <0,01 1,64 2,68 2,36 <0,03 0,07 0,09 4,12 0,17

Fosfato total / mg/L P 0,13 10,5 2,45 0,08 0,03 <0,01 <0,01 <0,01 0,08 0,04 0,01 0,06

Lítio total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Magnésio total / mg/L 0,088 0,126 0,022 0,025 0,0569 0,122 0,898 0,043 0,034 0,031 0,055 0,054

Manganês total / mg/L <0,003 0,007 <0,003 <0,003 0,013 0,003 0,004 <0,003 0,003 0,005 0,006 0,008

Níquel total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004

Potássio total / mg/L 0,17 0,44 <0,10 <0,10 0,45 0,16 0,53 <0,10 <0,10 <0,10 0,16 0,1

Sódio total / mg/L 0,26 0,31 0,16 0,2 2,83 <0,05 4,53 0,22 0,25 0,14 0,55 0,18

Zinco total / mg/L <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 0,12 0,06 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02

Page 131: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 15 - Área 9 relações das amostras de fontes em função das rochas portadoras supergênicas e para metamórficas. Legenda – a incidência diz respeito ao teor obtido. A legenda é como acima na TAB. 2.

ÁREA 9

1ª campanha 2ª campanha 3ª campanha Amostra 12 13 14 21 4 5 6 8 9 10

Unidade Geológica Indife-renciado

Crosta detrito-laterí-tica

Indife-renciado

Indife-renciado

Indife-renciado

Meta-sedimentos arenosos com metacalcários, calcisilicáticas e xistos calcíferos

Meta-sedimentos síltico-argilosos, com intercalações de meta-grauvaques

Indife-renciado

Indife-renciado

Meta-sedimentos arenosos com meta-calcários cálci-silicáticas e xistos calcíferos

Determinação / unidade 55962/1306 55962/1307 55962/1308 55962/1315 56254/2057 56254/2058 56254/2059 57082/1613 57082/1614 57082/1615

27.07.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 17.10.2007 18.10.2007 18.10.2007 01.10.2008 01.10.2008

Alumínio total / mg/L 3,09 1,79 1,19 0,11 0,21 <0,10 0,12 <0,10 <0,10 0,12

Bário total / mg/L 0,008 0,005 <0,005 0,008 0,007 0,007 0,006 <0,005 0,006 0,026

Berilo total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001

Boro total / mg/L <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 * * * * * *

Cádmio total / mg/L <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005

Cálcio total / mg/L 0,73 7,17 0,39 0,41 0,10 0,10 0,04 1,99 0,46 0,23

Chumbo total / mg/L 0,014 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Cobre total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 0,011

Cromo total / mg/L <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04

Ferro total / mg/L 0,11 0,01 0,01 0,01 0,13 0,73 0,23 0,06 0,06 1,53

Fosfato total / mg/L P 0,62 5,62 0,74 0,12 0,01 0,04 <0,01 0,01 0,01 0,01

Lítio total / mg/L <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Magnésio total / mg/L 0,259 4,348 0,072 0,204 0,265 0,027 0,053 0,26 0,163 0,143

Manganês total /

mg/L

0,002 0,011 <0,003 0,003 0,003 0,007 <0,003 <0,003 0,004 0,085

Níquel total / mg/L <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 0,008

Potássio total / mg/L 0,13 0,4 <0,10 0,44 0,44 0,15 0,18 0,26 0,3 0,26

Sódio total / mg/L 0,21 0,27 0,11 0,14 0,11 0,23 0,25 0,31 0,83 0,29

Zinco total / mg/L <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 0,27 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 0,05

Page 132: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

88

FIGURA 10 – Uma visão comparativa dos teores dos íons em traço analisados, considerando-

se a 1a campanha.

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89

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - A

RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS - 1ª CAMPANHA

ESTUDO de CASO PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU

As FIG. 1 a 17 apresentam os resultados vistos espacialmente para os seguintes íons: Alumínio total - mg/l, Bário total - mg/l, Berílio total - mg/l, Boro total - mg/l, Cádmio total - mg/l, Cálcio total - mg/l, Chumbo total - mg/l, Cobre total - mg/l, Cromo total - mg/l, Ferro total - mg/l, Fosfato total - mg/l P, Lítio total - mg/l, Magnésio total - mg/l, Manganês total - mg/l, Níquel total - mg/l, Potássio total - mg/l, Sódio total - mg/l, Zinco total - mg/l.

A espacialidade amostral é para ser analisada segundo os seguintes princípios: 1 – a distribuição das amostras foi feita segundo áreas previamente definidas de modo a se obter um recobrimento significativo da crista do divisor de águas entre as bacias do Paracatu, São Marcos, Alto Paranaíba e São Bartolomeu. 2 – as áreas foram separadas com distâncias suficientes que possam ser consideradas representativas da totalidade da área tampão, quando amostradas as fontes dentro de cada área. 3 – tanto as áreas quanto as fontes escolhidas o foram segundo o duplo critério de distribuição / dispersão das áreas específicas dentro da área tampão. 4 - as fontes foram escolhidas dentro das áreas, considerando-se o acesso possível, uma boa simetria de coleta em situações opostas de vertentes duas a duas, em cada bacia, com uma quantidade de fontes em cada campanha de modo a recobrir em cada campanha a totalidade das áreas escolhidas. 5 – as campanhas funcionaram como uma amostragem temporal, tendo sido realizadas, conforme as tabelas dos capítulos anteriores com: A 1ª campanha nos meses 06 e 07 de 2007. 6 – a espacialidade deveria recobrir uma área significativa de modo a se obter uma boa representação amostral no espaço, em densidade.

Não se trata efetivamente de uma amostragem estatística e assim não se estava preso ao valor para uma estatística de grandes amostragens. A amostragem deve apenas conduzir à identificação de condições tais que com a cartografia de solos e rochas como pano de fundo a quantidade seja representativa da qualidade de interpolação sobre a área total de recarga prevista na condição específica dessas

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bacias de 2ª ordem 7 – assim, a amostragem foi necessariamente viesada. 8 – o viés foi de tipo espacial apoiado em cartografia que garantia a extensão dos corpos amostrados.

As TAB. 1 a 3 e 5 apresentam os resultados das análises químicas quantitativas dos íons de elementos escolhidos como típicos de corpos d’água e/ou reconhecidos também como eventuais poluentes, mas a noção de tipificação predominou nesse estudo.

Os mapas foram realizados no SIG ArcGis segundo modelo matemático de descrição para áreas de influência de uma amostra. Essa influência é descrita com um círculo colorido em função do teor medido. Cada mapa é tratado para cada elemento e/ou íon como é o caso do PO-4 (FIG. 1 a 17). A legenda da tabela apresenta a divisão dos valores em 4 intervalos que fazem significado para as leituras de teores obtidos.

As Áreas 1 a 9 contêm respectivamente os números de amostras na 1ª campanha, mostrados no QUADRO 1. QUADRO 1 – Amostragens nas diversas áreas na 1ª campanha.

1ª campanha Área 1 Área 2 Área 3 Área 4 Área 5 Área 6 Área 7 Área 8 Área 9

pontos 1, 2, 3 4 9, 10, 11

5, 6 7, 8 19, 20 15, 16, 17, 18

12, 13, 14, 21

Observe-se que a área 5 foi ao fim escolhida para não ser amostrada por

motivos diversos entre esses o de ter sido satisfatória a quantidade de amostras. O trabalho de campo não foi realizado segundo a numeração das áreas que foi arbitrária, não havendo nenhum motivo especial de se amostrar seja de sul para norte ou vice-versa. O que de fato valeu para a seqüência da amostragem foi o fato de começarmos a campanha em diferentes localidades, no Norte, no Sul e no Centro da área tampão. Essa área, de fato, foi escolhida por ser o divisor de águas das quatro bacias em questão.

A FIG. 1 apresenta as áreas amostradas dentro da área tampão na 1ª campanha. INTERPRETAÇÃO ESPACIAL dos TEORES

A questão espacial apresenta uma premissa para a questão da recarga. Já ficou óbvia a noção da recarga partilhada poder ser evidente pelo fato da chuva ser comum e concomitante, eventualmente, sobre as vertentes das bacias vizinhas, mas isto não implica, necessariamente, que a assinatura química deva ser a mesma para a água infiltrada, ainda que a proveniência seja das mesmas chuvas. Em realidade a noção de recarga, tomando-se o maior número possível de aspectos que possam ocorrer, passa por: 1 – chuvas comuns às vertentes em questão, quando se trata de buscar recarga

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partilhada entre bacias de quaisquer ordens. 2 – bases litológicas e estratigráficas idênticas ou não, e neste caso a questão se reveste de alguns fatores complicadores. 3 – bases estruturais co-extensivas às vertentes, ou não. 4 – anomalias derivadas de jazimentos minerais distribuídos distintamente ao longo de toda uma zona de recarga, ou presentes em uma parte e ausentes em outras. 5 – disponibilidade química de distintos elementos em função de processos de intemperismo distintos ao longo de toda uma possível e extensa zona de recarga. 6 – solos e/ou formações superficiais existentes, continuamente ou não, com disponibilidades químicas diversas. 7 – solos e/ou formações superficiais distintas de parte e outra da zona de recarga com características químicas distintas.

Esses sete aspectos parecem recobrir uma variedade de situações nas quais se colocariam algumas questões ainda: 1 – seria a noção de recarga comum partilhada uma função exclusiva das chuvas comuns partilhadas? 2 – seria a noção de recarga comum partilhada a ser considerada exclusivamente em função de se ter unicamente uma rocha portadora comum a vertentes opostas em bacias vizinhas? 3 – seria a noção de recarga comum partilhada a ser considerada em função das anomalias químicas naturais, obviamente, tendo que ser necessariamente comuns? 4 - seria a noção de recarga comum partilhada a serem considerados em função das anomalias químicas, que caracterizem espacialmente as águas em cada etapa de amostragem para n íons e/ou n elementos significativos? 5 - seria a noção de recarga comum partilhada um conceito que agrega toda a variabilidade possível derivada de rochas portadoras comuns para as vertentes opostas, de rochas portadoras diversas para as vertentes opostas, de variabilidade da disponibilidade química de elementos químicos e íons / aníons ao longo de um território de possível partilha? 6 - seria a noção de recarga comum partilhada provável, ainda que a diferenciação química seja notável entre vertentes, entre áreas cardinalmente distribuídas, e entre áreas com anomalias químicas próprias das rochas e/ou derivadas de mineralizações específicas ao longo de um ou mais corpos rochosos, ao longo da variabilidade látero-vertical da(s) rocha(s) portadora(s)?

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HIPÓTESE de RECARGA PARTILHADA

Parece que como hipótese básica dessa proposição de recarga partilhada se deva estabelecer a seguinte:

� a recarga é partilhada sempre que de mesmas chuvas a água infiltrada corra pós-infiltração para vertentes opostas, não obstante a transformação química que essa água infiltrante possa sofrer por processos diversos ao longo de toda uma zona de recarga, bem como simplesmente ao longo de pequenas distâncias, acompanhando o flanco do divisor de águas, quando se tratar de zona de recarga em divisor de águas de bacias, que é o tema em estudo.

Não se estudam aqui partilhas eventuais dentro das áreas estritamente internas

dessas bacias hidrográficas de 2ª ordem, quaisquer que sejam as ordens das sub-bacias, todavia, muitas sub-bacias de 3ª ordem são questões neste estudo pelo fato de fazerem fronteira com as quatro bacias de 2ª ordem em estudo.

As TAB. 1 a 5 apresentam os resultados das análises químicas para íons em traço, metais e outros como também importância relativa dos resultados de análises químicas. As marcações em quatro diferentes cores são para:

� verde claro para valores menores do que a capacidade de detecção do método analítico;

� a cor verde escuro para valores maiores do que 1,0 mg/l; � valores entre 0,2 a 1,0 mg/l ficam em branco; � valores entre 2,0 e valores entre > 0,001 e < 0,2 mg/l ficam em amarelo.

A divisão apresentada implica em reconhecer uma distribuição favorável de

valores por ordens de grandeza.

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TABELA 1 – Primeira campanha áreas, meses 06 e 07 de 2007, fontes 1, 2, 3 e 4 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço.

Legenda válida para todas as tabelas. valores aquém da

detecção pelo método <

> 0,2 e < 1,0

> 0,001 e < 0,2

> 1,0

Amostra Área 1 - 1 Área 1 - 2 Área 1 - 3 Área 2 - 4 Área 3 - 9 Área 3 - 10 Área 3 - 11 Área 4 - 5 Área 4 - 6

Unidade Geológica Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Determinação / unidade 55962/1184 55962/1185 55962/1186 55962/1187 55962/1245 55962/1246 55962/1247 55962/1215 55962/1216

09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 14.07.2007 14.07.2007 14.07.2007 12.06.2007 12.06.2007 Alumínio total / mg/l 0,35 0,40 0,41 1,60 0,19 0,36 0,21 0,46 1,73 Bário total / mg/l 0,011 0,005 0,021 0,024 0,007 <0,005 0,006 <0,005 <0,005 Berílio total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Boro total / mg/l <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 Cádmio total / mg/l <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 Cálcio total / mg/l 0,28 0,51 0,86 3,63 <0,03 0,08 1,01 0,51 0,21 Chumbo total / mg/l <0,005 <0,005 0,009 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 0,006 0,006 <0,004 <0,004 Cromo total / mg/l <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/l 0,87 0,64 0,10 1,94 0,01 <0,01 <0,01 0,01 <0,01 Fosfato total / mg/l P 0,01 0,01 0,01 0,10 0,21 0,28 2,63 0,12 1,27 Lítio total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 0,007 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Magnésio total / mg/l 0,061 0,121 0,103 6,507 0,079 0,065 1,32 0,124 0,116 Manganês total / mg/l 0,011 0,011 0,025 0,686 0,003 0,052 0,092 0,01 0,009 Níquel total / mg/l <0,004 0,009 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 0,024 <0,004 <0,004 Potássio total / mg/l 0,29 0,23 <0,10 1,66 0,34 <0,10 0,51 0,18 0,46 Sódio total / mg/l 0,17 0,28 0,16 12,61 0,21 0,13 2,21 0,31 0,25 Zinco total / mg/l <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 0,05 <0,02 0,07 0,03

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TABELA 2 - Primeira campanha áreas, meses 06 e 07 de 2007, fontes 6, 7 e 8, pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço.

Amostra Área 6 - 7 Área 6 - 8 Área 7 - 19 Área 7 - 20 Área 8 - 15 Área 8 - 16 Área 8 - 17 Área 8 - 18

Unidade Geológica Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica Determinação / unidade

55962/1217 55962/1218 55962/1313 55962/1314 55962/1309 55962/1310 55962/1311 55962/1312

Datas 13.06.2007 13.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007* 27.06.2007* Alumínio total / mg/l 5,75 0,18 0,31 2,24 0,12 3,22 0,10 0,35 Bário total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 0,005 <0,005 0,006 <0,005 <0,005 Berílio total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Boro total / mg/l <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 Cádmio total / mg/l 0,0009 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 Cálcio total / mg/l 0,52 0,21 0,04 0,09 0,28 0,79 0,03 <0,03 Chumbo total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 0,01 0,006 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Cromo total / mg/l <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/l 0,01 0,01 <0,01 <0,01 0,01 0,05 <0,01 <0,01 Fosfato total / mg/l P 0,72 4,5 0,47 0,57 0,13 10,5 2,45 0,08 Lítio total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Magnésio total / mg/l 0,068 0,057 0,036 0,062 0,088 0,126 0,022 0,025 Manganês total / mg/l 0,004 0,004 0,006 0,005 <0,003 0,007 <0,003 <0,003 Níquel total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Potássio total / mg/l 0,27 0,13 <0,10 0,16 0,17 0,44 <0,10 <0,10 Sódio total / mg/l 0,21 0,14 0,20 0,18 0,26 0,31 0,16 0,20 Zinco total / mg/l <0,02 <0,02 0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02

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TABELA 3 - Primeira campanha área 9, meses 06 e 07 de 2007, fontes, pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço.

Amostra Área 9 - 12 Área 9 -13 Área 9 - 14 Área 9 - 21

Unidade Geológica Indiferenciado Crosta detrito-laterítica Indiferenciado Indiferenciado

Determinação / unidade 55962/1306 55962/1307 55962/1308 55962/1315

Datas 27.07.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 Alumínio total / mg/l 3,09 1,79 1,19 0,11 Bário total / mg/l 0,008 0,005 <0,005 0,008 Berílio total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Boro total / mg/l <0,07 <0,07 <0,07 <0,07 Cádmio total / mg/l <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 Cálcio total / mg/l 0,73 7,17 0,39 0,41 Chumbo total / mg/l 0,014 <0,005 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Cromo total / mg/l <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/l 0,11 0,01 0,01 0,01 Fosfato total / mg/l P 0,62 5,62 0,74 0,12 Lítio total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Magnésio total / mg/l 0,259 4,348 0,072 0,204 Manganês total / mg/l 0,002 0,011 <0,003 0,003 Níquel total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Potássio total / mg/l 0,13 0,4 <0,10 0,44 Sódio total / mg/l 0,21 0,27 0,11 0,14 Zinco total / mg/l <0,02 <0,02 <0,02 <0,02

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Esses resultados e a série deles que se segue apresentam os valores dos teores analisados em cada localização e a respectiva área de influência do valor. Os intervalos aparecem sempre na legenda interna das FIG. 1 a 17 deste capítulo.

O modelo geomatemático deixa evidente a área de influência de cada ponto amostral, e fica demarcado que a extensão da área de influência recobre, de fato, mais de uma bacia o que é um viés indicador de partilha.

O script utilizado foi o IDW (Inverse Distance Weighting (http://en.wikipedia.org/wiki/Inverse_distance_weighting) presente na extensão do Arcgis 9.2 de nome SPATIAL ANALYSIS. O tutorial no ArcGis, ao se clicar em F1 apresenta o modo de uso do mesmo (LISKA, 1984). MÉTODO da PONDERAÇÃO do INVERSO da DISTÂNCIA - IDP

O método do inverso ponderado da distância (IDP) permite obter-se uma área de influência do significado de uma análise, isto é, em que área esse resultado de análise pode ter algum significado.

Trata-se de um método de interpolação multivariada como um processo que atribui valores para pontos desconhecidos no entorno do ponto amostral a partir de uma nuvem de pontos amostrais sobre um espaço. Uma equação que traduz esse procedimento é:

onde:

A função ponderada do inverso da distância (IDP) foi definida por SHEPARD (1968), onde as variáveis na equação significam: x um ponto arbitrário interpolado xk é um ponto interpolado conhecido d é uma distância conhecida (operador métrico) do ponto x ao ponto xk N é o número total de pontos usados na interpolação p é um número real inteiro denominado

O peso diminui à medida que a distância aumenta do ponto interpolado. Assim, valores maiores de p implicam em maior influência para os valores próximos ao ponto interpolado.

Para 0 < p < 1u(x) este possui maiores picos sobre os pontos xk interpolados, enquanto que para p > 1 os picos são alisados. O valor mais comum para p é 2.

Existem outros métodos decorrentes desse que são os de SHEPARD (1968), o de LISZKA (1984) e o Método de Probabilidade Métrica de Łukaszyk (2004).

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TABELA 4a – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 1ª campanha.

Amostra Área 1 - 1 Área 1 - 2 Área 1 - 3 Área 2 - 4 Área 3 - 9 Área 3 - 10 Área 3 - 11 Área 4 - 5 Área 4 - 6

Unidade Geológica Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Determinação / unidade 55962/1184 55962/1185 55962/1186 55962/1187 55962/1245 55962/1246 55962/1247 55962/1215 55962/1216

09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 14.07.2007 14.07.2007 14.07.2007 12.06.2007 12.06.2007 Alumínio total / mg/l 0,35 0,40 0,41 1,60 0,19 0,36 0,21 0,46 1,73 Bário total / mg/l 0,011 0,005 0,021 0,024 0,007 0,006 Berílio total / mg/l Boro total / mg/l Cádmio total / mg/l Cálcio total / mg/l 0,28 0,51 0,86 3,63 0,08 1,01 0,51 0,21 Chumbo total / mg/l 0,009 Cobre total / mg/l 0,006 0,006 <0,004 <0,004 Cromo total / mg/l Ferro total / mg/l 0,87 0,64 0,10 1,94 0,01 <0,01 <0,01 0,01 Fosfato total / mg/l P 0,01 0,01 0,01 0,10 0,21 0,28 2,63 0,12 1,27 Lítio total / mg/l 0,007 Magnésio total / mg/l 0,061 0,121 0,103 6,507 0,079 0,065 1,32 0,124 0,116 Manganês total / mg/l 0,011 0,011 0,025 0,686 0,003 0,052 0,092 0,01 0,009 Níquel total / mg/l 0,009 0,024 Potássio total / mg/l 0,29 0,23 1,66 0,34 0,51 0,18 0,46 Sódio total / mg/l 0,17 0,28 0,16 12,61 0,21 0,13 2,21 0,31 0,25 Zinco total / mg/l 0,05 <0,02 0,07 0,03

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TABELA 4b – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 1ª campanha.

ostra Área 6 - 7 Área 6 - 8 Área 7 - 19 Área 7 - 20 Área 8 - 15 Área 8 - 16 Área 8 - 17 Área 8 - 18

Unidade Geológica Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica Determinação / unidade

55962/1217 55962/1218 55962/1313 55962/1314 55962/1309 55962/1310 55962/1311 55962/1312

Datas 13.06.2007 13.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007* 27.06.2007* Alumínio total / mg/l 5,75 0,18 0,31 2,24 0,12 3,22 0,10 0,35 Bário total / mg/l 0,005 0,006 Berílio total / mg/l Boro total / mg/l Cádmio total / mg/l 0,0009 Cálcio total / mg/l 0,52 0,21 0,04 0,09 0,28 0,79 0,03 Chumbo total / mg/l 0,01 0,006 Cobre total / mg/l Cromo total / mg/l Ferro total / mg/l 0,01 0,01 0,01 0,05 Fosfato total / mg/l P 0,72 4,5 0,47 0,57 0,13 10,5 2,45 0,08 Lítio total / mg/l Magnésio total / mg/l 0,068 0,057 0,036 0,062 0,088 0,126 0,022 0,025 Manganês total / mg/l 0,004 0,004 0,006 0,005 0,007 Níquel total / mg/l Potássio total / mg/l 0,27 0,13 0,16 0,17 0,44 Sódio total / mg/l 0,21 0,14 0,20 0,18 0,26 0,31 0,16 0,20 Zinco total / mg/l 0,02

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TABELA 4c – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 1ª

campanha.

Amostra Área 9 - 12 Área 9 -13 Área 9 - 14 Área 9 - 21

Unidade Geológica Indiferenciado Crosta detrito-laterítica Indiferenciado Indiferenciado

Determinação / unidade 55962/1306 55962/1307 55962/1308 55962/1315

Datas 27.07.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 Alumínio total / mg/l 3,09 1,79 1,19 0,11 Bário total / mg/l 0,008 0,005 < 0,008 Berílio total / mg/l Boro total / mg/l Cádmio total / mg/l Cálcio total / mg/l 0,73 7,17 0,39 0,41 Chumbo total / mg/l 0,014 Cobre total / mg/l Cromo total / mg/l Ferro total / mg/l 0,11 0,01 0,01 0,01 Fosfato total / mg/l P 0,62 5,62 0,74 0,12 Lítio total / mg/l Magnésio total / mg/l 0,259 4,348 0,072 0,204 Manganês total / mg/l 0,002 0,011 <0,003 0,003 Níquel total / mg/l Potássio total / mg/l 0,13 0,4 0,44 Sódio total / mg/l 0,21 0,27 0,11 0,14 Zinco total / mg/l

Page 144: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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TABELA 5 – Elementos presentes com alguma expressividade na 1ª campanha.

1ª campanha elementos

mais abundantes 1ª campanha elementos

menos abundantes Datas 06 e 07.2007 06 e 07.2007

Alumínio total - mg/l x

Bário total - mg/l x

Berílio total - mg/l

Boro total - mg/l

Cádmio total - mg/l

Cálcio total - mg/l x

Chumbo total - mg/l x

Cobre total - mg/l x

Cromo total - mg/l

Ferro total - mg/l x

Fosfato total - mg/l x

Lítio total - mg/l

Magnésio total - mg/l x

Manganês total - mg/l x

Níquel total - mg/l x

Potássio total - mg/l x

Sódio total - mg/l x

Zinco total - mg/l x

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Na TAB. 4 fica evidente que em toda essa campanha em Julho de 2007 o Al total, o Ca total, o Fe total, PO-4 total, Mg total, K total e Na total são os elementos em maior evidência. Em segunda instância aparecem Ba total, Pb total, Cu total, Mn total, Ni total e Zn total com ocorrência bem pouco relevante.

FIGURA 1 – Resultados espaciais para o elemento Al ao longo da área tampão TABELA 6-1: Estatística Descritiva para o Alumínio

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Alumínio (mg /l) 21 1.25 1.44 0.10 0.26 0.41 2.01 5.75

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 6-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Alumínio (mg/l) entre 0,26 e 2,01 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média de Alumínio é igual a,

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aproximadamente 1,25 mg/l, com desvio-padrão igual a 1,44 mg/l. A FIG. 1-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Alumínio.

FIGURA 1-A: Diagrama de caixa do Alumínio

Pela FIG. 1-A, indica que a mediana do Alumínio é de 0,41 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Alumínio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa. Este comprimento é calculado pela diferença do 3º e 1º quartil (2,01 mg/l). Assim, quanto maior o comprimento, maior será a variação do Alumínio.

Como um dos objetivos do estudo é comparar os íons entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o íon Alumínio, considerando a primeira campanha, TAB. 6-2 e FIG. 1-B. TABELA 6-2: Estatística Descritiva para o Alumínio (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 2 1.27 1.36 0.31 * 1.27 * 2.24 Área_1 4 2.07 0.80 1.19 1.34 2.01 2.87 3.09 Área_2 4 0.94 1.52 0.10 0.10 0.23 2.50 3.22 Área_4 2 2.96 3.94 0.18 * 2.96 * 5.75 Área_5 2 1.09 0.89 0.46 * 1.09 * 1.73 Área_6 3 0.25 0.09 0.19 0.19 0.21 0.36 0.36 Área_7 1 1.60 * 1.60 * * * 1.60 Área_8 3 0.38 0.03 0.35 0.35 0.40 0.41 0.41

Fonte: dados da pesquisa

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FIGURA 1-B: Diagrama de Caixa para o Alumínio (mg/l) por área

Pela FIG. 1-B, indica que a mediana do Alumínio (mg/l) para a área 4 (2.96 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Porém esta caixa apresenta maior variabilidade do Alumínio do que os outros grupos de caixa, pois seu comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Alumínio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 2 – Resultados espaciais para o elemento Ba ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 7-1: Estatística Descritiva para o Bário

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Bário (mg /l) 21 0.007 0.005 0.005 0.005 0.005 0.007 0.024

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 7-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Bário (mg/l) entre 0,005 e 0,007 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Bário é igual a, aproximadamente 007 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,005 mg/l. A FIG. 2-A apresenta a distribuição da

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amostra com relação ao Bário.

FIGURA 2-A: Diagrama de caixa do Bário

Pela FIG. 2-A, indica que a mediana do Bário é de 0,005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Bário é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa. Este comprimento é calculado pela diferença do 3º e 1º quartil (0,002 mg/l). Assim, quanto maior o comprimento, maior será a variação do Bário.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Bário entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Bário considerando a primeira campanha, TAB. 7-2 e FIG. 2-B. TABELA 7-2: Estatística Descritiva para o Bário (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 2 0.005 0.000 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_1 4 0.005 0.001 0.005 0.005 0.005 0.007 0.008 Área_2 4 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.006 Área_4 2 0.005 0.000 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_5 2 0.005 0.000 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_6 3 0.006 0.001 0.005 0.005 0.006 0.007 0.007 Área_7 1 0.024 * 0.024 * 0.024 * 0.024 Área_8 3 0.012 0.008 0.005 0.005 0.011 0.021 0.021 Área_Total 21 0.007 0.005 0.005 0.005 0.005 0.006 0.024

Fonte: dados da pesquisa

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FIGURA 2-B: Diagrama de Caixa para o Bário (mg/l) por área

Pela FIG. 2-B, indica que a mediana do Bário (mg/l) para a área 7 (0.024 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Porém a área 8 apresenta maior variabilidade do Bário do que as outras áreas, pois sua caixa tem comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Bário nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 8. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 3 – Resultados espaciais para o elemento Be ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 8-1: Estatística Descritiva para o Berílio

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Berílio (mg /l) 21 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 8-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Berílio (mg/l) entre 0,005 e 0,005 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Bário é igual a, aproximadamente 005 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,000 mg/l. A FIG. 3-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Berílio.

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FIGURA 3-A: Diagrama de caixa do Berílio

Pela FIG. 3-A, indica que a mediana do Berílio é de 0,005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Berílio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que nesse caso é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Berílio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Berílio considerando a primeira campanha, TAB. 8-2 e FIG. 3-B. TABELA 8-2: Estatística Descritiva para o Berílio (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 2 0.005 0 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_1 4 0.005 0 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_2 4 0.005 0 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_4 2 0.005 0 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_5 2 0.005 0 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_6 3 0.005 0 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_7 1 0.005 * 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_8 3 0.005 0 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_Total 21 0.005 0 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005

Fonte: dados da pesquisa

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FIGURA 3-B: Diagrama de Caixa para o Berílio (mg/l) por área.

Pela FIG. 3-B, indica que a mediana do Berílio (mg/l) em todas as áreas são iguais e além disso, não existe variação entre as áreas.

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FIGURA 4 – Resultados espaciais para o elemento Cd ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 9-1: Estatística Descritiva para o Cádmio

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cádmio (mg /l) 21 0.0005 0.0001 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0009

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 9-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cádmio (mg/l) entre 0,005 e 0,005 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cádmio é igual a, aproximadamente 0,001 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,0001 mg/l. A FIG. 4-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cádmio.

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FIGURA 4-A: Diagrama de caixa do Cádmio

Pela FIG. 4-A, indica que a mediana do Cádmio é de 0,0005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Cádmio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que nesse caso é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cádmio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cádmio considerando a primeira campanha, TAB. 9-2 e FIG. 4-B. TABELA 9-2: Estatística Descritiva para o Cádmio (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_3 2 0.0005 0 0.0005 * 0.0005 * 0.0005 Área_1 4 0.0005 0 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_2 4 0.0005 0 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_4 2 0.0007 0.0002 0.0005 * 0.0007 * 0.0009 Área_5 2 0.0005 0 0.0005 * 0.0005 * 0.0005 Área_6 3 0.0005 0 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_7 1 0.0005 * 0.0005 * 0.0005 * 0.0005 Área_8 3 0.0005 0 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_Total 21 0.0005 0.0001 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0009

Fonte: dados da pesquisa

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FIGURA 4-B: Diagrama de Caixa para o Cádmio (mg/l) por área

Pela FIG. 4-B, indica que a mediana do Cádmio (mg/l) em todas as áreas são iguais, com exceção da área 4 que apresenta uma concentração maior e, além disso, uma variação maior nesta área.

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FIGURA 5 – Resultados espaciais para o elemento Ca ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 10-1: Estatística Descritiva para o Cálcio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cálcio (mg /l) 21 0.833 1.645 0.03 0.085 0.28 0.76 7.170

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 10-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cálcio (mg/l) entre 0,085 e 0,76 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cálcio é igual a, aproximadamente 0,833 mg/l, com desvio-padrão igual a 1,645 mg/l. A FIG. 5-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cálcio.

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FIGURA 5-A: Diagrama de caixa do Cálcio.

Pela FIG. 5-A, indica que a mediana do Cálcio é de 0,28 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Cálcio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa. Este comprimento é calculado pela diferença do 3º e 1º quartil (0,67 mg/l). Assim, quanto maior o comprimento, maior será a variação do Cálcio.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cálcio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cálcio considerando a primeira campanha, TAB. 10-2 e FIG. 5-B. TABELA 10-2: Estatística Descritiva para o Cálcio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_3 2 0.065 0.0354 0.04 * 0.065 * 0.09 Área_1 4 2.09 3.39 0.09 0.17 0.56 5.56 7.17 Área_2 4 0.283 0.358 0.03 0.03 0.155 0.663 0.79 Área_4 2 0.365 0.219 0.21 * 0.365 * 0.52 Área_5 2 0.36 0.212 0.21 * 0.36 * 0.51 Área_6 3 0.373 0.552 0.03 0.03 0.08 1.010 1.010 Área_7 1 3.630 * 3.630 * 3.630 * 3.630 Área_8 3 0.55 0.292 0.28 0.28 0.51 0.86 0.86 Área_Total 21 0.833 1.645 0.03 0.085 0.28 0.76 7.170

Fonte: dados da pesquisa

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FIGURA 5-B: Diagrama de Caixa para o Cálcio (mg/l) por área.

Pela FIG. 5-B, indica que a mediana do Cálcio (mg/l) para a área 7 (3,63 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Porém a área 1 apresenta maior variabilidade do Cálcio do que as outras áreas, pois sua caixa tem comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Cálcio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 1. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 6 – Resultados espaciais para o elemento Pb ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 11-1: Estatística Descritiva para o Chumbo.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Chumbo (mg /l) 21 0.006 0.0023 0.005 0.005 0.005 0.005 0.014

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 11-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Chumbo (mg/l) entre 0,005 e 0,005 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Chumbo é igual a, aproximadamente 0,006 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,0023 mg/l. A FIG. 6-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Chumbo.

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FIGURA 6-A: Diagrama de caixa do Chumbo

Pela FIG. 6-A, indica que a mediana do Chumbo é de 0,005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Chumbo é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, não existe.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Chumbo entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Chumbo considerando a primeira campanha, TAB. 11-2 e FIG. 6-B. TABELA 11-2: Estatística Descritiva para o Chumbo (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_3 2 0.005 0 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_1 4 0.007 0.0045 0.005 0.005 0.005 0.01175 0.014 Área_2 4 0.006 0.0023 0.005 0.005 0.0055 0.009 0.01 Área_4 2 0.005 0 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_5 2 0.005 0 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_6 3 0.005 0 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_7 1 0.005 * 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_8 3 0.006 0.0023 0.005 0.005 0.005 0.009 0.009 Área_Total 21 0.006 0.0023 0.005 0.005 0.005 0.005 0.014

Fonte: dados da pesquisa

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FIGURA 6-B: Diagrama de Caixa para o Chumbo (mg/l) por área.

Pela FIG. 6-B, indica que a mediana do Chumbo (mg/l) para a área 2 (0,055 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Porém a área 1 apresenta maior variabilidade do Chumbo do que as outras áreas, pois sua caixa tem comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Chumbo nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 2 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 1. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 7 – Resultados espaciais para o elemento Cu ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 12-1: Estatística Descritiva para o Cobre

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cobre (mg /l) 21 0.00419 0.001 0.004 0.004 0.004 0.004 0.006

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 12-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cobre (mg/l) entre 0,004 e 0,004 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cobre é igual a, aproximadamente 0,004 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,001 mg/l. A FIG. 7-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cobre.

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FIGURA 7-A: Diagrama de caixa do Cobre.

Pela FIG. 7-A, indica que a mediana do Cobre é de 0,004 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Chumbo é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, não existe.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cobre entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cobre considerando a primeira campanha, TAB. 12-2 e FIG. 7-B. TABELA 12-2: Estatística Descritiva para o Cobre (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_3 2 0.004 0 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_1 4 0.004 0 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_2 4 0.004 0 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_4 2 0.004 0 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_5 2 0.004 0 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_6 3 0.005 0.001 0.004 0.004 0.006 0.006 0.006 Área_7 1 0.004 * 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_8 3 0.004 0 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_Total 21 0.00419 0.001 0.004 0.004 0.004 0.004 0.006

Fonte: dados da pesquisa

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FIGURA 7-B: Diagrama de Caixa para o Cobre (mg/l) por área

Pela FIG. 7-B, indica que a mediana do Cobre (mg/l) para a área 6 (0,006 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l, além disso, essa área apresenta maior variabilidade de Cobre do que as outras áreas, pois sua caixa tem comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Cobre nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 6 e também uma maior variação entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 8 – Resultados espaciais para o elemento Cr ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 13-1: Estatística Descritiva para o Cromo

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cromo (mg /l) 21 0.04 0,00 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 13-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cromo (mg/l) entre 0,04 e 0,04 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cromo é igual a, aproximadamente 0,04 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,00 mg/l. A FIG. 8-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cromo.

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FIGURA 8-A: Diagrama de caixa do Cromo

Pela FIG. 8-A, indica que a mediana do Cromo é de 0,04 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Cromo é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, não existe.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cromo entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cromo considerando a primeira campanha, TAB. 13-2 e FIG. 8-B. TABELA 13-2: Estatística Descritiva para o Cromo (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 2 0.04 0 0.04 * 0.04 * 0.04 Área_1 4 0.04 0 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 Área_2 4 0.04 0 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 Área_4 2 0.04 0 0.04 * 0.04 * 0.04 Área_5 2 0.04 0 0.04 * 0.04 * 0.04 Área_6 3 0.04 0 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 Área_7 1 0.04 * 0.04 * 0.04 * 0.04 Área_8 3 0.04 0 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 Área_Total 21 0.04 0 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04

Fonte: dados da pesquisa.

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124

FIGURA 8-B: Diagrama de Caixa para o Cromo (mg/l) por área.

Pela FIG. 8-B, indica que a mediana do Cromo (mg/l) para todas as áreas (0,04 mg/l) são iguais, além disso, essas áreas apresentam a mesma variabilidade de Cromo.

Em resumo, para os dados do Cromo nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual entre as áreas e também uma mesma variação entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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125

FIGURA 9 – Resultados espaciais para o elemento Fe ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 14-1: Estatística Descritiva para o Ferro

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Ferro (mg /l) 21 0.18 0.46 0.01 0.01 0.01 0.07 1.94

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 14-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Ferro (mg/l) entre 0,01 e 0,07 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Ferro é igual a, aproximadamente 0,018 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,46 mg/l. A FIG. 9-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Ferro.

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126

FIGURA 9-A: Diagrama de caixa do Ferro

Pela FIG. 9-A, indica que a mediana do Ferro é de 0,01 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Ferro é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre os quartis (1º e 3º) 0,06 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Ferro entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Ferro considerando a primeira campanha, TAB. 14-2 e FIG. 9-B. TABELA 14-2: Estatística Descritiva para o Ferro (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 2 0.01 0 0.01 * 0.01 * 0.01 Área_1 4 0.03 0.05 0.01 0.01 0.01 0.08 0.11 Área_2 4 0.02 0.02 0.01 0.01 0.01 0.04 0.05 Área_4 2 0.01 0 0.01 * 0.01 * 0.01 Área_5 2 0.01 0 0.01 * 0.01 * 0.01 Área_6 3 0.01 0 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 Área_7 1 1.94 * 1.94 * 1.94 * 1.94 Área_8 3 0.53 0.39 0.1 0.1 0.64 0.87 0.87 Área_Total 21 0.18 0.46 0.01 0.01 0.01 0.07 1.94

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 9-B: Diagrama de Caixa para o Ferro (mg/l) por área.

Pela FIG. 9-B, indica que a mediana do Ferro (mg/l) na área 7 (1,94 mg/l) é maior do que as demais áreas. Mas a área 8 apresentam a maior variabilidade de Ferro.

Em resumo, para os dados do Ferro nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e maior variação na área 8 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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128

FIGURA 10 – Resultados espaciais para o elemento PO-4 ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 15-1: Estatística Descritiva para o Fosfato.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Fosfato (mg /l) 21 1.50 2.56 0.01 0.11 0.57 1.86 10.50

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 15-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Fosfato (mg/l) entre 0,11 e 1,86 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Fosfato é igual a, aproximadamente, 1,5 mg/l, com desvio-padrão igual a 2,56 mg/l. A FIG. 10-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Fosfato.

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129

FIGURA 10-A: Diagrama de caixa do Fosfato PO-4.

Pela FIG. 10-A, indica que a mediana do Fosfato é de 0,57 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Fosfato é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre os quartis (1º e 3º) 1,75 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Fosfato entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Fosfato considerando a primeira campanha, TAB. 15-2 e FIG. 10-B. TABELA 15-2: Estatística Descritiva para o Fosfato (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_3 2 0.52 0.07 0.47 * 0.52 * 0.57 Área_1 4 1.89 2.49 0.57 0.58 0.68 4.40 5.62 Área_2 4 3.29 4.93 0.08 0.09 1.29 8.49 10.5 Área_4 2 2.61 2.67 0.72 * 2.61 * 4.5 Área_5 2 0.69 0.81 0.12 * 0.69 * 1.27 Área_6 3 1.04 1.37 0.21 0.21 0.28 2.63 2.63 Área_7 1 0.10 * 0.1 * 0.10 * 0.10 Área_8 3 0.01 0 0.01 0.01 0.01 0.01 0.01 Área_Total 21 1.50 2.56 0.01 0.11 0.57 1.86 10.50

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 10-B: Diagrama de Caixa para o Fosfato PO-4 (mg/l) por área.

Pela FIG. 10-B, indica que a mediana do Fosfato (mg/l) na área 4 (2,62 mg/l) é maior do que as demais áreas. Mas a área 2 apresentam a maior variabilidade de Fosfato.

Em resumo, para os dados do Fosfato nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4 e maior variação na área 2 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 11 – Resultados espaciais para o elemento Li ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 16-1: Estatística Descritiva para o Lítio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Lítio (mg /l) 21 0.005 0.0004 0.005 0.005 0.005 0.005 0.007

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 16-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Lítio (mg/l) entre 0,005 e 0,005 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Lítio é igual a, aproximadamente, 0,005 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,0004 mg/l. A FIG. 11-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Lítio.

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132

FIGURA 11-A: Diagrama de caixa do Lítio

Pela FIG. 11-A, indica que a mediana do Lítio é de 0,005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Lítio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Lítio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Lítio considerando a primeira campanha, TAB. 16-2 e FIG. 11-B. TABELA 16-2: Estatística Descritiva para o Lítio (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 2 0.005 0 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_1 4 0.005 0 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_2 4 0.005 0 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_4 2 0.005 0 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_5 2 0.005 0 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_6 3 0.005 0 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_7 1 0.007 * 0.007 * 0.007 * 0.007 Área_8 3 0.005 0 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_Total 21 0.005 0.0004 0.005 0.005 0.005 0.005 0.007

Fonte: dados da pesquisa.

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133

FIGURA 11-B: Diagrama de Caixa para o Lítio (mg/l) por área.

Pela FIG. 11-B, indica que a mediana do Lítio (mg/l) na área 7 (0,007 mg/l) é maior do que as demais áreas.

Em resumo, para os dados do Lítio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e nenhuma variação nas áreas entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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134

FIGURA 12 – Resultados espaciais para o elemento Mg ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 17-1: Estatística Descritiva para o Magnésio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Magnésio (mg /l) 21 0.653 1.646 0.022 0.061 0.079 0.125 6.507

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 17-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Magnésio (mg/l) entre 0,061 e 0,125 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Magnésio é igual a, aproximadamente, 0,653 mg/l, com desvio-padrão igual a 1,646 mg/l. A FIG. 12-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Magnésio.

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135

FIGURA 12-A: Diagrama de caixa do Magnésio

Pela FIG. 12-A, indica que a mediana do Magnésio é de 0,079 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Magnésio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º quartil e o 3º quartil, 0,064 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Magnésio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Magnésio considerando a primeira campanha, TAB. 17-2 e FIG. 12-B. TABELA 17-2: Estatística Descritiva para o Magnésio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 2 0.049 0.018 0.036 * 0.049 * 0.062 Área_1 4 1.190 2.110 0.060 0.060 0.170 3.330 4.350 Área_2 4 0.065 0.050 0.022 0.022 0.056 0.116 0.126 Área_4 2 0.062 0.007 0.057 * 0.062 * 0.068 Área_5 2 0.120 0.005 0.116 * 0.120 * 0.124 Área_6 3 0.488 0.721 0.065 0.065 0.079 1.320 1.320 Área_7 1 6.507 * 6.507 * 6.507 * 6.507 Área_8 3 0.095 0.031 0.061 0.061 0.103 0.121 0.121

Área_Total 21 0.653 1.646 0.022 0.061 0.079 0.125 6.507 Fonte: dados da pesquisa.

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136

FIGURA 12-B: Diagrama de Caixa para o Magnésio (mg/l) por área.

Pela FIG. 12-B, indica que a mediana do Magnésio (mg/l) na área 7 (6,5 mg/l) é maior do que as demais áreas, entretanto a área 1 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Magnésio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior na área 1 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 13 – Resultados espaciais para o elemento Mn ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 18-1: Estatística Descritiva para o Manganês.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Manganês (mg /l) 21 0.045 0.148 0.002 0.003 0.006 0.011 0.686

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 18-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Manganês (mg/l) entre 0,003 e 0,011 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Manganês é igual a, aproximadamente, 0,045 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,148 mg/l. A FIG. 13-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Manganês.

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138

FIGURA 13-A: Diagrama de caixa do Manganês.

Pela FIG. 13-A, indica que a mediana do Manganês é de 0,006 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Manganês é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e 3º quartil, 0,008 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Manganês entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Manganês considerando a primeira campanha, TAB. 18-2 e FIG. 13-B. TABELA 18-2: Estatística Descritiva para o Manganês (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_3 2 0.005 0.0007 0.005 * 0.005 * 0.006 Área_1 4 0.005 0.004 0.002 0.002 0.004 0.009 0.011 Área_2 4 0.004 0.002 0.003 0.003 0.003 0.006 0.007 Área_4 2 0.004 0 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_5 2 0.009 0.0007 0.009 * 0.009 * 0.01 Área_6 3 0.049 0.044 0.003 0.003 0.052 0.092 0.092 Área_7 1 0.686 * 0.686 * 0.686 * 0.686 Área_8 3 0.015 0.008 0.011 0.011 0.011 0.025 0.025 Área_Total 21 0.045 0.148 0.002 0.003 0.006 0.011 0.686

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 13-B: Diagrama de Caixa para o Manganês (mg/l) por área.

Pela FIG. 13-B, indica que a mediana do Manganês (mg/l) na área 7 (0,686 mg/l) é maior do que as demais áreas, entretanto a área 6 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Manganês nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior na área 6 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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140

FIGURA 14 – Resultados espaciais para o elemento Ni ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 19-1: Estatística Descritiva para o Níquel.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Níquel (mg /l) 21 0.005 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 0.024

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 19-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Níquel (mg/l) entre 0,004 e 0,004 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Níquel é igual a, aproximadamente, 0,005 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,004 mg/l. A FIG. 14-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Níquel.

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141

FIGURA 14-A: Diagrama de caixa do Níquel.

Pela FIG. 14-A, indica que a mediana do Níquel é de 0,004 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Níquel é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Níquel entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Níquel considerando a primeira campanha, TAB. 19-2 e FIG. 14-B. TABELA 19-2: Estatística Descritiva para o Níquel (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 2 0.004 0 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_1 4 0.004 0 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_2 4 0.004 0 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_4 2 0.004 0 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_5 2 0.004 0 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_6 3 0.010 0.011 0.004 0.004 0.004 0.024 0.024 Área_7 1 0.004 * 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_8 3 0.005 0.002 0.004 0.004 0.004 0.009 0.009 Área_Total 21 0.005 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 0.024

Fonte: dados da pesquisa.

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142

FIGURA 14-B: Diagrama de Caixa para o Níquel (mg/l) por área.

Pela FIG. 14-B, indica que a mediana do Níquel (mg/l) nas oito áreas são iguais (0,004 mg/l), entretanto a área 6 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Níquel nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual nas oito áreas e uma variação maior na área 6 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 15 – Resultados espaciais para o elemento K ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 20-1: Estatística Descritiva para o Potássio

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Potássio (mg /l) 21 0.292 0.341 0.100 0.10 0.170 0.37 1.660

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 20-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Potássio (mg/l) entre 0,1 e 0,37 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Potássio é igual a, aproximadamente, 0,292 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,341 mg/l. A FIG. 15-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Potássio.

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FIGURA 15-A: Diagrama de caixa do Potássio

Pela FIG. 15-A, indica que a mediana do Potássio é de 0,17 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Potássio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 0,27 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Potássio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Potássio considerando a primeira campanha, TAB. 20-2 e FIG. 15-B. TABELA 20-2: Estatística Descritiva para o Potássio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 2 0.130 0.042 0.100 * 0.130 * 0.16 Área_1 4 0.197 0.137 0.100 0.10 0.145 0.34 0.4 Área_2 4 0.202 0.161 0.100 0.10 0.135 0.372 0.44 Área_4 2 0.200 0.099 0.130 * 0.200 * 0.27 Área_5 2 0.320 0.198 0.180 * 0.320 * 0.46 Área_6 3 0.317 0.206 0.100 0.10 0.340 0.51 0.51 Área_7 1 1.660 * 1.660 * 1.660 * 1.660 Área_8 3 0.206 0.097 0.100 0.10 0.230 0.29 0.29 Área_Total 21 0.292 0.341 0.100 0.10 0.170 0.37 1.660

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 15-B: Diagrama de Caixa para o Potássio (mg/l) por área.

Pela FIG. 15-B, indica que a mediana do Potássio (mg/l) na área 7 (1,66 mg/l) é maior que as demais áreas, entretanto a área 6 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Potássio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior na área 6 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 16 – Resultados espaciais para o elemento Na ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 21-1: Estatística Descritiva para o Sódio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Sódio (mg /l) 21 0.893 2.720 0.110 0.165 0.210 0.275 12.61

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 21-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Sódio (mg/l) entre 0,165 e 0,275 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Sódio é igual a, aproximadamente, 0,893 mg/l, com desvio-padrão igual a 2,720 mg/l. A FIG. 16-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Sódio.

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FIGURA 16-A: Diagrama de caixa do Sódio

Pela FIG. 16-A, indica que a mediana do Sódio é de 0,21 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Sódio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 0,11 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Sódio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Sódio considerando a primeira campanha, TAB. 21-2 e FIG. 16-B. TABELA 21-2: Estatística Descritiva para o Sódio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_3 2 0.190 0.014 0.180 * 0.190 * 0.200 Área_1 4 0.192 0.066 0.110 0.127 0.195 0.255 0.270 Área_2 4 0.232 0.066 0.160 0.170 0.230 0.297 0.310 Área_4 2 0.175 0.049 0.140 * 0.175 * 0.210 Área_5 2 0.280 0.042 0.250 * 0.280 * 0.310 Área_6 3 0.850 1.178 0.130 0.130 0.210 2.210 2.210 Área_7 1 12.61 * 12.61 * 12.61 * 12.61 Área_8 3 0.203 0.066 0.160 0.160 0.170 0.280 0.280 Área_Total 21 0.893 2.720 0.110 0.165 0.210 0.275 12.61

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 16-B: Diagrama de Caixa para o Sódio (mg/l) por área.

Pela FIG. 16-B, indica que a mediana do Sódio (mg/l) na área 7 (12,61 mg/l) é maior que as demais áreas, entretanto a área 6 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Sódio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior na área 6 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 17 – Resultados espaciais para o elemento Zn ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 22-1: Estatística Descritiva para o Zinco.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Zinco (mg /l) 21 0.02 0.012 0.02 0.02 0.02 0.02 0.07

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 22-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Zinco (mg/l) entre 0,02 e 0,02 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Zinco é igual a, aproximadamente, 0,02 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,012 mg/l. A FIG. 17-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Zinco.

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FIGURA 17-A: Diagrama de caixa do Zinco.

Pela FIG. 17-A, indica que a mediana do Zinco é de 0,02 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Zinco é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Zinco entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Zinco considerando a primeira campanha, TAB. 22-2 e FIG. 17-B. TABELA 22-2: Estatística Descritiva para o Zinco (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_3 2 0.02 0 0.02 * 0.02 * 0.02 Área_1 4 0.02 0 0.02 0.02 0.02 0.02 0.02 Área_2 4 0.02 0 0.02 0.02 0.02 0.02 0.02 Área_4 2 0.02 0 0.02 * 0.02 * 0.02 Área_5 2 0.05 0.028 0.03 * 0.05 * 0.07 Área_6 3 0.03 0.017 0.02 0.02 0.02 0.05 0.05 Área_7 1 0.02 * 0.02 * 0.02 * 0.02 Área_8 3 0.02 0 0.02 0.02 0.02 0.02 0.02 Área_Total 21 0.02 0.012 0.02 0.02 0.02 0.02 0.07

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 17-B: Diagrama de Caixa para o Zinco (mg/l) por área.

Pela FIG. 17-B, indica que a mediana do Zinco (mg/l) na área 5 (0,05 mg/l) é maior que as demais áreas e também esta apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Zinco nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 5 e, também, uma maior variação. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados. CONCLUSÕES DA CAMPANHA 1

Em síntese, considerando a representatividade da amostra pesquisada, pode-se deduzir que, os íons Bário, Berílio, Cádmio, Cobre, Lítio, Níquel e Chumbo apresentaram uma concentração (mg/l), praticamente, nula na campanha 1. Entretanto, constatou-se que a concentração (mg/l) dos íons Fosfato, Alumínio, Sódio e Cálcio foram as maiores, respectivamente, na campanha 1, TAB. 23.

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TABELA 23: Estatística Descritiva para os íons (mg/l) da Campanha 1

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Al 21 1.252 1.439 0.100 0.260 0.410 2.015 5.750 Ba 21 0.007 0.005 0.005 0.005 0.005 0.007 0.024 Be 21 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Cd 21 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.001 0.0009 Ca 21 0.833 1.645 0.030 0.085 0.280 0.760 7.170 Pb 21 0.006 0.002 0.005 0.005 0.005 0.005 0.014 Cu 21 0.004 0.001 0.004 0.004 0.004 0.004 0.006 Cr 21 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.04 Fe 21 0.184 0.461 0.010 0.010 0.010 0.075 1.940 Po-4 21 1.505 2.564 0.010 0.110 0.570 1.860 10.500 Li 21 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.007 Mg 21 0.653 1.646 0.022 0.061 0.079 0.125 6.507 Mn 21 0.046 0.148 0.002 0.003 0.006 0.011 0.686 Ni 21 0.005 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 0.024 K 21 0.292 0.341 0.100 0.100 0.170 0.370 1.660 Na 21 0.893 2.720 0.110 0.165 0.210 0.275 12.61 Zn 21 0.024 0.012 0.020 0.020 0.020 0.020 0.07 Fonte: dados da pesquisa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LISZKA, T. An interpolation method for an irregular net of nodes. International Journal for

Numerical Methods in Engineering, Chichester, v. 20, n. 9, p. 1599-1612, 1984. doi:10.1002/nme.1620200905. Disponível em: < http://www3.interscience.wiley.com/journal/110557743/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0>. Acesso em: 12 mar. 2009.

ŁUKASZYK, S. A new concept of probability metric and its applications in approximation of scattered data sets. Computational Mechanics, Heidelberg, v. 33, n. 4, p. 299-304, Mar. 2004, doi:10.1145/800186.810616. Disponível em: <http://www.springerlink.com/content/y4fbdb0m0r12701p/fulltext.pdf?page=1>. Acesso em: 18 abr. 2009.

SHEPARD, D. A two-dimensional interpolation function for irregularly-spaced data. In: ACM ANNUAL CONFERENCE/ANNUAL MEETING, 23., 1968, New York. Proceedings of the 1968. New York: ACM, 1968. p. 517–524. doi:10.1145/800186.810616. Disponível em: <http://portal.acm.org/citation.cfm?doid=800186.810616>. Acesso em: 23 abr. 2009.

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QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - B

RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS 2ª CAMPANHA

ESTUDO DE CASO PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU

Identicamente à 1ª campanha essa 2ª campanha foi organizada de modo a

recobrir as mesmas áreas, mas com a preocupação de se ampliar os pontos amostrais. Os recobrimentos nunca foram totais a fim de se cobrir o maior número possível de pontos amostrais em função do tempo e dos recursos financeiros.

As FIG. 1 a 17 apresentam os resultados vistos espacialmente para os seguintes elementos e íons: Alumínio total - mg/l, Bário total - mg/l, Berílio total - mg/l, Boro total - mg/l, Cádmio total - mg/l, Cálcio total - mg/l, Chumbo total - mg/l, Cobre total - mg/l, Cromo total - mg/l, Ferro total - mg/l, Fosfato total - mg/l P, Lítio total - mg/l, Magnésio total - mg/l, Manganês total - mg/l, Níquel total - mg/l, Potássio total - mg/l, Sódio total - mg/l, Zinco total - mg/l.

A espacialidade amostral, do mesmo modo que na 1ª campanha, é para ser analisada segundo os seguintes princípios: 1 – a distribuição das amostras foi feita segundo áreas previamente definidas de modo a se obter um recobrimento significativo da crista do divisor de águas entre as bacias do Paracatu, São Marcos, Alto Paranaíba e São Bartolomeu. 2 – as áreas foram separadas com distâncias suficientes que possam ser consideradas representativas da totalidade da área tampão, quando amostradas as fontes dentro de cada área. 3 – tanto as áreas quanto as fontes escolhidas o foram segundo o duplo critério de distribuição / dispersão das áreas específicas dentro da área tampão. 4 – da mesma forma as fontes foram escolhidas dentro das áreas, considerando-se o acesso possível, uma boa simetria de coleta em situações opostas de vertentes duas a duas, em cada bacia, com uma quantidade de fontes em cada campanha de modo a recobrir em cada campanha a totalidade das áreas escolhidas. 5 – essa campanha funcionou como uma amostragem temporal, tendo sido realizada, conforme as tabelas dos capítulos anteriores evidenciam em: 2ª campanha – mês 10 de 2007. 6 – a espacialidade deveria recobrir uma área significativa de modo a se obter uma boa representação amostral no espaço, em densidade.

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Não se tratou efetivamente de uma amostragem estatística, e assim não se estava preso ao valor mínimo para uma estatística de pequenas amostragens.

A amostragem deveria apenas conduzir à identificação de condições tais que com a cartografia de solos e rochas, como pano-de-fundo, a quantidade seja representativa da qualidade de interpolação sobre a área total de recarga como previsível na condição específica dessas bacias de 2ª ordem. 7 – assim, a amostragem foi necessariamente viesada. 8 – o viés foi de tipo espacial, apoiado em cartografia que garantia a extensão dos corpos amostrados.

As TAB. 1 a 3 apresentam os resultados das análises químicas quantitativas dos íons de elementos escolhidos como tipificantes de corpos d’água e/ou reconhecidos também como eventuais poluentes, mas a noção de tipificação predominou nesse estudo. As TAB. de 4 a 5 apresentam os íons/anions mais significantes das amostras.

Os mapas foram realizados no SIG ArcGis segundo modelo matemático de descrição para áreas de influência de uma amostra. Essa influência é descrita com um círculo colorido em função do teor medido. Cada mapa é tratado para cada elemento e/ou íon como é o caso do PO-4 (FIG. 1 a 17). A legenda da tabela apresenta a divisão dos valores em 4 intervalos que fazem significado para as leituras de teores obtidos.

As Áreas 1 a 9 contêm, respectivamente, os números de amostras nesta campanha, mostrados no QUADRO 1. QUADRO 1 – Amostragens nas diversas áreas da 2ª campanha.

2ª campanha Área 1 Área 2 Área 3 Área 4 Área 5 Área 6 Área 7 Área 8 Área 9

pontos 16, 17, 18,

13, 14, 15

19 7, 8, 9 10, 11, 12

1, 2, 3 4, 5, 6

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TABELA 1 – Segunda campanha áreas 1 e 2 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço. Amostra Área 1 - 16 Área 1 - 17 Área 1 - 18 Área 2 - 13 Área 2 - 14 Área 2 - 15 Área 3 - 19

Unidade Geológica Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico Arenito

vulcanoclástico

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvacas

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvacas

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvacas

Indiferenciado

Determinação / unidade 56254/2157 56254/2158 56254/2159 56254/2154 56254/2155 56254/2156 56254/2160

Datas 23.10.2007 24.10.2007 24.10.2007 19.10.2007 19.10.2007 22.10.2007 23.10.2007 Alumínio total / mg/l <0,10 2,99 0,11 0,12 0,16 0,16 0,15 Bário total / mg/l 0,009 0,094 0,051 0,021 0,051 0,075 0,014 Berílio total / mg/l <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Boro total / mg/l * * * * * * * Cádmio total / mg/l <0,0005 <0,0005 0,0012 <0,0005 <0,0005 <0,0005 0,0005 Cálcio total / mg/l 0,23 3,79 0,47 5,85 9,71 29,6 0,73 Chumbo total / mg/l <0,005 0,008 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Cromo total / mg/l <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/l 1,00 26,8 0,61 0,21 8,42 0,24 0,59 Fosfato total / mg/l P <0,01 <0,01 <0,01 0,14 0,11 <0,01 0,02 Lítio total / mg/l <0,005 0,005 <0,005 0,009 0,009 0,006 0,008 Magnésio total / mg/l 0,283 1,06 0,198 4,59 6,01 17,2 0,885 Manganês total / mg/l 0,018 0,157 0,023 0,003 0,166 0,005 0,097 Níquel total / mg/l <0,004 0,014 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Potássio total / mg/l 0,22 2,47 2,06 0,59 0,74 1,57 0,72 Sódio total / mg/l 1,00 4,47 0,13 7,86 9,86 1,18 1,52 Zinco total / mg/l 0,18 0,03 0,02 0,05 0,11 0,07 0,03

Legenda

valores aquém da detecção pelo método <

> 0,2 e < 1,0

> 0,001 e < 0,2

> 3,0

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TABELA 2 – Segunda campanha, áreas 4, 6 e 8 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço. Amostra Área 4 - 7 Área 4 - 8 Área 4 - 9 Área 6 - 10 Área 6 - 11 Área 6 - 12 Área 8 - 1 Área 8 - 2 Área 8 - 3

Unidade Geológica Indiferenciado Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado

Determinação / unidade 56254/2148 56254/2149 56254/2150 56254/2151 56254/2152 56254/2153 56254/2054 56254/2055 56254/2056

Datas 18.10.2007 18.10.2007 19.10.2007 19.10.2007 18.10.2007 19.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 Alumínio total / mg/l 0,45 <0,10 0,53 1,81 3,43 0,19 1,37 1,92 5,66 Bário total / mg/l 0,006 <0,005 <0,005 0,035 0,032 0,005 0,021 0,007 0,037 Berílio total / mg/l <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Boro total / mg/l * * * * * * * * * Cádmio total / mg/l <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 0,0009 <0,0005 <0,0005 Cálcio total / mg/l 0,03 0,04 0,40 3,67 4,69 0,61 2,56 0,11 3,75 Chumbo total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 0,011 0,017 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Cromo total / mg/l <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/l 1,08 0,29 0,21 1,05 7,67 0,15 1,64 2,68 2,36 Fosfato total / mg/l P <0,01 0,07 <0,01 0,02 0,02 <0,01 0,03 <0,01 <0,01 Lítio total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Magnésio total / mg/l 0,007 0,041 0,025 0,874 1,15 0,222 0,0569 0,122 0,898 Manganês total / mg/l <0,003 <0,003 <0,003 0,014 0,015 0,009 0,013 0,003 0,004 Níquel total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Potássio total / mg/l 0,22 0,31 0,28 0,34 0,33 0,21 0,45 0,16 0,53 Sódio total / mg/l <0,05 0,08 <0,05 4,34 5,21 <0,05 2,83 <0,05 4,53 Zinco total / mg/l <0,02 0,03 <0,02 <0,02 0,14 <0,02 <0,02 0,12 0,06

Page 201: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

158

TABELA 3 – Primeira campanha área 9 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço.

Amostra Área 9 - 4 Área 9 - 5 Área 9 - 6

Unidade Geológica Indiferenciado

Metassedimentos arenosos com metacalcários, calciosilicáticas e xistos calcíferos

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Determinação / unidade 56254/2057 56254/2058 56254/2059

Datas 17.10.2007 18.10.2007 18.10.2007 Alumínio total / mg/l 0,21 <0,10 0,12

Bário total / mg/l 0,007 0,007 0,006

Berílio total / mg/l <0,001 <0,001 <0,001

Boro total / mg/l * * *

Cádmio total / mg/l <0,0005 <0,0005 <0,0005

Cálcio total / mg/l 0,10 0,10 0,04

Chumbo total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005

Cobre total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004

Cromo total / mg/l <0,04 <0,04 <0,04

Ferro total / mg/l 0,13 0,73 0,23

Fosfato total / mg/l P 0,01 0,04 <0,01

Lítio total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005

Magnésio total / mg/l 0,265 0,027 0,053

Manganês total / mg/l 0,003 0,007 <0,003

Níquel total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004

Potássio total / mg/l 0,44 0,15 0,18

Sódio total / mg/l 0,11 0,23 0,25

Zinco total / mg/l 0,27 <0,02 <0,02

Page 202: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 4a – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 2ª campanha. Amostra Área 1 - 16 Área 1 - 17 Área 1 - 18 Área 2 - 13 Área 2 - 14 Área 2 - 15 Área 3 - 19

Unidade Geológica

Arenito vulcanoclástico

Arenito vulcanoclástico

Arenito vulcanoclástico

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvacas

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvacas

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvacas

Indiferenciado

Determinação / unidade 56254/2157 56254/2158 56254/2159 56254/2154 56254/2155 56254/2156 56254/2160

Datas 23.10.2007 24.10.2007 24.10.2007 19.10.2007 19.10.2007 22.10.2007 23.10.2007 Alumínio total / mg/l 2,99 0,11 0,12 0,16 0,16 0,15 Bário total / mg/l 0,009 0,094 0,051 0,021 0,051 0,075 0,014 Berílio total / mg/l Boro total / mg/l * * * * * * * Cádmio total / mg/l 0,0005 Cálcio total / mg/l 0,23 3,79 0,47 5,85 9,71 29,6 0,73 Chumbo total / mg/l 0,008 Cobre total / mg/l Cromo total / mg/l Ferro total / mg/l 1,00 26,8 0,61 0,21 8,42 0,24 0,59 Fosfato total / mg/l P 0,14 0,11 <0,01 0,02 Lítio total / mg/l 0,005 0,009 0,009 0,006 0,008 Magnésio total / mg/l 0,283 1,06 0,198 4,59 6,01 17,2 0,885 Manganês total / mg/l 0,018 0,157 0,023 0,003 0,166 0,005 0,097 Níquel total / mg/l 0,014 Potássio total / mg/l 0,22 2,47 2,06 0,59 0,74 1,57 0,72 Sódio total / mg/l 1,00 4,47 0,13 7,86 9,86 1,18 1,52 Zinco total / mg/l 0,18 0,03 0,02 0,05 0,11 0,07 0,03

Legenda

valores aquém da detecção pelo método <

> 0,2 e < 1,0

> 0,001 e < 0,2

> 3,0

Page 203: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 4b – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 2ª campanha. Amostra Área 4 - 7 Área 4 - 8 Área 4 - 9 Área 6 - 10 Área 6 - 11 Área 6 - 12 Área 8 - 1 Área 8 - 2 Área 8 - 3

Unidade Geológica Indiferenciado

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado Indiferenciado

Determinação / unidade 56254/2148 56254/2149 56254/2150 56254/2151 56254/2152 56254/2153 56254/2054 56254/2055 56254/2056

Datas 18.10.2007 18.10.2007 19.10.2007 19.10.2007 18.10.2007 19.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 Alumínio total / mg/l 0,45 0,53 1,81 3,43 0,19 1,37 1,92 5,66 Bário total / mg/l 0,006 0,035 0,032 0,005 0,021 0,007 0,037 Berílio total / mg/l Boro total / mg/l Cádmio total / mg/l Cálcio total / mg/l 0,03 0,04 0,40 3,67 4,69 0,61 2,56 0,11 3,75 Chumbo total / mg/l 0,011 0,017 Cobre total / mg/l Cromo total / mg/l Ferro total / mg/l 1,08 0,29 0,21 1,05 7,67 0,15 1,64 2,68 2,36 Fosfato total / mg/l P 0,07 0,02 0,02 0,03 Lítio total / mg/l Magnésio total / mg/l 0,007 0,041 0,025 0,874 1,15 0,222 0,0569 0,122 0,898 Manganês total / mg/l <0,003 <0,003 <0,003 0,014 0,015 0,009 0,013 0,003 0,004 Níquel total / mg/l Potássio total / mg/l 0,22 0,31 0,28 0,34 0,33 0,21 0,45 0,16 0,53 Sódio total / mg/l 0,08 4,34 5,21 2,83 < 4,53 Zinco total / mg/l 0,03 0,14 0,12 0,06

Page 204: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

161

TABELA 4c – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 2ª

campanha.

Amostra Área 9 - 4 Área 9 - 5 Área 9 - 6

Unidade Geológica Indiferenciado

Metassedimentos arenosos com metacalcários, calciosilicáticas e xistos calcíferos

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Determinação / unidade 56254/2057 56254/2058 56254/2059

Datas 17.10.2007 18.10.2007 18.10.2007

Alumínio total / mg/l 0,21 0,12

Bário total / mg/l 0,007 0,007 0,006

Berílio total / mg/l

Boro total / mg/l * * *

Cádmio total / mg/l

Cálcio total / mg/l 0,10 0,10 0,04

Chumbo total / mg/l

Cobre total / mg/l

Cromo total / mg/l

Ferro total / mg/l 0,13 0,73 0,23

Fosfato total / mg/l P 0,01 0,04

Lítio total / mg/l

Magnésio total / mg/l 0,265 0,027 0,053

Manganês total / mg/l 0,003 0,007

Níquel total / mg/l

Potássio total / mg/l 0,44 0,15 0,18

Sódio total / mg/l 0,11 0,23 0,25

Zinco total / mg/l 0,27 <0,02 <0,02

Page 205: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

162

TABELA 5 – Íons presentes com alguma expressividade na 2ª campanha.

Íons 2ª campanha elementos

mais abundantes

2ª campanha elementos menos

abundantes Datas

Alumínio total / mg/l x Bário total / mg/l x

Berílio total / mg/l

Boro total / mg/l

Cádmio total / mg/l

Cálcio total / mg/l x

Chumbo total / mg/l x

Cobre total / mg/l

Cromo total / mg/l

Ferro total / mg/l x

Fosfato total / mg/l P x

Lítio total / mg/l x

Magnésio total / mg/l x

Manganês total / mg/l x

Níquel total / mg/l x

Potássio total / mg/l x

Sódio total / mg/l x

Zinco total / mg/l x

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163

FIGURA 1 – Resultados espaciais para o elemento Al ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 6-1: Estatística Descritiva para o Alumínio

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Alumínio (mg/l) 19 1.036 1.526 0.100 0.120 0.190 1.810 5.660

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 6-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Alumínio (mg/l) entre 0,120 e 1,810 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média de Alumínio é igual a, aproximadamente, 1,03 mg/l, com desvio-padrão igual a 1,526 mg/l. A FIG. 1-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Alumínio.

Page 207: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

164

FIGURA 1-A: Diagrama de caixa do Alumínio

Pela FIG. 1-A, indica que a mediana do Alumínio é de 0,19 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Alumínio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa. Este comprimento é calculado pela diferença do 3º e 1º quartil (1,69 mg/l). Assim, quanto maior o comprimento, maior será a variação do Alumínio.

Como um dos objetivos do estudo é comparar os íons entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o íon Alumínio considerando a segunda campanha, TAB. 6-2 e FIG. 1-B. TABELA 6-2: Estatística Descritiva para o Alumínio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.143 0.059 0.100 0.100 0.120 0.210 0.210 Área_2 3 2.980 2.330 1.370 1.370 1.920 5.660 5.660 Área_4 3 1.810 1.620 0.190 0.190 1.810 3.430 3.430 Área_5 3 0.360 0.229 0.100 0.100 0.450 0.530 0.530 Área_6 1 0.150 * 0.150 * 0.150 * 0.150 Área_7 3 0.147 0.023 0.120 0.120 0.160 0.160 0.160 Área_8 3 1.067 1.666 0.100 0.100 0.110 2.990 2.990 Área_Total 19 1.036 1.526 0.100 0.120 0.190 1.810 5.660

Fonte: dados da pesquisa.

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165

FIGURA 1-B: Diagrama de Caixa para o Alumínio (mg/l) por área.

Pela FIG. 1-B, indica que a mediana do Alumínio (mg/l) para a área 4 (1.92 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Porém a caixa da área 2 apresenta maior variabilidade do Alumínio do que os outros grupos de caixa, pois seu comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Alumínio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4 e uma variação maior da concentração (mg/l) do Alumínio na área 2. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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166

FIGURA 2 – Resultados espaciais para o elemento Ba ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 7-1: Estatística Descritiva para o Bário

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Bário (mg /l) 19 0.025 0.026 0.005 0.006 0.014 0.037 0.094

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 7-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Bário (mg/l) entre 0,006 e 0,037 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Bário é igual a, aproximadamente, 0,025 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,026 mg/l. A FIG. 2-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Bário.

Page 210: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

167

FIGURA 2-A: Diagrama de caixa do Bário.

Pela FIG. 2-A, indica que a mediana do Bário é de 0,014 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Bário é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa. Este comprimento é calculado pela diferença do 3º e 1º quartil (0,031 mg/l). Assim, quanto maior o comprimento, maior será a variação do Bário.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Bário entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Bário considerando a segunda campanha, TAB. 7-2 e FIG 2-B. TABELA 7-2: Estatística Descritiva para o Bário (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.006 0.001 0.006 0.006 0.007 0.007 0.007 Área_2 3 0.021 0.015 0.007 0.007 0.021 0.037 0.037 Área_4 3 0.024 0.017 0.005 0.005 0.032 0.035 0.035 Área_5 3 0.005 0.001 0.005 0.005 0.005 0.006 0.006 Área_6 1 0.014 * 0.014 * 0.014 * 0.014 Área_7 3 0.049 0.027 0.021 0.021 0.051 0.075 0.075 Área_8 3 0.051 0.043 0.009 0.009 0.051 0.094 0.094 Área_Total 19 0.025 0.026 0.005 0.006 0.014 0.037 0.094

Fonte: dados da pesquisa

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168

FIGURA 2-B: Diagrama de Caixa para o Bário (mg/l) por área

Pela FIG. 2-B, indica que a mediana do Bário (mg/l) para as áreas 7 e 8 (0.051 mg/l) são maiores do que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Porém a área 8 apresenta maior variabilidade do Bário do que as outras áreas, pois sua caixa tem comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Bário nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior nas áreas 7 e 8 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 8. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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169

FIGURA 3 – Resultados espaciais para o elemento Be ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 8-1: Estatística Descritiva para o Berilio

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Berílio (mg /l) 19 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.001 0.001

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 8-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Berilio (mg/l) entre 0,001 e 0,001 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Bário é igual a, aproximadamente, 0,001 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,000 mg/l. A FIG. 3-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Berílio.

Page 213: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

170

0.00150

0.00125

0.00100

0.00075

0.00050

mg / l

Be

FIGURA 3-A: Diagrama de caixa do Berílio

Pela FIG. 3-A, indica que a mediana do Berilio é de 0,001 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Berílio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que nesse caso é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Berilio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Berílio considerando a segunda campanha, TAB. 8-2 e FIG. 3-B. Tabela 8-2: Estatística Descritiva para o Berílio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_1 3 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.001 0.001 Área_2 3 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.001 0.001 Área_4 3 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.001 0.001 Área_5 3 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.001 0.001 Área_6 1 0.001 * 0.001 * 0.001 * 0.001 Área_7 3 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.001 0.001 Área_8 3 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.001 0.001 Área_Total 19 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.001 0.001

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 3-B: Diagrama de Caixa para o Berilio (mg/l) por área

Pela FIG. 3-B, indica que a mediana do Berilio (mg/l) em todas as áreas são iguais e além disso, não existe variação entre as áreas.

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FIGURA 4 – Resultados espaciais para o elemento Cd ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 9-1: Estatística Descritiva para o Cádmio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cádmio (mg /l) 19 0.0006 0.0002 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0012

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 9-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cádmio (mg/l) entre 0,0005 e 0,0005 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cádmio é igual a, aproximadamente, 0,0006 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,0002 mg/l. A FIG. 4-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cádmio.

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FIGURA 4-A: Diagrama de caixa do Cádmio

Pela FIG. 4-A, indica que a mediana do Cádmio é de 0,0005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Cádmio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que nesse caso é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cádmio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cádmio considerando a segunda campanha, TAB. 9-2 e FIG. 4-B. TABELA 9-2: Estatística Descritiva para o Cádmio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_2 3 0.0006 0.0002 0.0005 0.0005 0.0005 0.0009 0.0009 Área_4 3 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_5 3 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_6 1 0.0005 * 0.0005 * 0.0005 * 0.0005 Área_7 3 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_8 3 0.0007 0.0004 0.0005 0.0005 0.0005 0.0012 0.0012 Área_Total 19 0.0006 0.0002 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0012

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 4-B: Diagrama de Caixa para o Cádmio (mg/l) por área.

Pela FIG. 4-B, indica que a mediana da concentração do Cádmio (mg/l) em todas as áreas são iguais, com exceção da área 8 que apresenta uma variação da concentração de Cádmio maior nesta área.

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FIGURA 5 – Resultados espaciais para o elemento Ca ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 10-1: Estatística Descritiva para o Cálcio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cálcio (mg /l) 19 3.500 6.850 0.030 0.100 0.610 3.790 29.600

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 10-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cálcio (mg/l) entre 0,100 e 3,790 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cálcio é igual a, aproximadamente, 3,5 mg/l, com desvio-padrão igual a 6,850 mg/l. A FIG. 5-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cálcio.

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FIGURA 5-A: Diagrama de caixa do Cálcio.

Pela FIG. 5-A, indica que a mediana do Cálcio é de 0,61 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Cálcio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa. Este comprimento é calculado pela diferença do 3º e 1º quartil (3,69 mg/l). Assim, quanto maior o comprimento, maior será a variação do Cálcio.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cálcio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cálcio considerando a segunda campanha, TAB. 10-2 e FIG. 5-B. TABELA 10-2: Estatística Descritiva para o Cálcio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.080 0.035 0.040 0.040 0.100 0.100 0.100 Área_2 3 2.140 1.860 0.110 0.110 2.560 3.750 3.750 Área_4 3 2.990 2.120 0.610 0.610 3.670 4.690 4.690 Área_5 3 0.157 0.211 0.030 0.030 0.040 0.400 0.400 Área_6 1 0.730 * 0.730 * 0.730 * 0.730 Área_7 3 15.050 12.740 5.850 5.850 9.710 29.600 29.600 Área_8 3 1.500 1.990 0.230 0.230 0.470 3.790 3.790 Área_Total 19 3.500 6.850 0.030 0.100 0.610 3.790 29.600

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 5-B: Diagrama de Caixa para o Cálcio (mg/l) por área.

Pela FIG. 5-B, indica que a mediana do Cálcio (mg/l) para a área 7 (9,71 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Além disso, esta área apresenta maior variabilidade do Cálcio do que as outras áreas, pois sua caixa tem comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Cálcio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, uma maior variação entre os pontos amostrados nesta área. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 6 – Resultados espaciais para o elemento Pb ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 11-1: Estatística Descritiva para o Chumbo.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Chumbo (mg /l) 19 0.006 0.003 0.005 0.005 0.005 0.005 0.017

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 11-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Chumbo (mg/l) entre 0,005 e 0,005 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Chumbo é igual a, aproximadamente, 0,006 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,003 mg/l. A FIG. 6-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Chumbo.

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FIGURA 6-A: Diagrama de caixa do Chumbo

Pela FIG. 6-A, indica que a mediana do Chumbo é de 0,005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Chumbo é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, não existe.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Chumbo entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Chumbo considerando a segunda campanha, TAB. 11-2 e FIG. 6-B. TABELA 11-2: Estatística Descritiva para o Chumbo (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_1 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_2 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_4 3 0.011 0.006 0.005 0.005 0.011 0.017 0.017 Área_5 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_6 1 0.005 * 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_7 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_8 3 0.006 0.002 0.005 0.005 0.005 0.008 0.008 Área_Total 19 0.006 0.003 0.005 0.005 0.005 0.005 0.017

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 6-B: Diagrama de Caixa para o Chumbo (mg/l) por área.

Pela FIG. 6-B, indica que a mediana do Chumbo (mg/l) para a área 4 (0,011 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Além disso, esta área apresenta maior variabilidade do Chumbo do que as outras áreas, pois sua caixa tem comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Chumbo nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4 e, também, uma maior variação entre os pontos amostrados nesta área. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 7 – Resultados espaciais para o elemento Cu ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 12-1: Estatística Descritiva para o Cobre.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cobre (mg /l) 19 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 12-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cobre (mg/l) entre 0,004 e 0,004 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cobre é igual a, aproximadamente, 0,004 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,000 mg/l. A FIG. 7-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cobre.

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FIGURA 7-A: Diagrama de caixa do Cobre.

Pela FIG. 7-A, indica que a mediana do Cobre é de 0,004 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Chumbo é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, não existe.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cobre entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cobre considerando a segunda campanha, TAB. 12-2 e FIG. 7-B. TABELA 12-2: Estatística Descritiva para o Cobre (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_2 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_4 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_5 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_6 1 0.004 * 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_7 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_8 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_Total 19 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 7-B: Diagrama de Caixa para o Cobre (mg/l) por área

Pela FIG. 7-B, indica que a mediana do Cobre (mg/l) em todas as áreas são iguais e não existe variação entre as áreas.

Em resumo, para os dados do Cobre nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual em todas as áreas e também nenhuma variação entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 8 – Resultados espaciais para o elemento Cr ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 13-1: Estatística Descritiva para o Cromo.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cromo (mg /l) 19 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 13-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cromo (mg/l) entre 0,040 e 0,040 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cromo é igual a, aproximadamente, 0,004 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,000 mg/l. A FIG. 8-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cromo.

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FIGURA 8-A: Diagrama de caixa do Cromo.

Pela FIG. 8-A, indica que a mediana do Cromo é de 0,004 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Cromo é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, não existe.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cromo entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cromo considerando a segunda campanha, TAB. 13-2 e FIG. 8-B. TABELA 13-2: Estatística Descritiva para o Cromo (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_2 3 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_4 3 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_5 3 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_6 1 0.040 * 0.040 * 0.040 * 0.040 Área_7 3 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_8 3 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_Total 19 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 8-B: Diagrama de Caixa para o Cromo (mg/l) por área.

Pela FIG. 8-B, indica que a mediana do Cromo (mg/l) para todas as áreas (0,04 mg/l) são iguais, além disso, essas áreas apresentam a mesma variabilidade de Cromo.

Em resumo, para os dados do Cromo nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual entre as áreas e também uma mesma variação entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 9 – Resultados espaciais para o elemento Fe ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 14-1: Estatística Descritiva para o Ferro.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Ferro (mg /l) 19 2.950 6.250 0.130 0.230 0.730 2.360 26.800

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 14-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Ferro (mg/l) entre 0,230 e 2,360 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Ferro é igual a, aproximadamente, 2,95 mg/l, com desvio-padrão igual a 6,250 mg/l. A FIG. 9-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Ferro.

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FIGURA 9-A: Diagrama de caixa do Ferro

Pela FIG. 9-A, indica que a mediana do Ferro é de 0,73 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Ferro é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre os quartis (1º e 3º), 2,13 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Ferro entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Ferro considerando a segunda campanha, TAB. 14-2 e FIG. 9-B. TABELA 14-2: Estatística Descritiva para o Ferro (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.363 0.321 0.130 0.130 0.230 0.730 0.730 Área_2 3 2.227 0.533 1.640 1.640 2.360 2.680 2.680 Área_4 3 2.960 4.110 0.150 0.150 1.050 7.670 7.670 Área_5 3 0.527 0.481 0.210 0.210 0.290 1.080 1.080 Área_6 1 0.590 * 0.590 * 0.590 * 0.590 Área_7 3 2.960 4.730 0.210 0.210 0.240 8.420 8.420 Área_8 3 9.470 15.010 0.610 0.610 1.000 26.800 26.800 Área_Total 19 2.950 6.250 0.130 0.230 0.730 2.360 26.800

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 9-B: Diagrama de Caixa para o Ferro (mg/l) por área.

Pela FIG. 9-B, indica que a mediana do Ferro (mg/l) na área 2 (2,360 mg/l) é maior do que as demais áreas. Mas a área 8 apresentam a maior variabilidade de Ferro.

Em resumo, para os dados do Ferro nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 2 e maior variação na área 8 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 10 – Resultados espaciais para o elemento PO-4 ao longo da área tampão – medidas

em mg/l. TABELA 15-1: Estatística Descritiva para o Fosfato.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Fosfato (mg /l) 19 0.029 0.037 0.010 0.010 0.010 0.030 0.140

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 15-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Fosfato (mg/l) entre 0,010 e 0,030 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Fosfato é igual a, aproximadamente, 0,029 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,037 mg/l. A FIG. 10-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Fosfato.

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191

FIGURA 10-A: Diagrama de caixa do Fosfato PO-4.

Pela FIG. 10-A, indica que a mediana do Fosfato é de 0,01 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Fosfato é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre os quartis (1º e 3º) 0,02 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Fosfato entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Fosfato considerando a segunda campanha, TAB. 15-2 e FIG. 10-B. TABELA 15-2: Estatística Descritiva para o Fosfato (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.020 0.017 0.010 0.010 0.010 0.040 0.040 Área_2 3 0.017 0.012 0.010 0.010 0.010 0.030 0.030 Área_4 3 0.017 0.006 0.010 0.010 0.020 0.020 0.020 Área_5 3 0.030 0.035 0.010 0.010 0.010 0.070 0.070 Área_6 1 0.020 * 0.020 * 0.020 * 0.020 Área_7 3 0.087 0.068 0.010 0.010 0.110 0.140 0.140 Área_8 3 0.010 0.000 0.010 0.010 0.010 0.010 0.010

Área_Total 19 0.029 0.037 0.010 0.010 0.010 0.030 0.140 Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 10-B: Diagrama de Caixa para o Fosfato PO-4 (mg/l) por área.

Pela FIG. 10-B, indica que a mediana do Fosfato (mg/l) na área 7 (0,11 mg/l) é maior do que as demais áreas e, também, apresenta a maior variabilidade de Fosfato.

Em resumo, para os dados do Fosfato nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, a maior variação nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 11 – Resultados espaciais para o elemento Li ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 16-1: Estatística Descritiva para o Lítio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Lítio (mg /l) 19 0.006 0.001 0.005 0.005 0.005 0.005 0.009

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 16-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Lítio (mg/l) entre 0,005 e 0,005 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Lítio é igual a, aproximadamente, 0,006 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,001 mg/l. A FIG. 11-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Lítio.

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FIGURA 11-A: Diagrama de caixa do Lítio.

Pela FIG. 11-A, indica que a mediana do Lítio é de 0,005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Lítio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Lítio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Lítio considerando a segunda campanha, TAB. 16-2 e FIG. 11-B. TABELA 16-2: Estatística Descritiva para o Lítio (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_2 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_4 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_5 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_6 1 0.008 * 0.008 * 0.008 * 0.008 Área_7 3 0.008 0.002 0.006 0.006 0.009 0.009 0.009 Área_8 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_Total 19 0.006 0.001 0.005 0.005 0.005 0.005 0.009

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 11-B: Diagrama de Caixa para o Lítio (mg/l) por área.

Pela FIG. 11-B, indica que a mediana do Lítio (mg/l) na área 7 (0,009 mg/l) é maior do que as demais áreas e também apresenta maior variação.

Em resumo, para os dados do Lítio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, uma maior variação nas áreas entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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196

FIGURA 12 – Resultados espaciais para o elemento Mg ao longo da área tampão – medidas

em mg/l. TABELA 17-1: Estatística Descritiva para o Magnésio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Magnésio (mg /l) 19 1.788 4.065 0.007 0.053 0.265 1.060 17.200

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 17-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Magnésio (mg/l) entre 0,053 e 1,060 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Magnésio é igual a, aproximadamente, 1,78 mg/l, com desvio-padrão igual a 4,065 mg/l. A FIG. 12-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Magnésio.

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FIGURA 12-A: Diagrama de caixa do Magnésio.

Pela FIG. 12-A, indica que a mediana do Magnésio é de 1,78 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Magnésio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 1,007 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Magnésio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Magnésio considerando a segunda campanha, TABELA 17-2 e FIG. 12-B. TABELA 17-2: Estatística Descritiva para o Magnésio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.115 0.131 0.027 0.027 0.053 0.265 0.265 Área_2 3 0.359 0.468 0.057 0.057 0.122 0.898 0.898 Área_4 3 0.749 0.477 0.222 0.222 0.874 1.150 1.150 Área_5 3 0.024 0.017 0.007 0.007 0.025 0.041 0.041 Área_6 1 0.885 * 0.885 * 0.885 * 0.885 Área_7 3 9.270 6.910 4.590 4.590 6.010 17.200 17.200 Área_8 3 0.514 0.475 0.198 0.198 0.283 1.060 1.060

Área_Total 19 1.788 4.065 0.007 0.053 0.265 1.060 17.200 Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 12-B: Diagrama de Caixa para o Magnésio (mg/l) por área.

Pela FIG. 12-B, indica que a mediana do Magnésio (mg/l) na área 7 (6,01 mg/l) é maior do que as demais áreas, e, também, esta área apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Magnésio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 13 – Resultados espaciais para o elemento Mn ao longo da área tampão – medidas

em mg/l. TABELA 18-1: Estatística Descritiva para o Manganês.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Manganês (mg /l) 19 0.029 0.051 0.003 0.003 0.007 0.018 0.166

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 18-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Manganês (mg/l) entre 0,003 e 0,018 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Manganês é igual a, aproximadamente, 0,029 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,051 mg/l. A FIG. 13-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Manganês.

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200

FIGURA 13-A: Diagrama de caixa do Manganês.

Pela FIG. 13-A, indica que a mediana do Manganês é de 0,007 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Manganês é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 0,015 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Manganês entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Manganês considerando a segunda campanha, TABELA 18-2 e FIG. 13-B. TABELA 18-2: Estatística Descritiva para o Manganês (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_1 3 0.004 0.002 0.003 0.003 0.003 0.007 0.007 Área_2 3 0.007 0.006 0.003 0.003 0.004 0.013 0.013 Área_4 3 0.013 0.003 0.009 0.009 0.014 0.015 0.015 Área_5 3 0.003 0.000 0.003 0.003 0.003 0.003 0.003 Área_6 1 0.097 * 0.097 * 0.097 * 0.097 Área_7 3 0.058 0.094 0.003 0.003 0.005 0.166 0.166 Área_8 3 0.066 0.079 0.018 0.018 0.023 0.157 0.157 Área_Total 19 0.029 0.051 0.003 0.003 0.007 0.018 0.166

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 13-B: Diagrama de Caixa para o Manganês (mg/l) por área.

Pela FIG. 13-B, indica que a mediana do Manganês (mg/l) na área 6 (0,097 mg/l) é maior do que as demais áreas, entretanto a área 7 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Manganês nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 6 e uma variação maior na área 7 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 14 – Resultados espaciais para o elemento Ni ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 19-1: Estatística Descritiva para o Níquel.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Níquel (mg /l) 19 0.005 0.002 0.004 0.004 0.004 0.004 0.014

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 19-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Níquel (mg/l) entre 0,004 e 0,004 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Níquel é igual a, aproximadamente, 0,005 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,002 mg/l. A FIG. 14-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Níquel.

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203

FIGURA 14-A: Diagrama de caixa do Níquel.

Pela FIG. 14-A, indica que a mediana do Níquel é de 0,004 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Níquel é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Níquel entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Níquel considerando a segunda campanha, TAB. 19-2 e FIG. 14-B. TABELA 19-2: Estatística Descritiva para o Níquel (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_2 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_4 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_5 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_6 1 0.004 * 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_7 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_8 3 0.007 0.006 0.004 0.004 0.004 0.014 0.014 Área_Total 19 0.005 0.002 0.004 0.004 0.004 0.004 0.014

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 14-B: Diagrama de Caixa para o Níquel (mg/l) por área.

Pela FIG. 14-B, indica que a mediana do Níquel (mg/l) nas oito áreas são iguais (0,004 mg/l), entretanto a área 8 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Níquel nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual nas oito áreas e uma variação maior na área 8 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 15 – Resultados espaciais para o elemento K ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 20-1: Estatística Descritiva para o Potássio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Potássio (mg /l) 19 0.630 0.666 0.150 0.220 0.340 0.720 2.470

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 20-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Potássio (mg/l) entre 0,220 e 0,720 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Potássio é igual a, aproximadamente, 0,63 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,666 mg/l. A FIG. 15-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Potássio.

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206

FIGURA 15-A: Diagrama de caixa do Potássio.

Pela FIG. 15-A, indica que a mediana do Potássio é de 0,34 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Potássio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 0,5 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Potássio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Potássio considerando a segunda campanha, TAB. 20-2 e FIG. 15-B. TABELA 20-2: Estatística Descritiva para o Potássio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_1 3 0.257 0.160 0.150 0.150 0.180 0.440 0.440 Área_2 3 0.380 0.195 0.160 0.160 0.450 0.530 0.530 Área_4 3 0.293 0.072 0.210 0.210 0.330 0.340 0.340 Área_5 3 0.270 0.046 0.220 0.220 0.280 0.310 0.310 Área_6 1 0.720 * 0.720 * 0.720 * 0.720 Área_7 3 0.967 0.528 0.590 0.590 0.740 1.570 1.570 Área_8 3 1.583 1.198 0.220 0.220 2.060 2.470 2.470 Área_Total 19 0.630 0.666 0.150 0.220 0.340 0.720 2.470

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 15-B: Diagrama de Caixa para o Potássio (mg/l) por área.

Pela FIG. 15-B, indica que a mediana do Potássio (mg/l) na área 8 (2,06 mg/l) é maior que as demais áreas, e, também, apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Potássio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 8 e, também, uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 16 – Resultados espaciais para o elemento Na ao longo da área tampão – medidas

em mg/l. TABELA 21-1: Estatística Descritiva para o Sódio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Sódio (mg /l) 19 2.305 2.957 0.050 0.080 1.000 4.470 9.860

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 21-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Sódio (mg/l) entre 0,080 e 4,470 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Sódio é igual a, aproximadamente, 2,3 mg/l, com desvio-padrão igual a 2,957 mg/l. A FIG. 16-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Sódio.

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FIGURA 16-A: Diagrama de caixa do Sódio.

Pela FIG. 16-A, indica que a mediana do Sódio é de 1,00 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Sódio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 4,39 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Sódio entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Sódio considerando a segunda campanha, TAB. 21-2 e FIG. 16-B. TABELA 21-2: Estatística Descritiva para o Sódio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_1 3 0.197 0.076 0.110 0.110 0.230 0.250 0.250 Área_2 3 2.470 2.260 0.050 0.050 2.830 4.530 4.530 Área_4 3 3.200 2.760 0.050 0.050 4.340 5.210 5.210 Área_5 3 0.060 0.017 0.050 0.050 0.050 0.080 0.080 Área_6 1 1.520 * 1.520 * 1.520 * 1.520 Área_7 3 6.300 4.550 1.180 1.180 7.860 9.860 9.860 Área_8 3 1.870 2.300 0.130 0.130 1.000 4.470 4.470 Área_Total 19 2.305 2.957 0.050 0.080 1.000 4.470 9.860

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 16-B: Diagrama de Caixa para o Sódio (mg/l) por área.

Pela FIG. 16-B, indica que a mediana do Sódio (mg/l) na área 7 (9,86 mg/l) é maior que as demais áreas, e, também, esta área apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Sódio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 17 – Resultados espaciais para o elemento Zn ao longo da área tampão – medidas

em mg/l. TABELA 22-1: Estatística Descritiva para o Zinco.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Zinco (mg /l) 19 0.066 0.069 0.020 0.020 0.030 0.110 0.270

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 22-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Zinco (mg/l) entre 0,020 e 0,110 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Zinco é igual a, aproximadamente, 0,066 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,069 mg/l. A FIG. 17-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Zinco.

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FIGURA 17-A: Diagrama de caixa do Zinco.

Pela FIG. 17-A, indica que a mediana do Zinco é de 0,03 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Zinco é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 0,09 mg /l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Zinco entre as áreas nas quais pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Zinco considerando a segunda campanha, TAB. 22-2 e FIG. 17-B. TABELA 22-2: Estatística Descritiva para o Zinco (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_1 3 0.103 0.144 0.020 0.020 0.020 0.270 0.270 Área_2 3 0.067 0.050 0.020 0.020 0.060 0.120 0.120 Área_4 3 0.060 0.069 0.020 0.020 0.020 0.140 0.140 Área_5 3 0.023 0.006 0.020 0.020 0.020 0.030 0.030 Área_6 1 0.030 * 0.030 * 0.030 * 0.030 Área_7 3 0.077 0.031 0.050 0.050 0.070 0.110 0.110 Área_8 3 0.077 0.090 0.020 0.020 0.030 0.180 0.180 Área_Total 19 0.066 0.069 0.020 0.020 0.030 0.110 0.270

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 17-B: Diagrama de Caixa para o Zinco (mg/l) por área

Pela FIG. 17-B, indica que a mediana do Zinco (mg/l) na área 7 (0,05 mg/l) é maior que as demais áreas. Entretanto, a área 1 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Zinco nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma maior variação na área 1. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados. CONCLUSÕES DA CAMPANHA 2

Em síntese, considerando a representatividade da amostra pesquisada, pode-se deduzir que, os íons Berílio, Cádmio, Cobre, Lítio, Níquel e Chumbo apresentaram uma concentração (mg/l), praticamente, nula na campanha 2. Entretanto, constatou-se que a concentração (mg /l) dos íons Cálcio, Ferro, Sódio, Magnésio e Alumínio foram as maiores, respectivamente, na campanha 2, TAB. 23.

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214

TABELA 23: Estatística Descritiva para os íons (mg/l) da Campanha 2.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Al 19 1.036 1.526 0.100 0.120 0.190 1.810 5.660 Ba 19 0.025 0.026 0.005 0.006 0.014 0.037 0.094 Be 19 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.001 0.001 Cd 19 0.0006 0.0002 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0012 Ca 19 3.500 6.850 0.030 0.100 0.610 3.790 29.600 Pb 19 0.006 0.003 0.005 0.005 0.005 0.005 0.017 Cu 19 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Cr 19 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Fe 19 2.950 6.250 0.130 0.230 0.730 2.360 26.800 Po-4 19 0.029 0.037 0.010 0.010 0.010 0.030 0.140 Li 19 0.006 0.001 0.005 0.005 0.005 0.005 0.009 Mg 19 1.788 4.065 0.007 0.053 0.265 1.060 17.200 Mn 19 0.029 0.051 0.003 0.003 0.007 0.018 0.166 Ni 19 0.005 0.002 0.004 0.004 0.004 0.004 0.014 K 19 0.630 0.666 0.150 0.220 0.340 0.720 2.470 Na 19 2.305 2.957 0.050 0.080 1.000 4.470 9.860 Zn 19 0.066 0.069 0.020 0.020 0.030 0.110 0.270 Fonte: dados da pesquisa

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215

QQUUAARRTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO - C

RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS 3ª CAMPANHA

ESTUDO DE CASO PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU

Igualmente à 1ª campanha manteve-se a amostragem seja em novas fontes não

amostradas, em nascentes já amostradas, e também em alguns poucos poços com os quais se pretendeu ter uma referência comparativa mínima entre água subterrânea mais profunda e aquela que sai diretamente de nascentes.

As FIG. 1 a 17 apresentam os resultados vistos espacialmente para os seguintes elementos e íons nessa 3ª campanha: Alumínio total - mg/l, Bário total - mg/l, Berílio total - mg/l, Boro total - mg/l, Cádmio total - mg/l, Cálcio total - mg/l, Chumbo total - mg/l, Cobre total - mg/l, Cromo total - mg/l, Ferro total - mg/l, Fosfato total - mg/l P, Lítio total - mg/l, Magnésio total - mg/l, Manganês total - mg/l, Níquel total - mg/l, Potássio total - mg/l, Sódio total - mg/l, Zinco total - mg/l.

A espacialidade amostral é para ser analisada segundo os seguintes princípios: 1 – a distribuição das amostras foi feita segundo áreas previamente definidas de modo a se obter um recobrimento significativo da crista do divisor de águas entre as bacias do Paracatu, São Marcos, Alto Paranaíba e São Bartolomeu. 2 – as áreas foram separadas com distâncias suficientes que possam ser consideradas representativas da totalidade da área tampão, quando amostradas as fontes dentro de cada área. 3 – tanto as áreas quanto as fontes escolhidas o foram segundo o duplo critério de distribuição / dispersão das áreas específicas dentro da área tampão. 4 - as fontes forma escolhidas dentro das áreas, considerando-se o acesso possível, uma boa simetria de coleta em situações opostas de vertentes duas a duas, em cada bacia, com uma quantidade de fontes em cada campanha de modo a recobrir em cada campanha a totalidade das áreas escolhidas. 4 – as campanhas funcionaram como uma amostragem temporal, tendo sido realizada a 3ª campanha em: 3ª campanha – mês 10 de 2008. 5 – a espacialidade deveria recobrir uma área significativa de modo a se obter uma boa representação amostral no espaço, em densidade. Não se trata efetivamente de uma

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216

amostragem estatística e assim não se estava preso ao valor de para uma estatística de pequenas amostragens. A amostragem deve apenas conduzir à identificação de condições tais que com a cartografia de solos e rochas como pano-de-fundo a quantidade seja representativa da qualidade de interpolação sobre a área total de recarga prevista na condição específica dessas bacias de 2ª ordem 6 – assim, a amostragem foi necessariamente viesada nessa campanha também. 7 – o viés foi de tipo espacial apoiado em cartografia que garantia a extensão dos corpos amostrados.

As TAB. 1 a 3 apresentam os resultados das análises químicas quantitativas dos íons de elementos escolhidos como tipificantes de corpos d’água e/ou reconhecidos também como eventuais poluentes, mas a noção de tipificação predominou nesse estudo. As TAB. 4 a 5 apresentam os resultados mais expressivos.

Os mapas foram realizados no SIG ArcGis segundo modelo matemático de descrição para áreas de influência de uma amostra. Essa influência é descrita com um círculo colorido em função do teor medido. Cada mapa é tratado para cada elemento e/ou íon como é o caso do PO-4 (FIG. 1 a 17). A legenda da tabela apresenta a divisão a cores dos valores de teores em 4 intervalos, que fazem significado para as leituras desses teores obtidos.

As Áreas 1 a 9 contêm, respectivamente, os números de amostras nesta campanha, mostrados no QUADRO 1. QUADRO 1 – Amostragens nas diversas áreas na 3ª campanha.

3ª campanha Área 1 Área 2 Área 3 Área 4 Área 5 Área 6 Área 7 Área 8 Área 9

pontos 11 12, 13, 14, 15

16, 17, 18

23, 24, 25

19, 20, 21, 22

5, 6 1, 2, 3, 4

8, 9, 10

Page 260: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 1 – Terceira campanha áreas 11,12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço. Amostra Área 1 - 11 Área 2 - 12 Área 2 - 13 Área 2 - 14 Área 2 - 15 Área 3 - 16 Área 3 - 17 Área 3 - 18

Unidade Geológica Arenito

vulcanoclástico

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Corpos de metacalcários,

com intercalções subordinadas de metassedimentos síltico-argilosos e

arenosos

Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado Indiferenciado

Determinação / unidade 57082/1616 57082/1617 57082/1618 57082/1619 57082/1620 57082/1637 57082/1638 57082/1639

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 Alumínio total / mg/l <0,10 0,29 <0,10 0,45 0,19 0,46 0,13 0,10 Bário total / mg/l 0,049 0,014 0,036 0,083 <0,005 0,005 <0,005 0,016 Berílio total / mg/l <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Boro total / mg/l * * * * * * * * Cádmio total / mg/l <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 Cálcio total / mg/l 0,22 3,2 11,3 19,1 1,59 0,65 0,34 0,81 Chumbo total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/l <0,004 <0,004 0,026 0,005 <0,004 0,014 <0,004 <0,004 Cromo total / mg/l <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/l 0,39 0,75 0,08 0,59 0,2 0,35 0,18 0,15 Fosfato total / mg/l P 0,08 0,04 0,2 <0,01 <0,01 0,02 <0,01 0,02 Lítio total / mg/l <0,005 0,007 0,013 0,013 0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Magnésio total / mg/l 0,192 5,4 9,17 7,37 4,1 0,27 0,093 1,49 Manganês total / mg/l 0,011 0,018 0,001 0,17 0,008 0,004 0,005 0,013 Níquel total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Potássio total / mg/l 2,05 1,65 0,88 1,55 0,25 0,55 0,13 0,53 Sódio total / mg/l 0,17 13,8 16,5 5,65 1,19 0,49 0,15 1,35 Zinco total / mg/l 0,03 <0,02 0,04 0,03 <0,02 0,17 <0,02 0,03

Legenda

valores aquém da detecção pelo método <

> 0,2 e < 1,0

> 0,001 e < 0,2

> 3,0

Page 261: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 2 – Terceira campanha áreas 23, 24, 25, 19, 21, 22 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço.

Amostra Área 4 - 23 Área 4 - 24 Área 4 - 25 Área 6 - 19 Área 6 - 20 Área 6 - 21 Área 6 - 22 Área 7 - 5 Área 7 - 6

Unidade Geológica Indiferenciado Indiferenciado Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado

Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Determinação / unidade 57082/1644 57082/1645 57082/1646 57082/1640 57082/1641 57082/1642 57082/1643 57082/1610 57082/1611

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 Alumínio total / mg/l 0,1 0,28 0,22 4,03 0,41 6,27 2,29 <0,10 0,13 Bário total / mg/l 0,007 0,005 <0,005 0,013 <0,005 0,005 0,005 <0,005 <0,005 Berílio total / mg/l <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Boro total / mg/l * * * * * * * * * Cádmio total / mg/l <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 Cálcio total / mg/l 4,26 0,58 0,29 0,42 0,39 0,50 0,48 0,32 2,99 Chumbo total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 0,02 <0,004 0,018 0,02 0,009 <0,004 Cromo total / mg/l <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/l 0,10 0,92 0,15 6,99 0,31 1,69 3,53 0,73 0,15 Fosfato total / mg/l P 0,09 0,01 0,02 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 Lítio total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Magnésio total / mg/l 2,81 0,085 0,05 0,082 0,08 0,072 0,35 0,289 0,77 Manganês total / mg/l <0,003 0,006 0,01 0,017 <0,003 0,006 0,016 0,01 0,017 Níquel total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 Potássio total / mg/l 0,33 0,12 0,27 0,61 0,12 0,41 0,39 0,18 0,35 Sódio total / mg/l 2,07 0,28 0,26 0,78 0,23 0,76 0,89 0,17 3,88 Zinco total / mg/l 0,06 2,85 <0,02 <0,02 0,04 0,07 0,35 <0,02 0,1

Page 262: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 3 – Terceira campanha áreas 1, 2 , 3, 4, 7, 8, 9 e 10 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço.

Amostra Área 8 - 1 Área 8 - 2 Área 8 - 3 Área 8 - 4 Área 8 - 7 Área 9 - 8 Área 9 - 9 Área 9 - 10

Unidade Geológica Indiferenciado Indiferenciado Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Indiferenciado Indiferenciado

Metassedimentos arenosos com metacalcários,

calciosilicáticas e xistos calcíferos

Determinação / unidade 57082/1606 57082/1607 57082/1608 57082/1609 57082/1612 57082/1613 57082/1614 57082/1615

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 Alumínio total / mg/l <0,10 0,18 <0,10 9,69 0,13 <0,10 <0,10 0,12 Bário total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 0,006 0,026 Berílio total / mg/l <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Boro total / mg/l * * * * * * * * Cádmio total / mg/l <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 <0,0005 Cálcio total / mg/l 0,18 0,25 0,21 0,38 0,26 1,99 0,46 0,23 Chumbo total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Cobre total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 0,015 <0,004 <0,004 <0,004 0,011 Cromo total / mg/l <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 Ferro total / mg/l <0,03 0,07 0,09 4,12 0,17 0,06 0,06 1,53 Fosfato total / mg/l P <0,01 0,08 0,04 0,01 0,06 0,01 0,01 0,01 Lítio total / mg/l <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 Magnésio total / mg/l 0,043 0,034 0,031 0,055 0,054 0,26 0,163 0,143 Manganês total / <0,003 0,003 0,005 0,006 0,008 <0,003 0,004 0,085 Níquel total / mg/l <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 <0,004 0,008 Potássio total / mg/l <0,10 <0,10 <0,10 0,16 0,1 0,26 0,3 0,26 Sódio total / mg/l 0,22 0,25 0,14 0,55 0,18 0,31 0,83 0,29 Zinco total / mg/l <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 0,05

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TABELA 4a – Dados mais expressivos dentro dos intervalos de mg/l obtidos durante a 3ª campanha. Amostra Área 1 - 11 Área 2 - 12 Área 2 - 13 Área 2 - 14 Área 2 - 15 Área 3 - 16 Área 3 - 17 Área 3 - 18

Unidade Geológica

Arenito vulcanoclástico

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Corpos de metacalcários,

com intercalções subordinadas de metassedimentos síltico-argilosos e

arenosos

Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado Indiferenciado

Determinação / unidade 57082/1616 57082/1617 57082/1618 57082/1619 57082/1620 57082/1637 57082/1638 57082/1639

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 Alumínio total / mg/l 0,29 0,45 0,19 0,46 0,13 0,10 Bário total / mg/l 0,049 0,014 0,036 0,083 <0,005 0,005 <0,005 0,016 Berílio total / mg/l Boro total / mg/l Cádmio total / mg/l Cálcio total / mg/l 0,22 3,2 11,3 19,1 1,59 0,65 0,34 0,81 Chumbo total / mg/l Cobre total / mg/l 0,026 0,005 0,014 Cromo total / mg/l Ferro total / mg/l 0,39 0,75 0,08 0,59 0,2 0,35 0,18 0,15 Fosfato total / mg/l P 0,2 0,02 0,02 Lítio total / mg/l 0,007 0,013 0,013 0,005 Magnésio total / mg/l 0,192 5,4 9,17 7,37 4,1 0,27 0,093 1,49 Manganês total / mg/l 0,011 0,018 0,001 0,17 0,008 0,004 0,005 0,013 Níquel total / mg/l Potássio total / mg/l 2,05 1,65 0,88 1,55 0,25 0,55 0,13 0,53 Sódio total / mg/l 0,17 13,8 16,5 5,65 1,19 0,49 0,15 1,35 Zinco total / mg/l 0,03 0,04 0,03 0,17 0,03

Legenda

valores aquém da detecção pelo método <

> 0,2 e < 1,0

> 0,001 e < 0,2

> 3,0

Page 264: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 4b – Terceira campanha áreas 23, 24, 25, 19, 21, 22 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço. TABELA 4b – Terceira

campanha áreas 23, 24, 25, 19, 21, 22 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço.

Amostra Área 4 - 23 Área 4 - 24 Área 4 - 25 Área 6 - 19 Área 6 - 20 Área 6 - 21 Área 6 - 22 Área 7 - 5 Área 7 - 6

Unidade Geológica Indiferenciado Indiferenciado Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica

Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado

Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Determinação / unidade 57082/1644 57082/1645 57082/1646 57082/1640 57082/1641 57082/1642 57082/1643 57082/1610 57082/1611

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 Alumínio total / mg/l 0,1 0,28 0,22 4,03 0,41 6,27 2,29 0,13 Bário total / mg/l 0,007 0,005 0,013 0,005 0,005 Berílio total / mg/l Boro total / mg/l * * * * * * * * * Cádmio total / mg/l Cálcio total / mg/l 4,26 0,58 0,29 0,42 0,39 0,50 0,48 0,32 2,99 Chumbo total / mg/l Cobre total / mg/l 0,02 0,018 0,02 0,009 Cromo total / mg/l Ferro total / mg/l 0,10 0,92 0,15 6,99 1,69 3,53 0,73 0,15 Fosfato total / mg/l P 0,09 0,01 0,02 0,01 Lítio total / mg/l Magnésio total / mg/l 2,81 0,085 0,05 0,082 0,08 0,072 0,35 0,289 0,77 Manganês total / mg/l 0,006 0,01 0,017 0,006 0,016 0,01 0,017 Níquel total / mg/l Potássio total / mg/l 0,33 0,12 0,27 0,61 0,12 0,41 0,39 0,18 0,35 Sódio total / mg/l 2,07 0,28 0,26 0,78 0,23 0,76 0,89 0,17 3,88 Zinco total / mg/l 0,06 2,85 0,04 0,07 0,35 0,1

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TABELA 4c – Terceira campanha áreas 1, 2 , 3, 4, 7, 8, 9 e 10 – pontos amostrais em negrito, íons diversos em traço.

Amostra Área 8 - 1 Área 8 - 2 Área 8 - 3 Área 8 - 4 Área 8 - 7 Área 9 - 8 Área 9 - 9 Área 9 - 10

Unidade Geológica Indiferenciado Indiferenciado Crosta detrito-

laterítica Indiferenciado

Metassedimentos síltico-argilosos, intercalações de metagrauvaques

Indiferenciado Indiferenciado

Metassedimentos arenosos com metacalcários,

calciosilicáticas e xistos calcíferos

Determinação / unidade 57082/1606 57082/1607 57082/1608 57082/1609 57082/1612 57082/1613 57082/1614 57082/1615

Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 Alumínio total / mg/l 0,18 9,69 0,13 0,12 Bário total / mg/l 0,006 0,026 Berílio total / mg/l Boro total / mg/l * * * * * * * * Cádmio total / mg/l Cálcio total / mg/l 0,18 0,25 0,21 0,38 0,26 1,99 0,46 0,23 Chumbo total / mg/l Cobre total / mg/l 0,011 Cromo total / mg/l Ferro total / mg/l 0,07 0,09 4,12 0,17 0,06 0,06 1,53 Fosfato total / mg/l P 0,08 0,04 0,01 0,06 0,01 0,01 0,01 Lítio total / mg/l Magnésio total / mg/l 0,043 0,034 0,031 0,055 0,054 0,26 0,163 0,143 Manganês total / 0,003 0,005 0,006 0,008 0,004 0,085 Níquel total / mg/l 0,008 Potássio total / mg/l 0,16 0,1 0,26 0,3 0,26 Sódio total / mg/l 0,22 0,25 0,14 0,55 0,18 0,31 0,83 0,29 Zinco total / mg/l 0,05

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TABELA 5 – Elementos presentes com alguma expressividade na 3ª campanha.

3ª campanha elementos mais

abundantes

3ª campanha elementos menos

abundantes Datas

Alumínio total / mg/l x Bário total / mg/l x

Berílio total / mg/l

Boro total / mg/l

Cádmio total / mg/l

Cálcio total / mg/l x

Chumbo total / mg/l

Cobre total / mg/l x

Cromo total / mg/l

Ferro total / mg/l x

Fosfato total / mg/l P x

Lítio total / mg/l x

Magnésio total / mg/l x

Manganês total / mg/l x

Níquel total / mg/l x

Potássio total / mg/l x

Sódio total / mg/l x

Zinco total / mg/l x

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FIGURA 1 – Resultados espaciais para o elemento Al ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 6-1: Estatística Descritiva para o Alumínio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Alumínio (mg /l) 25 1.047 2.312 0.100 0.100 0.130 0.430 9.690

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 6-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Alumínio (mg/l) entre 0,100 e 0,430 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média de Alumínio é igual a, aproximadamente, 1,05 mg/l, com desvio-padrão igual a 2,312 mg/l. A FIG. 1-A

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apresenta a distribuição da amostra com relação ao Alumínio.

FIGURA 1-A: Diagrama de caixa do Alumínio.

Pela FIG. 1-A, indica que a mediana do Alumínio é de 0,13 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Alumínio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa. Este comprimento é calculado pela diferença do 3º e 1º quartil (0,33 mg/l). Assim, quanto maior o comprimento, maior será a variação do Alumínio.

Como um dos objetivos do estudo é comparar os íons entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o íon Alumínio considerando a terceira campanha, TAB. 6-2 e FIG. 1-B. TABELA 6-2: Estatística Descritiva para o Alumínio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.130 * 0.130 * 0.130 * 0.130 Área_1 3 0.107 0.012 0.100 0.100 0.100 0.120 0.120 Área_2 6 1.720 3.910 0.100 0.100 0.120 2.560 9.690 Área_4 4 3.250 2.500 0.410 0.880 3.160 5.710 6.270 Área_5 3 0.200 0.092 0.100 0.100 0.220 0.280 0.280 Área_6 3 0.230 0.200 0.100 0.100 0.130 0.460 0.460 Área_7 4 0.258 0.150 0.100 0.123 0.240 0.410 0.450 Área_8 1 0.100 * 0.100 * 0.100 * 0.100

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 1-B: Diagrama de Caixa para o Alumínio (mg/l) por área.

Pela FIG. 1-B, indica que a mediana do Alumínio (mg/l) para a área 4 (3.16 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Além disso, esta caixa apresenta maior variabilidade do Alumínio do que os outros grupos de caixa, pois seu comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Alumínio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 2 – Resultados espaciais para o elemento Ba ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 7-1: Estatística Descritiva para o Bário.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Bário (mg /l) 25 0.013 0.018 0.005 0.005 0.005 0.014 0.083

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 7-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Bário (mg/l) entre 0,005 e 0,014 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Bário é igual a, aproximadamente, 0,013 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,018 mg/l. A FIG. 2-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Bário.

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FIGURA 2-A: Diagrama de caixa do Bário.

Pela FIG. 2-A, indica que a mediana do Bário é de 0,005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Bário é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa. Este comprimento é calculado pela diferença do 3º e 1º quartil (0,009 mg/l). Assim, quanto maior o comprimento, maior será a variação do Bário.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Bário entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Bário considerando a terceira campanha, TAB. 7-2 e FIG. 2-B. TABELA 7-2: Estatística Descritiva para o Bário (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.005 * 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_1 3 0.012 0.012 0.005 0.005 0.006 0.026 0.026 Área_2 6 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_4 4 0.007 0.004 0.005 0.005 0.005 0.011 0.013 Área_5 3 0.005 0.001 0.005 0.005 0.005 0.007 0.007 Área_6 3 0.008 0.006 0.005 0.005 0.005 0.016 0.016 Área_7 4 0.034 0.035 0.005 0.007 0.025 0.071 0.083 Área_8 1 0.049 * 0.049 * 0.049 * 0.049 Área_Total 25 0.013 0.018 0.005 0.005 0.005 0.014 0.083

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 2-B: Diagrama de Caixa para o Bário (mg/l) por área.

Pela FIG. 2-B, indica que a mediana do Bário (mg/l) para a área 8 (0.049 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Porém a área 7 apresenta maior variabilidade do Bário do que as outras áreas, pois sua caixa tem comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Bário nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 8 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 7. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 3 – Resultados espaciais para o elemento Be ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 8-1: Estatística Descritiva para o Berílio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Berílio (mg /l) 25 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.0010 0.0010

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 8-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Berílio (mg/l) entre 0,001 e 0,001 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Berílio é igual a, aproximadamente, 0,001 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,000 mg/l. A FIG. 3-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Berílio.

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FIGURA 3-A: Diagrama de caixa do Berílio.

Pela FIG. 3-A, indica que a mediana do Berílio é de 0,001 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Berílio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que nesse caso é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Berílio entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Berílio considerando a terceira campanha, TAB. 8-2 e FIG. 3-B. TABELA 8-2: Estatística Descritiva para o Berílio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.001 * 0.001 * 0.001 * 0.0010 Área_1 3 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.0010 0.0010 Área_2 6 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.0010 0.0010 Área_4 4 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.0010 0.0010 Área_5 3 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.0010 0.0010 Área_6 3 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.0010 0.0010 Área_7 4 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.0010 0.0010 Área_8 1 0.001 * 0.001 * 0.001 * 0.0010 Área_Total 25 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.0010 0.0010

Fonte: dados da pesquisa

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FIGURA 3-B: Diagrama de Caixa para o Berílio (mg/l) por área.

Pela FIG. 3-B, indica que a mediana do Berílio (mg/l) em todas as áreas são iguais e além disso, não existe variação entre as áreas.

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FIGURA 4 – Resultados espaciais para o elemento Cd ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 9-1: Estatística Descritiva para o Cádmio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cádmio (mg /l) 25 0.0005 0.000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 9-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cádmio (mg/l) entre 0,0005 e 0,0005 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cádmio é igual a, aproximadamente, 0,0005 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,000 mg/l. A FIG. 4-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cádmio.

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234

FIGURA 4-A: Diagrama de caixa do Cádmio.

Pela FIG. 4-A, indica que a mediana do Cádmio é de 0,0005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Cádmio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que nesse caso é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cádmio entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cádmio considerando a terceira campanha, TAB. 9-2 e FIG. 4-B. TABELA 9-2: Estatística Descritiva para o Cádmio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_3 1 0.0005 * 0.0005 * 0.0005 * 0.0005 Área_1 3 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_2 6 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_4 4 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_5 3 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_6 3 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_7 4 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Área_8 1 0.0005 * 0.0005 * 0.0005 * 0.0005 Área_Total 25 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005

Fonte: dados da pesquisa

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FIGURA 4-B: Diagrama de Caixa para o Cádmio (mg/l) por área.

Pela FIG. 4-B, indica que a mediana do Cádmio (mg/l) em todas as áreas são iguais e não apresenta variação entre as áreas.

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FIGURA 5 – Resultados espaciais para o elemento Ca ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 10-1: Estatística Descritiva para o Cálcio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cálcio (mg /l) 25 2.056 4.252 0.180 0.275 0.460 1.790 19.100

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TABELA 10-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cálcio (mg/l) entre 0,275 e 1,790 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cálcio é igual a, aproximadamente, 2,05 mg/l, com desvio-padrão igual a 4,252 mg/l. A FIG. 5-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cálcio.

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FIGURA 5-A: Diagrama de caixa do Cálcio.

Pela FIG. 5-A, indica que a mediana do Cálcio é de 0,46 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Cálcio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa. Este comprimento é calculado pela diferença do 3º e 1º quartil (1,515 mg/l). Assim, quanto maior o comprimento, maior será a variação do Cálcio.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cálcio entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cálcio considerando a terceira campanha, TAB. 10-2 e FIG. 5-B. TABELA 10-2: Estatística Descritiva para o Cálcio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 2.990 * 2.990 * 2.990 * 2.990 Área_1 3 0.893 0.957 0.230 0.230 0.460 1.990 1.990 Área_2 6 0.267 0.073 0.180 0.203 0.255 0.335 0.380 Área_4 4 0.448 0.051 0.390 0.398 0.450 0.495 0.500 Área_5 3 1.710 2.210 0.290 0.290 0.580 4.260 4.260 Área_6 3 0.600 0.239 0.340 0.340 0.650 0.810 0.810 Área_7 4 8.800 8.080 1.590 1.990 7.250 17.150 19.100 Área_8 1 0.220 * 0.220 * 0.220 * 0.220 Área_Total 25 2.056 4.252 0.180 0.275 0.460 1.790 19.100

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 5-B: Diagrama de Caixa para o Cálcio (mg/l) por área.

Pela FIG. 5-B, indica que a mediana do Cálcio (mg/l) para a área 7 (7,25 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Além disso, esta área apresenta maior variabilidade do Cálcio do que as outras áreas, pois sua caixa tem comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Cálcio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, uma maior variação entre os pontos amostrados nesta área. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 6 – Resultados espaciais para o elemento Pb ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 11-1: Estatística Descritiva para o Chumbo.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Chumbo (mg /l) 25 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 11-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Chumbo (mg/l) entre 0,005 e 0,005 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Chumbo é igual a, aproximadamente, 0,005 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,000 mg/l. A FIG. 6-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Chumbo.

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FIGURA 6-A: Diagrama de caixa do Chumbo.

Pela FIG. 6-A, indica que a mediana do Chumbo é de 0,005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Chumbo é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, não existe.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Chumbo entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Chumbo considerando a terceira campanha, TAB. 11-2 e FIG. 6-B. TABELA 11-2: Estatística Descritiva para o Chumbo (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.005 * 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_1 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_2 6 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_4 4 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_5 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_6 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_7 4 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_8 1 0.005 * 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_Total 25 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 6-B: Diagrama de Caixa para o Chumbo (mg/l) por área.

Pela FIG. 6-B, indica que a mediana do Chumbo (mg/l) em todas as áreas são iguais (0,005 mg/l) e não apresenta variação entre as áreas.

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FIGURA 7 – Resultados espaciais para o elemento Cu ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 12-1: Estatística Descritiva para o Cobre.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cobre (mg /l) 25 0.008 0.007 0.004 0.004 0.004 0.013 0.026

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 12-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cobre (mg/l) entre 0,004 e 0,013 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cobre é igual a, aproximadamente, 0,008 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,007 mg/l. A FIG. 7-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cobre.

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243

FIGURA 7-A: Diagrama de caixa do Cobre.

Pela FIG. 7-A, indica que a mediana do Cobre é de 0,004 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Chumbo é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e 3º quartil, 0,009 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cobre entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cobre considerando a terceira campanha, TAB. 12-2 e FIG. 7-B. TABELA 12-2: Estatística Descritiva para o Cobre (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.004 * 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_1 3 0.006 0.004 0.004 0.004 0.004 0.011 0.011 Área_2 6 0.007 0.005 0.004 0.004 0.004 0.011 0.015 Área_4 4 0.016 0.008 0.004 0.008 0.019 0.020 0.020 Área_5 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_6 3 0.007 0.006 0.004 0.004 0.004 0.014 0.014 Área_7 4 0.010 0.011 0.004 0.004 0.005 0.021 0.026 Área_8 1 0.004 * 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_Total 25 0.008 0.007 0.004 0.004 0.004 0.013 0.026

Fonte: dados da pesquisa.

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244

FIGURA 7-B: Diagrama de Caixa para o Cobre (mg/l) por área.

Pela FIG. 7-B, indica que a mediana do Cobre (mg/l) para a área 4 (0,019 mg/l) é maior que as demais áreas, pois a linha central da caixa referente a esta área está na escala acima das demais no eixo mg/l. Entretanto, a área 7 apresenta maior variabilidade de Cobre do que as outras áreas, pois sua caixa tem comprimento é maior.

Em resumo, para os dados do Cobre nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 7. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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245

FIGURA 8 – Resultados espaciais para o elemento Cr ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 13-1: Estatística Descritiva para o Cromo.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Cromo (mg /l) 25 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da Tab. 13-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Cromo (mg/l) entre 0,040 e 0,040 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Cromo é igual a, aproximadamente, 0,04 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,000 mg/l. A FIG. 8-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Cromo.

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246

FIGURA 8-A: Diagrama de caixa do Cromo.

Pela FIG. 8-A, indica que a mediana do Cromo é de 0,04 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Cromo é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, não existe.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Cromo entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Cromo considerando a terceira campanha, TAB. 13-2 e FIG. 8-B. TABELA 13-2: Estatística Descritiva para o Cromo (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.040 * 0.040 * 0.040 * 0.040 Área_1 3 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_2 6 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_4 4 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_5 3 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_6 3 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_7 4 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Área_8 1 0.040 * 0.040 * 0.040 * 0.040 Área_Total 25 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 8-B: Diagrama de Caixa para o Cromo (mg/l) por área.

Pela FIG. 8-B, indica que a mediana do Cromo (mg/l) para todas as áreas (0,04 mg/l) são iguais, além disso, essas áreas apresentam a mesma variabilidade de Cromo.

Em resumo, para os dados do Cromo nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual entre as áreas e também uma mesma variação entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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248

FIGURA 9 – Resultados espaciais para o elemento Fe ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 14-1: Estatística Descritiva para o Ferro.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Ferro (mg /l) 25 0.936 1.639 0.030 0.095 0.200 0.835 6.990

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 14-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Ferro (mg/l) entre 0,095 e 0,835 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Ferro é igual a, aproximadamente, 0,936 mg/l, com desvio-padrão igual a 1,639 mg/l. A FIG. 9-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Ferro.

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249

FIGURA 9-A: Diagrama de caixa do Ferro.

Pela FIG. 9-A, indica que a mediana do Ferro é de 0,20 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Ferro é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre os quartis (1º e 3º), 0,74 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Ferro entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Ferro considerando a terceira campanha, TAB. 14-2 e FIG. 9-B. TABELA 14-2: Estatística Descritiva para o Ferro (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.150 * 0.150 * 0.150 * 0.150 Área_1 3 0.550 0.849 0.060 0.060 0.060 1.530 1.530 Área_2 6 0.868 1.614 0.030 0.060 0.130 1.578 4.120 Área_4 4 3.130 2.890 0.310 0.660 2.610 6.130 6.990 Área_5 3 0.390 0.460 0.100 0.100 0.150 0.920 0.920 Área_6 3 0.227 0.108 0.150 0.150 0.180 0.350 0.350 Área_7 4 0.405 0.317 0.080 0.110 0.395 0.710 0.750 Área_8 1 0.390 * 0.390 * 0.390 * 0.390 Área_Total 25 0.936 1.639 0.030 0.095 0.200 0.835 6.990

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 9-B: Diagrama de Caixa para o Ferro (mg/l) por área.

Pela FIG. 9-B, indica que a mediana do Ferro (mg/l) na área 4 (2,61 mg/l) é maior do que as demais áreas. Além disso, esta área apresenta a maior variabilidade de Ferro.

Em resumo, para os dados do Ferro nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4 e, também, apresenta uma maior variação nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 10 – Resultados espaciais para o íon PO-4 ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 15-1: Estatística Descritiva para o Fosfato PO-4.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Fosfato (mg /l) 25 0.032 0.043 0.010 0.010 0.010 0.040 0.200

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 15-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Fosfato (mg/l) entre 0,010 e 0,040 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Fosfato é igual a, aproximadamente, 0,032 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,043 mg/l. A FIG. 10-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Fosfato.

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252

FIGURA 10-A: Diagrama de caixa do Fosfato PO-4.

Pela FIG. 10-A, indica que a mediana do Fosfato é de 0,01 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Fosfato é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre os quartis (1º e 3º), 0,03 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Fosfato entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Fosfato considerando a terceira campanha, TAB. 15-2 e FIG. 10-B. TABELA 15-2: Estatística Descritiva para o Fosfato (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.010 * 0.010 * 0.010 * 0.010 Área_1 3 0.010 0.000 0.010 0.010 0.010 0.010 0.010 Área_2 6 0.035 0.030 0.010 0.010 0.025 0.065 0.080 Área_4 4 0.010 0.000 0.010 0.010 0.010 0.010 0.010 Área_5 3 0.040 0.044 0.010 0.010 0.020 0.090 0.090 Área_6 3 0.017 0.006 0.010 0.010 0.020 0.020 0.020 Área_7 4 0.065 0.091 0.010 0.010 0.025 0.160 0.200 Área_8 1 0.080 * 0.080 * 0.080 * 0.080 Área_Total 25 0.032 0.043 0.010 0.010 0.010 0.040 0.200

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 10-B: Diagrama de Caixa para o Fosfato PO-4 (mg/l) por área.

Pela FIG. 10-B, indica que a mediana do Fosfato (mg/l) na área 8 (0,08 mg/l) é maior do que as demais áreas. Mas a área 7 apresentam a maior variabilidade de Fosfato.

Em resumo, para os dados do Fosfato nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 8 e maior variação na área 7 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 11 – Resultados espaciais para o elemento Li ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 16-1: Estatística Descritiva para o Lítio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Lítio (mg /l) 25 0.006 0.002 0.005 0.005 0.005 0.005 0.013

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 16-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Lítio (mg/l) entre 0,005 e 0,005 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Lítio é igual a, aproximadamente, 0,006 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,002 mg/l. A FIG. 11-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Lítio.

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FIGURA 11-A: Diagrama de caixa do Lítio.

Pela FIG. 11-A, indica que a mediana do Lítio é de 0,005 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Lítio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Lítio entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Lítio considerando a terceira campanha, TAB. 16-2 e FIG. 11-B. TABELA 16-2: Estatística Descritiva para o Lítio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.005 * 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_1 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_2 6 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_4 4 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_5 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_6 3 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Área_7 4 0.010 0.004 0.005 0.006 0.010 0.013 0.013 Área_8 1 0.005 * 0.005 * 0.005 * 0.005 Área_Total 25 0.006 0.002 0.005 0.005 0.005 0.005 0.013

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 11-B: Diagrama de Caixa para o Lítio (mg/l) por área.

Pela Figura 11-B, indica que a mediana do Lítio (mg/l) na área 7 (0,010 mg/l) é maior do que as demais áreas e apresenta maior variação.

Em resumo, para os dados do Lítio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 12 – Resultados espaciais para o elemento Mg ao longo da área tampão – medidas

em mg/l. TABELA 17-1: Estatística Descritiva para o Magnésio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Magnésio (mg /l) 25 1.338 2.507 0.031 0.064 0.163 1.130 9.170

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 17-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Magnésio (mg/l) entre 0,064 e 1,130 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Magnésio é igual a, aproximadamente, 1,33 mg/l, com desvio-padrão igual a 2,507 mg/l. A FIG. 12-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Magnésio.

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258

FIGURA 12-A: Diagrama de caixa do Magnésio.

Pela FIG. 12-A, indica que a mediana do Magnésio é de 0,163 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Magnésio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 1,066 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Magnésio entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Magnésio considerando a terceira campanha, TAB. 17-2 e FIG. 12-B. TABELA 17-2: Estatística Descritiva para o Magnésio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.770 * 0.770 * 0.770 * 0.770 Área_1 3 0.189 0.063 0.143 0.143 0.163 0.260 0.260 Área_2 6 0.084 0.101 0.031 0.033 0.049 0.114 0.289 Área_4 4 0.146 0.136 0.072 0.074 0.081 0.283 0.350 Área_5 3 0.982 1.583 0.050 0.050 0.085 2.810 2.810 Área_6 3 0.618 0.761 0.093 0.093 0.270 1.490 1.490 Área_7 4 6.510 2.230 4.100 4.420 6.380 8.720 9.170 Área_8 1 0.192 * 0.192 * 0.192 * 0.192

Área_Total 25 1.338 2.507 0.031 0.064 0.163 1.130 9.170 Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 12-B: Diagrama de Caixa para o Magnésio (mg/l) por área.

Pela FIG. 12-B, indica que a mediana do Magnésio (mg/l) na área 7 (6,38 mg/l) é maior do que as demais áreas, e, também, esta área apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Magnésio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 13 – Resultados espaciais para o elemento Mn ao longo da área tampão – medidas

em mg/l. TABELA 18-1: Estatística Descritiva para o Manganês.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Manganês (mg /l) 25 0.017 0.036 0.001 0.004 0.006 0.015 0.170

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 18-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Manganês (mg/l) entre 0,004 e 0,015 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Manganês é igual a, aproximadamente, 0,017 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,036 mg/l. A FIG. 13-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Manganês.

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FIGURA 13-A: Diagrama de caixa do Manganês.

Pela FIG. 13-A, indica que a mediana do Manganês é de 0,006 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Manganês é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 0,011 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Manganês entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Manganês considerando a terceira campanha, TAB. 18-2 e FIG. 13-B. TABELA 18-2: Estatística Descritiva para o Manganês (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.017 * 0.017 * 0.017 * 0.017 Área_1 3 0.031 0.047 0.003 0.003 0.004 0.085 0.085 Área_2 6 0.006 0.003 0.003 0.003 0.006 0.009 0.010 Área_4 4 0.011 0.007 0.003 0.004 0.011 0.017 0.017 Área_5 3 0.006 0.004 0.003 0.003 0.006 0.010 0.010 Área_6 3 0.007 0.005 0.004 0.004 0.005 0.013 0.013 Área_7 4 0.049 0.081 0.001 0.003 0.013 0.132 0.170 Área_8 1 0.011 * 0.011 * 0.011 * 0.011 Área_Total 25 0.017 0.036 0.001 0.004 0.006 0.015 0.170

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 13-B: Diagrama de Caixa para o Manganês (mg/l) por área.

Pela FIG. 13-B, indica que a mediana do Manganês (mg/l) na área 3 (0,017 mg/l) é maior do que as demais áreas, entretanto a área 7 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Manganês nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 3 e uma variação maior na área 7 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 14 – Resultados espaciais para o elemento Ni ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 19-1: Estatística Descritiva para o Níquel.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Níquel (mg /l) 25 0.004 0.001 0.004 0.004 0.004 0.004 0.008

Fonte: dados da pesquisa

Com base nos resultados da TAB. 19-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Níquel (mg/l) entre 0,004 e 0,004 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Níquel é igual a, aproximadamente, 0,004 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,001 mg/l. A FIG. 14-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Níquel.

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FIGURA 14-A: Diagrama de caixa do Níquel.

Pela FIG. 14-A, indica que a mediana do Níquel é de 0,004 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Níquel é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é nula.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Níquel entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Níquel considerando a terceira campanha, TAB. 19-2 e FIG. 14-B. TABELA 19-2: Estatística Descritiva para o Níquel (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo

Área_3 1 0.004 * 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_1 3 0.005 0.002 0.004 0.004 0.004 0.008 0.008 Área_2 6 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_4 4 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_5 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_6 3 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_7 4 0.004 0.000 0.004 0.004 0.004 0.004 0.004 Área_8 1 0.004 * 0.004 * 0.004 * 0.004 Área_Total 25 0.004 0.001 0.004 0.004 0.004 0.004 0.008

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 14-B: Diagrama de Caixa para o Níquel (mg/l) por área.

Pela FIG. 14-B, indica que a mediana do Níquel (mg/l) nas oito áreas são iguais (0,004 mg/l), entretanto a área 1 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Níquel nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual nas oito áreas e uma variação maior na área 1 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 15 – Resultados espaciais para o elemento K ao longo da área tampão – medidas em

mg/l. TABELA 20-1: Estatística Descritiva para o Potássio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Potássio (mg /l) 25 0.470 0.524 0.100 0.125 0.270 0.540 2.050

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 20-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Potássio (mg/l) entre 0,125 e 0,540 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Potássio é igual a, aproximadamente, 0,47 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,524 mg/l. A FIG. 15-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Potássio.

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FIGURA 15-A: Diagrama de caixa do Potássio.

Pela FIG. 15-A, indica que a mediana do Potássio é de 0,27 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Potássio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 0,415 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Potássio entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Potássio considerando a terceira campanha, TAB. 20-2 e FIG. 15-B. TABELA 20-2: Estatística Descritiva para o Potássio (mg/l) por área

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.350 * 0.350 * 0.350 * 0.350 Área_1 3 0.273 0.023 0.260 0.260 0.260 0.300 0.300 Área_2 6 0.123 0.037 0.100 0.100 0.100 0.165 0.180 Área_4 4 0.383 0.201 0.120 0.188 0.400 0.560 0.610 Área_5 3 0.240 0.108 0.120 0.120 0.270 0.330 0.330 Área_6 3 0.403 0.237 0.130 0.130 0.530 0.550 0.550 Área_7 4 1.083 0.652 0.250 0.407 1.215 1.625 1.650 Área_8 1 2.050 * 2.050 * 2.050 * 2.050 Área_Total 25 0.470 0.524 0.100 0.125 0.270 0.540 2.050

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 15-B: Diagrama de Caixa para o Potássio (mg/l) por área.

Pela FIG. 15-B, indica que a mediana do Potássio (mg/l) na área 8 (2,05 mg/l) é maior que as demais áreas, entretanto a área 7 apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Potássio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 8 e uma variação maior na área 7 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 16 – Resultados espaciais para o elemento Na ao longo da área tampão – teores em

mg/l. TABELA 21-1: Estatística Descritiva para o Sódio.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Sódio (mg /l) 25 2.056 4.160 0.140 0.225 0.490 1.270 16.500

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 21-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Sódio (mg/l) entre 0,225 e 1,270 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Sódio é igual a, aproximadamente, 2,056 mg/l, com desvio-padrão igual a 4,160 mg/l. A FIG. 16-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Sódio.

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FIGURA 16-A: Diagrama de caixa do Sódio.

Pela FIG. 16-A, indica que a mediana do Sódio é de 0,49 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Sódio é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e o 3º quartil, 1,045 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Sódio entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Sódio considerando a terceira campanha, TAB. 21-2 e FIG. 16-B. TABELA 21-2: Estatística Descritiva para o Sódio (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 3.88 * 3.88 * 3.88 * 3.88 Área_1 3 0.477 0.306 0.290 0.290 0.310 0.830 0.830 Área_2 6 0.252 0.151 0.140 0.163 0.200 0.325 0.550 Área_4 4 0.665 0.296 0.230 0.363 0.770 0.863 0.890 Área_5 3 0.870 1.039 0.260 0.260 0.280 2.070 2.070 Área_6 3 0.663 0.618 0.150 0.150 0.490 1.350 1.350 Área_7 4 9.290 7.100 1.190 2.310 9.730 15.820 16.500 Área_8 1 0.170 * 0.170 * 0.170 * 0.170 Área_Total 25 2.056 4.160 0.140 0.225 0.490 1.270 16.500

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 16-B: Diagrama de Caixa para o Sódio (mg/l) por área.

Pela FIG. 16-B, indica que a mediana do Sódio (mg/l) na área 7 (9,73 mg/l) é maior que as demais áreas, e esta área apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Sódio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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FIGURA 17 – Resultados espaciais para o elemento Zn ao longo da área tampão – medidas

em mg/l. TABELA 22-1: Estatística Descritiva para o Zinco.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Zinco (mg /l) 25 0.163 0.564 0.020 0.020 0.020 0.055 2.850

Fonte: dados da pesquisa.

Com base nos resultados da TAB. 22-1, nota-se que a metade dos pontos amostrados possui concentração de Zinco (mg/l) entre 0,020 e 0,055 (considerando o 1º e 3º quartil). Tem-se que a concentração média do Zinco é igual a, aproximadamente, 0,163 mg/l, com desvio-padrão igual a 0,564 mg/l. A FIG. 17-A apresenta a distribuição da amostra com relação ao Zinco.

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FIGURA 17-A: Diagrama de caixa do Zinco.

Pela FIG. 17-A, indica que a mediana do Zinco é de 0,02 mg/l, pois a linha central da caixa encontra-se nesse valor. A variabilidade do Zinco é representada, no gráfico, pelo comprimento da caixa, que, neste caso, é a diferença entre o 1º e 3º quartil, 0.035 mg/l.

Como um dos objetivos do estudo é comparar o Zinco entre as áreas na qual pertencem os pontos amostrados, neste caso, realizaram-se as estatísticas descritivas por grupo de áreas para o Zinco considerando a terceira campanha, TAB. 22-2 e FIG. 17-B. TABELA 22-2: Estatística Descritiva para o Zinco (mg/l) por área.

Área Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Área_3 1 0.100 * 0.100 * 0.100 * 0.100 Área_1 3 0.030 0.017 0.020 0.020 0.020 0.050 0.050 Área_2 6 0.020 0.000 0.020 0.020 0.020 0.020 0.020 Área_4 4 0.120 0.155 0.020 0.025 0.055 0.280 0.350 Área_5 3 0.977 1.622 0.020 0.020 0.060 2.850 2.850 Área_6 3 0.073 0.084 0.020 0.020 0.030 0.170 0.170 Área_7 4 0.028 0.010 0.020 0.020 0.025 0.038 0.040 Área_8 1 0.030 * 0.030 * 0.030 * 0.030 Área_Total 25 0.163 0.564 0.020 0.020 0.020 0.055 2.850

Fonte: dados da pesquisa.

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FIGURA 17-B: Diagrama de Caixa para o Zinco (mg/l) por área.

Pela FIG. 17-B, indica que a mediana do Zinco (mg/l) na área 5 (0,06 mg/l) é maior que as demais áreas e também esta apresenta maior variabilidade entre os pontos amostrados.

Em resumo, para os dados do Zinco nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 5 e, também, uma maior variação. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados. CONCLUSÕES DA CAMPANHA 3

Em síntese, considerando a representatividade da amostra pesquisada, pode-se deduzir que, os íons Berílio, Cádmio, Chumbo, Cobre, Lítio e Níquel apresentaram uma concentração (mg/l), praticamente, nula na campanha 3. Entretanto, constatou-se que a concentração (mg /l) dos íons Sódio, Cálcio, Magnésio e Alumínio foram as maiores, respectivamente, na campanha 3, TAB. 23.

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TABELA 23: Estatística Descritiva para os íons (mg/l) da Campanha 3.

Variável Casos Média DesPad Mínimo Q1 Mediana Q3 Maximo Al 25 1.047 2.312 0.100 0.100 0.130 0.430 9.690 Ba 25 0.013 0.018 0.005 0.005 0.005 0.014 0.083 Be 25 0.001 0.000 0.001 0.001 0.001 0.0010 0.0010 Cd 25 0.0005 0.0000 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 0.0005 Ca 25 2.056 4.252 0.180 0.275 0.460 1.790 19.100 Pb 25 0.005 0.000 0.005 0.005 0.005 0.005 0.005 Cu 25 0.008 0.007 0.004 0.004 0.004 0.013 0.026 Cr 25 0.040 0.000 0.040 0.040 0.040 0.040 0.040 Fe 25 0.936 1.639 0.030 0.095 0.200 0.835 6.990 Po-4 25 0.032 0.043 0.010 0.010 0.010 0.040 0.200 Li 25 0.006 0.002 0.005 0.005 0.005 0.005 0.013 Mg 25 1.338 2.507 0.031 0.064 0.163 1.130 9.170 Mn 25 0.017 0.036 0.001 0.004 0.006 0.015 0.170 Ni 25 0.004 0.001 0.004 0.004 0.004 0.004 0.008 K 25 0.470 0.524 0.100 0.125 0.270 0.540 2.050 Na 25 2.056 4.160 0.140 0.225 0.490 1.270 16.500 Zn 25 0.163 0.564 0.020 0.020 0.020 0.055 2.850 Fonte: dados da pesquisa.

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QQUUIINNTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO

RESULTADOS ANALÍTICOS ESPAÇO-TEMPORAIS

ESTUDO DE CASO PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU

FONTES E VERTENTES DE MODO TEMPO-COMPARATIVO

A noção de comparabilidade no tempo é distinta daquela de comparabilidade no espaço. Ambas compõem um todo inseparável, se ao fim se quiser obter uma noção precisa das assinaturas da água nas várias vertentes. De fato, este capítulo é o mais crítico no sentido do estudo dessa comparabilidade e busca da comum característica ou diferencial que façam indicar recarga partilhada ou não.

É ainda mais notável o fato de que a noção de partilha desdobra-se de modo peculiar dos seguintes modos: 1 – montanhas que estejam ao longo das linhas de costa cujas vertentes têm regimes

chuvosos distintos ao ponto de a vertente marítima receber chuvas abundantes e a vertente interna ao continente ser submetida a secas; neste caso não ocorre partilha de recarga ainda que hajam condições geológicas favoráveis para tal.

2 – em outro caso a chuva ocorre identicamente sobre vertentes notavelmente distintas

e com rochas de características distintas do ponto de vista petrográfico; neste caso ainda que o regime de chuvas seja idêntico para ambas as vertentes não se pode dizer que haja partilha pelo fato da base rochosa ser distinta e, portanto, a química da água infiltrada vir a ser totalmente distinta.

3 – em caso diverso com regime de chuva idêntico para ambas as vertentes, com

mesmo corpo rochoso, mas com estruturas reológicas, rúptil ou dúctil, de tal modo distintas que se pode entender que as recargas sejam distintas em virtude de não haver compartilhamento, apenas desvio da infiltração para trajetos diversos.

4 – em outro caso a rocha de base é a mesma, mas as coberturas tiveram evolução

diferente do ponto de vista do intemperismo e/ou da pedogênese; nestes casos pode ocorrer da distribuição da infiltração ser a mesma, mas a química distinta.

5 – um outro caso é da rocha de base ser a mesma, a pedogênese ser a mesma ou as

formações superficiais serem as mesmas; neste caso a química da água vem a ser a mesma ou diferir conforme a dimensão da área e em função da disponibilidade de elementos químicos serem diferentes conforme a área, com conseqüentes efeitos sobre a assinatura química da água; a assinatura química neste caso não seria determinante para denotar a recarga comum e partilhada, mas poderia ser determinante caso as diferenças sejam apenas em elementos em traço dispersos na água conforme disponibilidade de área dentro de uma ampla zona de recarga

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de aqüífero.

Essas questões são observadas neste capítulo (TAB. 1 a 24) com um conjunto de 3 mapas agregados das três campanhas (FIG. 1 a 17), na forma geral do tipo - FIG 1a, 1b, 1c. As tabelas referidas, já apresentadas em seus aspectos espaciais agora devem ser lidas em seus aspectos espaço-temporais em um intervalo de 06 e 07 / 2007, 10 / 2007 e 10 / 2008, perfazendo um ano hidrológico. Neste capítulo faz-se efetivamente a interpretação espaço-temporal.

Os períodos de 06/07/2007 e 10/2007 perfazem um curto intervalo de tempo amostrado para se averiguar o quanto no período seco se poderiam obter mudanças químicas expressivas, ou não, em função mesmo da diminuição do volume de chuvas chegar quase a zero na região, em um ano em que a estiagem foi longa.

Passado um ano a 3ª campanha foi programada para fechar um ano hidrológico. Assim, pode-se ter uma representatividade espaço-temporal de boa qualidade para o assunto em questão.

O enfoque não foi na quantidade, mas nas modificações das características químicas decorrentes, eventualmente das estações do ano e do processo da chuva e da infiltração. ÍONS e ANÍONS MAIORES E POSSÍVEL CARACTERIZAÇÃO DE FAMÍLIAS DE ÁGUAS

Os íons maiores permitem a qualificação da água em famílias e neste caso se tem algumas hipóteses a serem consideradas como forma de se atingir uma evidenciação de que a recarga seja partilhada: 1 – as características químicas, mesmo sendo diversas, podem provar recarga

partilhada como podem provar o contrário. 2 – em caso de se provar que haja partilha tem-se como hipótese mais interna à

seqüência de hipóteses que alguns íons maiores e também outros em traço sejam críticos para a construção da evidência.

3 – pode-se aceitar que a variação seja tal que se possa admitir que reflitam trajetos

distintos em função de variações de solos e de rochas. 4 – eventualmente, íons e ânions com valores excedentes possam ser indicadores pelo

viés de um estágio de poluição equivalente em vertentes opostas como evidência de recarga partilhada.

5 – o cômputo das diferenças deverá ser estudado com análise de variância para se

testar semelhanças / dessemelhanças da população amostral total e de subconjuntos amostrais.

6 – os subconjuntos amostrais devem ser agregados pelas relações de locação das

fontes / nascentes com solos diversos e/ou com rochas diversas.

Page 321: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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7 – no cômputo geral a população amostral é de pequenos números, logo deve

obedecer a uma análise estatística de pequenos números, quando convier. 8 – análises comparativas entre vertentes são consideradas como expressivas em si

mesmas pelos fatos da proximidade de locações, pela oposição de vertentes contíguas, pelas distâncias consideradas ortogonalmente a vertente como distância próxima.

9 – em relação a conjuntos amostrais ao longo de toda uma vertente devem ser

tratados de modo a se caracterizarem como um ou mais conjuntos e para tal deve-se usar a análise canônica, que pode resolver a questão de pertencimento ou não a um mesmo conjunto com características equivalentes.

10 – o conjunto de íons maiores e o conjunto de íons em traço devem ser tratados

como portadores de respostas potencialmente distintas e eventualmente equivalentes.

ÍONS e ÂNIONS em TRAÇO, MAIS e MENOS IMPORTANTES nas Três CAMPANHAS

Neste capítulo trata-se da interpretação dos dados sobre os íons / ânions

maiores para analisar as águas e se reconhecer se existem tipos de águas ou se as diferenças não têm significância para este enfoque de existência de tipos.

As interpretações são feitas com o uso do Teste Kruskal Wallis e a técnica geoestatística Scan para variável contínua para os eventuais tipos, ou apenas como variantes de um único tipo de água, caso seja este o caso (TAB. 1 a TAB. 24).

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TABELA 1 a – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 1 a 8. 1ª campanha 1 2 3 4 5 6 7 8

Determinação / unidade 55962/1184 55962/1185 55962/1186 55962/1187 55962/1215 55962/1216 55962/1217 55962/1218

Datas 09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 09.06.2007 12.06.2007 12.06.2007 13.06.2007 13.06.2007

Fluoreto / mg/l 0,05 0,05 0,05 0,21 0,14 0,09 0,1 <0,01

Cloreto / mg/l 0,2 0,26 0,33 0,63 0,76 0,82 0,35 0,21

Nitrato / mg/l 0,58 0,53 0,91 1,19 1,27 1,13 2,8 6,5

Brometo / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/l <0,05 <0,05 0,13 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 1,96 <0,1 <0,1 0,12 0,29

TABELA 1 b – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 9 a 16. 1ª campanha 9 10 11 12 13 14 15 16

Determinação / unidade 55962/1245 55962/1246 55962/1247 55962/1306 55962/1307 55962/1308 55962/1309 55962/1310

Datas 14.07.2007 14.07.2007 14.07.2007 27.07.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007

Fluoreto / mg/l <0,01 <0,01 0,39 0,06 0,08 0,03 0,16 0,12

Cloreto / mg/l 0,15 <0,01 2,2 0,23 0,22 0,17 1,17 0,76

Nitrato / mg/l 0,84 0,09 0,42 0,77 0,12 0,22 0,49 0,27

Brometo / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/l 0,13 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/l <0,1 <0,1 0,49 <0,1 0,31 <0,1 <0,1 <0,1

Page 323: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 1 c – Íons maiores das amostras da 1ª campanha dos pontos 17 a 21. 1ª campanha 17 18 19 20 21

Determinação / unidade 55962/1311 55962/1312 55962/1313 55962/1314 55962/1315

Datas 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007 27.06.2007

Fluoreto / mg/l 0,1 <0,01 <0,01 <0,01 0,06

Cloreto / mg/l 0,26 0,1 <0,01 <0,01 0,12

Nitrato / mg/l 0,42 0,92 0,08 0,26 1,57

Brometo / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Page 324: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 2 a – Íons maiores das amostras da 2ª campanha dos pontos 1 a 8. 2ª campanha 1 2 3 4 5 6 7 8

Determinação / unidade 56254/2054 56254/2055 56254/2056 56254/2057 56254/2058 56254/2059 56254/2148 56254/2149

Datas 17.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 17.10.2007 18.10.2007 18.10.2007 18.10.2007 18.10.2007

Fluoreto / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Cloreto / mg/l 3,68 1,24 1,74 1,6 1,62 3,01 1,31 1,54

Nitrato / mg/l 1,75 0,21 0,48 0,17 1,18 0,15 0,69 0,36

Brometo / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Nitrito / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Sulfito / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Orto-fosfato / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Sulfato / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1

Page 325: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 3 a – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 1 a 9. 3ª campanha 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Determinação / unidade 57082/1606 57082/1607 57082/1608 57082/1609 57082/1610 57082/1611 57082/1612 57082/1613 57082/1614 Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

Fluoreto / mg/l 0,014 0,087 0,073 0,208 0,052 <0,01 0,01 0,057 0,033 Cloreto / mg/l 0,035 0,455 0,368 1,111 0,117 0,137 0,019 0,187 0,838 Nitrato / mg/l 0,027 0,212 0,033 0,062 0,023 0,075 0,013 0,107 0,407 Brometo / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 Nitrito / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 Sulfito / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 Orto-fosfato / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 Sulfato / mg/l 0,02 0,219 0,041 0,069 0,025 0,94 0,028 0,134 0,087 TABELA 3 b – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 10 a 18. 3ª campanha 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Determinação / unidade 57082/1615 57082/1616 57082/1617 57082/1618 57082/1619 57082/1620 57082/1637 57082/1638 57082/1639 Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

Fluoreto / mg/l 0,023 0,223 0,027 0,207 <0,01 0,247 0,01 0,019 0,15 Cloreto / mg/l 0,071 0,224 0,036 0,484 0,043 0,993 0,204 0,046 2,572 Nitrato / mg/l 0,206 <0,05 <0,05 0,049 0,075 2,954 1,268 0,062 6,178 Brometo / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 Nitrito / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 Sulfito / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 Orto-fosfato / mg/l <0,1 0,109 <0,1 0,226 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 Sulfato / mg/l <0,05 0,057 <0,05 0,808 2,27 2,938 <0,05 <0,05 0,067

Page 326: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 3 c – Íons maiores das amostras da 3ª campanha dos pontos 19 a 25. 3ª campanha 19 20 21 22 23 24 25 Determinação / unidade 57082/1640 57082/1641 57082/1642 57082/1643 57082/1644 57082/1645 57082/1646 Datas 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008 01.10.2008

Fluoreto / mg/l 0,156 0,095 0,017 0,21 0,046 0,218 0,01 Cloreto / mg/l 0,565 0,228 0,044 0,119 0,139 0,799 0,106 Nitrato / mg/l 0,193 0,325 0,189 0,844 1,702 8,135 0,759 Brometo / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 Nitrito / mg/l <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 Sulfito / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 Orto-fosfato / mg/l <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 0,127 Sulfato / mg/l 0,062 <0,05 <0,05 <0,05 1,094 0,129 <0,05

Page 327: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 4 – Íons e ânions presentes com alguma expressividade nas 1ª, 2ª e 3ª campanhas.

Íons e Ânions em traço

1ª campanha íons/ânions

mais abundantes

1ª campanha íons/ânions

menos abundantes

2ª campanha íons/ânions

mais abundantes

2ª campanha íons/ânions

menos abundantes

3ª campanha íons/ânions

mais abundantes

3ª campanha íons/ânions

menos abundantes

Datas 06 e 07 / 2007 06 e 07 /2007 10 / 2007 10 / 2007 10 / 2008 10 / 2008

Alumínio total - mg/l x x x Bário total - mg/l x x x Berilo total - mg/l Boro total - mg/l Cádmio total - mg/l Cálcio total - mg/l x x x Chumbo total - mg/l x x Cobre total - mg/l x x Cromo total - mg/l Ferro total - mg/l x x x Fosfato total - mg/l P x x x Lítio total - mg/l x x Magnésio total - mg/l x x x Manganês total - mg/l x x x Níquel total - mg/l x x x Potássio total - mg/l x x x Sódio total - mg/l x x x Zinco total - mg/l x x x

Page 328: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

285

O QUE SE PODERÁ OBSERVAR

Acima já se chamou a atenção para os aspectos espaciais e agora deve-se observar os aspectos temporais strictu sensu: (1) que variações ocorreram no tempo (2) quão amplas são elas (3) em que medidas essas variações procedem de recarga diferente, ainda que na mesma colina, ou procedem da mesma recarga só que com percolação em substrato com variações regionais amplas com diferentes impactos na qualidade química da água, e por fim (4) se as variações existentes têm algum significado conclusivo.

Na TAB. 5 para o Al observa-se que, comparando-se as três campanhas quanto ao Alumínio, foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.054. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Alumínio (mg/l) na campanha 1 é superior do que as demais campanhas.

Page 329: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Alumínio – Al

FIG. 1a

FIG. 1b

FIG. 1c

FIGURA 1 – Resultados analíticos sobre o Al em água de fontes. A FIG. 1a é de Junho de 2007, a FIG, 1b é de setembro de 2007 e a FIG. 1c é de

agosto de 2008.

Page 330: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

287

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Alumínio. TABELA 5 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Alumínio.

Al

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.41 5.84 0.054* 1ª Cam. > 2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.19 3ª Campanha 0.13

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa

Page 331: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Bário - Ba

FIG. 2a

FIG. 2b

FIG. 2c

FIGURA 2 – Resultados analíticos sobre o Ba em água de fontes. A FIG. 2a é de Junho de 2007, a FIG.2b é de setembro de 2007 e a FIG. 2c é de

agosto de 2008.

Page 332: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

289

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Bário. TABELA 6 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Bário.

Ba

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.005 11.85 0.003** 2ª Cam. > 1ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.014 3ª Campanha 0.005

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Bário, foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.003. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Bário (mg/l) na campanha 2 é superior do que as demais campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 6.

Page 333: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Berilo - Be

FIG. 3a

FIG. 3b

FIG. 3c

FIGURA 3 – Resultados analíticos sobre o Be em água de fontes. A FIG. 3a é de Junho de 2007, a FIG. 3b é de setembro de 2007 e a FIG. 3c é de

agosto de 2008.

Page 334: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

291

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Berílio TABELA 7 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Berílio

Be

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.005 43.34 0.000** 1ª Cam. > 2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.001 3ª Campanha 0.001

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Berilo, foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.000. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Berilo (mg/l) na campanha 1 é superior do que as demais campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 7.

Page 335: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Cádmio – Cd

FIG. 4a

FIG. 4b

FIG. 4c

FIGURA 4 – Resultados analíticos sobre o Cd em água de fontes. A FIG. 4a é de Junho de 2007, a FIG. 4b é de setembro de 2007 e a FIG. 4c é de

agosto de 2008.

Page 336: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

293

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Cádmio. TABELA 8 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Cádmio.

Cd

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.001 0.36 0.836 1ª Cam.=2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.0005 3ª Campanha 0.0005

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Cádmio, não foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.836. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Cádmio (mg/l) é igual entre as campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 8.

Page 337: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Cálcio – Ca

FIG. 5a

FIG. 5b

FIG. 5c

FIGURA 5 – Resultados analíticos sobre o Ca em água de fontes. A FIG. 5a é de Junho de 2007, a FIG. 5b é de setembro de 2007 e a FIG. 5c é de

agosto de 2008.

Page 338: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

295

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Cálcio. TABELA 9 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Cálcio.

Ca

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.28 3.35 0.188 1ª Cam.=2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.61 3ª Campanha 0.46

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Cálcio, não foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.188. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Cálcio (mg/l) é igual entre as campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 9.

Page 339: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Chumbo - Pb

FIG. 6a

FIG. 6b

FIG. 6c

FIGURA 6 – Resultados analíticos sobre o Pb em água de fontes. A FIG. 6a é de Junho de 2007, a FIG. 6b é de setembro de 2007 e a FIG. 6c é de

agosto de 2008.

Page 340: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

297

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Chumbo. TABELA 10 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Chumbo.

Pb

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.005 1.35 0.51 1ª Cam.=2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.005 3ª Campanha 0.005

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Chumbo, não foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.51. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Chumbo (mg/l) é igual entre as campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 10.

Page 341: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Cobre – Cu

FIG. 7a

FIG. 7b

FIG. 7c

FIGURA 7 – Resultados analíticos sobre o Cu em água de fontes. A FIG. 7a é de Junho de 2007, a FIG. 7b é de setembro de 2007 e a FIG. 7c é de

agosto de 2008.

Page 342: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

299

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Cobre. TABELA 11 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Cobre.

Cu

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.004 5.04 0.08 1ª Cam.=2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.004 3ª Campanha 0.004

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Cobre, não foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.08. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Cobre (mg/l) é igual entre as campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 11.

Page 343: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Cromo – Cr

FIG. 8a

FIG. 8b

FIG. 8c

FIGURA 8 – Resultados analíticos sobre o Cr em água de fontes. A FIG. 8a é de Junho de 2007, a FIG. 8b é de setembro de 2007 e a FIG. 8c é de

agosto de 2008.

Page 344: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

301

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Cromo. TABELA 12 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Cromo.

Cr

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.04 0.000 1.000 1ª Cam.=2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.04 3ª Campanha 0.04

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa

Comparando-se as três campanhas quanto ao Cromo, não foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 1.00. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Cromo (mg/l) é igual entre as campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 12

Page 345: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Ferro - Fe

FIG. 9a

FIG. 9b

FIG. 9c

FIGURA 9 - Resultados analíticos sobre o Fe em água de fontes. A FIG. 9a é de Junho de 2007, a FIG. 9b é de setembro de 2007 e a FIG. 9c é de agosto de 2008.

Page 346: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

303

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Ferro. TABELA 13 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Ferro. Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Ferro, foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.000. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Ferro (mg/l) é maior na 2ª campanha do que a 3ª campanha e esta, maior do que a 1ª campanha. Este resultado pode ser visto na TAB. 13.

Fe

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.01 29.36 0.000** 2ª Cam. > 3ª Cam. > 1ª Cam. 2ª Campanha 0.73 3ª Campanha 0.2

Page 347: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Fosfato - PO-4

FIG. 10a

FIG. 10b

FIG. 10c

FIGURA 10 - Resultados analíticos sobre o PO-4 em água de fontes. A FIG. 10a é de Junho de 2007, a FIG. 10b é de setembro de 2007 e a FIG. 10c é de agosto de 2008.

Page 348: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

305

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Fosfato. TABELA 14 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Fosfato.

Po-4

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.57 26.3 0.000** 1ª Cam. > 2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.01 3ª Campanha 0.01

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Fosfato, foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.000. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Fosfato (mg/l) é na 1ª campanha é maior do as demais campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 14.

Page 349: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Lítio - Li

FIG. 11a

FIG. 11b

FIG. 11c

FIGURA 11 - Resultados analíticos sobre o Li em água de fontes. A FIG. 11a é de Junho de 2007, a FIG. 11b é de setembro de 2007 e a FIG. 11c é

de agosto de 2008.

Page 350: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

307

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Lítio. TABELA 15 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Lítio.

Li

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.005 0.82 0.664 1ª Cam.=2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.005 3ª Campanha 0.005

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Lítio, não foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.664. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Lítio (mg/l) é igual entre as campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 15.

Page 351: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Magnésio - Mg

FIG. 12a

FIG. 12b

FIG. 12c

FIGURA 12 - Resultados analíticos sobre o Mg em água de fontes. A FIG. 12a é de Junho de 2007, a FIG. 12b é de setembro de 2007 e a FIG. 12c é de agosto de 2008.

Page 352: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

309

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Magnésio. TABELA 16 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Magnésio.

Mg

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.079 2.56 0.279 1ª Cam.=2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.265 3ª Campanha 0.163

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Magnésio, não foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.279. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Magnésio (mg/l) é igual entre as campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 16.

Page 353: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Manganês - Mn

FIG. 13a

FIG. 13b

FIG. 13c

FIGURA 13 - Resultados analíticos sobre o Mn em água de fontes. A FIG. 13a é de Junho de 2007, a FIG. 13b é de setembro de 2007 e a FIG. 13c

é de agosto de 2008.

Page 354: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

311

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Manganês TABELA 17 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Manganês

Mn

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.006 0.22 0.894 1ª Cam.=2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.007 3ª Campanha 0.006

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Manganês, não foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.894. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Manganês (mg/l) é igual entre as campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 17.

Page 355: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Níquel - Ni

FIG. 14a

FIG. 14b

FIG. 14c

FIGURA 14 - Resultados analíticos sobre o Ni em água de fontes. A FIG. 14a é de Junho de 2007, a FIG. 14b é de setembro de 2007 e a FIG. 14c é

de agosto de 2008.

Page 356: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

313

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Níquel TABELA 18 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Níquel

Ni

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.004 0.11 0.949 1ª Cam.=2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.004 3ª Campanha 0.004

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Níquel, não foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.949. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Níquel (mg/l) é igual entre as campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 18.

Page 357: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Potássio - K

FIG. 15a

FIG. 15b

FIG. 15c

FIGURA 15 - Resultados analíticos sobre o K em água de fontes. A FIG. 15a é de Junho de 2007, a FIG. 15b é de setembro de 2007 e a FIG. 15c é

de agosto de 2008.

Page 358: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

315

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Potássio. TABELA 19 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Potássio.

K

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.17 6.67 0.036* 2ª Cam. > 1ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 0.34 3ª Campanha 0.27

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Potássio, foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.036. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Potássio (mg/l) na 2ª Campanha é maior do que as demais campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 19.

Page 359: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Sódio - Na

FIG. 16a

FIG. 16b

FIG. 16c

FIGURA 16 - Resultados analíticos sobre o Na em água de fontes. A FIG. 16a é de Junho de 2007, a FIG. 16b é de setembro de 2007 e a FIG. 16c

é de agosto de 2008.

Page 360: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

317

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Sódio. TABELA 20 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Sódio.

Na

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.21 5.45 0.066 1ª Cam.=2ª Cam.=3ª Cam. 2ª Campanha 1.000 3ª Campanha 0.49

Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto ao Sódio, não foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.066. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Sódio (mg/l) é igual entre as campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 20.

Page 361: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

Zinco - Zn

FIG. 17a

FIG. 17b

FIG. 17c

FIGURA 17 - Resultados analíticos sobre o Zn em água de fontes. A FIG. 17a é de Junho de 2007, a FIG. 17b é de setembro de 2007 e a FIG. 1c é de agosto de 2008.

Page 362: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

319

DINÂMICA das VARIAÇÕES - Zinco. TABELA 21 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente ao Zinco. Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de Kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa

Comparando-se as três campanhas quanto ao Zinco, foi verificada diferença significativa em relação às campanhas, pois a estatística apresentou um valor-p de 0.022. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração do Zinco (mg/l) é maior na 2ª campanha do que as demais campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 21. CONCLUSÃO SOBRE A ANÁLISE TEMPORAL

Comparando-se as três campanhas quanto aos íons analisados, foram verificadas diferenças significativas em relação às campanhas para os seguintes íons: Alumínio, Bário, Berilo, Ferro, Fosfato, Potássio e Zinco, pois a estatística apresentou um valor-p inferior a 0.05. Ainda que exista diferença, significativa, entre as campanhas, para os íons Bário, Berilo e Zinco, desconsideraremos tal fato devido à concentração (mg/l) ser, praticamente, nula desses íons. ANÁLISE ESPACIAL INTEGRADA

Devido ao fato de que a variável campanha possui três categorias, foi adotado o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, que permite a comparação múltipla de k tratamentos ou categorias. No teste de Kruskal-Wallis, a hipótese nula é a de que não há diferença entre as medianas das categorias; e a hipótese alternativa é a de que pelo menos uma diferença significativa entre as categorias ou tratamentos estudados.

Com a técnica geoestatística Scan (TAB. 22) para variável contínua (HUANG et al., 2009) procura-se por conglomerados de elementos com alta concentração média de íons durante o período analisado. A função de verossimilhança é calculada com base na comparação entre o conglomerado identificado e o universo de elementos restantes. A busca por conglomerados é realizada a partir de janelas circulares de raio variável com centróide em cada um dos elementos. Nesse caso, cada elemento corresponde a uma área de amostragem.

Zn

Resultados

Escore Estatística P-valor Conclusão

1ª Campanha 0.02 7.59 0.022* 2ª Cam. =3ª Cam. > 1ª Cam. 2ª Campanha 0.03 3ª Campanha 0.02

Page 363: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

320

TABELA 22– Testes de Kruskal-Wallis e de Scan para Variável Contínua

Variável Teste de Kruskal-Wallis Teste Scan para Variável Contínua

1ª Campanha

2ª Campanha

3ª Campanha P-valor Área

Média Interna

Média Externa P-Valor

Al 0.41 0.19 0.13 0.054* 4 2,71 0,84 0,094

Ba 0.005 0.014 0.005 0.003** 7,8 0,037 0,0084 0,001**

Be 0.005 0.001 0.001 0.000** 3 0,0037 0,0023 0,808

Cd 0.001 0.0005 0.0005 0.836 8 0,0006 0,00051 0,574

Ca 0.28 0.61 0.46 0.188 7 10,5 0,89 0,001**

Pb 0.005 0.005 0.005 0.51 4 0,007 0,0054 0,379

Cu 0.004 0.004 0.004 0.08 4 0,0091 0,0051 0,173

Cr 0.04 0.04 0.04 1.000 - - - -

Fe 0.01 0.73 0.2 0.000** 8 4,34 0,9 0,351

(PO4)3- 0.57 0.01 0.01 0.000** 1,2 0,88 0,28 0,859

Li 0.005 0.005 0.005 0.664 7 0,0086 0,0051 0,001**

Mg 0.079 0.265 0.163 0.279 7 7,54 0,36 0,001**

Mn 0.006 0.007 0.006 0.894 7 0,13 0,015 0,063

Ni 0.004 0.004 0.004 0.949 6 0,0069 0,0043 0,48

K 0.17 0.34 0.27 0.036* 7,8 1,09 0,27 0,001**

Na 0.21 1.000 0.49 0.066 7 8,58 0,78 0,001**

Zn 0.02 0.03 0.02 0.022* 5 0,39 0,048 0,435 Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de kruskal-Wallis (esquerdo) e Scan para Variável Contínua (direito). – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa

CONCLUSÃO DA ANÁLISE ESPACIAL

De acordo com o teste de Kruskal-Wallis, comparando-se as três campanhas quanto aos íons analisados, foram verificadas diferenças significativas em relação às campanhas para os seguintes íons de: Al, Ba, Be, Fe, K, e Zn e (PO4)

3- em especial, dado que a estatística apresenta um valor-p inferior a 0.05. O que fica é que a diferença entre as campanhas não é expressiva e pode-se interpretar pela equivalência da maioria das amostras; em outras palavras, as diferenças são inexpressivas o suficiente para se entender que a recarga é partilhada ainda que nos trajetos da água surjam agregados químicos que diferenciam as amostras. Esses agregados serão ainda analisados em função dos tipos de solos e rochas em etapa vindoura.

O teste Scan demonstrou que, nas áreas 7 e 8, há uma significativa singularidade das concentrações médias dos íons de K e Ba, em comparação às demais áreas de amostragem. Além disso, a área 7 também apresenta uma singularidade das concentrações médias dos íons de Ca, Li, Mg e Na. Esta derivação poderá ser atribuída a variações locais de solos e mineralizações do entorno.

Page 364: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

321

ANÁLISE TEMPORAL INTEGRADA DOS ÍONS MAIORES

Para a avaliação de diferenças entre as campanhas (1ª, 2ª e 3ª) e os íons maiores, foram utilizados testes não-paramétricos (TAB. 23), pois a suposição de normalidade para os íons foi violada. Devido ao fato de que a variável campanha possui três categorias, foi adotado o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, que permite a comparação múltipla de k tratamentos ou categorias. No teste de Kruskal-Wallis, a hipótese nula é a de que não há diferença entre as medianas das categorias; e a hipótese alternativa é a de que pelo menos uma diferença significativa entre as categorias ou tratamentos estudados. TABELA 23 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª, 2ª e 3ª) referente aos íons maiores.

Variável

Teste de Kruskal-Wallis

1ª Campanha 2ª Campanha 3ª Campanha P-valor

Fluoreto 0.06 0.05 0.05 0.978

Cloreto 0.23 1.820 0.19 0.000**

Nitrato 0.58 1.120 0.19 0.004**

Brometo 0.05 0.05 0.05 1.000

Nitrito 0.05 0.05 0.05 0.794

Sulfito 0.10 0.10 0.10 1.000

Orto-Fosfato 0.10 0.10 0.10 0.865

Sulfato 0.10 0.10 0.06 0.016* Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto aos íons maiores, foram verificadas diferenças significativas em relação às campanhas para os seguintes íons maiores: Cloreto, Nitrato e Sulfato, pois a estatística apresentou um valor-p inferior a 0.05. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração desses íons maiores (mg/l) na 2ª campanha é superior que as demais campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 23.

ANÁLISE ESPACIAL INTEGRADA DOS ÍONS MAIORES

Com a técnica geoestatística Scan (TAB. 24) para variável contínua (HUANG et al., 2009) procura-se por conglomerados de elementos com alta concentração média de íons maiores durante o período analisado. A função de verossimilhança é calculada com base na comparação entre o conglomerado identificado e o universo de elementos restantes. A busca por conglomerados é realizada a partir de janelas circulares de raio variável com centróide em cada um dos elementos. Nesse caso, cada elemento corresponde a uma área de amostragem.

Page 365: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

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TABELA 24– Estatística Espacial Scan para Variável Contínua nos íons maiores.

Variável

Teste Scan para Variável Contínua

Área Média Interna Média Externa P-Valor

Fluoreto 7 0.140 0.072 0.224

Cloreto 7 2.760 0.910 0.345

Nitrato 5, 6 2.260 0.840 0.103

Brometo 1, 2 0.050 0.050 1.00

Nitrito 7 0.390 0.100 0.898

Sulfito 1, 2 0.100 0.100 1.000

Orto-Fosfato 7 0.120 0.100 0.517

Sulfato 7 1.430 0.190 0.004**

O teste Scan demonstrou que na área 7 há uma significativa singularidade da concentração média do íon maior Sulfato, em comparação às demais áreas de amostragem. Além disso, a área 7 também apresenta uma singularidade das concentrações médias dos íons maiores de Fluoreto, Cloreto, Nitrito e Orto-Fosfato, mas não é considerado relevante em relação as demais áreas de amostragem. REFERÊNCIA HUANG, L.; TIWARI, R.; ZUO, J.; KULLDORFF, M.; FEUER, E. Weighted normal spatial scan

statistic for heterogeneous population data. Journal of the American Statistical Association, 2009.

Page 366: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

323

SSEEXXTTOO CCAAPPÍÍTTUULLOO

MONITORAMENTO do USO da TERRA com ÊNFASE na COBERTURA VEGETAL, nos PERÍODOS de 1964, 1989 e 2005

INTRODUÇÃO

Como forma de suporte às atividades do projeto em pauta referente ao

partilhamento de zonas de recarga de aqüíferos, resolveu-se incluir a análise das transformações ocorridas no uso do solo, com ênfase na cobertura vegetal nos períodos de 1964, 1989 e 2005.

É possível que as análises do monitoramento ora proposto apresentem alguma contribuição para o esclarecimento de questões relacionadas ao partilhamento, uma vez que alterações da cobertura vegetal encontram-se intimamente ligadas às atividades antrópicas e, por conseguinte ao suprimento de aqüíferos.

São apresentados os resultados do mapeamento por classes de cobertura vegetal, incluindo as alterações antrópicas nos períodos anteriormente mencionados e a análise das transformações ocorridas, como já referido.

Foram estabelecidas classes de declividade com as respectivas áreas e percentuais para cada tipologia florestal e uso antrópico, no sentido de se analisar a ocupação dos espaços pelos diferentes usos em relação à topografia do terreno. OBJETIVOS

� Apresentar uma descrição sucinta das formações vegetais que ocorrem no espaço estudado.

� Elaborar o mapeamento das formações vegetais e o uso antrópico presentes na

área de estudo (área tampão) e calcular suas áreas correspondentes.

� Efetuar o monitoramento dos dados mencionados anteriormente, nos períodos de 1964, 1989 e 2005.

� Efetuar as análises e comparações referentes ao monitoramento nos períodos

relacionados, levando-se em consideração as classes de relevo estabelecidas. DESCRIÇÃO SUCINTA da COBERTURA VEGETAL NATIVA

O presente estudo trabalha com 5 classes de cobertura vegetal nativa, 2 classes de cobertura vegetal plantada (aqui consideradas áreas antropizadas), uma classe denominada Corpos d’água, considerada para efeito de análise como cobertura vegetal

Page 367: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

324

nativa e a classe Outros, incluindo demais espaços antropizados. Na TAB. 1 são apresentadas as nomenclaturas das formações vegetais utilizadas pelo CETEC em 1989, pelo IEF-MG – Instituto Estadual de Florestas/UFLA – Universidade Federal de Lavras, em 2005 e a versão adaptada pelo CETEC no presente trabalho. A seguir são descritas as formações vegetais/outros usos do solo ocorrentes na área de estudo. TABELA 1 - Compatibilização de nomenclaturas para monitoramento da vegetação na parcela mineira da área de estudo - 1964, 1989 e 2005.

Nomenclatura CETEC,

1989 Nomenclatura IEF, 2005

Nomenclatura adaptada ao

Monitoramento

Campo Campo Campo

Cobertura

Nativa

Campo Cerrado Campo Cerrado Campo Cerrado

Cerrado Cerrado

Cerrado Cerrado em

Regeneração Cerrado

Não foi mapeada Vereda

Mata Seca (Caatinga

Arbórea) Floreta Estacional Decidual

Floresta Estacional

Decidual

Capoeirão Floresta Estacional

Semidecidual Floresta Estacional

Semidecidual Capoeira

Floresta Estacional

Semidecidual

Corpos d’água Áreas úmidas Corpos d'água

Floresta Plantada de

Eucaliptus Eucalipto Eucalipto

Espaço

Antropizado

Floresta Plantada de

Pinus Pinus Pinus

Área cultivada,

pastagem e área

urbana.

Outros (área cultivada,

pastagem, solo exposto,

área urbana)

Outros

Na conceituação das classes de vegetação foram utilizados alguns aspectos

fisionômico-estruturais e de distribuição geográfica, sendo agrupados conceitos tanto do CETEC como do IEF (IEF/UFLA, 2006; CETEC, 1989). Campo

Formação vegetal predominantemente constituída por revestimento herbáceo no qual se destacam, pela freqüência com que ocorrem, as gramíneas campestres típicas. Essas espécies de gramíneas compõem um manto rasteiro em que estão disseminadas algumas espécies de cipereráceas, ervas de outras famílias, subarbustos e arbustos baixos.

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Conforme conceituado pelo IEF, esta classe compreende os campos de altitude e os rupestres não sendo encontrada nas áreas do presente estudo. Campo Cerrado

Fisionomia savânica que resulta da associação entre o Cerrado e o Campo. Possui ocorrência expressiva de espécies típicas de campo co-existindo com espécies de menor porte do Cerrado.

O Cerrado, via-de-regra, é o revestimento florístico que ocorre

predominantemente, em chapadas. O Campo Cerrado ocorre, em geral, em terrenos dissecados, com solos de baixa fertilidade, cascalhentos e em cotas altimétricas inferiores às das chapadas. Cerrado

Formação vegetal de fisionomia savânica com a presença de dois estratos, um herbáceo-arbustivo (ou campestre) e outro arbóreo-arbustivo (ou lenhoso). O estrato campestre cobre diretamente o solo e é composto predominante por gramíneas. O estrato lenhoso se compõe de árvores e arbustos tortuosos, com casca grossa, folhas espessas do tipo coriácea e raramente decíduas. O estrato campestre apresenta densidade com proporção inversa à cobertura do estrato lenhoso. A conceituação aqui considerada é em seu sentido amplo (lato sensu), incluindo o cerrado típico e o menos denso (com diversas formas de regeneração). Não houve ocorrência na área da formação Cerradão.

Os cerrados são predominantes no Centro, Noroeste e Oeste do Estado, onde constituem as fisionomias predominantes do Domínio dos Cerrados. No primeiro período do monitoramento ora proposto, referente ao ano de 1964, esta fisionomia era muito expressiva, com grandes áreas contínuas de vegetação distribuídas por toda área referida. Vereda

É um ecossistema, geralmente, inserido no bioma do Cerrado, que tem por característica a maior abundância de água fluente e a existência conseqüente de espécies vegetais adaptadas a este ambiente; é alvo de proteção especial em lei.

Conforme entendimento do IEF são áreas de surgência do lençol freático, caracterizadas por uma drenagem superficial difusa, inundável durante todo ano, mesmo na estação seca. O solo é hidromórfico, com uma espessa camada de matéria orgânica. Floresta Estacional Decidual (Mata Seca e Caatinga Arbórea)

Esta classe de ocupação corresponde às matas decíduas de porte médio a alto, pouco densas, com árvores de troncos não muito grossos, com raízes subterrâneas, muitas vezes expostas por sustentarem árvores sobre formação de rochas calcárias. Freqüentemente está associada a afloramentos rochosos de calcário, gnaisse e

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basaltos. Por outro lado, também pode-se dizer que apresentam dossel superior de 6 m (sobre afloramentos rochosos) a 15 m de altura (em solos mais profundos, com árvores emergentes chegando a 30 m, e deciduidade acentuada (> 70%) da massa foliar do dossel na época seca. Baixa ocorrência de epifitismo. Densidade variável de cactáceas e bromeliáceas terrestres, palmeiras e lianas.

A classe identificada como Caatinga Arbórea não foi encontrada na área do presente estudo, sendo que nos domínios do Cerrado e da Floresta Atlântica ocorre como encraves, também conhecidos como Mata Seca. Floresta Estacional Semidecidual

Fisionomia florestal com dossel superior de 4 m e sub-bosque denso. Apresenta deciduidade intermediária (20-70%) da massa foliar do dossel na época mais fria e seca. Menor abundância de epífitas e samambaiaçus quando comparada coma as florestas ombrófilas. Densidade variável de lianas e bambusóides (taquaras e bambus).

As florestas estacionais semideciduais são amplamente distribuídas em Minas Gerais em áreas com regime de precipitação sazonal dos domínios da Mata Atlântica e do Cerrado. No domínio da Mata Atlântica, é a tipologia predominante e, no domínio do Cerrado, ocorre na forma de encraves e florestas associadas a corpos d’água permanentes ou intermitentes. Corpos d’água

Esta classe de ocupação da terra, conforme conceituada pelo CETEC, corresponde às áreas inundadas permanentemente ou que apresentam espelho d’água à época de tomadas das fotografias aéreas, ou das imagens orbitais. De outra forma, são superfícies com espelho d’água, correspondendo a reservatórios e cursos de água, como represas, lagoas, nascentes, ribeirões e outros.

Esta classe apresenta semelhanças com a fisionomia das áreas úmidas caracterizadas pelo IEF. Eucalipto

Formação vegetal constituída de maciços homogêneos quanto às espécies plantadas e com árvores de mesma idade. Os plantios obedecem a planos de manejo estabelecidos pelo IEF, e apresentam áreas contínuas com geometria regular. Atualmente, os plantios são executados por empresas privadas consumidoras de matéria-prima florestal, por proprietários rurais e por programas de fomento do governo estadual para suprimento das necessidades dos agricultores e das empresas. Pinus

Os povoamentos deste gênero apresentam, basicamente, as mesmas particularidades para o gênero eucalipto. Uma característica adicional do Pinus refere-se a não brotação das touças após o corte, sendo que o Eucalipto, na área considerada, apresenta, normalmente, dois cortes com produtividade satisfatória. Outros

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327

Engloba áreas urbanas, solos expostos, áreas cultivadas e pastagens. METODOLOGIA

O monitoramento da cobertura vegetal consistiu no mapeamento e na comparação da distribuição espacial das classes de cobertura vegetal na área de estudo em diferentes datas. Foi feita uma comparação histórica para a parcela mineira da área entre os períodos de 1964, 1989 e 2005. Serviu-se de um Sistema de Informação Geográfica para o geoprocessamento dos dados de cobertura nativa dos períodos em questão, destacando-se os procedimentos de vetorização, cálculo de áreas e mapeamento da cobertura vegetal nativa. O software utilizado foi o ArcGis 9.2 (MATOS, 2001; MIRANDA, 2005).

A nomenclatura utilizada pelo IEF no projeto: Mapeamento e Inventário da Flora Nativa e dos Reflorestamentos de Minas Gerais, em Convênio com a UFLA, publicado em 2006, referente ao ano anterior, foi adotada neste monitoramento. Para a realização da comparação histórica dos períodos de 1964, 1989 e 2005 foi proposta uma compatibilização da nomenclatura adotada pelo CETEC em 1989 em face da nomenclatura utilizada pelo IEF em 2005, como consta na TAB. 1.

A nomenclatura do IEF também recebeu uma pequena alteração, na qual a classe Vereda foi incluída como pertencente à classe Cerrado. Isto se deu no sentido de compatibilizar com o mapeamento do CETEC que, como se observa na TAB. 1, esta classe não foi mapeada pelo CETEC no ano de 1989, sendo incluída na tipologia Cerrado por ocorrer predominante nesta.

Na obtenção dos dados da cobertura vegetal do período de 1989 foram digitalizados mapas elaborados pelo CETEC na escala 1:100.000 pertencentes ao projeto: Mapeamento e Inventário da Cobertura Vegetal Nativa e de Florestas Plantadas no Estado de Minas Gerais, datado de 1988. Essas digitalizações foram georreferenciadas com a projeção UTM, datum SAD 69 e fuso 23 Sul. Em seqüência, as digitalizações foram reunidas em um mosaico que serviu de mapa base para a produção dos vetores poligonais correspondentes a cada uma das formações vegetais da área em questão. Terminada a vetorização, procedeu-se com o cálculo da área de cada vetor (ROCHA, 2000).

O mapeamento do CETEC apresenta classes de cobertura vegetal que consistem em associações das demais classes, com a predominância de 60 % ou 80 % de cobertura nativa, ou 60 % de predominância das atividades antrópicas. Para o cálculo geral de áreas que cada tipologia ocupa no espaço, consideraram-se as percentagens indicadas nas classes de associações. Porém, no mapa elaborado a partir dos dados do CETEC, essas associações foram generalizadas em classe com predominância de cobertura vegetal e classe com predominância de atividades antrópicas.

Os dados referentes ao período de 2005 foram produzidos e tratados pelo IEF na escala 1:60.000, na projeção Albers, para todo o estado de Minas Gerais. Procedeu-se com a identificação, seleção e coleta dos dados vetoriais e das imagens de satélites

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referentes à cobertura nativa contida especificamente na área de trabalho. Os vetores foram agrupados conforme o tipo de cobertura nativa, re-projetados para a projeção UTM com o datum SAD 69, fuso 23 e tiveram o valor das áreas recalculado para a unidade de medida hectare.

Foi executado um novo mapeamento para a área no ano de 2005, feito através

da interpretação das imagens de satélite LANDSAT 5, tendo por orientação os dados do CETEC em 1989 e do IEF em 2005. Esse procedimento foi motivado pela necessidade de adequação da escala dos dados de 2005 à escala 1:100.000.

O mapeamento da cobertura vegetal de 1964 foi elaborado através da interpretação de ortofotos da área em questão, datadas de 1964, cedidas pelo IGA/MG - Instituto de Geociências Aplicadas. As interpretações foram correlacionadas com os dados de 1989, produzidos pelo CETEC, de modo a ser assim sanado algum equívoco e preservada a escala 1:100.000.

O cálculo da área da parte mineira resultou em um valor inferior à soma das áreas dos vetores poligonais que representam cada uma das classes de cobertura vegetal. Isso se deu para os vetores dos dados do CETEC em 1989, para os dados originais do IEF em 2005, para os dados do mapeamento de 2005 adaptados e para o mapeamento de 1964. Essas diferenças de valores referentes à extensão da parte mineira da área ocorrem em função da sobreposição parcial de alguns polígonos, fazendo com que algumas áreas sejam compreendidas em mais de uma classe vegetal. O valor desse erro, que superestima a extensão da parte mineira, foi dividido proporcionalmente entre as classes de cobertura vegetal e os resultados foram subtraídos de cada classe, resultando no valor correto da parte mineira da área de estudo.

Foi empreendida a quantificação de cada tipologia vegetal em seis classes de declividade, a saber: plano – 0 a 3 % de inclinação do terreno, suave ondulado – 3 a 8 %, ondulado – 8 a 20 %, forte ondulado – 20 a 45 %, montanhoso – 45 % a 75 % e escarpado – maior de 75 %. Os resultados indicam a distribuição espacial das tipologias vegetais em função da topografia.

Por fim, produziu-se, ainda, o mapeamento da totalidade da área para o ano de 2005. Os dados da cobertura vegetal mineira na escala 1:100.000, obtidos da adaptação do mapeamento feito pelo IEF, foram unidos aos dados também na escala 1:100.000 da cobertura vegetal goiana em 2006, obtidos na base de dados digitais do Sistema Estadual de Estatística e de Informações Geográficas de Goiás – SIEG. APRESENTAÇÃO da ÁREA de ESTUDO

A área de estudo se estende, predominantemente, na direção norte-nordeste / sul-sudeste sobre parte do divisor de águas entre a bacia hidrográfica do rio Paracatu, integrante da bacia hidrográfica do rio São Francisco, e a bacia hidrográfica do rio Paranaíba, que integra a bacia hidrográfica do rio Paraná. Tanto a bacia do Paracatu quanto a bacia do Paranaíba são sub-bacias que se localizam no alto vale das bacias hidrográficas nacionais nas quais se inserem.

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A linha de cumeada do divisor de água atua como eixo central da área, limitada a norte pela latitude 15º 33’ 10,48” sul e a sul 18º 26’ 28,9” sul. Os limites longitudinais correspondem à distância de 15 km para leste e 15 km para oeste da linha de cumeada (FIG. 1).

Pela FIG. 2, observa-se que a área em questão se localiza no centro do território brasileiro, ocupando parte do Estado de Goiás e do Distrito Federal, na região Centro-Oeste e, principalmente, Minas Gerais, na região Sudeste. Possui aproximadamente 1.400.000 hectares, dos quais quase 70% estão em Minas Gerais. Conforme pode-se observar, também a divisão da área por unidades federativas apresenta alguns dos agentes geopolíticos que estão envolvidos na gestão territorial da área.

Na responsabilidade pela gestão territorial direta estão o Distrito Federal e 13 municípios, sendo 4 goianos e 9 mineiros (TAB. 2).

FIGURA 1 - Localização hidrográfica da área de estudo

Essa divisão orienta o entendimento de que a maior parte do perímetro de estudo está sujeita à atuação da política florestal do Estado de Minas Gerais, enquanto nas porções pertencentes ao Estado de Goiás e ao Distrito Federal atuam outra política florestal.

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330

FIGURA 2 - Divisão da área de estudo por unidade federativa.

Porém, o mapeamento da cobertura vegetal no ano de 2005 mostra que essa distinção administrativa não repercute de maneira singular na paisagem da área. Tanto em Goiás quando em Minas Gerais e no Distrito Federal todas as tipologias vegetais da cobertura nativa estão espacialmente fragmentadas, apesar de existirem áreas com maior concentração de cobertura nativa. TABELA 2 - Divisão da região de estudo por unidades federativas e respectivas áreas.

Estado Área em hectare Valor em % Número de

Municípios

Distrito Federal 199.875,1 14,36 -

Goiás 180.544,5 12,97 4

Minas Gerais 1.011.470,2 72,67 9

Total 1.391.889,8 100 13

Na FIG. 3 é apresentada a cobertura vegetal e o espaço antropizado da área

referida em sua forma amplificada e suas localizações no âmbito regional, ocupando espaços nos Estados de Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal, como já referido.

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331

FIGURA 3 – Cobertura vegetal e espaço antropizado da área de estudo em 2005.

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APRESENTAÇÃO dos RESULTADOS Ano - 1964

Como se observa na TAB. 3, para o ano considerado, a área conserva 84 % da paisagem natural, que se caracteriza pelo bioma Cerrado subdividido em tipologias vegetais próprias. Predominam, respectivamente, as tipologias savânicas Campo, Cerrado e Campo Cerrado. Não há a presença de florestas plantadas de Eucalipto ou Pinus.

A tipologia Campo possui maior valor, com aproximadamente 30 % do total da área de estudo, sendo seguida pelo Cerrado e pelo Campo Cerrado com valores bem próximos. As tipologias Decidual e Semidecidual apresentam percentuais de baixa expressão. TABELA 3 – Área, percentual da cobertura vegetal e do espaço antropizado na parte mineira

da área de estudo em 1964. Classes de cobertura

vegetal/Espaço antropizado

Área Classes gerais de

ocupação do espaço

Área

Hectares % Hectares %

Campo (de Altitude, Limpo

e Sujo) 311.942,0 30,84

Áreas com cobertura

nativa 850.383,7 84,07

Campo Cerrado 247.286,6 24,45

Cerrado 267.628,6 26,46

Floresta Estacional

Decidual 7.141,5 0,71

Floresta Estacional

Semidecidual 16.384,9 1,62

Corpos d'água 1.414,1 0,14 Corpos d'água 1.414,1 0,14

Pinus 0,0 0,00

Espaço antropizado 159.672,4 15,79

Eucalipto 0,0 0,00

Outros (Áreas cultivadas ou

urbanas, pastagens e solo

exposto)

159.672,4 15,79

Total 1.011.470,2 100,00 Total 1.011.470,2 100,00

A FIG. 4 apresenta os mesmos dados da TAB. 3, contudo estes são mostrados

em forma de gráfico e, a FIG. 5 apresenta os dados anteriores de forma agrupada (cobertura nativa, corpos d’água e espaço antropizado).

A FIG. 6 mostra a localização espacial dos dados descritos na TAB. 3. Cabendo destacar que a tipologia Floresta Estacional Semidecidual se localiza no extremo norte da área objeto do trabalho, como encrave em meio à grandes porções contínuas de

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Cerrado e Campo Cerrado. A Floresta Estacional Decidual sofre pressão espacial, sendo circundada pela classe Outros, nas duas situações em que esta classe se apresenta na figura (nordeste e médio leste), fato este que pode demonstrar o interesse antrópico também na obtenção de madeira para fins diversos.

15,790,00

0,71

24,45

1,62

0,140,00

30,84

26,46

Campo (de Altitude, Limpo e Sujo)

Campo Cerrado

Cerrado

Floresta Estacional Decidual

Floresta Estacional Semidecidual

Corpos d'água

Pinus

Eucaliptos

Outros (Áreas cultivadas ouurbanas, pastagens e solo exposto)

FIGURA 4 – Percentual de cobertura vegetal e espaço antropizada na parte mineira da área de

estudo – 1964.

84,07

15,790,14

Áreas comcobertura nativaCorpos d'água

EspaçoAntropizado

FIGURA 5 - Percentual de transformação da paisagem mineira na área de estudo em 1964.

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FIGURA 6 – Cobertura vegetal e espaço antropizado na parcela mineira da área de estudo em 1964.

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Ano - 1989

Em 1989, como mostra a TAB. 4, a paisagem predominante ainda é a natural (aproximadamente 67%). O espaço antropizado ocupa aproximadamente 32% da área e se divide entre as classes Outros (30,78%) e Pinus (1,62%). As tipologias vegetais savânicas Campo e Campo Cerrado se destacam em quantidade de área, com 28,34% e 28,36%, respectivamente. A formação florestal Cerrado ocupa 9,13% da área. As tipologias Decidual e Semidecidual apresentam percentuais de baixa expressão e ainda assim inferiores aos existentes em 1964. TABELA 4 – Área, percentual da cobertura vegetal e do espaço antropizado na parte mineira da área de estudo em 1989.

Classes de cobertura

vegetal/ Espaço

antropizado

Área Classes gerais de

ocupação do espaço

Área

Hectares % Hectares %

Campo (de Altitude, Limpo

e Sujo) 286.640,4 28,34

Áreas com cobertura

nativa 682.287,4 67,46

Campo Cerrado 286.874,7 28,36

Cerrado 92.329,4 9,13

Floresta Estacional

Decidual 5.248,4 0,52

Floresta Estacional

Semidecidual 11.194,5 1,11

Corpos d'água 1.416,9 0,14 Corpos d'água 1.416,9 0,14

Pinus 16.436,1 1,62

Espaço Antropizado 327.765,9 32,40

Eucalipto 0,0 0,00

Outros (Áreas cultivadas ou

urbanas, pastagens e solo

exposto)

311.329,7 30,78

Total 1.011.470,2 100,00 Total 1.011.470,2 100,00

A FIG. 7 apresenta os mesmos dados da TAB. 4, contudo estes são mostrados

em forma de gráfico e, a FIG. 8 apresenta os dados anteriores de forma agrupada (cobertura nativa, corpos d’água e espaço antropizado).

A FIG. 9 mostra a localização espacial dos dados descritos na TAB. 4. Cabe destacar alguns aspectos: - a localização das áreas ocupadas pelo Cerrado sempre são contíguas à classe Outros e apresentam-se bastante fragmentadas; - nota-se também a predominância e expansão da classe Outros, distribuindo-se por toda a área pesquisada.

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336

9,13

28,34

1,620,14

1,11

28,36

0,520,00

30,78

Campo (de Altitude, Limpo e Sujo)

Campo Cerrado

Cerrado

Floresta Estacional Decidual

Floresta Estacional Semidecidual

Corpos d'água

Pinus

Eucaliptos

Outros (Áreas cultivadas ouurbanas, pastagens e solo exposto)

FIGURA 7 - Percentual da cobertura vegetal e do espaço antropizado na parte mineira da área de estudo em 1989.

0,14

67,46

32,40

Áreas comcobertura nativa

Corpos d'água

EspaçoAntropizado

FIGURA 8 - Percentual de transformação da paisagem mineira na área de estudo em 1989.

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337

FIGURA 9 – Cobertura vegetal e espaço antropizado na parcela mineira da área de estudo em

1989.

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Ano - 2005

Em 2005, como se observa pela TAB. 5, uma paisagem extremamente antropizada caracteriza a área em estudo. A classe Outros corresponde a 76,96 % do total. Há a ocorrência de florestas plantadas de Pinus e de Eucalipto, mesmo que em quantidades diminutas (0,26 e 0,14 %, respectivamente).

As tipologias Decidual e Semidecidual apresentam percentuais de baixa expressão, contudo a tipologia Semidecidual apresentou valor superior ao verificado no ano de 1989, que foi de 1,11%. TABELA 5 – Área, percentual da cobertura vegetal e do espaço antropizado na parcela mineira da área de estudo em 2005.

Classes de cobertura

vegetal/ Espaço

antropizado

Área Classes gerais de

ocupação do espaço

Área

Hectares % Hectares %

Campo (de Altitude, Limpo

e Sujo) 115.173,0 11,39

Áreas com cobertura

nativa 231.647,7 22,90

Campo Cerrado 81.909,8 8,10

Cerrado 13.459,4 1,33

Floresta Estacional

Decidual 4.930,7 0,49

Floresta Estacional

Semidecidual 16.174,8 1,60

Corpos d'água 1.419,2 0,14 Corpos d'água 1.419,2 0,14

Pinus 2.611,1 0,26

Espaço Antropizado 778.403,2 76,96

Eucalipto 1.448,5 0,14

Outros (Áreas cultivadas ou

urbanas, pastagens e solo

exposto)

774.343,6 76,56

Total 1.011.470,2 100,00 Total 1.011.470,2 100,00

A FIG. 10 apresenta os mesmos dados da TAB. 5, contudo estes são mostrados

em forma de gráfico e, a FIG. 11 apresenta os dados anteriores de forma agrupada (cobertura nativa, corpos d’água e espaço antropizado).

A FIG. 12 mostra a localização espacial dos dados descritos na TAB. 5. Algumas situações devem ser destacadas: - a cobertura nativa ocupa aproximadamente 23% da área e, tanto as fisionomias savânicas quanto as florestais estão espacialmente fragmentadas, o que aponta para a ocorrência de uma descontinuidade floral em todas as tipologias nativas; - a tipologia Cerrado ocupa apenas 1,33% da área, apesar de ser uma das tipologias típicas, e se situa em poucos locais; - as tipologias Campo e Campo

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339

Cerrado apresentam áreas bem mais expressivas que o Cerrado e predominam em maior número de locais. É sensível, porém, a pressão espacial exercida pela classe Outros nessas tipologias.

1,3311,390,26

0,14

1,60

8,100,49

0,14

76,56

Campo (de Altitude, Limpo e Sujo)

Campo Cerrado

Cerrado

Floresta Estacional Decidual

Floresta Estacional Semidecidual

Corpos d'água

Pinus

Eucaliptos

Outros (Áreas cultivadas ouurbanas, pastagens e solo exposto)

FIGURA 10 – Percentual da cobertura vegetal e do espaço antropizado na parte mineira da

área de estudo em 2005.

0,14 22,90

76,96

Áreas comcobertura nativaCorpos d'água

EspaçoAntropizado

FIGURA 11 - Percentual de transformação da paisagem mineira na área de estudo em 2005.

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340

FIGURA 12 – Cobertura vegetal e espaço antropizado na parcela mineira da área de estudo em 2005.

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COMPORTAMENTO GERAL da PAISAGEM nos PERÍODOS ANALISADOS

Como se observa na TAB. 6, a cobertura vegetal nativa em sua totalidade sempre teve tendência de redução de sua área, nos períodos de 1964, 1989 e 2005, correspondendo a 84,07%, 67,46% e 22,90%, respectivamente. Resultando em uma paisagem drasticamente marcada por atividades antrópicas.

Na FIG. 13, conforme mostra o gráfico, a variação do percentual de cobertura nativa entre os anos de 1964 a 1989 é menor do que a variação apresentada por esta cobertura entre 1989 a 2005. Uma das possibilidades para este comportamento está no fato de que, embora o período de 16 anos entre 1989 e 2005 ser menor que o período de 25 anos entre 1964 a 1989, foi na década de 1990 que houve expressiva mecanização da agricultura, com ganhos de produtividade e ocupação de novas áreas, principalmente pelo substancial aumento da produção de grãos (particularmente de soja, seguidos de milho e feijão). Esta tendência se manifesta até os dias atuais. A FIG. 13 evidencia a progressão do espaço antropizado sobre a cobertura nativa para os períodos analisados.

Na FIG. 14 é mostrada: - a parte goiana (com seus usos de ocupação não mapeados) da área de estudo; - alguns poucos corpos d’água situados na porção norte; - remanescentes de cobertura nativa em 2005, distribuídos por toda a área objeto de estudo, contudo de forma muito fragmentada, com exceção de poucos espaços com cobertura contínua; - espaço antropizado em 1964 de baixa magnitude; espaços antropizados em 1989 distribuídos de forma relativamente significativa por toda área de estudo; - espaços antropizados em 2005, ocorrendo de forma muito expressiva, em segmentos contínuos, por quase todos os locais, com exceção do extremo sul da área em questão.

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TABELA 6 - Comparação dos resultados das classes de cobertura vegetal e do espaço antropizado, nos períodos de 1964, 1989 e 2005.

Classes de cobertura vegetal/Espaço antropizado

Área em 1964 Variação entre 1964 e 1989

Área em 1989 Variação entre 1989 e 2005

Área em 2005 Variação entre 1964 e 2005

Hectare % da área

Hectare % da área

Hectare % da área

Hectare % da área

Hectare % da área

Hectare % da área

Campo (de Altitude,

Limpo e Sujo) 311.950,2 30,84 -25.309,8 -2,50 286.640,4 28,34 -171.467,3 -16,95 115.173,0 11,39 -196.777,2 -19,45

Campo Cerrado 247.293,1 24,45 39.581,6 3,91 286.874,7 28,36 -204.964,9 -20,26 81.909,8 8,10 -165.383,3 -16,35

Cerrado 267.635,7 26,46 -175.306,3 -17,33 92.329,4 9,13 -78.870,0 -7,80 13.459,4 1,33 -254.176,3 -25,13

Floresta Estacional

Decidual 7.115,1 0,70 -1.866,7 -0,18 5.248,4 0,52 -317,7 -0,03 4.930,7 0,49 -2.184,4 -0,22

Floresta Estacional

Semidecidual 16.385,4 1,62 -5.190,8 -0,51 11.194,5 1,11 4.980,2 0,49 16.174,8 1,60 -210,6 -0,02

Corpos d'água 1.414,2 0,14 2,7 0,00 1.416,9 0,14 2,4 0,00 1.419,2 0,14 5,1 0,00

Pinus 0,0 0,00 16.436,1 1,62 16.436,1 1,62 -13.825,0 -1,37 2.611,1 0,26 2.611,1 0,26

Eucalipto 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 1.448,5 0,14 1.448,5 0,14 1.448,5 0,14

Outros (áreas

cultivadas ou

urbanas, pastagens

e solo exposto)

159.676,6 15,79 151.653,1 14,99 311.329,7 30,78 463.013,9 45,78 774.343,6 76,56 614.667,0 60,77

Cobertura Nativa 850.379,5 84,07 -168.092,0 -16,62 682.287,4 67,46 -450.639,7 -44,55 231.647,7 22,90 -618.731,7 -61,17

Espaço Antropizado 159.676,6 15,79 168.089,3 16,62 327.765,9 32,40 450.637,4 44,55 778.403,2 76,96 618.726,7 61,17

Total da área

comparada 1.011.470,2 100,00 -- 1.011.470,2 100,00 -- 1.011.470,2 100,00 --

Page 386: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

84,07

15,79

67,46

32,40

22,90

76,96

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

(%)

Área em 1964 Área em 1989 Área em 2005

Transformação da paisagem na parte mineira da área de estudo

Espaço Antropizado

Cobertura Nativa

FIGURA 13 - Transformação da paisagem na parte mineira da área de estudo.

Page 387: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

344

FIGURA 14 – Evolução do espaço antropizado nos períodos de 1964, 1989, 2005 e cobertura nativa remanescente em 2005, na parcela mineira da área de estudo.

Page 388: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

345

ANÁLISE dos RESULTADOS nos PERÍODOS CONSIDERADOS, por CLASSES de USOS DOS SOLOS e POR CLASSES de DECLIVIDADE

Os dados (áreas e respectivos percentuais) das classes de declividade referentes à parcela mineira da área pesquisada são apresentados na TAB. 7. TABELA 7 - Divisão da parcela mineira da área de estudo por classes de declividade.

Classes de

declividade

Inclinação Área

Graus % Hectare %

Plano 0 a 1,72 0 a 3 565.080,4 55,87

Suave Ondulado 1,72 a 4,58 3 a 8 71.356,2 7,05

Ondulado 4,58 a 11,31 8 a 20 166.380,0 16,45

Forte Ondulado 11,31 a 24,23 20 a 45 120.820,1 11,94

Montanhoso 24,23 a 36,87 45 a 75 51.764,4 5,12

Escarpado > 36,87 > 75 36.069,1 3,57

Total 1.011.470,2 100,00

Com os dados da TAB. 6 acima, são analisados os resultados das variações

ocorridas nas classes de uso dos solos para cada período examinado, considerado-se as classes de declividade das TAB. 8 a 15. Campo

Pelos dados da TAB. 6, a tipologia vegetal nativa Campo apresentou diminuição em sua quantidade em todas as classes topográficas para os três períodos considerados. Entendendo a modificação geral constada na paisagem da área de estudo, identificada como uma inversão de uma paisagem com predominância de cobertura nativa para uma com predominância de áreas antropizadas, o Campo como tipologia específica apresenta um comportamento coerente com o comportamento geral da área e demonstra, assim, um comportamento típico para as tipologias de cobertura nativa na área.

Fazendo-se uma análise por período, verifica-se que de 1964 a 1989 houve queda de 2,50% na área ocupada por esta classe, devendo ter sido decorrente da expansão de atividades antrópicas, principalmente por áreas cultivadas, pastagens e plantios de Pinus.

Pode-se observar pela TAB. 8 que, as atividades antrópicas (agricultura e pecuária) ocuparam, de forma predominante, as áreas planas, onduladas e forte onduladas, correspondendo a 69,27%, 10,41% e 9,12%, respectivamente. Os plantios de Pinus se localizaram, principalmente, nas áreas planas e suave onduladas.

A queda significativa desta formação (16,95%), no período de 1989-2005, provavelmente, foi devida à pressão das atividades de cultivo agrícola e de pastagens sobre as áreas de Campo.

Page 389: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

346

Na TAB. 8, as áreas mais significativamente ocupadas por atividades antrópicas foram as planas (52,66%), onduladas (15,18%) e forte onduladas (14,95%). As atividades antrópicas ocuparam também, de forma relativamente significativa (7,04%), os relevos montanhosos.

As transformações ocorridas ao longo do período considerado (1964-2005) representam o reflexo da queda dos períodos intermediários, com perda de espaço da ordem de 19,45%.

Também pela TAB. 8, observa-se que a ocupação das atividades antrópicas em terrenos planos (54,80%), e de forma também expressiva em terrenos ondulados e forte ondulados, 14,57% e 14,20%, respectivamente se mantiveram com a mesma tendência dos períodos intermediários anteriores.

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TABELA 8 - Distribuição da tipologia vegetal Campo por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo.

Distribuição da tipologia vegetal Campo por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo

Classes de Declividade 1964 Variação 1964 - 1989 1989 Variação 1989 - 2005 2005 Variação 1964 - 2005

% Tipologia

topográfica Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare %

0 a 3 Plano 172.277,1 55,23 -17.532,0 -69,27 154.745,1 53,99 -90.296,9 -52,66 64.448,2 55,96 -107.828,9 -54,80

3 a 8 Suave

Ondulado 12.654,8 4,06 -1.385,3 -5,47 11.269,4 3,93 -8.010,6 -4,67 3.258,8 2,83 -9.395,9 -4,77

8 a 20 Ondulado 46.318,2 14,85 -2.633,8 -10,41 43.684,3 15,24 -26.030,9 -15,18 17.653,5 15,33 -28.664,7 -14,57

20 a 45 Forte

Ondulado 48.363,1 15,50 -2.307,9 -9,12 46.055,2 16,07 -25.642,4 -14,95 20.412,8 17,72 -27.950,3 -14,20

45 a 75 Montanhoso 18.826,7 6,04 -563,5 -2,23 18.263,2 6,37 -12.071,5 -7,04 6.191,7 5,38 -12.635,1 -6,42

> 75 Escarpado 13.510,3 4,33 -887,2 -3,51 12.623,1 4,40 -9.415,0 -5,49 3.208,1 2,79 -10.302,2 -5,24

Total 311.950,2 100,00 -25.309,8 100,00 286.640,4 100,00 -171.467,3 100,00 115.173,0 100,00 -196.777,2 100,00

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348

Campo Cerrado

O Campo Cerrado apresentou comportamento diferenciado para sua área de ocupação em relação ao comportamento das demais tipologias vegetais nativas no período entre 1964 – 1989. O aumento de área coberta por esta formação, neste período (3,91%), ocorreu, possivelmente, em função do abandono de espaços antropizados, resultando no retorno da cobertura nativa. Algumas porções de Campo Sujo podem ter sido mapeadas como componentes desta classe, uma vez que o CETEC em 1989 trabalhou com associações de classes que ofereciam estimativas de áreas. Esse aumento ocorreu em todas as classes topográficas para este período (1964 – 1989).

Este aumento também pode ter sido devido ao fato de que em 1989 o CETEC trabalhou com classes de associações que ofereciam estimativas de áreas. Nos mapeamentos de 1964 e 2005 não foram utilizados este tipo de associação tornando o cálculo do valor das áreas mais preciso.

Na TAB. 9 pode-se observar que o aumento desta classe se deu predominantemente em áreas planas (51,14%), os aumentos em terrenos ondulados e forte ondulados foram também bastante expressivos, 14,08% e 13,77%, respectivamente.

Para a variação no período entre 1989 e 2005 houve drástica diminuição da quantidade de Campo Cerrado, superando o crescimento registrado no período anterior e resultando na variação negativa para o período entre 1964 – 2005. A queda de 20,26%, no período de 1989-2005, se deveu à expressiva expansão das atividades agrícolas e pecuárias, da ordem de 45,78%, ocupando áreas pré-existentes de Campo Cerrado.

Como se observa pela TAB. 9, as atividades antrópicas ocuparam, como tendência natural, os terrenos planos, representando 49,58% do total da área. Como tem sido uma tendência, as outras classes de declividade com maior índice de ocupação para esta formação vegetal correspondem aos relevos ondulados e forte ondulados, com respectivamente, 15,31% e 15,62%.

Os índices de ocupação das atividades antrópicas para as classes de declividade montanhosa e escarpada foram bastante expressivos, sendo de 8,22% e 6,37%, respectivamente.

Em todo o período analisado (1964-2005) a queda desta classe considerada foi de 16,35%, motivada também pela acentuada expansão das atividades antrópicas, ou seja, 60,77%.

Na TAB. 9 se observa a tendência do que ocorreu no período anterior quanto à ocupação das atividades antrópicas nas áreas planas, que foi da ordem de 49,21%. As outras classes de declividade com maior índice de ocupação para esta formação vegetal correspondem também aos terrenos ondulados e forte ondulados, com respectivamente, 15,61% e 16,06%.

Page 392: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

349

Os índices de ocupação das atividades antrópicas para as classes de declividade montanhosa e escarpada foram muito semelhantes ao período anteriormente considerado (1989-2005), correspondendo a 8,71% e 6,26%, respectivamente.

Page 393: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 9 - Distribuição da tipologia vegetal Campo Cerrado por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo.

Distribuição da tipologia vegetal Campo Cerrado por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo

Classes de Declividade 1964 Variação 1964 - 1989 1989 Variação 1989 - 2005 2005 Variação 1964 - 2005

% Tipologia

topográfica Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare %

0 a 3 Plano 122.132,2 49,39 20.243,7 51,14 142.375,9 49,63 -101.628,2 -49,58 40.747,7 49,75 -81.384,5 -49,21

3 a 8 Suave

Ondulado 8.099,5 3,28 3.164,8 8,00 11.264,3 3,93 -10.029,0 -4,89 1.235,3 1,51 -6.864,2 -4,15

8 a 20 Ondulado 35.724,0 14,45 5.574,6 14,08 41.298,7 14,40 -31.385,8 -15,31 9.912,8 12,10 -25.811,2 -15,61

20 a 45 Forte

Ondulado 43.770,4 17,70 5.449,3 13,77 49.219,7 17,16 -32.010,8 -15,62 17.208,9 21,01 -26.561,5 -16,06

45 a 75 Montanhoso 22.604,8 9,14 2.443,6 6,17 25.048,4 8,73 -16.851,0 -8,22 8.197,3 10,01 -14.407,5 -8,71

> 75 Escarpado 14.962,2 6,05 2.705,6 6,84 17.667,8 6,16 -13.060,1 -6,37 4.607,7 5,63 -10.354,5 -6,26

Total 247.293,1 100,00 39.581,6 100,00 286.874,7 100,00 -204.964,9 100,00 81.909,8 100,00 -165.383,3 100,00

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351

Cerrado

O Cerrado apresentou, nos períodos considerados, um comportamento típico para as tipologias vegetais nativas da área nas classes topográficas menos acidentadas, com inclinação até 45 %. Em relevo montanhoso e escarpado o Cerrado apresentou variações positivas, indicando a regeneração de áreas possivelmente utilizadas para a exploração de carvão vegetal, com conseqüente aumento de sua área de ocupação.

Fazendo-se uma análise por período, verifica-se que a queda expressiva desta classe de 1964-1989 (17,33%), com perda de 175.306,3 ha foi devida, preponderantemente, à grande expansão das atividades agropecuárias.

Conforme se observa pela TAB. 10, a ocorrência desta formação se deu, predominantemente, em terrenos planos, representando 64,05%. As topografias suave ondulada e ondulada apresentaram índices de ocupação semelhantes, em torno de 18%. A não ocupação de áreas montanhosas e escarpadas por atividades antrópicas que apresentaram crescimento de o,44% e 0,22%, respectivamente, foi devida às dificuldades de acesso e aos elevados custos de produção destas áreas.

Em 1989-2005, a queda desta formação continuou sendo expressiva, correspondendo a 78.870,0 ha e a 7,80%, também devido ao expressivo aumento das atividades antrópicas, da ordem de 45,78%.

A TAB. 10 mostra que a ocupação desta classe ocorreu de forma significativa em áreas planas, 64,53%, seguido por terreno ondulado e suave ondulado, respectivamente. Houve também avanço significativo sobre terrenos forte ondulados, de 4.769,8 ha, ou 6,05%, demonstrando a redução de áreas mais propícias para a expansão das atividades antrópicas. A não ocupação de áreas escarpadas por atividades antrópicas, que tiveram crescimento de 0,39% foi devida aos mesmos fatores mencionados para o período de 1964-1989.

Para o período como um todo (1964-2005), houve uma perda de 254.176,3 ha desta formação, correspondendo a 25,13%, também explicada pelos motivos anteriores, ou seja, aumento expressivo das atividades agrícolas e pecuárias (60,77%).

É evidenciado na TAB. 10 que a ocupação das classes de declividade por atividades antrópicas para este período (1964-2005) seguiu a mesma tendência observada para os períodos anteriores, havendo forte ocupação de áreas planas e, em menor grau, áreas onduladas e suave onduladas, contudo, expressivas. A não ocupação de áreas montanhosas e escarpadas por atividades antrópicas também se manteve, sendo de 0,09% e 0,27%, respectivamente.

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TABELA 10 - Distribuição da tipologia vegetal Cerrado por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo.

Distribuição da tipologia vegetal Cerrado por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo

Classes de Declividade 1964 Variação 1964 - 1989 1989 Variação 1989 - 2005 2005 Variação 1964 - 2005

% Tipologia

topográfica Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare %

0 a 3 Plano 168.293,2 62,88 -112.289,8 -64,05 56.003,3 60,66 -50.891,0 -64,53 5.112,3 37,98 -163.180,9 -64,20

3 a 8 Suave

Ondulado 39.995,6 14,94 -31.637,5 -18,05 8.358,1 9,05 -7.306,5 -9,26 1.051,6 7,81 -38.944,0 -15,32

8 a 20 Ondulado 49.847,3 18,63 -32.003,6 -18,26 17.843,7 19,33 -15.657,8 -19,85 2.185,9 16,24 -47.661,4 -18,75

20 a 45 Forte

Ondulado 7.255,7 2,71 -526,2 -0,30 6.729,5 7,29 -4.769,8 -6,05 1.959,8 14,56 -5.296,0 -2,08

45 a 75 Montanhoso 1.435,0 0,54 773,7 0,44 2.208,7 2,39 -550,1 -0,70 1.658,5 12,32 223,6 0,09

> 75 Escarpado 808,9 0,30 377,1 0,22 1.186,1 1,28 305,3 0,39 1.491,3 11,08 682,4 0,27

Total 267.635,7 100,00 -175.306,3 100,00 92.329,4 100,00 -78.870,0 100,00 13.459,4 100,00 -254.176,3 100,00

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353

Floresta Estacional Decidual

A tipologia vegetal nativa Floresta Estacional Decidual apresentou um comportamento típico para área de estudo na variação entre os anos 1964 e 1989, com diminuição de sua quantidade em todas as classes de declividade. Porém, na variação para o período seguinte, de 1989 a 2005, manteve-se o comportamento típico com decréscimo de quantidade somente para as classes topográficas de menor inclinação (plano, suave ondulado e ondulado). A regeneração da Floresta Estacional Decidual nas topografias de relevo mais acidentado no período entre 1989 e 2005 pode ser explicada pela consideração de uma mudança nas atividades antrópicas com o desmatamento em busca de madeira nas áreas mais íngremes sendo substituído pela agricultura mecanizada nas áreas mais aplainadas e pela pecuária nas áreas rejeitadas pela agricultura (VASCONCELOS, 2009).

A participação desta classe de cobertura florestal em todos os períodos considerados (1964, 1989 e 2005) é de baixa expressão relativa, representando 0,70%, 0,52% e 0,49% da área total, respectivamente.

Em 1964-1989 a queda de 0,18% pode ter sido provocada pela penetração do Campo Cerrado sobre estas áreas, bem como pelas atividades de reflorestamento com Pinus e ainda pela pressão de outras atividades antrópicas.

Pela TAB. 11 observa-se que as áreas ocupadas com atividades agrícolas e pastagens se deram, predominantemente, em terrenos planos e ondulados, com 48,84% e 39,27%, respectivamente.

No período de 1989-2005 a queda havida foi de apenas 0,03%, devendo estas áreas terem sido ocupadas principalmente pelo expressivo aumento das atividades antrópicas (46%).

A queda ao longo do período (1964 a 2005) foi de 0,22%, mantendo a tendência dos períodos intermediários.

Como se observa na TAB. 11, as áreas ocupadas por atividades antrópicas se

deram, predominantemente, em terrenos planos e ondulados, representando 51,33% e 53,20%, respectivamente.

Page 397: Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos Subterrâneos entre Bacias que Partilhem Zonas de Recarga de Aquíferos

TABELA 11 - Distribuição da tipologia vegetal Floresta Estacional Decidual por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo.

Distribuição da tipologia vegetal Floresta Estacional Decidual por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo

Classes de Declividade 1964 Variação 1964 - 1989 1989 Variação 1989 - 2005 2005 Variação 1964 - 2005

% Tipologia

topográfica Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare %

0 a 3 Plano 3.320,4 46,67 -911,8 -48,84 2.408,6 45,89 -209,6 -65,95 2.199,0 44,60 -1.121,3 -51,33

3 a 8 Suave

Ondulado 188,6 2,65 -25,9 -1,39 162,7 3,10 -132,9 -41,83 29,8 0,60 -158,8 -7,27

8 a 20 Ondulado 1.869,3 26,27 -733,1 -39,27 1.136,2 21,65 -428,9 -134,99 707,3 14,34 -1.162,0 -53,20

20 a 45 Forte

Ondulado 1.073,6 15,09 -152,7 -8,18 920,8 17,54 169,6 53,38 1.090,4 22,12 16,9 0,77

45 a 75 Montanhoso 444,3 6,25 -30,9 -1,65 413,5 7,88 172,7 54,35 586,2 11,89 141,8 6,49

> 75 Escarpado 218,9 3,08 -12,3 -0,66 206,7 3,94 111,3 35,04 318,0 6,45 99,1 4,54

Total 7.115,1 100,00 -1.866,7 100,00 5.248,4 100,00 -317,7 100,00 4.930,7 100,00 -2.184,4 100,00

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355

Floresta Estacional Semidecidual

O comportamento apresentado pela Floresta Estacional Semidecidual é semelhante ao apresentado pela Floresta Estacional Decidual, porém sendo muito mais significativa a sua regeneração. A variação entre 1989 e 2005 identifica a regeneração em áreas antes supostamente sujeitas ao desmatamento em busca de madeira e identifica também a regeneração em áreas planas.

Em 1989 o CETEC trabalhou com classes de associações que ofereciam estimativas de áreas. No mapeamento de 2005 não foi utilizado este tipo de associação tornando o cálculo do valor das áreas mais preciso, como já dito anteriormente. Assim, a expansão da Floresta Estacional Semidecidual em áreas planas, provavelmente decorreu do uso dos valores estimados para as classes de 1989. Por outro lado, o aumento em áreas declivosas (montanhosa e escarpada) se deu, provavelmente, pelo abandono de espaço antropizado e regeneração da mata.

No período de 1964-1989 houve queda expressiva desta formação, passando de 16.385,4 ha para 11.194,5 ha, apesar de, em termos relativos, esta queda ter representado apenas 0,51%.

Como se observa pela TAB. 12, o avanço das atividades antrópicas se deu de forma significativa em áreas planas (49,36%). Houve também avanço expressivo em áreas escarpadas e montanhosas, de 21,73 % e 16,29 %, respectivamente.

Houve crescimento no período de 1989-2005 de 0,49%, correspondendo a 4.980,2 ha. As possíveis explicações para este comportamento foram mencionadas acima.

Na TAB. 12, observa-se que os possíveis desmatamentos e posteriores regenerações ocorreram, predominantemente, em terrenos planos (56,9%), sendo que estas atividades se fizeram presentes também, de forma expressiva, em áreas montanhosas, forte onduladas e escarpadas.

No balanço geral, no período de 1964-2005 houve pequena queda nesta formação vegetal (0,02%), correspondendo a 260,6 ha.

Como pode ser visto pela TAB. 12, as regenerações causadas pelo desmatamento se deram em maiores percentuais em terrenos planos e montanhosos, correspondendo a 129,2% e 54,55, respectivamente. Por outro lado, as demais intervenções antrópicas ocorreram, de forma significativa, em terrenos escarpados, equivalendo a 285,3%.

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TABELA 12 - Distribuição da tipologia vegetal Floresta Estacional Semidecidual por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo.

Distribuição da tipologia vegetal Floresta Estacional Semidecidual por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo

Classes de Declividade 1964 Variação 1964 - 1989 1989 Variação 1989 - 2005 2005 Variação 1964 - 2005

% Tipologia

topográfica Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare %

0 a 3 Plano 8.009,6 48,88 -2.561,9 -49,36 5.447,6 48,7 2.834,0 56,9 8.281,6 51,20 272,0 129,2

3 a 8 Suave

Ondulado 1,1 0,01 -0,8 -0,02 0,2 0,0 0,9 0,0 1,1 0,01 0,1 0,0

8 a 20 Ondulado 331,0 2,02 -29,0 -0,56 302,0 2,7 -34,2 -0,7 267,7 1,66 -63,3 -30,0

20 a 45 Forte

Ondulado 2.265,9 13,83 -625,7 -12,05 1.640,1 14,7 692,4 13,9 2.332,5 14,42 66,6 31,6

45 a 75 Montanhoso 2.531,1 15,45 -845,5 -16,29 1.685,6 15,1 960,4 19,3 2.645,9 16,36 114,8 54,5

> 75 Escarpado 3.246,8 19,82 -1.127,8 -21,73 2.119,0 18,9 526,9 10,6 2.645,9 16,36 -600,8 -285,3

Total 16.385,4 100,00 -5.190,8 100,00 11.194,5 100 4.980,2 100,00 16.174,8 100,00 -210,6 100,00

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Pinus

As florestas plantadas de Pinus não estavam presentes na paisagem da área de estudo no ano de 1964. Em 1989 foi detectada sua localização, principalmente nas áreas com relevos menos acidentados (com menos de 45 % de inclinação) anteriormente ocupados, predominantemente, por Cerrado e de forma bem menos significativa, por Campo. Houve uma diminuição significativa da quantidade de Pinus no período entre 1989 e 2005, resultando na presença desta formação vegetal exclusivamente nas classes topográficas plana, suave ondulada e ondulada.

Como são mostrados na TAB. 13, os maciços desta tipologia ocuparam áreas expressivamente planas (79,19%) e em menor grau, terrenos suave ondulado e ondulado correspondendo a 16,30% e 4,15%, respectivamente.

No período de 1989-2005 houve uma queda acentuada nesta classe, passando de (16.436,1 para 2.611,1) ha, que foi ocupada, após o corte, preponderantemente, por outras atividades antrópicas e por alguns poucos remanescentes de Campo.

Como se observa na TAB. 13, as atividades antrópicas ocuparam expressivamente áreas planas e suave onduladas, correspondendo a 75,52% e 19,22%, respectivamente. Em menor grau houve ocupação de áreas onduladas (4,82%).

No período de 1964-2005, os maciços remanescentes de Pinus, com área de 2.611,1 ha, correspondiam a 0,26% do total da área de estudo e se situavam quase que totalmente em terrenos planos (98,58%).

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TABELA 13 - Distribuição da tipologia vegetal Pinus por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo.

Distribuição da tipologia vegetal Pinus por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo

Classes de Declividade 1964 Variação 1964 - 1989 1989 Variação 1989 - 2005 2005 Variação 1964 - 2005

% Tipologia

topográfica Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare %

0 a 3 Plano 0,0 0,00 13.015,2 79,19 13.015,2 79,19 -10.441,2 75,52 2.574,0 98,58 2.574,0 98,58

3 a 8 Suave

Ondulado 0,0 0,00 2.678,8 16,30 2.678,8 16,30 -2.656,9 19,22 21,9 0,84 21,9 0,84

8 a 20 Ondulado 0,0 0,00 681,9 4,15 681,9 4,15 -666,7 4,82 15,2 0,58 15,2 0,58

20 a 45 Forte

Ondulado 0,0 0,00 60,1 0,37 60,1 0,37 -60,1 0,43 0,0 0,00 0,0 0,00

45 a 75 Montanhoso 0,0 0,00 0,2 0,00 0,2 0,00 -0,2 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00

> 75 Escarpado 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00

Total 0,0 0,00 16.436,1 100,00 16.436,1 100,00 -13.825,0 100,00 2.611,1 100,00 2.611,1 100,00

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Eucalipto

As florestas plantadas de eucalipto somente foram identificadas na paisagem da área de estudo no ano de 2005 com área de 1.448,5 ha, correspondendo a apenas 0,14% da área total, estando presentes significativamente nas áreas de relevo plano e ondulado. Valores pequenos foram registrados para áreas com relevo montanhoso e escarpado. Os poucos povoamentos florestais se localizaram em áreas possivelmente pré-existentes de Campo Cerrado e de Floresta Estacional Decidual.

Como se pode observar na TAB. 14, os maciços florestais plantados desta tipologia ocorrem, de forma expressiva, em áreas planas (53,01%) e em áreas onduladas (42,30%). Ocupam áreas também em terrenos montanhosos e escarpados, correspondendo a 3,56% e 1,13%, respectivamente.

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TABELA 14 - Distribuição da tipologia vegetal Eucalipto por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo.

Distribuição da tipologia vegetal Eucalipto por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo

Classes de Declividade 1964 Variação 1964 - 1989 1989 Variação 1989 - 2005 2005 Variação 1964 - 2005

% Tipologia

topográfica Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare %

0 a 3 Plano 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 767,8 53,01 767,8 53,01

3 a 8 Suave

Ondulado 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00

8 a 20 Ondulado 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 612,7 42,30 612,7 42,30

20 a

45

Forte

Ondulado 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00

45 a

75 Montanhoso 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 51,6 3,56 51,6 3,56

> 75 Escarpado 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 16,4 1,13 16,4 1,13

Total 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 1.448,5 100,00 1.448,5 100,00

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361

Outros

O comportamento da classe Outros apresenta coerência com o comportamento geral da paisagem da área em contexto, sendo registrados de forma freqüente aumentos na quantidade de área ocupada. Somente para a variação entre 1964 e 1989 no relevo forte ondulado foi registrado valor negativo expressivo, provavelmente na área de regeneração de Campo Cerrado.

No período de 1964 a 1989 houve expressivo aumento desta classe (15%), ocupando áreas antes pertencentes predominantemente ao Cerrado, Campo, Campo Cerrado e, em menor escala, às Florestas Estacional Semidecidual e Estacional Decidual. Houve também o início das atividades de reflorestamento com plantios de Pinus na área.

Na TAB. 15 evidencia-se a grande penetração das atividades antrópicas em relevos planos (70,60%) e em menor proporção em relevos ondulados e suave ondulados, representando 20, 27% e 18,88%, respectivamente. Como já mencionado acima, houve decréscimo destas atividades em terrenos fortemente ondulados (11,50%), provavelmente nas áreas de regeneração de Campo Cerrado.

Entre 1989 a 2005 a expansão desta classe foi ainda mais significativa (45,78%). Ocupando áreas antes pertencentes, de forma expressiva, ao Campo Cerrado e ao Campo e, em menor escala, ao Cerrado. Os plantios de Pinus foram os únicos espaços antropizados que apresentaram, no período considerado, forte redução em sua área. A ocupação sobre a Floresta Estacional Decidual foi insignificante (0,03%).

Na TAB. 15, como se observa, todas as classes de declividade apresentaram aumentos expressivos das atividades antrópicas, com destaque para os terrenos plano, forte ondulado e ondulado, equivalendo a 51,88%, 16,545 e 15,26%, respectivamente.

Nos período 1964 a 2005, os dados colocam de forma evidente a amplitude das pressões antrópicas sobre os remanescentes de vegetação natural, que foi expressiva nos períodos intermediários considerados.

As classes de vegetação mais expressivamente ocupadas pelo espaço antropizado Outros neste período foram - Cerrado, Campo e Campo Cerrado. A Floresta Estacional Decidual teve alguma perda, no entanto, de baixa expressão (0,22%) e a Floresta Estacional Semidecidual teve perda insignificante (0,02%).

Na TAB. 15, como pode-se observar, o comportamento dos terrenos ocupados pelas atividades antrópicas, no que se refere à ocupação das áreas de declividade, foram semelhantes ao comportamento do período anterior (1989-2005), excetuando-se os terrenos fortemente ondulados que apresentaram discrepâncias significativas.

Em 1964 a área antropizada era de 159.676,6 ha, passando para 618.726,7 ha em 2005, correspondendo a um aumento de 61,17% no período.

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TABELA 15 - Distribuição do espaço antropizado Outros por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo.

Distribuição da tipologia vegetal Outros por tipologia topográfica na parcela mineira da área de estudo

Classes de Declividade 1964 Variação 1964 - 1989 1989 Variação 1989 - 2005 2005 Variação 1964 - 2005

% Tipologia

topográfica Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare % Hectare %

0 a 3 Plano 92.796,7 58,12 107.067,9 70,60 199.864,5 64,20 240.210,9 51,88 440.075,4 56,83 347.278,8 56,50

3 a 8 Suave

Ondulado 10.669,7 6,68 28.635,9 18,88 39.305,6 12,63 26.116,6 5,64 65.422,2 8,45 54.752,5 8,91

8 a 20 Ondulado 33.813,6 21,18 30.742,6 20,27 64.556,2 20,74 70.635,7 15,26 135.191,9 17,46 101.378,3 16,49

20 a 45 Forte

Ondulado 18.742,4 11,74 -17.441,5 -11,50 1.300,9 0,42 76.578,3 16,54 77.879,2 10,06 59.136,8 9,62

45 a 75 Montanhoso 0,0 0,00 3.914,5 2,58 3.914,5 1,26 28.665,5 6,19 32.580,0 4,21 32.580,0 5,30

> 75 Escarpado 3.654,2 2,29 -1.266,2 -0,83 2.388,0 0,77 20.806,9 4,49 23.194,9 3,00 19.540,7 3,18

Total 159.676,6 100,00 151.653,1 100,0 311.329,7 100,0 463.013,9 100,0 774.343,6 100,00 614.667,0 100,00

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363

CONCLUSÕES GERAIS

O estudo da distribuição espacial e temporal do uso do solo, particularmente da cobertura vegetal, e do uso antrópico do espaço aponta para o entendimento da dinâmica das transformações da paisagem na área em consideração. Em razão das inter-relações que se estabelecem entre os diversos elementos ambientais, além da tangível degradação e expressiva supressão da vegetação nativa, pode-se pressupor intensa degradação também do solo e dos recursos hídricos advinda da exploração antrópica da área.

Colocada a questão abordada de forma ampla, sem se restringir especificamente à área estudada, pode-se afirmar que, a cobertura vegetal nativa oferece proteção ao solo contra a erosão e permite a infiltração potencial da água de chuva. Quando substituída pela ocupação e usos antrópicos sem planejamento ou com um planejamento que prima pelo êxito econômico desconsiderando as dimensões sociais e ambientais da ação, além dos impactos diretos de perda de biodiversidade, principalmente da flora, e de fragmentação espacial impedindo o trânsito gênico de uma população para outra, também os solos e os recursos hídricos são impactados, provocando assoreamentos e inundações.

Assim, nas situações de agricultura intensiva, como é o caso em consideração, os solos são compactados e expostos à intensificação dos processos erosivos, enquanto os recursos hídricos são afetados pela diminuição da infiltração, provocando assoreamento de cursos d´água e, durante as épocas de chuvas, leva a ocorrência de constantes enchentes e o não suprimento adequado dos aqüíferos. Os recursos hídricos são afetados também pela introdução de agrotóxicos nas culturas agrícolas e nas atividades pecuárias no sentido de aumentar a produtividade das mesmas. Estas substâncias, além de contaminarem os solos, ao atingirem os cursos d´água contaminam também os aqüíferos porventura existentes.

As análises deste monitoramento não estão diretamente relacionadas às bacias que partilhem zonas de recarga de aqüíferos. Por outro lado, pode-se dizer que é fundamental que haja uma ligação entre as duas questões no que diz respeito ao aproveitamento ecológico-econômico das zonas de recarga de tal modo que o uso econômico com projetos agroflorestais, ou separadamente agrícola e florestal, permita ganhos sociais e ao mesmo tempo exerça função conservacionista favorecendo o suprimento dos aqüíferos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS; UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS.

Mapeamento e Inventário da Flora Nativa e dos Reflorestamentos de Minas Gerais. Lavras: UFLA, 2006. 288p.

FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS. Mapeamento e Inventário da Cobertura Vegetal Nativa e de Florestas Plantadas no Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: CETEC, 1989. 240p. Relatório final.

MATOS, J.L. de. Fundamentos de informação geográfica. 4. Ed. Lisboa: Lindel Edições Técnicas, 2001.

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MIRANDA, J.I. Fundamentos de informações geográficas. Brasília: EMBRAPA Informação Tecnológica, 2005.

ROCHA, C.H.B. Geoprocessamento: tecnologia transdisciplinar. Juiz de Fora: o autor, 2000. VASCONCELOS, V.V. Frentes agrícolas de irrigação e zoneamento ecológico-econômico:

estudo de caso da bacia de Entre-Ribeiros – MG. Dissertação em fase de defesa., 2009. 101p.

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365

SSÉÉTTIIMMOO CCAAPPÍÍTTUULLOO

ORGANIZAÇÃO, SISTEMA e MÉTODO OSM para COMITÊS DE

BACIAS HIDROGRÁFICAS com FOCO na GESTÃO dos ESPAÇOS

GEO-AMBIENTAIS

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como finalidade atender parte de um dos objetivos do projeto GZRP que é o de: Modelar procedimentos lógicos de gestão de bacia hidrográfica com foco no uso consuntivo da água e de estratégias de plantio em áreas extremamente sensíveis como as zonas de recarga.

A importância dada a esse objetivo baseou-se em fatos dectados em estudos realizados no projeto “CRHA – Conservação de Recursos Hídricos no Âmbito da Gestão Ambiental e Agrícola de Bacia Hidrográfica”, financiado pelo MCT / FINEP / Fundo Setorial CT-Hidro-2002. Nesse projeto presumiu-se o seguinte: - Ocorrem recargas partilhadas em virtude de condições pedológicas, geomorfológicas e líticas nos altos de divisores de águas entre as bacias em questão, a saber, Paracatu, Alto Paranaíba, São Marcos Leste e São Bartolomeu. - A estrutura de partilha deve implicar em partilhas eventuais via estruturas rúpteis profundas e transversas aos altos de divisores de águas, coberturas sedimentares nesses altos, formações superficiais e solos partilhados nos plateaux. - A química das águas pode indicar, mais ou menos, as condições específicas de partilha pela semelhança química de elementos maiores e menores, eventualmente de elementos em traço. - A semelhança química pode, todavia, advir de condições especiais da infiltração de modo a produzir semelhança química que necessariamente signifique partilha. - O atendimento de todos esses quesitos indica necessariamente partilha, mas o não-atendimento de um ou mais quesitos não impede a existência de partilha.

Além disso, detectou-se que em pesquisas anteriores houve correta identificação dos aqüíferos, contudo não houve uma adequada identificação das zonas de recarga de aqüíferos (ZRAs) no Vale do Paracatu.

Em virtude disso, as ZRAs têm sido negligenciadas há muito tempo no processo de gestão dos recursos hídricos necessitando, portanto, de um trabalho metodológico que permita a identificação das mesmas em diversos níveis de aproximação do problema, a saber: (1) o regional em que se agreguem eventualmente diversas áreas precisas de recarga (APRs) em uma ZRA; (2) uma área precisa de recarga isolada; (3) grandes superfícies de recarga; (4) a tipologia geológica e hidrodinâmica das ZRAs e APRs e (5) as condições geo-ambientais da recarga com inclusão de impactos antrópicos.

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Portanto, o que se pretendeu com o projeto GZRP foi desenvolver um projeto metodológico e um projeto de geração de conhecimentos para criação de um sistema inteligente de auxílio à decisão para uma gestão eficiente e eficaz das ZRAs.

A GESTÃO dos RECURSOS HÍDRICOS sob o ENFOQUE da LEI 9.433/97

Parte desse processo metodológico e de geração do conhecimento de deu através de outro projeto denominado: Gestão de Bacia Hidrográfica e Expansão das Funções dos Comitês de Bacia com Modelo de Inteligência Artificial (MARTINS Jr. & BUENO, 2007). Ele teve como objetivo comparar as ações dos Comitês e o que a Lei 9.433/97 determina.

Segundo a Lei nº 9.433/97, conhecida como Lei das Águas, a gestão dos recursos hídricos deve ser feita em todo o País, por Bacia Hidrográfica, de forma descentralizada. Estas bacias são geridas pelos Comitês de Bacia Hidrográfica e sua respectiva Agência de Bacia, que funciona como secretaria executiva.

Os comitês foram criados para ser um local de participação democrática de todos os usuários da água e suas deliberações depedem do apoio da população. Para a criação da Agência, o Comitê deve contar com a viabilidade financeira garantida através da cobrança do uso do recurso hídrico. O valor desta cobrança é proposto pelo Comitê e depende de estudos efetuados na Bacia Hidrográfica em questão.

Os estudos podem ser feitos para uma demanda específica, como a cobrança da água, ou dentro do Plano de Recursos Hídricos, que é elaborado para fundamentar a Política e Gerenciamento dos Recursos Hídricos.

No projeto supra mencionado, a Lei 9.433/97 foi disposta em organogramas e nestes foram feitas conexões entre os artigos com interdependência. Com isso, pôde-se analisar com mais clareza o funcionamento legal do Comitê de Bacia Hidrográfica e sua Agência, além de identificar suas premissas e condições de funcionamento.

Através dos organogramas percebeu-se que a gestão dos recursos hídricos através dos Comitês não foi totalmente efetivada. Muito do que a lei determina não é desempenhado. O que se vê é a utilização dos recursos hídricos sendo feita de forma centralizada, através de instituições governamentais e estas se preocupam em outrogar uso da água e licenciar empreendimentos. Com isso, a utilização racional, integrada e sustentável dos recursos hídricos, a prevenção de eventos hidrológicos críticos e a garantia de disponibilidade e qualidade adequada da água correm o risco de não serem garantidos.

PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO DAS ZONAS DE RECARGAS DE

AQÜÍFEROS – ZRAs

O passo seguinte aos procedimentos anteriormente citados foi: 1- fazer um levantamento dos procedimentos utilizados por instituições públicas que realizam cadastros de empresas, propriedades rurais, licenciamentos ambientais e

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outros cujas atividades possam, de alguma forma, impactar as zonas de recarga de aqüíferos; 2- buscar entender até que ponto os dados e informações cadastrados por estas instituições podem efetivamente auxiliar a tomada de decisões pelos comitês no que ser refere à gestão dos recursos hídricos com foco na proteção das zonas de recarga de aqüíferos.

Para isso, foram considerados os seguintes temas: recursos hídricos, recursos floretais, agricultura, zoocultura e construções rurais pelo fato deles impactarem diretamente as zonas de recarga de aqüíferos.

O primeiro levantamento realizado foi no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) que é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e que tem como missão prioritária realizar a reforma agrária, manter o cadastro nacional de imóveis rurais e administrar as terras públicas da União, contribuindo para o desenvolvimento rural sustentável.

No INCRA, o principal item avaliado foi com relação ao Cadastro Rural de Imóveis Rurais (fonte: http://www.incra.gov.br/) ver o link Serviços < Cadastro Rural > Manual de Orientações). Através deste cadastro o comitê poderá ter acesso a uma gama de informações sobre as propriedades rurais que estão na bacia de sua responsabilidade e que darão suporte aos seus procedimentos de gestão.

Em seguida foram analisados dados e informações disponíveis no site do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastencimento – MAPA (fonte: http://www.agricultura.gov.br/). A missão do MAPA é promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio em benefício da sociedade brasileira. Para isso ele busca estimular o aumento da produção agropecuária e o desenvolvimento do agronegócio, com o objetivo de atender o consumo interno e formar excedentes para exportação. Para cumprir sua missão, o MAPA formula e executa políticas para o desenvolvimento do agronegócio, integrando aspectos mercadológicos, tecnológicos, científicos, organizacionais e ambientais, para atendimento dos consumidores brasileiros e do mercado internacional. A atuação do ministério baseia-se na busca de sanidade animal e vegetal, da organização da cadeia produtiva do agronegócio, da modernização da política agrícola, do incentivo às exportações, do uso sustentável dos recursos naturais e do bem-estar social.

No MAPA os aspectos que chamaram atenção dizem respeito ao: 1- Uso de Agrotóxicos (Fonte: http://www.agricultura.gov.br/ - ver menu serviços <Sistemas de Agrotóxicos Fitossanitários – AGROFIT> Fonte: http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons). No MAPA existe um sistema que é uma ferramenta de consulta ao público, composta por um banco de dados de todos os produtos agrotóxicos e afins registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com informações do Ministério da Saúde (ANVISA) e informações do Ministério do Meio Ambiente (IBAMA). Ele permite vários tipos de pesquisas para o controle de pragas na agricultura brasileira. O interessado poderá pesquisar os agrotóxicos por marca comercial, cultura, ingrediente ativo, classificação toxicológica e classificação ambiental, ou seja, o usuário terá acesso rápido, permitindo obter informações sobre produtos registrados para controle de pragas (insetos, doenças e plantas daninhas), com textos explicativos e fotos.

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Este cadastro permite, também, ao usuário o uso correto e seguro dos produtos registrados no MAPA, contribuindo para evitar o uso inadequado de agrotóxicos, que poderia acarretar no desenvolvimento de resistência de pragas nas lavouras e resíduos de agrotóxicos em produtos vegetais acima dos Limites Máximos de Resíduos (LMR) estabelecidos. 2 - Infra-estrutura Rural (Fonte: http://www.agricultura.gov.br/ - ver menu serviços < infra-estrutura rural) que são compostas pelas: 2.1 - Construções Rurais: que são obras de engenharia civil de interesse coletivo que podem ser caracterizar como novas, como reformas ou como ampliações de edificações existentes, complementadas, ou não, por máquinas e equipamentos, que poderão atender ações de: armazenamento; secagem; processamento agro-industrial; refrigeração (inclusive resfriadores de leite); comercialização; pesquisa e desenvolvimento; treinamento e assistência técnica; feiras, parques de exposição e abatedouros; estradas vicinais; processos de captação, tratamento e distribuição de água, dentre outros. As Construções Rurais são do tipo: construção de Centros Comunitários; Construção de Matadouro; Construção de Parque de Exposição; Construção de Central de Comercialização; Construção de Estradas Vicinais e Agroindústrias. 2.2 - Eletrificação Rural: que é o conjunto de obras de suporte elétrico de âmbito coletivo que visa oferecer as famílias dos produtores e trabalhadores rurais, a infra-estrutura básica de apoio para o acesso a iluminação, aquecimento, refrigeração, lazer, serviços e força eletromotriz para mecanização de todas as etapas do processo produtivo agrosilvopastoril e agroindustrial. As eletrificações rurais englobam as redes de distribuição de energia elétrica, pequenas centrais de geração hidrelétricas, pequenas centrais de geração termelétricas, transformadores de distribuição, reguladores de tensão. 3 - Fertilizantes, inoculantes e corretivos (Fonte: http://www.agricultura.gov.br/ - ver menu serviços): os fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes constituem insumos básicos que, empregados de forma correta, proporcionam aumentos significativos na produção agrícola. Com o avanço tecnológico do agronegócio brasileiro, verifica-se elevação no consumo de fertilizantes minerais, devido às maiores taxas de aplicação por hectare e constata-se, também, a necessidade de um consumo maior de corretivos da acidez do solo, para que se evite o desperdício de fertilizante e promova-se o aumento do volume radicular da planta, que resultará em aumentos crescentes da produção e produtividade das culturas. Neste cenário em que os insumos são fundamentais para a produção agrícola nacional e considerando a relevante participação dos mesmos no custo de produção, a fiscalização sobre a produção, importação e comércio de fertilizantes, corretivos e inoculantes se faz necessária para garantir a conformidade dos insumos agrícolas colocados à disposição dos produtores rurais. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento possui a atribuição legal de fiscalizar a produção e o comércio de fertilizantes, corretivos e inoculantes, conforme disposto na Lei nº 6.894 de 16 de dezembro de 1980, regulamentada pelo Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004. Os estabelecimentos que produzam, importem, exportem e comercializem estes insumos ficam obrigados a se registrarem no MAPA, assim como os produtos por eles fabricados ou importados.

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4 - Zoneamento Agrícola (Fonte: http://www.agricultura.gov.br/ - ver menu serviços): O zoneamento agrícola de risco climático divulgado pelo MAPA é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura, que está sob a responsabilidade da Coordenação-Geral de Zoneamento Agropecuário, subordinada ao Departamento de Gestão de Risco Rural, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Outra Instituição pesquisada foi o IEF/MG. Com relação ao uso dos recursos vegetais (Florestas e demais formas de vegetação existentes), foram apontados alguns aspectos que tiveram como base a Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002 e Portaria n° 187, de 29 de dezembro de 2004, que dispõe sobre a política florestal e de proteção à biodiversidade no Estado de Minas Gerais.

Os aspectos que foram observados na lei dizem respeito à proteção e conservação da biodiversidade; proteção e conservação das águas; preservação do patrimônio genético; compatibilização entre o desenvolvimento sócio-econômico e o equilíbrio ambiental. Neste sentido a lei propõe que alguns aspectos sejam observados:

1 - se existem nas propriedades: projetos de florestamento e reflorestamento; pesquisas (preservação, conservação e recuperação de ecossistemas criação, implantação, manutenção e manejo das unidades de conservação manejo e uso sustentado dos recursos vegetais); desenvolvimento de programas de educação ambiental; desenvolvimento de programas de turismo ecológico e ecoturismo

2 – as áreas de produção e produtivas com restrição de uso

3 – as áreas de servidão florestal

4 – se existem propriedades que recebem incentivos fiscais ou especiais para: preservar e conservar as tipologias florestal e campestre da propriedade; recuperar, com espécies nativas ou ecologicamente adaptadas, as áreas degradadas da propriedade; sofrer limitações ou restrições no uso de recursos naturais da propriedade, mediante ato do órgão competente federal, estadual ou municipal, para fins de proteção dos ecossistemas e de conservação do solo; proteger e recuperar corpos d’água

5 – se existe algum tipo de exploração florestal (empreendimentos minerários, composição de suprimento industrial, atividades de carvoejamento, obtenção de lenha, madeira e de outros produtos e subprodutos florestais, etc.)

6 – se já sofreu infração e/ou penalidades referentes ao uso dos recursos vegetais naturais

7 – se existem procedimentos relativos à prevenção, ao controle e ao combate a incêndios florestais, bem como às queimadas de modo geral

8 – se as atividades da propriedade envolvem o uso de tratores de esteira ou similares para desmatamento

9 – informações relativas a reformas e aberturas de vias, estradas e rodovias

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10 – se há a pratica caça e/ou utiliza arma, substância ou instrumento próprio para caça

Foram consideradas, também, como de importância para o estudo, as questões referentes à zoocultura. Para isso, além das instituições acima pesquisadas, buscamos informações no IMA – Instituto Mineira de Agropecuária. O que foi detectado é que as políticas referentes à zoocultura são basicamente voltadas para a sanidade animal.

Na instituição existe um cadastro (Cadastro de produtor rural - Fonte: http://www.ima.mg.gov.br/site_ima/servicos/sanidade_animal/aftosa/aftosa4.htm) onde todo produtor rural que possui animais sensíveis a febre aftosa (bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos) deve, obrigatoriamente, se cadastrar no IMA e informar sobre o seu rebanho. Também, os criadores de aves e eqüídeos devem se cadastrar e todo estabelecimento aqüícola. Este último mediante preenchimento da documentação “Cadastro de Animais Aquáticos” e termo de vistoria.

Além disso, foi verificado que o Instituto Mineiro de Agropecuária é a instituição responsável, no Estado de Minas Gerais, pelas ações de defesa sanitária referentes à suinocultura. Essas atividades estão em consonância com o Programa Nacional de Sanidade Suídea do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Por fim, com relação ao uso dos recursos hídricos, foram analisados aspectos que tiveram como base a Lei nº 9433 de 08 de Janeiro de 1997 que Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; a Lei da Águas e o Site do IGAM - Instituto Mineiro de Gestão das Águas - http://www.igam.mg.gov.br

CONCLUSÃO

Além das instituições citadas acima chegou-se a pesquisar, também, as políticas do Ministério do Meio Ambiente, EMBRAPA, SEMAD, FEAM e outros. Com isso chegou-se a conclusão de que não existem nas instituições públicas das diversas esferas governamentais, políticas que visem uma gestão integrada de conhecimentos necessários para a gestão e proteção das zonas de recargas de aqüíferos.

PROPOSIÇÃO

Em virtude disso, o que se propõe é que esta gestão fique a cargo dos comitês e suas respectivas agências de bacia. Contudo, para que isso aconteça é necessário que os comitês tenham uma estrutura organizacional capaz de trabalhar de forma sistêmica e em parceria com os órgãos públicos e privados nas suas diversas esferas de atuação.

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MODELO DE GESTÃO para COMITÊS de BACIA BASEADO nas

TEORIAS de ORGANIZAÇÃO de SISTEMAS e MÉTODOS

INTRODUÇÃO

Neste tópico pretende-se fazer uma reflexão acerca de algumas diretrizes necessárias ao desenvolvimento de um modelo de gestão para o comitê, baseando-se nas Teorias de Organização, Sistemas e Métodos a fim de auxiliar os Comitês de BH no cumprimento de suas atribuições.

A escolha pelas Teorias de Organização, Sistemas e Métodos - OSM deu-se em decorrência de ser um campo de estudo da Administração que é muito vasto e com diversas correntes, que associam esta disciplina à Tecnologia de Informações, aos Métodos Produtivos, às Medidas de Desempenho, ao Desenvolvimento Organizacional e à Gestão de Processos Produtivos e Empresariais.

A Organização Sistemas e Métodos – OSM “é um estudo da atividade administrativa voltada para a obtenção da melhor produtividade possível dos Recursos Humanos, Recursos Materiais, e Recursos Tecnológicos, através de técnicas científicas que envolvem os aspectos comportamentais e instrumentais, no ambiente interno ou externo da instituição” (OLIVEIRA, 2002). Ou seja, a função da OSM nada mais é do que determinar que recursos e que atividades serão necessárias para serem atingidos os objetivos da instituição. Ela trata de combinar os grupos de forma que funcionem, e atribuir as responsabilidades a quem irá realizar as atividades e delegar a esses indivíduos a autoridade necessária para a execução de suas atribuições. Esta função proporciona a estrutura formal através do qual o trabalho é definido, subdividido e coordenado.

Algumas das atividades previstas, no âmbito da OSM, são: • Projetar a criação, união ou eliminação de unidades administrativas, bem como acompanhar a respectiva execução; • Descrever e definir o objetivo e as funções de cada uma das unidades administrativas; • Divulgar, nos níveis competentes, os trabalhos desenvolvidos em OSM; • Implantar e acompanhar in loco os trabalhos desenvolvidos por OSM; • Elaborar, emitir e divulgar as normas, regulamentos e manuais necessários; • Estudar os ciclos organizacionais; • Analisar as alternativas de ação para promover a maturidade organizacional; • Avaliar impactos ou desgastes provenientes das ações e dos ciclos;

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• Estruturar as formas e necessidades de treinamento de pessoal visando o desenvolvimento.

A expressão Organização é usada em vários sentidos e ocasiões, para identificar empresas, eficiência, sistema administrativo, estrutura de autoridade, ciência, etc. Quando se fala em Organização, o termo é empregado no sentido de capacidade de criar organismos, estruturas e sistemas devidamente integrados e constituídos, de compatibilizar elementos componentes necessários, constituindo a base para as atividades administrativas e operacionais.

A Organização é representada pela Estrutura Organizacional que é a forma pela quais as atividades são divididas, organizadas e coordenadas. Ela pode ser formal e informal. Estrutura Informal é a rede de relações sociais e pessoais que não é estabelecida ou requerida pela estrutura formal. Surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reúnem. Portanto, apresenta relações que não aparecem no organograma. Já a Estrutura Formal é a deliberadamente planejada e representada pelo organograma da empresa.

Além de entender a dinâmica da Estrutura Organizacional é necesário entender o sistema onde a organização está inserida. Um sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, forma um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função.

No século XVII, houve uma evolução considerável nos campos de estudos das ciências relacionadas com a Física, Mecânica e da Matemática, sendo que os pressupostos (métodos, conceitos e suposições) utilizados por estas ciências passaram a ser utilizados pela humanidade para analisar os fatos sociais.

Abreviando as evoluções ocorridas, em 1950, o biólogo Ludwig Von Bertalanffy procurou através da proposição da denominada Teoria dos Sistemas (T.G.S.), uma conceituação geral que unisse e fundamentasse os diversos campos da ciência. A partir daí os estudos foram evoluindo e começaram a ser utilizados no ambiente empresarial.

Contudo, a abordagem sistêmica não lança novos elementos formadores de uma ou de diversas ciências, mas sim uma nova forma de encará-las. Analisá-las sob o enfoque sistêmico não as modifica; resume-se a observá-las sob um mesmo prisma. Ou seja, o enfoque moderno de sistemas procura no ambiente organizacional: • Identificar todos os sistemas que ocorrem na empresa, definindo de forma objetiva as entradas, as operações e as saídas, que devem estar sempre em sintonia com os objetivos preestabelecidos; • Canalizar todas as forças e energias que ocorrem no sistema para os objetivos preestabelecidos; • Estabelecer sistemas de controle e avaliação, permanentes em todas as fases do sistema (entradas, processos, saídas e retroalimentação) visando acompanhar e desempenho em relação aos objetivos; e • Criar sistemas de retroalimentação, que sejam verdadeiras reintroduções no processo, para que este não perca o seu movimento dinâmico, não haja

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“estrangulamentos” no sistema de comunicações da empresa, auto-regulando os sistemas.

Os componentes do sistema são: - os objetivos:

se referem tanto aos objetivos dos usuários do sistema, quanto aos do próprio sistema. O objetivo é a própria razão de existência do sistema, ou seja, é a finalidade para a qual o sistema foi criado.

- as entradas do sistema:

caracteriza-se pelas forças que fornecem ao sistema material, a informação e a energia para a operação ou processo, o qual gerará determinadas saídas que devem estar em sintonia com os objetivos estabelecidos.

- o processo de transformação:

é definido como a função que possibilita a transformação de um insumo (entrada) em produto, serviço ou resultado (saída). Esse processo é a maneira pela qual os elementos componentes interagem a fim de produzir as saídas desejadas.

- as saídas do sistema:

correspondem aos resultados do processo de transformação. As saídas devem ser, portanto, coerentes com os objetivos do sistema; e, tendo em vista o processo de controle e avaliação, as saídas devem ser quantificáveis, de acordo com parâmetros previamente fixados.

- os controles e as avaliações do sistema:

são mecanismos para verificar se as saídas estão coerentes com os objetivos estabelecidos. Para realizar o controle e a avaliação de maneira adequada, é necessária uma medida do desempenho do sistema, chamada padrão.

- a retroalimentação ou feedback do sistema:

pode ser considerado como a reintrodução de uma saída sob a forma de informação; é um processo de comunicação que reage a cada entrada de informação, incorporando o resultado da ação de resposta desencadeada por meio de nova informação, a qual afetará seu comportamento subseqüente, e assim sucessivamente.

Para que todo este processo funcione é necessário um sistema de informações

que é o processo de transformação de dados em informações. E, quando esse processo está voltado para a geração de informações que são necessárias e utilizadas no processo decisório da empresa, diz-se que esse é um Sistema de Informações Gerenciais.

Um Sistema de Informações Gerenciais eficiente, que processe um grande volume de dados gerados e produza informações válidas é de fundamental importância para o gestor da instituição no processo de tomada de decisões. E, à medida que a

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complexidade interna na instituição e no ambiente em que ela atua aumenta o processo de tomada de decisões tende a torna-se, também, mais complexo.

O processo de tomada de decisões implica o conhecimento prévio das condições básicas na empresa e de seu ambiente, bem como a avaliação das conseqüências futuras advindas das decisões tomadas; e esse conhecimento é propiciado pelas informações de que o tomador dispõe sobre as operações da empresa, de seus concorrentes, fornecedores, mercado financeiro, mercado de mão-de-obra, decisões governamentais, etc.

Portanto, a informações devem ser tratadas como um recurso vital, posto que ela afeta e influencia a produtividade, a lucratividade e as decisões estratégicas das empresas.

Contudo, é importante considerar que, para a organização ter um alto nível de eficiência e eficácia, além dos aspectos já citados, é necessário que ela crie métodos para gestão integrada de seus negócios.

O Método é o caminho ordenado e sistemático para se chegar a um fim. Este caminho pode ser estudado como um sistema ou processo, tanto em nível operacional, tático e estratégico. Ou seja, o método é a maneira lógica de organizar a seqüência das diversas atividades para chegar ao fim almejado.

Na prática, consiste em avaliar, analisar e estudar os vários métodos disponíveis, identificando, explicando e justificando as limitações, principalmente as implicações e possíveis resultados de suas utilizações.

Ao desenvolver as estruturas de recursos e de operações na empresa, ao definir procedimentos, rotinas, métodos, os profissionais estabelecem a padronização na análise administrativa, envolvendo os aspectos organizacionais e de planejamento.

A padronização procura a unificação e a simplificação das atividades administrativas, segundo padrões, parâmetros e modelos pré-estabelecidos, aceitos pela empresa ou impostos pela criação de novos hábitos ou mudanças organizacionais.

Os objetivos desses procedimentos são: o aumento da produtividade e a redução de custos. Além disso, os esquemas padronizados e sistemáticos possibilitam facilidade de consultas, leitura, atualizações e guarda; e formação de conjuntos compactos ou sistemas integrados de informações e dados.

No contexto da OSM as principais atividades a serem desenvolvidas através dos métodos são: • Definição da movimentação de documentos; • Definição do Fluxo de decisões dos sistemas; • Modificação dos métodos de trabalho; • Municiamento da empresa com ferramentas de análise e gestão de Processos;

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• Atualização de técnicas de administrativas e dos sistemas de trabalho.

Pelos motivos expostos é de fundamental importância a estruturação do Comitê, nos moldes propostos pela teoria de OSM – Organização, Sistemas e Métodos, já que qualquer empresa, instituição, organização precisa trabalhar com freqüência a análise de dados e informações para a tomada de decisões e geração de conhecimentos precisos e efetivos. Neste sentido propõe-se que o Comitê seja visto como uma organização, uma empresa que analise e procure respostas para as questões abaixo:

SISTEMAS – COMITÊ DE BACIA

1 – IDENTIFICAÇÃO DO AMBIENTE DO SISTEMA DO COMITÊ

Do ponto de vista do Comitê de Bacia, o ambiente do Sistema Comitê pode ser

definido da seguinte forma (FIG. 1):

FIGURA 1 – Ambiente do Sistema - Comitê de Bacia

Fonte: Elaborado pelo autor.

- Ecossistema:

governo (Prefeituras, SEMAD, IGAM, IEF, MMA, ANA, SUPRAM, etc.) comunidade, consumidores, sindicatos (produtores rurais, indústria, comércio, etc.), tecnologia (universidades, centros de pesquisa, etc.), mercado de mão-de-obra, fornecedores, legislação, sistema financeiro, etc.

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- Sistema:

o próprio Comitê de Bacia que será representado pela estrutura organizacional do Comitê. A estrutura organizacional do Comitê será analisada e detalhada no item organização.

- Subsistema:

as áreas funcionais meio e fim do sistema. Toda a estrutura organizacional dos subsistemas do Comitê será analisada e

detalhada no item organização (FIG. 2).

FIGURA 2 – Sub-Sistema Comitê de Bacia

Fonte: Elaborado pelo autor.

É de fundamental importância a atenção do Comitê de Bacia ao ecossistema,

pois qualquer alteração no Sistema Comitê de Bacia pode mudar ou alterar esses fatores externos; e qualquer alteração nos fatores externos pode mudar ou alterar o sistema. Ou seja, o Comitê, como um ente organizacional, deve estar com sua estrutura organizacional muito bem definida e estruturada para poder se adequar com precisão às mudanças que ocorrem no sistema como um todo.

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Para exemplicar a importância que o Comitê deverá dar ao seu Ecossistema será citada uma alteração recente da Legislação Estadual em Minas Gerais. Neste caso o fato ocorrido foi a promulgação da Lei nº 18.365, de 01 de setembro de 2009, altera a legislação florestal do Estado (Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002) e fixa limites que reduzem progressivamente o consumo legal de produtos ou subprodutos originados da vegetação nativa, em especial o carvão vegetal. Com isso, Minas Gerais passa a ter uma das legislações mais rigorosas para a preservação e recuperação de suas matas nativas, inclusive a proteção das zonas de recargas de aqüíferos. Ou seja, com a promulgação desta lei todas as ações do Comitê de Bacia necessitarão serem readequadas para cumprir o que está proposto na nova lei.

Já com relação ao subsistema deve-se, também, dar muita atenção a ele, pois os subsistemas possuem elementos que estarão em interação constante. Em virtude disso, somente poderá haver um controle da entropia a partir do momento em que os subsistemas do Sistema Comitê estejam em perfeita harmonia. Para isso, é necessário um profundo conhecimento de todas as áreas fim e meio do Comitê e como é a interação entre elas. 2 – IDENTIFICAÇÃO DO SISTEMA COMITÊ 2.1 – OBJETIVOS

Conforme Art. 38 da Lei nº 9.433, de 08 de Janeiro de 1997, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, pode-se considerar como objetivos do Comitê os seguintes: - promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e articular a

atuação das entidades intervenientes; - arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos

hídricos; - aprovar o Plano de Recursos Hídricos da Bacia; - acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da Bacia e sugerir as

providências necessárias ao cumprimento de suas metas; - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos as

acumulações, derivações, captações e lançamentos de pouca expressão, para efeitos de isenção da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hídricos, de acordo com os domínios destes;

- estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os

valores a serem cobrados; - estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de

interesse comum ou coletivo.

Além desses objetivos, dever-se-á considerar, também, os objetivos contidos no referido regimento interno de cada Comitê de Bacia.

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2.2 – ENTRADAS

Para que os objetivos do Comitê de Bacia sejam plenamente atendidos é necessário que sejam realizadas as seguintes entradas de informações: - Denúncias e proposições dos protagonistas (stakeholders); - Plano de Recursos Hídricos da Bacia e Plano Diretor de Recursos Hídricos; - Documentos referentes à legislação (leis, normas, instruções, deliberações, etc.) de

Recursos Hídricos; - Documentos referentes a testemunhos de protagonistas (stakeholders); - Relatórios de visitas de campo; - Monitoramentos; - Documentos de autoridades externas; - Estudos: Iniciação Científica, Iniciação Tecnológica, Monografias, Dissertação e

Teses; - Pedidos de informações diversas; - Informações dos e para os meios de comunicação; - Assuntos referentes a segurança civil; - Outorga; - Licenciamentos; - Certificações; - Autuações, etc. 2.3 – OPERAÇÕES

O processamento das entradas dar-se-á através das reuniões plenárias e através de ad-referendum do presidente ou pessoas por ele designadas. 2.4 – SAÍDAS

As saídas do sistema serão os documentos de denúncias aos órgãos competentes (IGAM, Ministério Público, Polícia Militar de Meio Ambiente, etc.); documentos com recomendações e instruções; documentos com exigências de estudos e planos; e documentos de ordem e intimação.

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2.5 – RETROALIMENTAÇÃO – CONTROLE E AVALIAÇÃO

Por fim, os procedimentos de controle e avaliação e os procedimentos de retroalimentação se darão durante as reuniões plenárias, cujas decisões se transformarão em novas entradas através de informações que deverão ser centralizadas em um banco de dados e informações para futuras consultas (FIG. 3).

FIGURA 3 - Procedimentos de controle e avaliação e os procedimentos de retroalimentação

Fonte: Elaborado pelo autor.

ORGANIZAÇÃO – COMITÊ DE BACIA CONCEITO DE COMITÊ:

Segundo as teorias de OSM, Comitê é a reunião estruturada de vários profissionais, normalmente com conhecimentos multidisciplinares, para emitir, por meio de discussão organizada, uma opinião a respeito de um assunto previamente estabelecido que, nascida de debates, seja a mais adequada para a realidade da instituição.

Para que o Comitê possa tomar as decisões as mais acertadas possíveis, está sendo proposta, a seguir, uma Estrutura Organizacional básica para o mesmo, a fim de se definir com clareza, os deveres e responsabilidades do Comitê, selecionar e equipe necessária, dar à Plenária a assessoria necessária a tomada de decisões e estabelecer normas de ação rápida e eficiente. 1 – Estrutura Organizacional

Este tópico refere-se a elaboração da estrutura organizacional do Comitê de Bacia que será representada graficamente pelo organograma. Nela dever-se-á especificar os componentes da estrutura organizacional, as atividades a serem desenvolvidas e os recursos necessários para cada atividade (FIG. 4).

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FIGURA 4 – Estrutura organizacional do Comitê de Bacia

Fonte: Elaborado pelo autor.

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1.1 – Estrutura Organizacional – Atividades / Recursos PLENÁRIA - Função/Atividades: Conforme Regimento Interno do Comitê Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) DIRETORIA - Presidência: Função/Atividades: Conforme Regimento Interno do Comitê Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) - Vice-presidência: Função/Atividades: Conforme Regimento Interno do Comitê Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) - Secretaria 01: Função/Atividades: Conforme Regimento Interno do Comitê Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) - Secretaria 02: Função/Atividades: Conforme Regimento Interno do Comitê Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) CÂMARAS TÉCNICAS As Câmaras Técnicas poderão ter a seguinte composição: - Câmara Técnica de Planejamento e Gestão da Bacia - Câmara Técnica de Cobrança e Outorga - Câmara Técnica de Saneamento - Câmara Técnica de Educação Ambiental Função/Atividades: Organizar as atividades conforme FIG. 5 a seguir.

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FIGURA 5 – Comitês de Bacia Hidrográfica

Fonte: MARTINS Jr., P.P.; BUENO, P.H.O.

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Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) 1.1.1 – Atividades FIM Gerência de Gestão da Bacia

Área responsável por coordenar todos os procedimentos técnicos necessários para a gestão integrada da Bacia Hidrográfica. Esta área ficará responsável por realizar todos os estudos sobre a bacia, monitoramento, realização de projetos, trabalhos de campo para autuações e vistorias, relacionamento com a Agência de Águas e Órgãos do Governo, etc. A gerência desta área irá trabalhar diretamente com a Comissão Técnica, ou seja, sob as diretrizes dessa. Será responsável, também, pela transformação dos projetos, estudos e pesquisa em projetos executáveis, ou seja, deverá transformar os estudos em linguagem amigável para todos os membros do Comitê. Deverá, além disso, realizar toda a guarda de dados e informações que serão úteis para futuras consultas (banco de dados). Por fim, ficará responsável por todos os procedimentos necessários para realizar outorga e cobrança da água.

Áreas da Bacia Hidrográfica que serão foco de trabalho desta Gerência em termos de decisão sobre estudos, projetos executivos, perícias técnicas ambientais, perícias administrativas, autuações, processos administrativos e ações conjuntas com o Ministério Público são as seguintes: 1 – lagos 2 – pântanos 3 – brejos 4 – cursos d’água 5 – Veredas 6 – zonas de recarga de aqüíferos 7 – áreas precisas de recarga de aqüíferos 8 – áreas dominantes de exsudação 9 – áreas periodicamente inundáveis 10 – áreas inundadas 11 – planícies aluvionares e planícies de inundação 12 – encostas íngremes com >30% 13 – reservatórios de aqüíferos subterrâneos

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14 – aqüíferos karsticos 15 – aqüíferos fraturados 16 – aqüíferos em rochas ígneas e metamórficas 17 – aqüíferos granulares 18 – aqüíferos em rochas de vulcões 19 – áreas agrícolas - agricultadas e agriculturáveis 20 – áreas degradadas 21 – áreas de pastagens e áreas abandonadas a) Coordenação de Estudos e Projetos

Esta coordenação atua diretamente com a Agência de bacia e/ou com empresas privadas e/ou públicas. É responsável pela emissão de editais de demanda de pesquisas, de serviços e de interação com agências de fomento à pesquisa e desenvolvimento federais e estaduais. Essa coordenação é responsável em dar prosseguimento às determinações da Plenária no que diz respeito às demandas de estudos e projetos.

Os estudos e projetos envolvem a pesquisa, os levantamentos, a monitoração, as perícias, a validação de resultados e os projetos executivos.

A redação de projetos não está necessariamente determinada a essa coordenação, mas é essa que analisa e aprova as redações realizadas na Agência de Bacia, caso exista, as propostas advindas de empresas públicas, privadas e Centros Tecnológicos e Universidades.

Os resultados de quaisquer tipos de projetos e estudos serão, finalmente, aprovados nessa instância e devem ser enviados a Gerência de Gestão de Bacia que enviará à Plenária para aprovação final.

Uma vez aprovado cabe a essa instância passar os resultados e trabalhá-lhos com a Coordenação de Transferência de Tecnologia que transformará os relatórios em linguagem técnica e de fácil entendimento pela população em geral.

Os temas típicos de estudos e projetos desenvolvidos por esta gerência são: (1) usos e não-usos possíveis e/ou obrigatórios de solos (2) quantidade da água superficial (3) qualidade das águas superficiais (4) quunatida e qualdiade das águas subterrâneas dos vários tipos de aqüíferos

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(5) conservação de ecossistemas particulares e do bioma regional (6) conservação da qualidade química de solos (7) desmatamentos passados e atuais e análise de impactos (8) condições de susceptibilidade a erosão (9) ocorrência de erosão acelerada (10) perda universal de nutrientes e de solos (11) desvalorização de terras (12) desertificação (13) arenização (14) secagem de rios (15) alterações expressivas da circulação hídrica (16) assoreamento de cursos d’água e de corpos d’água menores (17) conservação de zonas de recarga de aqüíferos subterrâneos (ZRAs) e de áreas precisas de recarga (APRs) (18) impactos sobre ZRAs (19) perda de fauna e (20) condições de conservação da fauna com a presença de atividades antrópicas (21) critérios lógicos completos para projetos de licenciamentos agrícolas (22) aplicação de critérios lógicos completos para projetos de licenciamentos de construção de barragens (23) análise prospectiva de impactos de obras de engenharia a construir (24) análise e modelagem de compensações ambientais de impactos de obras a construir, ou já construídas, com medidas de conservação e reconstituição de paisagens (25) critérios de paisagismo rural (26) medidas de previsão de incêndios naturais

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(27) medidas regionais efetivas para evitar e apagar incêndios naturais, ou antropicamente induzidos, com pesquisas e modelagem climatológicas de probabilidades de incêndios naturais (28) qualidade e quantidade da educação ambiental regional junto aos agentes sociais público em geral e os proprietários rurais (29) disseminação de projetos executivos de conservação e restauração de solos com biodigestão anaeróbica e aeróbica no campo para aplicação de nutrientes e insumos naturais (30) saneamento ambiental urbano e (31) corretos critérios para tratar com as águas de usos e de re-usos, entre muitos outros temas.

Os temas acima especificados deverão ter como resultado o seguinte: (1) área atual total plantada (2) área permissível para plantar (3) índice de continuidade da área total plantada permissível (4) índices de descontinuidade floral - permissível e crítico (5) determinação das condições ideais de interligação de florestas e de maciços

florestais (6) produtividade nas diversas categorias de produtores (7) mobilização de capital (8) endividamento dos produtores (9) lucros (10) agregação de valor nas proximidades dos campos de produção (11) usos permissíveis, usos toleráveis e usos não permissíveis de insumos (12) categorias de riscos ambientais de acordo com as condições dos sistemas

naturais – permissibilidade e não-permissibilidade (13) inclusão social nas diversas categorias de produtores, condições de trabalho e

empregos (14) usos obrigatórios de processos de conservação de solos e (15) usos obrigatórios de processos de conservação da água.

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Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) - Humanos: 05 funcionários técnicos sendo: 02 de Engenharia Ambiental, 01 de Geografia, 01 de Geologia e 01 de Agronomia. Estes profissionais poderão ser contratados pela Agência de Bacia e ficarem alocados no Comitê. b) Coordenação de Transferência Tecnologia

Cabe a essa Coordenação prover meios e soluções para sintetizar de modo bem focalizado os resultados dos estudos e projetos e apresentá-los de modo amigável à Plenária do Comitê, aos cidadãos e agentes da administração pública e privada de modo a permitir ampla divulgação. Tornando público os resultados, irá permitir que qualquer cidadão possa compreendê-los e eventualmente criticá-los. Ou seja, essa coordenação deverá transformar todos os resultados técnicos em instrumento de gestão para o Comitê de Bacia. Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) - Humanos: 04 funcionários técnicos sendo: 02 de Engenharia Ambiental, 01 de Ciência da Informação e 01 de Geologia. Estes profissionais poderão ser contratados pela Agência de Bacia e ficarem alocados no Comitê. c) Coordenação de Informações Tecnológicas

Terá como função a guarda de todos os dados e informações geradas pela coordenação de estudos e projetos e pela coordenação de transferência de tecnologia. Será responsável, também, pela alimentação dos sistemas de informação técnica do Comitê e pela geração de todas as informações técnicas necessárias às Câmaras Técnicas, Gerência Operacional, Diretoria e Assessorias. Ou seja, cabe a essa coordenação atuar sobre as demais áreas do comitê de modo a mantê-los informados dos resultados de estudos e projetos e de ações do comitê para educar e estimular uma consciência ecológico-econômica responsável. Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) - Humanos: 04 funcionários técnicos (01 de Sistema de Informação, 01 de Ciência da Informação e 01 de Comunicação). Estes profissionais poderão ser contratados pela Agência de Bacia e ficarem alocados no Comitê. d) Coordendação de Outorga e Cobrança

Terá como função aquelas definidas nos moldes da Lei Federal, através da Política Estadual de Recursos Hídricos, instituída pela Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999, quando se referir às águas de domínio do Estado. Já, as águas de domínio da União são com base na Lei Federal 9.984/2000. No caso de uso insignificante devem-se seguir orientações da Deliberação Normativa 09/04 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH). Além disso, essa coordenação tem como ação central demandar os estudos técnicos e o acompanhamento dos estudos hidrológicos, hidrogeológicos e climáticos com foco nas chuvas de modo a favorecer o processo de conhecimento da disponibilidade hídrica sazonal e a estabelecer a possibilidade

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de outorgas sazonais em função de fatores que obedeçam a vários ciclos da Natureza em relação à pluviosidade. Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) - Humanos: 03 funcionários técnicos sendo: 01 de Engenharia Ambiental, 01 de Administração e 01 de Ciências Econômicas. Estes profissionais poderão ser contratados pela Agência de Bacia e ficarem alocados no Comitê. 1.1.2 – Atividades MEIO Gerência de Operações a) Coordenação de Gestão Institucional

Esta coordenação deverá subsidiar a implementação da gestão estratégica do Comitê através do monitoramento dos resultados organizacionais, da análise e monitoramento do ambiente externo, do desenvolvimento de estudos socioeconômicos e pesquisas e da assessoria à gestão de projetos, com foco na otimização dos resultados organizacionais.

Deve ainda, criar e aprimorar ambientes legais e institucionais favoráveis, com foco no desenvolvimento de políticas públicas e no fortalecimento de sua representatividade nos diversos segmentos da sociedade.

Promover a gestão de conhecimentos internos e externos ao Comitê, mediante a realização de estudos analíticos acerca de seu ambiente de atuação, a guarda e o monitoramento de informações estratégicas e estímulo ao compartilhamento de conhecimentos, idéias e experiências.

Elaborar e disponibilizar soluções educacionais, com foco na universalização da educação ambiental e desenvolver estratégias e ações coletivas para geração de conhecimento.

Bucar alternativas para aumentar e promover soluções de inovação para as demandas coletivas e individuais das áreas organizacionais e dos parceiros incentivando a cultura da inovação, buscando a ampliação dos seus canais tecnológicos e linhas de financiamento por meio de editais públicos de inovação tecnológica, desenvolvendo diretamente e por meio de parceiros, novos modelos de negócios, processos e produtos a serem incorporados às atividades cotidianas do Comitê, visando a busca contínua do desenvolvimento sustentável das áreas de inflluência da Bacia. Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) b) Coordenação de Gestão Administrativo-Financeira – Equipe Financeira Função/Atividades

Esta coordenação deverá assessorar as unidades organizacionais nos processos licitatórios e contratações, por meio da análise documental, da elaboração

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de termos de referência, editais e propostas, de orientações técnicas e legais, bem como, prover a organização de bens e serviços necessários à infraestrutura da organização e ao desempenho das atividades operacionais, com foco na transparência da utilização de recursos e no atendimento à legislação.

Prover o Comitê de recursos de informática, por meio da especificação, suporte e desenvolvimento, visando garantir agilidade e segurança para execução das atividades da organização.

Coordenar, controlar e gerir o orçamento do Comitê, executar atividades financeiras, contábeis e fiscais, bem como promover suporte logístico e administrativo as unidades organizacionais, com foco na optimização dos resultados da organização.

Gerenciar os processos de provimento, organização dos espaços ocupacionais, monitoramento da cultura organizacional, avaliação de desempenho, reconhecimento e capacitação das pessoas, retenção e incremento das competências organizacionais, com foco na criação de um ambiente interno favorável ao trabalho colaborativo. Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) 1.1.3 – Atividades ASSESSORIA 1 - Assessoria de Comunicação Social

A Assessoria de Comunicação Social terá como objetivo intermediar o relacionamento do Comitê com seus públicos de interesse utilizando as técnias e práticas de jormalismo, publicidade e propaganda e relações públicas visando à promoção do Comitê como um organismo indutor do desenvolvimento sustentável. Função/Atividades - Avaliar as atividades de Comunicação na teia midiática nos seus aspectos técnico, mercadológico, organizacional, financeiro e jurídico; - Avaliar a evolução das atividades ao longo de sua implantação, possibilitando alternativas de correção; - Programar as ações comunicacionais a serem desenvolvidas pela organização. Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) - Humanos: sugere-se que sejam contratados 01 Relações Públicas, 01 Jornalista e 01 profissional de Publicidade e Propaganda. 2 – Assessoria Jurídica e Contábil Função/Atividades – Contabilidade

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As funções e atividades de contabilidade estão discriminadas na Resolução CFC 560 de 28 de outubro de 1983, que regulamenta a profissão de contador. Função/Atividades – Jurídico

A Assessoria Jurídica terá como função assessorar juridicamente a Diretoria e Unidades Organizacionais do Comitê, assim como defender administrativa e judicialmente os interesses da instituição, com foco na legalidade dos processos. Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros). Sugere-se que estas assessoria sejam terceirizadas. 3 - Órgãos do Governo

Os órgãos do governo são aqueles pertencentes ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e que estão definidos na Lei n.9433, de 08 de janeiro de 1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, e respectivas regulamentações. As funções e atividades também estão definidas na referida lei e regulamentações. Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) 4 - Agência de Água Funções/Atividades

As funções e atividades das Agências de Água estão relacionadas no art. 44 da Lei n.9433, de 08 de janeiro de 1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos. Além disso, propõe-se que a Agência de Águas desenvolva atividades conforme relacionado na FIG. 6 a seguir. Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros)

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FIGURA 6 – Agências de Àgua

Fonte: MARTINS Jr., P.P.; BUENO, P.H.O.

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5 – Equipe de Autuação e Execução

Trata-se de uma equipe especial mantida para atuar junto à Plenária sob coordenação da Gerência de Gestão da Bacia para atender a todas as demandas de autuação de ilícitos, execuções administrativas e processos que ultrapassem a competência do Comitê e em parceria com o Ministério Público e com o Poder Judiciário.

Recursos: a definir (humanos/materiais/financeiros) - Humanos: 03 Técnicos sendo: 01 Bacharel em Direito, 01 de Administração e 01 de Engenharia Ambiental. Estes profissionais poderão ser contratados pela Agência de Bacia e ficarem alocados no Comitê.

MÉTODOS – COMITÊ DE BACIA

Com relação aos métodos dever-se-á, com base na estrutura organizacional proposta, definir como o fluxo dos dados e informações será tratado pelo Comitê. Este fluxo será alimentado pelas entradas advindas do ecossistema do Comitê e deverão ser operacionalizadas no sistema Comitê pelos seus diversos componentes.

Propõe-se que todas as entradas do Comitê se dêem através da Recepção. Esta área será responsável por fazer a triagem dos documentos e encaminhá-los às respectivas áreas responsáveis.

A partir daí os documentos circularão pela Gerência de Gestão da Bacia, quando se tratar de procedimentos técnicos; pela Gerência de Operações, quando se tratar de procedimentos administrativos e, por fim, para a Assessoria de Comunicação – AsCom, quando se tratar de procedimentos que envolvem os meios midiáticos. Cada uma dessas áreas fará a análise dos documentos recebidos pela recepção e dará os devidos encaminhamentos.

O fluxo dos dados e informações serão demonstradas através de um fluxograma que tem como objetivo principal descrever o fluxo especificandos os suportes (documentos, papel, formulários ou qualquer outro) que sejam usados para os dados e informações.

Existem, basicamente, dois grandes tipos de fluxogramas: aqueles que são mais adequados para descrever pequenas atividades, compostos de poucos passos e que requerem simbologia restrita, pois apresentação poucos eventos ocorrendo; e aqueles mais complexos, envolvendo do início até o fim uma grande quantidade de ações, decisões funções e áreas.

No caso deste trabalho utilizaremos o fluxograma restrito, pelo fato de querermos dar apenas uma mostra do como poderá ser o fluxo de informações e dados dentro do Comitê e pelo fato de termos poucas informações concretadas acerca do funcionamento operacional deste.

A seguir segue um modelo resumido de como será o fluxo das informações no sistema Comitê (FIG. 7).

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Legenda:

Arquivo

Espera

Controle

Operação

Transporte

FIGURA 7 - Modelo resumido de como será o fluxo das informações no sistema Comitê

Fonte: Elaborado pelo autor.

Além dos fluxogramas de todas as atividades do Comitê sugre-se a seguir três

modelos de formulários que poderão ser utilizados pelo comitê para registro de suas atividades. São eles: um modelo de Relatório de Viagem – R.V., um modelo de Documento de Circulação Interna – C.I. e um modelo de Documento de Denúnica – D.D., conforme a seguir:

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- Modelo de Relatório de Viagem – R.V.

COMITÊ (Incluir

Logomarca)

RELATÓRIO DE VIAGEM – R.V. Boletim de

Adiantamento No

Nome do Funcionário Sigla da Unidade

Nome do Projeto Sigla do Projeto

Local(ais) / Instituição(ões) / Contato (s) Data / Período

Objetivo da Viagem

Relatório

(Desenvolver segundo os títulos: (1) Discussão; (2) Resultados; (3) - Conclusões, Recomendações)

COMPROVANTES DE VIAGEM E PROGRAMAÇÃO DO EVENTO: Em anexo.

Funcionário Coordenador do Centro Custo

Nome

Data

Assinatura ______________________________ ______________________________

Fonte: Elaborado pelo autor.

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- Modelo de Documento de Circulação Interna – C.I.

COMITÊ (Incluir

Logomarca)

DOCUMENTO DE CIRCULAÇÃO INTERNA - CI

No

DATA

DE: Sigla da Unidade

Nome do Funcionário:

PARA: Sigla da Unidade

Nome do Funcionário:

REFERÊNCIA: Data

Resumo do Assunto:

Relatório

(Desenvolver o assunto)

COMPROVANTES: Em anexo.

Funcionário Coordenador do Centro Custo

Nome

Data

Assinatura ______________________________ ______________________________

Fonte: Elaborado pelo autor.

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- Modelo de Documento de Denúncia – D.D

COMITÊ (Incluir

Logomarca)

DOCUMENTO DE DENÚCIA – D.D.

No

PROTOCOLO

DATA

TÍTULO DA DENÚCIA: Código da Denúnica

Vide Verso

INDICAÇÃO DO ÓRGÃO, DO DIRIGENTE MÁXIMO E ENDEREÇO DO ÓRGÃO RECEBEDOR DA DENÚNCIA:

DESCRIÇÃO MINUNCIOSA DOS FATOS (Tipo, local, etc.):

DATA DA VERIFICAÇÃO DO PROBLEMA:

LOCAL DO PROBLEMA (Indique referência de como chegar ao local, etc.):

NOME(S) E ENDEREÇO(S) DO(S) RESPONSÁVEL(IS) OU DO(S) SUPOSTO(S) RESPONSÁVEL(IS) PELA AGRESSÃO:

RELAÇÃO DAS PROVAS QUE SEGUIRÃO ANEXAS (Fotos, croquis, etc.):

NOME, ENDEREÇO E TELEFONE DO DENUNCIANTE (Opcional):

PROVIDÊNCIAS E ENCAMINHAMENTOS QUE JÁ FORAM TOMADOS (Informar se já foi feita alguma denúnica anteriormente, nomes das autoridades e o número de protocolo junto aos órgãos denunciantes)

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Funcionário/Atendente

Nome

Data

Assinatura ______________________________

Fonte: Elaborado pelo autor.

É importante destacar que todos estes procedimentos devem ter seus fluxos devidamente definidos, formulários específicos, formas de comunicação (e-mail, FAX, telefone, cartas, memorandos, circulação internar) pré-determinadas, áreas responsáveis, ou seja, toda e qualquer variável que intervenha no processo em um determinado momento. CONCLUSÕES

Pode-se concluir com este trabalho que a gestão dos recursos hídricos através dos Comitês de Bacia ainda não foi totalmente efetivada, principalmente quando se trata da gestão das Zonas de Recarga de Aquíferos - ZRAs. Muito do que a lei determina não é desempenhado e quando se fala das ZRAs, não foi encontrada nenhuma legislação específica sobre estas áreas. Além disso, o que se vê é a utilização dos recursos hídricos sendo feita de forma centralizada, através de instituições governamentais.

Foi verificado também, que não existem nas instituições públicas das diversas esferas governamentais, políticas que visem uma gestão integrada de conhecimentos necessários para a gestão e proteção das Zonas de Recargas de Aqüíferos.

Em virtude disso, foi proposto que esta gestão fique a cargo dos Comitês de Bacia e suas respectivas Agências de Águas. Contudo, para que isso aconteça é necessário que os comitês tenham uma estrutura organizacional capaz de trabalhar de forma sistêmica e em parceria com os órgãos públicos e privados nas suas diversas esferas de atuação.

Para isso, foram expostas algumas diretrizes necessárias para que os Comitês de Bacia sejam estruturados com base nas Teorias de Organização, Sistemas e Métodos – OSM. Contudo, vale ressaltar que, para o desenvolvimento do modelo de gestão propriamente dito, é necessário que um analista de OSM esteja presente em tempo real, participando de todas as atividades cotidianas do Comitê juntamente com as equipes responsáveis pela execução das atividades. Entretanto, devido às limitações de recursos, esses acompanhamentos próximos não são possíveis. Por isso, neste trabalho foram dadas apenas as diretrizes para a criação de um modelo de gestão organizacional de um comitê e apontada a importância de um modelo organizacional baseado em OSM para a gestão eficiente e eficaz dos Comitês de Bacia.

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REFERÊNCIAS MARTINS Jr., P.P.; BUENO, P.H.O. Gestão de bacia hidrográfica e expansão das funções

dos comitês de bacia com modelo de inteligência artificial - relatório final. Coordenação: Martins Jr., P.P. Belo Horizonte: CETEC; Ouro Preto: UFOP. Julho/2007. 30 p.

OLIVEIRA, D.P. Rebouças de. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. 13ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES NÃO CITADAS BALLESTERO-ALVAREZ, M.E. Manual de organização, sistemas e métodos: abordagem

teórica e prática da engenharia da informação. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000. CAMPANHOLO, T. OSM: Organização sistemas e métodos. Uberlândia: UNIPAC. 90 p. CURY, A. Organização e métodos: uma visão holística. 7ª ed. Ver. e Ampliada. São Paulo:

Atlas, 2000. SANTOS, L. Apostila de administração: organização, sistemas e métodos. 182 p.

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OOIITTAAVVOO CCAAPPÍÍTTUULLOO

DESENVOLVIMENTOS EM CommonKADS INTRODUÇÃO

O tema em proposição dá seqüência a estudos sobre fundamentação de um ramo das Geociências, então proposto como Geociências Agrárias e Ambientais - GAA (MARTINS Jr., 1998). Entende-se que esse ramo se justifica pelo fato de não haver reflexão com práticas sistemáticas e integradas nas Geociências em interseção com a Agronomia, Engenharia florestal e Engenharia agrícola. Necessita-se articular para o fim proposto as seguintes disciplinas e temas: Epistemologia Ep, Lito-estratigrafia (LE), Geologia estrutural (GE), Geomorfologia (Gm), Climatologia (Cl), Pedologia (Pd), Aptidão de solos (AS), Segurança ambiental (SA), Quimio-sensibilidade (QS), Geotecnia (Gt) e Inteligência artificial (IA). No que diz respeito à IA, LAURIÈRE (1990) comenta que "todo o problema para o qual nenhuma solução algorítmica é conhecida, é um problema de IA". Assim, no caso das GAA deve-se lançar mão das soluções de IA, quando se tem um trato interdisciplinar, para permitir decisões que são complexas, com múltiplas variáveis, afetando múltiplos subsistemas naturais e a viabilidade econômica de projetos agro-pastoris e florestais. A modelagem em IA é um método de grande importância para sistematizar qualquer esforço de integração operacional entre muitas ciências e muitos sistemas.

As Zonas de recarga de aqüíferos (ZRAs) e as áreas precisas de recarga (APRs) apontam para desafios de utilização dessas áreas sensíveis com projetos agrícolas, florestais, agro-florestais, de zoocultura e industrialização rural. Este amplo quadro de questões envolve a decisão sobre o correto uso da terra para os vários tipos de reflorestamento. OBJETIVOS

Têm-se como objetivo integrar conhecimentos das Geociências (Geotecnia, Pedologia, Geomorfologia), Enga. Florestal, Agronomia, Agroclimatologia, Aptidão de solos, Segurança química, Segurança geotécnica, Manutenção da continuidade que tratar tanto de estruturas, quanto de processos geo-ambientais, em referência a:

• diversos sistemas como rochas e solos,

• diversas condições geodinâmicas superficiais e climáticas de modo a se construir uma visão prospectiva, que sirva de elemento de auxílio à decisão, para projetos de reflorestamentos ecológico-econômicos, sob os mais variados tipos e nas mais variadas condições.

Os objetivos propostos para se responder à necessidade de modelar em IA

podem ser classificados como objetivos de tipos: (1) descritivos, (2) lógicos e (3) de critérios de corte para a tomada de decisão. Lógicos:

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(1) desenvolver com algumas ciências, acima citadas, a lógica sistêmica que articule esses diversos conhecimentos com o desafio de implantar corredores florestais sobre grandes extensões, com grande variabilidade do substrato e (2) demonstrar que a lógica estabelecida é necessária para efetivar e programar um sistema de inteligência artificial.

Critérios de Corte para Tomada de Decisão:

(1) estabelecer regras de inferência sobre ordenamento do território (OT), tendo em vista o uso de terras agrícolas e agricultáveis (2) estabelecer regras que envolvam condições prévias de sustentação da infra-estrutura derivadas da geotecnia regional, geologia estrutural, pedologia, drenagem, zonas de recarga de aqüíferos, aptidão de solos (3) apontar para soluções de viabilidade do plantio (4) apontar para soluções de engenharia florestal associadas à ecologia e a produtividade de florestas. (5) apresentar critérios lógicos geo-ambientais, próprios para o auxílio à decisão, sobre usos agroflorestais da terra em ZRAs e APRs (6) estabelecer algumas regras lógicas para gestão desses territórios com usos agroflorestais com a aplicação de projetos ecológico-econômicos que são definidos abaixo.

PROBLEMAS

Apresenta-se o problema central de modo a centrá-lo nos aspectos epistemológico / metodológicos: existe necessidade lógica de articular e integrar diversos setores de conhecimentos desenvolvidos originariamente com maior, menor ou inexistente associação entre os mesmos, sendo este o problema principal

Os objetivos propostos estão conectados a um quadro de problemas que estão em foco nesse trabalho. Dos problemas possíveis para a gestão ambiental e a criação de um sistema de auxílio à decisão, destacam-se alguns que estão na raiz da construção das bases de informações para a construção de uma “Arquitetura de Conhecimentos para auxílio à decisão”, a saber: (1) o que representam as estruturas rúpteis em relação às rochas portadoras de água subterrânea, juntamente com as propriedades físicas dessas rochas, como condições favoráveis, ou não, à percolação da água pluvial? (2) é possível se pensar o aproveitamento ecológico-econômico de quaisquer dos tipos de ZRAs, de tal modo que o uso econômico, com projetos agro-florestais, ou

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separadamente agrícola e florestal, permita ganhos sociais e, ao mesmo tempo, exerça função conservacionista? (3) como articular, regional e localmente, o auxílio à decisão com os atributos físicos de rochas e de formações superficiais que indiquem boas bases geotécnicas de viabilidade para esses projetos agro-florestais?, (4) como articular, regional e localmente, o auxílio à decisão com os atributos físicos de rochas e de formações superficiais que indiquem más bases geotécnicas de viabilidade para que com esses projetos agro-florestais se possam articular soluções de mitigação? (5) em que medida esses atributos se superpõem a e/ou complementam as definições brasileiras de capacidade de uso e/ou de aptidão de solos? Por fim, (6) como estabelecer a conexão entre os vários temas disciplinares de Ep, LE, GE, Gm, Cl, Pd, AS, SA, Gt, o método CommonKADS e IA com as condições sistêmicas da bacia hidrográfica, de modo articulado e integrado? PROBLEMAS ESPECÍFICOS São problemas específicos propostos os seguintes: (1) desmatar, pode ser uma prática legítima para uso da terra, embora seja não desejável em face do desmatamento já amplo dos biomas, (2) quais ciências devem nortear de modo procedimental os processos de desmatamento com vistas à manutenção da geo-estabilidade, então reinante, (3) em caso de áreas já desmatadas, quais opções para reflorestar que possam ser construídas de modo lógico a luz de prioridades dadas pelos conhecimentos geocientíficos, obedecendo à noções de prioridades, sempre voltadas para a geo-sustentabilidade, (4) como se pode integrar os aspectos geo-ambientais com os aspectos bióticos para tomar decisão sobre o que plantar, onde plantar e como plantar, em atendimento a quais prioridades de sustentabilidade e (5) como as Geociências podem diagnosticar de modo preditivo, quando for o caso, e também de modo diagnóstico, o que evitar, ou o que mitigar e como mitigar.

O item 3 é de particular interesse quanto as condições das ZRAs em bacias como Paracatu e vizinhas, onde essas áreas sensíveis são exploradas de modo intensivo para agricultura. MÉTODOS

Esse estudo faz parte de um esforço para trazer as Geociências e as GAA em contexto com as outras ciências de interesse para a gestão ambiental e agrícola. O

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método aqui seguido é denominado de Arquitetura ou Engenharia de Conhecimentos (SCHREIBER et al., 2000) e nesse texto utiliza-se a forma Arquitetura, pelo fato de que ao fim todas as implicações lógicas entre as ciências especialistas, os sistemas naturais com elas estudados e as atividades agrícolas, florestais e pastoris devam ser integrados de modo a permitir decisões de gestão geo-ecológica e agrícola.

Três métodos específicos se encadeiam como uma exigência contextual (MARTINS Jr, 2002): (1) uma análise epistemológica (Epistemologia como Teoria do conhecimento) para articular justificadamente conhecimentos científicos de bases diversas entre si, e que deve ser desenvolvida com o apoio dos seguintes Sistemas de Inquirição (SI) (MARTINS, Jr. 2002):

(a) o SI Kantiano, que permite integrar “a verdade das bases de dados”, ao molde conceitual do SI Lockeano, à “verdade da teoria” ao molde conceitual do SI Leibniziano (b) o SI Hegeliano que permite, com a dialética, tratar com teses e antíteses, tão úteis para lidar com a gestão de conflitos de interesse, ainda que se realize a gestão dentro das regras das leis e das normas técnicas da produção agrícola e (c) o SI Singeriano-Churchmaniano que permite lidar com a deriva do conceito de verdade de um modo temporal pragmático em face à complexidade de situações e objetivos, quando, com decisões a serem tomadas em face de riscos e de mudanças de técnicas, necessite-se criar ou se configurem novos cenários. Assim se podem viabilizar possibilidades, antes não possíveis, de sustentabilidade ambiental e econômica, ante o quadro de novas técnicas;

(2) o método CommonKADS (SCHREIBER et al., 2000) para lidar com todas as implicações dos relacionamentos funcionais de um programa especialista com os sistemas de inquirição, as ciências especialistas com as situações geo-ambientais e (3) a linguagem UML (Unified Modeling Language), internacionalmente adotada, para estruturar a programação de sistemas especialistas. O método CommonKADS incorpora a linguagem UML, que é uma linguagem gráfica padrão para a elaboração da estrutura de projetos complexos de programação, empregados para visualizar, especificar, construir e documentar os artefatos de sistemas de programação (BOOCH et al.,1999).

Neste texto, usa-se principalmente o método da Análise epistemológica conjugado com a Análise geológica, como primeiro passo de montagem de uma Arquitetura de Conhecimentos. Alguns resultados lógicos foram desenvolvidos com os procedimentos do método CommonKADS e são discutidos para fechar em nível mais alto de contexto o campo lógico mínimo de questões, e modos de solucioná-las. Alguma modelagem em UML é apresentada em nível também de contexto, já que essa antecede à subseqüente fase de implementação em linguagem fonte, após ter-se explorado ao máximo toda a organização lógica interdisciplinar com o método CommonKADS. Um sistema inteligente em IA necessita de pelo menos três etapas de execução:

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(1) a primeira envolve o reconhecimento de todos os conhecimentos entendidos como indispensáveis, não importa em qual grau, para a tomada de decisão, bem como toda a agregação desses conhecimentos em sistemas operacionalizáveis entre si (2) a agregação dos conhecimentos em um contexto lógico que obedeça a diversos conceitos epistemológicos de agregação (3) a implementação em UML (Unified Modeling Language) do modelo de organização lógico tanto da Arquitetura de Conhecimentos, quanto dos meandros do corpo lógico para a tomada de decisão e (4) a implementação do sistema especialista em linguagem fonte. LÓGICA para MODELOS de INTEGRAÇÃO de CONHECIMENTOS para AUXÍLIO à DECISÃO

A Lógica é o conhecimento que permite estabelecer regras de geração de conhecimentos. É universal para todo tipo de conhecimentos, mas apresenta algumas particularidades em função das ciências e dos sistemas que estejam sendo tratados. Tem-se como finalidade tratar da questão da Lógica Interdisciplinar para se vir estabelecer programas de auxílio à decisão com apoio das técnicas de inteligência artificial ou computacional (GINSBERG, 1993) para a implantação de corredores florestais.

Para uma modelagem interdisciplinar é necessário desenvolver-se o que se denomina uma “arquitetura de conhecimentos”, tema complexo, mas simplificador para o usuário. Define-se como: “um sistema que integra conhecimentos universais, fundamentais e particulares de diversas ciências, coligados aos conhecimentos cartográficos necessários, e articulados a sistemas executáveis que permitam modelar relações quantitativas e qualitativas” (MARTINS Jr. et al., Projeto ACEE, 2005-2008).

Este tipo de sistema serve de base para os sistemas de auxílio à decisão. Desse modo, problemas geo-ambientais e agrários podem ser integrados em quadros de soluções. A arquitetura de conhecimentos é, neste caso, coordenada pelo tema Geo-ecologia e Economia. SOBRE O CONHECIMENTO

Um sistema inteligente exige uma qualificação epistemológica do conhecimento, de outro modo não se pode saber o que verdadeiramente se informará. Assim, toda a massa de informações alfa-numéricas, cartográficas, de organogramas, diagramas, fluxogramas e as informações qualitativas devem ser classificadas quanto aos vários estágios cognitivos. Esses estágios são determinados sob os seguintes macro-conceitos: natureza do conhecimento representado como um intervalo aberto da qualidade e quantidade do conhecimento, que permite os seguintes tipos de classificação epistemológica: (1) [formal rigoroso] no qual se incluem conhecimentos matematizados ou

rigorosamente representados sob um paradigma dominante;

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(2) [empírico quantitativo], o qual informa medidas já feitas, mas sem predição e equações de casos gerais;

(3) [heurístico], que pode ser traduzido por métodos adequados de pesquisa que sejam

setoriais e não-universais, que apresentem soluções boas e permitam uma visão histórica de evolução de conceitos e de suas atualizações;

(4) [especializado], quando se tratam de informação baseada em conhecimento

inquestionável dentro de uma ciência e, eventualmente, por um paradigma; (5) [baseado em experiência], que é ao mesmo tempo observacional, empírico e

heurístico e faz parte da memória de um grupo; (6) [incerto], que pode ser ou não correto, donde a dúvida deve ser sinalizada bem

como a qualidade dessa dúvida; (7) [difícil de se verificar], que pode ser funcional, embora não explicado; (8) [tácito], quando o conhecimento é bastante intuitivo e pouco sistematizado

logicamente. Inclui o “bom senso” e “tato profissional, bem como acordos não explicitados, mas sabidos entre as partes, e que se pode trabalhar com hipóteses consideradas verossímeis, práticas ou funcionais.

A TAB. 1 indica a natureza dos diversos conhecimentos científicos.

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TABELA 1 – Relações comuns de acesso e/ou oferta de conhecimentos locais no Brasil entre natureza do conhecimento, formas de armazenamento no sistema a ser informatizado, e a disponibilidade e avaliação do conhecimento, em se tratando de conhecimento universal aplicável aos vários casos de bacias e de propriedades rurais. As células sombreadas indicam correlações mais estreitas e as não-sombreadas as menos estreitas.

Estruturas dos Conhecimentos ⇓⇓⇓⇓

Temas de Conhecimento

] Natureza do Conhecimento

Hidro-geolo-gia

Geologia Estru-tural

Estrati-grafia

Vege-tação

Agrono-mia

Eng. Agrícola

Hidro- logia

Eng. florestal

Clima- tologia

Pedo-logia

Aptidão de Solos

Gestão ambien- tal

Modelagem projetos agrícolas

Ordena-mento do território

Formal, rigoroso Empírico, quantitativo Heurístico: regras de pesquisa

Altamente Especializada - espec. de um domínio

Baseado em experiência

Imcompleto Incerto: pode estar incorreto

Difícil de se verificar ] Formas de

Armazenamento do conhecimento

Mente e/ou tradição Papel Eletrônico

] Disponibilidade e Avaliação do conhecimento

Limitações de acesso Limitações em qualidade

Limitações na forma Pode ser melhorado Gargalo: limita os outros conhecimentos

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MODELAGEM AMBIENTAL com GEOPROCESSAMENTO e INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – IA

Modelar com IA implica fundamentalmente na identificação das condições naturais possíveis de combinação entre os fatores geotécnicos, edáficos, geo-estruturais, de aptidão de solos, das áreas sensíveis e das relações planta-terra-água de modo a se estabelecer as bases lógicas que sustentem a implementação de um programa de auxílio à decisão sobre o OT. Segue que essas “Regras lógicas determinantes” permitem as seguintes injunções: (1) “é ou não é” (2) “age ou não age” (3) “pertence a, ou não pertence a” (4) “mantém-se, ou cessa de existir” (5) “causa, ou não causa” (6) “produz, ou não produz” e indicam (7) “graus de sensibilidade” (8) “graus de organização” (9) “graus de reversibilidade” (10) “possibilidade de sucesso de execução” (11) “obrigatório, permitido ou proibido” (12) “recomendado, indiferente ou desaconselhável” (13) “valores quantitativos” e (14) “importância qualitativa”, entre outras injunções.

Em face da possibilidade de modelagem lógica do conhecimento sobre as ciências geo-ambientais, assim como das demais ciências e técnicas associadas, abre-se o campo para o trabalho de “Arquitetura de Conhecimentos”, podendo-se sistematizar as conexões lógicas explícitas, ou mesmo aquelas inicialmente ainda entendidas como implícitas. Esse tipo de trabalho gera uma melhor sistematização interdisciplinar do conhecimento geo-ambiental e possibilita o auxílio à decisão com programas que permitam processamento mais rápido das informações, inclusive em escalas regional e local, e do regional para o local e vice-versa.

Sistemas multi-especialistas de IA para auxílio à decisão, que simulem o raciocínio de um conjunto de profissionais e de pesquisadores em questões de meio

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ambiente e Geociências, constituem importantes ferramentas para a gestão ambiental. Esses sistemas devem partir da base de informações e dos processos lógicos disponíveis e podem fornecer aos usuários funções de: (1) classificação (2) avaliação (3) diagnóstico (4) monitoramento (5) integração (6) configuração e desenho de cenários (7) atribuição de tarefas e (8) planejamento e concatenação espacial e temporal (Schreiber et al., 2000).

Com a disponibilidade de dados geo-ambientais confiáveis e de amplo espectro disponíveis em ambiente SIG, tem-se o fator co-determinante para que sistemas especialistas em IA, porventura associados, possam gerar associações, regras de inferência e, portanto, fornecer aconselhamentos consistentes para auxílio à decisão, indo além de orientações genéricas ainda preliminares, próprias do que se pode extrair de um SIG. De toda forma, deve-se programar um Sistema de Informação que possa conter informações geoprocessadas para ser acessado por um sistema especialista. BASES das GEOCIÊNCIAS AGRÁRIAS e AMBIENTAIS para a IMPLEMENTAÇÃO de SISTEMA INTELIGENTE

Sistemas especialistas, ou de inteligência artificial, para gestão ambiental são em si um empreendimento a se desenvolver com objetivos vários, e entre eles o auxílio a decisão. O acesso às Geociências agrárias e ambientais ou às Geociências em geral em seus vários ramos especialistas de interesse deve ser programado sob a égide da Lógica e da Epistemologia. Essa abordagem implica em reconhecer alguns aspectos críticos para o sucesso da construção de um sistema inteligente, a saber: (1) os conceitos entre as várias ciências especialistas sobre um mesmo objeto ou processo não serem idênticos, ainda que sejam interconectos ou tenham uma interseção apreciável (2) desenhar todos os quadros de cada questão, uma a uma, quadros que devem ser desdobrados em suas unidades cognitivas lógicas, uma a uma, e as relações entre elas (3) desenhar a questão lógica, que não é uma questão intrínseca da racionalidade para consigo mesma, mas da racionalidade com as estruturas e funções dos sistemas naturais

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(4) desenhar a análise sistêmica que deve ser, portanto obrigatória, e por isso, deve-se reconhecer o mais precisamente possível os sistemas naturais, seus subsistemas bem como as relações entre eles, isto é, as relações de sistemas de sistemas, compondo assim diversos todos, e eventualmente a visão do todo de uma bacia hidrográfica. Nota-se que este conjunto de operações de (1) a (4) constitui o quadro de operações epistemológicas estritamente básicas.

Outro quadro ainda do campo epistemológico deve ser desenhado para uma Arquitetura de Conhecimentos, então já com o uso do método CommonKADS para trabalhar com conceitos tais como: (1) variáveis paramétricas para qualidade da terra e efeitos esperados com atividades agrícolas e usos de insumos (2) tipos de rochas / geoformas / altitudes / densidades de fraturas / solos / aptidão de solos / parâmetros de aptidão / áreas específicas como zonas de recarga, como conteúdos cognitivos para o sistema, tendo já sido resolvidas as questões lógicas anteriormente tratadas, no que diz respeito às associações desses aspectos (3) delinear os vários objetivos de usos da terra (4) desenhar as condições das áreas especiais de uso sob diversos aspectos, tais como sensibilidade bio-ambiental e geo-ambiental, aptidão de solos e outros (5) criar desenhos de decisões sob os enfoques geotécnicos das condições de quimio-sensibilidade e sensibilidade mecânica das rochas e formações superficiais à ação antrópica (6) desenhar modelos de ação da atmosfera no âmbito dos micro-climas locais com especial ênfase aos modelos de chuvas e as interações chuvas, infiltração, evapotranspiração, escoamento superficial imediato pós-chuvas e por não menos construir (7) os Modelos de Organização de Problemas e Oportunidades (Método CommonKADS) que envolvem tanto o setor Natureza quanto o setor cultural, social e econômico, o contexto geo-ambiental, o contexto de viabilidade econômica, denominado Contexto Organizacional com o estudo dos fatores internos e externos, desenhar os Aspectos de Sucesso que devem ser entendidos tanto do ponto de vista geo-ambiental quanto econômico mercadológico, e a internalização dos custos ambientais e dos ganhos imediatos e futuros no devido tratamento ambiental dos projetos agro-silvi-pastoris.

Sobre as condições de armazenamento, disponibilidade e articulação dos conhecimentos existentes, ou reconhecíveis como necessários, deve-se ainda tratar as questões referentes a:

(1) a natureza do conhecimento (2) as formas de armazenamento do conhecimento (3) a disponibilidade e qualidade do conhecimento

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(4) a avaliabilidade do conhecimento, possivelmente dentro do conceito de Karl Popper (1994) com a noção de falseabilidade de um conhecimento, que é um aspecto fundamental do projeto científico

(5) a viabilidade de execução do sistema de IA e (6) os cenários de viabilidade de

planejamento da bacia hidrográfica com vários tipos e situações geo-ambientais de projetos agrícolas.

Os princípios geológicos de uso de ZRAs e APRs devem ser trabalhados como elementos cognitivos para geração de regras de inferências pelo sistema de IA como, por exemplo, o fato de quanto maior a permeabilidade de uma rocha ou de uma formação superficial em ZRA maiores os cuidados, ou mesmo a não-permissão de uso de insumos, ou então o uso da terra sob condições restritas, bem como a modelagem de atividades específicas de monitoramento dos riscos. Um sistema como esse será tão complexo quanto os sistemas naturais o são, e as interações homem-Natureza também o são. Não se espere menos, mas espere-se uma mais simples articulação dos conhecimentos como forma de lidar com homens que pensam diferentemente e não conhecem múltiplas ciências e sistemas, bem como com situações complexas do mundo real.

O que fica ainda patente é que a abordagem epistemológica / lógica / e de modelagem do conhecimento deve ser feita de modo progressivo, envolvendo generalizações em escalas regionais próprias para os comitês de bacias, e em escalas locais próprias para as propriedades rurais. O sistema é utilizável tão logo sejam realizadas as primeiras implementações em linguagem-fonte, mas deverá em todas as situações ser desenvolvido continuadamente ao longo de muitos anos. Este texto é um estudo de caso exemplificando as questões ligadas ao uso de ZRAs e APR no sentido de se poder programar, planejar, licenciar, monitorar e mitigar essas áreas notoriamente sensíveis quando planejadas com um sistema inteligente para auxílio à decisão de gestão agrícola e geo-ambiental . MODELAGEM UML de CIÊNCIAS AMBIENTAIS INTERDISCIPLINARES

A modelagem de alto nível em UML para a abordagem de Ciências Ambientais Interdisciplinares é apresentada nas FIG. 1a e 1b.

Em relação à modelagem, as entidades representadas por retângulos são classes de implementação, ou seja, a partir delas serão instanciados os determinados objetos pertencentes a este domínio proposto: Área do Conhecimento; Visão do Ambiente (que representa um conjunto de Critérios Determinantes) e Condições de Uso. A leitura das associações é unidirecional. Assim, por exemplo, quando se enuncia “1” apresenta “1”, lê-se em notação de UML o seguinte: “1”, por exemplo, “Área do Conhecimento apresenta “1” Visão do Ambiente”; e “1” Visão do Ambiente determina “0” ou ainda outras (*) condições de uso (FIG. 1a, 1b).

A modelagem do sistema proposto em UML é anterior ao âmbito da programação e da implementação, e da conseqüente geração de código-fonte executável (programa) para as relações ecológico / econômico / geo-ambientais (MARTINS Jr. et al., Projeto ACEE, 2005-2008).

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FIGURA 1a - Apresentação da relação em contexto das possíveis interconexões entre as Áreas do conhecimento, a Visão do ambiente e as condições de usos da terra, água e bio-sistemas.

FIGURA 1b - Detalhamento epistemológico-metodológico entre as Áreas de conhecimento, a

Visão das Disciplinas Ambientais, as Implicações da Visão Interdisciplinar necessárias para a Produção do Conhecimento aplicado e as Condições de Uso enquanto possibilidades ontológicas, legalidade, viabilidade ecológica e duração do uso (desafio para várias gerações) e a tipologia de interações desejáveis com o ambiente.

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A análise dos modelos criados é tanto “meio” quanto “produto” para a retro-alimentação de informações e para os requisitos pertinentes para criação de sistemas IA, dotados de informações e de lógica pluridisciplinares desses campos de conhecimentos. O ordenamento territorial (OT) passa a ter caráter de sistema axial, quando transformado em programas (software) capazes de relacionarem conceitos determinadores de uma estrutura lógica de ações, fornecendo aconselhamento e auxílio à decisão aos usuários envolvidos na ocupação e no processo de uso do território. TEMAS de MODELAGEM GEO-AMBIENTAL e INTERDISCIPLINAR para ORDENAMENTO do TERRITÓRIO

A modelagem geo-ambiental para um ordenamento sustentável do território necessita abordar temas correlatos, tais como: (1) rochas, geoformas, solos e geometria de corredores florestais ecológicos e econômicos, (2) ordenamento do território e de políticas de conservação, (3) agricultura - conflitos entre a gestão territorial e o uso de áreas de zonas de recarga de aqüíferos, (4) questões e fundamentos da Geomorfologia Estrutural em associação com as Geociências Agrárias e Ambientais, (5) zonas de recarga de aqüíferos / reservatórios / nascentes – as questões geo-ambientais e soluções pró-circulação hídrica com plantios ecológico-econômicos no Bioma Cerrado em áreas com descontinuidade floral territorial, entre outros temas correlatos. REGRAS de OCUPAÇÃO TERRITORIAL

O ordenamento do território (OT) é um conceito ao mesmo tempo filosófico, científico, administrativo e jurídico no senso íntimo desses aspectos. É mister adotá-lo culturalmente com todos esses vieses semânticos.

Entende-se filosoficamente que o OT é o conceito-chave para agrupar todos os esforços que rejam a ocupação humana de modo utilitário, eficiente e conservacionista, como também preservacionista, sob a macro-perspectiva de manutenção da dinâmica ecossistêmica das trocas de energia, massa e bio-informação, reinantes anteriormente a eventos de intervenção e/ou de catástrofes. De um ponto de vista científico e tecnológico o OT é a atividade de:

� diagnosticar, � descrever, � modelar, � normatizar, � executar e

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� monitorar com bases nos conhecimentos adquiridos a totalidade das informações de C&T com fins aplicativos à administração e à gestão do território. A modelagem proposta em UML (BOOCH et al., 1999) obedece ao sistema

matricial do QUADRO 1 (MARTINS Jr. et. al, 2006), cujas Áreas do Conhecimento estão nas linhas da Matriz de Conhecimentos, como:

A = 1 Legislação / A = 2 Ordenamento do território / A = 3 Hidrogeologia / A = 4 Integração entre Geociências e Ecologia / com os Critérios Determinantes dos usos, cujos significados específicos são agrupáveis em condições de uso: � c-1 = condições legais, ontológicas, situacionais, dinâmicas // c-2 = cenários de projetos, cenários estruturais e causais // c-3 = relações de eventualidades, criteriosas, utilitárias, de integração, de usos, criticidade, etc.

A lógica de auxílio à decisão pode ser representada pelos seguintes símbolos matemáticos e lógicos: intervalo aberto ≡ �conhecimento incompleto que traduz o sentido de abertura para novos conhecimentos; intervalo fechado ≡ [conhecimento completo], cujo aspecto é assumido para todos os efeitos, quando na condição suficiente em estudo; n = número de Áreas do Conhecimento; as Condições de Uso c-1 a c-3 são para serem entendidos como espaços topológicos condicionantes ou espaços de relações, distintos do simples espaço euclidiano; as Áreas do Conhecimento variam como, A = 1 a A �1, m �, onde m = um número real; os números c-1, c-2, c-3 são Condições de Uso em espaço cognitivo aberto e possível de serem ampliados (QUADRO 1). É importante explicitar a possibilidade de uma ou mais Condições de Uso estarem presentes em mais de uma Área de Conhecimento, o que não é, todavia, representado na Matriz de Conhecimento do QUADRO 1.

“A decisão é um procedimento que exige, de modo geral, um complexo quadro de fatos, possibilidades” e “a realidade”. Esse acordo é, em parte, aqui indicado por uma sucessão de estruturas informacionais que possibilitem a ordenação lógica de relações estruturais e dinâmicas na forma de interações sistêmicas

Os critérios de corte devem ser organizados de acordo com o tema em questão, mas com evidente feição que permita, por um lado, especificar temas de modos independentes, ainda que os mesmos sejam interconectos em alguma parte do sistema. Nesse capítulo o fator destacado que interconecta é o espaço, tanto o espaço euclidiano quanto os espaços topológicos de funcionamento dos sistemas naturais.

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QUADRO 1 – Conjunto de Critérios: Condições de uso x Áreas do conhecimento , com

critérios determinantes apresentados nos componentes dessa matriz de auxílio à decisão.

Condições de Uso (c-1, c-2, c-3) versus Áreas do Conhecimento (A1, A2, A3, A4)

c-1 c-2 c-3

A1

- L

egis

laçã

o

Áreas de proteção ambiental

cenários de uso e conservação

cenários para projetos ecológico-econômicos em consonância com as limitações legais específicas

cenários de soluções mitigadoras

Reserva particular do patrimônio natural - RPPN

delimitação local, e ligação por corredores a fragmentos regionais

eliminação de efeitos de borda (?)

contornos ecológico-econômicos para ecoturismo

Reserva legal disponível para zoneamento

mínimo de 30% por propriedade, com variações para cada região do Brasil

aumento da área nuclear não alcançada pelo efeito de borda

contornos ecológico-econômicos

Bordas de relevo em tabuleiro

eventual proteção com florestas ecológico-econômicas

controle de erosão (?)

potencial ecoturístico

Matas com fito-espécies protegidas

bancos de sementes

prioridade na eliminação de efeitos de borda

eventualmente área para preservação

Ecossistemas legalmente protegidos

preservação pública e privada ecoturismo

controle do turismo com regras e acompanhamento

A2

- O

rden

amen

to T

erri

tori

al

Reg

iona

l

Plano Diretor Municipal

cenário urbano ideal

cenário de expansão urbana, com reservas e áreas de uso restrito

cenário de integração rural-urbana

Plano Diretor de Recursos Hídricos

relação entre vegetação e infiltração hídrica

integração entre conservação dos ecossistemas e conservação hídrica

projetos ambientais abordando água e vegetação.

Desenho de Uso Optimal do Território

cenário de plano de uso

condições de máxima segurança de uso

máximo desenvolvimento sustentável

Aptidão Agrícola

condições intrínsecas aos solos, para melhor produtividade

restrições identificadas para áreas sensíveis

integra-se com outras condições independentes

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QUADRO 1 – continuação

A3

- H

idro

geol

ogia

Zonas de Recarga de aqüíferos ZRAs

tipos de zonas com condições geo-ambientais distintas

gradação de sensibilidade das ZRAs

uso ecológico-econômico com segurança para o ciclo hidrológico

Áreas específicas de recarga

tipos de áreas específicas

tipos de rochas e das condições de infiltração

determinação de criticidade aos insumos (qualitativo e quantitativo)

Densidade de fraturas

fraturas abertas de infiltração

fraturas determinantes de exudação

critérios de segurança em aqüíferos fraturados

Tipos de aqüíferos

kársticos; granulares; fraturados; kársticos fraturados; aqüiperme ou superficiais

modelagem de circulação da água

controle dos impactos e da demanda para uso consuntivo

A4

- In

tegr

ação

ent

re G

eoci

ênci

as e

E

colo

gia

Variedades de ecossistemas e de tipos de solos pelos quais existam corredores

zoneamentos fito-geográficos e fito-sociológicos

integração das espécies locais com as espécies do sistema local

estruturas de inter-relação com a topografia

Corredores em topos de morro e bordas de sub-bacia

podem coincidir com áreas de preservação permanente de topos, inter-ligando os fragmentos

proteção de possíveis áreas de recarga, e controle de erosão;

utilização de áreas de menor potencial e/ou aproveitamento econômico agrícola

Corredores de matas ripárias e veredas, nos vales da sub-bacia

proteção de florestas nativas ripárias, e dos respectivos corpos d’água

agregação de valor ao uso das terras beira-rios

integração com agricultura própria dos vales

Segurança geotécnica

estabilidade de taludes

definição de áreas sensíveis

regionalização de condições sensíveis

VARIÁVEIS para FUNDAMENTAÇÃO e de GERAÇÃO de INFERÊNCIAS

As regras lógicas devem obedecer para o OT às seguintes ciências, que oferecem as bases de informações para a gestão: Engenharia Florestal, Hidrologia, Hidrogeologia, Agronomia, Pedologia, Geologia Estrutural, Geotecnia, Climatologia, Botânica, Geomorfologia, Economia, Administração e Direito como os principais campos cognitivos. As ciências humanas entram em suporte aos fatores operacionais da educação informal, comunicação e ação de cidadania.

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Neste relatório estão em foco: Hidrologia, Hidrogeologia, Geomorfologia, Pedologia, Botânica, Agronomia, Engenharia Florestal, Geotecnia que são tomadas a partir de algumas de suas variáveis paramétricas mais importantes.

Chama-se a atenção para a Geotecnia, com as variáveis próprias para determinar-se a efetiva sustentabilidade de solos, formações superficiais, saibros e rochas alteradas, que associadas a outras variáveis indiquem, quando regionalizadas sobre grandes áreas, as condições de geo-sustentabilidade caracterizáveis com os atributos físicos das: (1) a Porosidade (2) o Índice de vazios (3) o Teor de umidade h (4) a Massa específica natural (5) o Grau de saturação Sr (6) o Limite de liquidez LL (7) o Limite de plasticidade LP (8) Índice de plasticidade IP (9) o Índice de consistência IC (10) a Coesão C e (11) o Ângulo de atrito.

Estas são variáveis que garantem mapeamentos definitivos das condições geotécnicas de estabilidade, ou não, dos vários terrenos. As áreas com maior instabilidade podem ser preferenciais para a instalação de corredores que funcionem como fatores de proteção, como exemplo (QUADRO 2).

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QUADRO 2 - Algumas variáveis paramétricas e de processos mensuráveis são importantes para modelar as condições ideais de OT pelo viés “permissão x impedimentos x precauções específicas”.

Grupos de variáveis próprias para articulação de conceitos interdisciplinares aplicados às relações

estabilidade x tipos de usos x sistemas sob intervenções Grupos de vari-áveis

Hidrologia / Hidrogeo-

logia

Geologia estru-tural

Geo-morfo-logia

Pedo-logia Botânica Agronomia Geotecnia

G 1 vazões específicas superficiais

leitos dos rios

solos hidro-mórficos

matas ciliares irrigação

G 2

rede de drenagem; escoamento superficial pós-chuvas; infiltração; escoamento superficial da água subterrânea; evaporação; evapotrans-piração.

estru-turas rúpteis perme-áveis

áreas dos vários tipos de geo-formas

áreas dos vários tipos de solos

forma-ções vegetais ecos-sistemas fitogeo-grafia fitosocio-logia

áreas de iso-aptidão de solos

porosidade, índice de vazios, teor de umidade, massa específica natural, grau de saturação, limites de liquidez e de plasticidade, coesão, ângulo de atrito

G 3 zonas de recarga

estrutu-ras rúpteis e dúcteis

infiltração de insumos agrícolas

G 4 vazões em fontes

atitudes de rochas

matas ciliares

G 5 tempo de circulação

estrutu-ras abertas

ciclos e sazona-lidade das plantas em geral

ciclos e sazona-lidade das plantas domésticas

G 6

tempo de residência de água subterrânea

relação ótima entre consumo e recarga

G 7 erosão e erosão acelerada

perda universal de solos

maciços florestais remanes-centes e reflores-tados

técnicas de conserva-ção do solo agrícola

MÉTODO de DECISÃO sobre ORDENAMENTO do TERRITÓRIO

São situações e/ou critérios principais para decisão: (1) a continuidade florestal (COLLI et al., 2003),

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(2) a estabilidade de taludes, (3) a geo-sustentabilidade de zonas de recarga de aqüíferos subterrâneos, (4) os corredores estrategicamente plantados, e/ou conservados e/ou preservados, (5) a conservação do fluxo hidrodinâmico, (6) as áreas agrícolas, agricultáveis e/ou a reflorestar (7) as áreas para pequenas e mini centrais hidroelétricas e (8) localizações de áreas urbanas e outros temas pertinentes. LÓGICA das GEOCIÊNCIAS AGRÁRIAS e AMBIENTAIS para a ARQUITETURA de CONHECIMENTOS

A questão central do uso agroflorestal de ZRAs e APRs diz respeito a três fatores objetivos para o auxílio à decisão, a saber: “o que plantar”, “onde plantar” e “como plantar”. A questão “o que” implica em lidar com as GAA e com as outras ciências citadas acima, bem como com a noção de viabilidade em diversos níveis agro-silvi-climatológicos, de aptidão de solos e de maior ou menor investimento em técnicas. “onde plantar”, neste caso, já é um pressuposto da questão em estudo ser em ZRAs e em APRs, todavia o onde ainda implica o estudo caso a caso, a ser levado a sério um processo de gestão de necessário licenciamento, ainda que não existe esta prática no País, pelo menos ao modo como aqui se discute. O “como plantar” já implica nas seguintes situações: (1) a aptidão de solos com as condições apto, restrito e inapto, que envolvem técnicas

diferentes quando a decisão for pelo “sim”; (2) as condições geotécnicas que, em face das variáveis de estabilidade de terreno,

envolvem técnicas distintas quando a decisão for pelo “sim”, quaisquer que sejam os graus de sensibilidade do terreno;

(3) as opções agricultura e silvicultura que envolve questões técnicas diversas para os

dois tipos de sistemas produtivos; (4) quando for projeto integrado agroflorestal a necessidade de um zoneamento

conveniente das ZRAs e APRs e (5) os cuidados extremos que se devem tomar para que em nenhuma hipótese a recarga

em si seja comprometida, em especial pela diminuição da infiltração em relação ao escoamento superficial imediato pós-chuvas.

Em todas as considerações acima está em foco, como premissa, a questão da

estabilidade do terreno em relação com a viabilidade agroflorestal, a manutenção dos ecossistemas bem como das recargas. Resta, por fim, a questão da segurança química das ZRAs e APRs, que implica na análise das características geotécnicas específicas dos solos locais e das condições de pluviosidade, bem como a condição de ambientes

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naturalmente mais úmidos e de sequeiro, dentro de ZRAs dados os vários tipos de culturas. Esses fatores devem ser contingenciados ao aspecto crítico da permeabilidade dos solos e as áreas de infiltração.

As Geociências devem subsidiar a Arquitetura de Conhecimentos com os seguintes temas: (1) estruturas rúpteis em localização, quantidade e relação com as rochas (2) importância das estruturas rúpteis como eventuais e/ou efetivos meios de infiltração

entre unidades líticas (3) os solos e suas respectivas capacidades de campo (4) as declividades e geoformas associadas a rochas e solos (5) as áreas de máximas densidades de mesofraturas (6) as direções preferenciais das estruturas rúpteis em relação com as fontes (7) as direções preferenciais das estruturas rúpteis em relação com a partilha entre

unidades líticas como potenciais zonas de infiltração compartilhadas entre aqüíferos de duas rochas

(8) as áreas de infiltração como meio de transmissão sem reservatórios strictu sensu (9) os tipos de solos (10) as ZRAs em localização e em composição, seja quando tratar-se de uma ZRA com

uma única APR ou com várias APRs (11) as características petrográficas e de intemperismo em cada ZRA e, por conseguinte,

de cada APR e (12) a informação sobre a geo-sensibilidade de cada ZRA e APR em função da

estabilidade física e da quimio-sensibilidade aos insumos e pesticidas. Com esses temas podem-se agregar informações fundamentais para a construção da Arquitetura de Conhecimentos. Deriva-se daí então, a necessidade dos enunciados lógicos para o uso dessas informações.

Pode-se assim apresentar algumas pré-condições para os enunciados, a título de

exemplos, na seguinte seqüência: (1) em acesso a um sistema de informação geográfico-geológico, obtém-se os mapas de

localização e das Áreas Potenciais já Agriculturadas e Agriculturáveis – APAAs - em escalas regional e local

(2) o mapa de estruturas rúpteis deve ser associado ao mapa das APAA (3) as relações entre unidades líticas e APAAs são correlacionáveis para se discutir

aspectos da declividade, das geoformas e características petrográficas

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(4) dados regionalizados sobre os atributos físicos geotécnicos das ZRAs servem para estabelecer as condições – que grau de estabilidade ou de sensibilidade mecânica

(5) os dados de solos, do ponto de vista da infiltração da água, permitirão estabelecer

aspectos da recarga que marcam a infiltração total possível na área e a infiltração real que ocorre nas condições geo-ambientais reinantes

(6) a quimio-sensibilidade expressa por dados petrográficos, de intemperismo e de solos

que permitirá dar graus de sensibilidade química à poluição no local.

Enunciados lógicos podem então ser enunciados, sejam como perguntas sejam como assertivas, ou como fatores limitantes, a saber: (1) a tratar-se de ZRA, pode-se pensar em projeto regional unicamente agrícola, ou

florestal ou agroflorestal ou sem intervenção antrópica. (2) ressalvadas condições como: (2a) plantio nunca contínuo e total sobre a ZRA (2b)

permanência ou reconstrução de corredores florestais, como unidades de conservação ecológicas ou ecológico-econômicas (2c) com as características dos solos e de aptidão dos mesmos, então, selecionar-se as condições para plantios de lavouras temporárias, lavouras permanentes, silvicultura, extrativismo e para preservação (2d) conforme o sistema de plantas escolhidas, em monocultura ou em consórcios, advêm as questões de calagem, aplicação de N P K, outros insumos como fungicidas e pesticidas que podem comprometer os solos e, eventualmente, a água em recarga, logo, então se enuncia: � se “tal plantio”, então “tais necessidades”, então “tais medidas de segurança”, ou mesmo “não permissão para uso agrícola com insumos”. Essas medidas devem ser caracterizadas no sistema, mediante acesso a mapas e ao conjunto de informações, regras enunciadas e regras de inferências geradas pelo sistema de inteligência. Cada nova medida inferida, se logicamente verdadeira, mas não enunciada na proposição inicial da base de conhecimentos deve ser cadastrada para constituir parte da Arquitetura de Conhecimentos de medidas sobre conservação e usos dos solos, visando a segurança química (FOSTER, 1987) e (FOSTER & HIRATA, 1993).

(3) a tipologia de solos permitirá decidir-se entre as várias culturas tanto nas condições

apta, restrita e inapta, o que implicará nas condições de culturas de sequeiro, e nas condições dependentes de chuvas e nas condições dependentes de irrigação.

LÓGICA INTERDISCIPLINAR para AUXÍLIO à DECISÃO de USO da TERRA 1 - Inteligência artificial

O objetivo dos sistemas de Inteligência Artificial (IA) é de executar funções que sejam consideradas inteligentes. Dentre as características básicas ressalta-se a capacidade de replicar em certas medidas o raciocínio, isto é, aplicar regras lógicas a um conjunto de dados disponíveis, para chegar a uma conclusão. A “aprendizagem” (aprender com os erros e acertos de forma a no futuro agir de maneira mais eficaz), o “reconhecimento de padrões” (tanto visuais e sensoriais, como também padrões de comportamento) e a “inferência” (capacidade de conseguir aplicar o raciocínio nas

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situações de contexto humano) são partes das propriedades desses sistemas (GINSBERG, 1993). 2 - Sistemas Especialistas e Multi-Especialistas

Sistemas especialistas são programas que têm como objetivo simular o raciocínio de profissional “expert” em um campo do conhecimento. Os sistemas multi-especialistas se mostram como promessas prementes nas GAA, Engenharias e Direito Ambiental sob enfoque interdisciplinar. 3 - Questões agro-silvi-ambientais

Questões sobre o uso das terras em ZRAs: (1) a estabilidade geotécnica (2) alterações que possam advir quanto a manutenção da infiltração da água pluvial nos aqüíferos e (3) infiltração de substâncias tóxicas para dentro dos aqüíferos, tema da Segurança química (TAB. 2).

As ciências concernidas dizem respeito a: (1) atributos geotécnicos dos solos. (2) Aptidão dos solos para a agricultura determinada pelas condições apto, restrito e

inapto. (3) a Agroclimatologia que informa a compatibilidade da fenologia vegetal com as

condições do clima. (4) a Hidrogeologia. (5) a Geologia estrutural, que informa como estruturas dúcteis e rúpteis podem contribuir

para a intercomunicação dos aqüíferos. (6) a Lito-estratigrafia e (7) as Geomorfologia / Pedologia. 4 - Qualidade e avaliação da terra

O conceito de “Qualidade da terra” definido como “atributo complexo da terra, atuando como fator distinto para uso, em que cada qualidade da terra é determinada pela interação de um conjunto de características, com pesos diferentes, dependentes de todas as outras do conjunto, nos diferentes ambientes” (BEEK, 1978; LEPSCH et al. 1983; BEEK & BENNEMA, 1972).

Distinguem-se dois grupos de propriedades importantes para estimar o comportamento e potencialidade dos solos:

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(1) atributos que podem ser observados, medidos ou estimados quantitativamente no campo, ou em amostras de laboratório e

(2) atributos relativos ao seu comportamento, e que resultam de interações

solo/ambiente, interpretáveis a partir de características observadas e/ou de resultados experimentais. As propriedades da terra são resultantes de atributos intrínsecos ou extrínsecos ao solo, tais como:

(1) a disponibilidade de água é função não só do regime pluviométrico, (2) como também da capacidade de retenção de água no solo, o qual por sua vez é resultante da granulometria, tipo de argilas e estruturas, entre outras características, (3) a disponibilidade de nutrientes, também designada por fertilidade, como função do complexo sortivo ou trocável (soma de bases de troca S, capacidade de troca T, grau de saturação V, hidrogênio trocável H e alumínio trocável Al), teores de fósforo assimilável, matéria orgânica, relação C/N, etc. Para quase todas as outras se aplicam raciocínios semelhantes, sendo raro que uma propriedade seja função exclusiva de uma só característica ou atributo.

Referências para a avaliação do uso potencial da terra:

A – Deficiência de Fertilidade - Avaliada pela disponibilidade de suprimento de nutrientes e presença ou ausência de substâncias tóxicas; o respectivo índice é estabelecido através das seguintes características: (1) capacidade de troca de cátions (2) soma de bases trocáveis (3) saturação de bases (4) saturação com alumínio (5) salinidade e/ou alcalinidade (6) matéria orgânica (7) relação C/N (8) fósforo assimilável e (9) pH.

B – Deficiência de Água - Avaliada pela extensão do período seco, em que existe déficit hídrico, isto é, aquele período em que a quantidade de água armazenada no solo é insuficiente para o completo abastecimento (evapotranspiração) da vegetação instalada; depende, como é evidente, não só das condições climáticas (precipitação e evapotranspiração) como também das edáficas (capacidade de campo e ponto de murcha permanente). Estes últimos atributos definem a “capacidade de retenção de água”, ou melhor, a “água disponível” e são funções de outras características, tais como: textura, tipo de argilas, teor de matéria orgânica, profundidade efetiva e outras.

C – Excesso de Água, ou deficiência de oxigênio na zona radicular, é uma função das restrições de drenagem, quer externa (topográfica), quer interna (de perfil). Esta limitação é função de três grupos de fatores distintos que se reportam às condições climáticas, topográficas e da permeabilidade e disposição dos estratos no solo - (1) Climáticas: precipitação e evapotranspiração (2) Topográficas: relevo local e risco de inundação e (3) Edáficas: permeabilidade.

D – Susceptibilidade à Erosão - Fator de limitação considerado “agrícola”, em contraposição aos anteriores tidos como “ambientais”; define-se como o desgaste potencial da superfície do solo quando submetido a qualquer uso sem práticas especiais de conservação. É função das condições climáticas, topográficas e do próprio solo (edáficas) –

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(1) climáticas: regime pluviométrico (erosividade), (2) topográficas: relevo e cobertura vegetal e (3) edáficas: textura, estrutura, permeabilidade e retenção de água.

E – Impedimentos à mecanização – (1) topográficos: extensão e forma das vertentes e declividades, (2) edáficos: - profundidade, condições de drenagem, textura, tipo de argila,

pedregosidade e rochosidade.

Na TAB. 2 apresentam-se as variáveis paramétricas, listadas e ordenadas acima, indicando-se os efeitos esperados de cada uma, quando a terra é utilizada. Esses efeitos são distinguidos em: (1) Favoráveis – Quando é previsível uma melhoria de produtividade nas terras onde o

atributo possui um valor numérico mensurado ou estimado mais alto, (2) Desfavoráveis – Comportamento inverso do anterior, ou seja, são de esperar

melhores produtividades nas terras onde os valores do atributo são mais baixos, (3) Faixa Favorável – Existência de um intervalo de valores para os quais se esperam

boas respostas, sendo que para aqueles valores do atributo, numericamente superiores ou inferiores, as produtividades esperadas deverão ser reduzidas,

(4) Sensível – Atributo de peso e comportamento diversificado conforme as

características de que se reveste. Por exemplo, a textura pode ser de granulometria arenosa ou muito argilosa, o atributo relevo pode ser plano ou montanhoso, tendo ambos, desempenhos bem diferenciados. Contudo, não obedecem a uma escala numérica facilmente mensurável como, por exemplo, o pH ou a capacidade de retenção de água, embora possuam importância e aspectos que não podem deixar de ser assinalados.

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TABELA 2 - Variáveis paramétricas e efeitos esperados quando se usa a terra; são relações lógicas para auxílio à decisão sobre plantar, ou não plantar, como plantar, com quais condições tecnológicas e manutenção da integridade geo-ambiental das ZRAs. Os graus na última coluna são para os riscos químicos e mecânicos, em função das variáveis paramétricas; os riscos crescem de 1 a 10. O aperfeiçoamento dos índices de risco para diversas bacias é necessário para melhor precisar a avaliação; os sombreados correspondem às definições e condicionantes acima.

Variáveis Paramétricas para Qualidade da Terra e Efeitos Esperados

Efeitos esperados ⇒ Favo-rável

Desfa-vorável

Faixa fa-vorável

Sem-sível

Notas de sensibilidade de ZRAs e APRs

[1, 10] e d = depende

Variáveis paramétricas ⇓

EDÁFICAS Capacidade de troca de cátions 1 Soma de bases trocáveis 1 Saturação de bases 1 Saturação com alumínio 1 Salinidade e/ou alcalinidade 7-10 Matéria orgânica 6-10 Relação C/N 6-10 Fósforo assimilável 6-10 pH d CLIMÁTICAS Precipitação 1-4 5-8 9-10 1-4, 5-8 e 9-10 Evapotranspiração 1-3 Regime pluviométrico 3-9 TOPOGRÁFICAS Declividade ≤ 3 ≥ 7 3 a 7 3-7 Extensão e forma das vertentes ≤ 2 ≥ 8 2 a 8 2-8 Relevo local 2-8 Risco de inundação 1-4 Cobertura vegetal 1-5 FORMAÇÕES SUPERFICIAIS Permeabilidade 7-10 Textura 3-9 Estrutura 4-10 Retenção de água 1-3 Profundidade 1-4 Condições de drenagem 3-8 Textura e tipo de argila 4-8 Pedregosidade e rochosidade 4-9

ZONAS de RECARGA de AQÜÍFEROS e AGRICULTURA INTENSIVA

A TAB. 3 apresenta algumas das relações fundamentais entre as questões centrais referentes aos usos citados de terras de ZRAs e APRs e as ciências especialistas.

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TABELA 3 - Temas em relação com as ciências especialistas e com as questões centrais em relação ao uso de terras em ZRAs e APRs. Ciências e temas ⇒⇒⇒⇒ Lito-

estratigrafia

Geologia estrutural e Geomor-fologia

Pedologia Aptidão de Solos Geotecnia Climatologia Modelagens

hidrodinâmicas Segurança

química Questões centrais ⇓⇓⇓⇓

Localização das ZRAs

Estratos; topografia; petrografia

estruturas rúpteis e dúcteis; geoformas

tipos de solos

tipos de aptidão

atributos físicos de solos e/ou de formações superficiais

estudo de distribuição de chuvas, inundações e fotoperiodi-cidade; cartas agroclimato-lógicas

modelagens de escoamento superficial e da infiltração

porosidade; limite de liquidez; permeabilidade

Localização das APRs

topografia, petrografia

idem acima + geoformas

tipos de solos

tipos de aptidão

erosão laminar, erosão profunda

idem como acima

modelar infiltração

idem como acima

Caracteri-zação geo-ambiental por tipos de ZRA e de APR

intemperismo; fraturas abertas; sedimentos; solos

geoformas; declividades; geo-estruturas

solos e atributos físicos

tipos de aptidão; implicações tecnológicas; estudos de viabilidade

tipos de solos e de formações superficiais; erodibilidade

intensidade de chuvas; direções de impactos das chuvas; escoamento superficial local

relação infiltração versus escoamento superficial pós-chuvas

famílias de águas subterrâneas com potencial de serem poluídas; estudo de poluição

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CONSERVAÇÃO de ZRAs Caracterização:

Trata-se da articulação da produção agro-florestal em ZRAs com as quais as necessidades econômicas sejam atendidas nos limites da sustentabilidade geotécnica e da segurança química das recargas dos aqüíferos; facilitar maior infiltração no aqüífero e maior tempo de duração para o escoamento superficial imediatos pós-chuvas, ou ainda menor escoamento com maior infiltração.

Questões geológicas como relações entre tipos de rochas / formas / altitudes / densidades de fraturas / atitudes de rochas abrem uma série de questões geo-ambientais, a saber: 1 – quais os tipos de formações superficiais, ou de solos, com ou sem fraturas abertas, e

de atributos físicos que caracterizam cada tipo de área de recarga, 2 – quais as condições sensíveis de uma dada ZRA que a torne mais ou menos crítica a

intervenções humanas, 3 – quais são as condições geo-ambientais reinantes, se em estado natural, ou em

estado de alteração, e/ou mesmo de degradação ambiental e 4 – quais os tipos de atividades antrópicas que são compatíveis com uma dada área, de

modo que a segurança ambiental, sendo respeitada, permita uma intervenção economicamente sustentável.

Dessas condições podem-se gerar matrizes de conhecimento que permitam

elaborar um sistema de auxílio à decisão com bases em inteligência artificial.

As MATRIZES apresentadas em seqüência (TAB. 4 a 6) são estruturadas visando articular conhecimentos interdisciplinares. Devem ser seguidas para compreender-se como se apropria desses vários conhecimentos para decidir sobre projetos de agricultura, de silvicultura e/ou de manejo agro-florestal em áreas sensíveis. MATRIZES de CONHECIMENTOS GEO-AGRO-AMBIENTAIS

A matriz é concebida como um conjunto lógico de aspectos que estão, ou podem estar, em relação caso a caso, e cujas conjugações podem implicar em decisões diferentes (TAB. 4a, 4b).

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TABELA 4a – Comparação das variáveis de Aptidão de solos e Geotecnia. Variáveis Pedológicas Atualizadas para Aptidão Agrícola

Variáveis Geotécnicas*

Não têm expressão

Soma de bases trocáveis (S)

Capacidade de troca de cátions (T) Grau de saturação de bases (V) Saturação com alumínio Salinidade** Alcalinidade** Matéria orgânica = Corgânico x 1,724

Não têm expressão Relação Carbono/Nitrogênio Fósforo assimilável Capacidade de retenção de água = Água1/3atm ( ou Equivalente de umidade) ou Capacidade de Campo Capacidade de retenção de água

Água disponível Teor de umidade atual Grau de saturação

Condições de drenagem (inferido através da permeabilidade interna e condições topográficas) Pode-se usar as mesmas variáveis

Risco de inundação

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TABELA 4b – Comparação das variáveis de Aptidão de solos e Geotecnia. Variáveis Pedológicas Atualizadas para Aptidão Agrícola

Variáveis Geotécnicas*

Porosidade Permeabilidade*** Permeabilidade

Não têm expressão

Limite de plasticidade Limite de liquidez Índice de plasticidade Índice de consistência Índice de vazios Massa específica natural Massa específica Natural para Sólidos Coesão Ângulo de atrito

Textura

Não têm expressão

Estrutura (inferida a partir do tipo de solo) Tipo de Argila ****

pH Não tem expressão

Pedregosidade (inferida a partir do tipo de solo)

Pedregosidade

Rochosidade (inferida a partir do tipo de solo) Rochosidade Profundidade total (Horizontes A+B+C) Profundidade da Rocha Alterada Tipo pedológico Tipo de Rocha

Aptidão agrícola (Variável Conclusiva) Conveniências Geotécnicas (Variável Conclusiva)

Observações à TAB. 4 (4a e 4b): * Aplicáveis a solos (Análise Estrutural de Solos – ASE) e a rochas portadoras de reservatórios

de aqüíferos. ** Não constituem problemas na bacia do Paracatu, motivo pelo qual não foram realizados os

respectivos testes no Planoroeste II. *** Quando o terreno é impermeável apresenta problema à agricultura e é inferido por

características internas ao perfil (impermes subterrâneos, ou argilas 2:1 em topografia plana ou depressão), e características externas, como topografia de depressões em geral. No Paracatu, devem ser observadas os terrenos de lagoas marginais, planícies fluviais sujeitas a inundação, depressões rasas e solos hidromórficos em geral.

**** Para a Bacia do Paracatu, a predominância é de argilas 1:1, do tipo kaolinita e de óxidos de ferro.

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TABELA 5 - Articulação das condições de aptidão de solos, geotécnicas e de objetivos agrícolas, florestais e agro-florestais. A manutenção da infiltração em uma ZRA é condição radical do processo de conservação do recurso hídrico na bacia. O sombreado e os espaços em branco indicam as interseções onde ocorrem relações diretas. Essa tabela informa a necessidade da busca das implicações lógicas entre todos os aspectos considerados para cada caso de terreno.

Aptidão de solos

Condições das ZRAs e APRs recarga com

florestas

Condições geotécnicas

Decisão sob enfoque de

segu- rança

química

segu-rança

do terreno

projetos agroflo-restais

intensivos

projetos agroflo-restais

orgânicos

Apto

favorável

alta estabilidade

vulnerável instável

indiferente

alta estabilidade

vulnerável instável

sensível

alta estabilidade

vulnerável instável

desaconse-lhável

alta estabilidade

vulnerável

instável

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429

TABELA 5 - continuação

Aptidão de solos

Favorável em recarga com

florestas

Condições geotécnicas

Decisão sob enfoque de

segurança química

segurança do terreno

projetos agroflo-restais intensivos

projetos agroflo-restais orgânicos

Restrito

favorável

alta estabilidade

vulnerável instável

indiferente

alta estabilidade

vulnerável instável

sensível

alta estabilidade

vulnerável instável

desaconse-lhável

alta estabilidade ?

vulnerável ? instável ?

Inapto

favorável

alta estabilidade

vulnerável instável

indiferente

alta estabilidade

vulnerável instável

sensível

alta estabilidade

vulnerável instável

desaconse-lhável

alta estabilidade ?

vulnerável instável

Significados das achuras. O sinal ? é de condicionalidades a serem ainda exploradas em maior detalhe. Sim, eventualmente condicionado Com tecnologia própria ? Sim / depende de análise crítica Não Com tecnologia para

aptidão e geotecnia Condicionado a técnicas específicas Sempre favorável Com alta tecnologia

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TABELA 6 - Estudo de caso hipotético para agricultura, silvicultura e zoocultura em rocha granular. As Variáveis selecionadas na coluna Condições paramétricas indicam condições especiais que devem, em nível de detalhe, serem estudadas para estabelecer os Critérios de decisão com os atributos geotécnicos de “alta estabilidade”, “vulnerável” e “instável” das TAB. 2 e 4 com as condições de decisão; assim como para os temas da coluna.

Condições paramétricas

Condições do caso-exemplo

Usos Critérios de decisão favorável, desaconselhável, sensível, indiferente

Áreas, sistemas e

ciências

Variáveis selecionadas agricultura silvicultura zoocultura

Zonas de Recarga

área precisa de recarga reconhecida ZRA e APR ZRA e APR depende

Lito-estrati-grafia

tipos de rochas rocha granular boa no local idem idem sensível a química formas do modelado – geomorfologia

aplainado a baixas declividades excelente em muitas

condições aplainado e vertentes

favorável a sensível

altitude média /declividade

750m / suave excelente várias / várias qualquer/ suave

favorável

Geotecnia

porosidade solos e/ou de formações superficiais

muito alta exige cuidar qualquer depende de tecnologia sensível

índice de vazios muito alto exige cuidar varia idem sensível teor de umidade oscila oscila varia indiferente indiferente massa específica natural

indiferente indiferente indiferente indiferente grau de saturação alto - - - sensível limite de liquidez baixo seguro produz estabilidade condicional desaconselhável limite de plasticidade alto favorece favorece condicional sensível índice de consistência baixa exige cuidar adequada condicional depende da cultura coesão boa - adequada - sensível ângulo de atrito inespecífico - - -

Solos capacidade de campo de solos

alta bom para bom para indiferente indiferente

Geologia Estrutural

confluência de fraturas

algumas sensibilidade indiferente sensível sensível

fraturas paralelas ou cruzadas várias sensibilidade indiferente sensível sensível

Aptidão Agrícola

apto apta excelente bom para condicional favorável restrito exige tecnologia exige

tecnologia exige tecnologia sensível

inapto exige tecnologia exige tecnologia

exige tecnologia sensível

Vegetação natural (vários tipos) sim conservar conservar condicional exige cuidados de

conservação plantada não é o caso -- consorciar condicional

Critério final de auxílio à decisão, dependendo de tecnologia eventualmente apropriada Agricultura com insumos: desaconselhável

balanço de todas os juízos parciais

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431

SOLUÇÕES com INTELIGÊNCIA COMPUTACIONAL

A simulação contextual que se apresenta com as formulações que se seguem, apoiadas em parte no método CommonKADS (SCHREIBER et al., 2000), descrevem-se três Modelos de Organização – MO.

Esses recobrem uma parte da visão geral do processo de Modelagem Lógica Integrada vinculada à viabilidade ecológico-econômica de projetos agro-florestais em ZRAs. Os modelos devem ser usados para enunciar injunções: - lógicas, sobre a realidade, sobre problemáticas e questões de implementação do próprio sistema inteligente.

A modelagem de uso da terra e da lógica de decisão têm na FIG. 2 a caracterização mais básica e contextual das questões lógicas sobre “o que plantar”, “onde plantar” e “como plantar”. MODELO de ORGANIZAÇÃO – MO – em NÍVEL CONTEXTUAL MO -1 PROBLEMAS E OPORTUNIDADES

Problemas

(1) Muitos agricultores passam por problemas de degradação de solos e recursos hídricos. (2) Muitas vezes, nas decisões das atividades humanas em um território, os critérios econômicos (principalmente os de curto prazo), costumam se sobrepor aos critérios ambientais; questões: (1) Perigos químicos - insumos e pesticidas (2) Perigos estruturais - erosão laminar, perda universal de solos, erosão acelerada e perda de nutrientes.

Oportunidades

Oferecer auxílio à decisão geo-ambiental para agricultores e gestores de bacia hidrográfica, sobre conservação dos solos. Intenciona-se que os usuários passem a assumir uma postura mais coerente em relação as suas atividades de uso territorial, incorporando para decisão as corretas variáveis ambientais, com suas implicações na produtividade econômica. A modelagem permite criar uma articulação da gestão entre produtores rurais e gestores de bacia, por integrar os dois modos de planejamento territorial em uma visão de raciocínio ambiental ampla.

Esta modelagem é direcionada a critérios de re-usabilidade e desenvolvimentos posteriores, dando suporte para novas versões de sistemas especialistas de auxílio à decisão em ordenamento territorial, e para desenvolvimento de novos programas especialistas sobre o meio ambiente.

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432

FIGURA 2 – Questões lógicas sobre uso da terra em ZRAs e APRs para agricultura, silvicultura

e projetos agroflorestais. Questões técnicas do “como plantar” devem ser consideradas. Os geo-sistemas podem estar nas condições estável, meta-estável e instável.

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433

Contexto Organizacional Considera-se os objetivos, os fatores externos e os critérios de sucesso a serem reportados aos objetos “ZRA”, ao “mercado agro-econômico’, aos “órgãos de decisão” e aos “critérios críticos de conservação” de solos e água, de modo integrado, com uma visão de sustentabilidade.

Objetivos

(1) Modelar o conhecimento das Geociências Agrárias e Ambientais, da Agronomia e Silvicultura, necessários para a integração do conhecimento de ZRAs à gestão ecológico-econômica do território. (2) Projetar um mecanismo de inferência que utilize esses conhecimentos. (3) Mostrar como e porque as medidas de conservação e preservação de ZRAs podem ser proveitosas economicamente.

Fatores externos

(1) O mercado Agro-econômico estimula certas culturas e técnicas economicamente viáveis e exclui outras. (2) Incentivos e autorizações governamentais, estimulam práticas agropecuárias, ambientalmente corretas ou não. (3) A existência ou não de órgãos ambientais para fiscalizar, proibir e/ou reorientar as práticas produtivas em um território de ZRAs e APRs não é usual no País. (4) Demandas dos usuários por água subterrânea, para as zonas rural e urbana continuam a ser problema não-resolvido e (5) O clima agravado pelas tendências de mudanças climáticas.

Critérios de Sucesso (1) Obtenção do aumento ou não-diminuição da infiltração nas ZRAs. (2) Evitar enchentes. (3) Melhorar controle do escoamento superficial imediato pós-chuvas. (4) Manuter umidade dos solos locais. (5) Conservação ambiental, com uma política de uso ecológico-econômico. (6) Evitar contaminação química. (7) Evitar a degradação mecânica de solos e rochas.

Soluções

São as relações de conservação com delimitações do que se fazer, das técnicas eficientes para a produção e a garantia da conservação, agregando-se corredores florestais ecológico-econômicos como novos aspectos ecológicos regionais. Delimita-se assim, como Soluções:

(1) estabelecimento de áreas de preservação e/ou conservação prioritárias em ZRAs e como Políticas: (2) preservação em casos ultra-sensíveis e (3) conservação de áreas sensíveis com agricultura e/ou silvicultura. No contexto de ZRAs, que apresentem variáveis paramétricas ambientalmente sensíveis: (4) a delimitação de certas atividades econômicas para esses determinados territórios, (5) a determinação de certas técnicas de conservação de solo e água, a serem incentivadas ou tornadas de uso obrigatório e

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(6) implementação de corredores ecológico-econômicos nas linhas de cumeada, ou de outras áreas, e em áreas de uso restrito por sobre as ZRAs (FIG. 3 a 5; MARTINS Jr. et al, 2006, p. 660).

MO-2 ASPECTOS VARIANTES Sistemas de informação, recursos computacionais

Gerar modelo para INTERNET com servidor-web. O modelo deve interagir com um servidor de sistema de informações geográficas SIGea e com um servidor de um portal de conteúdo científico em Ecologia-Economia - sisORCI, ambos ainda em desenvolvimento (Projeto ACEE, 2005-2008).

Tecnologia, e/ou patentes, direitos

Com o método CommonKADS e o processo de modelagem do conhecimento em linguagem UML, o núcleo de Inteligência Artificial é programável, portanto ainda não implementado em PHP (Hypertext Preprocessor) com sistemas e linguagens livres e de código aberto.

Cultura

Não existe no País uma cultura científica e de gestão para a qual seja previsto o uso de sistemas especialistas de modo sistemático. Esse tipo de sistemas oferece novo método para tratar com o meio ambiente e pode ser um começo para a implementação de nova cultura administrativa.

Poder

Para implementação das diretivas de gestão de ZRAs e APRs será necessária a utilização dos instrumentos administrativos e legais de preservação e conservação ambiental instituídos pelo Governo. Incluem-se os órgãos ambientais, a Política Nacional de Recursos Hídricos e a legislação ambiental aplicável. A cultura atualmente existente no campo e na administração pública, bem como o Poder Público em seus aspectos constituídos e aplicados, indicam as possibilidades de efetiva aplicação do sistema de IA para o auxílio à decisão.

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FIGURA 3 – Diagrama de classes em nível de contexto em UML; são indicados os objetos

geológicos (ZRAs, reservatórios de aqüíferos e zonas de descarga). Processos naturais e/ou induzidos podem alterar as taxas de trocas de energia e massa. Os métodos de segurança (conservação, ocupação ideal, restrições de uso, rendimentos, métodos de conservação) são programáveis. Símbolos: int – informação numérica; string – informação textual; boolean - informação lógica; void - informações variantes no tempo; list – lista de variáveis.

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FIGURA 4 - Diagrama de Classes UML em nível de contexto, em que os objetos e processos

são representados segundo visão delineada pelas variáveis trazidas de matrizes conhecimento geo-agro-ambientais de (algumas quebras de regras na representação se justificam para facilitar ao leitor; Os símbolos são: int – informação numérica; string – informação textual; boolean - informação lógica; void - informações variantes no tempo).

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ORGANOGRAMA de CONTEXTO das PESQUISAS para ESTABELECIMENTO das RELAÇÕES LÓGICAS

USUÁRIOS FIGURA 5 – Diagrama de Atividades em nível de contexto para pesquisas. Consideram-se,

para auxílio à decisão as condições limites (área de preservação, área de conservação, segurança química, métodos obrigatórios de segurança geotécnica, compatibilidades recíprocas e incompatibilidades entre os vários parâmetros).

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MO-3 VIABILIDADE DE EXECUÇÃO

A viabilidade envolve as questões financeiras, técnicas, social e ambiental bem como a modelagem dessas condições que determina um dos fatores de corte para que a decisão seja positiva ou negativa. Benefícios econômicos

Os benefícios do planejamento territorial são vários e refletem-se dentro da cadeia de processos ecológicos-econômicos. Citam-se: (1) eventuais melhoras na regularidade da vazão hídrica a médios e longos prazos, que resultam em melhores condições para o desenvolvimento da economia agropecuária; (2) melhor uso consuntivo do recurso hídrico; (3) diversos ganhos de produtividade, devido às melhorias ambientais que atuam em diversos segmentos do processo agrícola. É complexo estimar, a priori, o valor agregado, principalmente em longo prazo.

Custos esperados

Técnicas agrícolas e de conservação de solos e águas envolvem custos de implementação e manutenção a serem modelados, e a modelagem parte dos princípios de gestão ambiental propostos.

Conhecimento armazenado e processo de raciocínio

As variáveis do conhecimento estão lançadas nas TAB. 4 a 6 e FIG. 3 e 4. A partir de então é possível criar formulações lógicas para determinar se as condições do ambiente são favoráveis, indiferentes, sensíveis ou desfavoráveis, quanto a ocupação agrícola e florestal, tendo em vista a manutenção do ciclo hidrológico e a viabilidade ecológico-econômica.

Interação com o usuário final

Deve ser amigável e interativo entre o usuário e o prestador de serviços. O usuário será informado sobre as questões ecológicas e econômicas envolvidas em determinado uso do território, portando-se o sistema como um instrumento de suporte à gestão, assim como de educação ambiental.

Riscos e incertezas

Ressalta-se a possibilidade de eventual auxílio à decisão sobre base informacional ainda incompleta.

Riscos e incertezas de implementação

Os problemas sociológicos da zona rural devem ser trabalhados pelos serviços de extensão rural, que poderão estar em parceria com a equipe mantenedora do modelo especialista; os centros produtores de conhecimentos e de tecnologia devem atender à demanda de conhecimentos, condição essencial para o sucesso de uso e aplicação do programa.

Resultados, custos e benefícios esperados

Espera-se que os estudos das Geociências Agrárias e Ambientais para as ZRAs, aliados à gestão ambiental e à metodologia de Arquitetura de Conhecimentos possam esclarecer sobre os aqüíferos e sobre os procedimentos ótimos de ocupação territorial, para melhor rendimento ecológico-econômico e conservação dos recursos hídricos.

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CONCLUSÕES

Este capítulo reúne toda uma reflexão amadurecida a luz do novo ramo de conhecimento definido em 1986 como Geociências Agrárias e Ambientais - GAA. Neste sentido a reunião de diversas ciências e engenharias permite a constituição do campo epistemológico das GAA. O aspecto mais inovador constitui-se na construção de lógica de auxílio à decisão com inteligência computacional.

Nesta fase do projeto GZRP constitui-se uma seqüência de capítulos nos quais se procura responder ao tema proposto com objetivos: (1) descritivos, (2) lógicos e (3) de critérios de corte para a tomada de decisão.

Este capítulo faz seqüência a outro capítulo no qual se apresentam as questões lógicas de O&M, primeiro de um modo geral e em segundo com enfoque na questão da gestão de bacia hidrográfica com especial enfoque na gestão de áreas sensíveis e entre elas as zonas de recarga de aqüíferos, ZRAs, e áreas precisas de recarga de aqüíferos, geralmente dentro de ZRAs.

O passo obtido com as questões lógicas especificadas e o Método CommonKADS é intermediário ao modelo O&M e antecedente ao o organograma ORCI de rodas de correlações e impactos que se apresenta no capítulo sucessivo.

Diversas estruturas lógicas são descritas ao longo desse texto com fortes indicações, sobretudo nas tabelas, nas quais as relações são especificadas de modo evidente.

O trabalho desse capítulo servirá para dar bases ao sistema de auxílio à decisão com uso de inteligência computacional, não previsto para esse projeto. Serve também para o sistema de arquitetura de conhecimentos, mas de modos distintos.

Quanto ao sistema de arquitetura de conhecimentos sisORCI o capítulo seguinte apresenta os resultados que servirão, em tempo oportuno para alimentar o sistema sisORCI.

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NNOONNOO CCAAPPÍÍTTUULLOO

ARQUITETURA DE CONHECIMENTOS INTRODUÇÃO

Sistemas especialistas podem ser entendidos como “sistemas de computadores que usam as técnicas de conhecimento e raciocínio para resolver problemas que normalmente requeiram perícia humana” (FURNIVAL, 1995, p. 2).

Desta forma, os Sistemas Especialistas constituem-se como um corpo de

conhecimento lógico formalizado sobre um contexto de saber, de forma que sejam capazes de aplicação a problemas específicos, possibilitando uma solução comparável a de um especialista.

Sistemas de auxílio à decisão, por sua vez, abarcam o gerenciamento da

informação, a partir do levantamento das necessidades informacionais dos decisores, da coleta e obtenção dos dados à análise dos dados, transformando-os em informação (INFO), na distribuição da INFO de acordo com as necessidades do decisor, e por fim, da utilização das informações pela sua incorporação no processo de trabalho (GUIMARÃES & ÉVORA, 2004, p. 75).

Capturar o conhecimento humano e torná-lo explícito não é tarefa simples. O problema toma proporções ainda maiores quando se pretende registrar a experiência humana e representá-la sobre a forma de sistemas digitais. Assim, analisar o conhecimento e mapeá-lo para a forma digital é hoje uma tarefa de importância para diversas áreas do conhecimento.

De acordo com (SCHEIBER et al., 2000) o maior entrave para a construção de

sistemas computacionais especialistas para auxílio à decisão está justamente nas dificuldades encontradas para a formalização lógica dos conhecimentos utilizados pelos profissionais especializados. Grande parte dos conhecimentos humanos encontra-se como tácitos ou discursivos, de forma pouco estruturada, tornando difícil convertê-los diretamente em bancos de dados e axiomas lógicos programáveis. Com o intuído de tentar contornar esse expressivo gargalo, têm sido desenvolvido métodos integrados em uma “Metodologia de elicitação de conhecimentos”, entre elas a dos “mapas conceituais”.

Os mapas conceituais podem ser entendidos como estruturas, esquemas ou gráficos utilizados para representar a forma de um sujeito entender e conhecer sobre um determinado assunto (LIMA, 2004). Embora esses não representem explicitamente o conteúdo semântico de um termo, podem ser muito ricos em transmitir um esquema semiótico que consiga com maior eficácia recuperar as informações e construir o conhecimento. Os mapas conceituais também procuram facilitar o processo de aprendizagem (LIMA, 2004) mostrando a inter-relação de conceitos e a visão interdisciplinar. A partir de um universo de INFOs, o mapa conceitual ajuda a concatenar as idéias e produzir uma visão ampla, profícua e uma forma de adquirir e

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transmitir o conhecimento, propiciando mais facilidade de verificar contradições, paradoxos e falhas no material organizado.

Todavia, os progressos da última década na programação de sistemas em rede

(web) oferecem novas possibilidades para se ir além de uma mera apresentação gráfica bidimensional estática dos mapas conceituais. Os recursos de bancos de dados, hyperlink e manipulação gráfica permitem que os mapas conceituais possam se transformar em verdadeiros sistemas de informação, em que o usuário navega pelas ligações e acessa conteúdos específicos de seu interesse. De forma a aproveitar essa capacidade técnica, propõe-se, neste capítulo, dar continuidade ao desenvolvimento de um novo método, já parcialmente desenvolvido no Projeto ACEE / CNPq (2005-2008), (MARTINS Jr., et al., 2008) denominado Organograma de Rodas de Correlação e Impactos – ORCI, dentro de um sistema web, doravante denominado sisORCI®.

Como uma analogia ao processo de construção civil, o serviço de arquitetura, com função mais abstrata e de planejamento, precede o trabalho mais aplicado da engenharia civil. A proposição pretendida para o processo de formalização informacional é de que as atividades de Arquitetura de Conhecimentos, isto é, metodologia ORCI (MARTINS Jr. et al., 2008) propiciem um arcabouço adequado para os trabalhos posteriores de Engenharia de Conhecimentos (isto é, desenvolvimento de bancos de dados e programação lógica).

A abordagem proposta para esse relatório foi estabelecida com base em duas notas técnicas desenvolvidas durante a execução do Projeto CRHA (2003-2006), financiado pelo MCT / FINEP / Fundo Setorial CT-Hidro-2002 (MARTINS Jr. et al., 2006) sob referências NT-CRHA 19 / 2004 e NT-CRHA 35 / 2004 (www.cetec.br/crha). O sistema, denominado sisORCI®, teve seu desenvolvimento conceitual detalhado no projeto ACEE (MARTINS Jr., 2008), aprovado pelo CNPq em 2004 como inovação tecnológica. O desenvolvimento epistemológico e informacional é retomado nesse relatório e na montagem dos resultados do projeto atual na forma do sistema de arquitetura de conhecimentos. OBJETIVOS

� Apresenta-se, aprimora-se e aplica-se a metodologia ORCI para o contexto de conhecimentos de Gestão de Recarga de Aqüíferos, foco do Projeto GZRP (2006-2009).

FUNDAMENTOS

A motivação deste trabalho encontrou-se no fato de tratar-se de um projeto complexo, com atuação de uma equipe multidisciplinar e com uma ampla base de informações oriundas de diversos campos técnicos e científicos. Neste caso, a modelagem epistemológica e computacional dos dados, informações e saberes envolvidos tornou-se crucial para uma melhor organização do projeto e para a consecução da metas nele propostas.

O sistema sisORCI® parte das seguintes premissas:

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1 – trata-se de um sistema de arquitetura e de engenharia de conhecimentos dos campos das abordagens pluridisciplinar e interdisciplinar com métodos de execução de tarefas e programas executáveis; 2 – no sistema ORCI, os conhecimentos são apresentados sem hierarquia, a um modo mais próximo do que se pode reconhecer como equivalentes às “ligações neuronais”, com “sinapses” de todos os núcleos cognitivos a todos os outros, e algumas rotas de conexões como preferenciais ou mais portadoras de sentidos próprios (FIG. 1); 3 – trata-se de um sistema dinâmico, em que as conexões preferenciais são indicadas, mas dentro das quais os usuários podem organizar as conexões de vários modos que lhes possam interessar, buscando construírem sentidos que convenham para o problema real que possuam, ou para soluções que busquem desenvolver; este processo é denominado no sistema como “construção de rotas propedêuticas próprias”; 4 – o sistema ORCI é uma integração entre dois grandes campos epistemológicos de ciências, ou, que têm raízes cognitivas equivalentes para dois tipos de sistemas – o natural e o cultural, e que descrevem com as várias ciências as possíveis “trocas de informação, massa e energia” em suas mais amplas possibilidades de significantes e significados.

FIGURA 1 – Exemplo de Organograma ORCI

A equivalência epistemológica é a base sobre a qual se constrói os produtos desse projeto no âmbito do sistema sisORCI, como o sistema de integração das complexidades desses dois grandes sistemas - natural e cultural. É sem dúvida um esforço de unificação dos pensamentos ecológicos, administrativos e econômicos, assentado sobre a ciência da computação como um instrumento de integração.

As bases de informações e, sobretudo, de conhecimentos desenvolvidos nesse projeto atual são voltadas para dois clientes típicos, a saber, os comitês de bacias hidrográficas e suas agências, por um lado, e os proprietários rurais e a ambos em inter-relação, dentro de uma ou mais bacias hidrográficas.

Por certo, as prefeituras poderão se beneficiar do sistema pela ampla proximidade de questões, completando-se assim um quadro de clientes preferenciais. Outro tipo de cliente são os estudantes, quaisquer estudantes que queiram refletir sobre essas questões tão prementes em nossos tempos, literalmente difíceis pela dificuldade humana em lidar com as questões econômicas e ecológicas e com os impactos já gerados e em curso nos sistemas naturais.

O assunto da partilha de recarga de aqüíferos entre bacias de 2ª ordem é, sem dúvida, um assunto sobre áreas sensíveis dentro de bacias hidrográficas. Assim, o tema envolve a demanda de um sistema de arquitetura de conhecimentos para que o modelo de gestão possa emergir de modo o mais perfeito possível.

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Neste capítulo apresenta-se, portanto, a noção de arquitetura de conhecimentos e se colocam os produtos do projeto organizados dentro de um modelo de arquitetura especificado para os resultados do projeto.

RODAS de CORRELAÇÕES

Sistemas complexos são de difícil visualização em seus múltiplos aspectos e em suas funções várias que co-atuam e se retro-alimentam de diferentes formas, modos e tempos. Perceber sistemas complexos ou planejar sistemas complexos de conhecimento para auxílio à decisão, envolvendo diferentes modalidades tais como a ecológica, a econômica, a social, a educativa, a administrativa oferece o risco de se deixar passar coisas da maior importância, bem como outros pequenos aspectos também expressivos. Ademais, pode-se errar pela simples dificuldade de saber ver, prever e/ou planejar os diferentes tipos de articulações entre as partes que compõem o sistema complexo.

Neste projeto desenvolveu-se o núcleo de um sistema que cria maiores facilidades para o planejamento real de propriedades rurais e dos comitês de bacia hidrográfica, em especial entre a relação destes com aquelas. Cabe ressaltar que com o sistema busca-se desenvolver um instrumento de integração dos pensamentos das ciências econômicas com as ciências ambientais, e assim todo o sistema é concebido para integrar pensamentos, conceitos, ações e práticas, que uma vez articuladas, permitam criar condições para o tão desejado modelo de desenvolvimento sustentável ecológica e economicamente.

Neste relatório, apresentam-se os resultados desse projeto em cima da estruturação prévia de organização de um organograma ORCI para em tempo oportuno disponibilizar-se pela rede com o seguinte enfoque conceitual:

� Seleção dos conceitos básicos como essenciais sobre as relações dos grandes temas da partilha de recarga para planejar e gerir programas de gestão e projetos de feição própria à idéia de desenvolvimento eco-sustentável em um amplo quadro de suporte científico, técnico e operacional com modelos gestionários, bem como com uma ampla base de dados cartográficos.

A aplicação dos resultados do projeto dentro de um modelo de gestão envolve,

portanto: [1] conceitos epistemológicos precisos definidos com respeitos às ciências utilizadas, mas contextualizados aos princípios normativos das idéias propostas; [2] uma geometria de representação de conveniência que permita uma visão da forma das relações no espaço e no tempo dos dados hidrogeoquímicos de um ano hidrológico; [3] abertura de espaço para se modelar os processos tanto de modo matemático quanto técnico, a ser representado nos vetores no espaço da modalidade espacial e da modalidade física;

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[4] um amplo conjunto de bases de dados e de informações temáticas alfas-numéricas e cartográficas referentes a esse projeto, em exclusivo.

O QUE SÃO as RODAS de CORRELAÇÕES e de IMPACTOS

Toda a concepção das rodas de correlações e de impactos diz respeito a representações de relações entre conceitos de diversas ordens, ações de diversas ordens, interações institucionais, relações que possam unir no planejamento um programa de ações bem como outros temas. Todos os enfoques nas rodas recobrem as ciências ambientais e econômicas e neste caso envolvem Pedologia, Lito-estratigrafia, Drenagem, Química de águas de fontes.

As rodas em Ecologia-Economia / partilha de recarga em zonas de recarga de aqüíferos entre bacias de 2ª ordem podem agregar: [1] as definições e caracterizações epistemológicas e conceituais sobre o tema central

de cada roda concernida para esse projeto. [2] em cada roda, apresentar temas complementares às definições ou caracterizações

utilizadas no projeto GZRP agregados em lista de modo que o acesso se faça apenas pelo interesse pessoal na extensão do tema de cada roda.

[3] políticas para os comitês de bacias, adequadas pela legislação vigente e com

sugestões de ampliação do espectro de ação dos comitês. [4] descrição de ambientes naturais das nascentes e modos de interação com esses. [5] ecossistemas das fontes e suas partes em interação, descritos de modo cartográfico

e fotográfico em todas as nascentes amostradas. [6] processos geológicos voltados para a partilha e a interpretação das variações

químicas que ocorrem ao longo do ano hidrológico. [7] processos ecológicos em especial sobre as relações solos / água e a caracterização

das nascentes. [8] o sistema de pluviosidade regional na forma de mapas de pluviosidade. [9] unidades geo-ambientais e de uso ideal da terra. [10] uso da terra em cartas pelo estudo da evolução temporal de ocupação das terras

desde 1964 a 2009. [11] métodos de gestão das áreas de zonas de recarga com partilha de recarga entre

bacias e formas administrativas de fazê-lo.

Especial ênfase é dada às idéias axiais para o planejamento ambiental:

Sobre o binômio Ecologia-Economia.

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As rodas e os vetores que as acompanham, conectando-as, apresentam uma série de virtudes de representações cognitivas notáveis, a saber: [1] cada roda pode representar um conceito epistemológico, ou metodológico, ou

gerencial, ou educacional, ou tecnológico e ainda outros conforme surjam as questões referentes aos temas em planejamento.

[2] as rodas devem ser organizadas em categorias definidas aqui como principais,

satélites, gerenciais, tecnológicas, educacionais, epistemológicas, especialistas, etc. que são estruturadas de modo conveniente à questão em foco; não será dada nenhuma informação pictórica sobre essas qualificações, mas que eventualmente, serão citadas no texto que explica a roda.

[3] todas as rodas são conectadas por vetores, nos quais se arquivam conceitos

ecológicos, estruturas conceituais sobre a Natureza, conceitos econômicos, conceitos administrativos, modelos matemáticos, modelos de gestão, modelos de gestão pública, modelos de reflorestamento, procedimentos sobre a legislação dos comitês.

NÚCLEO TEMÁTICO da BASE CONCEITUAL do sisORCI®

Este núcleo foi identificado e programado para atender algumas questões sérias entre as teorias e práticas em Economia e Ecologia, de modo genérico, entendendo-se esta última não apenas em seu viés biológico, mas também como todo o conjunto de processos interativos entre os sistemas constituintes de uma região em específico e a sociedade dos homens. Assim, neste núcleo procurou-se apreender o que pode haver de mais essencial em se tratando das questões de bacia hidrográfica voltadas para a gestão geo-ambiental e agrícola das mesmas e nas relações entre dois tipos de agentes que são os comitês de bacia, com o braço técnico das agências de bacia.

VETORES CONECTIVOS

Em qualquer sistema organograma ORCI a organização das rodas no espaço representacional deve obedecer a uma geometria dinâmica que atenda: [1] à lógica de conexões, [2] a uma distribuição no espaço representacional que se evite ao máximo cruzamento

de vetores, ainda que seja legítimo e/ou necessário às vezes cruzá-los e [3] que se possa também fornecer uma condição de apreciação estética, isto é uma

condição de harmonia na representação; tais condições implicam em uma geometria do organograma que seja maximizada em informação e minimizada em ocupação de espaço, todavia maximizada em conexões e rotas propedêuticas.

Os vetores dentro do sisORCI são acionados como objetos, e assim será

possível trazer à tela o tipo de conexão(ões) que liga(m) duas ou mais rodas de correlações ou impactos. Neste projeto ainda não se poderá realizar esta operação

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dado que o sistema está ainda em implementação e trata-se de uma inovação tecnológica em Ciência da computação.

Duas rodas podem estar unidas por mais de um vetor e cada tipo de vetor terá uma representação própria. Esta será representada pelas espessuras, cores, setas diferentes e outros modos convencionados tal que todas as instâncias lógicas sejam representadas. Os vetores de conexões devem ser representados separadamente por tipo de conexão lógica, evitando-se acumular dois tipos de conexão em um mesmo vetor, mas se isso for necessário deve-se fazê-lo com indicações alfa-numéricas como no caso das seqüências das rotas propedêuticas.

Os vetores podem fazer conexões imediatas e conexões remotas e funcionam à semelhança de axônios transportadores de mensagens de conexão e/ou portadores de memória dos tipos de conexões. Se a opção axônio for a mais desejada pode-se multiplicar as conexões de modos bem mais numerosos, embora haja um limite próprio delimitado pelas condições lógicas inerentes. A opção axônio é muito própria das rotas propedêuticas.

Quanto aos conceitos ecológicos, muitos vetores comportam informações sobre fatos ecológicos específicos de uma área; isto pode significar que mapas possam estar agregados ao ambiente desses objetos; de todo modo a organização deste tipo de vetor tem muitas possibilidades tantas quantas sejam derivadas, desde conexão com bases de dados brutos até altos produtos científico-epistemológicos das abordagens disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar. INTEGRAÇÃO do SISTEMA de INFORMAÇÃO GEO-AMBIENTAL - SIGEA

com a LÓGICA de um SISTEMA de AUXÍLIO à DECISÃO - SisDec

O sistema sisORCI deve ser articulado a dois sistemas que farão parte desse conjunto. São os sistemas sisORCI, SIGea e SisDec. Os três já foram concebidos com características próprias e interligáveis para funcionarem em um portal sobre a gestão ambiental e agrícola de propriedades rurais e bacias hidrográficas. O SIGea e o SisDec dependem ainda de financiamento e a lógica do SisDec é motivo de desenvolvimento atualmente.

As características e funções se repartem dos seguintes modos: 1 – sisORCI

Agrega um banco de dados e informações sobre ciências ambientais, economia, engenharia florestal, geotecnia, cartografia, microeconomia, macroeconomia, agronomia, botânica, ecologia, mapeamentos, mitigação, conservação, preservação, planejamento rural, gestão ambiental, gestão agrícola, reflorestamento, e outros tanto temas correlatos conforme incluídos nas rodas e nos vetores. 2 – SIGea

Sistema de Informação Gea – que é um sistema com vários subsistemas. Sua função principal é de agrupar mapas que possam ser utilizados em artigos científicos

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como ilustrações e que possam ser utilizados por um pesquisador para trabalhar com eles em um sistema de informação geográfico - SIG. São ainda utilizáveis para transmitir instruções, planos, legislar e servem como instrumento de monitoração de temas que estejam sob observação pelos comitês.

O SIGea pode ser dividido em diversos sub-sistemas genéricos tais como o SIGea-Climadata, SIGea-Economorural, SIGea-ColunaGeol e assim por diante. O SIGea-Infomapas serve para informar aos clientes e interessados o que existe de disponível em forma de mapas. O SIGea-trans servirá para articular informações cartográficas com o sisORCI e os vários tipos de SisDec. O SIGea-expo servirá como expositor das informações cartográficas. 3 – SisDec

Esse é uma categoria de sistemas intitulados Sistema de Auxílio á Decisão. Em algumas partes esse sistema se desdobra em um subsistema de inteligência artificial. Para cada função ou problema que trate o SisDec deve ser adjetivado tal como SisDec CorFlorest que significa SisDec voltado para auxiliar a decisão sobre plantios de corredores florestais ecológicos e ecológico-econômicos. Serão tantos títulos complementares quantos forem os subsistemas que vierem a ser desenvolvidos.

Obviamente os sistemas acima foram concebidos para serem produzidos em um verdadeiro Programa de Desenvolvimento tecnológico. Nesta fase foi possível desenvolver uma parte do sistema sisORCI.

Todos os três sistemas são centrados em engenharia e arquitetura de conhecimentos. São pluridisciplinares e interdisciplinares regidos pelos seguintes conceitos maiores: 1 – uma ética baseada em conhecimentos e voltada para soluções de gestão ambiental e agrícola, dentro dos quatro E – ecologia / energia / economia / ética; 2 – um embasamento epistemológico de fundo, que constitui os diversos conhecimentos setoriais em um único sistema integrado de conhecimentos (ver texto Epistemologia Fundamentadora abaixo); 3 – a possibilidade de informar sobre decisões tanto com bases conceituais quanto cartográficas; 4 – três organogramas subsistemas de referências em Ecologia-economia, Microeconomia / ecologia e Macroeconomia / ecologia, sendo que aqui Ecologia é entendida como todo o conjunto de ciências do ambiente; 5 – uma abordagem didática própria em que o usuário possa percorrer amplas e expressivas partes das ciências concernidas de modo simples, direto, interligados e focadas nos aspectos citados nos 4 itens acima citados; 6 – a possibilidade sempre crescente de poder adicionar outros organogramas de rodas de correlações e impactos de modo a fazer sempre novos organogramas com novos temas em maior amplitude de detalhes;

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7 – a possibilidade de se poder realizar cálculos e realizar administração direta de propriedades rurais e comitês com o uso do sistema em espaço devidamente selecionado para o cliente; 8 – a possibilidade de sempre se acrescentar ao sistema aperfeiçoando-o sempre a um modo de acesso simples às fontes de informações e à modelagem de conhecimentos tanto conceituais, cartográficas quanto matemáticas.

CONSTRUÇÃO PROPEDÊUTICA do CONHECIMENTO

A noção de organogramas de correlações e impactos é uma noção propedêutica e didática. Oferece fundamentos para integrar conhecimentos em diversos níveis da complexidade social, tecnológica e ecológica. As rodas de correlações e impactos são apresentadas no sistema com um processo de construção textual e/ou gráfica que ao fim de um processo de salvamento em pasta própria na máquina do usuário se transforma em um organograma pessoal de rodas e correlações, organizado segundo o interesse do usuário.

ESTRUTURA GERAL dos VETORES

Os vetores têm uma estrutura geral única e abrangente, que é utilizável em cada situação de modo específico. Assim, se obedece aos conceitos de modalidades cósmicas próprio da Teoria epistemológica de DOOYEWEERD (1958) e STAFLEU (1980), por se apresentarem como excelente descrição e com articulação de inter-relações adequadas.

Partimos da obra seminal de DOOYEWEERD (1958) que fornece fundamentos epistemológicos para análise de descrição do cosmos ou mundo com unidades irredutíveis e interligadas no mundo real. Cada modalidade constitui parte e sistemas do mundo com suas formas de ser e de relacionar dentro de seu próprio âmbito como entre os diversos sistemas de cada modalidade. O “Conjunto do mundo” é visto como integral e inseparável.

A noção de modalidades é dada de modo muito forte pela noção de significado, que nessa escola de pensamento se traduz pela máxima “a realidade é significado” o que traduz que cada coisa do Universo empresta significado a outras e recebe dessas outras ou de outras ainda mais os seus próprios significados. Os significados podem ser de diversos tipos tanto físicos, bióticos, semânticos e ainda outros mais de acordo com os aspectos de cada modalidade. Por outro lado, pode-se dizer que tudo é significante em sua modalidade própria, e tudo é significado ao mesmo tempo, dependendo do tipo de relacionamento que esteja ocorrendo e em observação.

CONHECIMENTO em CONTEXTOS

No sistema sisORCI todo o conhecimento é organizado em contexto. Com isso quer se dizer que as relações imediatas, mediatas e longínquas estão na forma de agregar os conhecimentos. Isto é particularmente notável nas relações entre os temas das várias rodas, entre aquelas que são localizadas na vizinhança umas das outras e aquelas que são mais distantes entre as mesmas. Em ambos os casos pode haver

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conexões diretas via vetores, conexões múltiplas via vetores, e conexões indiretas do tipo de uma roda a outra e dessa outra, a outra.

Os vetores apresentam ainda outro tipo de contextualidade de conhecimentos, a saber: 1 – todos os vetores têm a mesma estrutura interna potencial, isto é, estão estruturados

segundo a seqüência do conceito das modalidades cósmicas de DOOYEWEERD (1958).

2 – todo vetor tem em todos os organogramas os sub-campos de conhecimentos

comuns recobrindo todos os campos de conhecimentos de todos os organogramas de Ecologia-economia.

3 – em cada caso de vetores entre as várias rodas devem estar iluminadas as

modalidades de correlações que forem convenientes a cada caso, podendo um texto ou programa aparecer mais de uma vez entre vetores que conectem rodas diferentes em função dos conteúdos atenderem de modo indistinto os temas de mais de 3 rodas correlacionáveis entre as mesmas.

PROBLEMAS

E Engenharia de conhecimentos ao modo CommonKADSevolui para uma Arquitetura de Conhecimentos no sisORCI na passagem da organização contextual para as soluções que se encontram nos vetores, em função de programas executáveis que vierem progressivamente a serem implementados e de temas de instruções para projetos executivos de engenharia.

Todas as rodas são focadas em definições, conceitos, caracterizações o mais próximo possível de consensos já instaurados na comunidade científica. Em certos não existem exatos consensos ou no melhor as definições de uns de outros não coincidem. Temos sempre preferido estabelecer definições próprias que abranjam conteúdos fundamentais, tano quanto consensuais. A rigor guardam-se certas peculiaridades para todas as definições. A rigor, tanto quanto foi possível tentou-se produzir as definições respeitando critérios que foram amplamente discutidos por DOOYEWEERD (1958).

Os vetores contêm problemas pelo viés negativo de apresentá-los como tais quando se discute, por exemplo, degradação ambiental. De um modo geral a condição epistemológica do problema é vista como aquela instância cognitiva reportada ao mundo real para a qual se deve caracterizar como problema e com ênfase em soluções.

CONSTRUÇÃO do ORGANOGRAMA de RODAS e CORRELAÇÕES para RECARGA de AQUÍFEROS

O organograma ORCI referente ao contexto epistêmico de Recarga de Aqüíferos

foi elaborado a partir de reuniões com a equipe técnica do projeto. Foram seguidas, quando cabível, as orientações para elicitação de conhecimentos especialistas

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propostas pelo método CommonKADS (SCHREIBER et al., 2000). O Organograma representa o ponto de partida para todos os demais processos de formalização de conhecimentos do projeto. Além disso, há a opção desse organograma servir como portal de acesso, via INTERNET, para os demais conteúdos do projeto GZRP.

No desenvolvimento do organograma geral, foram executadas as seguintes etapas: 1 – Elaboração de listas com os temas abordados pelo projeto GZRP. 2 – Organização dos temas na forma de Rodas de Conteúdo. 3 – Estabelecimento de uma estrutura espacial e de conexão vetorial entre as rodas. 4 – Designação das tonalidades das rodas de conteúdo, partindo dos organogramas sisORCI já existentes, e adaptando aos agrupamentos fenomenológicos de cada roda (ver TAB. 1). 5 – Adequações semióticas finais.

O organograma pode ser analisado na FIG. 2. Pode-se perceber a existência de subsistemas e de constelações entre os conteúdos analisados, por meio de uma análise conjugada da distribuição espacial, das conexões vetoriais e das tonalidades das rodas.

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FIGURA 2 – Organograma ORCI para Zonas de Recarga de Aqüíferos. No organograma ORCI

não existe hierarquia, mas relações seqüenciais, em paralelo e/ou em simultaneidade. São relações conceituais, sistêmicas, por vezes hierárquicas, de sensibilidade e outros tipos.

TABELA 1 – Relações entre as Tonalidades das Rodas de Conteúdo e os Fenômenos abordados pelo projeto GZRP

Tonalidade

Fenômenos Relacionados

Azul Claro Sistemas Hídricos Azul Escuro Processos hídricos dinâmicos Rosa Rochas e Manto de Intemperismo Verde Claro Processos relacionados à cobertura e uso da terra Outros verdes Sistemas econômicos e financeiros

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Para cada uma das rodas de conteúdo, elaborou-se um texto explicativo, que poderá ser acessado pelo portal na rede mundial de computadores. Os textos explicativos estão no Anexo 1 deste capítulo.

O detalhamento das relações vetoriais entre as rodas foi realizado com base na teoria das modalidades cósmicas de DOOYEWEERD (1958). A TAB. 2 mostra como o conteúdo elaborado no projeto GZRP se distribui entre os vetores e as modalidades cósmicas. A TAB. 3, por sua vez, mostra como os produtos de informação gerados no projeto estão distribuídos por vetor do organograma ORCI e qual é sua localização no Relatório Final.

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TABELA 2 – Conteúdo do Projeto GZRP referente aos vetores do organograma ORCI e às modalidades cósmicas de Dooyeweerd. Modalidades

Roda com Roda

Num

érica

Espa

cial

Cine

mática

Física

Biótica

Sens

itiva

/ Ps

íquica

Lógica/Ana

lítica

Históric

a

Ling

üística

Social

Econ

ômica

Estétic

a

Juríd

ica

Moral

Pística

Ecologia-Economia

Investimento

Ecologia-Economia

Gestão do Território

Ecologia-Economia

Trabalho

Gestão do Território

Investimento

Gestão do Território

Trabalho

Investimento Trabalho Investimento Propriedade

Rural

Investimento Bacia Hidrográfica

Trabalho Agricultura Trabalho Desmatamento Trabalho Uso do Solo Trabalho Propriedade

Rural

Propriedade Rural

Bacia Hidrográfica

Propriedade Rural

Rocha

Propriedade Rural

Solo

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Modalidades

Roda com Roda

Num

érica

Espa

cial

Cine

mática

Física

Biótica

Sens

itiva

/ Ps

íquica

Lógica/Ana

lítica

Históric

a

Ling

üística

Social

Econ

ômica

Estétic

a

Juríd

ica

Moral

Pística

Propriedade Rural

Agricultura

Agricultura Solo Agricultura Desmatamento Agricultura Uso do Solo Solo Rocha Solo Vegetação Desmatamento Vegetação Desmatamento Uso do Solo Vegetação Água Vegetação Uso do Solo Uso do solo Água Rocha Bacia

Hidrográfica

Rocha Sistemas Hídricos

Rocha Água Rocha Aqüífero

Subterrâneo

Bacia Hidrográfica

Modelo Interpretativo

Bacia Hidrográfica

Sistemas Hídricos

Bacia Hidrográfica

Partilha de Recarga

Sistemas Hídricos

Água

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Modalidades

Roda com Roda

Num

érica

Espa

cial

Cine

mática

Física

Biótica

Sens

itiva

/ Ps

íquica

Lógica/Ana

lítica

Históric

a

Ling

üística

Social

Econ

ômica

Estétic

a

Juríd

ica

Moral

Pística

Sistemas Hídricos

Partilha de Recarga

Sistemas Hídricos

Circulação Hídrica

Água Circulação Hídrica

Água Química da Água

Modelo Interpretativo

Partilha de Recarga

Modelo Interpretativo

Zonas de Recarga de Aqüíferos

Aqüífero Subterrâneo

Zonas de Recarga de Aqüíferos

Aqüífero Subterrâneo

Fontes

Aqüífero Subterrâneo

Circulação Hídrica

Circulação Hídrica

Fontes

Circulação Hídrica

Aqüífero Superficial

Fontes Aqüífero Superficial

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TABELA 3 – Produtos entregues no projeto GZRP, por vetor do organograma ORCI, com sua respectiva localização no Relatório Final.

Vetores Conteúdos

Roda com Roda Produtos Gerados Capítulo do Relatório

Ecologia-Economia

Investimento sem conteúdo sem conteúdo

Ecologia-Economia Gestão do Território

08

Ecologia-Economia Trabalho sem conteúdo sem conteúdo

Gestão do Território

Investimento sem conteúdo sem conteúdo

Gestão do Território Trabalho sem conteúdo sem conteúdo

Investimento Trabalho sem conteúdo sem conteúdo Investimento Propriedade Rural sem conteúdo sem conteúdo Investimento Bacia Hidrográfica sem conteúdo sem conteúdo Trabalho Agricultura sem conteúdo sem conteúdo Trabalho Desmatamento sem conteúdo sem conteúdo Trabalho Uso do Solo Trabalho Propriedade Rural Propriedade Rural

Bacia Hidrográfica

Propriedade Rural Rocha sem conteúdo sem conteúdo

Propriedade Rural

Solo

Propriedade Rural Agricultura

Agricultura Solo Cartografia 05-04

Agricultura Desmatamento Cartografia, Imagens de Satélite

07

Agricultura Uso do Solo Cartografia, Imagens de Satélite

07

Solo Rocha Cartografia 02 Solo Vegetação Cartografia

Desmatamento Vegetação Cartografia, Imagens de Satélite

07

Desmatamento Uso do Solo Cartografia, Imagens de Satélite

07

Vegetação Água sem conteúdo sem conteúdo

Vegetação Uso do Solo Cartografia, Imagens de Satélite

07

Uso do solo Água Tabelas, cartografia, análise de águas

05-/01/02/03/04

Rocha Bacia Hidrográfica Cartografia 02 Rocha Sistemas Hídricos Texto, Cartografia 03 Rocha Água Texto 01, 03

Rocha Aqüífero Subterrâneo

Texto, Cartografia 03

Bacia Hidrográfica

Modelo Interpretativo

Texto, 01

Bacia Sistemas Hídricos Texto, Cartografia 01

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Vetores Conteúdos

Roda com Roda Produtos Gerados Capítulo do Relatório

Hidrográfica Bacia Hidrográfica

Partilha de Recarga Texto, Cartografia 03, 04

Sistemas Hídricos Água

Texto 01

Sistemas Hídricos Partilha de Recarga Texto, Cartografia 03, 04

Sistemas Hídricos

Circulação Hídrica Texto 01

Água Circulação Hídrica Texto 01

Água Química da Água Texto, Tabela de Química das Águas, Cartografia

04, 05, 06

Modelo Interpretativo Partilha de Recarga Texto, Cartografia 03, 04

Modelo Interpretativo

Zonas de Recarga de Aqüíferos

Texto, Cartografia 03

Aqüífero Subterrâneo

Zonas de Recarga de Aqüíferos

Texto, Cartografia 03

Aqüífero Subterrâneo Fontes

Cartografia, Tabela de Química das Águas, Fotografias, Cartografia

02

Aqüífero Subterrâneo Circulação Hídrica

Texto 01, 03

Circulação Hídrica

Fontes Texto, Tabelas de Química das Águas, Fotografias, Cartografia

02, 04, 05, 06

Circulação Hídrica Aqüífero Superficial Cartografia 01

Fontes Aqüífero Superficial Cartografia 04

Uma versão preliminar do sistema de informações foi modelada em linguagem html e CSS, por meio da técnica de mapeamento e hiperlink de imagens. Nessa versão, o usuário pode selecionar as rodas e vetores e acessar o conteúdo disponível (FIG. 3 e 4). Esse portal, ainda em fase de demonstrativo, está disponível em www.cetec.br/sisorci.

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FIGURA 3 – Organograma ORCI acessado pelo sistema de informação.

FIGURA 4 – Conteúdo de uma roda do sistema ORCI, acessível ao usuário por hyperlink.

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Em seguida, iniciaram-se os demais processos de formalização de conhecimento, evidenciando algumas relações de abstração, classificação e hierarquia sobre alguns dos temas apresentados no organograma geral. Na FIG. 5, apresenta-se um exemplo de classificação ontológica por meio da ferramenta Protégé (KNUBLAUCH et al., 2004) para plantas medicinais que podem ser usadas de mitigação de áreas desmatadas em especial em zonas de recarga de aqüíferos.

O diagrama ontológico apresenta uma visão por classes e subclasses das entidades ontológicas – todavia, não visualiza com eficácia as temáticas conceituais, nem representa as relações entre as entidades. Inobstante, a estrutura Shrimp (STOREY et al., 2002) é uma via eficiente para se detalhar certas relações de classificação que não ficariam explicitas no organograma ORCI.

A visada de classes e sub-classes apresenta-se como um passo importante para

subseqüentes trabalhos de modelagem mais próximas ao programador, como a linguagem UML (BOOCH et al., 1999). Além disso, o Protégé apresenta a funcionalidade prática de suporte para exportação direta em Ontology Web Language – OWL (SMITH et al., 2004).

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FIGURA 5 – Grafo ontológico da estrutura sistema e subsistemas para gestão de aqüíferos,

pela visualização em referência Shrimp, da plataforma de manipulação Jambalaya de (STOREY et al., 2001), acessada via programa Protégé.

O etapa seguinte na formalização lógica do conhecimento consiste na

modelagem em UML, sob a metodologia CommomKADS (SCHREIBER et al., 2000).

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Os trabalhos inseridos na linha de trabalho de engenharia de conhecimentos e CommonKADS encontram-se no Capítulo 8 do Relatório Final. CONCLUSÕES

A metodologia ORCI mostrou-se bastante eficaz para trabalhos de modelagem de conhecimento em alto nível de abstração. A sua aplicação auxiliou na compreensão e na gestão do conhecimento pelos membros da equipe multidisciplinar envolvida no projeto GZRP. Nesse aspecto, resultou em uma documentação consistente e na disponibilização dos trabalhos por meio do portal sisORCI para a INTERNET. A metodologia ORCI também se mostrou viável para a transição para técnicas e linguagens de modelagem mais específicas de amplo uso, como OWL, UML e CommonKADS.

Como proposição para trabalhos futuros, abre-se a possibilidade de desenvolver um sistema web em que o internauta possa elaborar seu próprio organograma ORCI, além de preencher os hiperlinks com o conteúdo disponível. Esses organogramas poderiam estar restritos para uso pessoal ou mesmo serem disponibilizados para visualização e/ou edição por outros usuários. A documentação conceitual desse sistema, em padrão de UML, pode ser acessada em MARTINS et al. (2007). O sistema encontra-se em fase de programação, com implementações em Framework Symfony, Java, Ajax, SQL, PHP, HTML, CSS, C# e Asp.net.

A aplicação de modelagem apresentada neste artigo coloca-se como uma propícia possibilidade para o desenvolvimento de sistemas especialistas de auxílio à decisão em gestão de aqüíferos. Um caminho promissor de modelagem envolve o detalhamento dos diagramas visando o trato por Sistemas de Informação Geográfica - SIG. Para tanto, podem ser úteis as proposições teóricas sobre geo-ontologias (FONSECA et al., 2000; DIAS et al., 2005; FONSECA et al., 2006; WANG et al., 2008 e várias outras obras), de forma a vincular-se aos debates já existentes sobre representação, estruturação, tratamento e gestão sobre informações espacializadas em Geociências.

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ANEXO 1 – Conteúdo das Rodas de Correlação

RODAS Ecologia-Economia A Economia Ecológica é o campo de estudo da Economia que procura estudar as implicações

entre os sistemas econômicos e o meio ambiente, observados como sistemas abertos inter-relacionados. A preocupação com esse estudo deu-se principalmente devido ao progressivo aumento da produção e consumo de energia e mercadorias, o qual abriu a possibilidade de esgotamento de diversos recursos naturais. O uso de alguns desses recursos naturais já era capitalizado há tempos, como é o caso do carvão e do petróleo; contudo, outros começam a ser incluídos na valoração econômica devido à sua escassez mais recente por uso ou poluição, como é o caso da água potável.

Os estudos ecológico-econômicos são essenciais para possibilitar à sociedade, governo e

empreendedores uma avaliação correta dos benefícios e prejuízos advindos da ampliação das atividades econômicas. Além disso, sinalizam as possibilidades de uma nova forma de pensar, que concilia o progresso econômico com a manutenção da harmonia dos sistemas naturais.

Gestão do Território

Este é um conceito focal em todo o processo de gestão de bacia hidrográfica. Nele estão contidos todos os conceitos de estabilidade ambiental, sustentabilidade da produção, geo-estabilidade, geovulnerabilidade e todo o conjunto de procedimentos científicos, legais e administrativos próprios para gerir o território no sentido de ordená-lo para o uso e ordenar o uso em função das características do mesmo. Retoma-se aqui definição anterior (MARTINS Jr., 2003) sobre ordenamento do território: • como a arte de intervir no território e na paisagem, buscando conservá-la ou

mesmo aperfeiçoá-la ao modo de um jardim regional com vistas a manter a dinâmica ecossistêmica, e permitir ao homem suas atividades econômicas de modo consistente com os princípios de conservação e de preservação.

A noção de uso optimal é equivalente à noção de sustentabilidade de uso, e é

assim a noção crucial para o planejamento regional. Ela só terá efetividade se houver ética, i.e., conhecimento científico e práticas conforme. A própria noção de sustentabilidade só pode ser praticada se for estudada caso a caso em face das diferenças regionais e sistêmicas.

O uso optimal implica em uso maximizado, recuperação da água, limpeza das águas residuárias, não-poluição de águas superficiais e de águas subterrâneas, uso consuntivo regulado não somente pela outorga quanto pela sazonalidade das condições pluviométricas a serem informadas pelos sistemas de informação SIGEAB, SIAM e outros e acordos regionais regidos pelo comitê da respectiva bacia ou respectivas bacias. (Fonte: projeto CRHA).

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Investimentos

Segundo o SEBRAE/SC, investimentos são os recursos destinados a financiamentos de bens e serviços (construção, reforma de instalação, aquisição de máquinas e/ou equipamentos indispensáveis ao funcionamento ou ampliação da empresa, além de veículos utilitários e itens componentes de tecnologia avançada), e capital de giro associado, para projetos analisados e aprovados pelas instituições financeiras.

Investimento pode ser, também, a aplicação de algum tipo de recurso (dinheiro ou títulos, por exemplo) com a expectativa de receber algum retorno futuro superior ao aplicado compensando inclusivamente a perda de uso desse recurso durante o periodo de aplicação (juros ou lucros, em geral ao longo prazo).

Num sentido amplo, o termo aplica-se tanto à compra de máquinas, equipamentos e imóveis para a instalação de unidades produtivas como à compra de títulos financeiros (letras de câmbio, ações, etc.). Nesses termos, investimento é toda aplicação de dinheiro com expectativa de lucro.

Em sentido estrito, em economia, investimento significa a aplicação de capital em meios que levam ao crescimento da capacidade produtiva (instalações, máquinas, meios de transporte) ou seja, em bens de capital. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Investimento e http://www.sebrae-sc.com.br/credito/default.asp?vcdtexto=4555&%5E%5E, acessado em 25/01/2008 (Projeto ACEE).

Pode-se definir investimento tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista da aplicação intencional do trabalho e das ações executadas pelos homens.

A noção de investimento pode dentro do conceito de estudos desenvolvidos nesse projeto ser atrelada às noções de adequadabilidade ambiental e a praticabilidade econômica nos contextos considerados, partindo-se de outra noção fundamental que é a de inclusão social. Assim, nesse projeto no qual não se tem por objetivo específico tratar de uma política de investimentos poder-se-á, todavia, dar indicativos para uma tal política, partindo mesmo de algumas das noções de normatização explicadas anteriormente.

Investimentos são considerados as obras e o fomento público destinados à execução das políticas necessárias ao desenvolvimento ecológico–econômico. Podem ser classificados da seguinte forma: [1] investimento em centros de treinamento e educação; [2] investimento em projetos de recuperação e para gestão do meio ambiente; [3] investimento em P&D; [4] investimento em transformação e industrialização da produção;

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[5] investimento em segurança pública. (Fonte: Projeto CRHA). Trabalho

O trabalho humano é toda atividade produtiva ou de serviços que os seres humanos executam em seu próprio e direto benefício tanto quanto a serviço de outrem como de seus próximos. Os trabalhos podem ser de ampla gama gerando variados tipos de produtos. Pode-se considerar também com a noção de trabalho todas as atividades sistêmicas na Natureza tal que mantenham os sistemas de infra-estrutura e os ecossistemas em plena atividade. Para tal consideração a Análise Exergética é um bom instrumento como um campo de Análise Termodinâmica dos processos de troca de energia e massa e de produção de entropia ou de rejeitos. (Fonte: Projeto CRHA). Cartografia

Cartografia é a arte e a ciência de representar o terreno em seus mais variados aspectos e propriedades físicas, químicas, topográficas, topológicas, ecológicas e antrópicas, entre outras possibilidades, como modo de expressar relações espaciais e no espaço, as relações físicas, químicas, bióticas, etc. Para tanto, se pode usar a noção de espaço euclidiano como de espaço topológico em que relações mais complexas do que as do espaço euclidiano podem emergir. Pode-se também usar as noções analógicas de espaço econômico, espaço social, espaço jurídico e outros espaços conforme desenvolvidas pelo filósofo DOOYEWEERD (1958), e que são alvo de discussão em um livro digital (MARTINS Jr., P.P., 2000). Lito-estratigrafia – Cartografia estratigráfica e de tipos de rochas, visando oferecer informações com fins a subsidiar as questões referentes a sustentabilidade de uso do território. A Lito-estratigrafia quando tratada juntamente com a Geologia estrutural tem especial interesse para determinação de aqüíferos subterrâneos e suas estruturas. Climatologia – Produtos da ciência climatológica visando o hidrodinâmica da chuva, do escoamento superficial e o subsídio a hidrologia. Geotecnia – Cartografia própria para o desenvolvimento das políticas de uso e sustentabilidade do uso do território. Hidrografia – Cartografia de todo o sistema de corpos d’água superficiais. Geomorfologia – Cartografia geomorfológica visando fornecer dados para o apoio às interpretações de sustentabilidade de uso e zoneamento em áreas homogêneas da bacia hidrográfica.

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Hidrogeologia – Cartografia e sistema de informação sobre os reservatórios subterrâneos, as zonas preferenciais de recarga de aqüíferos, e hidrodinâmica dos mesmos; os estudos de qualidade das águas são importantes para a definição dos usos consuntivos; a questão da quantidade e da modelagem da dinâmica da quantidade é fundamental para o planejamento do uso consuntivo e da outorga. (Fonte: Projeto CRHA, 2003-2006) (NOTA: em negrito são indicadas as cartas disponíveis no Projeto GZRP) Cartografia Lito-estratigrafia

Base de dados fundamentais alfa-numéricos Tabela semiótica da coluna padrão internacional – cores e símbolos Tabela semiótica das unidades lito-estratigráficas locais Cartas lito-estratigráficas

Topografia

Base de dados fundamentais alfa-numéricos Cartas topográficas Tabela semiótica de representações do terreno

Drenagem

Base de dados fundamentais alfa-numéricos Cartas da drenagem Tabela de classificação da drenagem pelas ordens Tabela de classificação da drenagem pela assinatura Tabela semiótica de representações da drenagem

Geologia estrutural

Base de dados fundamentais alfa-numéricos Cartas de atitudes Cartas de estruturas rúpteis Cartas de estruturas dúcteis Tabela semiótica

Vegetação

Base de dados fundamentais alfa-numéricos Mapa geral dos tipos de vegetação do País por bioma e por ecossistema Carta de vegetação (anos 1964, 1989 e 2009) Tabela semiótica

Uso da terra

Base de dados fundamentais alfa-numéricos Carta de uso atual da terra Tabela semiótica

Geomorfologia

Base de dados fundamentais alfa-numéricos Carta geomorfologia climático-dinâmica Carta de geomorfologia estrutural

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Geotecnia

Base de dados fundamentais alfa-numéricos Carta de formações geotécnicas Carta geotécnica tipológica Cartas de atributos físicos de formações geotécnicas Cartas de zoneamento geotécnico Tabela semiótica

Impactos antrópicos

Base de dados fundamentais alfa-numéricos Carta de tipologia de impactos Cartas de erosão Cartas de erodibilidade Tabela semiótica de representação de tipos de impactos antrópicos

Pedologia Base de dados fundamentais alfa-numéricos Carta de solos do ponto de vista da agronomia Carta de solos do ponto de vista da geotecnia Carta de solos do ponto de vista da pedogênese Tabela semiótica das várias representações possíveis do objeto solo

Hidrometria superficial - Base de dados fundamentais alfa-numéricos Hidrologia

Cartas de vazões específicas Cartas de enchentes Cartas de chuvas potenciais decenais, centenárias, milenares e deca-milenares Cartas de atributos fisiográficos de sub-bacias Cartas uso funcional do recurso hídrico de superfície Cartas de enquadramento de segmentos dos cursos d’água Cartas de estações hidrológicas fixas Cartas de pontos de coleta para monitoramento Cartas de qualidade da água em pontos de coleta Cartas de qualidade da água modelada para segmentos de cursos d’água Tabela semiótica das várias representações

Hidrometria subterrânea - Base de dados fundamentais alfa-numéricos Hidrogeologia

Carta de vazões Cartas de pontos de nascentes Cartas de poços artesianos, tubulares, cacimbas e outros Cartas de zonas de recarga de aqüíferos Cartas de aqüíferos Cartas de tipologia de aqüíferos Cartas de condições ambientais de superfície de áreas dos aqüíferos Cartas de estruturas internas dos vários tipos de aqüíferos Cartas de tipologia química de água subterrânea Cartas de dinâmica da infiltração / exsudação da água subterrânea

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Cartas modelo de tolerância de demanda aos aqüíferos Cartas de acompanhamento do estado dinâmico de aqüíferos Tabela semiótica das várias representações

Ecossistemas

Base de dados fundamentais alfa-numéricos Cartas dos ecossistemas vegetais Cartas dos ecossistemas vegetais e das geo-infra-estruturas associados Cartas dos impactos nos ecossistemas vegetais Cartas fitogeográficas sistêmicas Cartas fitogeográficas taxonômicas Cartas de produtividade primária de ecossistemas naturais Cartas de produtividade de sistemas vegetais antrópicos

Climatometria - Base de dados fundamentais alfa-numéricos

Cartas de estações climatológico / meteorológicas Climatologia

Cartas de pluviosidade chuva anual período chuvoso período seco coeficiente de variação anual número de dias de chuvas anual chuva máxima anual coeficiente de variação do período chuvoso número de dias de chuvas no período chuvoso chuva máxima no período chuvoso chuvas em janeiro chuvas em fevereiro chuvas em março chuvas em abril chuvas em maio chuvas em junho chuvas em julho chuvas em agosto chuvas em setembro chuvas em outubro chuvas em novembro chuvas em dezembro Cartas de insolação Cartas de susceptibilidade a geadas Cartas de temperatura Cartas de direções sazonais preferenciais de ventos Cartas da dinâmica barométrica Cartas de zoneamento de foto período Cartas de propensão a enchentes Cartas de variabilidade geral do clima em uma região Cartas de propensão natural a incêndios Tabela semiótica de representação climatológica

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Ocorrências e/ou Jazimentos e/ou Jazidas Minerais Base de dados fundamentais alfa-numéricos Acesso às bases do DNPM Cartas de ocorrências minerais Cartas de jazimentos minerais Cartas de jazidas em exploração Cartas de jazidas em extinção Cartas de jazidas abandonadas Cartas de transportes de minerais-minério Cartas mineiras modelo PM – CETEC Cartas metalogenéticas Cartas de PRAD Cartas de prospecção mineral Cartas de prospecção geoquímica Cartas de prospecção fitogeoquímica Cartas de prospecção hidrogeoquímica Cartas de prospecção lito-estratigráfica / estrutural / geoquímica Cartas de prospecção com variáveis regionalizadas / krigagem Cartas de anomalias mineralógicas e/ou geoquímicas Cartas de fitogeoquímica Tabela semiótica de representações

ABORDAGEM PLURIDISCIPLINAR Cartografia Pedologia, Aptidão para uso e Capacidade de uso

Base de dados consistidos e insumos alfa-numéricos para a pluridisciplinaridade Cartas de aptidão de solos por cultivares Cartas de aptidão de solos por cultivares eco-direcionado Cartas sob o sistema referencial para avaliação da terra (FAO) Cartas sob o sistema de capacidade de uso (USDA)

Cartas sob o sistema de uso potencial da terra (RADAMBRASIL) Cartas sob o sistema de aptidão agrícola (FAO / BRASILEIRO) Cartas sob o sistema FAO / Brasileiro modificado Cartas de capacidade para uso eco-direcionada Cartas de uso agrícola, pastoril e silvicultural optimal do território Cartas para e de Permacultura

Tabela semiótica de representações Hidrologia / Hidrogeologia / Geomorfologia

Base de dados consistidos e insumos alfa-numéricos para a pluridisciplinaridade Cartas de tempo de residência da água subterrânea Cartas de controle da demanda sistêmica da água para agricultura, uso urbano e

industrial Cartas para controle da sustentação da dinâmica da bacia hidrográfica Cartas de modelagem da capacidade de auto-depuração de cursos d’água Cartas de bio-indicadores para o monitoramento de cursos d’água Cartas de simulação da dinâmica da qualidade de cursos d’água

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Cartas de unidade hidrológica instantânea Cartas de poluição dos vários tipos de aqüíferos Cartas da dinâmica da quantidade da água disponível para uso Cartas da dinâmica da quantidade da água para sustentação dos aqüíferos Cartas de localização e representação dos aqüíferos – zonas de recarga /

reservatórios e nascentes Tabela semiótica de representações

ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR Cartografia Zoneamento de bacia hidrográfica em áreas homogêneas

Cartas de zoneamento pelos geossistemas Cartas de zoneamento morfométrico Cartas de zoneamento geotécnico Cartas de zoneamento de uso eco-direcionado para a agricultura, silvicultura e

uso pastoril. Cartas de zoneamento de capacidade assimilativa de cursos d’água Cartas de zoneamento para obras de engenharia e assentamentos humanos Cartas de uso optimal do território Cartas para reestruturação optimal do estado e uso do território Cartas de trocas de energia e massa nos ecossistemas naturais Cartas de trocas de energia e massa nos sistemas antrópicos

Agricultura

Técnica milenar de uso da terra e de plantio para a sobrevivência humana e acúmulo de excedente, fonte da riqueza original das populações antigas e atuais. Sob este nome inclui-se a agricultura familiar, a intensiva mono-específica ou não, a consorciada, a adubada com insumos, a orgânica, a rotativa e outras quaisquer técnicas convenientes. Envolve o conjunto de cultivares ligado à aptidão ideal para uma região e para as localidades, bem como os procedimentos e técnicas que devem ser disseminados.

São três os métodos de agricultura: (1) a de subsistência (2) a agro-ecológica e a permacultura e (3) agricultura intensiva. Implica a agricultura em níveis dos conhecimentos científicos atuais bem como de tradições bem sucedidas nas seguintes técnicas: 1 – temporalidade de plantio das espécies 2 – variedades plantadas em mesmos campos ou em glebas distintas 3 – agricultura especializada como em fazendas de parreiras 4 – agricultura intensiva de uma, de duas ou mais espécies sobre grandes áreas com

importante suporte de insumos para alta produtividade e defesa contra predadores 5 – agricultura de subsistência que deve atender minimamente às necessidades de

variedade de uma família ou pequeno grupo 6 – Permacultura e agro-ecologia 7 – técnicas de plantio 8 – irrigação

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9 – temporalidade de colheita 10 – rega 11 – produtividade por hectare 12 – agroclimatologia 13 – aptidão de solos 14 - O papel dos campos agrícolas na infiltração

Neste tema introduz-se a noção de política de produção associada ao fornecimento à indústria, à exportação extra-bacia no País como para o estrangeiro, à orientação sazonal e anual dos cultivares a serem cultivados segundo as oscilações de mercado, a ensilagem e conservação, a rede de transportes, à localização de mini-fábricas de processamento prévio ou mesmo grandes fábricas locais para processamento final, à produção de grãos, frutas e cereais diversos, visando uma política de financiamento, monitoramento dos investimentos, correta política de seguros agrícolas e segurança ambiental da produção com os procedimentos de conservação ambiental. (Fonte: Projeto CRHA). Desmatamento

No decorrer do século XX, a mineração e a atividade pecuária extensiva resultaram em um amplo desmatamento da cobertura vegetal, com conseqüências climáticas graduais, embora desastrosas em médio prazo, como se pode observar nos dias de hoje. Especial destaque deve ser feito para o desmatamento de áreas de recarga subterrâneas de aqüíferos, nascentes, veredas e margens de rios, comprometendo em amplo espectro a manutenção da circulação em quantidade relativa nas estações do ano da água disponível para os rios e demais corpos d’água. A isso, se soma a erosão dos solos, que além de acarretarem perdas na fertilidade dos locais erodidos, resulta no assoreamento dos corpos d’água por todo o País. O assoreamento diminui a profundidade dos corpos d’água e conseqüentemente aumenta o impacto de enchentes. (Fonte: Projeto CRHA). Vegetação

Essa vegetação pode se apresentar nos mais diversos estados de conservação ou de deterioração. Mapeá-los permite evidenciar esses estados e eles servem de referência às decisões ligadas a uso, a medidas mitigadoras, a processos administrativos e criminais. (Fonte: Projeto CRHA). Uso do Solo

A gestão de uso do solo e dos demais recursos naturais está intrinsecamente relacionada ao processo de ordenamento espacial da produção. Procura-se, com isso, responder à questão sobre como, através da organização do espaço retirar desse processo os melhores resultados, ou seja, maximizar os resultados sociais e econômicos.

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SOLO

Solos são sistemas naturais que se situam na interface das rochas e/ou de sedimentos com a atmosfera. São sistemas altamente complexos porque são compostos de minerais derivados diretamente das rochas, ou por alteração das mesmas e de seus minerais. Contêm ainda em sua composição matéria orgânica. As partículas de matéria mineral podem se dividir em partículas minerais propriamente ditas, em frações de rochas como pedregulhos e cascalho, e, em areia, silte e argilas. A matéria orgânica pode ser constituída de partes de organismos vivos, como as raízes, de organismos vivos inteiros, como as minhocas entre outros e de nutrientes absorvíveis pelas plantas. Os solos contêm água em condições intersticiais nos minerais e em condições de capilaridade na massa do solo, que podem também ficar temporariamente saturados de água. Os solos variam enormemente de tipo em cada condição geo-ambiental e climática. São classificáveis ou descritíveis de três modos: (1) pelos seus tipos no interesse agrícola (2) no interesse das suas gêneses na visão geológica (3) bem como sob o enfoque das condições geotécnicas no interesse das obras de engenharia e da segurança civil.

A importância dos solos é condição essencial para a existência da vida no planeta, contando que grande parte dos seres vivos depende diretamente dos solos.

Solos permitem armazenar água ao limite denominado capacidade campo do solo. Por certo que essas quantidades de água podem ser expressivas, e o são para os ecossistemas e formação de fontes. (Fonte: Relatório Final – GZRP). Rocha

Vamos entender por sistemas rochosos os modos que as rochas se associam e guardam água em função de suas origens serem metamórficas, ígneas e sedimentares. Ainda se podem considerar as condições de localização por superposição, lateralidade e látero-verticalidade que envolve tanto rochas sedimentares entre si como essas em relação com as rochas ígneas e metamórficas. A intrusão e a extrusão também fazem parte desse quadro. A noção de fácies que provoca o fenômeno da látero-verticalidade tem importância também.

Os sistemas rochosos aqüíferos podem assim apresentar algumas condições estruturais tais como:

� Sistemas isolados � Sistemas confinados � Sistema em um único andar estratigráfico local ou mesmo regional � Sistemas em andares estratigráficos superpostos locais ou regionais � Sistemas com intercomunicação por meio de estruturas rúpteis � Sistemas com intercomunicação, por meio de situação de rochas extrusivas

posteriormente sepultadas na continuidade do ciclo sedimentar � Sistemas karsticos, que são únicos entre as rochas sedimentares

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� Sistemas estratificados e com comunicação por estruturas rúpteis. (Fonte: Relatório Final – GZRP). Propriedade Rural

Entende-se por propriedade rural o direito de gozar e dispor em sentido mais pleno, incidindo sobre um espaço suficientemente delimitado de superfície terrestre destinada ao cultivo agrícola, ou ao aproveitamento bovino extensivo (não industrial ou estabular), ou florestal.

Segundo o Estatuto da Terra (Lei Nº 4.504, de 30 de novembro de l964) em seu artigo 4º, Imóvel Rural é o prédio rústico, de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se destine à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agroindustrial, quer através de planos públicos de valorização, quer através da iniciativa privada.

Essa definição foi retomada pela Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, que em seu artigo 4º, inciso I diz: Imóvel Rural é o prédio rústico de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agroindustrial.

O passo inicial para se entender o que seja imóvel rural é distingui-lo do urbano. Se localizado no perímetro urbano, assim receberia sua denominação; já se localizado fora do perímetro urbano, no campo, seria denominado de rural. Mas, como a lei fala em "prédio rústico, qualquer que seja a sua localização, que se destine a...", o critério de distinção passa a ser a destinação, isto é, conforme as atividades ali desenvolvidas: exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, etc.

Já a Empresa Rural, segundo o Estatuto da Terra, em seu artigo 4º, inciso VI, é o empreendimento de pessoa física ou jurídica pública ou privada que explore econômica e racionalmente imóvel rural, dentro de condição de rendimento econômico da região em que se situe e que explore área mínima agricultável do imóvel segundo padrões fixados, pública e previamente, pelo Poder Executivo. Para esse fim, equiparam-se às áreas cultivadas, as pastagens, as matas naturais e artificiais e as áreas ocupadas com benfeitorias. Fonte: http://www.irib.org.br/biblio/Congresso_Moscou_6.pdf e http://www.buscalegis.ufsc.br/arquivos/Araujo-AcessoTEDD.pdf acessados em 29/01/2008 (Fonte: Projeto ACEE).

Proprietários rurais estão em diversas classes sociais distintas tanto pelo aspecto do poder financeiro quanto pelo cultural. (Fonte: Projeto CRHA). Bacia Hidrográfica

É a entidade natural de divisão do território. A bacia hidrográfica é o espaço físico geológico no qual ocorrem os processos de circulação da água. A água subterrânea pode, eventualmente provir de algum aqüífero partilhado entre duas sub-bacias. Usa-se o nome de bacia para qualquer espaço de quaisquer ordens. Usa-se a

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1ª ordem o principal rio da bacia, isto é o maior caudatário. A partir do rio principal de toda a bacia conta-se os primeiros afluentes de 2ª ordem e assim sucessivamente.

A bacia é um sistema amplo, todavia, pode-se afirmar que a bacia é mais do que um único sistema. Trata-se de um “sistema de sistemas”, ou seja, um sistema complexo. Isto vale para a bacia maior, quanto para qualquer sub-bacia de quaisquer ordens pertencentes a essa bacia maior. Sendo todas essas bacias consideradas como um sistema, e fazendo-se uma abstração da presença do homem tecnológico para se considerar exclusivamente esses sistemas naturais, em certos casos ocupadas quase que somente com o homem vernacular, ainda existente no planeta, pode-se constatar que existem poucas formas das bacias trocarem M, E e I com o meio externo seja recebendo, seja doando M e/ou E e/ou I biótica e/ou I de vários tipos como nutrientes, solos, vida vegetal e animal etc..

Os modos de troca naturais, sem influência antrópica, em uma bacia hidrográfica podem ser reconhecidos como unicamente possíveis, a partir de: � entrada da chuva, da energia solar incidente, da saída como escoamento

superficial, do transporte de sedimentos, da erosão, da evaporação, da evapotranspiração, da migração de animais e das trocas genéticas.

As trocas com o meio externo à bacia, não resolvem, todavia, a questão de

desorganização do sistema, seja pelo viés natural seja pelo viés antrópico. Todo sistema natural em seu componente inorgânico caminha para maior entropia pela perda do geopotencial até a condição de máximo aplainamento de uma bacia, que em um caso típico têm-se as áreas aluvionares de grandes planícies de inundação que estejam quase ao nível do mar.

A mobilização interna em qualquer bacia, em qualquer tipo de clima, pode ser possibilitada por processos de máximas significâncias para a gestão geo-ambiental, com os seguintes fatores: (1) evapotranspiração (2) produção / manutenção de umidade relativa (3) infiltração em solos e aqüíferos (4) escoamento superficial total (5) escoamento superficial imediato pós-chuvas (6) retenção em aqüíferos (7) trocas dos aqüíferos com os cursos d’água (8) escoamento superficial, embora com valores médios anuais mantidos, mas com

descrontrole por incremento excessivo na estação chuvosa (9) perda universal de solos

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(10) condições de conservação das zonas de recarga dos aqüíferos (11) todo tipo de erosão (12) colmatação de barragens, lagos e pântanos (13) trocas eólicas (14) trocas por glaciares (15) desertificação (16) salinização de solos e/ou de fundos de lagos ressecados (17) trocas de gazes com a atmosfera (18) produção de folhedo (serrapilheira) (19) a produtividade primária (GERSMEHL, 1976) e, em referência a outros aspectos,

que não sejam necessariamente ligados ao clima, tem-se ainda: (19 - 1) a vida animal e a cadeia trófica total (19 – 2) o aumento ou a diminuição da área total vegetada, que podem ambos (19 – 3) também podem ser afetadas pelo clima e seus agentes.

Fica claro que atmosfera tem o aspecto de ser o agente de maior eficiência sobre

os ambientes em geral. (Fonte: Projeto CRHA). Sistemas Hídricos

São sistemas hidro-biológicos todos aqueles que dependem da vegetação aquática e da vegetação ribeirinha, bem como da vegetação em geral pelo fato de que a circulação hídrica é guiada pela vegetação nas seguintes situações: 1 – controle e favorecimento da infiltração em todas as áreas de uma bacia hidrográfica. 2 – controle ou favorecimento bom ou danoso do escoamento superficial imediato pós-chuvas com conseqüências boas ou más para a qualidade da água superficial de corpos d’água superficiais. 3 – manutenção dos corpos d’água contra a própria erosão interna aos mesmos por meio da vegetação ripária. 4 – manutenção da vida animal aquática pela vegetação de borda e vegetação interna aos corpos d’água. 5 – controle da variabilidade físico-química de corpos d’água bem como da estratificação interna da água em corpos mais ou menos estacionários como barragens, lagos e pântanos.

O Sistema hídrico global constitui a totalidade da circulação da água no planeta,

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como o grande sistema unitário, com todos os subsistemas que envolvem os oceanos, os cursos d’água, os lagos, pântanos, os aqüíferos subterrâneos, as zonas de recarga desses aqüíferos, os reservatórios, e as áreas de exsudação; também os glaciares continentais, oceânicos e as geleiras de altitude fazem parte como subsistemas; os cursos d’água, por sua vez, devem ser divididos, conforme os casos, em subsistemas próprios em virtude das características bióticas próprias no interior desses corpos d’água e/ou também em referências às florestas de galeria associadas; por fim para os sistemas hídricos continentais deve-se também incluir as rochas portadoras, os sedimentos superficiais e os solos, constituindo-se as partes sólidas dos sistemas hídricos, todavia tão integrados entre eles que devem ser considerados partes constitutivas dos próprios sistemas hídricos.

A forma do terreno ainda que seja um aspecto dos sistemas rochosos e sedimentares são aspectos também determinantes nos sistemas hídricos e, portanto devem ser considerados como partes definidoras dos mesmos.

As condições hídricas referem-se a duas condições gerais (1) a quantidade de água disponível em quaisquer tempos e ciclos e (2) a qualidade da água em quaisquer tempos ou ciclos.

A quantidade relativa da água em função da disponibilidade hídrica ofertada de montante e as geoformas das calhas e corpos d’água em geral permitirão dividirem-se os sistemas hídricos em: (1) corredeiras (2) cascatas, cachoeiras, cataratas (3) remansos (4) áreas de inundação temporárias (5) áreas de inundação permanente (6) áreas de meandros ativos (7) áreas de meandros separados do circuito recente (8) lagos continentais (9) lagoas costeiras (10) pântanos (11) áreas de turfas. Deve-se citar ainda as geleiras por serem tanto dinâmicas quanto portadoras de vida microscópica, sobretudo. (Fonte: Relatório Final – GZRP). Circulação Hídrica

É o conjunto de trocas de massa, energia e informação que flui por todo o planeta na atmosfera, hidrosfera, biosfera e litosfera, tendo a água circulação nos quatro estados físicos – sólido, líquido, vapor e plasma; a circulação em seres vivos deve fazer parte do processo geral bem como a circulação nas obras humanas apesar das peculiaridades desses dois fatos.

São todos os processos de armazenamento e transporte da água em todos os estados da matéria sólido, líquido e gasoso (excetuando o estado de plasma). O ciclo da água atravessa de modo integral a litosfera, biosfera, hidrosfera e atmosfera. A noção de tempo é importante pelo fato do ciclo natural incluir as águas fósseis, que em algum tempo estiveram em circulação, as águas oceânicas, a água na atmosfera, a água nos seres vivos, a água de cursos d’água e de todos os outros tipos de corpos hídricos superficiais, as geleiras, as águas subterrâneas e as águas juvenis, já há muito tempo guardadas em corpos rochosos relativamente isolados da superfície e cujas origens remontam à própria gênese desses corpos rochosos ou estiveram bem próximas no tempo e nos processos ligados a essa gênese. (Fonte: Relatório Final - GZRP).

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Partilha de Recarga

São áreas dentro das quais a extensão das rochas e/ou das formações superficiais e/ou de solos acumulam e/ou permitem a simples transição da água pluvial para vertentes de diferentes bacias hidrográficas. Tal fato advém de diversos motivos próprios às rochas, ao relevo, a estratigrafia, as estruturas rúpteis e dúcteis isoladamente ou em vários modos de associações, entre os fatores existentes. Pode-se denominar com as siglas ZRA-p ou também APR-p.

Em uma ZRA partilhada com recarga partilhada entre bacias hidrográficas, ZRA-p, deve-se considerar que entre quaisquer sub-bacias, de quaisquer ordens podem ocorrer partilhas. (Fonte: Relatório Final – GZRP). Zonas de Recarga de Aqüíferos

Seu conceito, em interpretação ampla, pode ser definido como uma “área que contribui para alimentação de um aqüífero, por infiltração direta ou por escoamento seguido de infiltração” (MARTINS Jr. et al., 2006). São as áreas superficiais que são zonas de efetiva infiltração da água pluvial que acumula em solos e em formações superficiais. Portanto, são Áreas especiais em rochas portadoras de água subterrânea. Ocorrem em todos e quaisquer tipos de aqüíferos como os aqüíferos sedimentares (ou granulares), kársticos, superficiais (ou aqüiperm) e os fraturados, qualquer que seja o tipo de rocha fraturada.

As zonas de recarga ZRAs podem ser consideradas em seu aspecto regional recobrindo uma ampla área da bacia e as áreas locais de infiltração podem ser denominadas de áreas precisas de recarga APRs. Todo aqüífero uma APR, um reservatório e as áreas de exsudação onde ocorrem as fontes.

Importante notar que a circulação da água em rochas implica em um processo de infiltração que possui diversos estilos em função dos tipos de rochas, dos modos em que tais rochas estejam presentes na superfície e em profundidade, das estruturas rúpteis e dúcteis, e também das coberturas superficiais que podem ser solos como também formações superficiais que podem incluir solos e rochas alteradas em qualquer nível de intemperismo; as ZRAs podem se estender sobre grandes superfícies com diversos locais específicos de infiltração ou áreas precisas de recarga - APR como também sobre grandes superfícies de infiltração.

Em se tratando da atividade do ordenamento territorial, as zonas de recarga são identificadas como as áreas em que essa infiltração cumpre um papel especial neste ecossistema, e que caso sejam degradadas, causariam um desequilíbrio de grande impacto no ciclo hidrológico. Com o desmatamento das áreas de vegetação nativa que recobrem essas zonas especiais de infiltração, e as subseqüentes alterações na camada superficial do solo, a água passa a escorrer mais superficialmente, sem se infiltrar no solo. Conseqüentemente, essas alterações fazem aumentar as enchentes repentinas na época das chuvas, e diminui a quantidade de água disponível nos aqüíferos subterrâneos, água esta que seria destinada a alimentar as nascentes na época de seca, além de manter a umidade do solo e poder ser utilizada para uso humano, via poços artesianos (MARTINS Jr. et al., 2006).

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As Zonas de Recarga devem ser alvos especiais de preservação ambiental, embora sua identificação requeira estudos complexos de hidrogeologia, climatologia, hidrologia e geologia estrutural. (Fontes: Projeto CRHA e Relatório Final – GZRP). Aqüífero Subterrâneo

São todos os tipos de reservatórios de água em rochas de quaisquer tipos – sedimentares clásticas e/ou químicas, metamórficas e ígneas. Aqüíferos fraturados Aqüífero karstico Aqüífero de rochas sedimentares granulares em plateaux Aqüíferos de rochas fraturadas metamórficas Aqüíferos de rochas efusivas Aqüíferos de karst fraturado Aqüífero de rocha sedimentar estratificada com captação local precisa Aqüíferos em solos Aqüíferos em formações superficiais Aqüífero de sedimentos terciários e quaternários Sistemas aquíferos de solos, saibros e rochas sedimentares porosas superficiais – aquiperms. (Fonte: Relatório Final – GZRP). Aqüífero

São todas as estruturas subterrâneas e superficiais sub-aéreas nas quais se acumulam e transitam a água que circula no planeta; neste caso reporta-se fundamentalmente a idéia de aqüíferos aos corpos d’água continentais. (Fonte: Relatório Final) Aqüífero Superficial

São todas as estruturas rochosas que contêm água, com residência por tempos indeterminados relativamente estacionárias ou em trânsito subaéreo. São os seguintes aqüíferos superficiais:

� os cursos d’água – rios, riachos, ribeiros, córregos � os lagos, lagoas, � pântanos, � Veredas, � áreas alagadas permanentes e intermitentes, � planícies de inundação e � meandros abandonados com água.

(Fonte: Relatório Final – GZRP). Água

A água é o objeto mais importante do sistema por sua característica de sensibilidade notável. Do ponto de vista administrativo é um excelente indicador para

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se medir o estado geral de uma bacia hidrográfica. A água deve ser administrada do ponto de vista do uso consuntivo e dos custos reais que implicam custos de uso, de conservação bem como as implicações para a hidrodinâmica. (Fonte: Projeto CRHA). Química da Água

As condições químicas não são condições decisórias em si mesmas, mas indicam de fato se duas bacias podem ou não partilhar recargas. No mínimo, para recarga comum, as características químicas devem ser idênticas e neste sentido a amostragem de fontes se faz imperiosa para este tipo de comprovação. Não se pode, todavia, dizer que química idêntica seja necessária e bastante conclusiva sobre a partilha, mas é condição sine qua non.

A indicação de águas partilhadas na recarga não implica que necessariamente a assinatura química tenha que ser de mesma ordem de teores para todos os elementos em todas as fontes e que não possa ocorrer variabilidade temporal nos períodos de chuva e seca no intervalo de um ano hidrológico.

Águas idênticas quimicamente podem identificar trajetos partilhados, e neste caso é o único indicativo além da existência de coberturas idênticas para ambos os lados das vertentes. No entanto, coberturas e rochas não são iguais e as águas com química equivalente podem indicar apenas que a partilha se dá em nível dos solos e formações superficiais, o que já são casos de partilha de grande importância ecológica bem como indicadores de cuidados conservacionistas que os agricultores deverão praticar. Interpretações Químicas sobre Partilha de Água na Recarga Análises químicas gerais Análises comparativas por vertente, por pontos de fontes amostradas Análises comparativas de área de influencia por elementos, anions e cátions. Analise discriminante da totalidade de pontos Analise em função da legislação de qualidade da água. Conclusões sobre partilha e valor da prova. (Fonte: Relatório Final – GZRP). Fontes

São pequenas áreas de saída da água subterrânea para a superfície; em geral as fontes é que alimentam os cursos d’água tanto nos períodos úmidos quanto nos períodos secos, mas nesses são a única fonte provedora de água para os rios.

A questão fontes é em si um conjunto de aspectos ecológicos, hidrogeológicos e hidrológicos notáveis. Neste sentido tem-se por fato que as fontes devam ser descritas pelos macro-aspectos seguintes: 1 – rocha portadora ou rochas portadoras, quando ocorrer na interface de mais de rochas estratificadas imediatamente superpostas.

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2 – fontes de brotam pontualmente, fontes espraiadas, fontes em brejo, fontes que marejem na superfície, fontes em Veredas, etc. 3 – a vegetação deve ser entendida como parte da área de fonte em virtude de que existem características das fontes que são ligadas à vegetação pelo fato de favorecerem a conservação dos solos, servirem de área de alagamento e manterem a água com menor índice de evaporação e, por fim, por constituírem-se em diferentes fito ecossistemas distintos sobre grandes superfícies. (Fonte: Relatório Final – GZRP). MODELO INTERPRETATIVO

Por certo, que em qualquer composição de ordens diversas de sub-bacias pode haver partilha de recarga, afora aquele tipo de recarga que ocorre em todos os solos e em algumas formações superficiais susceptíveis a esse tipo de processo.

Uma metodologia para delimitação e caracterização de “aqüíferos partilhados” em áreas de interflúvio de bacias hidrogeológicas é proposta. O método baseia-se na coleta e análise de características químicas de águas superficiais e subterrâneas.

Para tanto, propôs-se descrever a tipologia química das águas, nas várias áreas de exsudação, pelos aspectos próprios que identifiquem a procedência das mesmas em referências aos vários tipos de aqüíferos, solos e/ou rochas.

A delimitação de famílias hidrogeoquímicas, a partir de levantamentos de campo, pode ser própria para fornecer a base para estratégias de pesquisa e gestão ambiental de recursos hídricos. Portanto, trata-se de uma opção metodológica viável, em casos em que as técnicas tradicionais de mapeamento detalhado dos interflúvios de bacias hidrogeológicas a partir de mapas piezométricos em escala de detalhe apresentam-se inviáveis ou quase. A partilha é um fator especialmente importante para a agricultura e o controle de impactos químicos. (Fonte: Relatório Final – GZRP).

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DDÉÉCCIIMMOO CCAAPPÍÍTTUULLOO

CONCLUSÕES

São diversas as conclusões a que se pode chegar ao final desta discussão. São conclusões no campo metodológico, sobre a forma do estudo, o rigor das conclusões parciais, os aspectos químicos, os aspectos ligados a gestão geo-ambiental, sobre os métodos empregados, sobre a necessidade de re-organização dos comitês, enfim um grupo amplo de conclusões que servem para serem aplicadas em novos projetos. Não menos a questão específica se foi possível provar a recarga partilhada. PRIMEIRO CAPÍTULO

SISTEMAS HÍDRICOS E CIRCULAÇÃO HÍDRICA

No primeiro capítulo trabalhou-se com uma formalização conceitual sobre SISTEMAS HÍDRICOS E CIRCULAÇÃO HÍDRICA, bem como:

– SISTEMAS HÍDRICOS –

BASES PARA GESTÃO HÍDRICA, AGRÍCOLA E GEO-AMBIENTAL

Estes dois tratamentos são considerados fundamentais para colocar em evidência a partir de quais conceitos se trabalhou e em um sentido mais amplo e não tão somente em torno do tema central que são as zonas de recarga de aqüíferos. CONCLUSÕES

Fica claro que os métodos de zoneamentos de bacias hidrográficas são diversos, e por força, para servirem para diferentes descrições e usos. Os modos de se obter as zonas homogêneas favorecem as várias lógicas específicas de gestão a serem implantadas.

As figuras referentes às zonas de “tipos de drenagens” e de intersecção das “estruturas rúpteis, áreas de exsudação e áreas de corpos d’água especiais” representam modos diversos para se classificar terras. No entanto, a classificação por sub-bacias, apresenta outro método, no qual, as sub-bacias são o foco, neste exemplo, com as variáveis de classificação dos geossistemas com as variáveis morfométricas sobre os tipos de geoformas, em superposição. Tais classificações devem ser usadas ao mesmo tempo em virtude de cada uma delas apresentar características e informações próprias para vários tipos de decisões sobre uso da terra, potenciais hídricos, geo-sensibilidade, e outros muitos temas. As classificações pela exergia dos processos de trocas de energia e massa podem ser feitas sobre a base dessas classificações mais fundamentais.

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No Paracatu fica evidente que a distribuição da rede de drenagem obedece a uma lógica que é derivada em diversas instâncias dos eventos tectônicos Proterozóicos / Eo-Cambrianos, isto é, derivada de uma seqüência de eventos tectônicos com respostas de strain (criação de estruturas dúcteis e rúpteis), soerguimento, deposição sedimentar e mais soerguimentos. Um rejuvenescimento cretácico ocorreu com alguma tectônica rúptil, erosão crescente e remontante, mais deposições, gerando atualmente um complexo sistema de redes hídricas com áreas típicas de geração de geopotenciais. Fica também claro que a bacia do Paracatu atingiu um estágio de maturidade notável, embora ainda com geopotenciais exploráveis, tanto para MCHs como para PCHs.

Na realidade atual sobre o uso de terras, e no Paracatu em especial, não existem regras mais adequadas para esses usos, do que aquelas já dadas pela legislação. Embora abrangentes, ainda são faltantes de detalhamentos para a tipologia de áreas. Não se tratou aqui de casos de usos ilícitos, que é outro aspecto distinto da lógica de uso racional. Essa obedece à lógica dos processos supergênicos e das relações de geovulnerabilidade e geo-sustentabilidade dos usos em relação às características dominantes.

Não se pode ainda ignorar que a classificação em áreas hídricas não é suficiente para completar a amplitude de decisões que envolvem a agroclimatologia, a aptidão de solos, as áreas sob proteção, as áreas para reflorestamentos ecológicos e ecológico-econômicos, as áreas de preservação, as de manejo e as áreas geotecnicamente sensíveis e, não menos, a área total tolerável para ocupação pelo homem. As zonas de recarga de aqüíferos são críticas e de especial interesse nesse conjunto de aspectos.

As diversas formas de classificar as áreas homogêneas permitirão, assim, responder às diversas demandas lógicas para decidir sobre: - o uso de terras, a preservação, a conservação das mesmas e dos ecossistemas associados. Este trabalho dá seqüência à implementação do campo epistemológico e metodológico das Geociências Agrárias e Ambientais (MARTINS Jr., 1998). SEGUNDO CAPÍTULO

SOBRE AQÜÍFEROS SUBTERRÂNEOS

São consideradas conclusões os seguintes aspectos descritos como integradores após uma descrição conceitual sobre aqüíferos subterrâneos.

CONDIÇÕES SUPERFICIAIS ENTRE AQÜÍFEROS PARA OCORRÊNCIA DE PARTILHA DAS ÁGUAS INFILTRANTES

Em uma ZRA partilhada com recarga partilhada entre bacias hidrográficas, ZRA-

p, deve-se considerar que entre quaisquer sub-bacias, de quaisquer ordens podem ocorrer partilhas.

Todavia, as partilhas consideradas neste projeto, e que se recomenda como tema, sejam consideradas entre bacias de 2ª ordem e bacias de 3ª ordem, sobretudo

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quando as sub-bacias de 3ª ordem se articulam nas fronteiras entre 2 ou mais bacias de 2ª ordem. Trata-se de se ler as ordens a partir do rio principal para montante.

Partilhas podem necessariamente ocorrer entre sub-bacias de 5ª ordem ou em mais altas ordens em virtude de serem sub-bacias pequenas que ocorrem nas partes mais altas da bacia principal, todavia a noção de partilha é efetivamente marcada, para fins práticos ente diferentes Comitês de BH para as grandes bacias de 2ª e 3ª ordens.

A noção de partilha exige algumas evidências prévias da possibilidade da existência da mesma: 1 – estratigráficas – a(s) rocha(s) portadora(s) deve(m) ser comum(ns) a mais de uma bacia. 2 – ainda estratigráficas – a(s) rocha(s) portadora(s) deve(m) estar em atitude que permita fluxos indistintos para ambas ou mais vertentes de duas ou mais sub-bacias de 2ª e 3ª ordens essas quando em fronteira com outra bacia de 2ª ordem. 3 – é indiferente que uma ZRA e também uma APR seja de uma rocha estratigraficamente superficial ou não. 4 – estruturas rúpteis podem ser elas mesmas espaços de infiltração da água para ambas bacias por atravessarem-nas, quaisquer que sejam as rochas partilhadas substrato de mais de uma bacia ou rochas contíguas lateralmente que sirvam de divisor de águas entre bacias. 5 – rochas isoladas, como rochas ígneas, podem ser espaços de partilha, quando houver passagens para mais de uma vertente. 6 – aqüíferos rasos do tipo de aqüíferos de transição podem ser também espaços de partilha do processo de recarga, sobretudo de formações do Cretácio e do Terciário-Quaternário como no caso dos Vales do Paracatu, São Marcos, Alto Paranaíba e São Bartolomeu. 7 – rochas eruptivas efusivas podem, necessariamente, ser foco de partilha entre bacias, quando atravessam a extensão dos divisores de água. 8 – rochas sedimentares que cobrem grandes extensões podem ser palco de evolução de mais de uma frente de evolução de relevo que construa bacias distintas, e nesses casos a partilha é altamente provável de ocorrer. 9 - rochas e solos têm importância pelo fato de que os solos, em especial, poderem recobrir rochas distintas e recobrirem vertentes contíguas de duas bacias hidrográficas distintas. TERCEIRO CAPÍTULO

QUÍMICA DA ÁGUA DE FONTES E DE POÇOS

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Não se trata de um capítulo que levou a conclusões no estrito senso, mas alguns aspectos foram determinantes no processo de análise ao longo da pesquisa e neste sentido esses aspectos são conclusivos, mas se situam apenas dentro do campo lógico.

O QUE É COMUM E COMPARATIVO E CONDIÇÕES GERAIS PARA SER IDÊNTICO

A noção de comparabilidade em semelhança e dessemelhança é fundamental na análise da questão partilha. Em resumo a idéia é:

� quão idêntico é o que se tem por semelhante. � quão diferente é o que se tem por dessemelhante. � quão semelhante é a se considerar dois semelhantes. � quão dessemelhante é a se considerar dois dessemelhantes.

Essas questões devem ser respondidas por viés de se reconhecer que:

1 – a infiltração e o escoamento sub-aéreo partilhado não implica idênticas quantidades para ambas vertentes. 2 – o escoamento sub-aéreo partilhado não força que a água em fontes opostas no relevo venham se apresentar com a mesma assinatura química. 3 – a noção de quão semelhante e de quão dessemelhante é essencial para se decidir do ponto de vista hidroquímico se a recarga deve ser a mesma ou não. 4 – critérios últimos dizem respeito a rochas e solos partilhados e a estrutura rúpteis e dúcteis que de um modo ou de outro permitam infiltração partilhada. SORÇÃO

Todos os eventos de sorção [ absorção e adsorção ] afetam de diversos modos a assinatura química em função das trocas iônicas que ocorrem em solos e saibros. A coleta, que em alguns casos ocorre em meio com vegetação densa, sobretudo quando a nascente mareja água, pode afetar a qualidade química, mas em uma primeira aproximação os dados físico-químicos não pareceram identificar tal fato o que pode em nível de íons em traço ser verdade. TRAJETO x COBERTURA de SOLOS e/ou de FORMAÇÕES SUPERFICIAIS

Por trajeto entende-se todo o percurso de percolação da água desde a superfície às fontes. Obviamente que os trajetos são distintos e assim pode-se também explicar uma não homogeneidade não somente em função do espaço como também do intervalo de tempo de coleta. Esses e outros fatores acima citados são alvos desse estudo de critérios de decisão sobre partilha de recarga.

SITUAÇÕES COMPARATIVAS sobre as LOCALIZAÇÕES das AMOSTRAS das TRÊS CAMPANHAS - METAIS

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Esse estudo comparativo é base para a averiguação das semelhanças entre as amostras de modo quantitativo. Nos capítulos anteriores o foco foi totalmente voltado para as questões de espacialização de modo a ser ter uma percepção nítida do que significariam os diferentes pontos amostrais, que envolveram pontos coletados uma única vez, pontos coletados com repetição e alguns pontos de água subterrânea de poços. Com esse conjunto de observações pode-se obter as seguintes respostas do ponto de vista da comparação: 1 – semelhanças quantitativas relativas. 2 – dessemelhanças quantitativas relativas.

A noção de relatividade não comporta nessa fase a noção de valor absoluto e tampouco a noção do significado desses valores absolutos, isto é, se traduzem situações naturais ou situações já sob impacto da produção agrícola via insumos. 3 – esses estudos foram feitos com a busca da simetria de coleta em relação com as vertentes em primeira mão. 4 – e em segunda etapa considerou-se também a simetria de coleta por solos e/ou por rochas nas vertentes opostas.

A TAB. 1 apresenta os pontos das três campanhas agrupados por áreas conforme denominação dada com o intuito de se guardar a simetria em relação as vertentes, isto é, tomando-se em escala as nascentes como pontos simétrico opostos em cada lado da vertente. Algumas fontes foram revisitadas somente a título de se averiguar se haveriam variações perceptíveis de um tempo a outro.

Todas as fontes estavam ligadas às seguintes rochas: arenito vulcanoclástico, meta-sedimentos síltico-argilosos, com intercalações de meta-grauvaques, corpos de metacalcários, com intercalações subordinadas de metassedimentos síltico-argilosos e arenosos, crosta detrito-laterítica, cobertura indiferenciada, meta-sedimentos arenosos com metacalcários, calcisilicáticas e xistos calcíferos. Em comparação, as análises hidroquímicas são apresentadas com as rochas locais compreendidas dentro da área tampão (TAB. 7 a 15). QUARTO CAPÍTULO - A

RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS - 1ª CAMPANHA

ESTUDO de CASO dos VALES do PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU

Este capítulo é representativo de resultados analíticos da Campanha 1 e a

compreensão é de que não levaria a uma conclusão em si mesmo. Todavia, pode-se tomar com aspecto conclusivo de que:

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1 – o campo amostral foi significativo em termos de enorme espaço amostral de mais de 13.000km2. 2 – dados os aspectos das características do espaço pode-se recobrir toda uma área ampla nos níveis mais próximos aos topos do grande plateaux que separa essas grandes sub-bacias. 3 – os mapas com modelos de áreas de influências dos pontos amostrais indicam, pelo menos em um nível matemático, que essas áreas recobrem as vertentes das sub-bacias vizinhas e seria em si mesmo uma conclusão, pelo viés da área de influência que a recarga seja partilhada conforme as 17 figuras assim o permitem inferir. 4 – em uma seqüência de pequenas conclusões de tipo descritivo tem-se para os íons considerados as seguintes:

Al - Em resumo, para os dados do Alumínio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Ba - Em resumo, para os dados do Bário nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 8. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Be - Pela FIG. 3-B, indica que a mediana do Berilio (mg/l) em todas as áreas são iguais e além disso, não existe variação entre as áreas.

Cd - Pela FIG. 4-B, indica que a mediana do Cádmio (mg/l) em todas as áreas são iguais, com exceção da área 4 que apresenta uma concentração maior e, além disso, uma variação maior nesta área.

Ca - Em resumo, para os dados do Cálcio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 1. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Pb - Em resumo, para os dados do Chumbo nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 2 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 1. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Cu - Em resumo, para os dados do Cobre nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 6 e também uma maior variação entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Cr - Em resumo, para os dados do Cromo nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual entre as áreas e também uma mesma variação entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Fe - Em resumo, para os dados do Ferro nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e maior variação na área 8 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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PO-4 - Em resumo, para os dados do Fosfato nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4 e maior variação na área 2 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Li - Em resumo, para os dados do Lítio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e nenhuma variação nas áreas entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Mg - Em resumo, para os dados do Magnésio nas oito áreas, temos um valor

mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior na área 1 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Mn - Em resumo, para os dados do Manganês nas oito áreas, temos um valor

mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior na área 6 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Ni - Em resumo, para os dados do Níquel nas oito áreas, temos um valor

mediano (amostral) igual nas oito áreas e uma variação maior na área 6 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

K - Em resumo, para os dados do Potássio nas oito áreas, temos um valor

mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior na área 6 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Na - Em resumo, para os dados do Sódio nas oito áreas, temos um valor

mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior na área 6 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Zn - Em resumo, para os dados do Zinco nas oito áreas, temos um valor

mediano (amostral) maior na área 5 e, também, uma maior variação. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

CONCLUSÕES DA CAMPANHA 1

Em síntese, considerando a representatividade da amostra pesquisada, pode-se deduzir que, os íons Bário, Berilo, Cádmio, Cobre, Lítio, Níquel e Chumbo apresentaram uma concentração (mg/l), praticamente, nula na campanha 1. Entretanto, constatou-se que a concentração (mg /l) dos íons Fosfato, Alumínio, Sódio e Cálcio foram as maiores, respectivamente, na campanha 1, TAB. 23. QUARTO CAPÍTULO - B

RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS - 2ª CAMPANHA

ESTUDO de CASO dos VALES do PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU

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492

Este capítulo é representativo de resultados analíticos da Campanha 2 e a compreensão é de que não levaria a uma conclusão em si mesmo. Todavia, pode-se tomar com aspecto conclusivo de que: 1 – o campo amostral foi significativo em termos de enorme espaço amostral de mais de 13.000km2. 2 – dados os aspectos das características do espaço pode-se recobrir toda uma área ampla nos níveis mais próximos aos topos do grande plateaux que separa essas grandes sub-bacias. 3 – os mapas com modelos de áreas de influências dos pontos amostrais indicam, pelo menos em um nível matemático, que essas áreas recobrem as vertentes das sub-bacias vizinhas e seria em si mesmo uma conclusão, pelo viés da área de influência que a recarga seja partilhada conforme as 17 figuras assim o permitem inferir. 4 – em uma seqüência de pequenas conclusões de tipo descritivo tem-se para os íons considerados as seguintes:

Al - Em resumo, para os dados do Alumínio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4 e uma variação maior da concentração (mg/l) do alumínio na área 2. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Ba - Em resumo, para os dados do Bário nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior nas áreas 7 e 8 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 8. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Be - Pela FIG. 3-B, indica que a mediana do Berilio (mg/l) em todas as áreas são iguais e além disso, não existe variação entre as áreas.

Cd - Pela FIG. 4-B, indica que a mediana da concentração do Cádmio (mg/l) em todas as áreas são iguais, com exceção da área 8 que apresenta uma variação da concentração de Cádmio maior nesta área.

Ca - Em resumo, para os dados do Cálcio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, uma maior variação entre os pontos amostrados nesta área. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Pb - Em resumo, para os dados do Chumbo nas oito áreas, temos um valor

mediano (amostral) maior na área 4 e, também, uma maior variação entre os pontos amostrados nesta área. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Cu - Em resumo, para os dados do Cobre nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual em todas as áreas e também nenhuma variação entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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Cr - Em resumo, para os dados do Cromo nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual entre as áreas e também uma mesma variação entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Fe - Em resumo, para os dados do Ferro nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 2 e maior variação na área 8 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

PO-4 - Em resumo, para os dados do Fosfato nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, a maior variação nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Li - Em resumo, para os dados do Lítio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, uma maior variação nas áreas entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Mg - Em resumo, para os dados do Magnésio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Mn - Em resumo, para os dados do Manganês nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 6 e uma variação maior na área 7 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Ni - Em resumo, para os dados do Níquel nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual nas oito áreas e uma variação maior na área 8 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

K - Em resumo, para os dados do Potássio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 8 e, também, uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Na - Em resumo, para os dados do Sódio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Zn - Em resumo, para os dados do Zinco nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma maior variação na área 1. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados. CONCLUSÕES DA CAMPANHA 2

Em síntese, considerando a representatividade da amostra pesquisada, pode-se deduzir que, os íons Berilio, Cádmio, Cobre, Lítio, Níquel e Chumbo apresentaram uma

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concentração (mg/l), praticamente, nula na campanha 2. Entretanto, constatou-se que a concentração (mg /l) dos íons Cálcio, Ferro, Sódio, Magnésio e Alumínio foram as maiores, respectivamente, na campanha 2, TAB. 23. QUARTO CAPÍTULO - C

RESULTADOS ANALÍTICO-ESPACIAIS - 3ª CAMPANHA

ESTUDO de CASO dos VALES do PARACATU / SÃO MARCOS / ALTO PARANAÍBA / SÃO BARTOLOMEU

Este capítulo é representativo de resultados analíticos da Campanha 3 e a

compreensão é de que não levaria a uma conclusão em si mesmo. Todavia, pode-se tomar com aspecto conclusivo de que: 1 – o campo amostral foi significativo em termos de enorme espaço amostral de mais de 13.000km2. 2 – dados os aspectos das características do espaço pode-se recobrir toda uma área ampla nos níveis mais próximos aos topos do grande plateaux que separa essas grandes sub-bacias. 3 – os mapas com modelos de áreas de influências dos pontos amostrais indicam, pelo menos em um nível matemático, que essas áreas recobrem as vertentes das sub-bacias vizinhas e seria em si mesmo uma conclusão, pelo viés da área de influência que a recarga seja partilhada conforme as 17 figuras assim o permitem inferir. 4 – em uma seqüência de pequenas conclusões de tipo descritivo tem-se para os íons considerados as seguintes:

Al - Em resumo, para os dados do Alumínio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Ba - Em resumo, para os dados do Bário nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 8 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 7. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Be - Pela FIG. 3-B, indica que a mediana do Berilo (mg/l) em todas as áreas são iguais e além disso, não existe variação entre as áreas.

Cd - Pela FIG. 4-B, indica que a mediana do Cádmio (mg/l) em todas as áreas são iguais e não apresenta variação entre as áreas.

Ca - Em resumo, para os dados do Cálcio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e, também, uma maior variação entre os pontos amostrados nesta área. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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Pb - Pela FIG. 6-B, indica que a mediana do Chumbo (mg/l) em todas as áreas são iguais (0,005 mg/l) e não apresenta variação entre as áreas.

Cu - Em resumo, para os dados do Cobre nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4 e uma maior variação entre os pontos amostrados na área 7. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Cr - Em resumo, para os dados do Cromo nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual entre as áreas e também uma mesma variação entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Fe - Em resumo, para os dados do Ferro nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 4 e, também, apresenta uma maior variação nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

PO-4 - Em resumo, para os dados do Fosfato nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 8 e maior variação na área 7 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Li - Em resumo, para os dados do Lítio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Mg - Em resumo, para os dados do Magnésio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Mn - Em resumo, para os dados do Manganês nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 3 e uma variação maior na área 7 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Ni - Em resumo, para os dados do Níquel nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) igual nas oito áreas e uma variação maior na área 1 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

K - Em resumo, para os dados do Potássio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 8 e uma variação maior na área 7 entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Na - Em resumo, para os dados do Sódio nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 7 e uma variação maior nesta área entre os pontos amostrados. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

Zn - Em resumo, para os dados do Zinco nas oito áreas, temos um valor mediano (amostral) maior na área 5 e, também, uma maior variação. Essas conclusões são válidas apenas para valores amostrais observados.

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496

CONCLUSÕES DA CAMPANHA 3

Em síntese, considerando a representatividade da amostra pesquisada, pode-se deduzir que, os íons Berílio, Cádmio, Chumbo, Cobre, Lítio e Níquel apresentaram uma concentração (mg/l), praticamente, nula na campanha 3. Entretanto, constatou-se que a concentração (mg /l) dos íons Sódio, Cálcio, Magnésio e Alumínio foram as maiores, respectivamente, na campanha 3, TAB. 23. QUINTO CAPÍTULO

RESULTADOS ANALÍTICOS ESPAÇO-TEMPORAIS CONCLUSÃO DA ANÁLISE ESPACIAL

De acordo com o teste de Kruskal-Wallis, comparando-se as três campanhas quanto aos íons analisados, foram verificadas diferenças significativas em relação às campanhas para os seguintes íons de: Al, Ba, Be, Fe, K, e Zn e (PO4)

3- em especial, dado que a estatística apresenta um valor-p inferior a 0.05. O que fica é que a diferença entre as campanhas não é expressiva e pode-se interpretar pela equivalência da maioria das amostras; em outras palavras, as diferenças são inexpressivas o suficiente para se entender que a recarga é partilhada ainda que nos trajetos da água surjam agregados químicos que diferenciam as amostras. Esses agregados serão ainda analisados em função dos tipos de solos e rochas em etapa vindoura.

O teste Scan demonstrou que, nas áreas 7 e 8, há uma significativa singularidade das concentrações médias dos íons de K e Ba, em comparação às demais áreas de amostragem. Além disso, a área 7 também apresenta uma singularidade das concentrações médias dos íons de Ca, Li, Mg e Na. Esta derivação poderá ser atribuída a variações locais de solos e mineralizações do entorno.

ANÁLISE TEMPORAL INTEGRADA DOS ÍONS MAIORES

Para a avaliação de diferenças entre as campanhas (1ª, 2ª e 3ª) e os íons maiores, foram utilizados testes não-paramétricos (TAB. 23), pois a suposição de normalidade para os íons foi violada. Devido ao fato de que a variável campanha possui três categorias, foi adotado o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, que permite a comparação múltipla de k tratamentos ou categorias. No teste de Kruskal-Wallis, a hipótese nula é a de que não há diferença entre as medianas das categorias; e a hipótese alternativa é a de que pelo menos uma diferença significativa entre as categorias ou tratamentos estudados.

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497

TABELA 23 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª , 2ª e 3ª ) referente aos íons maiores.

Variável

Teste de Kruskal-Wallis

1ª Campanha 2ª Campanha 3ª Campanha P-valor

Fluoreto 0.06 0.05 0.05 0.978

Cloreto 0.23 1.820 0.19 0.000**

Nitrato 0.58 1.120 0.19 0.004**

Brometo 0.05 0.05 0.05 1.000

Nitrito 0.05 0.05 0.05 0.794

Sulfito 0.10 0.10 0.10 1.000

Orto-Fosfato 0.10 0.10 0.10 0.865

Sulfato 0.10 0.10 0.06 0.016* Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto aos íons maiores, foram verificadas diferenças significativas em relação às campanhas para os seguintes íons maiores: Cloreto, Nitrato e Sulfato, pois a estatística apresentou um valor-p inferior a 0.05. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração desses íons maiores (mg/l) na 2ª campanha é superior que as demais campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 23.

ANÁLISE ESPACIAL INTEGRADA DOS ÍONS MAIORES

Com a técnica geoestatística Scan (TAB. 24) para variável contínua (HUANG et al., 2009) procura-se por conglomerados de elementos com alta concentração média de íons maiores durante o período analisado. A função de verossimilhança é calculada com base na comparação entre o conglomerado identificado e o universo de elementos restantes. A busca por conglomerados é realizada a partir de janelas circulares de raio variável com centróide em cada um dos elementos. Nesse caso, cada elemento corresponde a uma área de amostragem. TABELA 24 – Estatística Espacial Scan para Variável Contínua nos íons maiores.

Variável

Teste Scan para Variável Contínua

Área Média Interna Média Externa P-Valor

Fluoreto 7 0.140 0.072 0.224

Cloreto 7 2.760 0.910 0.345

Nitrato 5, 6 2.260 0.840 0.103

Brometo 1, 2 0.050 0.050 1.00

Nitrito 7 0.390 0.100 0.898

Sulfito 1, 2 0.100 0.100 1.000

Orto-Fosfato 7 0.120 0.100 0.517

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Sulfato 7 1.430 0.190 0.004**

O teste Scan demonstrou que na área 7 há uma significativa singularidade da

concentração média do íon maior Sulfato, em comparação às demais áreas de amostragem. Além disso, a área 7 também apresenta uma singularidade das concentrações médias dos íons maiores de Fluoreto, Cloreto, Nitrito e Orto-Fosfato, mas não é considerado relevante em relação as demais áreas de amostragem. SEXTO CAPÍTULO

ESTUDOS DA VEGETAÇÃO NATURAL E DESMATAMENTOS DE 1964 A 2005

O estudo da distribuição espacial e temporal do uso do solo, particularmente da cobertura vegetal, e do uso antrópico do espaço aponta para o entendimento da dinâmica das transformações da paisagem na área de estudo. Em razão das inter-relações que se estabelecem entre os diversos elementos ambientais, além da tangível degradação e expressiva supressão da vegetação nativa, pode-se pressupor intensa degradação também do solo e dos recursos hídricos advinda da exploração antrópica da área.

Colocada a questão abordada de forma ampla, sem se restringir especificamente à área estudada, pode-se afirmar que, a cobertura vegetal nativa oferece proteção ao solo contra a erosão e permite a infiltração potencial da água de chuva. Quando substituída pela ocupação e usos antrópicos sem planejamento ou com um planejamento que prima pelo êxito econômico, desconsiderando as dimensões sociais e ambientais da ação, além dos impactos diretos de perda de biodiversidade, principalmente da flora, e de fragmentação espacial impedindo o trânsito gênico de uma população para outra, também os solos e os recursos hídricos são impactados, provocando assoreamentos e inundações.

Assim, nas situações de agricultura intensiva, como é o caso em consideração, os solos podem ser compactados e expostos à intensificação dos processos erosivos, enquanto os recursos hídricos são afetados pela diminuição da infiltração, provocando assoreamento de cursos d’água e, durante as épocas de chuvas, leva a ocorrência de constantes enchentes e o não suprimento adequado dos aqüíferos. Os recursos hídricos são afetados também pela introdução de agrotóxicos nas culturas agrícolas e nas atividades pecuárias no sentido de aumentar a produtividade das mesmas. Estas substâncias, além de contaminarem os solos, ao atingirem os cursos d’água contaminam também os aqüíferos porventura existentes.

As análises deste monitoramento não estão focadas diretamente relacionadas às bacias que partilhem zonas de recarga de aqüíferos. Por outro lado, pode-se dizer que é fundamental que haja uma ligação entre as duas questões no que diz respeito ao aproveitamento ecológico-econômico das zonas de recarga de tal modo que o uso econômico com projetos agroflorestais, ou separadamente agrícola e florestal, permita ganhos sociais e ao mesmo tempo exerça função conservacionista favorecendo o suprimento dos aqüíferos. As FIG. 1 e 2 desta Conclusão apresentam de modo

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499

sintético e completo a extensão dos impactos sobre o bioma nesta área de mais de 13.000km2.

FIGURA 1 - Anos 1964, 1989 e 2005

FIGURA 2 - Ano 2005

SÉTIMO CAPÍTULO

ORGANIZAÇÃO, SISTEMA e MÉTODO para COMITÊS de BACIAS HIDROGRÁFICAS

Vale ressaltar que, para o desenvolvimento do modelo de gestão propriamente dito, é necessário que um analista de OSM esteja presente em tempo real, participando de todas as atividades cotidianas do Comitê juntamente com as equipes responsáveis pela execução das atividades. Entretanto, devido às limitações recursos, esses acompanhamentos próximos não são ainda possíveis. Por isso, neste trabalho foram dadas apenas as diretrizes para a criação de um modelo de gestão organizacional de um comitê e apontada a importância de um modelo organizacional baseado em OSM para a gestão eficiente e eficaz do Comitê. OITAVO CAPÍTULO

DESENVOLVIMENTOS em CommonKADS

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Este capítulo reúne toda uma reflexão amadurecida a luz do novo ramo de conhecimento definido em 1986 como Geociências Agrárias e Ambientais - GAA. Neste sentido a reunião de diversas ciências e engenharias permite a constituição do campo epistemológico das GAA. O aspecto mais inovador constitui-se na construção de lógica de auxílio à decisão com inteligência computacional.

Nesta fase do projeto GZRP constitui-se uma seqüência de capítulos nos quais se procura responder ao tema proposto com objetivos: (1) descritivos, (2) lógicos e (3) de critérios de corte para a tomada de decisão.

Este capítulo faz seqüência a outro capítulo no qual se apresentam as questões lógicas de O&M, primeiro de um modo geral e em segundo com enfoque na questão da gestão de bacia hidrográfica com especial enfoque na gestão de áreas sensíveis e entre elas as zonas de recarga de aqüíferos, ZRAs, e áreas precisas de recarga de aqüíferos, geralmente dentro de ZRAs.

O passo obtido com as questões lógicas especificadas e o Método CommonKADS é intermediário ao modelo OSM e antecedente ao organograma ORCI de rodas de correlações e impactos que se apresenta no capítulo sucessivo.

Diversas estruturas lógicas próprias para o desenvolvimento de programas com inteligência artificial, I.A, foram descritas ao longo desse texto com fortes indicações, sobretudo nas várias tabelas, nas quais as relações são especificadas de modo evidente.

O trabalho desse capítulo serve para dar bases ao sistema de auxílio à decisão com uso de inteligência computacional, não previsto para esse projeto. Serve também para o sistema de arquitetura de conhecimentos, mas de modos distintos.

Quanto ao sistema de arquitetura de conhecimentos sisORCI o capítulo seguinte apresenta os resultados que servirão, em tempo oportuno para alimentar o sistema sisORCI. NONO CAPÍTULO

ARQUITETURA DE CONHECIMENTOS

A Metodologia ORCI mostrou-se bastante eficaz para trabalhos de modelagem de conhecimento em alto nível de abstração. A sua aplicação auxiliou na compreensão e na gestão do conhecimento pelos membros da equipe multidisciplinar envolvida no Projeto GZRP. Nesse aspecto, resultou em uma documentação consistente e na disponibilização dos trabalhos por meio do PORTAL sisORCI

para a INTERNET.

A metodologia ORCI também se mostrou viável para a transição para técnicas e linguagens de modelagem mais específicas de amplo uso como OWL, UML e CommonKADS.

Como proposição para trabalhos futuros, abre-se a possibilidade de desenvolver um sistema web em que o internauta possa elaborar seu próprio organograma ORCI, além de preencher os hiperlinks com o conteúdo disponível. Esses organogramas

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501

poderiam estar restritos para uso pessoal ou mesmo serem disponibilizados para visualização e/ou edição por outros usuários. A documentação conceitual desse sistema, em padrão de UML, pode ser acessada em MARTINS et al. (2007). O sistema encontra-se em fase de programação com implementações em Framework Symfony, Java, Ajax, SQL, PHP, HTML, CSS, C# e Asp.net. Aspecto inovador é o desenvolvimento em ambiente visual e de gestão de dados e informações pré-moldados dentro do espaço do vetor-conectivo unitário padrão.

A aplicação de modelagem apresentada neste capítulo coloca-se como uma propícia possibilidade para o desenvolvimento de sistemas especialistas de auxílio à decisão em gestão de aqüíferos. Um caminho que se mostra promissor de modelagem envolve o detalhamento dos diagramas visando o trato por Sistemas de Informação Geográfica - SIG. Para tanto, podem ser úteis as proposições teóricas sobre sistemas semióticos geo-ontológicos (FIG. 3) (FONSECA & BORGES, 2000; DIAS & DAVIS Jr., 2005; FONSECA & MONTEIRO, 2006; WANG & SONG, 2008; e várias outras obras), de forma a vincular-se aos debates já existentes sobre representação, estruturação, tratamento e gestão sobre informações espacializadas em Geociências.

Esse Projeto GZRP está lançado de modo ainda conceitual dentro de um

organograma ORCI conforme a FIG. 4 abaixo. Os temas, dados e interpretações bem como um modelo de gestão de áreas de zonas de recarga de aqüíferos em geral e áreas de recarga partilhada está desenvolvido satisfatoriamente.

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FIGURA 3 – Sistema semiótica ontológico de representação dos conteúdos de conhecimentos

Projeto GZRP em Grafo ontológico da estrutura sistema e subsistemas para gestão de aqüíferos, pela visualização em referência Shrimp, da plataforma de manipulação Jambalaya (STOREY et al., 2001), acessada via programa Protégé.

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FIGURA 4 – Organograma ORCI para Zonas de Recarga de Aqüíferos. No organograma ORCI

não existe hierarquia, mas relações seqüenciais, em paralelo e/ou em simultaneidade. São relações conceituais, sistêmicas, por vezes hieráquicas, de sensibilidade e outros tipos.

TABELA 1 – Relações entre as Tonalidades das Rodas de Conteúdo e os Fenômenos

abordados pelo projeto GZRP

Tonalidade

Fenômenos Relacionados

Azul Claro Sistemas Hídricos Azul Escuro Processos hídricos dinâmicos Rosa Rochas e Manto de Intemperismo Verde Claro Processos relacionados à cobertura e uso da terra Outros verdes Sistemas econômicos e financeiros

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CONCLUSÕES INTEGRADORAS

Fica claro que a pesquisa para se demonstrar a possibilidade de partilha de recarga entre bacias de 2ª ordem tais como Paracatu, São Marcos Leste, São Bartolomeu e Alto Paranaíba está demonstrada como verdadeira.

Estudos de detalhamento sobre os percursos da água desde a infiltração à exsudação nas altas fontes do divisor de água ficam a ser realizadas em outro projeto de pesquisas.

A poluição com biocidas não atingiu as fontes, e isto parece ser efetivo em função dos resultados analíticos sobre essas substâncias. Em princípio, pode-se contar com o fato de que o início das atividades agricultáveis nestas áreas já se deu em uma fase de melhor tecnologia química sobre biocidas com rápida quebra de moléculas. Talvez que também o uso não tenha sido abusivo e bem realizado seguinte as indicações técnicas.

O trio NPK, todavia, parece se insinuar, ainda que não em estado de poluição e, algumas fontes. O conjunto de íons: Alumínio total - mg/l, Bário total - mg/l, Berilio total - mg/l, Boro total - mg/l, Cádmio

total - mg/l, Cálcio total - mg/l, Chumbo total - mg/l, Cobre total - mg/l, Cromo total - mg/l, Ferro total - mg/l, Fosfato total - mg/l P, Lítio total - mg/l, Magnésio total - mg/l, Manganês total - mg/l, Níquel total - mg/l, Potássio total - mg/l, Sódio total - mg/l, Zinco total - mg/l,

demonstrou-se, embora com oscilação de concentrações como um conjunto único com o tratamento dos dados pelo Método de Kruskal-Wallace (TAB. 2). TABELA 2 - Avaliação dos escores entre as Campanhas (1ª , 2ª e 3ª ) referente aos íons

maiores.

Variável

Teste de Kruskal-Wallis

1ª Campanha 2ª Campanha 3ª Campanha P-valor

Fluoreto 0.06 0.05 0.05 0.978

Cloreto 0.23 1.820 0.19 0.000**

Nitrato 0.58 1.120 0.19 0.004**

Brometo 0.05 0.05 0.05 1.000

Nitrito 0.05 0.05 0.05 0.794

Sulfito 0.10 0.10 0.10 1.000

Orto-Fosfato 0.10 0.10 0.10 0.865

Sulfato 0.10 0.10 0.06 0.016* Nota: – As probabilidades de significância (p-valor) referem-se ao teste de kruskal-Wallis – Os valores de p-valor em negrito indicam diferenças significativas. – os resultados significativos foram identificados com asteriscos, de acordo com o nível de significância, a saber: p-valor < 0.01** (nível de confiança de 99,0%) e p-valor < 0.05 * (nível de confiança de 95,0%). Fonte: Dados da pesquisa.

Comparando-se as três campanhas quanto aos íons maiores, foram verificadas diferenças significativas em relação às campanhas para os seguintes íons maiores:

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Cloreto, Nitrato e Sulfato, pois a estatística apresentou um valor-p inferior a 0.05. Neste caso, há evidência suficiente para afirmar que a concentração desses íons maiores (mg/l) na 2ª campanha é superior que as demais campanhas. Este resultado pode ser visto na TAB. 2. Essa diferença tem como significado o fato das águas percolantes percolarem em ambientes com química dos íons maiores distintas, o que se devia espera pelo tamanho da área total, mas também esse caso as diferenças não são tão relevantes que impeçam a idéia de partilha e mesmo que fossem relevantes e os íons em traço ocorrerem com índices baixos de discriminação indicariam, neste caso, ainda se considerar a partilha como um fato.

ANÁLISE ESPACIAL INTEGRADA DOS ÍONS MAIORES Com a técnica geoestatística Scan (TAB. 3) para variável contínua (HUANG et al.,

2009) procurou-se por conglomerados de elementos com alta concentração média de íons maiores durante o período analisado.

A função de verossimilhança é calculada com base na comparação entre o

conglomerado identificado e o universo de elementos restantes. A busca por conglomerados é realizada a partir de janelas circulares de raio variável com centróide em cada um dos elementos. Nesse caso, cada elemento corresponde a uma área de amostragem.

TABELA 3– Estatística Espacial Scan para Variável Contínua nos íons maiores.

Variável

Teste Scan para Variável Contínua

Área Média Interna Média Externa P-Valor

Fluoreto 7 0.140 0.072 0.224

Cloreto 7 2.760 0.910 0.345

Nitrato 5, 6 2.260 0.840 0.103

Brometo 1, 2 0.050 0.050 1.00

Nitrito 7 0.390 0.100 0.898

Sulfito 1, 2 0.100 0.100 1.000

Orto-Fosfato 7 0.120 0.100 0.517

Sulfato 7 1.430 0.190 0.004**

O teste Scan demonstrou que na área 7 há uma significativa singularidade da concentração média do íon maior Sulfato, em comparação às demais áreas de amostragem. Além disso, a área 7 também apresenta uma singularidade das concentrações médias dos íons maiores de Fluoreto, Cloreto, Nitrito e Orto-Fosfato, mas não é considerado relevante em relação as demais áreas de amostragem.

As considerações acima repetidas como integradoras dão força à idéia de partilha com base nas assinaturas químicas das áreas de fontes e da exsudação geral em todas as vertentes das quatro bacias.

Os desenvolvimentos em CommonKADS facilitam de modo amplo adentra-se nas grandes questões lógicas para sistemas inteligentes de auxílio à decisão. Neste sentido o foco esteve todo o tempo nas questões de continuidade x descontinuidade floral como tema crítico e também no entendimento das variáveis abióticas, bióticas,

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antrópicas e de mitigação que devem ser consideradas em quaisquer esforços de mitigação sub-regional a regional, considerando que nesses casos a mitigação se dá no mundo real pelo conjunto de eventos de mitigação em escala estritamente local. As FIG. 3 e 4 deste capítulo são exemplos desse esforço.

O modelo OSM apresenta de modo claro o que deve minimante ser o Comitê de

qualquer bacia para o desenvolvimento de uma gestão séria. Neste sentido este estudo é seminal, por apresentar um novo modelo para Comitês de bacias e considera-se apresentá-lo à comunidade como um todo para ser encaminhado a Assembléia Legislativa do Estado de MG e talvez a Assembléias de outros Estados da União e também ao Congresso Nacional.

O Modelo OSM para os Comitês está bem representado na figura escolhida

como integradora, FIG 5.

FIGURA 5 – Modelo integrado da estrutura desejável de gestão de um Comitê de bacia

hidrográfica.

Conclui-se por fim que a condição de recarga partilhada implica, necessariamente, que Comitês de bacias hidrográficas vizinhas, e que não estejam necessariamente uma a montante das outras, devam trabalhar em conjunto para os procedimentos de gestão. Isto pode tornar bacias que sejam consideradas unicamente estaduais em bacias federais. Eis um conceito novo, portanto !

CQD

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ANEXO 1

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1

DESCRIÇÃO DAAS FONTES AMOSTRADAS

1 ª Campanha – Junho de 2007 Coleta 1: Propriedade na MG 354 (Bacia do Rio Alto Paranaíba). Descrição: Coleta realizada a alguns metros abaixo do olho d'água/nascente em função do grande adensamento da vegetação. Presença de mata fechada também no entorno do curso d'água. Existência de agricultura à Montante. Coordenadas UTM: X: 0329745 Y: 7983931 Altitude: 928 m

08/06/2007 12:20 hs

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2

Coleta 2: Propriedade rural na MG 354 (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada a alguns metros abaixo da região de nascentes em função da mesma se configurar como uma área pantanosa e de brejo, apresentando assim um caráter difuso e de espraiamento da água. Amostras coletadas em um açude à jusante da nascente. Presença de veredas na região. Segundo depoimentos, a água possui gosto de ferrugem. Coordenadas UTM: X: 0333280 Y: 7984835 Altitude: 965 m

08/06/2007 14:37 hs

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3

Coleta 3: Propriedade Rural na MG 410. (Sr. Alberto) (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Área da nascente sob proteção cuidadosa. Presença de buritis bem altos na região. Segundo os proprietários, a ocorrência do desmatamento, na região à montante, para carvoejamento diminuiu bastante o volume de água da nascente. Coordenadas UTM: X: 0341678 Y: 7983294 Altitude: 912 m

09/06/2007 11:45 hs

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4

Coleta 4: Propriedade Rural localizada à esquerda na BR-354 em direção ao município de Lagamar. (Sr. Osvaldino - Bacia do Rio Alto Paranaíba)

Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Fonte arborizada e isolada. Água turva com muita matéria orgânica. Cor da água associada à argila (de aspecto amarelado). Água em alguns locais estagnada e possível presença de óleo. Região da propriedade com solos litólicos, com gramíneas, sulcos profundos e erosão comum. Escoamento superficial com vegetação arbórea. Coordenadas UTM: X: 0317177 Y: 7984886 Altitude: 833 m

09/06/2007 15:00 hs

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5

Coleta 5: Propriedade rural (direção ao Rio Verde – Bacia do Rio São Marcos) Descrição: Coleta realizada em divisor bem aplainado (plateaux). Solo variando entre latossolo e glei. Canais escavados ao longo de isoipsas com água aflorante na sucessão dos mesmos. Água de penetração rasa com acúmulo em represamento de "barraginha" e em um represamento maior. Possível cabeceira do Rio Verde. Propriedade com canais de irrigação em curvas de nível. Solo aparentemente hidromórfico Coordenadas UTM: X: 0268141 Y: 8047085 Altitude: 982 m

11/06/2007 14:30 hs

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6

Coleta 6: Propriedade rural (direção ao Rio Escuro – Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Propriedade retira água diretamente da nascente. Presença de buritis. Região possui uma preservação razoável. Coordenadas UTM: X: 0269880 Y: 8039523 Altitude: 974 m

11/06/2007 16:00 hs

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7

Coleta 7: Propriedade rural (Bacia do Rio São Marcos) Descrição: Nascente difusa, ou seja, a água nasce em vários pontos da região de maneira espraiada à montante da vereda. Presença de muitos canais superficiais entre a densa vegetação arbustiva ao rez do chão. Coordenadas UTM: X: 0282695 Y: 8116225 Altitude: 916 m

12/06/2007 11:40 hs

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8

Coleta 8: Estrada vicinal. Após a fazenda Mundo Novo em direção a Entre Ribeiros (Bacia do Rio Paracatu)

Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Exsudação em floresta de galeria ao longo de rocha para-metamórfica à jusante de uma reserva de Cerrado. Boa preservação do entorno. Coordenadas UTM: X: 0269880 Y: 8039523 Altitude: 974 m

12/06/2007 15:00 hs

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9

Coleta 9: Propriedade rural. Fazenda do Sr. Altamiro. (Bacia do Rio Alto do Paranaíba)

Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Boa vazão o ano todo. Tal nascente abastece todo o vilarejo. Todavia a mesma se encontra exposta ao relento, sem proteção e com o acesso do gado. Coordenadas UTM: X: 0279307 Y: 7987343 Altitude: 969 m

13/06/2007 11:45 hs

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10

Coleta 10: Propriedade rural. Fazenda do Sr. Antônio. (Bacia do Rio Alto do Paranaíba)

Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente (induzido pelo proprietário que escavou um pequeno poço à montante da nascente). Boa vazão o ano todo. Presença de um açude barrado para a retenção de água. Boa preservação em função do acesso limitado aos proprietários. Coordenadas UTM: X: 0278581 Y: 7987904 Altitude: 969 m

13/06/2007 12:40 hs

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11

Coleta 11: Propriedade rural. Fazenda dos meninos Rogério e Erick. (Bacia do Rio Paracatu).

Descrição: Coleta realizada a poucos metros do olho d'água/nascente. Área em zona de fratura profunda com água corrente. Santuário de araras azuis e araras verdes com cabeça laranja. Boa preservação. Coordenadas UTM: X: 0283806 Y: 7995234 Altitude: 803 m

13/06/2007 15:45 hs

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12

Coleta 12: Propriedade rural (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Nascente com característica um pouco difusa, pois ocorre o encharcarmento generalizado do solo . Área de mata bem preservada. Coordenadas UTM: X: 0217729 Y: 8252494 Altitude: 991 m

15/06/2007 12:15 hs

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13

Coleta 13: Propriedade rural (Bacia do Rio São Bartolomeu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Área de mata com boa preservação. Presença de afloramento ferroso na região. Nascente canalizada. Coordenadas UTM: X: 0215683 Y: 8252828 Altitude: 998 m

15/06/2007 14:00 hs

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14

Coleta 14: Propriedade rural (Bacia do Rio São Bartolomeu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Presença de gado compactando o solo na região da nascente. Parte da área está passando por um processo de revitalização com replantio. Área cercada. Coordenadas UTM: X: 0218580 Y: 8259311 Altitude: 1093 m

15/06/2007 15:10 hs

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15

Coleta 15: Propriedade rural (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Área de mata com boa preservação (proprietário exerce os devidos cuidados). Olho d'água com excelente vazão o ano todo. Coordenadas UTM: X: 0218801 Y: 8247292 Altitude: 981 m

16/06/2007 12:00 hs

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16

Coleta 16: Propriedade rural. Casa do Sr. José. (Bacia do Rio São Bartolomeu) Descrição: Nascente com característica um pouco difusa, pois ocorre o encharcarmento generalizado do solo. Área de mata com excelente preservação. Olho d'água com ótima vazão o ano todo. Depoimentos dos proprietários ilustra a situação de abandono do pequeno produtor no país. Coordenadas UTM: X: 0219504 Y: 8241232 Altitude: 1040 m

16/06/2007 14:10 hs

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Coleta 17: Propriedade rural. (Bacia do Rio São Bartolomeu) Descrição: Nascente com característica um pouco difusa, área de brejo com a ocorrência de encharcarmento generalizado do solo. Há também o afloramento de ferro. Presença de agricultura no entorno da região. Local preservado. Coordenadas UTM: X: 0222638 Y: 8232564 Altitude: 1009 m

18/06/2007 11:50 hs

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18

Coleta 18: Propriedade rural (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Região ocupada pelo gado. Pouco preservada e sem a vegetação no entorno. Olho d'água com boa vazão. Coordenadas UTM: X: 0223477 Y: 8232911 Altitude: 1008 m

18/06/2007 13:05 hs

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Coleta 19: Propriedade rural. Beira de uma estrada vicinal (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada praticamente no olho d'água/nascente. Área com mata preservada. Á água aflora por baixo da estrada e passa por uma tubulação de concreto. A montante, presença de agricultura, barraginhas e de reflorestamento incipiente. Coordenadas UTM: X: 0236828 Y: 8208762 Altitude: 964 m

18/06/2007 14:45 hs

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Coleta 20: Propriedade rural. (Bacia do Rio São Marcos) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Área de mata preservada. Boa vazão. Ao lado, existência de plantações de milho e sorgo. Rica presença da avifauna. Coordenadas UTM: X: 0237827 Y: 8207134 Altitude: 953 m

18/06/2007 15:50 hs

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Coleta 21: Propriedade rural – Centro de Recuperação Desafio Jovem. (Bacia do Rio São Bartolomeu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Área de mata com excelente preservação. Espécies com porte bastante elevado, inclusive algumas espécies raras. Excelente vazão. Uma das nascentes é utilizada para o consumo interno. Coordenadas UTM: X: 0231886 Y: 8267701 Altitude: 1075 m

19/06/2007 15:45 hs

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22

Tentativa de Coleta 22: Propriedade rural. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Nascente seca. A Presença de pastagem possivelmente compactou o solo e alterou o local da nascente. Ocorrência de lixo na região. Coordenadas UTM: X: 0233520 Y: 8269780 Altitude: 1128 m

19/06/2007 17:45 hs

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2 ª Campanha – Setembro de 2007 Coleta 1: Propriedade rural do Sr. Agnaldo Lelis. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Área de mata fechada protegida e bem preservada. Boa vazão. Proprietário realiza os devidos cuidados ambientais na sua extensa propriedade. Coordenadas UTM: X: 0225049 Y: 8244743 Altitude: 973 m

16/09/2007 16:40 hs

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Coleta 2: Propriedade próxima à sudoeste da estrada DF 130. (Bacia do Rio São Bartolomeu)

Descrição: Nascente com característica um pouco difusa, área de brejo com a ocorrência de encharcarmento generalizado do solo. Região não apresenta uma proteção adequada.

Coordenadas UTM: X: 0219478 Y: 8222502 Altitude: 1019 m

17/09/2007 12:25 hs Nas proximidades foi possível observar a realização de queimadas, inclusive sobre área de veredas. Coordenadas X: 0218965 - Y: 8221031 - Altitude: 1020 m.

17/09/2007 12:25 hs

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Coleta 3: Propriedade rural na BR-251. (Bacia do Rio São Marcos) Descrição: Nascente com característica um pouco difusa, área de brejo com a ocorrência de encharcarmento generalizado do solo. Região não apresenta uma proteção adequada. Nas proximidades foi possível observar a realização de queimadas, inclusive sobre área de veredas. Coordenadas UTM: X: 0219478 Y: 8222502 Altitude: 1019 m

17/09/2007 15:00 hs

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Coleta 4: Propriedade rural. Sr. Stanislau. Estrada vicinal à leste da DF-130. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente em um dos olhos d'água/nascente. Água clara vertendo diretamente do solo. Grau de preservação razoável da região do entorno. Coordenadas UTM: X: 0220745 Y: 8251171 Altitude: 943 m

18/09/2007 11:20 hs

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Coleta 5: Propriedade rural. Estrada vicinal à leste da DF-130. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada próxima ao olho d'água/nascente. Grau de preservação razoável da região do entorno. Coordenadas UTM: X: 0221456 Y: 8256000 Altitude: 975 m

18/09/2007 13:55 hs

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Coleta 6: Empresa de grãos e de ovos (galinha). Estrada vicinal à leste da DF-130. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada a alguns metros do olho d'água/nascente em função do seu difícil acesso. Grau de preservação razoável da região do entorno. Água apresentava uma cor azulada. Coordenadas UTM: X: 0225973 Y: 8255589 Altitude: 944 m

18/09/2007 16:15 hs

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Coleta 7: Estrada à oeste da MG188 logo após a entrada do município de Guarda-Mor. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Localizada em uma encosta alta. Mais de um canal de fluência. Água corrente. Vegetação relativamente densa. Presença de buritis à jusante. Área próxima a uma voçoroca revegetada e praticamente estabilizada. Grau de proteção baixo. Presença de agricultura acima. Coordenadas UTM: X: 0271125 Y: 8025078 Altitude: 959 m

20/09/2007 12:30 hs

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Coleta 8: Propriedade localizada em estrada à oeste da MG-188 logo após a entrada do município de Guarda-Mor. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Localizada em uma encosta íngreme. Um único canal de fluência. Água corrente em abundância e límpida. Vegetação densa e de mata fechada. Presença de barragem/represa à jusante. Grau de proteção alto. Presença de agricultura de sequeiro acima. Coordenadas UTM: X: 0269137 Y: 8026433 Altitude: 980 m

20/09/2007 14:25 hs

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Coleta 9: Fazenda Limoeiro e Pilões. Propriedade localizada em estrada à oeste da MG188 logo após a entrada do município de Guarda-Mor. Área 4. Empresa de grãos. (Bacia do Rio São Marcos) Descrição: Coleta realizada a alguns metros do olho d'água/nascente em função do seu difícil acesso. Mata pequena, mas densa dificultou o acesso ao local estrito da nascente. Dessa forma a mesma foi coletada próximo à represa um pouco abaixo da mesma. Grau de preservação pouco elevado. Segundo um dos funcionários existem 34 nascentes mapeadas nesta propriedade. Coordenadas UTM: X: 0267797 Y: 8023871 Altitude: 997 m

20/09/2007 16:10 hs

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Coleta 10: Propriedade rural localizada em uma estrada vicinal à leste da estrada que leva em direção à Fazenda Mundo Novo (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Baixo grau de proteção, uma vez que o gado possui fácil acesso à mesma. Região com vários canais de escoamento. Água límpida. Coordenadas UTM: X: 0285260 Y: 8113306 Altitude: 904 m

22/09/2007 12:25 hs

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Coleta 11: Propriedade rural localizada à esquerda da estrada que leva em direção à Fazenda Mundo Novo. (Bacia do Rio São Marcos)

Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Relativamente protegida. Vegetação adensada. Água límpida.

Coordenadas UTM: X: 0285260 Y: 8113306 Altitude: 904 m

22/09/2007 13:55 hs Todavia em um ponto mais adiante foi presenciado um grande desmatamento para a produção de carvão com espécies do Cerrado. Área continha vários fornos de carvoejamento. Coordenadas X: 0287082 - Y: 8122741 - Altitude: 952 m.

22/09/2007 14:15 hs

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Coleta 12: Propriedade rural localizada em uma estrada vicinal à leste da estrada que leva em direção à Fazenda Mundo Novo. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Relativamente preservada e com mata densa. Local um pouco íngreme. Água límpida e com boa vazão. Área acima da nascente desmatada. Coordenadas UTM: X: 0285260 Y: 8113306 Altitude: 904 m

22/09/2007 14:55 hs

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Coleta 13: Propriedade rural localizada à esquerda na BR-354 em direção ao município de Lagamar. (Fazenda do Sr. Moisés - Bacia do Rio Alto Paranaíba) Descrição: Nascente coletada abaixo de um açude. Coletada realizada em um poço. Segundo depoimento do proprietário Moisés, a região vem apresentando alta mortandade de peixes. Coordenadas UTM: X: 0315399 Y: 7985817 Altitude: 792 m

24/09/2007 13:10 hs

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Coleta 14: Propriedade rural localizada à esquerda na BR-354 em direção ao município de Lagamar. (Fazenda do Sr. Moisés - Bacia do Rio Alto Paranaíba) Descrição: Coleta realizada a alguns metros do olho d'água/nascente, próximo ao ponto anterior. Água com pouca vazão. Relativamente protegida. Vegetação relativamente densa. Coordenadas UTM: X: 0315399 Y: 7985817 Altitude: 792 m

24/09/2007 13:35 hs

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Coleta 15: Propriedade rural localizada em estrada vicinal à esquerda da BR-354 em direção ao município de Vazante, logo após o município de Lagamar. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente em um dos olhos d'água/nascente. Nascente coletada em rocha para-metamórfica. Água clara. Zona dobrada. Pouca conservação com presença de pastagem na região. Coordenadas UTM: X: 0306836 Y: 7988007 Altitude: 781 m

24/09/2007 16:30 hs

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Coleta 16: Propriedade rural localizada em estrada vicinal à esquerda da MG, onde está localizada a fazenda, em direção ao município de Patos de Minas. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada a alguns metros do olho d'água/nascente em função da dificuldade de acesso, por se tratar de uma região muito íngreme e com mata muito densa. Dessa forma, a mesma foi coletada próximo à represa um pouco abaixo. Grau de preservação elevado da região. Coordenadas UTM: X: 0339550 Y: 7977176 Altitude: 893 m

25/09/2007 13:50 hs

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Coleta 17: Propriedade rural localizada em estrada vicinal à esquerda da BR-354, em direção ao município de Patos de Minas. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coletada realizada praticamente no olho d'água/nascente. Região relativamente preservada em área rebaixada (água escavou e produziu uma espécie de mini anfiteatro) com várias saídas de água convergindo para um único canal. Água límpida e com boa fluidez. Presença de fiação da Cemig. Coordenadas UTM: X: 0340890 Y: 7972027 Altitude: 877 m

25/09/2007 15:30 hs

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Coleta 18: Propriedade rural localizada em estrada vicinal à esquerda da BR-354, em direção ao município de Patos de Minas. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coletada realizada a alguns metros do olho d'água/nascente (Foi coletada próximo à represa um pouco abaixo do ponto anterior, em função da nascente estar em difícil acesso com mata densa). Região com boa preservação. Água límpida e com boa fluidez. Coordenadas UTM: X: 0340962 Y: 7972335 Altitude: 875 m

25/09/2007 15:55 hs

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Coleta 19: Propriedade rural localizada em estrada vicinal à direita da MG-188, em direção aos municípios de Guarda-Mor/Paracatu. (Bacia do Rio Alto do Paranaíba) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Área da nascente com preservação razoável, mas no entorno foi presenciada a presença de moto-serra e várias árvores ao chão. Coordenadas UTM: X: 0281623 Y: 7984219 Altitude: 858 m

26/09/2007 15:10 hs

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3 ª Campanha – Julho e Agosto de 2008 Coleta 1: Propriedade rural Sr. Edmar Ludovic. (Bacia do Rio São Bartolomeu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Área da nascente com boa preservação. Boa vazão. Fonte de percurso raso, talvez proveniente de vereda. Dados medidos em um copo. Coordenadas UTM: X: 0205258 Y: 8235773 Altitude: 988 m

24/07/2008 13:40 hs

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Coleta 2: Propriedade rural Sr. Diógenes Bezerra Jr. (Bacia do Rio São Bartolomeu) Descrição: Coleta realizada em poço tubular. Coordenadas UTM: X: 0204584 Y: 8235921 Altitude: 1018 m

24/07/2008 14:30 hs

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Coleta 3: Propriedade – DER-DF. 4º distrito rodoviário Região PAD-DF (Bacia do Rio Paracatu). Descrição: Coleta realizada em poço tubular. Outras considerações: Segundo o Sr. José Carlos de Paula Santos funcionário do PAD-DF, o ipê amarelo se desenvolve bem,o ipê roxo floresce e o ipê rosa não dá um bom retorno nessa área e no DF. Coordenadas UTM: X: 0220860 Y: 8240607 Altitude: 1043 m

24/07/2008 15:50 hs

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Coleta 4: Propriedade rural na BR-251. (Bacia do Rio São Marcos) Descrição: (Ponto revisitado – Alumínio). Nascente com característica um pouco difusa, área de brejo com a ocorrência de encharcarmento generalizado do solo. Região não apresenta uma proteção adequada. Coordenadas UTM: X: 0226867 Y: 8228771 Altitude: 1027 m

24/07/2008 17:00 hs

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Coleta 5: Empresa Agrícola Wehrmann. Produção de grãos e de hortaliças. (Bacia do Rio São Marcos) Descrição: Coleta realizada em poço tubular. Coordenadas UTM: X: 0230002 Y: 8220148 Altitude: 1026 m

25/07/2008 14:10 hs

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Coleta 6: Propriedade rural – Fazenda Rio Preto. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada em poço tubular. Coordenadas UTM: X: 0239991 Y: 8210410 Altitude: 926 m

25/07/2008 15:20 hs

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Coleta 7: Propriedade rural Núcleo Rural Jardim 2 Lote 58. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coletada realizada a alguns metros do olho d'água/nascente. Água corrente canalizada logo após a fonte tudo em ambiente natural.a amostra está com algas verdes. Área com relativa preservação. Coordenadas UTM: X: 0242594 Y: 8228233 Altitude: 890 m

25/07/2008 17:00 hs

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Coleta 8: Propriedade rural. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada em poço de 6 metros de profundidade. Foto ilustra o açude logo abaixo da nascente e do poço. Coordenadas UTM: X: 0229858 Y: 8262883 Altitude: 1127 m

26/07/2008 13:10 hs

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Coleta 9: Propriedade rural. (Bacia do Rio XX) Descrição: Água coletada de fonte canalizada em tubo de PVC para caixa d’água e tirada daí. Área da fonte com preservação deficiente. Criação de suínos na propriedade. Coordenadas UTM: X: 0230911 Y: 8269649 Altitude: 1081 m

26/07/2008 14:15 hs

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Coleta 10: Propriedade no Condomínio Euler Paranhos. (Bacia do Rio São Bartolomeu) Descrição: Coleta realizada em poço tubular. (Primeiros jatos continham muita argila. Relatos de água com gosto de Ferro). Coordenadas UTM: X: 0207578 Y: 8256318 Altitude: 1042 m

26/07/2008 16:00 hs

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Coleta 11: Propriedade rural localizada em estrada vicinal à esquerda da BR-354, em direção ao município de Patos de Minas. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: (Ponto revisitado – Alumínio). Coletada realizada praticamente no olho d'água/nascente. Região relativamente preservada em área rebaixada (água escavou e produziu uma espécie de mini anfiteatro) com várias saídas de água convergindo para um único canal. Área de erosão remontante (voçorocas em estágio de recuperação / revegetadas). Água límpida e com boa fluidez. Coordenadas UTM: X: 0340883 Y: 7972026 Altitude: 868 m

28/07/2008 17:10 hs

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Coleta 12: Propriedade Rural localizada à esquerda na BR-354 em direção ao município de

Lagamar. (Sr. Osvaldino - Bacia do Rio Alto Paranaíba)

Descrição: (Ponto revisitado – Sulfato) Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Fonte arborizada e isolada. Água turva com muita matéria orgânica. Cor da água associada à argila (de aspecto amarelado). Água em alguns locais estagnada e possível presença de óleo. Região da propriedade com solos litólicos, com gramíneas, sulcos profundos e erosão comum. Escoamento superficial com vegetação arbórea. Coordenadas UTM: X: 0317207 Y: 7984957 Altitude: 830 m

29/07/2008 13:40 hs

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Coleta 13: Propriedade rural localizada à esquerda na BR-354 em direção ao município de Lagamar. (Fazenda do Sr. Moisés - Bacia do Rio Alto Paranaíba) Descrição: (Ponto revisitado – Cálcio, Cloreto, Ferro, Nitrito e Sulfato). Nascente coletada abaixo de um açude. Coletada realizada em um poço. Coordenadas UTM: X: 0315412 Y: 7985865 Altitude: 791 m

29/07/2008 14:25 hs

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Coleta 14: Propriedade rural localizada à direita na BR-354 próximo (em direção) ao município de Lagamar. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada em poço. Água subterrânea um pouco turva com alguns resíduos. Foto ilustra açude próximo ao poço. Coordenadas UTM: X: 0310771 Y: 7989587 Altitude: 863 m

29/07/2008 15:25 hs

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Coleta 15: Propriedade rural localizada à esquerda na BR-354 em direção ao município de Vazante. Bacia do Rio Paracatu Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Fonte de área íngreme encaixada localmente. Há uma antiga construção para proteger a fonte. Coordenadas UTM: X: 0308113 Y: 7992879 Altitude: 875 m

29/07/2008 16:20 hs

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Coleta 16: Propriedade rural localizada à esquerda da MG-188 no sentido Paracatu. (Bacia do Rio Alto Paranaíba) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d’água/nascente. Área com preservação relativa. Campo agrícola com ar de abandono na região do entorno. Presença de um lago represado à jusante da nascente. Coordenadas UTM: X: 0277606 Y: 7994354 Altitude: 947 m

30/07/2008 17:00 hs

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Coleta 17: Propriedade rural localizada à esquerda da MG-188 no sentido Paracatu. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Água coletada de fonte canalizada em tubo de PVC. Foto ilustra região do entorno da nascente. Coordenadas UTM: X: 0280540 Y: 7994526 Altitude: 838 m

30/07/2008 17:25 hs

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Coleta 18: localizada à direita da MG-188 no sentido Paracatu. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d’água/nascente. Área com preservação relativa (boa preservação somente no entorno da nascente). Água límpida e com boa vazão. Coordenadas UTM: X: 0281017 Y: 7994459 Altitude: 797 m

30/07/2008 17:45 hs

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Coleta 19: Propriedade rural localizada em uma estrada vicinal à leste da estrada que leva em direção à Fazenda Mundo Novo (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: (Ponto revisitado – Nitrito e Sulfato). Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Baixo grau de proteção, uma vez que o gado possui fácil acesso à mesma. Região com vários canais de escoamento. Água límpida. Coordenadas UTM: X: 0285244 Y: 8113282 Altitude: 888 m

01/08/2008 15:00 hs

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Coleta 20: Propriedade rural localizada em uma estrada vicinal à leste da estrada que leva em direção à Fazenda Mundo Novo (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Fonte em vale encaixado profundo no córrego próximo a saída da água; Boa preservação da região do entorno com densa floresta, exceto que foi verificado que algumas árvores foram cortadas ilegalmente.

Coordenadas UTM: X: 0285090 Y: 8113748 Altitude: 916 m

01/08/2008 16:00 hs

Corte ilegal de árvores. Coordenadas X: 0285087 - Y: 8113507 - Altitude: 954 m.

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Coleta 21: Propriedade rural (Bacia do Rio São Marcos) Descrição: (Ponto revisitado – Alumínio) Nascente difusa, ou seja, a água nasce em vários pontos da região de maneira espraiada à montante da vereda. Presença de muitos canais superficiais entre a densa vegetação arbustiva ao rez do chão. Coordenadas UTM: X: 0282734 Y: 8116256 Altitude: 940 m

01/08/2008 16:50 hs

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Coleta 22: Propriedade rural localizada à esquerda da estrada que leva em direção à Fazenda Mundo Novo. (Bacia do Rio São Marcos)

Descrição: (Ponto revisitado – Chumbo e Ferro). Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Relativamente protegida. Vegetação adensada. Coordenadas UTM: X: 0284357 Y: 812049 Altitude: 935 m

01/08/2008 17:50 hs

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Coleta 23: Propriedade rural localizada à esquerda da MG-188 no sentido Guarda-Mor. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada em poço tubular. (Poço da Copasa, água encanada em PVC). Coordenadas UTM: X: 0283341 Y: 8048733 Altitude: 636 m

02/08/2008 12:00 hs

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Coleta 24: Propriedade rural localizada à esquerda da MG-188 no sentido Guarda-Mor. (Bacia do Rio Paracatu) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Água da nascente espraiada com gramíneas antes dos buritis. Área com baixa preservação. Coordenadas UTM: X: 0283815 Y: 8048516 Altitude: 634 m

02/08/2008 12:30 hs

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Coleta 25: Propriedade rural. Estrada vicinal próxima à divisa entre os estados de MG e GO (Bacia do Rio São Marcos) Descrição: Coleta realizada exatamente no olho d'água/nascente. Água da nascente espraiada com gramíneas antes dos buritis. Área com relativa preservação. Coordenadas UTM: X: 0264988 Y: 8045701 Altitude: 934 m

02/08/2008 14:10 hs