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CRESESB - Centro de Referência para Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito ANO IX Nº 9 Novembro - 2004 Conferência de Bonn e PROINFA Surgem novas perspectivas para Energias Renováveis +4-5-5* Informe Informe A PETROBRÁS está operando com sucesso o Projeto Piloto de Geração de Energia Eólica, no município de Macau, RN. Essa instalação é constituída por três turbinas eólicas, com potências unitárias de 600 kW, diâmetros do rotor de 44 metros, instaladas em torres com 46 metros de altura. A potência total de 1,8 MW gerada por esse parque eólico é transmitida através da rede elétrica da COSERN. Páginas 6 e 7 Ao longo de quase 10 anos o PRODEEM instalou o equivalente a 5MW de potên- cia, em aproximadamente 7.000 comu- nidades espalhadas por todo o Brasil, tendo acumulado experiências positivas e negativas durante a sua implementação e operacionalização. Atualmente, o Pro- grama está implantando um plano de revitalização dos sistemas instalados e da capacitação das comunidades bene- ficiadas. Página 3 A Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo encontra-se em operação há mais de seis anos e tem como objetivo estratégico garantir a soberania brasileira na Zona Econômica Exclusiva de 200 milhas ao redor deste Arquipélago. O suprimento de energia elétrica à Estação Científica é assegurado por meio de um sistema fotovoltaico que foi projetado e instalado pelo CEPEL no âmbito do Pro- deem. Páginas 12 e 13 Foto gentilmente cedida por INFORSE/Sustainable Energy News Cerimônia de Abertura da Conferência Internacional para as Energias Renováveis, realizada em junho de 2004, em Bonn, Alemanha. Páginas 4 e 5 Programa de Revitalização e Capacita- ção traz nova energia ao PRODEEM PETROBRÁS implanta seu primeio parque eólico no Rio Grande do Norte Energia solar fotovoltaica é utilizada no Arquipélago de São Pedro e São Paulo

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A PETROBRÁS está operando comsucesso o Projeto Piloto de Geração deEnergia Eólica, no município de Macau,RN. Essa instalação é constituída por trêsturbinas eólicas, com potências unitáriasde 600 kW, diâmetros do rotor de 44metros, instaladas em torres com 46metros de altura. A potência total de 1,8MW gerada por esse parque eólico étransmitida através da rede elétrica daCOSERN. Páginas 6 e 7

Ao longo de quase 10 anos o PRODEEMinstalou o equivalente a 5MW de potên-cia, em aproximadamente 7.000 comu-nidades espalhadas por todo o Brasil,tendo acumulado experiências positivase negativas durante a sua implementaçãoe operacionalização. Atualmente, o Pro-grama está implantando um plano derevitalização dos sistemas instalados eda capacitação das comunidades bene-ficiadas. Página 3

A Estação Científica do Arquipélago deSão Pedro e São Paulo encontra-se emoperação há mais de seis anos e tem comoobjetivo estratégico garantir a soberaniabrasileira na Zona Econômica Exclusivade 200 milhas ao redor deste Arquipélago.O suprimento de energia elétrica à EstaçãoCientífica é assegurado por meio de umsistema fotovoltaico que foi projetado einstalado pelo CEPEL no âmbito do Pro-deem. Páginas 12 e 13

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Cerimônia de Abertura da Conferência Internacional para as Energias Renováveis,realizada em junho de 2004, em Bonn, Alemanha. Páginas 4 e 5

Programa de Revitalização e Capacita-

ção traz nova energia ao PRODEEM

PETROBRÁS implanta seu primeio

parque eólico no Rio Grande do Norte

Energia solar fotovoltaica é utilizada no

Arquipélago de São Pedro e São Paulo

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2 C R E S E S B I N F O R M E

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João Lizardo R. H. de AraújoDiretor Geral - CEPEL

Márcio Pereira ZimmermannDiretor de Pesquisa e Desenvolvimento

Jorge Nunes de OliveiraDiretor de Gestão e Infra-Estrutura

Jorge Henrique Greco LimaChefe do Departamento de

Tecnologias Especiais

Hamilton Moss de SouzaCoordenador do CRESESB

Ricardo Marques DutraPatrícia de Castro da Silva

Engenheiros AssistentesEditoração Eletrônica

Membros do Conselhodo CRESESB

Paulo Leonelli - MMELaura Porto - MME

Claudio Júdice - MCTRicardo Perrone - ELETROBRÁS

Jorge Lima - CEPELIvonice Campos - Fórum Permanente

Antônia Sônia Diniz - CEMIGRoberto Gentil Porto Filho - COELCE

José Carlos Aziz Ary - BNBMargaret Müller - FINEPEveraldo Feitosa - UFPE

Adnei Andrade - USPRuberval Baldini - ABEERIsmael Ferreira - APAEB

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Os artigos assinados são deresponsabilidade dos autores.

� s eventos, as notícias e os pro-jetos se multiplicam. O potencial

efetivamente explorado continua pe-queno, mas a aceleração do desen-volvimento é constante. No caso daenergia eólica, o PROINFA é provaevidente desta afirmação. No caso dasolar fotovoltaica, o Programa de Re-vitalização e Capacitação do PRO-DEEM é uma pausa para reflexãoque, em breve, no âmbito do LUZPARA TODOS, permitirá uma reto-mada em bases sólidas dos conheci-mentos adquiridos. O solar térmicomantém sua contínua penetração nomercado.

Maturidade parece ser a palavrachave da atual fase das energias re-nováveis. Uma maturidade com forçade juventude, com sabor de renovadanovidade. A fase do pioneirismo ro-mântico foi inspiradora mas já cedelugar para um volume de empreendi-mentos que aponta para novas ne-cessidades e estratégias. Neste sen-tido os eventos realizados discutiramexaustivamente estas necessidades.O mercado fotovoltaico à busca deincentivos. Os próximos passos paraviabilizar o PROINFA II. Maior partici-pação da indústria nacional. Formaçãode recursos humanos. A comunidade

científica e as empresas mobilizam-se para fazer valer seus pontos devista. Os diversos órgãos governa-mentais avaliam e, dentro das pos-sibilidades, exercem seu papel. Opreço do petróleo, em patamares queaceleram a necessidade da busca dealternativas, reforça os argumentosdos que lutam para que as energiasrenováveis assumam mais rapida-mente o seu devido papel. Se é quenovos argumentos são necessáriospara concretização de um desenvol-vimento limpo e sustentável. Vivemos,portanto, um tempo pleno de oportu-nidades e desafios.

Mais uma vez o Informe Cresesbprocura relatar um pouco do queacontece no universo das energiassolar e eólica. Mais uma vez o espaçodisponível nos faz retratar menos doque a realidade destas energias temdemonstrado em nosso país. Inicia-tivas importantes estão aqui regis-tradas. São exemplos que se multipli-cam com maior ou menor visibilidade.Ao revisitarmos os Informes anterio-res, entretanto, percebemos que, senão fomos completos, temos tido aoportunidade de divulgar iniciativasinspiradoras que vão pouco a poucocompondo um quadro de consolida-

ção de uma nova realidade energéticaem nosso país. Por falar em revisitar,o Cresesb está às vésperas de com-pletar 10 anos. Este número redon-do, em conjunto com os 30 anos doCEPEL, comemorados de forma me-morável em outubro deste ano, ofe-rece uma boa oportunidade para pre-pararmos eventos que reflitam sobrea experiência adquirida e lancem asbases para novos caminhos.

Nesta abertura da nova edição doInforme Cresesb o importante é que,mais uma vez, podemos ser otimistassem risco de parecermos distantes darealidade. É bom saber que, sem alar-de, o sol continua a brilhar. Com aregularidade de sempre.

Uma boa leitura!

Hamilton Moss de SouzaRicardo Marques DutraPatrícia de Castro da Silva

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§ 3C R E S E S B I N F O R M E

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Paulo Augusto LeonelliDiretor do [email protected]

Ricardo de CerqueiraCoordenador de Capacitação

[email protected]

� PRODEEM vive agora um novomomento... O momento da imple-

mentação do plano de revitalização dossistemas instalados e da capacitaçãodas comunidades beneficiadas.

Vale lembrar que o Programa deDesenvolvimento Energético de Es-tados e Municípios (PRODEEM) foicriado em dezembro de 1994, atravésde decreto presidencial, com o obje-tivo de viabilizar a provisão de serviçosenergéticos para populações não aten-didas pela rede elétrica convencional,utilizando fontes deenergia descentrali-zadas e sustentáveis.

Ao longo dessesquase 10 anos, o Pro-deem instalou o equi-valente a 5 MW depotência, em aproxi-madamente 7.000 co-munidades espalha-das por todo o Brasil,tendo enfrentado sé-rios problemas duran-te a sua implemen-tação e operacionali-zação.

Em decorrênciadesses problemas ereconhecendo a im-portância do PRO-DEEM para o desen-volvimento econômi-co e social das comunidades que nãodispõem de energia elétrica, o Tribunalde Contas da União (TCU) elaborouno ano de 2002, um relatório de au-ditoria de natureza operacional, obje-tivando avaliar os resultados do Pro-grama.

As principais constatações da au-ditoria foram o descontrole patrimo-nial, a baixa integração com outrosprogramas públicos, o reduzido envol-vimento das comunidades benefi-ciadas e a baixa participação da tecno-logia e da indústria nacional. Esterelatório culminou com a aprovação doAcordão TCU no 598/03, em maio de2003, que recomendou uma reestru-turação completa do programa e de-terminou que se implantasse um con-trole patrimonial adequado.

O Ministério de Minas e Energiaacolheu as recomendações e deter-minações exaradas pelo TCU, enten-dendo-as como um roteiro de trabalhopara a reformulação do modelo de im-plementação do Programa. Teve inícioentão, o processo de concepção earticulação do Plano de Revitalizaçãoe Capacitação (PRC) e o surgimentode uma “nova identidade” para o PRO-DEEM.

A concepção do PRC foi resultadode um esforço de consulta e intera-

ção com os principais agentes envol-vidos com a eletrificação rural descen-tralizada neste país, entre os quaisencontram-se especialistas, empre-sas regionais, centros de pesquisa euniversidades, governos estaduais emunicipais, fornecedores de equipa-mentos e serviços, organizações nãogovernamentais, concessionárias e aspróprias comunidades usuárias. O pla-no está focado na busca pela susten-tabilidade do programa, dando ênfaseespecial às atividades que contem-plem a participação comunitária; apromoção da descentralização naexecução das ações e a inclusão denovos parceiros; a criação de siste-ma gerencial e de indicadores de de-sempenho; o alinhamento e compro-metimento dos agentes envolvidos e

a implementação do processo decapacitação voltado para a operação,manutenção e assistência técnica.

As orientações para o processode revitalização e capacitação en-contram-se detalhadas nas publica-ções que compõem o Diretório doPRC, que é composto pelo Plano deRevitalização e Capacitação do PRO-DEEM e por 4 guias (Guia da Revita-lização e Capacitação; Guia do Usuá-rio; Guia do Eletricista Solar e Guiada Revitalização de Sistemas de

Bombeamento).Após a implemen-

tação do PRC, com ossistemas revitaliza-dos e as comunida-des capacitadas, oPRODEEM deverá in-tegrar-se ao Luz paraTodos, programa fe-deral responsável pe-la política de universa-lização do acesso euso da energia elé-trica. Ao final destepercurso, que seráconcluído até dezem-bro de 2006, mais de200.000 alunos se-rão beneficiados peloatendimento de ener-gia elétrica nas suasescolas e mais de 400

técnicos e 14.000 agentes comunitá-rios estarão habilitados para a conser-vação e manutenção destes equipa-mentos.

É com esta nova energia que oPRODEEM buscará cumprir com amissão para o qual foi concebido, con-tribuir com a promoção do desenvolvi-mento das comunidades rurais iso-ladas, tendo na energia elétrica o vetordesse processo.

Sistema fotovoltaico de energia instalado no Acre.

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4 C R E S E S B I N F O R M E

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Hoje, o mundo depara com irrever-sível escalada de consumo e preçosde combustíveis fósseis com gravesconseqüências geopolíticas, em fun-ção da disputa pelo controle das re-servas de energia não-renováveis. OBrasil vive situação inversa: além deestar perto da auto-suficiência empetróleo, dispõe da possibilidade deexplorar, de forma sustentável, energiagerada a partir de fontes renováveis elimpas.

Os grandes conflitos mundiais, jáocorridos ou em curso, ensinaram àhumanidade que ela não pode ficardependente de fontes de energia não-renováveis. O caminho é buscar adiversificação das fontes por meio dodesenvolvimento de novas tecnolo-gias e do uso racional e eficiente daenergia.

A exemplo disso, grandes e tra-dicionais empresas de petróleo domundo, como Shell, British Petroleume Petrobrás, vêm investindo na pes-quisa e no desenvolvimento das fontesrenováveis de energia - “plantando” aoinvés de apenas extrair.

Se fosse possível imaginar a mi-gração, em curto espaço de tempo,dos combustíveis fósseis para osrenováveis, constatar-se-ia que o povobrasileiro tem, à sua disposição, gran-des riquezas energéticas. Possui asmaiores bacias fluviais do mundo, compotencial tanto para navegação quantopara transformação em força motriz eem energia elétrica; as maiores flo-restas tropicais, com áreas agricul-táveis, que, exploradas sustentavel-mente, poderão ser inesgotáveis pro-dutoras de energia; um potencialeólico promissor e regiões com ventosmédios anuais intensos. E, por ser oBrasil um país tropical coberto de soldurante quase todo o ano, a energia

urante a Conferência Internacional para as Energias Renováveis, realizada em Bonn, naAlemanha, a Ministra de Estado de Minas e Energia, Dra. Dilma Rousseff, chefe da delegação

brasileira, destacou a importância das energias renováveis no fortalecimento da segurançaenergética, na geração de emprego e renda e na promoção da inclusão social. Também inseriu,no Plano de Ação Internacional sobre Renováveis, ações atuais do Governo brasileiro que visamampliar o uso eficiente e sustentável das energias renováveis na matriz brasileira: o Programa“Luz Para Todos”, o de Combustível Verde, o do Etanol, o das Hidrelétricas e o PROINFA.

solar destaca-se como grande fonteprimária.

Essas fontes, exploradas comresponsabilidade socioambiental, po-dem transformar-se em vantagenscomparativas incalculáveis. Podem,ainda, significar a diferença entre oBrasil ser ou não nova potência, estarou não incluído entre as futuras po-tências mundiais.

O Brasil, também quanto à ques-tão de segurança energética, em mo-mentos decisivos, tem se posicionadocom ousadia e tomado decisões fun-damentais do ponto de vista estra-tégico. Na Conferência Internacionalpara as Energias Renováveis, rea-lizada em Bonn, Alemanha, em junhode 2004, a Ministra de Estado deMinas e Energia, Dilma Rousseff,chefe da delegação brasileira, de-fendeu a inclusão das hidrelétricas degrande porte na relação das fontesclassificadas como renováveis eimpediu a criação de barreiras comer-ciais para a entrada de biocombustí-veis no mercado internacional.

A Ministra destacou a importânciadas energias renováveis no fortaleci-mento da segurança energética, nageração de emprego e renda e na pro-moção da inclusão social. Tambéminseriu, no Plano de Ação Internacio-nal sobre Renováveis, ações atuais doGoverno brasileiro que visam ampliaro uso eficiente e sustentável dasenergias renováveis na matriz bra-sileira: o Programa “Luz Para Todos”,o de COMBUSTÍVEL VERDE, o doETANOL, o das HIDRELÉTRICAS e oPROINFA.

O Programa de Incentivo às Fon-tes Alternativas de Energia Elétrica -PROINFA é um passo decisivo na di-reção do objetivo de agregar a maiordiversificação energética possível.

Coerente com seu projeto de ga-rantir ao País as bases para um cres-cimento que se mantenha por longoperíodo de tempo e possua por dire-triz principal os princípios do Desen-volvimento Sustentável, o atual Gover-no comprometeu-se, desde a formu-lação de seu Programa de Governo,com a constituição de um arcabouçolegal que garantisse o incentivo aodesenvolvimento de fontes alternativasde energia. Tão logo tomou posse, anova equipe ministerial passou a revera legislação existente, objetivandocriar mecanismos que efetivamentegarantissem a implementação de umprograma de incentivo a essas fontes.

A revisão e a versão final do textolegal foram fruto de intenso processode diálogo construtivo e de grandeempenho do Executivo em negociarcom o Congresso Nacional, visandogarantir a integridade dos princípiosestruturais do Programa.

A partir da promulgação da Leino 10.762, em 11 de novembro de2003, determinando as novas basesdo PROINFA, houve novo esforço daequipe coordenadora para a elabo-ração do decreto de regulamentação,assinado pelo Presidente Lula em 30de março de 2004.

O total de 6.775,6 MW em projetoscandidatos, disputando os 3.300 MWofertados, é a representação maisclara do sucesso na formatação doPROINFA.

Marcos estáveis e claros, garan-tias nos contratos com a Eletrobrás eplano de apoio do BNDES formaramos pilares que sinalizaram aos inves-tidores segurança para investir em lon-go prazo. Desse total, 5.762,46 MWforam habilitados, sendo desqualifi-cados quase 15% dos projetos candi-datos.

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§ 5C R E S E S B I N F O R M E

Laura Cristina da Fonseca PortoDiretora de Energias Renováveis

Ministério de Minas e [email protected]

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Área de Exposição na Conferência de Bonn.

O Programa prevê a contrataçãode 1.100 MW por fonte (eólica, bio-massa e PCH). Tanto a fonte eólicaquanto a PCH tiveram os 1.110 MWpreenchidos na primeira ChamadaPública. Para a fonte biomassa, foramcontratados 327,46 MW, ficando os772,54 MW a serem contratados por

meio de uma segunda Chamada Pú-blica, realizada em 5 de outubro de2004.

Na construção desses pilares, foifundamental a perfeita integração dasequipes da ELETROBRÁS e do MMEe o apoio imprescindível do CEPEL,do ONS, do BNDES e da ANEEL.

Equipes pequenas, individualmente,mas que se agigantaram na sinergiade sua dedicação e perseverança. Ainiciativa de realizar o PROINFA, emque pesem todas as dificuldades queo Programa enfrentou e enfrentará parasua completa implantação, constitui-se em grande oportunidade para o

País explorar, de forma moderna eeficaz, o potencial de recursos ener-géticos renováveis para a geraçãode energia elétrica.

Os resultados benéficos de taliniciativa vão desde sua contribui-ção para diversificar a plataformaenergética, passando pelo desen-volvimento e/ou pela transferênciade tecnologias de produção deenergia elétrica, até sua contribui-ção para viabilizar maior e maiscompetitiva integração do País nomercado internacional de carbono,com a certificação de emissõesreduzidas.

Por fim, importa registrar que oPROINFA é um programa pleno deêxito e motivo de orgulho, poiscumpriu todos os objetivos e asdeterminações legais dentro dosprazos especificados. Um Progra-ma que o Mundo acompanha cominteresse, pois se trata de um dosmais ambiciosos planos de ge-ração de energia elétrica a partir defontes renováveis complementaresda atualidade.

Entretanto, há sempre um obje-tivo maior a ser perseguido. Nasenergias alternativas e renováveis,foram dados apenas os primeirospassos de uma longa vida de ques-tionamentos e novo aprendizado.Há que estar sempre atento e cau-teloso para garantir o cumprimentode novos desafios com a mesmaeficácia deste primeiro momento.

"O PROINFA é uma dessasdecisões históricas que

podem ser determinantes navida de um povo."

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6 C R E S E S B I N F O R M E

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� energia eólica, ou dos ventos, éuma forma de energia limpa e abun-dante, disponível em todas as regiõese países. Associada aos desloca-mentos das massas de ar na atmos-fera, provocados pelo aquecimentonão uniforme da Terra pelos raios so-lares e pelo movimento de rotação doplaneta, a energia eólica é assimintrinsecamente renovável. O apro-veitamento dessa forma de energiapode contribuir, portanto, para a con-servação dos recursos naturais e paramitigar impactos sobre o meio am-biente, tais como a mudança climá-tica global. A partir da estimativa deque 2% de toda a energia solar queincide sobre o planeta é convertida emenergia dos ventos, pode-se concluirque o potencial de energia eólica édezenas de vezes maior que a energiaacumulada pelas plantas através dafotossíntese.

O Brasil é um país com um grandepotencial eólico. Segundo o Atlas doPotencial Eólico Brasileiro, publicadoem 2001 pelo Centro de Pesquisasde Energia Elétrica (CEPEL), em con-junto com o CRESESB, esse poten-cial, concentrado nas regiões litorâ-neas e, particularmente, no Nordestedo país, aproxima-se de 140 bilhõesde Watts, ou 140 Giga-Watts. Se todoesse potencial pudesse ser efetiva-mente convertido em energia elétrica,a quantidade disponível seria cerca de11 vezes maior que a suprida pela hi-drelétrica de Itaipu. Contudo, a potên-cia elétrica total gerada atualmente noBrasil a partir da energia eólica é in-ferior a 25 MW, situação bastantediferente, por exemplo, da Alemanha,que com uma capacidade instaladade 13 GW, é o maior utilizador deenergia eólica no mundo.

Um outro aspecto relevante a res-peito da energia eólica no Brasil é suarelativa complementaridade com aenergia hidrelétrica. Os períodos emque os ventos são mais intensoscorrespondem, grosso modo, àquelesem que há menor ocorrência de chu-vas. O aproveitamento da energiaeólica poderia então contribuir para amanutenção do nível dos reservató-rios das usinas hidrelétricas em pe-

ríodos de secas, reduzindo-se assima possibilidade de ocorrência de si-tuações de risco no abastecimento deenergia elétrica, tais como a verifica-da em 2001.

A energia dos ventos é convertidaem energia elétrica através da utili-zação de equipamentos denomina-dos turbinas eólicas. A turbina eólicatransforma a energia cinética dosventos em energia mecânica de ro-tação, que é então convertida emenergia elétrica por um gerador aco-plado ao rotor da turbina. Existematualmente diversos fabricantes deturbinas eólicas no mundo, os quaisoferecem ao mercado modelos compotências unitárias na faixa de 500 kWa 3 MW.

As vantagens potenciais da utili-zação da energia eólica e a orienta-ção estratégica da PETROBRÁS nosentido de atuar como uma empresade energia levaram a Companhia aconsiderar a possibilidade de incor-porar aquela fonte ao conjunto de in-sumos energéticos explorados. Oprimeiro passo nessa direção foi iden-tificar regiões com bom potencial eó-lico, de preferência localizadas nasproximidades de áreas em que a Com-panhia já desenvolve atividades.

Torres de medição e coleta de da-dos ambientais, chamadas torres ane-mométricas, foram então instaladasem diversas regiões do Brasil. Equi-padas com sensores que medem, acada segundo, a velocidade e a dire-ção dos ventos, bem como a tempe-ratura, a umidade e a pressão atmos-férica locais, essas torres disponibi-lizarão a cada dez minutos os valoresmédios, máximos e mínimos, bem co-mo o desvio padrão desses parâme-tros. Tratadas através de softwareespecífico para o projeto de parquesde geradores eólicos, essas informa-ções permitirão, ao final de um perío-do de medição de um ano, prever aquantidade de energia elétrica quepoderia ser efetivamente gerada naregião estudada, elemento essencialpara a avaliação da viabilidade econô-mica da instalação.

Estudos dessa natureza conduzi-dos durante 2 anos levaram à insta-

lação no município de Macau, estadodo Rio Grande do Norte, do primeiroparque piloto de geração eólica daPetrobrás. O parque fica localizado naPraia de Soledade, em área da Esta-ção Coletora Macau – A, operada pelaUnidade de Negócio de Exploração eProdução do Rio Grande do Norte eCeará – UN-RNCE.

Inaugurada em janeiro de 2004,essa instalação é constituída por trêsturbinas eólicas, com potências unitá-rias de 600 kW, diâmetros do rotor de44 metros e rotação de 18 a 36 RPM,instaladas em torres com 46 metrosde altura. A potência total de 1,8 MWgerada por esse parque eólico, queseria suficiente para abastecer umacidade com 10.000 habitantes, étransmitida através da rede elétrica daCompanhia Energética do Rio Grandedo Norte – COSERN e alimenta ospoços de produção de Macau, Serra,Aratum e Salina Cristal.

Representando uma economia daordem de 33 milhões de m3/ano noconsumo de água dos reservatóriosdas hidrelétricas instaladas na regiãoNordeste, o parque eólico permitiráainda o desenvolvimento de estudose pesquisas que ampliarão o conheci-mento da PETROBRÁS na especiali-dade e orientarão os futuros passosda Companhia nessa nova área denegócio.

O empreendimento, que envolveuinvestimento da ordem de R$ 6,7 mi-lhões, foi viabilizado com recursos daConservação de Energia, Energia Re-novável e Suporte ao CONPET e tevecomo base estudos realizados peloCentro de Pesquisas e Desenvolvi-mento da Petrobrás – CENPES, exe-cutados em parceria com o Centrode Pesquisas de Energia Elétrica daELETROBRÁS (CEPEL). Implemen-tado pela área de Engenharia da Com-panhia, contou ainda com o apoio daUN-RNCE.

A empresa Wobben Windpower,que foi a vencedora do processo delicitação para o fornecimento dasturbinas eólicas instaladas no parquerecentemente inaugurado, ficou tam-bém responsável pelos serviços deinstalação bem como pelos serviços

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§ 7C R E S E S B I N F O R M E

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de operação e manutenção por umperíodo de 5 anos após a conclusãoda obra.

A instalação do parque eólico deMacau representa o primeiro passono desenvolvimento de estratégia daÁrea de Negócio de Gás e Energia in-cluída no Plano Estratégico da Petro-brás para 2015, que prevê a produçãoem 2010 de 60 MW de energia elétricaa partir de fontes eólicas. Para a con-secução dessa estratégia, estão sen-do desenvolvidos diversos outros pro-jetos na área de energia eólica, mere-cendo destaque entre eles:

Alcyr [email protected]

Eduardo [email protected]

CENPES-PDEDS-GEN

Parque Piloto de Geração de Energia Eólica instalado pela PETROBRÁS em Macau (RN).

• Medição do potencial eólico em 20outras localidades no Brasil pró-ximas à unidades da Petrobrás;

• Projeto de 2 outros parques pilotosde geração eólica, com potêncianominal de 3 MW cada um, a sereminstalados nos estados do Rio deJaneiro e Rio Grande do Sul;

• Levantamento de novas áreas deinteresse para a avaliação de po-tencial eólico;

• Avaliação técnica de turbinas eólicasde 1 kW fabricadas no Brasil parainstalação em sistemas elétricosisolados;

• Análise da viabilidade técnico-eco-nômica da participação da Petro-brás, através de parcerias, em pro-jetos selecionados pelo Programade Incentivo às Fontes Alternativasde Energia Elétrica – PROINFA, queestá sendo implantado pelo Minis-tério de Minas e Energia.

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8 C R E S E S B I N F O R M E

Fábio da Costa MedeirosOperador Nacional do Sistema

www.ons.org.br

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� o ano de 2003, a produção ener-gética no Sistema Interligado Na-

cional - SIN determinada pelo processootimizado de despacho a menor custo,conduzido pelo Operador Nacional doSistema Elétrico Nacional (ONS), tevea participação de 92% de uma únicafonte, renovável e convencional: a hi-droelétrica. No entanto, ao examinaro último plano decenal de expansãodo MME, observa-se a redução da de-pendência de uma única fonte, umavez que mais da metade da expansãoda oferta de energia será baseada emfonte não hidroelétrica, considerando-se as energias alternativas, todas re-nováveis.

Em março de 2004, o governo fede-ral lançou a primeira fase do Programade Incentivo às Fontes Alternativas deEnergia (Proinfa), amparado pela Leinº 10.438 de 26.04.2002, posterior-mente revisada pela Lei nº 10.762 de11.11.2003. O objetivo desse progra-ma é aumentar a participação das fon-tes alternativas de energia, renováveise de baixo impacto ambiental na ma-triz energética brasileira.

Como os investimentos associa-dos a estas tecnologias são, em todomundo, substancialmente maiores, ofomento à sua implementação deveser garantido pela contratação de to-da a energia produzida, sendo obser-vadas as seguintes condições: limitede 1.100 MW, por 20 anos, para cadauma das três tecnologias - biomassa,PCH e eólica; preços fixos com espe-cial condição de financiamento; exi-gência de habilitação técnica, jurídi-ca, fiscal e econômico-financeira; eseleção dos projetos observando aLicença Ambiental da Instalação (LI)mais antiga e respeitando limites deregionalização.

A primeira fase do Proinfa encon-tra-se em andamento. Foram selecio-nados cerca de 2.200 MW baseadosnas fontes PCH e eólica. Em outubrode 2004, a Eletrobrás anunciou asegunda chamada pública para com-plementar 1.100 MW em oferta para afonte biomassa.

Avaliação da integração das cen-trais às redes foi organizada em três

fases. A ‘avaliação preliminar’ – indi-vidual por projeto, com a identificaçãodo ponto de conexão e da potênciade cada empreendimento. O 'parecertécnico conclusivo’ – avaliação simul-tânea dos projetos selecionados; for-ma de conectá-los às redes e defini-ção dos conseqüentes reforços neces-sários, a partir de análises de regimepermanente das condições de rede.E, por fim, os ‘estudos complemen-tares e pré-operacionais’ – serão reali-zados após a conclusão da segundachamada, para permitir a ‘liberaçãopara operação’ até 30.12.2006, fina-lizando-se este período.

Sob o ponto de vista do Operadordo SIN, a diversidade de tecnologiasde produção é desejável, tanto paramitigar a volatilidade da oferta hidráu-lica, observada nos últimos 72 anos,como pela sua dispersão geográfica(que agrega segurança e pode pos-tergar investimentos em transporte deenergia). Neste contexto, ressaltam-se alguns aspectos menos desejá-veis, face às suas peculiaridades:(1) aleatoriedade da oferta de energia,

reduzido fator de capacidade e sa-zonalidade, associados ao seu des-pacho ser prioritário frente às fontesconvencionais, para efeito da pro-gramação energética do ONS;

(2) localização remota em relação àsredes elétricas, tamanhos muito va-riados (4 a 135 MW) e controlabilida-de incerta, se não forem seguidos pro-

cedimentos técnicos pré-estabele-cidos e uso de tecnologias avança-das, o que onera o empreendimento.

Para que estas fontes possam serintegradas sem colocar em risco aoperação e otimização do Sistema In-terligado e garantido um tratamentoequânime com relação as demais fon-tes, devem ser asseguradas as con-dições de análise da rede, através damodelagem do desempenho elétricodessas fontes, atendimento de requi-sitos de tensão, freqüência, atuaçãode proteção, fator de potência (já pro-posto no caso de centrais eólicas, naúltima revisão do módulo de acessodos procedimentos de rede) e a obser-vabilidade no caso das centrais maio-res de 30 MW, sob a ótica do despachocentralizado do SIN.

Para as próximas etapas do Pro-infa, além da inclusão de tais fontesno planejamento elétrico e energéticodo País, sugere-se a realização de aná-lises prévias das condições de supor-tabilidade das redes elétricas e o esta-belecimento de critérios de desempa-te entre os diversos projetos que prio-rizem, além da licença de instalação,a apresentação de centrais geradorasmais eficientes e que, além disto, re-presentem menor investimento para arede elétrica pública.

Dados da primeira fase do PROINFA (Fonte: Eletrobrás/MME).

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§ 9C R E S E S B I N F O R M E

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� Instituto Brasileiro de Metrologia,Normalização e Qualidade Indus-

trial - INMETRO, constituiu em 9 defevereiro de 2002, dentro do escopodo PBE - Programa Brasileiro de Eti-quetagem, o GT-FOT – Grupo de Tra-balho de Sistemas Fotovoltaicos. Oobjetivo deste grupo é estabelecer asnormas para etiquetagem de sistemasfotovoltaicos e seus componentes,visando a contínua melhoria técnicadestes produtos, a exemplo dos pro-gramas de sucesso para refrigera-dores domésticos, motores elétricose lâmpadas.

Com o Programa de Universaliza-ção (“LUZ PARA TODOS”) do MME,prevê-se no futuro uma demanda pormelhoria de qualidade dos sistemasfotovoltaicos, pois esta será uma dastecnologias empregadas para o aten-dimento a usuários dispersos em lo-cais de difícil acesso. No momento,já existe esta demanda por parte doPRODEEM – Programa de Desenvol-vimento Energético de Estados eMunicípios, outro programa do MME.

A Resolução Normativa ANEELno 83 (20 de setembro de 2004), queestabelece os procedimentos e ascondições de fornecimento de energia

Marco Antônio GaldinoPesquisador DTE / CEPEL

[email protected]

Alexandre NovgorodcevCoordenador do GT-FOT / INMETRO

[email protected]

elétrica por intermédio de SistemasIndividuais de Geração de EnergiaElétrica com Fontes Intermitentes –SIGFI, já exige que tais sistemas, nosquais se incluem os sistemas foto-voltaicos, deverão atender às exigên-cias do PBE/INMETRO.

Até outubro de 2004 já ocorreramonze reuniões do GT-FOT, o qual écoordenado pelo engenheiro Alexan-dre Novgorodcev (INMETRO), comparticipação de representantes defabricantes/fornecedores, laboratóriose órgãos públicos. Além disso, tam-bém ocorreram outras seis reuniõesdo CT-LAB (Comissão Técnica de La-boratórios), o qual, por sua vez, é coor-denado pelo pesquisador Jorge Lima(CEPEL), que reúne os laboratóriosparticipantes: CEPEL, PUC-RJ, PUC-RS, IEE/USP, UFRGS.

Os equipamentos que serão eti-quetados são: módulos fotovoltaicos,inversores, controladores de carga ebaterias, além dos sistemas fotovol-taicos em si. Os inversores, contro-ladores de carga e baterias para rece-ber a etiqueta serão submetidos so-mente a ensaios do tipo “passa/nãopassa” de acordo com as especifi-cações estabelecidas.

O ensaio de baterias visa deter-minar sua capacidade em Ah em re-gime de descarga adequado à ope-ração em sistemas fotovoltaicos, alémde ensaios de durabilidade. Os ensai-os de inversores levantarão parâ-metros, tais como eficiência, distor-ção harmônica e regulação. Os en-saios dos controladores de carga ve-rificam sua operação sob condiçõesnominais de tensão e corrente, pro-teções e pontos de conexão/desco-nexão (“set points”) do gerador (pai-nel fotovoltaico) e das cargas.

Já os sistemas fotovoltaicos serãosubmetidos a um “teste operacionalde disponibilidade energética”, queatestará a quantidade de energia emWh/dia que o sistema irá fornecer,quando exposto a um determinado va-lor de irradiação solar diária em kWh/m2.dia, especificado em seu dimen-sionamento. Este valor de energia de-verá ser impresso na etiqueta.

Inicialmente serão avaliados ape-nas os módulos fotovoltaicos de Silí-cio cristalino (mono-Si e poly-Si), emrelação a itens como eficiência nascondições padrão de teste (STC), re-sistência mecânica, estanqueidade ecorrosão, entre outros. Os módulos re-ceberão etiquetas apresentando suafaixas de eficiência (A até E).

As baterias, controladores de car-ga e inversores estão em fase deensaios inter-laboratoriais para afe-rição dos procedimentos especifica-dos e dos resultados preliminaresobtidos pelos diversos laboratórios.Os ensaios interlaboratoriais dos sis-temas fotovoltaicos serão iniciadosbrevemente. Os ensaios dos módulosfotovoltaicos ainda não tiveram início,pois aguardam a capacitação dos la-boratórios e aquisição de equipa-mentos para efetuá-los.

Descrição dos ensaios a serem realizados no âmbito do PBE.

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10 C R E S E S B I N F O R M E

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Embora o Fórum Permanente deEnergias Renováveis tenha gerado,nos anos 90, os manifestos como ode Belo Horizonte e de São Paulocujo intuito era aglutinar esforços emenergias renováveis, pela primeira vezrealizou-se um evento nacional espe-cífico sobre a conversão direta daenergia solar em elétrica. O I SNESFfoi organizado pelo Centro Brasileiropara Desenvolvimento da Energia So-lar Fotovoltaica, sediado na PUC-RS,com o apoio financeiro do CEPEL/CRESESB, ELETROBRÁS, CEMIG,CEEE, CHESF, ELETRONORTE eCNPq.

O Simpósio teve por objetivo iden-tificar as linhas de atuação existentes

no País e as necessidades das em-presas usuárias desta tecnologia,iniciando-se o debate para o estabe-lecimento de um Programa Nacionalpara o Desenvolvimento da EnergiaSolar Fotovoltaica. Professores epesquisadores de todo o País apre-sentaram seus grupos de pesquisa evárias companhias elétricas partici-param ativamente relatando suasexperiências em sistemas fotovol-taicos. Além disto, agências de fo-mento ligadas ao Ministério da Ciênciae Tecnologia apresentaram o queestão fazendo em relação a energiasolar e o PRODEEM – Programa deDesenvolvimento Energético dos Es-tados e Municípios do Ministério de

Minas e Energia (o maior programanacional de uso de sistemas foto-voltaicos), foi debatido. Da mesma for-ma, a experiência do terceiro setor foiapresentada por diversas ONGs ativasno uso de sistemas fotovoltaicos naeletrificação rural.

Os assuntos foram bastante di-versos mas a preocupação com umprocesso nacional de industrializaçãofoi um tema que veio a tona duranteos três dias do simpósio. E talvezneste ponto esteja o verdadeiro “cal-canhar de Aquiles” de um ProgramaNacional para o setor. Por exemplo,mais de 90% dos módulos fotovol-taicos atualmente comercializadosusam o silício como matéria-prima eo Brasil é um dos maiores produtores

mundiais de silício grau meta-lúrgico. Este grau não é suficientepara produzir células solares, masalguns pesquisadores do IPT-SP,CETEC-MG e UNICAMP apresen-taram vias alternativas para umaprodução nacional de silício grausolar, de suma importância para oestabelecimento de um parqueindustrial verticalizado. A apre-sentação dos atuais grupos ativosem pesquisa de células solaresmostrou que o País detém tecno-logias que podem ser industria-lizadas em curto prazo, inclusivede alta eficiência. Porém, a inte-ração entre os “produtores” de silí-cio e os “produtores” de células éainda inexistente, interação queurge ser incentivada pelas agênciasnacionais de fomento à pesquisa edesenvolvimento.Platéia durante a sessão de abertura do I SNESF.

o mês de julho, ocorreu em Porto Alegre, o I Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica- I SNESF, com a participação de mais de 130 pessoas das mais diversas regiões do País(...)

A preocupação com um processo nacional de industrialização foi um tema que veio a tona duranteos três dias do simpósio(...) A apresentação dos atuais grupos ativos em pesquisa de célulassolares mostrou que o País detém tecnologias que podem ser industrializadas em curto prazo,inclusive de alta eficiência. Porém, a interação entre os “produtores” de silício e os “produtores” decélulas é ainda inexistente, interação que urge ser incentivada pelas agências nacionais de fomentoà pesquisa e desenvolvimento.

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§ 11C R E S E S B I N F O R M E

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No que se refere aos sistemasfotovoltaicos e suas mais diversasaplicações, observou-se que o Paísformou um grupo considerável depesquisadores atuantes e comreconhecimento nacional e interna-cional de suas atividades.

Desenvolvimento de softwaresde dimensionamento, projeto eanálise de sistemas isolados econectados à rede elétrica, bom-beamento de água, sistemas hí-bridos, sistemas fotovoltaicos parapurificação de água, módulos foto-voltaicos concentradores, regula-dores, inversores, entre outros te-mas foram apresentados e de-batidos, mostrando o alto nível daspesquisas em energia solar foto-voltaica no País. No entanto, obser-vou-se também que todas as açõesforam isoladas e muitas vezes poridealismo dos pesquisadores, istoé, não houve um programa de incen-tivo a este desenvolvimento. Mesmocom a adoção do Fundo Setorial deEnergia, um programa específico pa-ra desenvolvimento dos sistemas fo-tovoltaicos ainda não foi implemen-tado.

Diversas companhias do setor deenergia tais como a CEMIG, a CEEE,a CHESF, a ELETROSUL, a ELE-TRONORTE, a ELETROACRE e aPETROBRÁS apresentaram seusprogramas de pesquisa e desenvol-vimento e as várias aplicações desistemas fotovoltaicos em suas áreas,sendo que parte destas companhias,inclusive, está investindo em tecno-logias nacionais de produção de mó-dulos fotovoltaicos.

Em relação aos órgãos gover-namentais, houve uma sessão espe-cífica com a participação do MCT,MME, FINEP e INMETRO, momentode interessante debate sobre o que ogoverno poderia ou poderá fazer emprol deste setor tão importante para oPaís.

No que se refere aos organismosnão governamentais, várias expe-riências foram colocadas e debatidas.Em relação ao terceiro setor, um dos

pontos culminantes do simpósio foi ainstalação da ISES-Brasil, seção daInternational Solar Energy Society.

Em resumo, o I SNESF foi um su-cesso ao unir academia, concessio-nárias, empresas, órgãos governa-mentais e não-governamentais paradebater a energia solar fotovoltaica.Não podemos esquecer que o mer-cado de módulos fotovoltaicos crescea taxas de 40% ao ano, e todas astendências apontam que assim conti-nuará nos próximos anos. O Simpósioreafirmou que poderemos estar per-dendo outro “trem tecnológico” e de-vemos unir esforços. Para brincar umpouco com a história, devemos lem-brar que há 50 anos foram desen-volvidas as primeiras células solarespráticas nos Laboratórios Bell, nosEstados Unidos, e que no Brasil, lápelos anos 40 e 50, muitos interes-sados pelo subdesenvolvimento di-ziam que não deveríamos produzir açoe que o petróleo existente no país de-veria ser explorado por companhias“experientes”. Assim espera-se que omesmo sol que iluminou algumaspessoas naqueles anos douradosvolte a iluminar os atuais “donos” dofuturo do País.

Adriano [email protected]

Izete [email protected]

Coordenadores do NT-Solar, PUC/RS

Para não perder este “trem tecno-lógico”, os pesquisadores e usuáriosda energia solar fotovoltaica voltarãoa se encontrar em abril de 2005, noRio de Janeiro, onde ocorrerá o IISNESF, desta vez organizado peloCRESESB, no ano de comemoraçãodos dez anos deste importante centrobrasileiro.

Maiores informações sobre o IISNESF serão divulgadas oportuna-mente através das Mailing-List (MalaDireta) e homepage do CRESESB(www.cresesb.cepel.br).

Mesa de discussão composta por especialistas em energia solar fotovoltaica.

Através da Mala Direta do Cresesbé possível receber informaçõessobre eventos nas áreas solar eeólica. Para isso, basta enviar umamensagem para o endereço eletrô-nico [email protected] solicitando oseu cadastramento.

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12 C R E S E S B I N F O R M E

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� Arquipélago de São Pedro e SãoPaulo - ASPSP é constituído por

um conjunto de 10 ilhotas e rochedos,situado a 0°55.00’N e 29°20.76’W, auma distância de cerca de 550 milhasa Nordeste da cidade de Natal, RN. Adistância do ASPSP ao Arquipélagode Fernando de Noronha (3°50.00’S e32°24.00’W) é de aproximadamente338 milhas, enquanto que a distân-cia do ASPSP ao Atol da Rocas(3°52.00’S e 33°49.00’W) é de apro-ximadamente 392 milhas.

A CIRM – Comissão Interministe-rial para os Recursos do Mar, da qualparticipa o MME – Ministério de Minase Energia, instituiu em junho de 1996,o Programa Arquipélago (Proarqui-pélago) com o objetivo de ocupaçãopermanente do Arquipélago de SãoPedro e São Paulo e de efetuar pes-quisas científicas no local, abrangen-do diversas áreas do conhecimento,tais como biologia marinha, geologia,oceanografia, meteorologia, etc.

Adicionalmente, o Programa Ar-quipélago tem o objetivo estratégicode garantir a soberania brasileira naZona Econômica Exclusiva (ZEE) de200 milhas ao redor do ASPSP, deacordo com a Convenção das Na-ções Unidas sobre os Direitos do Mar(CNUDM), pois trata-se de uma área

pesqueira doOceano Atlân-tico localizadana rota de pei-xes migratórioscom alto valoreconômico.

Para isso,foi construídaem junho de1998, a Esta-ção Científicado Arquipéla-go de São Pe-dro e São Pau-lo (ECASPSP).As instalaçõesda ECASPSPforam projeta-das e construí-das pelo Labo-ratório de Planejamento e Projetos daUFES - Universidade Federal do Espí-rito Santo (Vitória) em cooperaçãocom o Laboratório para Produtos Flo-restais do IBAMA (Brasília).

Compõem a Estação Científica:um alojamento para 4 pessoas, salade estar, cozinha, banheiro e varanda;uma edificação de apoio com área dedepósito e local para armazenar bate-rias e alojamento para duas pessoas;uma edificação para o gerador de

emergência; um paiol de combustí-veis; um píer para pequenas embar-cações e uma passarela ligando o píerà edificação principal. A sua instala-ção contou com a participação funda-mental do Navio-Faroleiro “AlmiranteGraça Aranha”, da Diretoria de Hidro-grafia e Navegação (DHN).

O CEPEL foi indicado pelo MMEcomo responsável pelo suprimento deenergia elétrica à Estação Científica,tendo projetado e instalado o sistemafotovoltaico para esta finalidade, alémde efetuar a adaptação e instalaçãodo dessalinizador d’água (equipamen-to para produção de água potável apartir da água do mar).

Os módulos que compõem o pai-nel fotovoltaico foram cedidos peloDepartamento Nacional de Desenvol-vimento Energético (DNDE) do MME,no escopo do PRODEEM (Programade Desenvolvimento Energético deEstados e Municípios), enquanto queos demais equipamentos que fazemparte do sistema foram adquiridos pelaMarinha do Brasil para a CIRM.

O MME tem também fornecido pe-ças de reposição (tais como inver-sores, baterias e controladores decarga) para o sistema fotovoltaico daECASPSP, sendo este sistema con-siderado pelo MME como uma apli-cação especial no âmbito do PRO-DEEM.

Localização do Arquipélago de São Pedro e São Paulo.

Arquipélago de São Pedro e São Paulo.

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§ 13C R E S E S B I N F O R M E

Marco Antônio GaldinoCEPEL / DTE

[email protected]

CF PortoSECIRM / Proarquipélago

[email protected]

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A configuração do sistema foto-voltaico instalado na ECASPSP é aseguinte:

• painel composto por 72 módulosfotovoltaicos Kyocera LA51 (51Wp)associados 4 em série e 18 emparalelo;

• banco composto por 16 bateriasConcorde PVX12255 (12V, 300Ah),associadas 4 em série e 4 emparalelo;

• 2 controladores de carga Trace C40(48V/40A);

• inversor Trace SW5548 (48Vdc/120Vac, 5,5kW);

• grupo gerador de emergência (6kVA,120Vac).

A ECASPSP está em funciona-mento há aproximadamente 6 anos.Neste período tem havido participa-

Painéis fotovoltaicos fornecem energia elétrica à Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo.

ção do CEPEL nos trabalhos de ma-nutenção do sistema fotovoltaico, co-ordenados pelo Subcomitê Logístico/Manutenção do Proarquipélago. Amanutenção da ECASPSP tem semostrado bastante cara e trabalhosa,em função das próprias caracterís-ticas do local, como dificuldade deacesso, salinidade, etc.

Os defeitos do sistema elétrico daECASPSP são todos atribuídos à altasalinidade do ar causada pelo sprayde água salgada, que causa muitacorrosão e condutividade elevada. Osdefeitos mais comuns são: falhas nosequipamentos eletrônicos (inversorese controladores de carga), maus con-tactos e fugas de corrente.

A ECASPSP é ocupada por equi-pes de 4 pesquisadores, provenientesde inúmeras instituições nacionais deensino e substituídos a cada 15 dias.Os pesquisadores conduzem diver-

sos programas de pesquisas no local,previamente aprovados pelo Sub-comitê Científico/Ambiental do Pro-arquipélago, que já aprovou (em abrilde 2004) 59 projetos científicos, dosquais 29 já foram iniciados, 2 já foramfinalizados e 20 ainda não iniciaram.Até o momento ocorreram 159 expe-dições científicas à ECASPSP.

Para obter maiores informações so-bre o Proarquipélago, sugerimos umaconsulta à página da CIRM na Internetcujo endereço é:www.secirm.mar.mil .br/proarq/proarq.htm.

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14 C R E S E S B I N F O R M E

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� oi assinado pelo Ministro daCiência e Tecnologia, no dia 31

de maio do corrente ano, o AcordoTécnico-Científico para a implemen-tação do Centro Brasileiro para o De-senvolvimento de Energia Solar Fo-tovoltaica (CB-SOLAR). Este acordoé resultado de uma parceria da Ponti-fícia Universidade Católica do RioGrande do Sul (PUCRS) com o Minis-tério da Ciência e Tecnologia, secre-tarias estaduais de Ciência e Tecno-logia e de Energia, Minas e Comuni-cações do RS, Companhia Estadualde Energia Elétrica do RS e Secre-taria Municipal da Produção, Indústriae Comércio de Porto Alegre.

O Centro foi implantado no NúcleoTecnológico de Energia Solar (NT-Solar) da PUCRS, o mais moderno la-boratório da área na América Latinapara fabricação de módulos fotovol-taicos. São aproximadamente 700m2

de laboratórios especializados, onde190m2 são salas limpas. Estes labo-ratórios foram projetados especifica-mente para desenvolver protótipos decélulas solares e módulos fotovoltai-cos bem como para implementar eanalisar sistemas fotovoltaicos.

As pesquisas em células solaresrealizadas pelos coordenadores doNT-Solar, Adriano Moehlecke e IzeteZanesco, alcançaram projeção na-cional com o primeiro lugar do PrêmioJovem Cientista 2002, a MedalhaNegrinho do Pastoreio e, no final doano passado, o trabalho de maiordestaque no XVII Simpósio Nacional

de Produção e Transmissão de Ener-gia Elétrica.

O CB-Solar terá as funções de fa-zer ciência, desenvolvendo novas es-truturas mais eficientes na conversãode energia solar em elétrica, apresen-tar e analisar tecnologias para fabrica-ção de células solares e módulos fo-tovoltaicos mais econômicos, imple-mentar e estudar sistemas fotovoltai-cos e formar recursos humanos espe-cializados na área. Desta forma, rea-liza a associação ciência/tecnologia/aplicações.

Outra parceria importante está sen-do estruturada no NT-Solar visando aimplantação de uma planta pré-indus-trial de fabricação de módulos fotovol-taicos eficientes. O objetivo é cons-truir módulos fotovoltaicos com altaeficiência e baixo custo em grande es-cala, substituindo a atual importaçãodesta tecnologia. Esta iniciativa fazparte da Rede Brasil de Tecnologia doMCT, que estimula a parceria entreempresas e instituições de ensino, pú-blicas e privadas, para o avanço detecnologias no Brasil.

Adriano [email protected]

Izete [email protected]

Coordenadores do NT-Solar, PUC/RS

Autoridades presentes durante a cerimônia de assinatura do AcordoTécnico-Científico para implantação do CB-SOLAR.

Laboratórios instalados no CB-SOLAR.

Laboratóriode Química

Laboratóriode Difusão

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§ 15C R E S E S B I N F O R M E

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Maria Eugênia Vieira da SilvaCoordenadora do Laboratório de

Energia Solar e Gás Natural da [email protected]

� Laboratório de Energia SolarAplicada (LES) da Universidade

Federal do Ceará (UFC) foi inauguradoem 1997 para desenvolver projetosde pesquisa em processos, equipa-mentos e sistemas que utilizam a ra-diação solar como fonte de energia.Foram iniciados projetos que incluí-am medições experimentais e mode-los estocásticos de simulação de va-riáveis ambientais (radiação solar,temperatura ambiente e velocidade dovento), simulação numérica de cole-tores bifásicos operando em sifão tér-mico e em refrigeração solar. Em par-ceria com o Instituto Solar de Juelich(SIJ), foram iniciados trabalhos dedesenvolvimento de um novo dessali-nizador térmico com processo de re-cuperação de calor e a participaçãono projeto de um sistema de fogão so-lar com aquecimento indireto, quevinha sendo desenvolvido pelo SIJ.

Em 2001, com a realização de pro-jeto de refrigeração térmica, tendocomo fonte de energia a queima dogás natural, o laboratório passou a serdenominado de Laboratório de Ener-

gia Solar e Gás Natural (LESGN). Osprojetos de pesquisa em andamentoalcançaram resultados significativoscom a construção de protótipos deequipamentos (dessalinizadores, fo-gões, refrigerador térmico e bancadaexperimental de secagem).

Refrigerador Térmico a Gás Na-tural – Em 2004, foi criado pelo Minis-tério da Ciência e Tecnologia (MCT),o Centro Brasileiro de Desenvolvi-mento de Tecnologia de RefrigeraçãoSolar (CBRefriSOL) que tem os objeti-vos de desenvolver e difundir conhe-cimentos em refrigeração solar.

Temas de Pesquisa – São desen-volvidas no LESGN as linhas de pes-quisa mencionadas a seguir: cocçãosolar; coletores térmicos de alto de-sempenho; dessalinização térmica,refrigeração térmica; radiação solar esecagem.

Projetos em desenvolvimento –Os projetos em desenvolvimento noLESGN são:• Fabricação de fogões solares com

aquecimento indireto para famíliasou instituições (em fase inicial);

• Desenvolvimento de protótipo de re-frigerador térmico por ciclo de absor-ção movido a gás natural (em fasede conclusão);

• Desenvolvimento de novo protótipode refrigerador solar com concen-tradores (em fase inicial);

• Dessalinizador térmico com recu-peração de calor (em andamento).

Parcerias – Os projetos desen-volvidos pelo LESGN vêm sendo rea-lizados graças ao apoio recebido dasinstituições: CNPq, PETROBRÁS,SECITECE, FUNCAP e BNB.

Maiores informações sobre as ati-vidades do LESGN podem ser obti-das diretamente com a Profa MariaEugênia Vieira da Silva, Coordenadoradeste Laboratório, através do telefone(85)288-9632, Ramal 221 ou endereçoeletrônico [email protected].

(a) (b)

(c)

(a) Dessalinizador Solar Térmico com Recuperação de Calor

(b) Refrigerador Térmico por Ciclo de Absorção Movido a Gás Natural

(c) Fogão Solar

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16 C R E S E S B I N F O R M E

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Neyde Y. Murakami IhaLaboratório de Fotoquímica

Inorgânica e Conversão de EnergiaInstituto de Química da USP

[email protected]

energia solar é abundante, gra-tuita e limpa. Por razões óbvias,

países de clima tropical, como o Bra-sil, devem ser os maiores interessa-dos no seu aproveitamento. Não bas-ta, no entanto, utilizá-la apenas paraproduzir biomassa através da fotos-síntese e nem para, de forma indire-ta, encher os reservatórios de águaque alimentam as usinas hidroelétri-cas. Seu uso para aquecimento diretotorna-se cada dia mais difundido; po-rém, sua conversão em energia elé-trica utilizando painéis solares aindaé bastante restrita. Uma das razões éo alto investimento inicial, que se jus-tifica em situações “nobres” como parafins espaciais ou para uso em comuni-dades remotas onde o alto custo datransmissão da energia elétrica geradanas grandes usinas torna-a proibitiva.

Atualmente, tecnologias inovado-ras vêm sendo utilizadas para as cha-madas “Células Fotovoltaicas do Sé-culo XXI”. Uma delas é a Célula SolarSensibilizada por Corantes, conheci-da como “Dye-sensitized Solar Cells”.Entre as diversas atividades de pes-quisa, o Laboratório de FotoquímicaInorgânica e Conversão de Energia doInstituto de Química da Universidadede São Paulo (IQ-USP) vem pesqui-sando corantes naturais e sintéticosque estão sendo utilizados na cons-trução de “células fotovoltaicas sen-sibilizadas por corantes” (registradaspela USP como Dye-Cells) que são

capazes de absorver e converter a luzsolar em energia elétrica.

A Dye-Cell, em relação às célulasconvencionais já disponíveis no mer-cado, apresenta várias vantagens.Comparativamente, sua produção ébastante mais simples e por isto maisbarata: sua previsão de custo em es-cala industrial é cerca de 50% do en-volvido na produção de uma célula desilício. Como a presença de peque-nas impurezas no semicondutor nãoé crítica no funcionamento da Dye-Cell, são dispensados procedimentoscomplicados necessários para a fabri-cação das células de silício, tais comoo uso de sala limpa e de roupas espe-ciais. Além de gastar menos energia(custo energético baixo), sua produ-ção tem também um custo ambientalmenor.

Esse tipo de célula utiliza como se-micondutor o dióxido de titânio (TiO

2),

substância comum que é utilizada empastas de dente e tinta branca de pa-rede. No entanto, como o TiO

2 é bran-

co, ele não absorve luz visível. É ne-cessário empregar, portanto, um co-rante adequado para promover a ab-sorção da energia solar. Além doscorantes sintéticos de eficiência com-provada tem-se também a opção deutilizar corantes naturais, obtidos deextratos vegetais. Os extratos natu-rais, ainda de durabilidade limitada,são opções atraentes para usos emambientes internos e para fins educa-

cionais. Existe, ainda, a opção de cé-lulas flexíveis, com uso de plásticocondutor e gel-polímero, que são in-teressantes para fins “quase descar-táveis” em dispositivos que não neces-sitem de altas correntes/potenciais.

Aspectos relacionados com a efi-ciência dos módulos na conexão emsérie e/ou paralelo, uso de novos com-postos e algumas soluções em “scale-up” já foram patenteados pela Uni-versidade. As células solares sensi-bilizadas por corantes apresentamatualmente uma eficiência similar à decélula convencional, podendo chegara um rendimento máximo ao redor de27% com o desenvolvimento das pes-quisas no campo. Divulgada pela pri-meira vez em 1991 com eficiência de7,1%, já em 2001 apresentou eficiên-cia superior a 10%, certificada peloLaboratório de Calibração PV, NREL,Colorado, EUA. Ainda com vários as-pectos a serem desenvolvidos, essaeficiência vem aumentando com asinovações introduzidas. As mais re-centes incorporam filamentos metá-licos para minimizar a perda de efi-ciência na produção de células de di-mensões maiores do que as utiliza-das para fins laboratoriais (0,5 cm²).

Uma das grandes vantagens deuma Dye-cell é que ela converte ener-gia mesmo sem a incidência direta deluz – como em dias nublados ou emluz difusa, além da aparência: podeser transparente/ translucente. Issopossibilita e amplia a aplicação datecnologia em fins diversos comojanela, vidro decorativo colorido, tetosolar etc.

A pesquisa, considerada de tecno-logia inovadora pelo MCT/ FINEP em2001, já rendeu três patentes aos pes-quisadores do Laboratório de Fotoquí-mica Inorgânica e Conversão de Ener-gia. Uma destas patentes, inclusive,recebeu menção honrosa em 2002 noprêmio Governador do Estado.

Células fotovoltaicas sensibilizadas por corantes (Dye-Cells).

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§ 17C R E S E S B I N F O R M E

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� anta Catarina conta com um novoinstrumento no combate ao des-

perdício de energia. Uma unidade mó-vel equipada com aparelhos movidosa energia solar foi montada peloCentro Federal de Educação Tecnoló-gica de Santa Catarina (CEFET/SC).O carro será utilizado em palestras,cursos e aulas práticas dentro dopróprio CEFET e em escolas e em-presas do Estado. O veículo traz te-levisão, videocassete, geladeira com-pacta, iluminação e computa-dores. Tudo sem consumoelétrico externo, funcionandoapenas com a energia solarcaptada por cinco placas de75W. Além de demonstrar autilização de fonte renovávelde energia, traz um kit de de-monstração de aquecimentode água através da mesmafonte. Em atividade durantequatro horas por dia, o sistemada unidade móvel tem autono-mia por 96 horas. Isso se todosos aparelhos estiverem ligadosao mesmo tempo. Mesmo as-sim, as baterias teriam umadescarga diária de apenas 10%.

O veículo é apenas um símbolo detodo o programa de eficiência ener-gética adotado no CEFET/SC. Hoje,por exemplo, a escola tem o únicoginásio de esportes em escola públicado país com água aquecida por ener-gia solar. A capacidade do sistema éde 3500 litros, o que equivale a 50banhos quentes por dia. E se o tempoestiver ruim, conta com um comple-mentar elétrico de 14kW. A mesmaenergia solar que aquece o banho dosalunos vai bombear água de dois po-ços artesianos para consumo da es-cola. A vazão de cada poço é de 3500litros por dia. A capacidade de umadas cisternas é de 20 mil litros e daoutra, de 10 mil. O projeto vai econo-mizar mensalmente 20% no consumode água, sendo que 80% dessa econo-mia será reinvestido na estrutura dainstituição.

Iluminação – Essas ações fazemparte do Programa de Conservação deEnergia e Eficiência Energética do

Paulo Roberto WeigmannCEFET-SC

[email protected]

LabMóvel implantado pelo CEFET-SC.

CEFET/SC, responsável também pelainstalação de postes solares no pátioda escola há um ano. A autonomia éde 4 horas diárias por sete dias. Ecomo é utilizado no horário de pico,das 18h às 21h, não só traz economiapara a escola, que deixa de usar aenergia elétrica no horário em que elaé mais cara, como alivia o sistemaelétrico. Foi a primeira vez que SantaCatarina teve iluminação pública atra-vés de energia solar. A novidade do

permanecesse iluminada durante oapagão de outubro do ano passado,que durou mais de 50 horas. E foi oapagão de 2001 que estimulou o de-senvolvimento do Programa de Con-servação de Energia, quando o gover-no federal estipulou que os órgãospúblicos deveriam economizar energiapara evitar cortes no orçamento. Nes-sa época, Weigmann propôs algumasmedidas que foram colocadas emprática pela direção da escola, como

o desligamento de 2/3 da ilu-minação, o desligamento dociclo reverso dos condiciona-dores de ar, o aumento da ca-pacidade reflexiva das lâm-padas através de placas dealumínio anodizado e a insta-lação de detectores de pre-sença humana nos banheirospara evitar as luzes acesasquando estivessem vazios.

O objetivo, em maio de2001, quando essas medidasforam adotadas, era econo-mizar 13% ao mês. Em dezdias, a economia já era de15%. Ao final de 17 meses,esse conjunto de ações levou

a uma economia de R$ 80 mil. A par-tir daí, o consumo na escola foi mo-nitorado e os dados usados para aadoção de campanhas e medidas queevitem o desperdício e aumentem aeficiência energética da instituição.

Reconhecimento – O trabalho im-plantado por Weigmann ganhou o ter-ceiro lugar no I Benchmarking Ambi-ental Brasileiro, realizado em SãoPaulo, em 2003. Foi reconhecido tam-bém pela revista Lumière, de circu-lação nacional. A publicação enfatizouque o projeto não apenas se preocupacom a economia mas também com ouso de fontes renováveis. O Programade Conservação de Energia e Eficiên-cia Energética é patrocinado pela Fun-dação Vitae e conta com o apoio daFundação do Ensino Técnico de SantaCatarina (FETESC).

sistema implantado no CEFET/SC éa sua automatização, através de umaunidade de controle e gerenciamento.Por um computador, pode-se controlare programar os postes que ficamligados. Pode-se também ligar a ener-gia elétrica no caso de uma ocasiãoespecial, como uma festa de forma-tura, por exemplo.

As idéias para tornar a escola mo-delo de eficiência energética não pa-ram por aí. Estuda-se, inclusive, a pos-sibilidade de futuramente incluir umsistema eólico no projeto. “Nosso tra-balho está calçado no combate aodesperdício e em projetos de eficiên-cia energética. O objetivo é tornar oCEFET/SC um centro de excelênciaem conservação de energia no Esta-do”, afirma Paulo Roberto Weigmann,autor do projeto e coordenador daComissão Interna de Conservação deEnergia da escola.

Apagão – A estrutura implantadano CEFET/SC garantiu que a escola

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Geraldo Lúcio Tiago FilhoSecretário Executivo do CERPCH

[email protected]

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Fórum Permanente de EnergiaRenovável assumiu e empreen-

deu ações para o desenvolvimento douso dos recursos renováveis a partirdas Declarações de Belo Horizonte eBrasília.

As iniciativas, cooperações e par-cerias estabelecidas pelo Fórum nes-tes últimos anos, têm catalisado aspropostas de incentivos, mudando operfil do cenário do conhecimento dastecnologias e da viabilidade técnica esócio econômica da implantação desistemas de geração alternativa.

Com a finalidade de resgatar esseimportante mecanismo de incentivo àsfontes alternativas, o Centro Nacionalde Referência em Pequenos Aprovei-tamentos Hidroenergéticos - CERPCHassumiu, juntamente com o Ministérioda Ciência e Tecnologia, a responsa-bilidade de editar os Encontros do Fó-rum Permanente.

Desta forma, o V Encontro do Fó-rum Permanente de Energia Renová-vel foi realizado em setembro de 2004

nas instalações da Universidade Fe-deral de Itajubá e teve como principalproduto a Carta de Itajubá, a qual tra-ça metas para o futuro dos Centrosno Brasil bem como para as fontes re-nováveis de energia.

O evento contou com a partici-pação do Sr. Paulo Augusto Leonelli,representante do Ministério de Minase Energia, Prof. Alexandre de LemosPereira do Centro Brasileiro de Ener-gia Eólica, Prof. Hamilton Moss doCentro de Referência para EnergiasSolar e Eólica Sérgio de Salvo Brito,Prof. Ennio Peres da Silva do CentroNacional de Referência em Energia doHidrogênio, Prof. José Carlos Laurindodo Centro Brasileiro de Referência emBiocombustível, Prof. João TavaresPinho do Grupo de Estudos e Desen-volvimento de Alternativas Energé-ticas, Sr. Fredmark Gonçalves Leão,Sr. Silém de Tarso, Secretário de Ciên-cia e Tecnologia de Itajubá, Sr. Fran-cisco de Assis Soares, Superinten-dente de Políticas Energéticas de Mi-

� nas Gerais e Sr. Gilson Furtado, repre-sentante do Diretor de Geração eTransmissão da Cemig.

O V Encontro do Fórum Perma-nente de Energia Renovável caracte-rizou-se por ser uma excelente opor-tunidade de reunir os principais Cen-tros de Referência do País para apre-sentação e discussão dos avanços erealizações no campo das energiasrenováveis.

As apresentações permitiram pro-jetar para a sociedade o conhecimen-to das tecnologias e sua abrangên-cia, bem como demonstrar a viabili-dade de implantação, manutenção eoperação dos sistemas e dar conheci-mento aos órgãos de apoio e fomentode Ciência e Tecnologia das necessi-dades prementes a sustentabilidadede uma rede de referência em energiarenovável.

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O Cresesb, dentro de suas ativida-des de divulgação das energias solare eólica, tem participado e apoiado di-versos eventos que procuram apresen-tar e discutir os vários aspectos da utili-zação das fontes renováveis no Brasil.

Além da participação direta noseventos, o Cresesb procura atender atodas as solicitações de divulgação utilizan-do sua mala direta (mailing-list) e homepage.A seguir são listados alguns dos eventosapoiados pelo Cresesb.(1) Congresso Internacional de Energias

Renováveis - CIER, Agosto de 2003 -Olinda - PE

(2) 1º Seminário sobre Tecnologias Sustentáveis paraGeração Localizada de Energia, Outubro de 2004 - Rio de Janeiro - RJ

(3) Seminários sobre Energia Eólica promovidos pelo DEWI do Brasil, Setembro de 2004 - Rio de Janeiro - RJ(4) Oficina de Capacitação dos Técnicos Estaduais do PRODEEM, Outubro de 2003 - Rio de Janeiro - RJ(5) Curso de Capacitação em Instalação de Sistemas Fotovoltaicos, Agosto de 2003 - Fortaleza - CE(6) Power Future 2004, Abril de 2004 - Fortaleza - CE

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� ecentemente, o Cresesb lançouduas publicações sobre fontes

alternativas de energia: Coletânea deArtigos – Energias Solar e Eólica eEletrificação Rural Descentralizada– Uma Oportunidade para a Huma-nidade, Técnicas para o Planeta.

A Coletânea de Artigos reúne 21artigos escritos por diversos pesquisa-dores brasileiros atuantes nas áreasdas energias solar e eólica e tem comoobjetivo principal oferecer à toda co-munidade científica envolvida com es-tes assuntos (principalmente aos pes-quisadores e estudantes que ingres-saram nestas áreas mais recentemen-te), relatos de experiências significa-tivas e que resultaram em contribui-ções efetivas para o desenvolvimentodessas formas de energia no país.

Como muitos artigos de importân-cia não tiveram oportunidade de se-rem inseridos em apenas um volume,o Cresesb motivou-se a elaborar osegundo volume desta Coletânea. Ostrabalhos de editoração desta publica-ção já foram iniciados e, em breve, oCresesb anunciará o seu lançamento.

Em um contexto totalmente atuale desafiador do setor elétrico brasilei-ro, o livro Eletrificação Rural Descen-tralizada não pôde limitar-se a ser umasimples tradução da edição publica-da em francês no ano de 2000.

Este livro originalmente foi organi-zado sob a direção de Christophe deGouvello e Yves Maigne e retrata a ex-periência acumulada pelos autores emdiversos programas e projetos de ele-trificação rural, em diferentes partesdo mundo, nas mais diversas condi-

Hamilton, Ricardo e PatríciaEquipe CRESESB

[email protected]

ções. Este conhecimento reunido pro-porciona uma visão abrangente dosaspectos essenciais para a implanta-ção de um bem sucedido programade eletrificação rural.

As diferentes experiências rela-tadas e as metodologias recomenda-das (inclusive com o acréscimo de umcapítulo exclusivo sobre a experiênciabrasileira) fazem deste livro uma refe-rência na área de eletrificação rural.

Contatos para aquisição das publi-cações CRESESB:

homepage: www.cresesb.cepel.bre-mail: [email protected] outras publicações sobre

fontes alternativas de energia tambémforam lançadas no período 2003-2004,entre elas, destacam-se:

Geração Eólica (2003) – Este livroapresenta os conceitos básicos e asdiversas interfaces decorrentes do usoda energia dos ventos e busca dar aoleitor uma visão abrangente sobre otema.

Autor: Paulo CarvalhoEd. Imprensa UniversitáriaContato para aquisição:[email protected]

Fontes Renováveis de Energiano Brasil (2003) – Este livro é a con-solidação de um exercício de pros-pectiva científico-tecnológica na áreade energia, visando determinar o po-tencial de inserção de tecnologias al-ternativas na matriz energética bra-sileira, até 2020, levando em conside-ração a viabilidade econômica, sociale ambiental das diferentes fontes edeterminando, também, as etapas das

políticas de pesquisae desenvolvimento, in-dustrial e energéticanecessárias para via-bilizar o desenvolvi-mento do potencialidentificado.

Organizador: Mau-ricio Tolmasquim

Ed. InterciênciaContato para aqui-

sição: [email protected]

Edifícios Solares Fotovoltaicos(2004) – Esta obra descreve os tiposde módulos fotovoltaicos comercial-mente disponíveis, os circuitos elétri-cos e os dispositivos de medição eproteção envolvidos nas instalações,além de apresentar exemplos de sis-temas fotovoltaicos interligados à re-de elétrica no Brasil e no mundo.

Autor: Ricardo RütherEd. UFSC-LABSOLARContato para aquisição:[email protected]

Alternativas Energéticas Sus-tentáveis no Brasil (2004) – Este livrotrata de questões ligadas ao aprovei-tamento dos recursos solar, eólico,hídrico e de biomassa, a contribuiçãodos créditos de carbono para projetosde pequena escala e a contribuiçãoda energia solar fotovoltaica para auniversalização do serviço de energiaelétrica. Além disso, ajuda a mostrarcondicionantes e oportunidades paraalternativas energéticas sustentáveisno país.

Coordenador: Mauricio TolmasquimEd. Relume DumaráContato para aquisição:[email protected]

Todas estas publicações tiveramgrande receptividade e representam,hoje, importantes fontes de referênciapara todos aqueles que, de algumaforma, tenham interesse pelos temasenfocados.

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Centra is E lé tricas Brasileiras SAEMPRESA DO SISTEMA ELETROBRÁS

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� oi inaugurado em julho de 2004,o Centro de Energias Renováveis

da UNESP - Campus Guaratinguetáque tem como objetivos principaisprojetar, desenvolver, aperfeiçoar,divulgar e implantar dispositivos capa-zes de suprir as áreas rurais de ener-gia elétrica, especialmente para bom-beamento de água, além de dissemi-nar nas áreas urbanas a utilização desistemas térmicos para aquecimentode água.

O Centro também visa prestar as-sistência técnica em projetos de ins-talações elétricas, especialmente noque se refere à iluminação eficiente eaterramento elétrico, além de atuarna formação de recursos humanos.

Encontram-se instalados no Cen-tro diversos equipamentos compotências que variam na faixa de 20Wa 20000W, tais como:• um cata-vento para geração de

energia elétrica e bombeamento deágua;

• um gerador eólico com potência desaída de até 400W;

• uma roda d’água para geração deenergia elétrica e bombeamento deágua;

• uma roda d’água de material alter-nativo para saída de biodigestorescom a finalidade de aeração dos lí-

Teófilo Miguel de SouzaDiretor do Centro de Energias

Renováveis da [email protected]

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quidos (havendoquantidade de lí-quidos suficien-te, a roda d'águatambém desti-na-se à geraçãode energia elé-trica);

• uma microhidre-létrica para ge-ração de energiaelétrica;

• um aquecedorsolar de água dotipo convencio-nal para quatropessoas;

• um aquecedorsolar de água de baixo custo paraquatro pessoas;

• um aquecedor parabólico cilíndricopara aquecimento de água (vapor) esecagem de grãos;

• um carneiro hidráulico para bom-beamento de água.

O projeto e desenvolvimento detodos os equipamentos instalados noCentro contou com a participação dainiciativa privada, representada pelasseguintes empresas: Geradores NH,Bombas Hidráulicas ZM, CataventosFênix Fortuna, Baterias Delphi, Avant(no caso das lâmpadas fluorescentes

Roda d'água instalada no Centro de Energias Renováveisda UNESP - Campus Guaratinguetá.

compactas), TEKNO SA, Protec, So-letrol, WB Eletro-Eletrônica, FundiçãoMarumby e SAAEG.

Maiores informações sobre esteprojeto podem ser obtidas diretamentecom o Prof. Teófilo Miguel de Souza,idealizador e atual diretor do Centro,através dos telefones (12)3123-2830;(12)3123-2860 ou endereço eletrô[email protected].