hst agricola

Upload: psilvamar

Post on 08-Jan-2016

29 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

MUITO BOM

TRANSCRIPT

  • 1

  • 2Foto: DRABL

  • 3ndice

    1 - Introduo ............................................................................................................................42 - Identificao dos riscos na actividade agrcola .................................................................83 - Causas de Acidentes ........................................................................................................104 - Consequncias dos Acidentes .........................................................................................105 - Avaliao dos custos dos acidentes ...............................................................................106 - Preveno ...................................................................................................................... 117 - A Segurana e as Mquinas Agrcolas ...........................................................................18

    7.1 - Equipamentos de segurana .................................................................................197.2 Parqueamento ......................................................................................................227.3 Manuteno ..........................................................................................................237.4 Acesso mquina agrcola ................................................................................... 247.5 Engate/desengate de alfaias ................................................................................. 257.6 Utilizao das mquinas trabalho .......................................................................267.7 A segurana de terceiros .......................................................................................... 277.8 A segurana na utilizao de ferramentas .............................................................29

    8 - Segurana na aplicao de Produtos Fitofarmacuticos..................................................308.1 - Equipamento de proteco respiratria .................................................................328.2 - Equipamento de proteco ocular ........................................................................ 328.3 - Equipamento de proteco auditiva....................................................................... 338.4 - Equipamento de proteco das mos .................................................................. 338.5 - Equipamento de proteco do tronco, membros e cabea................................... 348.6 - Equipamento de proteco dos ps .......................................................................358.7 - Utilizao do EPI .................................................................................................... 358.8 - Preparao das caldas ...........................................................................................36

    9 - Segurana na movimentao manual de cargas ............................................................ 429.1 - Medidas de preveno na movimentao manual de cargas................................ 439.2 - Boas prticas na movimentao manual de cargas............................................... 45

    Bibliografia ...............................................................................................................................46

  • 41 - Introduo

    A concepo dos contedos deste manual teve apreocupao de utilizar e desenvolver conhecimentosadquiridos na actividade agrcola ou em actividadesconexas a esta, em vrias esferas de interveno,como por exemplo:

    - Preveno de Acidentes;

    - Ergonomia;

    - Electricidade;

    - Mquinas e Alfaias;

    - Ferramentas;

    - Contaminantes Qumicos e Fsicos.

    Para se poder ter a noo da grandeza do nmerode acidentes de trabalho que ocorrem anualmenteem Portugal, podemos avaliar os dados publicadospelo Gabinete de Estratgica e Planeamento doMinistrio do Trabalho e da Solidariedade Social, noBoletim Estatstico de Abril de 2009, referentes aoano 2006.

  • 5Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

    Tabela 1: Nmero de acidentes de trabalho, mortais e no mortais, por grupo etrio2006 Portugal - Homens e Mulheres

    Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

    Neste ano, verificaram-se 237 392 acidentes detrabalho: 237 139 no mortais e 253 mortais. Osacidentes de trabalho no mortais apresentaram

    maior expresso no grupo etrio 25-34 anos,enquanto que o grupo etrio dos 45-54 anosregistava o maior nmero de acidentes mortais.

    Figura 1 - Nmero de Acidentes de Trabalho, mortais e nomortais, por grupo etrio2006 Portugal - Homens e Mulheres

    Introduo

  • 6No mesmo perodo e na actividade Agricultura,Produo Animal, Caa e Silvicultura, ocorreram6.714 acidentes de trabalho, dos quais 6.991 nomortais e 23 mortais, reflectindo os acidentes mortais0,34% do nmero total de acidentes.

    Os valores apresentados assumem sempre maiorexpresso nas exploraes de pequena e mdiadimenso (1 a 9 pessoas), afectando tambmmaioritariamente os homens.

    Tabela 2: Nmero total de acidentes de trabalho, na actividade econmica Agricultura, Produo Animal, Caa e Silvicultura,segundo o escalo de dimenso da empresa2006 Portugal - Homens e Mulheres

    FIGURA 2 (esquerda) - Nmero de acidentes de trabalho, mortaise no mortais, na actividade econmica Agricultura, ProduoAnimal, Caa e Silvicultura, segundo o escalo de dimenso daempresa2006 Portugal - Homens e Mulheres

    Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

    Tabela 3: Nmero total de acidentes de trabalho, na actividadeeconmica Agricultura, Produo Animal, Caa e Silvicultura,segundo o sexo2006 Portugal

    CAE Homens Mulheres Total

    5163 1551 6714Agricultura, Produo Animal, Caa e SilviculturaFonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

    Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

  • 7FIGURA 3 - Nmero total de acidentes de trabalho, na actividadeeconmica Agricultura, Produo Animal, Caa e Silvicultura,segundo o sexo

    Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de trabalho

    No entanto, relativizando face populao expostaao risco, nesta actividade, a sinistralidade laboralteve um impacto em relao taxa de incidncia dosacidentes mortais de 3.9 e dos acidentes no mortaisde 1.142,4 por cada 100.000 trabalhadores.

    Os dados apresentados anteriormente exigem quea preveno dos acidentes e doenas profissionaisseja uma preocupao de todas as entidades dosector, sendo necessrio realizar um grande esforode sensibilizao, informao e formao, para almdo cumprimento do respectivo enquadramento legal.

    Acidente de Trabalho aquele que ocorre pelo exerccio do trabalho aservio da empresa, provocando leso corporal,perturbao funcional que cause morte perda oureduo, permanente ou temporria, dacapacidade para o trabalho.F. Cavalcanti

    Higiene e Segurana no trabalho Agrcola um conjunto de regras, procedimentos,comportamentos, atitudes e situaes que,interligadas entre si devero contribuir para o bemestar do trabalhador e a segurana dos seu postode trabalho.

    SadeEstado de completo bem estar fsico, mental esocial, e no apenas a ausncia de doena.Organizao Mundial de Sade

    HigieneProcesso de identificao e controlo das condiesde trabalho que possam prejudicar a sade dostrabalhadores.

    Introduo

  • 82 - Identificao dos riscos na actividade agrcola

    A importncia que as noes de perigo e de riscoassumem no contexto da Higiene e Segurana noTrabalho Agrcola leva-nos a clarificar e harmonizar oseu conceito.

    PerigoPor perigo, entende--se uma potencialcausa de dano. (ISHST)

    RiscoPor risco, entende-sea probabilidade deocorrncia de umdano. (ISHST)

    manuseamento de substncias perigosas e produtostxicos, utilizao de energia elctrica, entre outros.

    Associado ao trabalho desenvolvido nestaactividade, existem riscos de atropelamento, deesmagamento, de quedas, de leses dorso--lombares, de intoxicaes e ainda perigos nautilizao da electricidade, que podem, tambm,resultar em riscos de incndio e electrocusso.

    Podemos considerar que os agricultoresdesenvolvem diariamente uma parte da suaactividade em instalaes onde se realizam diversostrabalhos de preparao das operaes culturais,manuseamento de produtos fitofarmacuticos, dearmazenamento e de manuteno de equipamento.Simultaneamente, desenvolvem tambm uma outraparte da sua actividade directamente na explorao,onde pem em prtica essas operaes culturais(sementeiras, sachas mecnicas e qumicas,amontoas, colheitas, regas,...), que se concretizamcom conduo de veculos e mquinas agrcolas,maneio de animais, movimentao manual de cargas,

    Identificao dos riscos na actividade agrcola

  • 9

  • 10

    3 - Causas de acidentes

    Quadro 1 Identificao das causas de acidentes

    - Fisiolgicas

    - Diminuio de Funes - Idade - Fadiga - Falha sbita de um rgo ou funo - Hbitos txicos Humanas

    - Psicolgicas ou Sociolgicas

    - Emotividade - Negligncia - Rotina

    Tcnicas

    - Habilitaes tcnicas - Proteco de mquinas e ferramentas - Ritmo de trabalho - Heterogeneidade das equipas

    Materiais - Perigos inerentes profisso - Ausncia de medidas de segurana - Ausncia de encarregado de segurana

    4 - Consequncias dos acidentes

    - Individuais

    - Familiares

    - Sociais

    - Econmicas

    5 - Avaliao dos custos dos acidentes

    To embora os acidentes de trabalho provoqueminmeros danos, muitos deles irremediveis, s osdanos econmicos que podem de alguma formaser mensurveis, dado que qualquer acidentepressupe encargos com:

    - O mdico;- Os medicamentos;- Os tratamentos (hospital);- A indemnizao por incapacidade;- A indemnizao em caso de morte;- Do tempo perdido com o acidente;- Pelas paragens de trabalho consequentes,

    durante o auxlio prestado;- Dos alarmes e perturbaes resultantes do

    acidente;- Da proteco social do acidentado;- Das reparaes do equipamento e das

    interrupes do trabalho que originam.

  • 11

    Assim temos:

    Quadro 2 Diferenciao dos custos dos acidentes

    PrevenoPode definir-se pelo conjunto dedisposies e mtodos,previstos ou tomados, em todasas fases da actividade, comvista a suprir ou diminuir osriscos profissionais e a garantira integridade fsica e psquicados trabalhadores.

    6 - PrevenoSeguranaProcesso de identificaoe avaliao de situaesde risco e desenvolvimentode tcnicas de prevenode acidentes.

    Custos Directos

    - Salrios - Assistncia mdica - Medicamentos - Aumento do prmio de seguro

    - Imediatos

    - Sofrimento do acidentado - Perda de tempo no socorro - Reparao da mquina - Substituio do acidentado - Perda do investimento formativo - Sofrimento da famlia

    Custos Indirectos

    - A prazo - Quebra da imagem da empresa - Aumento da insatisfao profissional - Diminuio da produtividade - Diminuio da competitividade

    Acidentes

  • 12

    O esprito de preveno e a aco sistemtica desegurana so factores bsicos para evitar oacidente de trabalho. Nessa ptica, e porqueconsideramos errado pensar-se que o acidente fruto de uma qualquer fatalidade ou azar e convictosque mais vale prevenir que remediar, suportamo--nos nas causas reais de acidentes, extraindoconcluses objectivas que, no futuro, podero ajudara controlar os riscos, evitando outros acidentes.Assim, consideramos que uma poltica de prevenodeve assentar numa matriz de princpios gerais:

    1 Identificar e avaliar o risco;

    2 Eliminar ou minimizar o risco;

    3 Desenvolver medidas de preveno:

    - formar e informar;

    - organizar o trabalho.

    No contexto da preveno, deve proceder-se identificao e avaliao do risco em todos ostrabalhos e operaes a desenvolver,nomeadamente:

    edifcios escadas com corrimo, patamares e varandins, pavimentos qumica e mecanicamente resistentes, antiderrapantes, impermeveis, facilmente lavveis, com inclinao de 1 a 2%, sistema de drenagem eficaz

    envolventes preveno dos riscos de atropelamento/esmagamento atravs da delimitao de zonas e sinalizao

    mquinas, alfaias, equipamentos e ferramentas

    correctamente utilizados e manuseados, seguros e certificados

    materiais e produtos a utilizar

    amigos do HOMEM e do ambiente, correctamente utilizados e armazenados

    boas prticas para a execuo dos trabalhos

    posturas correcta e de segurana e utilizao de equipamento adequado (guinchos, passadeiras, empilhadores, EPI,...)

    Quadro 3 Preveno - Identificao e avaliao do risco notrabalho agrcola

    Fotos: Manutan

    Acidentes

  • 13

    Foto: Palagret

  • 14

    Assim, deve existir a preocupao inequvoca deseparar os espaos de habitao dos restantes,particularmente no que respeita aos locais paraarmazenamento de produtos qumicos, aoparqueamento das mquinas e alfaias agrcolas eoficinas de apoio.

    Nos edifcios deve prevenir-se em especial asquedas em altura ou ao mesmo nvel atravs deescadas e patamares dotados de corrimo evarandins e as aberturas guarnecidas de guarda -corpos.

  • 15

    O sistema elctrico deve ser adequado scaractersticas dos locais, devendo ser correctamenteisolado, protegido contra sobrecargas e estarconvenientemente instalado. Os quadros devem estarfechados, assinalados e disporem de protecesdiferenciais. As linhas areas devem situar-se o maislonge possvel dos edifcios.

    Devem existir na exploraoagrcola os meios de combatea incndios e de primeirossocorros, devidamenteassinalados, assim como ainformao dos contactos deurgncia, em caso deacidente.

    Por sua vez, os pavimentos devem ser resistentes,antiderrapantes, impermeveis, lavveis e comsistemas de drenagem.

    Foto: Robert Thomson (Flickr)

    Acidentes

  • 16

    entrada/sada dos estbulos deve ser colocadoum pedilvio e/ou um rodilvio de modo a evitar atransmisso de microorganismos prejudiciais aohomem e animais.

    As instalaes pecurias, incluindo as estrumeiras,nitreiras e fossas, devem cumprir as normas deinstalao e licenciamento.

    Para prevenir os riscos de atropelamento eesmagamento devem ser delimitadas e sinalizadasas zonas de circulao e acesso de veculos,mquinas agrcolas e trabalhadores.

    ESQUEMA DE UM PEDILVIO

    Lava ps Pedilvio

    Sentido da passagem

    A utilizao da maquinaria agrcola requercuidados redobrados ao nvel da deslocao emplanos inclinados, da proteco em capotamento, daproteco dos rgos que desenvolvem e transmitem

  • 17

    movimentos, do engate edesengate de alfaias, dascaractersticas agronmicas,da utilizao como transportepara alm do condutor e aindaao nvel da manuteno.

    O armazenamento de produtos qumicos, quandoem pequenas quantidades, deve ser feito em armriofechado chave, sinalizado e situado em local deacesso reservado. Nos locais de armazenamentodestes produtos deve existir boa luz natural e umainstalao elctrica que no comporte risco de

    incndio/exploso, dispondo ainda de meios decombate a incndios. O armazenamento destesprodutos exige tambm uma construo slida, combom arejamento por forma a permitir nveis mdiosde temperatura e fcil manuteno. Tambm asembalagens vazias dos produtos utilizados devemser correctamente acondicionadas e entregues empontos de recolha especficos para o efeito.

    Acidentes

  • 18

    A movimentao de cargas manualmente e aconsequente necessidade de prevenir as lesesdorso-lombares outro aspecto muito importante ater em conta. Neste sentido, de evitar o recurso movimentao manual de cargas superiores capacidade do operador. Para este efeito deverecorrer-se utilizao de equipamentos adequados,nomeadamente passadeiras rolantes, sem-fins,empilhadores, guinchos e carros de mo.

    No que se refere ao maneio animal, o tratamentoe conteno deve ser executado de forma aproporcionar menores danos aos prprios animais eoperadores.

    Tambm o equipamento de proteco individualdo operador (EPI), deve ser sempre adequado operao que se pretende realizar.

    7 - A Segurana e as mquinas agrcolas

    Quadro 4 Definio de segurana activa/segurana passiva

    As mquinas agrcolas continuam a serequipamentos potencialmente perigosos, to emboraa sua concepo constitua um processo dinmico embusca de caractersticas visando a segurana. A suautilizao em segurana, exige um total e profundoconhecimento das suas potencialidades e limitaes.

    Segurana Activa

    constituda pelos equi-pamentos de segurana,disponibilizados na mquinae que actuam por vontade einterveno e/ou interfernciaexpressa do operador.

    Segurana Passiva

    assegurada pelo conjuntode equipamentos desegurana, disponibilizadosna mquina e que realizam asua funo independente davontade do operador.

    Fotos: Manutan

  • 19

    7.1 - Equipamentos de segurana

    7.1.1 - Estruturas de segurana em mquinasagrcolas so estruturas montadas ou integradas namquina que, em caso de capotamento, permitemgarantir um espao inviolvel e suficientementeamplo, que no momento do acidente proteja ooperador e simultaneamente proteja a prpriamquina.

    Este equipamento, para constituir uma estruturade segurana, deve ser homologado e certificadopara cada modelo de mquina e pode assumir trstipos:

    - Aros- Quadros- Cabinas (montadas e integradas)

    7.1.2 - Estruturas de segurana em alfaiasagrcolas so normalmente constitudas por barrasou forras que garantem a integridade fsica dooperador face aos rgo em movimento, garantindosimultaneamente a proteco da prpria alfaia.

    A segurana e as mquinas agrcolas

  • 20

    7.1.3 - rgos que desenvolvem e transmitemmovimentos, nomeadamente:

    - Rodas: utilizao de pneumticosrecomendados para o modelo da mquina,com piso em bom estado de conservao eprotegidas por guarda-lamas;

    - Tomada de fora: protegida por tampa deresguardo;

    - Veio telescpio de cardans: para que a suafuno seja exercida em segurana, devegarantir sempre uma sobreposio mnima deum tero do seu comprimento total e quandorecolhido deve possuir uma folga de quatro acinco centmetros e deve garantir-se a sualubrificao diariamente ou, quando emfuncionamento em ngulo superior a 20, deoito em oito horas com desligamento emmanobra. Deve ser dimensionado de acordocom as exigncias prescritas pelo fabricanteda alfaia. A sua proteco deve serassegurada pela luva ou manga.

  • 21

    7.1.4 - Outros mecanismos de proteco:

    - Dispositivo de arranque manual, deve serconcebido de forma a permitir que a mo sesolte facilmente em caso de inverso dosentido da rotao;

    - Sistema homem morto, sempre que a mo dooperador deixe de pressionar o manpulo,provoca a paragem automtica da mquina;

    - Patilha de segurana deacelerador, s permiteaccionar o aceleradorquando a patilha deproteco estiver premida.

    7.1.5 - Equipamento de proteco individual(EPI), no trabalho com mquinas agrcolas, fundamental adequar-se o EPI tarefa que seest a desenvolver.

    Neste sentido, podemos considerar oequipamento genrico que o operador deve usarsempre que utiliza, procede manuteno ou apequenas reparaes numa qualquer mquinaagrcola:

    - Vesturio justo, fechado/apertado e sempontas pendentes (preferencialmente fato demacaco);

    - Calado com biqueiras em ao;- Luvas;- Proteco da cabea, chapu, bon e sempre

    que tenha cabelo cumprido us-lo apanhado.

    A segurana e as mquinas agrcolas

  • 22

    O equipamento especfico que est associado execuo de tarefas tambm especficas que peloseu grau de perigosidade assim o exigem, como porexemplo a aplicao de produtos qumicos ou txicosem que o EPI deve garantir a proteco de todas aszonas corporais:

    - A cabea;- As vias respiratrias;- Zona facial, incluindo a ocular;- As mo e braos;- O tronco;- Os ps e pernas.

    O equipamento usado para este efeito devepossuir caractersticas prprias, apresentadas noponto 8 - Segurana na Aplicao de ProdutosFitofarmacuticos.

    A utilizao de uma roadora, em que serecomenda para alm do equipamento genrico autilizao de:

    - culos ou viseira;- Auscultadores;- Polainitos.

    7.2 ParqueamentoAs mquinas e alfaias agrcolas devem ser

    parqueadas num armazm que permita para alm deguardar estes equipamentos, o engate e desengatede alfaias, proceder sua manuteno e pequenasreparaes.

    O armazm deve ser concebido tendo em vista asnecessidades para se proceder a estas operaescom segurana, nomeadamente: bons acessos, bemdimensionado, com arejamento, com iluminao, defcil limpeza, com piso impermevel e anti-derrapante, rampas de entrada/sada, gua, correnteelctrica, sistema de preveno e combate aincndios,....

    Foto: Manutan

  • 23

    As mquinas s devem ser colocadas a trabalharem locais fechados, durante o tempo indispensvelpara a sua retirada.

    7.3 - ManutenoA manuteno das mquinas e alfaias agrcolas,

    constitui uma das mais importantes medidas depreveno de acidentes. Antes de iniciar um dia detrabalho devem executar-se os cuidados peridicosdirios:

    Todas as mquinas e equipamentos devempossuir livro de instrues e/ou certificado deconformidade. A sua leitura e consulta, constitui omelhor instrumento de utilizao para o operador/utilizador.

    Em cada armazm deve existir um plano demanuteno, que deve ser cumprido, para cadamquina/alfaia da explorao, sempre de acordocom as recomendaes do fabricante.

    Na substituio de lubrificantes, abastecimento decombustveis ou na aplicao de qualquer outroproduto capaz de provocar perigosidade para ohomem, animais ou ambiente, deve haver um cuidadoredobrado de forma a evitar derrames.

    A segurana e as mquinas agrcolas

  • 24

    7.4 Acesso mquina agrcola

    A abordagem mquina deve ser sempreefectuada pela esquerda (lado da embraiagem).

    A subida/descida deve fazer-se sempre com amquina imobilizada, usando todos os degraus disposio e, utilizando sempre trs apoios,recorrendo s pegas colocadas ergonomi--camente para o efeito.

    A plataforma da mquina deve possuir piso anti-derrapante, permanecer sempre limpa e livre dequalquer obstculo que possa dificultar o acesso.

    7.5 Engate/desengate de alfaias

    7.5.1 - Sistema de engate manual, o operador deveter o mximo de cuidado ao realizar esta operao:

    - A mquina deve estar imobilizada e alinhadacom a alfaia;

    - O operador deve abordar os pontos de engatesem se colocar entre os dois equipamentos,no se deve apoiar em qualquer um deles nemtentar arrastar a alfaia;

    - Preferencialmente amquina deve estarequipada com comandosexternos do sistema dohidrulico.

    7.5.2 - Sistema de engate rpido, o operador podeproceder ao engate e desengate de alfaias,comodamente e em segurana, sem abandonar oposto de conduo.

    A segurana e as mquinas agrcolas

  • 25

  • 26

    7.6 Utilizao das mquinas trabalho

    7.6.1 - Escolha da mquinaA mquina a utilizar para cada tarefa deve ser a maisadequada ao trabalho que vai desenvolver.

    7.6.2 - Ajuste da mquina ao operadorO operador deve ter o cuidado de, antes de iniciar otrabalho, proceder adaptao e regulao damquina sua estatura. Deve ajustar a si os rgosregulveis, por forma a encontrar uma posio detrabalho confortvel e de segurana.

    7.6.3 - Escolha da alfaiaA escolha da alfaia ou do conjunto de alfaias para aexecuo de uma operao, ter de ter em contavrios aspectos, nomeadamente, as caractersticasda mquina, no caso de se tratar de uma operaocultural, as caractersticas do solo, o tipo de cultura eo objectivo da operao.

    7.6.4 - Deslocao de mquinas/alfaias emestradaPara alm do necessrio cumprimento das regrasdo cdigo de estrada, necessrio, sempre que setrate de mquinas ou alfaias de grandes dimenses,que estejam equipadas com toda a sinalizao e

    iluminao exigidas. O trabalho de mquinasagrcolas em estrada exige tambm que os travesestejam sempre solidrios.

    7.6.5 - Horizonte visual A realizao de uma tarefa em segurana, obriga aque o operador possua uma viso completa do meioenvolvente. No sentido de proporcionar estascondies, existem mquinas que possibilitam areverso do banco do operador.

    7.6.6 - Operaes em superfcies inclinadas A estabilidade das mquinas e alfaias muito difcil

  • 27

    de garantir na execuo do trabalho em declive ouem superfcies muito acidentadas e irregulares, peloque, o trabalho a desenvolver em parcelas com estascaractersticas necessita da adopo de medidassuplementares de segurana, nomeadamente quantoao sentido da deslocao, que deve ser feito deacordo com as curvas de nvel.

    7.7 A segurana de terceirosAinda que o risco do acidente com mquinasagrcolas incida maioritariamente no operador, htambm outros grupos de risco, principalmentequando se desenvolvem actividades que exigem aparticipao de recursos humanos associados aotrabalho da mquina.

    Neste caso, o operador, para alm de ter que ter emateno a sua segurana, tem tambm de zelar pelasegurana dos restantes trabalhadores, que devem,de igual forma cumprir todas as normas de higiene esegurana. Quando se trata da utilizao deequipamentos pouco vulgares, constitui tambmgrupo de risco os observadores, pessoas queinadvertidamente se expem ao perigo parasatisfazer a sua curiosidade.

    Para alm destes, h tambm os transeuntes emgeral, que involuntariamente podem estar expostosao risco. Para estes dois ltimos grupos, tambm setorna necessrio tomar medidas de seguranaadequadas situao.

    A segurana e as mquinas agrcolas

  • 28

  • 29

    7.8 A segurana na utilizao de ferramentasA actividade agrcola impe a necessidade deutilizao frequente de ferramentas diversas naresoluo de pequenas avarias nas mquinas ealfaias, nos estbulos e na explorao em geral.

    Muitas vezes estas reparaes envolvem correnteelctrica, materiais de construo civil, madeira, entreoutras, pelo que, os trabalhadores devem:

    - estar sempre munidos de EPI adequado tarefa que esto a desempenhar;

    - utilizar a ferramenta adequada tarefa e emboas condies de conservao e higiene;

    - ter um correcto conhecimento quanto ao seufuncionamento;

    - em trabalho tecnicamente mais exigentes(electricidade, soldadura,...), procurar umtcnico especialista.

    Fotos: Manutan

    A segurana e as mquinas agrcolas

  • 30

    8 - Segurana na aplicao de ProdutosFitofarmacuticos

    O uso imprudente de produtos fitofarmacuticos um dos factores que no trabalho agrcola mais afectaa sade dos trabalhadores, pois a sua utilizao emanuseamento envolvem elevados riscosprofissionais, estando frequentemente associados aintoxicaes graves e muitas vezes mortais.

    A aplicao destes produtos deve ser feitaatendendo eficcia biolgica contra o inimigo acombater e aco secundria do produto para ohomem e para os auxiliares e ambiente.

    Neste sentido, indispensvel respeitar asindicaes do rtulo do produto, no que se refere concentrao, dose, volume de calda, modo deemprego, precaues toxicolgicas, intervalo desegurana e indicaes de tratamentos dealternncia, bem como o equipamento individual desegurana indicado.

    Tambm a tecnologia de aplicao, aspecto muitasvezes negligenciado, continua a considerar-setecnicamente fundamental para o xito dumaaplicao. Parmetros como, a cultura, o modo de

  • 31

    produo, a identificao dos alvos a tratar, a escolhado produto a aplicar, determinam a escolha doequipamento (alto, mdio ou baixo volume). O tipode bicos, o estado de manuteno/conservao, e aprvia calibrao do equipamento, so normasimportantes a ter em considerao antes de iniciaruma aplicao.

    Este equipamento, para alm de serconvenientemente seleccionado deve sercorrectamente utilizado. A sua eficcia durante autilizao varia com vrios factores:

    - nvel de contaminao;

    - movimento do operador;

    - conservao do EPI;

    - contacto com a cultura durante a aplicao.

    Equipamentos de Proteco Individual ou EPIsSo quaisquer meios ou dispositivos destinados aser utilizados por uma pessoa contra possveisriscos ameaadores da sua sade ou seguranadurante o exerccio de uma determinada actividade.Um equipamento de proteco individual pode serconstitudo por vrios meios ou dispositivosassociados de forma a proteger o seu utilizadorcontra um ou vrios riscos simultneos.

    Segurana na aplicao de Produtos Fitofarmacuticos

  • 32

    8.1 - Equipamento de proteco respiratriaQuadro 5 Equipamento de proteco respiratria, classificaoquanto forma

    Quadro 6 - Equipamento de proteco respiratria, classificaodos filtros quanto ao tipo

    Filtros mecnicos Filtros qumicos Filtros combinados Tipo Contra ps e partculas, distinguem-se pela cor branca, letra P com nmero associado, 1, 2 ou 3 cuja proteco aumenta proporcionalmente ao aumento do valor do nmero: P1 Normal para partculas slidas. P2 Alto poder de reteno, partculas slidas e liquidas. P3 Mximo poder de reteno, partculas slidas e liquidas.

    Retm gases e vapores qumicos, classificados por letra e cor: A Castanho - vapores orgnicos, dissolventes, pinturas. B Cinzento - gases e vapores orgnicos, cloro gases cidos. E Amarelo - anidrido sulfuroso. K Verde - Amonaco. Poder de reteno classificado por nmero: 1 Normal 1 Alto 2 - Mximo

    Proteco simultnea, contra gases e partculas, distinguem-se pela combinao de letras, nmeros e/ou cores. Exemplo: Filtro A2P3, poder de reteno alto contra vapores orgnicos e poder de reteno mximo contra partculas slidas e lquidas.

    Regra geral, para a aplicao da maioria dosprodutos fitofarmacuticos, salvo indicao contrriano rtulo, devem ser utilizados filtros contra vaporesorgnicos e ps, tipo A/P (castanho e branco) e paracidos os B/P (cinzento e branco).

    8.2 - Equipamento de proteco ocularUtilizao de culos de proteco total, ajustados

    ao rosto por forma a no permitirem a entrada departculas mas permitam a circulao de ar.

    Fotos: Manutan

    Forma Mscaras, proteco de nariz e bocaFiltros e mscaras que protegem nariz, boca e olhos

    Capacetes e mscaras com ventilao forada - protecointegral da cabea. Sistema de ventilao forada quepermite a respirao sem esforo.

  • 33

    8.4 - Equipamento de proteco das mosAs luvas utilizadas devem corresponder ao

    tamanho da mo encontrar-se em bom estado deconservao e devem possuir a marca CE.

    Luvas indicadas para proteco contra produtosquimicos:

    - Luvas de Nitrilo- Luvas de Neoprene- Luvas de Viton

    Quadro 7 - Caractersticas na etiqueta CE para as luvas

    Normas Proteco EN388 Resistncia mecnica EN374 Qumicos e microorganismos EN407 Temperaturas altas EN374 Frio EN407 Radiaes inicas e radioactivas

    No manuseamento de produtos fitofarmacuticosrecomenda-se a utilizao de luvas tipo EN374 ouEN 384, que, para maior conforto podem sercaladas por cima de luvas de algodo.

    Foto: Manutan

    Foto: Manutan

    8.3 - Equipamento de proteco auditivaA proteco auditiva, normalmente garantida pela

    utilizao de tampes ou auriculares, deve ser usadae dimensionada de acordo com o rudo emitido peloequipamento utilizado.

    Segurana na aplicao de Produtos Fitofarmacuticos

  • 34

    8.5 - Equipamento de proteco do tronco,membros e cabea

    A proteco do tronco, membros e cabea deveser assegurada por fatos preferencialmenteintegrados (fato de macaco com capuz).

    Estes fatos devem ser impermeveis e especficospara aplicao de produtos fitofarmacuticos, noentanto, a temperatura e humidade relativa elevadas,dificultam a sua utilizao por perodos alargados, oque torna vulgar o recurso a fatos de macaco emalgodo, tambm eficazes para prevenir a penetraoda calda at determinados nveis de contaminao.

    A eficcia dos fatos de macaco em algodo napreveno da penetrao da calda, varia com apercentagem de algodo na sua constituioassociada ao nmero de lavagens.

    A permeabilidade diminui com o aumento donmero de lavagens em fatos de macaco de 100%de algodo. Em fatos de macaco com 65% dealgodo e 35% de poliester a penetrao aumentacom o aumento do nmero de lavagens.

    Quadro 8 Caractersticas de impermeabilidade doequipamento de proteco do tronco, membros e cabea

    Tipo Caractersticas 1 Impermevel a gases 2 No impermevel a gases 3 Impermevel a lquidos 4 Impermevel pulverizao 5 Proteco contra partculas 6 Proteco limitada contra salpicos

    Por norma, para aaplicao de produtosfitofarmacuticos, salvoindicao contrria nortulo, so recomendadosfatos de proteco do tipo4 ou 6, devidamentetestados de acordo com aEN 463 ou EN 468.

    Foto: Manutan

  • 35

    8.6 - Equipamento de protecodos ps

    Deve recorrer-se a botas deborracha, vedadas e impermeveis(abaixo do joelho), preferencialmenteresistentes a produtos qumicos,forradas a algodo.

    8.7 - Utilizao do EPIO equipamento de proteco individual deve ser

    bem seleccionado, dimensionado estatura doutilizador e ainda correctamente utilizado.

    A proteco da cabea deve ser realizada com ocapuz do fato de macaco para no possibilitar acontaminao pela regio do pescoo. Esteprocedimento pode ser substitudo pela aplicao decapacete e mscara de proteco integral da cabea.

    O fato de macaco a utilizar deve ser seleccionadode acordo com os parmetros j definidos, deve terincorporado capuz, e um sistema de fecho e devesobrepor as luvas e as botas.

    Segurana na aplicao de Produtos Fitofarmacuticos

  • 36

    8.8 - Preparao das caldasCalda o lquido pronto a ser utilizado (geralmente

    em pulverizao) e no qual so dispersos os produtosfitofarmacuticos que se pretendem aplicar, devendoser aplicada imediatamente aps a preparao. Setal no for possvel, a calda em repouso deve seragitada at ficar homognea antes da aplicao.

    Quando se pretende utilizar mais do que umproduto na mesma calda, deve seguir se asrecomendaes do rtulo e/ou dos fabricantes (tabelade compatibilidades) e no se deve misturar maisde 3 produtos na mesma calda.

    A sua preparao, varia tambm com o tipo deformulao do produto, assim:

    Quadro 9 Relao do modo de preparao da calda com o tipode formulao do produto

    Fonte: SAPEC - AGRO

    Tipo de formulao Modo de preparao da calda Grnulos dispersveis em gua Concentrado para emulso Emulso de leo em guaP solvel Soluo Soluo aquosa

    No recipiente onde se prepara a calda colocar metade da gua necessria. Juntar a quantidade de produto a utilizar e completar o volume de gua agitando sempre.

    P molhvel No recipiente onde se prepara a calda colocar metade da gua necessria. Numa vasilha, juntar a quantidade de produto a utilizar com um pouco de gua e agitar continuamente at obter uma pasta homognea e sem grumos. Deitar esta pasta no recipiente e completar o volume de gua agitando sempre. Evitar deixar a calda em repouso.

    Suspenso concentrada Suspenso aquosa de microcpsulas Suspenso oleosa

    No recipiente onde se prepara a calda colocar metade da gua necessria. Agitar bem a embalagem at o produto ficar homogneo. Colocar a quantidade de produto a utilizar e completar o volume de gua, agitando sempre.

    Segurana na aplicao de Produtos Fitofarmacuticos

  • 37

  • 38

    A preparao da calda constitui o momento demaior risco para o utilizador, uma vez que o produto manipulado na sua forma mais concentrada, peloque, importante seguir os procedimentos desegurana.

    Senhor aplicador:

    - Proteja-se eficazmente com vesturio eequipamento adequado (EPI);

    - Evite pulverizar em dias com muito vento ou commuito calor. Caso haja algum vento ser necessriopulverizar por forma a que este arraste o produto emsentido contrrio ao do aplicador. Nas pocas demuito calor aplique as caldas logo pela manh, nashoras mais frescas;

    - Escolha um local bem ventilado, de prefernciaao ar livre, afastado das habitaes, dos cursos degua, dos poos, e das crianas para proceder preparao da calda;

    - Leia as instrues contidas no rtulo;- Evite o contacto do produto com a pele e os olhos;- Para agitar utilize uma vara e nunca as mos;- No coma, no beba e no fume durante todo o

    processo;- No deite fora restos de produto ou restos de

    calda. O produto que sobrar deve ser guardado na

  • 39

    sua embalagem original e a calda deve ser toda gastana pulverizao. Por isso, muito importante calcularpreviamente o volume de calda que vai ser necessriopara efectuar o tratamento;

    - Nunca encha o depsito do pulverizador a partirde um curso de gua, canal ou poo, sem a vlvulaanti-retorno instalada e sem exercer vigilnciapermanente;

    - Nunca deixe sem vigilncia o equipamento cheioe pronto a utilizar;

    - No deixe os produtos ou as embalagens vaziasabandonadas ou espalhadas;

    - As caldas devem ser preparadas medida quevo sendo utilizadas. Os produtos fitofarmacuticospodem sofrer alteraes quando as caldas sopreparadas com muita antecipao em relao aostratamentos e, por isso, no terem o efeito esperado;

    - O material usado na preparao da calda deveser bem lavado. A gua das lavagens dasembalagens dever ser utilizada na prpria calda;

    - Aps a aplicao o trabalhador deve lavar-se evestir-se com roupa limpa, principalmente antes decomer, beber ou fumar;

    - A aplicao de pesticidas em espaos confinadoscomo estufas e abrigos exige uma maior ateno,devido ao maior perigo de intoxicao.

    Segurana na aplicao de Produtos Fitofarmacuticos

  • 40

    Muitas vezes a impreciso na preparao dascaldas, nomeadamente no que se refere squantidades de produto a aplicar por unidade desuperfcie a tratar, responsvel pela falta de eficciado produto aplicado.

    Neste sentido, e para se determinar aconcentrao da calda (l ou Kg/hl de calda),necessitamos de conhecer o dbito do pulverizador.

    Quando este valor no conhecido, necessriocalibrar o pulverizador:

    Clculo do dbito do pulverizador

    O dbito do pulverizador depende:- Do tipo e do nmero de bicos utilizados;- da presso a que o pulverizador vai trabalhar;- da velocidade de deslocao da mquina.

    Assegurando o perfeito funcionamento da mquinah que fazer um ensaio em branco (s com gua).

    Para tanto deve:

    1. encher o depsito do pulverizador com gua;2. marcar no terreno uma rea de por exemplo,

    100 m2 (20 x 5 m ou 10 x 10 m);3. mantendo a presso e velocidade de

    deslocao constantes, pulverizaruniformemente os 100 m2 de terreno;

    4. determinar a quantidade de gua gasta(medindo o volume de gua necessrio paravoltar a encher o depsito);

    5. calcular o dbito, determinando o valor doproduto 100 x N, em que N o nmero de litrosde gua consumido.

    O valor encontrado o dbito do pulverizadorem l/ha

    Para ajudar na determinao da concentrao edas doses de produtos a utilizar, tendo em conta odbito do pulverizador e a dose de produtorecomendada, apresenta-se o quadro da pginaseguinte.

    DbitoQuantidade de calda gasta por unidade desuperfcie, normalmente expresso em Litros porhectare

  • 41

    DB

    ITO D

    O P

    ULV

    ERIZ

    ADOR

    (l d

    e ca

    lda/

    ha)

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    900

    1000

    1100

    1200

    1,00

    0,50

    0,33

    0,25

    0,20

    0,16

    0,14

    0,12

    0,11

    0,10

    0,09

    0,08

    1,50

    0,75

    0,50

    0,37

    0,30

    0,25

    0,21

    0,19

    0,16

    0,15

    0,14

    0,13

    2,00

    1,00

    0,66

    0,50

    0,40

    0,33

    0,28

    0,25

    0,22

    0,20

    0,18

    0,16

    2,50

    1,25

    0,83

    0,62

    0,50

    0,41

    0,36

    0,31

    0,27

    0,25

    0,23

    0,21

    3,00

    1,50

    1,00

    0,75

    0,60

    0,50

    0,43

    0,38

    0,33

    0,30

    0,27

    0,25

    3,50

    1,75

    1,16

    0,87

    0,70

    0,58

    0,50

    0,44

    0,38

    0,35

    0,32

    0,29

    4,00

    2,00

    1,33

    1,00

    0,80

    0,66

    0,57

    0,50

    0,44

    0,40

    0,36

    0,33

    4,50

    2,25

    1,50

    1,12

    0,90

    0,75

    0,64

    0,56

    0,50

    0,45

    0,41

    0,37

    5,00

    2,50

    1,66

    1,25

    1,00

    0,83

    0,71

    0,63

    0,55

    0,50

    0,45

    0,42

    5,50

    2,75

    1,83

    1,37

    1,10

    0,92

    0,79

    0,69

    0,61

    0,55

    0,50

    0,46

    6,00

    3,00

    2,00

    1,50

    1,20

    1,00

    0,86

    0,75

    0,66

    0,60

    0,55

    0,50

    6,50

    3,25

    2,16

    1,62

    1,30

    1,08

    0,93

    0,81

    0,72

    0,65

    0,59

    0,54

    7,00

    3,50

    2,33

    1,75

    1,40

    1,16

    1,00

    0,89

    0,77

    0,70

    0,64

    0,58

    7,50

    3,75

    2,50

    1,87

    1,50

    1,25

    1,07

    0,94

    0,83

    0,75

    0,68

    0,63

    8,00

    4,00

    2,66

    2,00

    1,60

    1,33

    1,14

    1,00

    0,88

    0,80

    0,73

    0,65

    9,00

    4,50

    3,00

    2,25

    1,80

    1,50

    1,29

    1,12

    1,00

    0,90

    0,82

    0,75

    DOSE

    (l o

    u kg

    /ha)

    10,0

    05,

    003,

    332,

    502,

    001,

    661,

    431,

    251,

    111,

    000,

    910,

    83

    CONCE

    NTR

    AO

    DA

    CALD

    A (l o

    u kg

    /hl d

    e ca

    lda)

    Tabe

    la 4

    :Con

    cent

    ra

    o da

    cal

    da fa

    ce o

    db

    ito d

    o pu

    lver

    izad

    or e

    a d

    ose

    reco

    men

    dada

    Font

    e: S

    IPCA

    M Q

    uimag

    ro

    Segurana na aplicao de Produtos Fitofarmacuticos

  • 42

    9 - Segurana na movimentao manual decargas

    A Movimentao Manual de Cargas pode serdefinida como qualquer operao de movimentaoou deslocamento voluntrio de cargas, incluindo asoperaes fundamentais de elevao, transporte edescarga.

    A movimentao manual de cargas uma dasformas de trabalho mais antigas e comuns,responsveis por um elevado nmero de leses eacidentes de trabalho, em consequncia demovimentos incorrectos ou esforos fsicosexagerados, de grandes distncias de elevao, doabaixamento e transporte, bem como de perodosinsuficientes de repouso, especialmente quando setratam de cargas volumosas.

    Estas leses, na sua grande maioria, afectam acoluna vertebral atravs de leses nos discosintervertebrais, causando dor por compresso, podeno entanto, desenvolverem-se tambm leses aoutros nveis, musculares, escrotais, ligamentos,tendes, etc.

    Concentrao a quantidade de produto fitofarmacutico a utilizarem 100 l de gua. Exprime-se em percentagem(%).

    DoseQuantidade de produto comercial a aplicar porunidade de superfcie. Em regra exprime-se emgramas, quilogramas, mililitros ou litros por hectare(10.000 m2).

    Volume da caldaQuantidade de gua mais produto agroqumico aaplicar por unidade de superfcie a tratar (em regra,refere-se ao hectare). refere-se por norma a altovolume ou seja a dbitos da ordem dos 800-1000l de calda por hectare.

  • 43

    Figura 4: Leses na coluna vertebralFonte: O Portal da Construo

    Relativamente movimentao de cargas eposturas incorrectas, indispensvel a utilizao deequipamentos mecnicos, a reduo do peso evolume das cargas a manusear manualmente,organizar a rotatividade das tarefas e investir naformao e informao dos trabalhadores eempresrios agrcolas.

    9.1 - Medidas de preveno na movimentaomanual de cargas

    De forma a minimizar os riscos e, consequentemente,as leses, nas actividades de transporte manual decargas, existem vrias medidas de preveno quese devero tomar:

    - A reduo das cargas (os valores-limite dacarga variam consoante idade, sexo, duraoda tarefa, frequncia do movimento deelevao e transporte e capacidade fsica dotrabalhador);- A correcta seleco do pessoal quedesempenha as actividades;- A formao sobre tcnicas correctas demovimentao de cargas;- A utilizao de Equipamentos de ProtecoIndividual adequados (vesturio, luvas ecalado);- A utilizao de meiosmecnicos auxiliares (carrosde mo, rolos, patins,pinas, garras, montacargas, gruas, sem-fins);- A readequao do espaode trabalho.

    Foto: Manutan

    Segurana na movimentao manual de cargas

  • 44

    9.1.1 - Regras de preveno no levantamento decargas do solo:

    - Posicionar-se o mais perto possvel dacarga, em posio estvel;- Afastar os ps com o objectivo de equilibrara distribuio do peso;- Agarrar a carga firmemente, sempre quepossvel com a mo completa;- Flectir os joelhos mantendo as costasdireitas, de forma a evitar um esforoincorrecto da coluna, prevenindo oaparecimento de leses e/ou doenas;- Elevar a carga sem puxes bruscos,mediante a extenso das pernas;- Manter os braos e a carga o mais prximopossvel do corpo.

    9.1.2 - Regras de preveno no transporte decargas:

    - Transportar as cargas mantendo as costasdireitas;- Transportar as cargas simetricamente;- Suportar a carga com o esqueleto corporal;- Manter a carga prxima do corpo;- Colocar os dedos afastados de locais ondepossam ficar entalados durante a descida dacarga;- Baixar a carga suavemente.

  • 45

    9.2 - Boas prticas na movimentao manual decargas

    Sr. Agricultor:

    1- Planeie o que pretende fazer e, se necessrio, vbuscar ajuda ou recorra a meios mecnicos;2 - Afaste os seus ps, de modo a equilibrar adistribuio do peso;3 - Flita os joelhos e agarre firmemente a carga comas duas mos;4 - Levante a cabea e mantenha as costas direitasenquanto levanta a carga;5 - Levante a carga at sua cintura devagar,enquanto endireita as suas pernas, ao mesmo tempoque mantm os seus cotovelos junto ao seu tronco;6 - Evite tores do tronco;7 - Evite movimentos bruscos que provoquem picosde tenso;8 - Para colocar a carga no cho, dobre os joelhos emantenha sempre as costas direitas.

    Segurana na movimentao manual de cargas

  • 46

    Referncias bibliogrficas:Silva, Albano, A Segurana e as Mquinas Agrcolas, Apresentao em Power Point

    Silva, Albano, Higiene e Segurana no Trabalho, Apresentao em Power Point

    Silva, Albano, O Tractor e as Mquinas Agrcolas, Apresentao em Power Point

    Legislao:

    Legislao Comunitria:

    Directiva 89/686/CEE, de 21 de Dezembro, modificada pelas directivas: 93/68/CEE, 93/95/CEE, 96/58/CE

    Legislao Nacional:

    Decreto-Lei n. 330/93, de 25 de Setembro

    Decreto-Lei 128/93, de 22 de Abril

    Portaria 1131/93, de 4 de Novembro

    Decreto-Lei 139/95, de 14 de Junho

    Portaria 109/96, de 10 de Abril

    Portaria 695/97, de 19 de Agosto

    Decreto-Lei 374/98, de 24 de Novembro

  • 47

    Referncias bibliogrficas electrnicas:

    Autoridade para as Condies do Trabalho, Campanha de Informao e de Sensibilizao para o Sector Agrcola e Florestal, http://www.ishst.pt/documentacao1/master_agendadetail04.asp, consultado em Maio de 2009.

    Agroquisa, http://agroquisa.pt/page.aspx?idCat=259&idMastercat=1&idLayout=22&idLang=1, consultado em Maio de 2009.

    Azevedo, Jos; Guedes, Antnio Brando, Textos sobre Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, em Instituto para a Segurana,Higiene e Sade no Trabalho, 2006, http://www.ishst.pt/downloads/Bolsa_Textos/Riscos_trabalho_agricola_armazenar_bem_pesticidas.pdf, consultado em Maio de 2009.

    Guedes, Antnio Brando, Textos sobre Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, em Instituto para a Segurana, Higiene e Sadeno Trabalho, http://www.ishst.pt/downloads/Bolsa_Textos/Bolsa_Artigos_SHST_15.pdf, consultado em Maio de 2009.

    Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social, Acidentes de Trabalho 2006, http://www.dgeep.mtss.gov.pt/estatistica/acidentes/atrabalho2006.pdf, consultado em Maio de 2009.

    Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social, Boletim Estatstico de Abril de 2009, 2009, http://www.dgeep.mtss.gov.pt/estatistica/be/beabr2009.pdf, consultado em Maio de 2009.

    O Portal da Construo, Guia Tcnico, Segurana e Higiene no Trabalho, 2008, http://www.oportaldaconstrucao.com/guiastec/st-mov_manual_cargas_0508.pdf, consultado em Maio de 2009.*

    S, Almeida e, Acidentes de Trabalho, em CNA, 2002, http://www.cna.pt/artigostecnicos/almeidaesa/10_vtnovembro2002_almeidaesa.pdf, consultado em Maio de 2009.

    SAPEC AGRO, Preparao da Calda, http://www.sapecagro.pt/internet/webteca/artigo.asp?id=189&url_txt=&link=, consultado emMaio de 2009.

    Sipicam Quimargo, Preparao das Caldas, http://www.sipcam.pt/area_inf.asp?ID_informacao=4, consultado em Maio de 2009.

    Syngenta, http://www.syngenta.pt/prod_concentracao_doses.asp, consultado em Maio de 2009.

    Bibliografia

  • 48

    Edio | CNA Confederao Nacional da AgriculturaTtulo | Higiene e Segurana no Trabalho AgrcolaAutor | Joo FilipeCoordenao Tcnica | Roberto MileuPaginao | Ilustrao | Fotolitos | Impresso | Regi7Depsito Legal | 296260/09ISBN | 978-989-95157-6-5Tiragem | 300 exemplaresData | Junho 2009Produo apoiada pelo Programa AGRO - Medida 7 - Formao Profissional,Co-financiado pelo Estado Portugus e pela Unio Europeia, atravs do FSE

    Ficha Tcnica

  • 49Foto: DRABL

  • 50