hiperplasia prostática benigna

31
Hiperplasia prostática benigna ALUNA : ISADORA SOUZA RIBEIRO ETAPA : 7 PROFESSOR : MARCELO MORICKOCHI 1º SEMESTRE/2017 CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE FRANCA

Upload: isadora-ribeiro

Post on 12-Apr-2017

61 views

Category:

Health & Medicine


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Hiperplasia prostática benigna

Hiperplasia prostática benigna

ALUNA : ISADORA SOUZA RIBEIROETAPA : 7PROFESSOR : MARCELO MORICKOCHI

1º SEMESTRE/2017

CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE FRANCA

Page 2: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 2

Definições e epidemiologia• Neoplasia benigna mais comum no homem crescimento da próstata;

Sintomas urinários e perda da qualidade de vida;

• 30% de chance do homem necessitar de tratamento;

• 10% de chance de ser submetido a cirurgia.

17/02/2017

Page 3: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 3

Definições e epidemiologia• Muito frequente depois dos 60 anos relação com o envelhecimento:

HPB histológica: 10% aos 25 anos, 50% aos 60 anos e 95% aos 80 anos; HPB clínica: o 55 anos: 25% com sintomas de esvaziamento;o 75 anos: 50% com redução da força e calibre do jato urinário.

• Sintomas urinários são oscilantes: 30-60% melhora subjetiva dos sintomas 3-7 meses depois 1/3 evolui para cirurgia.

17/02/2017

Page 4: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 4

Etiologia - Envelhecimento• Principal fator de risco;

• Remodelação prostática na zona de transição;

• TGF-beta e Bcl-2: regulam apoptose.

17/02/2017

Page 5: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 5

Etiologia - hormonal• DHT no tecido prostático:

17/02/2017

Page 6: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 6

Etiologia – síndrome metabólica• Fatores de risco para desenvolver HPB:

DM não insulino-dependente; Hipertensão (PAD elevada); Obesidade (IMC > 30); Baixos níveis de HDL.

• Conclusão de um estudo: HPB seria um dos componentes da SM.

17/02/2017

Page 7: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 7

Etiologia - inflamatório Processo inflamatório crônico

Demanda de O2

Hipóxia

Fatores de crescimento endoteliais e outros

Neovascularização e crescimento fibromuscular

17/02/2017

Page 8: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 8

Etiologia - genética• 50% dos homens < 60 anos submetidos a cirurgia tem herança autossômica dominante;

• Parentes do sexo masculino risco 4x maior que a população normal.

17/02/2017

Page 9: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 9

Anatomia da próstata• Relações anatômicas importantes:

Sua base com o colo da bexiga; 1ª porção da uretra a perfura da base ao ápice; Sua face posterior com a ampola retal.

• Divida anatômica e funcionalmente em: Zona periférica (PZ): 75% do total; local preferencial de câncer; Zona central (CZ): 20% do total. Zona de transição (TZ): 5%. Junto as glândulas periuretrais. HPB.

17/02/2017

Page 10: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 10

Fisiopatologia• Proliferação do estroma fibromuscular e epitélio glandular na região periuretral e TZ:

Relação estroma-epitélio vai de 2:1 para 4:1.

• Sintomas da HPB:

1. Componente mecânico: dificuldade de esvaziamento vesical ( calibre e resistência uretrais);

2. Componente dinâmico: elevação da resistência uretral ( receptores e atividade alfa-adrenérgica);

3. Componente vesical: hiper- ou hipoatividade (falência detrusora).

17/02/2017

Page 11: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 11

Quadro clínico1. Sintomas de armazenamento/irritativos:

Polaciúria: > 8 micções/dia, com intervalo < 3 horas entre elas. Urgência: contrações involuntárias do detrusor. Nictúria: maior nº de micções durante período normal de sono (esvaziamento vesical incompleto ou

hiperatividade detrusora).

2. Sintomas de esvaziamento/obstrutivos: força e calibre do jato e intermitência: resistência uretral Hesitância: maior intervalo entre início do desejo miccional e o fluxo. Esforço abdominal: tenta pressão intravesical. Esvaziamento incompleto Gotejamento terminal: permanência urina na uretra bulbar ou falha manutenção da pressão da musculatura detrusora. Retenção urinária aguda

17/02/2017

Page 12: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 12

Diagnóstico1. Questionário: quantifica os sintomas do trato urinário superior (LUTS/I-PSS):

Leves: 0-7 Moderados: 8-19 Severos: 20-35 Retenção urinária: 35.

2. Toque retal: avaliar tamanho e consistência, existência de nódulos ou tecido pétreo;

3. Exame de urina tipo I: descartar infecções ou hematúria;

4. PSA.

17/02/2017

Page 13: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 13

Diagnóstico – PSA

17/02/2017

Page 14: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 14

Questionário

17/02/2017

Page 15: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 15

Diagnóstico diferencial

17/02/2017

Page 16: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 16

Tratamento• 2 objetivos:

1. Aliviar manifestações clínicas do paciente;2. Corrigir complicações relacionadas ao crescimento prostático.

• Conduta:1. Sintomas leves (I-PSS < 8): acompanhados anualmente.2. Sintomas moderados a severos (I-PSS > 8): tratamento medicamentoso.3. Sintomas severos (I-PSS > 19): cirurgia em 30% dos casos.

• Seguimento clínico: Orientação sobre doença e monitoração anual; Usada na maioria melhora sintomática espontânea em 42-45%.

17/02/2017

Page 17: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 17

Tratamento medicamentoso: alfabloqueadores

•Bloqueia receptores alfa-1 adrenérgicos na musculatura lisa do estroma prostático, uretra e colo vesical: resistência ao fluxo urinário, melhorando sintomas;

•Induz apoptose celular prostática;

•Principal indicação: próstata de pequeno tamanho e precisa de alívio rápido dos sintomas;

• 30-40% sintomas de esvaziamento;

•Efeitos colaterais: hipotensão ortostática ( tamsulozina e alfusozina – podem levar a ejaculação retrógrada).

17/02/2017

Page 18: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 18

Tratamento medicamentoso: inibidores da 5-AR

• 2 isoenzimas 5-AR:Tipo 1: fígado, pele, folículos pilosos, glândula sebácea e próstata (pequena qtde);Tipo 2: masculinização do feto e próstata (grande qtde).

• Finasterida: inibe tipo 2;

• Dudasterida: inibe tipos 1 e 2;

• Efeitos: 70-90% níveis intraprostáticos de DHT; volume prostático em 20%; PSA em 50%.

17/02/2017

Page 19: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 19

Tratamento medicamentoso: terapia combinada

• Inibidores da 5-AR: atuam sobre componente estático;

• Alfabloqueadores: atuam sobre componente dinâmico;

• Estudos: benefícios da combinação em homens: Próstata volumosa na ultrassonografia transretal: > 30 mL LUTS: moderados a severos.

17/02/2017

Page 20: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 20

Tratamento medicamentoso:fitoterápicos

• Utilizado na Europa, apesar de guidelines europeus, americanos e SBU não recomendarem;

• Fruto do saw palmetto (Serenoa repens), casca de Pygeum africanum, raiz da Echinacea purpurea e Hypoxis rooper.

propriedades antiandrogênicas, anti-inflamatórias e antiproliferativas

• Heterogenicidade dos agentes e metodologia aplicada nos estudos.

17/02/2017

Page 21: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 21

Tratamento minimamente invasivo• Tratamento-ouro: ressecção transuretral da próstata (RTUP)

morbidade e complicações

Alternativas a ele: TMI

Tempo cirúrgico, permanência hospitalar, taxas de complicações e custo.

17/02/2017

Page 22: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 22

Tratamento minimamente invasivo• Stents uretrais:

Introduzidos via endoscópica na uretra prostática; Temporários e definitivos; Recobertos por urotélio 4-6 meses após; Indicação: sem condições clínicas para procedimentos anestésico e cirúrgico; custo e transitoriedade de resultados.

• Termoterapia transuretral por micro-ondas (TUMT) Liberar calor no interior da próstata pela penetração de agulhas; Formação de áreas de necrose de coagulação no tecido prostático reabsorção da necrose melhora dos

sintomas obstrutivos. Indicação: escore de sintomas moderados, próstatas < 40 g e lobos laterais proeminentes; Complicações: retenção urinária, hematúria, frequência e urgência (até 2 semanas após); Vantagem: sob sedação EV e anestesia local, sem necessidade de internação.

17/02/2017

Page 23: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 23

Tratamento minimamente invasivo• Ablação prostática por holmium laser (HoLAP):

Vaporiza água dos tecidos e tem boa propriedade hemostática; Indicação: pacientes em uso de anticoagulantes; Desvantagens:

Tempo cirúrgico longo;Falta de material para estudo anatomopatológico;Sintomas irritativos prolongados no pós-operatório; custo do aparelho e manutenção.

17/02/2017

Page 24: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 24

Tratamento cirúrgico

17/02/2017

• Incisão transuretral da próstata (ITUP): Do trígono vesical justa-meatal e termina no veromontanum prostático, profundidade até a gordura

retrovesical e prostática, seccionando o colo vesical. Fácil execução, rápida recuperação e resultados superponíveis à RTUP; Indicação: jovens, sintomatologia de moderada a severa e próstata de pequeno tamanho (< 30 g); morbidade (sangramento, problemas de ejaculação e tempo de cateterismo); Taxa de retratamento após 5 anos: 15%.

Page 25: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 25

Tratamento cirúrgico• Ressecção transuretral da próstata (RTUP):

n°: tratamento farmacológico eficaz e + conhecimento sobre complicações e limitações. Próstatas de dimensões < 60 g; Melhora sintomática: I-PSS (85 a 90%) e fluxo urinário (150%); Complicações intra e perioperatórias: o Risco de hemorragia com necessidade de transfusão (4%);o Síndrome pós-RTUP/intoxicação hídrica:

Absorção intravascular de líquido de irrigação hiposmolar Hiponatremia, hipercalemia, hemólise, convulsões e coma (2%).

o Complicações tardias: disfunção erétil (4,2%), ejaculação retrógrada (75%), incontinência urinária (1%) e estenose uretral ou de colo vesical (3% - taxa de retratamento 7-12% em 8 anos).

17/02/2017

Page 26: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 26

Tratamento cirúrgico• Prostatectomia aberta:

Incisão abdominal infraumbilical e enucleação do adenoma via transvesical suprapúbica ou por via retropúbica (técnica de Millin);

Indicação: próstata de maiores dimensões (> 80 g); Melhores resultados a longo prazo nos parâmetros clínicos (95%) e fluxo urinário (200%); Taxa de reintervenção (2%); Desvantagens: o Forma terapêutica mais invasiva;o Transfusões sanguíneas (3 a 5%) e permanência hospitalar prolongada;o Longo período de inatividade. Apesar disso, temos verificado, nos últimos anos, aumento em sua indicação.

17/02/2017

Page 27: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 27

Complicações• Retenção urinária: 2-10%

Falência grave do detrusor mediante obstrução; Ingestão de alguns medicamentos (anticolinérgicos, antidepressivos, ansiolíticos e vasoconstritores

nasais); Infartos na próstata ou de prostatite aguda.

• Litíase vesical: Obstrução prostática; Recidiva quando se realiza intervenção apenas para remoção de cálculos vesicais, sem cirurgia para

alívio do processo obstrutivo.

• Infecções urinárias: 5% Piora sintomas urinários ou desencadeia retenção urinária; Por colonização prostática ou de urina residual; Bacteremia remoção da próstata se infecção persistente.

17/02/2017

Page 28: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 28

Complicações• Insuficiência renal obstrutiva (pós-renal): 2-3%

50% é silenciosa dificulta diagnóstico; Obriga a realização de cirurgia (após período de sondagem vesical contínua).

• Hematúria macroscópica:HPB por ruptura de vasos submucosos locais;Tende a ceder espontaneamente;Investigar: outras afecções, como tumores ou litíase.

17/02/2017

Page 29: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 29

Referências bibliográficas:1. Nardozza Júnior A, Filho MZ, Reis RB. Urologia Fundamental. São Paulo: Planmark; 2010.

2. Moore KL. Anatomia Orientada para a Clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2014.

17/02/2017

Page 30: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 30

Perguntas1. Os sintomas da HPB podem ser divididos em 2 grandes grupos. Quais são eles e quais seus

sintomas principais?

2. Que exames são necessários para fazer o diagnóstico de HPB?

3. Como é o tratamento dos pacientes com HPB e quais os medicamentos principais?

17/02/2017

Page 31: Hiperplasia prostática benigna

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 31

Perguntas com respostas1. Os sintomas da HPB podem ser divididos em 2 grandes grupos. Quais são eles e quais seus

sintomas principais?a. De armazenamento/irritativos: polaciúria, urgência e nictúria.b. De esvaziamento/obstrutivos: diminuição da força e calibre do jato urinários, hesitância, esforço abdominal,

esvaziamento incompleto, gotejamento terminal e retenção urinária aguda.

2. O que é necessário para fazer o diagnóstico de HPB?• Questionário que quantifica e classifica os sintomas, toque retal, urina I e PSA.

3. Como é o tratamento dos pacientes com HPB e quais os medicamentos principais? Sintomas leves é acompanhamento clínico, moderado a severo é medicamentoso, severo pode chegar a

cirúrgico. Medicamentos: alfabloqueadores (doxasozina, tansulozina) ou inibidores da 5-AR (finasterida ou

dudasterida).

17/02/2017