hidrogeologia ambiental

44
Hidrogeologia Ambiental Gary Wealthall

Upload: others

Post on 04-Dec-2021

10 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Hidrogeologia Ambiental

Hidrogeologia Ambiental

Gary Wealthall

Page 2: Hidrogeologia Ambiental

Dr. Gary Wealthall – Associate • “Gary has more than 25 years

experience investigating contaminated sites world-wide, and has lead advanced training courses in Europe, the Middle East, and North America. He holds advanced degrees in hydrogeology (M.Sc) and Environmental Engineering (Ph.D). Gary has co-authored guidance on investigation and conceptual site model development for DNAPLs and LNAPLs, and is an expert in fractured rock hydrogeology.”

Dr. Gary Wealthall

Page 3: Hidrogeologia Ambiental

Tópicos da Apresentação

1. Introdução

2. Sistemas de Águas Subterrâneas

3. Uso de Águas Subterrâneas

4. Descrição dos aquíferos e aquitardes

5. Velocidade de fluxo das águas subterrâneas

6. Discussão

3

Page 4: Hidrogeologia Ambiental

Introdução

Page 5: Hidrogeologia Ambiental

Os Recursos Hídricos na Terra

> 70% da superfície do nosso planeta é coberta por água

97,5% de toda a água na Terra é água salgada

~ 70% da água doce está congelada nas calotas polares

~ 1% da água doce do mundo é acessível para uso direto

Água doce é encontrada em lagos, rios, reservatórios e nas fontes subterrâneas que são rasas o suficiente para serem exploradas a um custo acessível. Somente esta quantidade é periodicamente renovada pela chuva e neve, e é, portanto, disponível numa base sustentável

Page 6: Hidrogeologia Ambiental

O Ciclo Hidrológico

Page 7: Hidrogeologia Ambiental

O “Reservatório” subterrâneo

• A precipitação entra no subsolo através de infiltração

• As propriedades do solo e vegetação governam a taxa de infiltração

• Água infiltrada aumenta a umidade do solo e o volume da água subterrânea – A água infiltrada aumenta a umidade do solo

– Parte é absorvida por capilaridade pelas raízes, parte é evaporada

Page 8: Hidrogeologia Ambiental

O “Reservatório” Subterrâneo

• A água infiltrada percola a um nível mais profundo

• É adicionada a água que ocupa espaços vazios subsuperficiais

• Esta é água subterrânea

Page 9: Hidrogeologia Ambiental

Sistemas de Águas Subterrâneas

Page 10: Hidrogeologia Ambiental

Sistemas de Águas Subterrâneas

Page 11: Hidrogeologia Ambiental

Porosidade

A maioria das águas subterrâneas residem em poros = pequenos espaços dentro de rochas

Porosidade refere-se ao volume total de espaços vazios no interior da rocha e que geralmente é apresentado em percentual (por exemplo, rocha tem uma porosidade de 25%)

Porosidade varia muito entre diferentes tipos de rochas

Page 12: Hidrogeologia Ambiental

Zonas Hidrogeológicas

Zona Insaturada / Zona Vadosa A porção de subsuperfície onde alguns dos poros são parcialmente preenchidos com ar, ou preenchidos apenas com ar

Zona Saturada / Zona Freática A porção de subsuperfície onde os poros são completamente preenchidos com água

Page 13: Hidrogeologia Ambiental

O lençol freático

• O limite entre as zonas insaturadas e saturadas

• O lençol freático não é uma superfície plana que nunca muda – Pode ter oscilações sazonais (períodos chuvoso e seco) e subir e descer

• Debaixo de montanhas e colinas, o lençol freático segue uma forma semelhante, mas moderada

Page 14: Hidrogeologia Ambiental

O que faz com que as águas subterrâneas escoem?

• Carga Hidráulica – Uma medida da energia potencial disponível para

direcionar o escoamento de um dado volume de água subterrânea

– A água subterrânea flui a partir de locais de alta carga hidráulica para locais com baixa carga hidráulica

– Geralmente expressa em metros acima de um ponto de referência (normalmente usa-se o nível do mar)

Page 15: Hidrogeologia Ambiental

Gradiente hidráulico (medido nos poços)

15

Gradiente Horizontal

Gradiente Vertical

Page 16: Hidrogeologia Ambiental

Recarga e Descarga

• Fluxos de Água Subterrâneas – Descendente em áreas de Recarga, e

– Ascendente em áreas de Descarga

Page 17: Hidrogeologia Ambiental

Linhas de Fluxo de Águas Subterrâneas

17

Page 18: Hidrogeologia Ambiental

Uso de Águas Subterrâneas

Page 19: Hidrogeologia Ambiental

Poços – Como podemos acessar as águas subterrâneas?

• Como a água é importante para a sociedade, o acesso à água subterrânea é importante.

• Temos acesso a água subterrânea através de poços e nascentes (onde as águas subterrâneas afloram na superfície da Terra)

• Poços de águas subterrâneas penetram a uma profundidade abaixo do nível freático, onde um aqüífero permite o acesso a água corrente

Page 20: Hidrogeologia Ambiental

Rebaixamento de poço e Cones de depressão • Quando um poço é perfurado para acessar um aquífero, sondadores gostam

de fazê-lo rasos para economizar custos

• Se um poço bombea água mais rápido do que ela é substituída pelo fluxo normal das águas subterrâneas, o rebaixamento forma um cone de depressão

• Cones de depressão podem secar temporariamente os poços próximos

Então, durante a perfuração de um poço, os sondadores devem considerar tanto a taxa de fluxo do aqüífero quanto as taxas de bombeamento de poços nas proximidades.

Page 21: Hidrogeologia Ambiental

• Alta, ou localizada, a extração de água subterrânea pode mudar a direção do fluxo da água subterrânea, movendo-se, assim, contaminantes para locais inseguros

Problemas nas águas subterrâneas

Page 22: Hidrogeologia Ambiental

• Água salgada é mais densa do que a água doce então ela permanece abaixo do lençol freático de água doce

• O bombeamento e o rebaixamento podem causar influxo de água salgada para o que seriam naturalmente aquíferos de água doce

Problemas nas águas subterrâneas

Page 23: Hidrogeologia Ambiental

• Pressão das águas subterrâenas mantém os grãos da rocha afastados

• Quando a água é removida a pressão da água subterrânea é reduzida, causando subsidência acima do aqüífero

Problemas nas águas subterrâneas

Page 24: Hidrogeologia Ambiental

Descrição dos Aquíferos e Aquitardes

Page 25: Hidrogeologia Ambiental

Aquíferos e Aquitardes

Aquífero: corpo de rocha ou sedimento saturado através do qual a água pode mover-se facilmente

Aquitarde: rocha ou sedimento que retarda o fluxo de águas subterrâneas devido à baixa porosidade e/ou permeabilidade

25

Page 26: Hidrogeologia Ambiental

Caracterização do Fluxo de Águas Subterrâneas

Page 27: Hidrogeologia Ambiental

Lei de Darcy

A lei de Darcy fornece uma descrição precisa do fluxo de água subterrânea em quase todos os ambientes hidrogeológicos

27

Page 28: Hidrogeologia Ambiental

Henri Darcy

Henri Darcy estabeleceu empiricamente que o fluxo de água através de uma formação permeável é proporcional à área de escoamento e ao gradiente hidráulico, e é inversamente proporcional ao comprimento do percurso do fluxo.

28

Page 29: Hidrogeologia Ambiental

Em geral, a Lei de

Darcy serve para

1. Fluxo saturado e insaturado fluxo

2. Estado estacionário e fluxo transiente

3. Fluxo em aquíferos e aquitardes

4. Fluxo em sistemas homogêneos e heterogêneos

5. Fluxo em meios isotrópicos ou anisotrópicos

6. Fluxo em rochas e meios granulares

* Pode também ser válido para o fluxo em meio fraturado

29

Page 30: Hidrogeologia Ambiental

Lei de Darcy

Aparelho experimental

K = Condutividade Hidráulica

Q ∝ A Q ∝ Δh

Q ∝ 1/L

Q ∝ A Δh/L

Q=-KAI

where I = Δh/L

30

Page 31: Hidrogeologia Ambiental

K representa uma medida da capacidade de fluxo através de meios porosos

Faixa de Condutividade Hidráulica (K)

31

Page 32: Hidrogeologia Ambiental

V (L/T) Q taxa de descarga (L3/T)

Área de seção transversal (L2)

A

Q = V*A (continuity equation)

Velocidade de Darcy = Descarga Específica

=

Page 33: Hidrogeologia Ambiental

Velocidade de Darcy

Velocidade de Darcy é uma velocidade fictícia, uma vez

que assume que o fluxo ocorre através de toda a

secção transversal da amostra de solo

O fluxo de fato ocorre apenas através de canais de

poros interconectados

33

Velocidade de Darcy

Velocidade de infiltração

Page 34: Hidrogeologia Ambiental

Velocidade de infiltração v (L/T) = Q (L3/T)

A n (L2)

mas Q = K i A (Lei de Darcy)

n K i

A n K i A

então v = =

Velocidade de infiltração

34

n = porosidade (adimensional)

Page 35: Hidrogeologia Ambiental

v = Velocidade média linear [L/T]

K = Condutividade hidráulica [L/T]

ne = Porosidade efetiva [L3/L3]

h/ l = Gradiente hidráulico [L/L]

Velocidade média linear

35

- v = K ne

h l

Page 36: Hidrogeologia Ambiental

Velocidade de fluxo das águas subterrâneas

Page 37: Hidrogeologia Ambiental

Cálculo*

1) Determinar a taxa de fluxo no aquífero

2) Estimar o tempo de deslocamento do topo do aquífero para um ponto 4 km a jusante

* assumindo nenhuma dispersão ou difusão

Page 38: Hidrogeologia Ambiental

Características do local

• Um aquífero confinado tem uma fonte de recarga

• K para o aquífero é 50 m/dia, e n é 0.2

• A carga piezométrica em dois poços 1000 m distantes

é 55 m e 50 m respectivamente, a partir de um

ponto de referência comum.

• A espessura média do aqüífero é de 30 m, e a largura

média é de 5 km

38

Page 39: Hidrogeologia Ambiental

Solução (Velocidade de Darcy)

• Área da seção transversal

A =30x5000 = 15x104 m2

• Gradiente hidráulico

I = (55-50)/1000 = 5x10-3

• Taxa de fluxo

Q=KAI = (50 m/dia)(15x104 m2)(5x10-3) = 37,500 m3/dia

• Velocidade de Darcy

V = Q/A = (37,500m3/dia)/(15x104 m2) = 0.25m/dia

39

Page 40: Hidrogeologia Ambiental

Solução (Velocidade de Infiltração e Tt)

• Velocidade de Infiltração

Vs = V/n = (0,25) / (0,2) = 1.25 m/dia (cerca de 4,1 ft/dia)

• Tempo de deslocamento 4 km a jusante

Tt = 4000m/1,25m/dia = 3200 dias ou 8,77 anos

Este exemplo mostra que a água subterrânea pode se mover muito lentamente ~ 9 anos para percorrer 4 km

40

Page 41: Hidrogeologia Ambiental

Estimated groundwater residence times

41

Page 42: Hidrogeologia Ambiental

A heterogeneidade resulta em uma variedade de características de fluxo e transporte em sistemas naturais

Page 43: Hidrogeologia Ambiental

Resumo

• O fluxo de águas subterrâneas é um processo complexo, que é descrito por leis empíricas baseadas em hipóteses simplificadas

• A zona insaturada é um ambiente de fluxo complexo que é descrito por processos não-lineares, e pode ser caracterizada por fluxos de escoamento preferenciais

• Os sistemas naturais são caracterizados por variabilidade (heterogeneidade) que se estende até 14 ordens de grandeza da condutividade hidráulica - velocidades de fluxo podem variar em função disso (por exemplo, km/dia a mm/ano)

Page 44: Hidrogeologia Ambiental